Teste para impressão

Page 1

1


2


APARECIDO DONIZETE VIDAL

DIVINOPARQUE

UNIFEOB- CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO OCTÁVIO BASTO 3


4


APARECIDO DONIZETE VIDAL

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO DIVINOPARQUE

Trabalho apresentado a banca examinadora como exigência para obtenção do grau de bacharel no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos. Sob orientação do Prof. Msc. Caio Higa.

São Jo ã o d a Bo a Vista – S P 20 1 8

5


6


“Ser arquiteto é fazer de simples traços a projeção de sonhos.” Autor desconhecido

7


8


AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus e Nossa Sra. Aparecida por me dar saúde e perseverança e força de vontade nas horas difíceis para conseguir chegar até a conclusão desse curso. A minha família por me apoiar em todas as horas difíceis. Aos meus amigos de verdade, que conquistei ao longo destes 5 anos de faculdade. Aos meus colegas de sala. Aos funcionários da universidade. Aos professores que passaram um pouco de seus conhecimentos, e a todos que de alguma forma colaboraram para esse trabalho.

9


mobilidade urbana, para uma elaboração de um programa de

RESUMO

necessidades e solucionar as problemáticas trazendo para a população

e

frequentadores

comodidade

e

integração,

O presente trabalho, é um estudo realizado no município

aumentando a economia baseada no turismo em hotéis,

de Divinolândia /SP, no qual tem como objetivo suprir uma

restaurantes e comércios locais, e ao mesmo tempo trazendo

carência no setor de turismo e lazer e consequentemente

segurança e qualidade de vida à população, e por tais motivos,

melhorar a qualidade de vida dos munícipes. O município não

está sendo proposta uma intervenção na entrada da cidade de

possui um espaço urbano adequado para atividades esportivas,

Divinolândia, e também em uma gleba que ali existe em total

cultural e de lazer, fazendo com que a população utilize lugares

abandono, requalificando-a e transformando-a em um parque; no

inapropriados para tais práticas, como exemplo pode-se citar a

qual os turistas e a população em geral possam passar frequentar

utilização da rodovia SP 344 para práticas esportivas dos

com segurança.

cidadãos, dividindo assim espaço com os automóveis em uma rodovia de alta velocidade podendo culminar em acidentes fatais. Palavras Chaves –

Com ênfase ao turismo, título no qual o município obteve o

LAZER.

certificado de MIT (Município de Interesse Turístico), comprovou o grande potencial, e vem sendo reconhecido pelo ecoturismo e por suas festividades e eventos por todo o Brasil. O Projeto elaborado na cidade de Divinolândia, tem como objetivo utilizar dos conceitos de turismo, lazer, esporte e

10

MOBILIDADE URBANA, TURISMO,


reasons, an intervention is being proposed at the entrance of the

ABSTRACT

city of Divinolândia, and in a there it exists in total abandonment, requalifying it and transforming it into a park; without qualifications

The present study is a study carried out in the city of

and the general population to pass safely.

Divinolândia / SP, in which there is no lack activity in the tourism and leisure sector and, consequently, in the quality of life of the residents. The municipality does not have a suitable urban space

Keywords - URBAN MOBILITY, TOURISM, LEISURE.

for sports, cultural and leisure activities, making the population use appropriate places for such practices, as an example of civic action on the highway SP 344 for sports practices of citizens, thus dividing space with the cars on a high-speed highway could culminate in fatal accidents. The commitment to tourism, the Municipality of Tourist Interest, has shown great potential, has been recognized by ecotourism and its festivities and events throughout Brazil. The project developed in the city of Divinolândia, aims to use the concepts of tourism, leisure, sports and urban mobility, to elaborate a program of needs that meet local needs and solve problems for a population and habitants of accommodation and integration, tourism, hotels and local trade, and at the same time bringing safety and quality of life to the population, and for these 11


2.2 A História de Divinolândia .............................................. 41

SUMÁRIO

2.3 Turismo .......................................................................... 44

AGRADECIMENTOS ................................................................. 9 SUMÀRIO DE IMAGENS ....................................................... 104

2.4 Atrativos e Pontos turísticos ........................................... 46

SUMÀRIO DE TABELAS ......................................................... 17

2.4 1 Cachoeira do Marcílio .............................................. 49

RESUMO ................................................................................. 10

2.4 2 Morro Do Pontal ....................................................... 50

ABSTRACT ............................................................................. 11

2.4 3 Morro do Canelá ...................................................... 51

INTRODUÇÃO ......................................................................... 19

2.4 4 Igreja Ecológica São Francisco ................................ 52

CAPÍTULO 1 - TEMA ............................................................... 21

2.5 Festas Anuais................................................................. 54

1.1 OBJETIVO ...................................................................... 22

CAPÍTULO 3 – REFERENCIAS PROJETUAIS ....................... 65

1.2 METODOLOGIA ............................................................. 23

3.1 Parque Villa-Lobos ......................................................... 66

1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................... 23

3.2 Centro Cultural de Eventos e Exposições de Nova Friburgo-

1.3 1 A importância do Planejamento Urbano ................... 23

RJ. ....................................................................................... 73

1.3 2 A importância do Turismo ......................................... 27

3.3 Parque da Juventude ..................................................... 79

1.3 3 A importância dos parques ....................................... 29 3.4 Centro de Eventos Iporanga ........................................... 86

1.4 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA .............................. 34

3.5 Análise das Referencias ................................................. 91

1.5 Pesquisa de Opinião ....................................................... 35

CAPÍTULO 4 – O TERRENO .................................................. 93

1.5 1 Análise de Resultados .............................................. 37

4.1 Escolha Do Terreno ....................................................... 94

CAPITULO 2 – A CIDADE ....................................................... 39

4.2 Levantamento fotográfico ............................................... 96

2.1 A cidade .......................................................................... 40 12


4.3 Uso e Ocupação do Solo ................................................ 98

6.6 Técnicas Construtivas .................................................. 140

4.4 Mapa Viário ..................................................................... 99

6.7 Materiais Construtivos .................................................. 146

4.5 Topografia ..................................................................... 100

6.7 1 Materiais Construtivos Salas .................................. 146

4.6 Estudo de Insolação ..................................................... 102

6.7 2 Materiais Construtivos Pavilhão ............................. 147

CAPÍTULO 5 – A PROPOSTA............................................... 105

6.7 3 Tipos de Pisos ....................................................... 148

5.1 Programa de necessidades .......................................... 105

6.8 Paisagismo ................................................................... 149

5.2 Tabelas de planos de necessidades ............................. 107

7. ANEXOS ........................................................................... 154

5.3 Organograma ................................................................ 108

7.1 Planta de Situação ....................................................... 156

5.4 Fluxograma ................................................................... 109

7. 2 Implantação ................................................................ 157

5.5 NBR 9050 ..................................................................... 110

7.3 Paisagismo ................................................................... 158

5.6 Plano de Massa ............................................................ 113

7.4 Mapa Viário .................................................................. 159

CAPÍTULO 6 – O PROJETO ................................................. 114

7.5 Mobiliário Urbano ......................................................... 160

6.1 Evolução Projetual / Estudo das Formas ...................... 116

7.6 Desenhos Técnicos Pavilhão ....................................... 161

6.2 Conceito........................................................................ 117

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................... 167

6.3 Partido Arquitetônico ..................................................... 117

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................... 170

6.4 Memorial ....................................................................... 118

13


Figura 18: Linha do tempo do histórico .................................... 44

SUMÀRIO DE IMAGENS

Figura 19: Linha do tempo do histórico .................................... 44 Figura 20: Mapa das Regiões turísticas de São Paulo ............. 45

Figura 1: Divinolândia ............................................................... 18

Figura 21: Cidades mais altas do estado de São Paulo ........... 45

Figura 2: Linha do tempo dos Parques Urbanos ...................... 33

Figura 22: Foto etiqueta oficial ................................................. 48

Figura 3: Pessoas caminhando Na Rodovia SP 344 ................ 34

Figura 23: Pão de queijo doce. ................................................ 48

Figura 4: Local da intervenção/ lixo .......................................... 35

Figura 24: Cachoeiras. ............................................................. 49

Figura 5: Local da intervenção/ lixo. ......................................... 35

Figura 25: Pontal .................................................................... 50

Figura 6: Pergunta 1................................................................. 35

Figura 26: Pontal ..................................................................... 51

Figura 7: Pergunta 2................................................................. 36

Figura 27: Morro do Canelá ..................................................... 51

