Santa Rosa, 08 de julho de 2016. Caderno integrante do Jornal Noroeste, Não pode ser vendido separadamente.
Estamos inseridos na vida da comunidade e temos orgulho de fazer parte desta história. Afinal, nascemos com esta missão. E já se passaram 45 anos da estreia do Jornal Noroeste, que em sua edição primeira, a de Número Zero, mostrava a que veio: ser um jornal de integração e nascido para ser porta-voz de boas-novas desta região. Sim, Grande Santa Rosa, nascemos para ti e, ao longo de 45 anos, destacamos em nossa páginas a caminhada cheia de histórias exitosas de seu crescimento. Nos tornamos um grupo de comunicação - jornal, rádios e portais - para a nossa gente e seu jeito de ser. Muito foi feito até aqui, mas temos a certeza de que há muito para se fazer, para realizar e conquistar. Conte conosco, pois como afirmamos na edição de 8 de julho de 1971, “Grande Santa Rosa, nascemos para ti”!
A comunicação para o
futuro O
Jornal Noroeste nasceu para registrar em suas páginas a história de sua gente, de um povo e do seu jeito de ser. Assim é a Empresa Jornalística Noroeste - EJN, que neste 8 de julho comemora seus 45 anos de fundação, início este que tem como marco a impressão de seu número ‘Zero’. Nosso Noroeste circula ininterruptamente desde 1971, chegando hoje a sua edição 2.508. Do grupo de lideranças visionárias que se uniram com o objetivo de criar um jornal, Sergio Ambros Mallmann é quem permaneceu fiel à proposta de manter em prática a missão. Advogado, o empresário continua no comando da EJN, que congrega também as emissoras de rádio Noroeste AM e Guaíra FM, além dos portais jornalnoroeste.com.br e radioguairafm.com.br, veículos que trilham com o mesmo objetivo, mobilizando sua equipe de profissionais e mostrando que o mais importante é fazer comunicação voltada à comunidade. Ao lado de Luciano Hintz Mallmann, diretor da EJN, Sérgio comanda um time vibrante, que tem em seu DNA o DNA da própria EJN e que, em sua essência, traz consigo a paixão por esta terra e sua gente. Feliz pela caminhada exitosa e preparado para os novos desafios que o futuro reserva, Sergio Mallmann acredita que até aqui a missão foi cumprida, mas que há ainda muito o que fazer em prol da comunidade, do bem comum. E para tanto, valeram todas as transformações e experiências adquiridas ao longo dos 45 anos, que servirão de base para o futuro que aí está. “Grande Santa Rosa – nascemos para ti”, foi a manchete de estreia. E é esta verdade que permanece até hoje, e que vai ditar os próximos 45 anos. É isto que o diretor-presidente da EJN destaca na entrevista a seguir. JORNAL NOROESTE: Qual a sensação que fica, olhando para trás e para a história construída, passados 45 anos da fundação do Jornal Noroeste e, com ele, o surgimento da Empresa Jornalística Noroeste? SÉRGIO MALLMANN - Sensação muito boa. São quatro décadas e meia de uma empresa que surgiu com
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Sérgio Ambros Mallmann
um jornal que tinha como objetivo deixar preservada a história de Santa Rosa. Entendemos que através da escrita preserva-se a história de um povo. Este foi o mote que moveu um grupo de pessoas em 1971 que criou este veículo de comunicação social. É um prazer muito grande ter continuado esta caminhada. Hoje, temos a certeza de que, o que foi possível se fazer, se fez. Sempre com o objetivo do crescimento da cidade e da região. Cumprimos, ao longo dos anos, nossa missão, através de um grupo qualificado de profissionais, que admiramos, respeitamos e valorizamos e que, em sua trajetória souberam – e sabem – passar à sociedade esta cultura. Valorizamos para ser valorizados. JN: O senhor, na linha de frente, acompanhou as mudanças pela quais passaram a sociedade e a forma de ser e fazer imprensa. Como foi viver intensamente tudo isto? MALLMANN - Foi – e é – uma linda experiência. Vimos a sociedade mudar, o país mudar, a cidade e região se transformarem. E mais que testemunhas, fomos agentes da transformação, com nosso jornal
e nossas emissoras de rádio dando voz – e sendo voz da sociedade, da comunidade. Aprendemos muito. JN: Quais foram as principais dificuldades de fazer comunicação no passado? E como foi ver a chegada da tecnologia e a transformação na forma de se fazer rádio e jornal por aqui, longe das capitais? MALLMANN - As ferramentas de comunicação que o mundo está vivendo trouxeram uma agilidade fantástica. No início do jornal tínhamos o clichê, que era a fotografia, que era feita e impressa em um material especial para depois rodar no jornal. Tínhamos o processo do linotipo. Tudo era diferente. Não imprimíamos em Santa Rosa – a exemplo de hoje, que ainda é preciso enviar o conteúdo para grandes gráficas. A evolução trouxe algo fantástico e muito importante para o segmento. E este avanço, que a sociedade como um todo se apropriou, também foi inserido, gradativamente e de forma intensa em nossos veículos de comunicação. Nossa equipe está atualizada, tanto na forma de fazer jornal como no rádio.
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Mandamos o jornal em minutos pela internet até a Zero Hora e sua gráfica e, em questão de horas, o produto final já está em Santa Rosa pronto para a distribuição aos nossos leitores. Não há como comparar este momento com aquele período das impressoras planas, que imprimiam página a página. É algo fantástico! O rádio ficou mais interativo. Veio a internet, e as novas mídias e nossa equipe tem sabido, de forma inteligente, se apropriar do que é novo e moderno para levar ao ouvinte o que ele merece e quer. O comunicador está ali, ao vivo, recebendo mensagens por e-mail, redes socias e aplicativos e dando o clima de interatividade tão necessário à época atual. JN: Ao olhar para a história da EJN, há fatos marcantes merecedores de destaque, ao seu ver? MALLMANN - Eu costumo dizer, e é desta forma que eu avalio, que os fatos mais marcantes para a sociedade passaram e tiveram a participação dos poderes públicos - Prefeitura e Câmara de Vereadores – as fontes fundamentais de informação que interessam à comunidade local. Então, imagina ao longo destes 45 anos, quantas administrações passaram, quantos prefeitos passaram e quantos homens e mulheres no exercício do seu papel como vereadores desenvolveram ações que resultaram em mudanças na vida da cidadania que nós, como veículo de comunicação, levamos à sociedade. Neste contexto, preciso também destacar eventos marcantes como a Fenasoja, que está comemorando 50 anos e que em seu diferencial revela uma comunidade unida e interessada no bem comum. O grande trabalho que a sociedade faz, independente de partido ou religião e de forma voluntária, é um diferencial que Santa Rosa tem e isto está registrado nas páginas do nosso Jornal Noroeste ao longo destes 45 anos. A EJN é uma empresa de comunicação que, em sua essência traz o servir a comunidade como missão. Como nasceu e foi consolidada esta forma de ser das emissoras de rádio e do Jornal Noroeste? MALLMANN – Nossa grande missão é esta – e sempre foi – servir a comunidade. E será assim enquanto estivermos em ação. É desta forma que devem agir – e agem – nossos colaboradores, nossa equipe. O que for bom para a comunidade é bom para nós e nós temos que ser a alavanca das coisas boas. Evidentemente, em determinado momento, é óbvio que se criam determinadas posições diferentes, o que é natural, já que as pessoas pensam diferente. Eu sempre digo à minha turma: no momento em que há contestações da parte A ou B, nós estamos bem, pois estamos fazendo nossa parte. JN: Mas qual a sensação de – em grande pleitos locais e regionais – saber que o veículo tem feito
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sua parte? Dever cumprido? MALLMANN - Dever cumprido, não. Parte da atividade cumprida. O dever nosso é permanentemente o mesmo. Vamos passar por episódios importantes e sempre com o mesmo objetivo: crescimento e desenvolvimento desta cidade e desta parte do Noroeste do Rio Grande do Sul. JN: A manchete principal da edição ‘zero’ do Jornal Noroeste, que circulou em 08 de julho de 1971, afirmava: Grande Santa Rosa, nascemos para ti. Foi uma espécie de anúncio antecipado da grande missão que o veículo assumiria a partir de então? MALLMANN - Foi, sem dúvida uma colocação muito feliz. Pois sempre, desde o nascedouro, até os dias atuais, todos os que por aqui passaram, trabalharam, trabalham e constroem a história do Jornal Noroeste, todos, sempre tiveram presente este mote permanente: Grande Santa Rosa, nascemos para ti. É nossa tarefa. É nossa missão. E nós procuramos, ontem, hoje e sempre, fazer a nossa parte para o desenvolvimento da nossa cidade e da nossa região. JN: E o futuro? Estamos preparados para os próximos 45 anos e as mudanças que o setor irá passar? MALLMANN - Com certeza! E mais precisamente na radiodifusão, que a nível de Brasil passa a viver um momento muito importante: a migração da sua programação AM para o FM. Será uma nova era, que irá proporcionar ao ouvinte mais qualidade no que diz respeito à programação e tudo o que for ao ar. A mudança é necessária já que o sistema de Ondas Médias passa por dificuldades em relação ao seu sinal, especialmente pelo fato das inúmeras interferências que a ele atinge, principalmente, nas grandes cidades. Através da AGERT e ABERT, entidades que congregam a radiodifusão no Rio Grande do Sul e no país, o setor se organiza para passar sim por um novo momento, o que já vem acontecendo. Em um futuro não muito distante, e para tanto depende-se da atual conjuntura nacional, o rádio AM, no caso a nossa querida Rádio Noroeste, passará a atuar no sistema de FM, que entendemos irá melhorar muito a qualidade do que se oferece. A distância, um dos problemas do passado no que dizia respeito ao alcance das ondas do rádio, agora já não é problema com o advento da internet e dos aplicativos. Antigamente, para se ouvir emissoras distantes, era preciso sintonizar o receptor nas chamadas Ondas Curtas. Hoje, com qualquer aplicativo instalado em seu celular você tem acesso, em qualquer parte do mundo, a um dos nossos programas e seus comunicadores, ao vivo. O que precisa, no entanto, é melhorar a qualidade do som que nós vamos oferecer aos nossos ouvintes e isso irá acontecer em um curto prazo e de maneira muito efetiva.
