Tipografia no seculo xx

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TIPOGRAFIA no seculo xx


A Tipografia no inicio do seculo XX

Neste período da história inovações na ciência e tecnologia foram introduzidas. A primeira transmissão de rádio foi completada em 1903, da Inglaterra para os EUA.Em 1905 surge a litografia offset rotativa. Havia uma tensão entre o velho e o novo, principalmente as novas forma s de tecnologias, que proporcionaram a produção em massa da industrialização.


Arts and Crafs Foi um movimento que se opôs à produção em massa. Tinha como objetivo de produzir produtos para o lar de alta qualidade, funcionais e que tivessem valores estéticos. Esse movimento proporcionou elevando os padrões estéticos agregando qualidade nos produtos manufaturados.


Willian Morris Foi um importante desenhista industrial da época, na sua empresa, a Kelmscott Press, produzia livros, que eram volumes grandes que incluíam o tipo romano desenhado pelo próprio Morris. O tipo tinha um desenho mais pesado e mais escuro, com margens em xilogravura e iniciais ornamentadas inspiradas nos manuscritos medievais. A impressão foi refinada como uma forma de arte. Morris talhou três faces de tipos: a Golden, Chaucer Troy. Ele também defendeu a noção de que páginas com bom design afetam a percepção e a compreensão do leitor.


Primeira Maquina Linotipo Em 1886 Otto Mergenthaler fez o design da primeira máquina linotipo. Nela todos os caracteres tem uma chave correspondente no teclado de digitação e na matriz correspondente.Ao terminar de datilografar, o chumbo derretido é injetado nas matrizes formando uma linha de tipo fundido, por isso o nome de linotipo. O método de composição era dez vezes mais rápido do que a composição manual. Em 1912 uma empresa concorrente lançou a Monotype, que tinha capacidade de fundir tamanhos até 24 pontos maiores.


Art Nouveau O movimento teve influência estética da era vitoriana e do movimento Arts and Crafts. A Art Nouveau era baseada em linhas graciosas, sinuosas e curvas com imagens femininas e letras desenhadas á mão. Os cartazes do ilustrador e tipógrafo Alphonse Mucha mostravam a integração dos tipos com ilustrações O tipo mais característico teve o design de Otto Eckman. A estética do tipo era uma mistura de temas orgânicos do Jugendstil com letras negras, incorporando o traço de pena medieval com formas redondas e abertas. Porém não era muito legível por conta do excesso de decoração. O designer alemão Peter Behrens criou uma ampla variedade de estilos de design de tipos, o mais conhecido foi a fonte Behrens Roman, que era menos ornamentada. Fez também o design de uma série de livros compostos em sans serif intitulados. Bertram Goodhue criou o tipo Cheltenham, por ter uma variedade de tamanhos e pesos, permitiu a sua popularidade para a produção em massa. Em 1909 introduziu-se a litografia offset, que permitiu reduzir o tempo para impressão.


Futurismo Os italianos Ardengo Soffici e Filippo Marinetti exploraram a interconexĂŁo dos significados da palavra escrita e da estĂŠtica associada a eles.


Rudolph Koch Professor de caligrafia, inspirado nos livros de William Morris, desenvolveu variações pessoais de letras medievais. Entre muitas fontes desenhadas por Koch, a Neuland era um tipo pesado que tinha somente letras maiúsculas, mas que foi copiado por inúmeras casas fundidoras. Outra fonte muito conhecida nos dias atuais é a Kabel, sem serifas, legível, e que transmite alegria.


Frederic Goudy

É creditado á ele ser o primeiro designer americano de tipos. Ele talhou 122 fontes belas e funcionais. Muitas inspiradas na renascença e no movimento humanístico da tipografia. Ele talhou a fonte Gold Old Style, que lembra os traços da caligrafia feita com pena. Escreveu também livros sobre desenho de letras e layout de livros.


Edward Johnston Era visto como referência de boa caligrafia e em estudo das letras, passou sua vida a ensinar arte e caligrafia, e escrever livros sobre desenho de letras. Foi responsável pelo design da fonte tipográfica Johnson Sans da empresa de metrô London Undergroud, nela ilustra inovação nas formas dos caracteres.