Figura 8: Pergunta 3 ................................................................. 36

Figura 28: Igreja São Francisco ............................................... 52

Figura 9: Pergunta 4 ................................................................. 36

Figura 29: Folia de Reis ........................................................... 58

Figura 10: Pergunta 5 ............................................................... 36

Figura 30: Carnaval 2014 ........................................................ 58

Figura 11: Pergunta 6 ............................................................... 37

Figura 31: Logotipo do Circuito ............................................... 59

Figura 12: Pergunta 7............................................................... 37

Figura 32: Quermesse do asilo 2017. ...................................... 59

Figura 13: Localização de Divinolândia em relação ao país e ao

Figura 33: Trilha de jipeiros e gaioleiros de 2017 ..................... 60

estado. ..................................................................................... 40

Figura 34: Desfile de 2016 ....................................................... 61

Figura 14: Geada no Bairro Três Barras Divinolândia/SP ......... 40

Figura 35: Desfile de 2017 ....................................................... 61

Figura 15: População do último censo e Pirâmide Etária .......... 41

Figura 36: Concurso 2013 ....................................................... 61

Figura 16: População do último censo e Pirâmide Etária.......... 41

Figura 37: Réveillon 2016 ....................................................... 62

Figura 17: Foto Divinolândia 1959 ............................................ 43 14


Figura 38: Leilão/ foto ilustrativa ............................................... 63

Figura 56: Perspectiva de iluminação ...................................... 73

Figura 39: Copa kalangasBike 2017. ........................................ 63

Figura 57: Centro Cultural de Eventos e Exposições de Nova

Figura 40: Corrida 2013 ........................................................... 63

Friburgo-RJ .............................................................................. 74

Figura 41: Cavalgada 2016. ..................................................... 63

Figura 58: Cultural de Eventos e Exposições de Nova Friburgo-

Figura 42: Parque Vila Lobos .................................................. 66

RJ ............................................................................................ 74

Figura 43: Lixão ........................................................................ 67

Figura 59: Centro Cultural de Eventos e Exposições de Nova

Figura 44: Foto aérea do parque .............................................. 67

Friburgo-RJ/Implantação. ........................................................ 75

Figura 45: Foto trilha vai pela sombra ...................................... 68

Figura 60: Planta do primeiro pavimento.................................. 76

Figura 46: Foto pessoas caminhando ....................................... 68

Figura 61: Planta do segundo pavimento ................................. 76

Figura 47: Foto caminhos do parque ........................................ 69

Figura 62: Planta do segundo pavimento................................. 76

Figura 48: Parque Vila Lobos ................................................... 69

Figura 63: Planta do terceiro pavimento ................................. 76

Figura 49: Foto Orquidário ....................................................... 70

Figura 64: Cortes ..................................................................... 77

Figura 50: Anfiteatro ................................................................. 70

Figura 65: Cortes ..................................................................... 77

Figura 51: Foto Orquidário ....................................................... 71

Figura 66: Métodos construtivos ............................................. 78

Figura

Orquidário

Figura 67: Métodos construtivos. ............................................. 78

................................................................................................. 71

Figura 68: Entrada de carga e descarga. ................................ 78

Figura 53: Legenda parque Villa Lobos ................................... 71

Figura 69: Diagrama de ocupação. .......................................... 79

Figura 54: Mapa de localização parque Villa Lobos .................. 72

Figura 70: Parque da Juventude .............................................. 79

Figura 55: Centro Cultural de Eventos e Exposições de Nova

Figura 71: Antigo Carandiru. .................................................... 80

Friburgo-RJ .............................................................................. 73

Figura 72: Croqui de estudos, de Eduardo Martins .................. 81

52:

Foto

15


Figura 73: Setorização. ............................................................ 81

Figura 92: Elevação ................................................................. 90

Figura 74: Projeto do pavilhão de exposições .......................... 81

Figura 93: 3D ........................................................................... 90

Figura 75: Planta e corte. ......................................................... 82

Figura 94: Terreno em relação á cidade .................................. 94

Figura 76: Imagem do pavilhão com palco. .............................. 82

Figura 95: Terreno ................................................................... 95

Figura 77: Planta e Corte. ........................................................ 83

Figura 96: Fotos do local ......................................................... 97

Figura 78: Foto Nelson Kohn .................................................... 84

Figura 97: Mapa de Uso e Ocupação ...................................... 98

Figura 79: Quadras .................................................................. 84

Figura 98: Mapa Viário ............................................................. 99

Figura 80: Pista skate /fonte portal do governo......................... 85

Figura 99: Topografia............................................................. 100

Figura 81: Arborização ............................................................. 85

Figura 100: Foto do Município ............................................... 101

Figura 82: Bibliotheca ............................................................... 86

Figura 101: Fotos do Município .............................................. 101

Figura 83: Biblioteca................................................................. 86

Figura 102: Fotos do Município. ............................................. 101

Figura 84: Centro de Eventos Iporanga .................................... 86

Figura 103: Estudo Solar e Ventilação em relação ao Pavilhão

Figura 85: Execução do Centro de Eventos Iporanga .............. 87

.............................................................................................. 102

Figura 86: Detalhe da cobertura do Centro de Eventos Iporanga

Figura 104: Caminho Solar .......... Erro! Indicador não definido.

................................................................................................. 87

Figura 105: Raios Solares ........... Erro! Indicador não definido.

Figura 87: Centro de Eventos Iporanga .................................... 88

Figura 106: Simulação Solar .................................................. 103

Figura 88: Corte ....................................................................... 88

Figura 107: Programa de necessidades. ............................... 106

Figura 89: Conexão de Pilar- Fundação ................................... 89

Figura 108. Fluxograma. ........................................................ 109

Figura 90: Conexão de Pilar- Fundação ................................... 89

Figura 109: Inclusão e Acessibilidade .................................... 110

Figura 91: Conexão de Pilar- Fundação ................................... 90

Figura 110: Plano de Massa .................................................. 113 16


Figura 131: Parquinho ........................................................... 135 Figura 132: Pergolados com redário ...................................... 136 Figura 133: Academia ao ar livre ........................................... 137 Figura 134: Bicicletário .......................................................... 138 Figura 135: Rio do Peixe ....................................................... 139 Figura 136: Cobertura de madeira laminada ............................... 140 Figura 137: Fase 1 - Checagem Dimensional ........................ 142 Figura 138: FASE 1 ............................................................... 142 Figura 139: Fase 2 – Emendas .............................................. 142 Figura 140: Fase 2 – Aplainamento ....................................... 143 Figura 141: Fase 3- Colagem ................................................ 143 Figura 142: Fase 3 - Aplainamento das Peças Coladas ......... 143 Figura 143: Fase 4- Usinagem e Identificação ....................... 143 Figura 144: Fase 4- Embalagem ............................................ 144 Figura 145: Sistema Construtivo Salas .................................. 146 Figura 146: Sistema Construtivo Pavilhão ............................. 147 Figura 147: Tipos de Pisos .................................................... 148 Figura 148: Vegetação existente ........................................... 149

Figura 111: Pavilhão em Madeira laminada ............................ 119 Figura 112: Salas ................................................................... 119 Figura 113: Salas no Pavilhão ................................................ 119 Figura 114: Lago .................................................................... 120 Figura 115: Parquinho ............................................................ 120 Figura 116: Academia ao ar livre ............................................ 121 Figura 117: Quadras............................................................... 121 Figura 118: Pista de Caminhar/ ciclovia.................................. 122 Figura 119: Ponto de ônibus................................................... 123 Figura 120: Entrada Principal do Parque ................................ 125 Figura 121: Pavilhão............................................................... 126 Figura 122: Anfiteatro ............................................................. 126 Figura 123: Anfiteatro ............................................................. 127

SUMÀRIO DE TABELAS

Figura 124: Lago .................................................................... 128 Figura 125: Quadras/ Pista de Caminha/ Ciclovia .................. 129

Tabela 1: Atrativos turísticos, histórico-culturais. ..................... 47 Tabela 2: Atrativos turísticos, naturais. .................................... 47 Tabela 3: EVENTOS ANUAIS PREFEITURA MUNICIPAL ...... 54 Tabela 4: Eventos anuais COMTUR ........................................ 57 Tabela 5: Programa de necessidades. ................................... 107 Tabela 6: NBR 9050 .............................................................. 112