EXPEDIENTE Jornalista Responsável: Luciano Mallmann Textos e Reportagens: Claudiomiro Sorriso, Jairo Borges Madril, Luciano Mallmann Clairto Martin Revisão Ortográfica: Clairto Martin e Claudiomiro Sorriso Fotos: Franciele Madril Editoração Gráfica: Sandra Pasini Comercialização: Núcleo Comercial EJN Impressão: Zero Hora Tiragem 4.500 exemplares O caderno Noroeste 45 anos é um produto da EMPRESA JORNALÍSTICA NOROESTE LTDA, encartado no Jornal Noroeste do dia 08 de julho de 2016. CNPJ: 87687703/0001-18 Praça da Bandeira, 36 - Santa Rosa/RS Tel.: (55) 3512-5757 e 3512-6939 ejn@jornalnoroeste.com.br |www.jornalnoroeste.com.br
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A Rosa
Sant a
de
1971
U
m jornal de integração. Com este intuito nasceu, em 8 de julho de 1971, o Jornal Noroeste. Primeiro passo para o surgimento da Empresa Jornalística Noroeste, que congrega também as rádios Noroeste AM e Guaíra FM, o jornal teve sua primeira edição, a que deu o pontapé inicial ao projeto, encarando os desafios que viriam pela frente. Santa Rosa estava prestes a comemorar 40 anos de emancipação e seu desenvolvimento socioecomico era visível. Alvírio José Scalco era o prefeito, tendo Antenor Grizotti como vice. Na política, após ato do Governo Federal surge o bipartidarismo (ARENA e MDB). Na Câmara, grandes tribunos cumpriam seu papel como vereador, entre eles Antônio Carlos Borges, Paulo Madeira, Daltry Cardoso Teixeira, Clemêncio Karnikowski, Lauro Pedro Lenz, Romeu Koschewitz e Aquiles Giovelli, que presidia o Legislativo. A cidade, que já contava com o Hospital de Caridade (hoje Vida & Saúde), via surgir naquele ano, o Hospital Dom Bosco, criado por um grupo de médicos liderados por Emílio Lovato. Alvírio inaugurava as obras de conclusão do asfalto na principal via da cidade: a avenida Rio Branco. Também anunciava um grande e importante projeto: o plano de extensão da rede de água, que iria beneficiar no primeiro momento o Bairro Cruzeiro. Entre os empreendimentos que eram inaugurados em 1971 estava o novo prédio do INSS (à época INPS). No mesmo ano, a Cotrirosa anunciava que construiria no Bairro Cruzeiro seu moderno complexo (hoje sua sede), que teria capacidade para armazenar 380 mil
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Ferramis era destaque por suas grandes promoções culturais
Colégio Dom Bosco, há 45 anos anunciava a construção de seu ginásio
sacas, em dois graneleiros. A Associação Comercial e Industrial era presidida por Darci Minuci e sua gestão, naquela época, já tinha como bandeira de luta a construção de uma ponte internacional ligando, via Rio Uruguai, o Brasil à Argentina. Mas e o Jornal, da edição de estreia (o Número Zero), que destaque dava? A equipe preparou com carinho junto à redação textos que mostravam que Santa Rosa do início dos anos 70 tinha uma vida social movimentada através de seus clubes, que não eram poucos: Sociedade Esportiva Concórdia, Cultural, Vigor, AABB, Cisne, Caça e Pesca e CTG Sepé Tiaraju. Em nossas páginas, a história e a importância de entidades como a APAE, a Legião da Brasileira de Assistência (LBA), que comemorava seus 25 anos, o Colégio Dom Bosco, que já trabalhava no projeto que culminou, em 1973, na inauguração de seu ginásio esportivo. A publicidade vendia carros usados e lançamentos, como Fusca, Rural Willis, Corcel e a infinidade de produtos comercializados pela majestosa
Ferramis. No esporte, destaque para o futebol de Paladino e Aliança, dois grandes clubes, já em fase de encerramento das atividades mas que, nas décadas de 50 e 60 fizeram história no campo, revelando grandes nomes como Jarbas Tonel, Sabiá e Penicilina. O Frigorífico Santarrosense (que depois passou a chamar-se Prenda - hoje Alibem), Cotrirosa, Posto Denardin, Banco do Brasil, Imobiliária Vicente Timm, Quero-Quero, Policlínica Santa Rosa, Máquinas Agrícolas Carpenedo e Moto Agrícola Auto Uruguai, entre outros, foram os primeiros anunciantes do Os fundadores do jornal, que hoje chega a Jornal Noroeste sua edição Número Sergio Ambros Mallmann 2.508, que marca seus Pedro Carpenedo 45 anos de história. AliAdão Ribeiro Monteiro ás, 45 anos de circulaIrineu José Bigolin ção ininterrupta de um Arnildo Escher veículo de comunicação Linus Schu que surgiu como uma Adelcki Camilo Beltrame Tito Flores proposta comunitária, Antenor Grisotti pelo empreendedoUlrich Löw rismo de líderes que Claude Nahor Wondracek sabiam a importância Ademar Campos Bindé de sua missão.
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O
compromisso com a educação de qualidade é tradição já reconhecida em Santa Rosa e região. Nos últimos anos, o Colégio Liminha vem inovando em sua prática pedagógica, atendendo as novas demandas da clientela, que exige cons tante aperfeiçoamento da instituição e sua equipe.
Além dos momentos de estudos e planejamento dentro e fora da instituição, durante as reuniões pedagógicas os professores estão participando de um “Ciclo de debate tecnológicos” com diferentes metodologias que podem ser utilizadas nas aulas, visando aliar a tecnologia à aprendizagem significativa. O Seminário Interdisciplinar de Boas Práticas, com o tema: “Nossa Casa Bem Comum”, realizado no dia 25 de junho, envolvendo as turmas do Berçário ao 9º ano, segundo depoimentos de pais, foi um verdadeiro show de talentos, momento de divulgação dos trabalhos desenvolvidos na escola, de aprendizado e de construção do conhecimento, além de proporcionar aos alunos exercícios de oratória e desinibição. Projeto Vivenciando as Olimpíadas – Como estamos próximos às Olimpíadas do Rio de Janeiro as turmas do 4º ao 9º ano estão realizando atividades com os diversos conteúdos integrando as disciplinas. O projeto teve seu lançamento no dia 21 de junho onde foram escolhidos os países NOROESTEpara - 45 cada ANOSturma representar e a programação foi apresentada. Deste modo o aprendizado sobre os países será muito proveitoso para alunos e professores. Além de trabalhar as modalidades esportivas (Educação Física), os alunos precisam apresentar uma pesquisa (Geografia e História) e confeccionar a bandeira do país que a turma representa (Arte). Na abertura dos jogos interséries nos dias 14 e 15 de julho cada equipe fará o desfile com a bandeira do país que a turma representa. E cada equipe vestirá camiseta também alusiva ao país pesquisado. No dia 11 de agosto acontecerá a Festa de Etnias, para comemorarmos o Dia do Estudante em grande estilo. A homenagem aos Pais no dia 12 de agosto, às 19h, no Ginásio Franciscano também terá relação com o projeto. A última tarefa será o "Passa ou Repassa de línguas" (Espanhola, Inglesa e Portuguesa) com a premiação no dia 16 de agosto.