Eric Gill Começou sua carreira como desenhista de letras e cortador de pedras. Sua primeira fonte, a Perpetua, era tradicional com serifa inspirada em modelos clássicos. Desenvolveu a Gill Sans, sem serifas com detalhes caligráficos. Fez também as fontes Johanna e Bunyan.


DAdAísmo Esse movimento rejeitou a organização do tipo dentro da página. Criavam layouts por meio do posicionamento intuitivo e aleatório, usando diversidade de letras e tamanhos. As composições dadaístas refletem o caos pós guerra e eram amplamente rejeitadas.


Art Decó Este período é caracterizado pelo design elaborado, o uso de molduras decorativas, formas geométricas e linhas múltiplas paralelas e finas. Cassandre foi um designer dessa época, conhecido pelo design do tipo Peignot. Além do estilo Art Decó ele também tinha como referência o estilo cubista. Suas fontes tipográficas exploravam o contraste em seus pesos e interpretações inovadoras das formas das letras. Entre as fontes que Cassandre criou estão: Bifur, Acier, Noir, Peignot, Touraine e Cassandre.


Bauhaus A Bauhaus foi uma escola germânica de design fundada pelo arquiteto Walter Gropius depois da I Guerra Mundial. Tinha como ideologias “a forma segue a função” e “menos é mais”. Ela ensinava que o design limpo e de uso de materiais de qualidade resultavam em bom design. A escola original existiu por 14 anos, mas a fundamentação ideológica existe e exerce percussões no estilo visual nos dias atuais. Neste período Moholy-Nagy previu que uma grande quantidade de comunicação tipográfica seria substituída por gravações sonoras e imagens. Ele afirmava que a prática da tipografia precisava ser elevada a uma estética visual mais expressiva para que pudesse abraçar a produção tecnológica das máquinas de impressão. Ele percebeu que ideias de tensão e de elementos visuais contrastantes podiam ser conseguidos por meio da disposição dos tipos.

Os sinais tipográficos foram mudados de seu uso primário entre margens e elementos decorativos para posições de ênfase e significado. Passaram a pensar na funcionalidade e proporções dos tipos. Hebert Bayer explorou a ideia de uma fonte sem serifa ao extremo, tentando atender todas as necessidades tipográficas reduzindo as letras às suas formas mais básicas, descartando as letras capitais.


De Stijl Este movimento apareceu na Holanda em 1917. Tinha como características formas geométricas abstratas arranjadas de acordo com os princípios universais do equilíbrio na composição. O De Stijl rejeitava os valores das bases econômicas e filosóficas para a composição, como evitar o uso de imagens.


Construtivismo Russo Caracterizado pelo uso de elementos simples, robustos, lineares e planos angulosos e uso forte da diagonal. O designer El Lissitzky criou layouts tipográficos que rompia com os limites dos eixos verticais e horizontais das composições. Ele incorporou a técnica de fotomontagem e letras construídas com formas geométricas. O método de Schwitters era de uma malha estrutural visual para a elaboração dos tipos, criando layouts assimétricos. Ele também experimentou o desenvolvimento de um alfabeto que ligava o sons das letras com as formas visuais.


Jan Tschichold As primeiras composições tipográficas de Jan prezavam pela comunicação limpa e clara. Ele explorava o uso de layouts assimétricos, diagonais e fontes tipográficas sem serifas, tudo organizado dentro de uma malha estrutural. O designer Paul Renner, em 1928, apresentou a ideia que a comunicação clara devia ditar as decisões de layouts. A cor dentro da composição era obtida pelo equilíbrio de fontes sem serifas, e o espaço em branco era visto como um elemento integrante e essencial do layout. Renner fez o design da fonte Futura em 1927, ela tem por base formas de letras simplificadas, geometricamente formadas. Os caracteres redondos tiveram como base círculos perfeitos, e os em ângulos tiveram o triângulo. Mais tarde foram incluídas mais 13 variações em seu peso. Esta fonte ainda é muito usada atualmente, por ter equilíbrio e funcionalidade em sua forma.


Tipos para Jornais No período da Depressão econômica, teve aumento na demanda de informações através de jornais, o que ocasionou o desenvolvimento de tipos especias para que suportam os desgastes das rotativas e adaptação ao papel.

pos Guerras A cidade de Nova York se estabeleceu como centro da atividade de design gráfico durante esse período, que é constatado pelos designers Laser Beall, Paul Rand e Bradbury Thompson.


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