Figura 126: Vista Aérea do Parque......................................... 130 Figura 127: Pista .................................................................... 131 Figura 128: Pista de Caminhada ............................................ 132 Figura 129: Ponto de ônibus................................................... 133 Figura 130: Salas dentro do Pavilhão ..................................... 134 17


Figura 1: Divinolândia Fonte: Portal Divinolândia

18


Em uma das principais entradas da cidade há uma grande

INTRODUÇÃO

gleba de terra na qual encontra-se abandonada e possui um grande potencial para se tornar um parque para convívio entre A análise da problemática encontra-se na cidade de

moradores e frequentadores, o local possui também uma extensa

Divinolândia interior do estado de São Paulo com 11.208

Área de Preservação Permanente (APP) onde a intenção com a

habitantes segundo o IBGE (2010) o último senso realizado.

elaboração do projeto é incluir nesse espaço: ciclovia, pista de

Divinolândia localiza-se no domínio da Mata Atlântica, com

caminhada, áreas de descanso, o que agregará a melhora na

áreas de cerrado, sua temperatura média no mês mais quente é

qualidade de vida a população divinolandense, além de contar

inferior a 22 graus, e o município é considerado a quarta cidade

com quadras esportivas, aparelhos de ginastica, trazendo

mais alta do estado de São Paulo; sua topografia é marcante.

impactos positivos na saúde da população e aumento da

Situada na Serra da Mantiqueira, por toda sua volta existem

expectativa de vida, para crianças um parquinho, lago, pomar e

exuberantes paisagens, e por tais características vem atraindo

um pavilhão com salas para oficinas.

turistas de todo país.

O Parque terá por sua vez a função de cartão postal para

O estudo visa o convívio, cultura, lazer, esporte e turismo

os visitantes pois estará implantado em um local estratégico na

na cidade, levantando questões que beneficiara tanto a

entrada da cidade, próximo à rodovia de acesso a cidades

população quanto os turistas. Inserindo um espaço urbano

vizinhas. Assim atraindo mais turistas aumentando e incentivando

público, apropriado para eventos e lazer, trabalhando assim com

a economia local, uma vez que estimula a geração de emprego,

a inclusão social e melhorando a qualidade de vida.

aumenta a clientela de hotéis, restaurantes e no comércio no geral.

19


20


CAPÍTULO 1 - TEMA

21


urbanas e ambientais, nos leva a procurar meios estratégicos

1.1 OBJETIVO

para resolver esses problemas, e nesse meio estratégico, inclui um parque urbano, na qual iremos fazer a intervenção.

O objetivo desta intervenção é REQUALIFICAR (trazer uma nova função ao espaço), este local que encontra-se em

“... a cidade industrial moderna, com seu cotejo de

abandono, utilizando todos os meios para a melhoria, a nível

problemas, colocou a exigência de áreas verdes, parques e

urbanístico, ambiental e paisagístico, com a construção de um

jardins como elemento urbanístico, não destinados apenas à

PARQUE, implantado as margens da Rodovia SP 344 até o portal

ornamentação urbana, mas como uma necessidade higiênica,

de entrada da cidade, Rua São Paulo, em um percurso de 1.193

de recreação e mesmo de defesa e recuperação do meio

metros. O parque terá como função atrair visitantes que passarem

ambiente em face da degradação de agentes poluidores e elementos de equilíbrio do meio ambiente urbano, de equilíbrio

pela rodovia SP 344 para conhecer tanto o parque como a cidade.

psicológico, de reconstrução da qualidade de recomposição do

O projeto possuirá uma ciclovia, pista de caminhada, um

temperamento desgastados na faina estressante diária.”

projeto paisagístico com arvores frutíferas e floríferas, mobiliários

(SILVA F., O DIREITO AMBIENTAL CONSTITUCIONAL.

urbanos, quadras esportivas, aparelhos de ginastica, parquinho,

Pág.127, 1974).

lago e um pavilhão, onde possa oferecer oficinas, espaços para feira e pequenos eventos, fazendo com que esse percurso que poderá ser feito de carro, bicicleta ou caminhando, um atrativo com um belo paisagismo, transformando assim esse lugar que se encontra um vazio urbano, trazendo vitalidade e segurança para a população e turistas que ali possam frequentar. Pois a necessidade que temos de pensar na integração das questões 22


O trabalho está sendo fundamentado em conceitos acerca

1.2 METODOLOGIA

do Planejamento Urbano e sua relevância nos aspectos turísticos, tema que será enfatizado no decorrer deste trabalho. Vale A metodologia utilizada no trabalho buscou primeiramente

ressaltar ainda a temática sobre a importância dos Parques

um estudo histórico bibliográfico no município de Divinolândia,

Públicos no Brasil.

onde um levantamento detalhado foi realizado, desde o início da sua história que começou em 1840 como apenas um rancho até os dias atuais, referenciando-se em pesquisas realizadas em

1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

livros históricos do município e em pesquisas virtuais. Após o estudo histórico foi elaborado um diagnóstico dos atrativos 1.3 1 A importância do Planejamento Urbano

turísticos. Importante citar que o município conseguiu em 2018 o título “MIT”, (Município de Interesse Turístico). Foram realizados

Historicamente, nas últimas décadas a cidade vem vivendo

também estudos de caso, onde foi possível buscar referenciais

um crescimento acelerado, onde surgiram vários problemas que

para o projeto proposto, além da ferramenta Google Drive

geraram com o decorrer desse crescimento, causando assim

utilizada para elaboração de uma pesquisa de opinião online

problemas que geram negatividade na qualidade de vida.

sobre a intervenção que está sendo proposta na entrada da

Problemas na qual surge em vários fatores, como falta de

cidade de Divinolândia. No relatório gerado foram obtidas 316

transporte público, moradias e meio ambiente.

respostas. Diante desses dados levantados, foi concebido um

O plano diretor vem com uma ideologia de administrar

plano de necessidades e diretrizes para o projeto.

todas as necessidades para conduzir uma cidade com todas as 23


vertentes que a população necessita como os direitos básicos tais

infra - estrutura em geral. Assim todos os direitos fundamentais

como;

públicas,

garantidos na Carta 1988, para aprovar Cidades “sustentáveis” e

segurança, transporte coletivo, crescimento demográficos, etc. E

de prevenir e eliminar as distorções do crescimento urbano e seu

assim com todas essas vertentes, são os direitos básicos para

impacto negativo sobre o meio ambiente, outro ponto importante

uma boa qualidade de vida, tendo uma ordem de segurança,

de referência é preservação, e a de participação e organização

conforto e sustentabilidade.

nos processos de consultoria e assessoria na administração

saneamento,

educação,

transporte,

vias

pública urbana.

Assim, municípios com mais de 20.000 habitantes são obrigados a desenvolver seus planos diretores. A ideia deste requisito

para

pequenos

municípios

também

será

Assim, a implementação da função social é assegurada

na

pela participação dos cidadãos na construção de instrumentos

municipalização da reforma urbana, garantindo a aplicação da

municipais.

função social da cidade. “ ...os planos diretores serão elaborados em pelo menos três partes: a lógica, diretrizes e ferramentas. A base para o plano diretor será "para explicar o propósito, características, diagnóstico , prognóstico e critérios alternativos para a avaliação” (ABNT, 1992). Recomendações horizontais explicam que o plano geral deve tomar de sua instituiçôes. Finalmente, os dispositivos serão "de documentos legais, técnicas, orçamentárias, financeiras e administrativas, programas de integração, orçamentos municipais e investimentos com suas diretrizes, permitindo sua execução.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Pág 01 e 02. 1992.)

...atende aos requisitos básicos da ordem municipal, expresso no plano diretor, garantindo que as necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, justiça social e desenvolvimento da atividade económica, tendo em conta os princípios estabelecidos no Art. 2 da presente lei. ( CONSTITUIÇÃO ART. 40. Brasil, 2001).

Esta propriedade urbana cumpre sua função social, quando este pleno desenvolvimento das funções da cidade, assim, garantindo os direitos da terra urbana, habitação, equipamentos públicos e 24


... resultado da interação de pessoas e fluxos comerciais, deslocar em áreas urbanas, incluindo os fluxos tanto motorizados e não motorizados. Portanto atribuir cidade ... promoção da mobilidade urbana envolve a construção de um sistema para garantir e facilitar os cidadãos - hoje e amanhã - acesso físico às oportunidades e funções econômicas e sociais da cidade. (IBAM. 2005).