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Projeto Paz e Bem no Trânsito – Com o apoio do Departamento Municipal de Trânsito, o projeto será lançado nos próximos dias. Inicialmente, o trabalho será de conscientização dos alunos e familiares e posteriormente acontecerão ações na cidade, durante a Semana Nacional do Trânsito (18 a 25 de setembro).
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Nossa
matriz
produtiva H
é imutável
á quantos anos se planta soja na região? Trigo? Milho? Há quanto tempo se produz suíno e leite por aqui? Vem o questionamento inverso: em que período da história recente nossa região desistiu dos grãos? Em algum momento a região parou com a suinocultura ou com a pecuária leiteira? O raciocínio vem do engenheiro agrônomo Sergio Schneider, da Coopermil. Há cerca de 10 anos ele falou à Rádio Noroeste e assegurou a seguinte projeção: nossa matriz produtiva há 10 anos está assentada na soja, no milho, no trigo, no leite e na suinocultura. E fez outra afirmação: “não tenho nenhuma Engenheiro agrônomo dúvida de que este quadro irá Sergio Schneider debate permanecer inalterado nos passado e futuro próximos 10 anos”. Admitiu situações específicas, mas jam que demos um que não irão alterar as estapulo de 40% na produtísticas regionais. Alecrim, tividade num curto por exemplo, hoje, tem mais espaço de tempo”, obgado de corte do que produservou Schneider. ção de soja. Municípios às O milho no momenmargens do Rio Uruguai esto virou produto de tão retomando projetos de exportação. Teria forfruticultura. ça para desbancar o Cumprida a segunda décatrigo? “Não”, responda, a matriz produtiva da rede Schneider, expligião continua alicerçada nos cando: “precisamos cinco pontos. Sérgio Schneisempre lembrar que a “Nos próximos 10 anos viveremos produção de grãos no der retornou à Noroeste recentemente e fez nova proa realidade atual e não vejo uma mundo é sazonal, jeção: “nos próximos 10 anos alternativa sequer para ser incluída ou acentuando uma culviveremos a realidade atual para substituir uma das existentes”. tura em determinae não vejo uma alternativa dos períodos.” Assesequer para ser incluída ou para substituir uma das gura que nos próximos dois anos o milho retomará existentes”. seus números anteriores, especialmente com relaAlém de imutável, a matriz produtiva da região tamção a preços. Projeta que na economia no campo nesta bém acompanha os índices incríveis de crescimenparte do Estado será sempre puxada pela soja. Poto na produtividade. O país atualmente produz cerca rém, nos dias atuais a falta de trigo afeta profundade 100 milhões de toneladas, quando num passado mente a suinocultura e a produção leiteira. recente alcançava 40 milhões. Há cerca de 10 anos o Voltando à produtividade, Schneider apresenta núBrasil produzia 70 milhões de toneladas de soja. “Vemeros impressionantes. Há cerca de 10 anos a re-
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A soja é quem puxa a economia da região
gião já comemorava os resultados do milho na lavoura, colhendo entre 110 e 120 sacas por hectare. “Nas últimas cinco safras a produtividade média chegou a 150 sacas por hectares. Alguns municípios como Doutor Maurício Cardoso, que têm um microclima indicado para o plantio mais cedo, chegam a 200 sacas por hectares”, ressaltou. Os índices da soja também impressionam. “Temos produtores colhendo mais de 80 sacas por hectare e o potencial existente é para chegar a 100 sacas”, resumiu. O trigo continua dependendo de uma política governamental que não existe e que provavelmente continuará não existindo. “Enquanto no Estado há reduções acentuadas de áreas de plantio, na nossa região isso não ocorre porque não temos outra opção”, sinalizou. Sergio Schneider manifesta preocupação com a produção de leite. Segundo ele, a Coopermil conta atualmente com cerca de 800 agricultores produzindo menos de 100 litros/dia. “Eles têm um ano para se readequar ou deixar a atividade, porque a indústria não vai mais receber sua pequena produção”, explicou. Projeta que o leite será produzido em grandes áreas, com mais animais e através de um conceito de produtividade acentuada.
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Em busca do
do
“Pulo
gato”
o exemplo de Chapecó
A
Por Artur Lorentz o assumirmos a Presidência da Agência de Desenvolvimento, mencionamos como referência o município de Chapecó (SC). Muito mais por informações do que por conhecimento daquela realidade. Portanto, nada mais lógico do que conhecer o modelo de Chapecó. No dia 24 de junho, coordenamos uma comitiva de 27 lideranças de Santa Rosa e viajamos de ônibus. Fomos em busca do “pulo do gato”, que transformou Chapecó em poucos anos numa potência do interior do Brasil. Santa Rosa e Chapecó possuem muitas características parecidas: são municípios distantes dos grandes centros, sua base econômica tem como referência o agronegócio, possuem uma boa base industrial. Mas Chapecó hoje possui 210 mil habitantes e Santa Rosa 70 mil. Como assim? Nos últimos 10 anos eles tiveram um crescimento excepcional. Qual foi o “pulo do gato”? Enumeramos alguns fatos importantes que pudemos compreender na visita como fundamentais no desenvolvimento: Uma forte união de entidades empresariais, formando um Condomínio, localizadas todas num único prédio, e alinhadas com seus propósitos; Importante representatividade política na Assembleia Legislativa e Congresso Nacional, composta por aproximadamente 11 Deputados. As entidades mantêm uma estrutura executiva que acompanha e dá subsídios aos parlamentares; Possui uma base educacional formada por aproximadamente 22 instituições de ensino superior, com uma série de cursos que atraem estudantes de todo o país. Destacam-se duas instituições comunitárias e uma Universidade Federal; Na região de Chapecó foram construídas duas Usinas Hidrelétricas, a de Itá e a de Foz do Chapecó. Além da movimentação econômica resultante da
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Grupo que foi a Chapecó identificou o que fez a cidade se desenvolver construção, atualmente está havendo uma exploração turística, através de uma marina; Um Aeroporto que hoje atende 11 vôos diários com aviões de grande porte, ligando Chapecó ao centro do país (linhas regulares para Porto Alegre, Florianópolis e Campinas). As companhias que lá operam são a AZUL, AVIANCA e GOL, atendendo um público num raio de 100Km; Um Centro de Eventos de grande porte, que recebe visitantes de todo país (20% do movimento do aeroporto); Diversificação econômica baseado no agronegócio, especialmente uma importante base cooperativista. Destacam-se indústrias de alimentos (suínos, aves e leite); Ou seja, como se pode depreender, o “pulo do gato” não é resultado de uma única ação. Mas se pudermos eleger aquilo que entendemos como o mais importante, certamente o Aeroporto de Chapecó foi o fator decisivo da alavancagem do desenvolvimento. Seu movimento impressiona. Tivemos a oportunidade de assistir ao pouso de um avião da AZUL vindo de Campinas, lotado com 130 passageiros. E logo a seguir, a mesma aeronave retornaria a Campinas, novamente lotada. A partir daquilo que elencamos como eixos estratégicos de ação para a AD Santa Rosa, e baseados no que
vimos em Chapecó, vamos acelerar nosso trabalho nas seguintes ações principais: Acelerar as ações e articulações em busca da imediata ampliação de nosso Aeroporto, dando sequência ao trabalho conduzido pela ACISAP e Prefeitura; Articulação em busca da formulação de uma Parceria Pública Privada com o objetivo de buscar investidores para a construção da Ponte Porto Mauá-Alba Posse; Retomar contatos com a ELETROBRAS em busca da retomada dos Projetos para a execução da Usina Hidrelétrica Panambi; Ampliar articulações e ações para fortalecer os segmentos de Educação, Inovação Tecnológica e Empreendedorismo, como fatores diferencias de formação de pessoas e de novos negócios; Consolidação de Santa Rosa como importante Polo na área da Saúde. Não existe nenhum grande segredo; nosso “pulo do gato” será resultado de muito trabalho, união, e articulação política. Mão à obra! ARTUR LORENTZ Empresário e Presidente da Agência de Desenvolvimento de Santa Rosa
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O jornalismo é essencialmente
Clairto, Felipe, Lisandra, Jairo, Maristani, Luciano e Jardel
credibilidade
O
Brasil foi abalado por grandes protestos em 2013, em movimentos estudantis, sindicais e populares que não cessaram desde então. Qual o papel da imprensa nesse conturbado momento da história? Qual o papel do jornalista na atualidade, em meio ao advento pleno da tecnologia? “Nosso papel, se quisermos fazer jornalismo verdadeiro, é contar os fatos como eles são, procurando não influenciar o leitor ou ouvinte, de modo que ele possa fazer sua própria leitura dos fatos”, defende a professora e empresária de comunicação social Lisandra Stefen. Para ela, o sensacionalismo não cabe mais na imprensa moderna, cuja missão é contribuir na construção social. “Trabalho com imprensa há 22 anos e percebo o quanto a comunidade confia no papel do jornalista. E, mais do que nunca, é preciso ter credibilidade para se manter nesse meio. Assim, quem recebe a informação certamente se fará muitas perguntas, mas nunca se é verdade ou mentira, porque ele já estabeleceu para si que aquele profissional é sério”, assegura Maristani Weiand que deixou o grupo RBS e vai empreender por conta própria. “Quando o indivíduo não encontra resposta à altura para aquilo que necessita, ele diz: Eu vou procurar a imprensa. E aí as coisas se resolvem. Isso não significa que somos um quarto poder, significa que contribuímos para encaminhar soluções e que estabelecemos um equilíbrio em favor dos desfavorecidos. E, obviamente, para isso é preciso ter coragem de enfrentar as forças estabelecidas”, observa Jairo Madril, apresentador da Rádio Noroeste AM e editor do Jornal Noroeste. “É muito grande a responsabilidade que recai sobre as empresas de comunicação na atualidade, especialmente porque o rigor da lei não deixa margem a amadorismos. Quem escreve em jornal ou usa o microfone está ciente que não é um cidadão qualquer, que sobre ele há um olhar diferenciado. Tanto é que as postagens na rede social são consideradas opiniões do profissional e sofrem as mesmas sanções judiciais que se expressas no veículo”, explica o jornalista e diretor da Noroeste, Luciano Mallmann.