Em 2003, o governo federal criou o Ministério das Cidades, é uma conquista importante para o fortalecimento do plano de desenvolvimento urbano nacional, que tem a intenção de melhor abordar as questões sobre este tema, e para prestar apoio aos municípios que pretendem, ou queram, para criar seus planos municipais.

Historicamente, as pessoas mais vulneráveis mudaram-se Elementos como o uso e ocupação do solo, as orientações

para os arredores das cidades no processo de exclusão. Diante

no domínio dos transportes , transporte urbano, saneamento

da distribuição, como é chamado, é um fenômeno quando as

municipal , proteção ambiental e a criação de conselhos

pessoas escolhem, ou são forçados a viver mais e mais longe dos

municipais, vem afim de determinar o efeito do controle social e

centros urbanos, por várias razões, mas deve percorrer o acesso

gestão de habitação, tais como zonas especiais de interesse

à longas distâncias para seus postos de trabalho ou acesso a

social (ZEIS).

serviços públicos.

Fundamentado

em

questões

relacionadas

com

o

Em paralelo, a este, o uso do transporte individual está se

desenvolvimento do planejamento urbano no Brasil e a

tornando o mecanismo mais utilizado na atualidade, em

materialização do plano mestre como uma ferramenta chave,

comparação ao déficit do transporte coletivo.

para alcançar o planejamento urbano, é necessário detalhar os Como resultado da deficiência em transporte público,

elementos, ou questões que compõem um plano mestre e

considera-se

mobilidade urbana, em zonas especiais de interesse .

que

dobre

os

custos

sociais

e

os

de

congestionamento, a poluição do ar, acidentes no trânsito, o A mobilidade urbana pode ser entendida como 25


construído de forma sustentável, e como prevê o estabelecimento de práticas que visa a ocupação do espaço urbano com percursos e racionalização positiva a favor dos problemas ambientais.” (VAZ N. O Estatuto das Cidades como dispositivo para efetivação do direito ambiental: O papel do poder de polícia ambiental e a responsabilidade civil ambiental. Pág. 34. 2011)..

consumo de fontes de energia não renováveis, e, finalmente, reduzir a qualidade de vida nos centros urbanos (IBAM, 2005). Em relação a qualidade dos transportes públicos, bem como aumentos de tarifas, causa maior dependência do veículo privado, assim aumento do tráfego e congestionamento, nas grandes cidades. Assim mais uma vez podemos ressaltar a importância de um plano diretor em um município, em seu

Enfim uma das maiores causas para um mal planejamento,

desenvolvimento e melhorias, assim podemos ressaltar algumas

é a especulação imobiliaria, que deixa de lado qualquer meios

cidades bem-sucedidas que seguiram seus planos diretores e

favoraveis para a população,afunilando os grandes centros das

obtiveram sucesso, que é o caso de Curitiba, uma cidade que não

cidades e obrigando a população a se locomover e morar cada

nasceu planejada, mas passou por uma excelente reestruturação,

vez mais longe dos grandes centros, e seus empregos. Assim

em seu plano diretor assim se tornando referência mundial em

deixando os grandes centros que antes eram areas residenciais,

Planejamento Urbano voltado a sustentabilidade. Assim podemos

virarem a grande concentração de uso comercial, na qual

ver um alto sucesso no sistema de reciclagem de lixo, transporte

praticamente ficam vazias quando tais comercios estão fechados.

públicos, com o programa Câmbio Verde e os faróis do saber, e com os projetos arquitetônicos e enormes áreas verdes,

E como uma qualquer cidade, Divinolândia também

conquistou o título de Capital Verde.

apresentou um crescimento desordenado, começando do centro para as periferias atingindo hoje os limites aceitáveis de

“... o Estatuto da Cidade, através dos planos diretores, trouxe vários mecanismos que garantam que o espaço urbano esteja sendo

crescimento, por conta de sua topografia, e mesmo sendo menor que um bairro de grandes cidades, a especulação imobiliária e 26


uma estratégia que levam à inserção do sentido dinâmico e processual natural, histórico e cultural, contribuindo para o desenvolvimento como deve ser.” (Bezerra D., Estatuto da Cidade .2003, p.47).

alguns fatores políticos, foi o grande fator para o esquecimento de um Planejamento Urbano bem elaborado.

O turismo é uma atividade econômica excepcional e está

1.3 2 A importância do Turismo

se tornando um ponto de referência para muitos países. No Brasil, destacou que após a implementação do Plano Real, o país O turismo é uma questão importante nas discussões que

cresceu em termos econômicos e sociais, onde as pessoas

giram em torno dos caminhos tomados hoje pela sociedade.

começaram a compreender o poder de compra da moeda e

Junte-se à crescente número de viajantes em todo o mundo, bem

procurar uma alternativa mais dinâmica para gerar renda.

como os benefícios econômicos e sociais gerados pelo

Atualmente, a possibilidade da população economicamente ativa,

movimento de pessoas. Assim, o turismo se consolidou como

se relata em relação a uma série de fatores, entre os quais são

uma atividade geradora de emprego, renda e desenvolvimento

os seguintes: a emergência de novos mercados, a expansão do

econômico, particularmente em países onde se investiu nesta

tempo livre, e as melhorias nos meios de comunicação.

área e investiu em todas as ordens - treinamento, revitalização de “... cerca de 10% do PIB global, representando compromissos de capital em excesso de US $ 776 milhões em novas instalações e equipamentos. OMC, por sua vez, prevê um crescimento de 4% do Setor 5% ao ano, atingindo a meta de 6,7% em 2020, enquanto a avaliação da economia mundial, em geral, um aumento menor, de 3%.” (Oliveira I. Estatuto da cidade; para compreender. 2007, Pág.194).

áreas públicas e privadas, bem como oferecendo novos produtos e serviços turísticos focados em todas as faixas etárias e para todos os gostos da população. “...o turismo, como qualquer outra atividade econômica, deve ter um desenvolvimento predeterminado, de modo que as necessidades e oportunidades são gerados e transformado em

27


O desenvolvimento pode ser entendido como o processo

edifícios, a densidade do desenvolvimento do turismo, a

pelo qual a sociedade usa mais cumulativo e automanutenção de

apresentação de recursos turísticos culturais, históricos e naturais

sua capacidade de produção. Expressa em destinação integral

e a prestação de infraestrutura, incluindo estradas.

dos fatores de produção, para dirigir essa capacidade de “Nos últimos anos, o planejamento do turismo sofreu uma mudança e expansão, começando a ter preocupações sobre as questões ambientais e socioculturais, bem como perceber a necessidade de promover o desenvolvimento econômico nos níveis locais, regionais e nacionais.” (Oliveira I. Estatuto da cidade; para compreender. Pág.64. 2007)

aumentar a quantidade e qualidade dos produtos e serviços disponíveis. “É importante que o turismo, tenha um plano de desenvolvimento que é um instrumento fundamental na identificação e seleção de prioridades para o desenvolvimento harmonioso das atividades, definindo seu tamanho ideal, a fim de lá, podemos estimular, regular ou restringir o desenvolvimento.” (Bezerra D. Estatuto da cidade. 2003 Pág. 8)

Nota-se que há muito tempo, o setor de turismo nunca foi uma das políticas públicas entre as três esferas de prioridades de gestões, mas atualmente, as autoridades públicas têm de alterar este ponto de vista e o mesmo é amplamente o desenvolvimento

O planejamento deve ser feito a longo prazo, porque vai

do setor e atividades turísticas planejadas.

definir as medidas quantitativas que levarão a qualidade do produto turístico ideal, que está interessado em todos os tipos de

O reforço dos poderes de tomada de decisões em termos

público, especialmente os turistas.

de turismo, que é apoiado pelo PNMT (municipalização do Plano

No centro do foco o planejamento do turismo foi o

Nacional de Turismo). O plano, todo o município que quer ter o

desenvolvimento dos assentamentos, colocando regras e

turismo como vetor de desenvolvimento deve municipalizá-lo para criar um corpo especial para este fim - o Conselho Municipal de 28


Turismo - com o apoio técnico dos governos estadual e federal.

E como em todo o mundo, o turismo em vários lugares é a

As bases da municipalização do Plano Nacional de Turismo é o

maior fonte de renda, e mesmo em escala menor, o turismo em

fato de que o turismo tem lugar a nível local e que a identidade

Divinolândia está preste a ser o maior benefício para o município.

diferencial do local. Divinolândia, é uma cidade conduzida pela agricultura,

1.3 3 A importância dos parques

mas com a crise nas lavouras, a cidade tem a possibilidade de buscar outras fontes de renda para o município, onde através de

Os parques são áreas verdes, que são responsáveis em

suas privilegiadas paisagens e pontos turísticos, buscaram

trazer qualidade de vida para a população. Historicamente a

recursos para obter o “MTI” – Município de Interesse Turístico,

temática de parques teve seu aparecimento com uma mudança

organização na qual o Município, fez um plano diretor turístico e

no pensamento sobre a natureza, de seguir a história evolutiva

está preste a ser reconhecido.

dos jardins italianos e sua transformação nos jardins franceses,

Com o desenvolvimento do turismo em Divinolândia o

passando depois por autênticos jardins românticos ingleses.

espaço urbano poderá se tornar autossuficiente nesse setor e

Outro caso histórico discutido é a criação dos primeiros parques

com isso, valorizar o comércio local e trazer maior qualidade de

públicos na Inglaterra e o processo evolutivo que trouxe essa

vida por meio de um espaço urbano público de qualidade. A

ideia para o Brasil, inicialmente no Rio de Janeiro.

intenção com o projeto é valorizar esse ponto forte da cidade e

Na verdade, parques é ter natureza fragmentada em áreas

incentivar o crescimento iminente do município nesse setor.

urbanas. Este ponto de vista romântico, que estabeleceu uma transição da mentalidade ocidental sobre a importância de um parque para a população, vai ser visto nos grandes espaços 29


modelo de jardim será utilizado em França, e vem depois para o Brasil, esta nova forma de pensar sobre a natureza. " (Terra C. G. Arborização: ensaios historiográficos Rio de Janeiro Pág.

naturais, a fim de aliviar o stress do dia a dia das pessoas, pois mesmo pequenos jardins de recreio proporcionam momentos de satisfação a todos.

41. 2004).

Para Terra (2004) e Andrade (2004), no final do século XVII

Estes novos jardins foram estruturados a partir dos

há um modelo de jardim francês clássico que representam uma

conceitos básicos de sua configuração como uma área exposta à

revolução na arte do ambiente construído. Jardins franceses são

arte da natureza (Andrade, 2004).

caracterizado pela natureza, onde o show é dominado por No final do século XVIII e início do XIX existiam primeira

homens, a geometria simétrica dominante e a uniformidade.

espaços paisagísticos destinados ao uso público, jardins, bem O modelo do jardim barroco francês, que foi preservada

como os primeiros parques urbanos. Parques reais e jardins

durante dois séculos, substituído por um novo modelo, linhas

foram abertos ao público apenas em ocasiões especiais. Na

curvas, modeladas em relevo de suaves colinas, rios e lagos,

França, no período pós-revolucionário, o espaço real do jardim foi

gramados e grupos de árvores de grande porte. Foi então que, no

aberto ao público sem restrições.

final do século XVII, um jardim Inglês romântico começa a Com as mudanças trazidas pela Revolução Industrial no

consolidar e alterar toda a linguagem geométrica e arquitetônico

século XVIII, e a mecanização da agricultura e o êxodo rural, onde

do jardim francês clássico.

deu início a aquisição de novos espaços, juntamente com a "Jardim Inglês com elementos sinuosas, seu romantismo, sua nova estrutura, a sua diversão e loucos criam componentes com árvores plantadas pelo homem, o meio ambiente, com vista para o natural. A natureza deve parecer incrível, e não o trabalho do homem. É um

urgência de fazer uma infraestrutura urbana, dando assim os primeiros passos para a criação de parques públicos na Inglaterra.

30


De acordo com Santucci (2003), com o crescimento das

necessidade de criar um espaço que representa o oásis de ar

cidades e a destruição das florestas, o interesse em jardins e

limpo de contemplação, estimulando a imaginação.

parques surgiu como um contraponto à sociedade industrial, e

Parques surgem como novas ideias para entrar em um

tornou-se parte da vida cotidiana urbana. Associado a este

elemento de revitalização urbana, com intervenções que visam

pensamento eram ideias simples de lazer e higienistas conceitos

recuperar a área degradada da dinâmica dos processos urbanos

do século XIX na Europa. Médicos higienista defendem a criação

(Barcellos, 1999).

de espaços de jardim nas cidades, a fim de promover um estilo Estes espaços têm sofrido várias remodelações e medidas

de vida saudável, comparando parques em luz necessária para

de paisagismo, com revitalizações destinadas a melhorar a sua

ativar a atmosfera.

qualidade. Entre as melhorias, estão a pista de caminhadas, O primeiro parque americano surge como estilo romântico,

ciclovias e área com a instalação de equipamentos de ginástica,

que foi o Central Park em New York criado por Frederick Law

transformando-a em área funcional, (Santucci, 2003).

Olmsted e Calvert Vaux em 1858, com 300 hectares. Pastoral estilo da paisagem serviu de modelo para outros parques urbanos

De acordo com Macedo e Sakata (2003), foi na cidade do

de grande porte. Seus relvados extensos, um lago e uma grande

Rio de Janeiro que foi criado os três primeiros parques públicos,

massa de vegetação, está agora cercado por arranha-céus.

com

as

características

morfológicas

e

funcionais

que

conhecemos hoje. Eles são: o Jardim Público e do Campo de De acordo com Scalise (2002), durante este tempo, a

Santana, eles estão localizados perto do centro histórico e do

preocupação foi expressa sobre a implementação de parques,

centro tradicional da cidade e do Jardim Botânico, próximo ao

eles exigem equipamentos de lazer e entretenimento, a

ainda Lagoa Rodrigo de Freitas. Em meados do século XX, que

necessidade de expansão urbana, um novo ritmo de trabalho e a

implantou os primeiros grandes parques projetados para 31


recreação. Durante este período, foram criados o Parque do

vez mais espaços de lazer para sair da rotina e usam o tempo

Ibirapuera em São Paulo e Parque do Flamengo, no Rio de

livre para prática de atividades prazerosas.

Janeiro, grandes cópias de importância nas duas maiores “...por este motivo as cidades devem oferecer a seus habitantes espaços públicos como, parques, bosques, praças, centros comunitários de esporte e lazer.” (MARANHO C. M. Pág.25. 2013),

cidades. De acordo com Barcellos (1999), nos anos 1960, 1970 e 1980, foi onde as políticas públicas passou por transformações, e daí foi implantado os Parques Urbanos como foco. Para

Os espaços públicos, passam a ganhar muita importância,

Barcellos, (1999), a questão de Parques Públicos no Brasil, tem

para o desenvolvimento sustentável da cidade, se tornando

duas vertentes, onde a primeira é o objetivo de preservação de

essenciais para que haja uma melhoria significativa na vida das

recursos naturais, na qual a estratégia foi adquirida a partir da

pessoas. E com isso, a intervenção no município de Divinolândia,

década de 1980, onde a questão foi institucionalizada no aparelho

é a construção de um parque inserido no espaço urbano, viável

estatal brasileiro. A segunda vertente foi o uso do parque como

tanto para o lazer e bem-estar da população, quanto para

elemento de economia urbana, especialmente na área de turismo

interesse turístico, requalificando o meio urbano, e buscando uma

e lazer, por exemplo o parque Ecológico, e o Parque Temático

nova fonte de renda para o município.

(Macedo & Sakata 2003).

Quando se diz respeito a requalificação urbana e criação de espaços para o lazer. Segundo (MACEDO e SAKATA,2003) a

Não há como citar parques e não pensar em lazer, esporte e bem-estar. O lazer é uma atividade de extrema importância na

temática

vida das pessoas, que serve para satisfazer as necessidades

desenvolvimento dos planos e projetos urbanos.

pessoais, com a correria do dia a dia, as pessoas buscam cada

32

do

Parque

Urbano

assume

papel

central

no


Mesmo sendo em escala muito maior, pode-se referenciar o Parque Villa Lobos, encontrado no corpo desse trabalho como referência em uma intervenção de sucesso, onde um lixão foi transformado em um parque. A utilização de parques como valorização do espaço público é de suma relevância para o espaço urbano, pois além de trazer vida para uma cidade, integra os cidadãos e frequentadores e os faz preservar o meio urbano enxergando-o como pertencentes ao mesmo.