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“Quando o indivíduo não encontra resposta à altura para aquilo que necessita, ele diz: Eu vou procurar a imprensa. E aí as coisas se resolvem. Isso não significa que somos um quarto poder, significa que contribuímos para encaminhar soluções e que estabelecemos um equilíbrio em favor dos desfavorecidos e, obviamente, para isso é preciso ter coragem de enfrentar as forças estabelecidas”. Jairo Borges Madril
A respeito dos jornais impressos, o jornalista e professor Felipe Dornelles, argumenta que encolheram os grandes veículos das capitais, ao passo que se fortalecem e se mantêm aqueles que representam suas comunidades locais ou regionais. “Com a informação tão acessível na internet, o leitor busca se inteirar dos assuntos de sua cidade. Mais que saber dos fatos, ele valoriza essa proximidade e certa intimidade com o ocorrido. E é o jornalista que faz essa ponte, que ouve e depura a notícia”, sustenta, lembrando que as mídias sociais deram poder a todo indivíduo, de modo que o jornalista precisa ser o investigador que estabelece a verdade. A relação de amor e ódio está presente no dia a dia do jornalista. “Não podemos nos importar tanto com esses sentimentos. A informação real que circula na comunidade passa por nós jornalistas, então, precisamos contar os fatos sem assumir um lado político. Nosso compromisso tem que ser com a verdade. Assim, construímos uma relação de respeito com as pessoas”, argumenta Jardel Hillesheim, editor do site jornalnoroeste.com.br “Em tempos de poder do indivíduo através das redes sociais e de enxurrada de informações de todo tipo, os veículos de comunicação e os jornalistas, cada vez mais, são determinantes para estabelecer a verdade, oferecer o espaço do contraponto e cooperar para construir uma nova leitura social, conclui Clairto Martin, colunista do Jornal Noroeste.
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O erádio o desafio
de ser e estar
O
s avanços tecnológicos chegaram para ficar. E vieram em uma velocidade, nas últimas décadas, difícil de mensurar. Mudaram conceitos, derrubaram paradigmas e alteraram o jeito das pessoas ver - e sentir - o mundo ao seu redor. Hoje, num simples click, como num estalar de dedos, acessamos o inimaginável. Encurtou-se distâncias e, conectou-se gerações a um novo tempo. Novos padrões foram oferecidos à humanidade, nos mais diversos setores e segmentos. Com o rádio não foi diferente. E estas transformações, que mudaram a forma de fazer comunicação, de interação com a sociedade, com o público, também se fizeram presentes no cotidiano das duas emissoras que integram a Empresa Jornalística Noroeste: a Noroeste AM e a Guaíra FM. Dos toca-discos, dos LPs, das fitas K7s, das cartucheiras, passando para o computador, o microfone sem fio, o CD à internet, uma transformação sem precedentes. Tudo isto, colocado em prática e ao vivo, em tempo real, por programadores, operadores de áudio e comunicadores. Da rádio da utilidade pública e da prestação de serviço presentes em programas como o tradicional - e ainda no ar - Oh de Casa, do lançamento musical adquirido na loja de disco da cidade aos sites de músicas; do telefone convencional e do orelhão, aos modernos celulares, como forma de interatividade entre ouvinte e o locutor do programa preferido; do aparelho de rádio de válvula ou pilha, sintonizado pela família à sombra da figueira ao aplicativo baixado no celular; das cartinhas com solicitações de música e homenagens aos torpedos e mensagens instantâneas do WhattsApp e Facebook e tantos outros presentes nas redes sociais, mudanças que vieram, que transformaram e que mantiveram ouvinte e emissora 'conectados' para sempre. Tudo se modernizou, na recepção e na concepção
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Há 30 anos trabalhando com comunicação, Claudiomiro Sorriso vivenciou incontáveis transformações. Acima a técnica da Rádio Noroeste AM, na época dos discos. Ao lado, Paulo Severo, Rádio Guaíra FM, durante apresentação de seu programa, utilizando toda a tecnologia da era da internet. do rádio. O que não mudou nas duas emissoras foi a paixão em fazer parte da vida da comunidade. A Noroeste, com uma equipe formada para informar, debater o cotidiano e ser a rádio da comunidade regional, tem feito a diferença, a cada dia, com um jornalismo que é sua essência e que visa, sob tudo, ser porta-voz da sociedade, abraçando causas, empunhando bandeiras que são de todos. E a Guaíra, com
foco na música, na diversão, no entretenimento, buscando sempre estar atenta às novidades dos ritmos, estilos e gosto popular. São, a sua maneira, rádios que levam em seu DNA o padrão que sempre norteou os caminhos da Empresa Jornalística Noroeste, em 45 anos e que se renovam, a fim de acompanhar as mudanças e o novo jeito de ser do ouvinte, razão maior de suas existências.
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Nossos
eventos
sociais
ontem e hoje
A
cobertura jornalística dos eventos sociais de Santa Rosa sempre esteve na pauta do Jornal Noroeste. Aliás, mais do que isso: além de divulgar, ao longo de 45 anos, nosso jornal foi parceiro e, até mesmo promotor de atividades que marcaram, que fizeram história. Bailes, jantares, escolhas de soberanas e misses, além dos destaques do ano eram alguns destes eventos. Claudete Hintz Mallmann, que por um período assinou páginas de coluna social do Noroeste, lembra com carinho e saudade destas programações. Eram eventos grandiosos e que reuniam a família, os amigos, a sociedade local e regional. Entre estes eventos, realizados em entidades como os clubes Concórdia, Cultural, e Vigor, destaque para Bailes de Debutantes, Carnaval de salão, escolha das soberanas da Fenasoja. "As noites e finais de semanas eram movimentadas. Os eventos lotavam os clubes. Eram momentos de congraçamento, de festa e encontro de amigos", cita Claudete. E tudo feito com carinho pela comunidade e que, com o passar dos anos, deixou saudade, lembranças de um tempo que não volta mais. "Tudo era lindo, deslumbrante, encantador e, em sua essência, tinha a marca da sociedade, e seu envolvimento com as coisas que eram suas", diz. Na badalada sociedade dos anos 70 e 80 havia espaço para a diversão em noites concorridas e finais de semanas animados já que, além de eventos de gala nos clubes, como a escolha da rainha e princesas da Fenasoja e dos bailes de carnaval dos clubes, havia bailes temáticos com grande aceitação pela comunidade, como: As mais Belas e Elegantes da cidade, o Baile das Nações, organizado pelo Rotary Club Santa Rosa, com direito a desfiles com jovens vestindo roupas típicas que enalteciam sua representação étnica e, nas tardes de domingos, após a sessão do Cine Odeon, o ponto de encontro era nas reuniões
Foto Eliane Heinle
15 Anos de Julia Fagundes
NOROESTE - 45 ANOS
“Tudo era lindo, deslumbrante, encantador e, em sua essência, tinha a marca da sociedade, e seu envolvimento com as coisas que eram suas”. dançantes em discotecas como a Soul Sol. "Tínhamos também bailes de escolha da Miss Brotinho, festas de 15 anos muito marcantes e bailes temáticos organizados pela Liga Feminina de Combate ao Câncer, como o "Só Elas" e ainda o Baile da Pelúcia, entre tantas outras festas muito badaladas", recorda Claudete. Ela lembra também do "Destaques do Ano", evento organizado pelo Jornal Noroeste e que enaltecia o setor empresarial, cultural e social da cidade nos mais diversos segmentos com premiação em noite de gala. "Eram eventos feitos com carinho e dos quais vale a pena recordar", destaca Claudete Mallmann.
Hoje, nas páginas do Noroeste, é possível acompanhar e, desta forma, perceber algumas diferenças, na prática, do jeito de ser – e de fazer – uma programação social numa cidade que se transformou. Nesta nova era, cuja tecnologia aproximou pessoas, o Jornal Noroeste conta com a VOICE, canal de comunicação com uma capacidade inegável de interagir com a sociedade, empresas, entidades, profissionais e pessoas, mostrando diariamente tudo o que acontece em nossa região. Eunice Arsand, responsável por este canal, acompanha esta evolução e usa as ferramentas existentes para realizar esta cobertura social e promover a interação com o leitor. “Tudo está ganhando um espaço dinâmico e muito rápido. E, para tanto, a VOICE está presente no jornal impresso, no site do Noroeste e nas redes sociais, com sua FanPage no Facebook, realizando assim uma comunicação diária e cheia de novidades de tudo o que acontece em nossa região”, destaca.
“Brindamos os avanços que obtivemos no passar dos anos, bem como o reconhecimento e o respeito da sociedade pelo trabalho que desenvolvemos”. 15 Anos de Gabriele Kuhn
E nesta cobertura, com muito dinamismo, Eunice sente orgulho de ver a VOICE cumprir seu papel, ajudando as empresas a mostrar pessoas, produtos e serviços Foto Eliane Heinle numa relação de credibilidade perante os leitores, circunstância esta que faz aumentar ainda mais a responsabilidade social do veículo. “Nosso colunismo se destaca, também, na veiculação de notícias sobre todos os temas, comportamento, moda, tecnologia, saúde, beleza, turismo, política, informações, cursos, cultura e muito mais. A boa informação passou a ser um dos principais objetivos do nosso trabalho”, explica Eunice, que lembra e faz questão de destacar neste momento de comemorações dos 45 anos do Jornal Noroeste, o trabalho de colunistas e suas características em sua época: Claudete Mallmann, Valmor Bernardi, Carmem La Rocca e Patrícia Deifeld. “Brindamos os avanços que obtivemos no passar dos anos, bem como o reconhecimento e o respeito da sociedade pelo trabalho que desenvolvemos”.
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Vivemos na era da
comunicação...
Luciano Hintz Mallmann Diretor Executivo EJN
de credibilidade
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Por Luciano Hintz Mallmann escrita revolucionou a maneira de registrar as ideias humanas. Com ela, instalou-se uma tecnologia de comunicação que, nos seus fundamentos, permanece até hoje. Os diversos símbolos permitem às pessoas acessarem uma história, um conteúdo, um conhecimento que muda a vida de quem o procura. O jornal, que tem no texto sua base de sustentação, convive diariamente com este cenário. A grande mudança está na maneira com que os assuntos chegam até as pessoas. É o tipo de mídia, ou meio: impresso, através de áudio, imagens ou de pela linguagem web. O NOROESTE atravessou todas estas transformações durante sua trajetória nestes 45 anos. Saímos das máquinas de escrever, do estilete, régua e lápis, passamos pelas IBM´s ‘Composer’, que permitiam as trocas de fontes, até chegarmos aos chamados PC´s. Isto, simplificando em muito a sequência de desenvolvimento tecnológico. Investimentos que deram mais qualidade visual ao jornal. A ‘web’ provocou outra grande mudança: trouxe o consumidor de informação para a geração de conteúdo. Alem de interagir, o cidadão começou a produzir. Basta ter um smartphone, ‘uma ideia na cabeça’ e iniciativa que a rede mundial abriga a sua história.
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Mas é uma história ou estória? Com toda esta parafernália tecnológica a nossa disposição as estórias se propagam com uma velocidade tremenda. Fatos duvidosos transformam-se em falsas verdades em segundos, influindo no contexto social que pode prejudicar ou beneficiar pessoas, famílias, empresas, instituições ou governos. Este é um lado da moeda! O outro nos leva direto à questão da credibilidade. Ela é e será o diferencial das empresas de comunicação. Pesquisa, investigação, pluralidade de versões e simplicidade na apresentação de conteúdos têm feito com que profissionais e órgãos de informação conquistem novos espaços e se contrapõem à falta de compromisso com o fato real. Parece um pouco radical, mas é o que estamos vivenciando. A responsabilidade de informar corretamente está no DNA de um veículo de comunicação. Somos fiscalizados todos os dias por nossos leitores, ouvintes e internautas. As inverdades são castigadas com a perda da crença das pessoas. Leva-se anos para construir esta relação e pode-se perder isso em linhas mal colocadas. E esta é a notícia boa! Quem mantiver este compromisso terá espaço garantido neste competitivo mercado. É a era da comunicação com credibilidade.