Figura 2: Linha do tempo dos Parques Urbanos Fonte: Elaborado pelo autor

33


1.4 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

O ponto principal que levou a escolha do tema para elaboração do projeto, é a falta de segurança das pessoas que gostam de praticar exercícios físicos, um exemplo (caminhadas), e não tem um local adequado para tal prática, e vem a colocar suas próprias vidas em risco, indo para o acostamento da rodovia

Figura 3: Pessoas caminhando Na Rodovia SP 344 Fonte: ZANI F. Centro de eventos, esporte e lazer. São João da Boa Vista -SP. UNIFEOB- Graduação em Arquitetura e Urbanismo

(SP-344), para praticar tal atividade, sendo que na rodovia, em alguns trechos não existe acostamento, assim, as pessoas que

Outro ponto negativo é a de requalificar um local com alto

utilizam essa área ficam andando literalmente no asfalto. Após uma

pesquisa

em

campo,

consta-se

que

potencial turístico para um projeto urbanístico, que se encontra

caminham

na entrada do município em total abandono, espaço na qual está

aproximadamente cerca de 200 a 250 pessoas diariamente nas

servindo de depósito de lixo, e entulhos de obras, sendo jogado

proximidades da rodovia, pesquisa feita no dia 07/04/2018, das

diretamente no meio da Área de Preservação Permanente. E com

06h00m às 08h00m e das 17h00m até as19h00m.

o projeto de revitalização desse local, as pessoas possam fazer suas atividades físicas com total segurança, e também a utilização de um local “esquecido”, vazio urbano.

34


1.5 Pesquisa de Opinião

Por meio da ferramenta do Google drive, foi feita uma pesquisa de opinião, que teve início do dia 17/05/2018, e foi até o dia 01/06/2018, onde obteve um resultado de 316 respostas de opinião, onde pessoas do município e de outras cidades puderam responder, e assim obteve tais resultados: Figura 4: Local da intervenção/ lixo Fonte: Retirada pelo autor

Figura 6: Pergunta 1 Fonte: Desenvolvido pelo autor, ferramenta Google drive

Figura 5: Local da intervenção/ lixo. Fonte: Retirada pelo autor

35


Figura 7: Pergunta 2 Fonte: Desenvolvido pelo autor, ferramenta Google drive

Figura 9: Pergunta 4 Fonte: Desenvolvido pelo autor, ferramenta Google drive

Figura 8: Pergunta 3 Fonte: Desenvolvido pelo autor, ferramenta Google drive

Figura 10: Pergunta 5 Fonte: Desenvolvido pelo autor, ferramenta Google drive

36


A pesquisa está disponível no link: https://docs.google.com/forms/d/1JeY1tYz9co275Uk_KJKzHQNavf3xwcYKAy_KSZ6eXY/edit#responses

1.5 1 Análise de Resultados

Após a pesquisa elaborada para obter a opinião pública, vimos que um parque, seria viável para o município, onde

Figura 11: Pergunta 6 Fonte: Desenvolvido pelo autor, ferramenta Google drive

obtivemos um resultado impressionante, sendo que 10,8% das pessoas que responderam, não reside no município, solidificando ainda mais o nível turístico do município. E também mostrando todas as necessidades, que o município necessita, conforme mostra no resultado da pergunta 6 (Figura 11:Pergunta 6).

Figura 12: Pergunta 7 Fonte: Desenvolvido pelo autor, ferramenta Google drive

37


38


Capitulo 2 – A CIDADE

39


de 46°44’21” oeste (IBGE). Encontra-se na Serra da Mantiqueira

2.1 A cidade

com um relevo acidentado com muitos mirantes e cachoeiras. O clima é ameno por todo ano, no verão, o clima é morno e no inverno, é muito frio, chegando abaixo de 0°, provocando assim geadas na zona rural e também um belo espetáculo natural.

Figura 13: Localização de Divinolândia em relação ao país e ao estado. Fonte: ZANI F. Centro de eventos, esporte e lazer. São João da Boa Vista -SP. UNIFEOB- Graduação em Arquitetura e Urbanismo

A pequena cidade de Divinolândia possui 11.208 habitantes conforme o instituto Brasileiro de Geografia (IBGE,

Figura 14: Geada no Bairro Três Barras Divinolândia/SP Fonte: G1 São Carlos e Araraquara

2010), com 1.058,00 metros de altura, segundo o Instituto de Geociências da USP (Universidade de São Paulo), sendo assim a 4º (quarta) cidade mais alta do estado, localizada a 262 Km da A

capital São Paulo. Sua latitude 21°39’41’’ sul e a uma longitude 40

população

estimada

para

2017/2018

é

de


aproximadamente 11.384 habitantes. Sendo 5.176 pessoas da zona rural sobrando apenas 6.032 para a zona urbana, ao se comparar a outra cidade com maior número de habitantes Divinolândia acaba sendo menor que um bairro.

Figura 16: População do último censo e Pirâmide Etária Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/divinolandia/panorama

2.2 A História de Divinolândia

A cidade é situada às margens do Rio do Peixe, afluente Figura 15: População do último censo e Pirâmide Etária Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/divinolandia/panorama

do Rio Pardo, em 1840, quando tudo começou, era apenas um rancho na beira do rio, em 1843 o primeiro presidente da câmara municipal de Caconde (cidade vizinha), Sr. Tomás José de Andrade construiu nas proximidades do rio uma capela em 41


intenção ao Divino Espirito Santo onde começou a povoação e

Em decorrência de anteriormente o distrito ter sido

construiu-se um rancho em que tropeiros passavam apenas para

denominado Divino Espirito Santo do Rio do Peixe, e ainda pela

uma “pernoite”, e em virtude de um incêndio no referido rancho,

altitude onde está localizado, ou seja, mais perto do “Céu”, em

um novo abrigo foi construído, passando assim a ser conhecido

relação a outras localidades, houve o consenso em adotar o

como Pouso Sapecado.

nome de Divinolândia, a partir da emancipação em município no

Com a atração desse pouso, foi construída uma capela em

ano de 1953.

louvor ao Divino Espirito Santo, em 25 de janeiro de 1858. A povoação formada nesse patrimônio, passou a ser chamada de Divino Espirito Santo Do Rio Do Peixe, mas pertencendo ao município de Caconde, em 1898 foi transferida para o distrito de São Jose do Rio Pardo, outra cidade vizinha, em 30 de novembro de 1938 foi assim referido a um bairro e chamando-se Sapecado, e só em 30 de dezembro, de 1953 para o nome de Divinolândia, e elevado a Município. O nome Divinolândia segundo pesquisa realizada pela empresa Leal Consultores e Associados, responsável pelo estudo

Figura 17: Espirito Santo do Rio do Peixe Fonte: Acervo pessoal Orlanda Grespan

através de entrevistas com memorialistas da cidade, dão conta que o nome surgiu devido ao termo Sapecado não ser muito bem aceito pelos moradores da época, e por diversas “sátiras” que o

“Após uma década o Major Antônio Tomás de Andrade e sua esposa Dona Mariana Leopoldina da Costa, doaram terras à Igreja, para formação

nome provocava. 42


da Paróquia, em 27 de janeiro de 1865, e em março criou-se a Freguesia do Espírito Santo do Rio do Peixe, onde manteve-se os limites do povoado através da Lei Provincial n° 25 de 28 de março de 1865. Em 1860, Joaquim Pio de Andrade e sua esposa D. Francisca Maximiana da Costa doaram terras à Capela Nossa Senhora do Rosário, fundada por Manoel Pereira da Silva, em 1879.” (DIQBEM)

cultivar batatas, aliás por muitos anos foi a maior fonte de renda da cidade, chegando a ser conhecida como “CAPITAL DA BATATA”, (DIQBEM). Mas com o passar dos anos a terra que por muito tempo foi cultivado o plantio de batata, foi se desgastando e agricultores percebendo o clima o relevo, podia-se cultivar café, tornando uma ferramenta hoje fundamental para a economia da

“O resultado foi publicado em um Plebiscito Municipal de Sapecado. Isso ocorreu aos 16 de novembro de 1953, sob a presidência do Exmo. Dr. Ítalo Galli Juiz da Comarca, e tendo como mesários os senhores: Luís Alberto Siqueira, promotor público e Clóvis Pacheco Silveira. Do primeiro ofício realizou-se o plebiscito no Distrito de Sapecado, a fim de saber se a população local desejava ou não que a Vila fosse desligar da sede, tornando-se município autônomo. Conforme consta na Ata, os resultados foram os seguintes: compareceram 763 eleitores, votaram com a cédula “SIM” 757 eleitores e com cédula “NÃO” 01 eleitor, não houve votos em branco e 05 votos foram nulos. O resultado deixou evidente a expressão da população local pela vontade de emancipar-se da sede do município.” (DIQBEM).

cidade, pelo qual já ganhou, muitos prêmios com café de boa qualidade, (DIQBEM).