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Maquete da tão sonhada ponte em Porto Mauá, ligando o Brasil à Argentina
Desde os anos 70 a Ponte Internacional sempre esteve na pauta do Jornal Noroeste
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is uma pauta sempre presente em nosso jornalismo: a tão sonhada Ponte Internacional ligando o Brasil a Argentina na região Noroeste do Rio Grande do Sul. Não é de hoje, tanto é que, em 1974, terceiro ano de existência do Jornal Noroeste, já registrávamos em nossas páginas as inúmeras conversações a respeito do assunto. Tanto é que, naquele ano, a Câmara de Vereadores chegou a sediar encontro sobre o tema. Na oportunidade, autoridades e lideranças dos dois países se encontraram para tratar do sonho de encurtar distâncias com a construção de uma ponte tendo como ponto Porto Mauá-Alba Posse. No longínquo 1974 uma comitiva de argentinos esteve por aqui e, em encontro organizado no parque de exposições, ouviu de membros do governo que uma solução seria anunciada em breve. Aliás, passadas mais de quatro décadas, incontáveis vezes ‘promessas’ foram jogadas ao vento, alimentando esperanças. Recentemente, pela Rádio Noroeste AM, no Programa Noroeste Debate que vai ao ar nas manhãs de sábado, o tema foi amplamente avaliado. Já se vão 20 anos do surgimento da Fundação Pró-Ponte Internacional Porto Mauá - Posse e a construção da ligação entre o Brasil e a Argentina é ainda uma incógnita, muito embora tenha avançado, especialmente o estudo técnico quanto à localização ideal para a futura obra. Porém, na prática, há ainda um longo caminho a percorrer até que os gaúchos desta região possam desfrutar de um ponto de travessia ao Mercosul. Participavam da mesa de discussão do programa, comandado pelo comunicador Clairto Martin, o presidente da Fundação Pró-Ponte Porto Mauá-Alba Posse, Airton Bertol, o presidente da Federação Econômica Brasil, Argentina e Paraguai (FEBAP), Gerson Miguel Lauermann e o prefeito de Porto Mauá, Guerino Pedro Pisoni. Também houve participação do deputado federal Jerônimo Göergen, que disse que “embora se fale em ponte e usina hidrelétrica, o certo é que pouco avançou nos últimos governos”. Airton Bertol, porém, é otimista em relação ao assunto, chegando a dizer que hoje se vê uma luz no
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“Nosso porto é mais moderno, mais funcional, apresenta menor custo, é de fácil acesso e conecta com o Paraguai e uma excelente malha rodoviária na Argentina. Tanto é que empresa como a montadora de veículos GM já faz a movimentação em Porto Mauá”. Guerino Pedro Pisoni túnel, fruto destas duas décadas de mobilização contínua. Sustenta que o estudo finalizado leva em conta potencialidades regionais e inclusive projeta o empreendimento com o nível do rio elevado pelo lago da barragem. Mas qual é o empecilho para que a obra não saia? O valor, certamente não. O custo de construção da ponte internacional não chega a R$ 80 milhões. No orçamento nacional é quase nada, menos ainda porque a metade do custo cabe ao governo argentino. “Eu creio que os atrapalhos são mais da política internacional e constantes atritos entre os municípios que pretendem receber o investimento”, contextualiza Bertol. Pisoni vai pelo mesmo raciocínio: “Os políticos não querem decidir. As regiões (Porto Xavier, Santa Rosa e Itaqui) devem se entender. Deveríamos unir nossas forças e lutar pela construção das duas a um só tempo”. É também a posição da FEBAP. Gerson Lauermann que é atualmente o presidente da entidade internacional deixa claro esta postura. “Penso que devemos decidir pela primeira, dar andamento a ela, e seguir a luta pela segunda. Obras de infraestrutura para a região Missões/Noroeste são urgentes”, argumentou, e trouxe um número que nos deixa em maus lençóis: temos apenas 2% da população do Estado e respondemos por apenas 3% do PIB. Por que nenhum município quer abrir mão da ponte? “Veja o caso de São Borja. O resultado econômico da cidade praticamente triplicou em pouco mais de uma década. Do outro lado, Santo Thomé se transformou em um grande centro acadêmico. A região
que receber a ponte internacional nunca mais será a mesma”, argumentou Airton Bertol. O prefeito de Porto Mauá diz que hoje já é vantajoso a qualquer empresário, e mesmo aos turistas, fazer a travessia nesse ponto de fronteira. “Nosso porto é mais moderno, mais funcional, apresenta menor custo, é de fácil acesso e conecta com o Paraguai e uma excelente malha rodoviária na Argentina. Tanto é que empresa como a montadora de veículos GM já faz a movimentação em Porto Mauá. No mês passado ela passou uma carga avaliada em R$ 1,4 milhão. O movimento de cargas é menor em Porto Mauá, mas cargas de valores mais elevados”, explicou. Um estudo concluído em 30 de novembro do ano passado aponta, segundo Bertol, que a região indicada para receber a obra seria Porto Mauá / Alba Posse. O levantamento foi pago pelos governos e está à disposição nos gabinetes de Brasília. O deputado Jerônimo Goergen disse que espera para os próximos dias conseguir uma agenda com o ministro dos Transportes Maurício Quintela para tratar do assunto e questionar o estágio em que se encontra. Diante das enormes dificuldades legais em contraponto com os baixos custos da obra, todos os debatedores aventaram a necessidade de se discutir um acordo internacional que permita à iniciativa privada construir a ponte internacional e explorar o empreendimento por determinado tempo. Algo semelhante ao que se faz com os pedágios nas rodovias do País.
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Nosso
Esporte: do amador ao
profissional E
m matérias de esportes, a editoria do Jornal Noroeste, ao longo destes 45 anos, sempre teve um espaço reservado e produzido com carinho pelos profissionais na área. Afinal de contas, a cidade sempre teve – em maior ou menor intensidade – no desporto, representantes a fazer história, seja no campo, futsal e outras práticas esportivas. E estes temas tiveram a abordagem que enalteceu lutas, conquistas, derrotas e superações. Na década de 90, o Esporte Clube Santa Rosa foi uma das grandes forças do salonismo regional. O Clube ingressou no Estadual da série Bronze e atingiu seu principal momento em 99 quando alcançou uma das duas vagas à série Ouro. O grupo de jogadores era formado, basicamente, por pratas-da-casa, que não tinham salários e recebiam apenas uma ajuda de custo. A vaga à divisão principal foi conquistada em dois confrontos contra o Agel de Garibaldi. O Ginásio Dom Bosco esteve completamente lotado. Para coroar a grande campanha vieram os jogos decisivos contra a Associação Erechim. Foram necessárias três partidas para apurar o campeão. O título ficou com o Esporte Clube Santa Rosa. No ano seguinte, na série Ouro, com patrocínios em abundância, surgiram os problemas de gestão, interferindo diretamente no rendimento da equipe na competição. No início, a equipe havia contratado vários atletas de potencial reconhecido, mas no final,
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Sempre apoiando o esporte, em todas as modalidades, a EJN é promotora da Taça Noroeste de Futsal, que vai para a sua 18ª edição.
coube aos garotos formados na base encerrarem de forma melancólica com o rebaixamento do time à série Prata de 2001. Foi o fim de um ciclo, retomado depois, em 2003. Assim como no futsal, o futebol de campo teve altos e baixos em Santa Rosa. O Dínamo Futebol Clube deu seu ousado passo na história do esporte ao conquistar, em 1991, a Copa Aneron Correa, classificando-se assim para a Primeira Divisão do futebol gaúcho, passando a disputar campeonatos com os grandes Grêmio e Internacional, entre outros. Disputou dois Gauchões, obtendo destaque na imprensa do Rio Grande do Sul. O Juventus Atlético Clube ingressou na Segundona Gaúcha em 1997. Seu primeiro jogo foi contra o Grêmio Bagé, no Estádio da Pedra Moura, na derrota por 3 x 0, no dia 13 de abril. Já a primeira vitória, foi no domingo seguinte, 20, em casa, 1 x 0 contra o Rio Grande, gol de Joel Nunes. Na derrota para o São José, por 3 x 2, em Cachoeira do Sul, o time ficou em quarto lugar no quadrangular final. Em 2002, o Juventus foi convidado pela Federação Gaúcha de Futebol a suprir a vaga deixada pelo Guarany, de Cruz Alta, que desistiu de participar. Em 14 jogos, o time somou apenas três vitórias e acumulou oito derrotas. O principal momento no futebol profissional foi em 2011, quando o time treinado por Gelso Conte chegou ao quadrangular final.
Entre a garotada, destaque para a equipe de juniores do Juventus, campeã estadual em 1998, superando o Cruzeiro de Porto Alegre na grande final. Os mais recentes representantes de Santa Rosa em competições oficiais são a Associação Santarosense de Esportes (ASE), no futsal, e a SER Santa Rosa, no futebol de campo. Com projetos audaciosos e caminhando para, num curto espaço de tempo, ingressar na elite do futebol de campo do Rio Grande do Sul, a SER Santa Rosa trabalha de forma incansável nas categorias de base, tendo como prioridade a projeção de atletas profissionais. Com equipes no estadual infantil e juvenil, a SER Santa Rosa tornou-se uma das grandes forças no campeonato gaúcho infantil, sendo eliminado pelo Juventude de Caxias do Sul, uma verdadeira potência na formação de jogadores. O esporte amador, mais precisamente o futebol, tem ligação muito forte com os veículos da EJN. É a Noroeste que, através dos espaços destinados aos clubes varzeanos, agenda os jogos das equipes nos finais de semana. Esse trabalho ocorre há décadas. No passado, eram várias equipes em toda a região. Cerca de 45 amistosos eram divulgados durante a semana. A principal atração do momento são os jogos aos sábados à tarde que reúnem jogadores de várias gerações.
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VILSON WINKLER, 50 anos, funcionário público municipal de Porto Mauá. Em 1990 passou a ser representante de jornais. Em abril de 1993, a convite do radialista Elói de Ávila, passou a representar o Jornal Noroeste nos municípios de Tuparendi, Porto Mauá e Tucunduva. Em contato permanente com os assinantes, pesquisou, a pedido da redação, três histórias de leitores e suas relações com o Jornal Noroeste. Confira abaixo.