Em meados dos anos de 1929, a economia do distrito, era baseada em produção de uvas, pêssegos, maçãs e marmelos

Figura 17: Foto Divinolândia 1959 Fonte: Acervo pessoal Orlanda Grespan

assim sendo conhecida como “TERRA DO MARMELO”, (DIQBEM). E por volta de 1950 famílias espanholas passavam a 43


2.3 Turismo

Divinolândia foi considerada a 4° cidade mais alta do estado de São Paulo, dado divulgado no dia 22 de agosto de 2017, pelo instituto de Geociências da USP ( Universidade de São Paulo), e atualmente a prefeitura de Divinolândia juntamente com o Departamento de Turismo e entidades não governamentais, vem buscando meios para que a cidade se torne um município turístico, com o certificado do “MTI” (Município de interesse turístico), e devido a sua topografia, e seu título de 4° cidade mais alta do Estado, o município passou a ser destaque por suas belas

Figura 18: Linha do tempo do histórico Fonte: Produzido pelo autor

paisagens, e atrativos naturais .

Figura 19: Linha do tempo do histórico Fonte: Produzido pelo autor

44


Figura 20: Mapa das Regiões turísticas de São Paulo Fonte: http://www.turismo.gov.br/assuntos/8160-novo-mapatur%C3%ADstico-de-s%C3%A3o-paulo-tem-432-munic%C3%ADpios.html

Figura 21: Listra das cidades mais altas do estado de São Paulo Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/20-cidades-mais-altas-doestado-de-sao-paulo/

45


2.4 Atrativos e Pontos turísticos Texas Bar Bar do Maninho

ATRATIVOS E PONTOS TURÍSTICOS HISTÓRICOSCULTURAIS - REAIS E POTÊNCIAIS Atrativos Turísticos Histórico-culturais (Turismo Cultural, Rural, Religioso, Negócios e Eventos)

-

Toca do Rato Empório Sapecado Lacticínio Bom da Fazenda

Morro do Pontal Docês Canjerô Alambique J. Piva

Igreja Matriz de Divino Espirito Santo

Alambique Prosa Caipira

Igreja Ecológica de São Francisco

Pousada dos Becker

Haras Fabuloso

Museu do Café

Pesqueiro São Domingos

Capela Santa Cruz

Pesqueiro Recantos dos Lagos

Réplica do Cristo Redentor Divinolândia Clube

Pesqueiro São Jorge

Festa da Queima do Alho Restaurante Birosca Folia de Reis (P) 46


Festa do Padroeiro (P)

Cachoeira do Sitio Cervelin (P)

Montanha Off Road Cachoeira do Santo Barzagli (P) Cachoeira Sitio do Marcilio Grespan (P)

Hospital Regional de Divinolândia Tabela 1: Atrativos turísticos, histórico-culturais. Fonte: INVENTÁRIO DA OFERTA TURISTICA DIVINOLÂNDIA

Cachoeira do Quingo Forlani (P)

ATRATIVOS E PONTOS NATURAISREAIS E POTÊNCIAIS Atrativos Turísticos NATURAIS (Ecoturismo e Turismo de Aventura) (P) Particular

Cachoeira do Joaquim Correa (P) Cachoeira do Ribeirão do Santo Antônio (P)

Morro do Pontal

Cachoeira do Santo Ambrósio (P) Cachoeira e corredeiras do Santo Ambrósio (P) Cachoeira Zito Evangelista (P)

Bosque Municipal Cachoeira do João Darcie (P)

Tabela 2: Atrativos turísticos, naturais. Fonte: INVENTÁRIO DA OFERTA TURISTICA DIVINOLÂNDIA

Cachoeira Mario Valente (P) Cachoeira do Mário Analista (P) 47


Em 2017, a prefeitura municipal, criou o CONTUR – Conselho de Turismo, onde definiu-se que o atrativo chefe para a cidade seria o “PÃO DE QUEIJO DOCE “, uma receita caseira que foi desenvolvida pela família “FORNARI”, uma das famílias mais antigas da cidade, e que era um apreciado pelos munícipios, e assim tornando um produto típico da cidade. Depois de ser escolhido, um curso foi elaborado pelos responsáveis da receita original, assim, os interessados puderam defender essa causa e comercializar tal produto nas áreas Figura 22: Foto etiqueta oficialFonte: http://www.divinolandia.sp.gov.br/turismo

alimentícias da cidade, a partir desse momento todos os comércios do ramo alimentício passaram a vender o produto.

Figura 23: Pão de queijo doce. Fonte: CONTUR

48


2.4 1 Cachoeira do Marcílio

Por causa de sua topografia, o Município exibe várias cachoeiras, algumas a atingir até 25 metros de altura que é uma grande atração para os turistas, onde eles podem exercer esportes como o “rapel” para quem gosta de adrenalina e aventura. E também para quem aprecia fazer caminhadas pelas matas e desfrutar de belas paisagens e ter um contato direto com a natureza. E assim Divinolândia ganhou cada vez mais destaque pelo turismo ecológico, ou ecoturismo. “Seguimento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural e incentiva sua conservação e busca formação de uma consciência ambientalista, promovendo o bem-estar da população”. (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Figura 24: Cachoeiras. Fonte: http://www.divinolandia.sp.gov.br/turismo

/ EMBRATUR / SOCIEDADE INTERNACIONAL DE ECOTURISMO)

49


2.4 2 Morro Do Pontal O morro do pontal fica a 1240 metros de altitude, e é o local preferido dos turistas e moradores locais que apreciam um mirante, onde é possível observar diversas paisagens incluindo o rio pardo que passa ao fundo, ele se localiza no bairro Pontal, onde se encontra também uma igrejinha muito antiga que são celebrados atos religiosos “missas” e festas locais tradicionais, atraindo turistas e pessoal.

Figura 25: Pontal Fonte: Retirado pelo autor

50


Também o Morro do Pontal é um dos lugares preferidos dos

nos pontos turístico do munício. (PORTAL PREFEITURA

apreciadores de “Mountain Bike”. Por seu exuberante mirante.

MUNICIPAL)

Figura 26: Pontal Fonte:http://www.bikersriopardo.com.br/agenda/101

Figura 27: Morro do Canelá Fonte:http://www.divinolandia.sp.gov.br/noticia/365/divinolndia-a-quarta-cidade-mais-alta-do-estado-de-so-paulo

2.4 3 Morro do Canelá

Com 1.493 metros localizado no Sítio Canelá, no Bairro Campo Redondo a 11km da cidade, é outro lugar que se destaca

51


2.4 4 Igreja Ecológica São Francisco

Outro lugar muito visitado pelos turistas e muito frequentado pela população é a igreja ecológica de São Francisco, lugar construído com uma arquitetura simples, traz uma sensação de paz a todos que a visitam. O local recebe muitos visitantes por dia incluindo os religiosos que fazem o caminho da fé e que estão em busca de oração e paz. Há ainda na igreja um belo jardim a envolve, atraindo fotógrafos que

Figura 28: Igreja São Francisco Fonte: G1 São Carlos, Araraquara

registram as belas paisagens do local.

“Um lugar construído de forma diferente, mas de um jeito simples e com uma beleza natural atrai turistas de toda a região. Em Divinolândia (SP), o turismo fica por conta da igreja ecológica, criada há cerca de 10 anos pelos moradores em homenagem a São Francisco de Assis, padroeiro de uma comunidade rural localizada a pouco mais de três quilômetros da região central da cidade.” (DO G1 SÃO CARLOS E ARARAQUARA, 2016).

52


53


2.5 Festas Anuais

AGOSTO

Encontro sem Preconceito

SETEMBRO

MAIS – Mostra de Artes Inclusivas do Solar Cavalgada de Tropeiros do Sapecado

Um dos grandes atrativos do município, são as festas

OUTUBRO

anuais, todo mês tem um atrativo diferente. Constituem

Festa do Café- Concurso de Qualidade

oficialmente o Calendário de Eventos da Prefeitura Municipal através da Lei nº 2076 de 04 de julho de 2013, conforme segue: MÊS

EVENTOS

JANEIRO

Folia de Reis

Caminhada do Caminho da Fé

NOVEMBRO

-

DEZEMBRO

Aniversário da Cidade

Tabela 3: EVENTOS ANUAIS PREFEITURA MUNICIPAL Fonte: Lei nº 2076 e 04 de julho de 2013. Apud Inventário da Oferta Turística DIVINOLÂNIA 2017, pág 151.