O hábito da leitura do Jornal Noroeste
Júlio Perin, 93 anos, e Maria Golfetto Perin, 87 anos, filha de Primo e Catarina Perin Golfetto, ambos natural da vila de Campo Alegre, interior de Porto Mauá (na época pertencente a Santo Ângelo), hoje residentes em Cinquentenário, interior de Tuparendi, foram notícia recentemente ao comemorarem as Bodas de Vinho (70 anos de casamento). São leitores do Jornal Noroeste há mais de 15 anos, preferem ler notícias e a coluna sobre saúde, mas acabam lendo todo o jornal. O segredo do casal para ter uma idade avançada com saúde física e mental: oração, trabalho, alimentação natural, cálice de vinho diário, leitura e jogo de baralho. São ouvintes assíduos da Rádio Noroeste. Não necessitam do uso de óculos. Domingos Galina, 94 anos, é outro exemplo de vitalidade física e mental, também residente em Cinquentenário, interior de Tuparendi. Casou-se em maio de 1951, com Maria Madalena Stringhini (falecida em 2008). É assinante do Jornal Noroeste há mais de 20 anos e que caminha a pé semanalmente mais de três quilômetros metros para ir buscar o jornal. O que mais gosta de ler: parte policial e esporte, mas lê todo o jornal. O segredo para a vitalidade física e mental: trabalho (agricultor a vida inteira), caminhadas, alimentação natural, cálice de vinho diário, leitura, baralho. Gosta de futebol, não perde um jogo sequer do Internacional, acompanha pela tevê e rádio. Aura Brandelero Beyer (Lili), 87 anos, natural de Santa Rosa, casou-se em 1967 com Edegar Beyer (hoje falecido). É Assinante do Jornal Noroeste desde abril de 1993. O que mais gosta de ler são as notícias, mas lê todo jornal. O segredo para uma vida física e mental saudável: fé em Deus (pedir e agradecer a proteção diária), comer alimentos naturais, tomar vinho, trabalhar, caminhar, ler bastante, jogar baralho. Algumas curiosidades: não gosta de olhar televisão e, à noite, joga cartas sozinha contra um suposto adversário.
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Jornal
Noroeste em gerações
Gislaine Moroni Rabuske e Arcibides Antônio Moroni
O
Jornal Noroeste fez parte da leitura semanal de inúmeras famílias. Nesta edição especial a Família Moroni representa a comunidade que se emocionou e vibrou com nossas manchetes jornalísticas. Arcibides Antônio Moroni, residente em Santa Rosa desde 1964, alfaiate e empresário do ramo de confecções, e leitor assíduo do Jornal Noroeste há mais de 40 anos, relata que sempre gostou de leitura, principalmente de jornal. “O Noroeste sempre trouxe notícias de Santa Rosa e região, sempre li”, completa. Quais são os fatos ou matérias que marcaram para o Sr.Moroni? Guardo até hoje a edição do dia 7 de dezembro de 1979. Meu filho José Antônio Moroni, na época com 17 anos, escreveu uma coluna nesta edição. Na (foto) o texto que já demonstrava o envolvimento do Jornal Noroeste com a comunidade iniciava dizendo: “Ao Jornal NOROESTE, uma simples colaboração minha. Se for aceita ficaria grato, já que este jornal, é um jornal aberto para todos exporem as suas ideias e denunciar injustiças”. Nesta edição o Grupo de Escoteiros Arajás lutava por sede própria e denúncias de depredação de flora na Avenida Expedicionário Weber eram destaques, também foram consideradas por ele as primeiras de grande interesse para a formação de bons cidadãos e na segunda motivo de preocupação com o meio ambiente. Hoje, aos 87 anos, lamenta que por problemas visuais não consiga manter o hábito da leitura, mas está buscando aprender a acessar a internet para manter o saudável hábito da leitura. Sua filha, Gislaine Moroni Rabuske, funcionária aposentada do BB, hoje tesoureira voluntária do Patronato Agrícola Santa Rosa, filha do Sr. Arcibides Antônio Moroni e Yeda Brum Moroni, cresceu com o exemplo dos pais e herdou o hábito da leitura desde muito cedo, também leitora do Jornal Noroeste. Ela guarda a edição do dia 9 de novembro de 2001. As manchetes que chamaram aten-
ção da leitora foram sobre o baile da 14ª Fenasoja, a comemoração dos três anos do Crenovi, entidade social que atende pessoas com dependência química, na época já uma preocupação com a situação da drogadição e a reportagem do presidente da época, Gilberto Carazzo, sobre o Patronato Agrícola Santa Rosa, instituição social que acolhe meninos desde 1953. O que mais gosta de ler no Jornal Noroeste? As crônicas do Gilberto Kieling. “Os temas abordados semanalmente na coluna nos informa e nos desafia a refletir sobre dos mais diversos pontos, muitas vezes polêmicos, e são em sua maioria escritos com uma boa disposição de espírito, tornando a leitura agradável e sempre interessante. A exemplo da publicada no dia 25 de setembro de 2015, Saúde em risco, que falava sobre a proposta de substituir fiscais federais agropecuários por fiscais pagos pelas próprias empresas do ramo. Nesta mesma edição uma dica interessante para acompanhar as votações dos deputados federais no site “Quem me representa” . E na crônica Mulherada Esperta que aborda a dura caminhada feminina ao longo da história para que o “sexo frágil” possa atuar com independência e autonomia em todas os domínios. O que, infelizmente, ainda para muitas é negado e a mulher continua sendo vítima de preconceito, estereótipos e violência, como muito bem coloca o cronista na edição de 20 de maio. Saliento ainda entre outros o encarte contando a História dos 50 anos da Fenasoja, uma importante feira de negócios que muito contribuiu para o desenvolvimento da nossa cidade colocando-a em evidência como uma cidade de pessoas empreendedoras.
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Nossa história nas
páginas do jornal E
screver a história de nossa terra, de nossa gente, esta foi – e sempre será – nossa principal missão. Ao longo de 45 anos, foi o que mais fizemos. Registramos em nossas páginas os mais diferentes acontecimentos do cotidiano. Notícias que enalteceram conquistas, que apontaram perdas, que projetaram novos rumos. E as boas novas levadas ao nosso leitor ficaram eternizadas em nossos arquivos. Hoje, ao olhar para a caminhada, nossos profissionais sentem orgulho em fazer deste meio de comunicação, a ponte entre o cidadão e o conhecimento. Tudo começou em 8 de julho de 1971. Crescemos, nos transformamos e, agregando conceitos, nos tornamos cada vez mais, a voz de uma comunidade da qual nos orgulhamos fazer parte. São 45 anos de história e de comprometimento com a informação. A seguir, tópicos dos principais fatos que registramos e que hoje são parte de um acervo que é nossa história, a história de nossa terra. 1971: surge o Hospital Dom Bosco, INSS inaugura sua nova sede, termina as obras de pavimentação asfáltica da avenida Rio Branco. 1972: com uma vantagem de 1976 votos, a ARENA elege seu prefeito: Anacleto Luis Giovelli. Ele substituiu, Alvírio Scalco no comando do município. Antônio Carlos Borges é o mais votado para vereador, seguido de Daltri Cardoso Teixeira. Médicos fundam a Unimed. Cantores Jerry Adriani e o Roberto Carlos se apresentam em Santa Rosa. 1973: Era inaugurado o Ginásio Dom Bosco. Prefeitura anuncia a canalização do Pessegueirinho para evitar inundações. Eleito vereador pelo MDB um ano antes, Paulo Laércio Madeira renuncia o cargo. Era um ferrenho opositor ao regime. 1974: Encontro reuniu lideranças da região e da Argentina, no parque de exposições. Na pauta: ponte internacional no Rio Uruguai. Prefeitura desapropria área para o futuro Distrito Industrial. Cidade vive a 2ª Fenasoja. 1975: Morre o ex-prefeito Pautilho Palhares. Nevou na cidade e região, após 10 anos do primeiro registro. Boatos davam conta da possível construção de uma usina hidrelétrica no Salto do Roncador (Porto Vera Cruz), causando pânico à população. 1976: Antônio Carlos Borges é eleito prefeito de Santa Rosa pela ARENA. Cidade dá adeus a Vergílio Lunardi. Líder emancipacionista, era conhecido como o homem que iluminou a cidade, por ter construído a primeira usina hidrelétrica. General Ernesto Geisel, presidente do Brasil, visita Santa Rosa durante a 3ª Fenasoja. 1977: Cidade ganha complexo SESI/SENAI. A Ideal constrói sua nova sede, na RS 344, onde hoje encontra-se a AGCO do Brasil. Público vai ao delírio com show de Raul Seixas no ginásio Dom Bosco. 1978: Visconde de Cairu deixa área central e passa a funcionar nas proximidades do estádio municipal. Mercado em retração e crise no setor colocam a Ideal em dificuldades. 1979: Iniciam obras do Centro Cívico, chamado na época por críticos de “elefante branco” pois “não serviria para nada”. Presidente João Batista Figueiredo visita Santa Rosa durante 4ª Fenasoja. 1980: surge o movimento Pró-Arte e com ele, o Show Prata da Casa. Antigo espaço da escola Visconde de Cairu passa a sediar Fórum da cidade. 1981: General Figueiredo – último presidente da era militar - voltou a Santa Rosa durante 5ª Fenasoja e inaugura asfalto que liga cidade a Boa Vista do Buricá. Bairro Planalto ganha núcleo da Cohab. Indústria de Laticínios Mayer é vendida à CCGL. 1982: Olvebra fecha as portas e demite por falta de soja, a matéria prima da indústria de óleos vegetais. Nos anos 90, a Camera assume planta local e retoma produção.
NOROESTE - 45 ANOS
1983: Prefeito Erni Friderichs cria o Musicanto que tem como primeiro vencedor o clássico “Do sangue da terra, nada Guarani”. Surge o Hortigranjeiros e município estuda construir um Mercado Público. 1984: com investimento de 1,35 bilhão de Cruzeiros, o município realiza a pavimentação asfáltica do aeroporto de Santa Rosa, atendendo uma antiga reivindicação dos setores empresariais. 1985: o santa-rosense Paulo Hegele é campeão gaúcho de Motocross. Banda Os Atuais conquista Disco de Ouro com o clássico “Barco do Amor’. Celso Kaminski é eleito prefeito de Tuparendi. O primeiro por voto direto pós ditadura militar. 1986: Erani Guilherme Muller, como suplente, assume vaga no Congresso Nacional com a morte do titular. Mesmo assim, decide concorrer à Assembleia Legislativa, sendo eleito, pelo MDB, deputado estadual. O santa-rosense João Batista Moroni morre em trágico acidente de carro em Porto Alegre. Atleta do Juventus, ele havia sido convocado para atuar na Seleção Brasileira de Futsal. Viaja com a noiva para se juntar à delegação. Foi em 15 de julho. 1987: cidade inaugura Mercado Público, que hoje leva o nome de Eclair Moraginski, que no mesmo ano presidiu o 5º Encontro Estadual de Hortigranjeiros. 1988: Valdir Judacheski entra na Delegacia de Polícia de Santa Rosa e mata a tiros dois policiais que encontravam-se de plantão: Luis Carlos Moura e Osmar Trommmeneschlazer. Na sequencia, ao fugir do local, não aceitou a rendição e durante cerco policial acabou sendo morto na troca de tiros. 1989: prefeitura define área industrial. Primeira eleição direta para presidente da República pós regime militar, traz a Santa Rosa os candidatos Lula, Mário Covas e Fernando Collor de Melo, o eleito. 1990: a extinta Rede Manchete filmou na região a novela “Ana Raio e Zé Trovão’. Foram 15 dias de gravações e envolvimento de 40 profissionais. Algumas tomadas ocorreram em Cinquentenário, Porto Mauá e na antiga estrada de acesso a Tuparendi. 1991: morre Antônio Carlos Borges, após 13 dias internado em hospital de Porto Alegre. Paulo Madeira é convidado para assumir diretoria do Banco de desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Badesul). 1992: morre Adelki Camilo Beltrame, aos 76 anos. Fundador da Ferramis Comercial de Ferragens e um dos sócios do Jornal Noroeste, Camilo foi um grande líder comunitário e empresarial. 1993: Brigada Militar passa a contar com mulheres em seus quadros. Em julho daquele ano, Santa Rosa recebia as primeiras 30 classificadas que passariam a realizar o curso, se preparando para ser PMs. A formatura foi em março do ano seguinte. 1994: Vicente Bogo torna-se vice-governador do Rio Grande do Sul, deixando o cargo de vice-prefeito de Santa Rosa. O Brasil é Tetracampeão tendo entre seus atletas o goleiro santa-rosense Claudio André Taffarel. Ele veio ao município e foi homenageado pela Câmara de Vereadores, com o título de Cidadão Benemérito. O telefone celular chega ao município. Aparelho custava entre 500 e 1 mil dólares. 1995: Cidade ganha Centro de Atividades do SESC. Bairro Cruzeiro se mobiliza em busca da emancipação. Erani Muller passa por cirurgia e recebe cinco pontes de safena. 1996: Empresário Gerson Lunardi é assassinado. AGCO anuncia compra a fábrica da Ioche-Maxion. Câmara aprova pleito da USES e diretórios estudantis e cria a Lei do Meio Ingresso, primeiro projeto de iniciativa popular da cidade. 1997: sucessor de Osmar Terra, Júlio Brum de Oliveira assume a prefeitura de Santa Rosa anunciando a suspensão de qualquer investimento para os primeiros 100 dias de seu governo. Um incêndio de grandes proporções atingiu a agência do Banco do Brasil.
1998: Inaugurado Mosteiro dos monges beneditinos e Hemcentro regional. AGCO investe R$ 10 milhões para modernizar fábrica de Santa Rosa. RGE cortou, por 10 horas, fornecimento de luz ao prédio da prefeitura por falta de pagamento da fatura da iluminação pública. 1999: prédio da prefeitura é interditado e administração se muda para o parque de exposições. Santa Rosa ganha disputa de Santo Ângelo e sedia Superintendência Regional do Banco do Brasil. 2000: Censo divulgado pelo IBGE apontava uma população de 64.717 habitantes em Santa Rosa. Na região, somente o município e Horizontina haviam registrado crescimento demográfico. Morreu Clóvis Roberto Cerutti, aos 50 anos. Foi um dos mais populares comunicadores da Rádio Noroeste. 2001: Morre Dalcio Otelon Mallmann, aos 61 anos. Foi o vencedor do concurso cultural de escolha do nome do Jornal Noroeste, ocorrido em 1971. Na época, justificou que esta região seria – no futuro conhecida como Região Noroeste do Rio Grande do Sul. Natural de Cerro Largo, atuava como coordenador da 14ª Coordenadoria Regional de Educação, de Santo Ângelo. 2002: Marli Zorzan entra para a história ao ser a primeira mulher a presidir a Câmara de Vereadores de Santa Rosa. Inaugurado Pórtico e Memorial em homenagem à Xuxa Meneghel, com a presença da Rainha, em plena programação da Fenasoja. 2003: Germano Rigotto interioriza seu governo e vem a Santa Rosa com seu secretariado. Prefeitos priorizaram asfalto e ouvem pedido do governador para que tenham compreensão. Reportagem do Noroeste apontou que 80% dos agricultores plantavam soja transgênica, mesmo proibida. 2004: Após adquirir prédio histórico, Câmara de Vereadores passa a atuar em sede própria. Cidade ganha Vara Federal após quatro anos de mobilização. 2005: Estiagem revela cenário desolador no interior. Professor Eclair Moraginski morre em acidente de trânsito. 2006: Vendaval atingiu Santa Rosa derrubando árvores, postes e destelhou casas. Estudo apontou que Horizontina liderava economia na região. 2007: Taxa de iluminação pública gerou polêmica na cidade. Lideranças fazem audiência para definir destino do prédio da prefeitura velha. 2008: AGCO expande produção de colheitadeiras e implementos. Estiagem atingiu em cheio a safra de soja na região. 2009: Quatro pessoas são assassinadas em chacina que repercutiu no Estado. Trinta dias após tomar posse, morre José Antônio Grando, prefeito de Porto Mauá. 2010: Santa Rosa ganha moderno cetro assistencial do SEST/SENAT. Cidade passa a contar com câmpus do Instituto Federal Farroupilha. 2011: Região é representada com quatro deputados: na Assembleia e no Congresso. Porto Mauá vive intensamente sua 80ª Festa dos Navegantes. 2012: Carnaval de rua leva 15 mil pessoas à avenida para ver escolas de samba. Nível do Rio Uruguai ficou tão baixo que era possível atravessar caminhando em alguns trechos. 2013: Trabalhadores vão à rua no Dia Nacional de Lutas. Prédio da UPA ficou pronto mas sem data para funcionar. 2014: Enchente histórica em Porto Mauá foi a maior em 31 anos. UPA é inaugurada para atender 22 municípios da região. 2015: novo sistema de estacionamento rotativo teve início na cidade. Inaugurado cinema 3D, um novo conceito da 7ª Arte. ACISAP elege Cicília Liberali Paes, a primeira mulher presidente da entidade em 85 anos de história.
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