Jogos Regionais da Amizade FEVEREIRO

Festas Carnavalescas

MARÇO

-

ABRIL

-

MAIO

Festa de Santa Cruz- Igreja Pontal

“Além dos eventos listados em lei, o município em parceria com o Conselho Municipal de Turismo e setores públicos, buscando atender com qualidade e variedade a demanda de eventos em Divinolândia, segundo o Inventário da Oferta Turística DIVINOLÂNIA 2017, o objetivo de adequação com o tipo de produtos ofertados no município em reunião entre Prefeitura Municipal e Conselho Municipal de Turismo foi deliberado que neste ano (2018) o calendário de eventos será composto dos seguintes eventos: (ZANI F. Centro de eventos, esporte e lazer. São João da Boa Vista - SP. UNIFEOB- Graduação em Arquitetura e Urbanismo. 2018)

Divinolândia Fest Tunning Festas Juninas JUNHO

Minimaratona 10K Arraia do Solar

JULHO

Montanha Off Road

54


Figura 30: Localização dos locais de Eventos em relação ao Município Fonte: Desenvolvido pelo autor.

55


56


Tabela 4: Eventos anuais COMTUR 57 - Inventário da Oferta Turística DIVINOLÂNIA 2017, pág 152 á 154 Fonte: Conselho Municipal de Turismo – Divinolândia 2017. Apud


Em JANEIRO ocorre a chegada da “Folia de Reis”, tradição religiosa que acontece na praça da matriz, após os “foliões” percorrerem todos os bairros do município.

Figura 30: Carnaval 2014 Fonte: Portal Prefeitura Municipal Divinolândia Figura 29: Folia de Reis Fonte: Jorge Luis

Em MAIO, acontece a “QUEIMA DO ALHO”, que é um festival gastronômico, que resgata a culinária dos tropeiros que

Em FEVEREIRO, acontece o carnaval municipal que atrai

residiam no local, reúne várias comitivas de toda região, onde um

turistas de todos os lugares, pois, por vários anos foi considerado

cardápio variado é preparado e as tradições culinárias de cada

o melhor carnaval gratuito do interior, com a presença de muitos

cidade participante são bem-vindas, onde se pode encontrar

turistas mobilizando o comércio local como as pousadas e hotéis

pratos tais como: canjiquinha, paeja-mineira, polenta com frango

da cidade, gerando assim mais empregos e aumentando o

caipira, feijão tropeiro, baião de dois, arroz pantaneiro e outras

faturamento de comerciantes.

tradições de suas devidas localidades. Além de um serviço

58


completo de bar e uma cavalgada determinada pela organização.

Figura 32: Quermesse do asilo 2017. Fonte: Redes sociais Asilo São Vicente de Paula

Nesta quermesse toda a população colabora com doações

Figura 31: Logotipo do Circuito Fonte: Portal Prefeitura Municipal Divinolândia

e trabalho voluntariado, onde existem as típicas barracas juninas com quentão, vinho quente, pipoca, assados etc.

Em JUNHO acontece a quermesse e festa junina em prol Em JULHO, acontece a tradicional “MONTANHA OFF

do “ASILO”, que tem como objetivo, arrecadar fundos para a

ROAD” evento no qual atrai jipeiros e gaioleiros de todo o pais,

manutenção.

devido a topografia acentuada, o município de Divinolândia, possui várias trilhas para tal esporte, onde além das adrenalinas, participantes podem desfrutar das belas paisagens do município.

59


Figura 33: Trilha de jipeiros e gaioleiros de 2017 Fonte: Redes sociais Jeep Clube Divinolândia

Figura 35: Divinofest de 2017 Fonte: Redes sociais DivinoRodeiofest

Em AGOSTO, acontece a tradicional festa do peão

Em SETEMBRO, logo após o rodeio acontece o encontro

(rodeio), por anos a festa havia sido esquecida por motivos

de carreteiro, que foi considerado o maior do estado de São Paulo

políticos, mas agora com recursos de alguns empresários e

e Sul de Minas, onde cerca de 53 carros de boi percorrem as duas

comitivas que existe no município, essa festividade tradicional da

ruas centrais da cidade, aglomerando assim centenas de pessoas

cidade foi resgatada, transformando-a em uma festa agradável

de toda a região, que ficam nas calçadas assistindo o desfile, no

para a população local e os visitantes que prestigiam a festa todo

qual era uma tradição a muitos anos atrás, e também foi

mês de agosto, e além do rodeio, acontece também uma

resgatado.

cavalhada, tradição na cidade. .

60


Figura 34: Desfile de 2016 Fonte: Juliano Diniz

Figura 35: Desfile de 2017 Fonte: Portal Prefeitura Municipal Divinolândia

No mesmo mês de setembro acontece também o tradicional desfile de 7 de Setembro, onde as escolas se reúnem e fazem um desfile na praça central, com a presença de fanfarras de várias escolas da região, atraindo assim moradores e visitantes.

Figura 36: Concurso 2013 Fonte: Redes sociais APROD

61


Em OUTUBRO, atualmente, é um mês muito importante

festividades começam logo na manhã do dia 30 de dezembro,

para o município, que é realizado o concurso de melhor bebida

com brinquedos gratuitos para todas as crianças, apresentação

de café do município, onde há uma disputa fechada apenas para

de danças da 3° idade, e a noite shows com muita atração para

os

conhecido

toda a população e visitantes. No réveillon acontece a tradicional

nacionalmente como umas das melhores bebidas do estado de

queima de fogos e também show na praça central atraindo

São Paulo, depois é realizado um show aberto ao público para

pessoas de toda a região.

participantes,

em

que

o

município

ficou

anunciar o vencedor.

Incluído entre esses meses do ano, ainda tem leilões beneficentes ao Asilo, Creche, Hospital, e pessoas que necessitam de algum tratamento de doenças e não tem condições de arcar com as despesas do mesmo, e também uma tradição ao famoso leilão em prol ao Hospital do Câncer em Barretos, atraindo pessoas de toda região. Também a COPA KALANGASBIKE, um evento destinado aos amantes de “BIKE”, a minimaratona de “10 km” realizada pela associação de voluntários do “DIQUEBEM”, reunindo corredores de todo o Brasil e grandes clubes. E a cavalgada dos “TROPEIROS DO

Figura 37: Réveillon 2016 Fonte: Portal Prefeitura Municipal Divinolândia

SAPECADO”, onde os cavaleiros regatam as tradições dos tropeiros fundadores da cidade atraindo cavaleiros de toda a

Em DEZEMBRO além do aniversário da cidade que é no

região.

dia 30 de dezembro também é antevéspera da virada do ano, as 62


Figura 38: Leilão/ foto ilustrativa Fonte: Portal Prefeitura Municipal Divinolândia

Figura 40: Corrida 2013 Fonte: http://www.diqbem.org.br/adm/upload_noticias/DSC_0742_noticia

Figura 39: Copa kalangasBike 2017. Figura 41: Cavalgada 2016. Fonte: http://www.diqbem.org.br/not-exibe.php?notId=60.

Fonte: Portal Prefeitura Municipal Divinolândia

63


64


CAPITULO 3 – REFERENCIAS PROJETUAIS

65


DADOS DA OBRA

3.1 Parque Villa-Lobos

Local: São Paulo - Brasil Início do projeto: 1990 Área do terreno: 754.000m² Tipo de obra: Praças e parques Tipologia: Urbanismo Materiais predominantes: Aço / Concreto / Vidro Diferenciais técnicos: Construção econômica / Eficiência Acústica / Eficiência energética / Eficiência Térmica / Paisagismo / Sustentabilidade Ambientes e Aplicações: Escadas externas e rampas.

FICHA TÉCNICA Arquitetura: Decio Tozzi Estrutura: Ugo Tedeschi Projeto de fundação: Solonet – Fundacta Projeto de paisagismo: Rodolfo Geiser Paisagismo e Meio Ambiente

Figura 42: Parque Vila Lobos Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

66


O Parque Estadual Villa-Lobos, é um parque público,

Em 1987, ano de comemoração do centenário de

localizado ás margens do Rio Pinheiros, na cidade de São Paulo.

nascimento de Heitor Villa-Lobos, foram apresentados os

Inaugurado no final de 1994, e projetado pelo Arquiteto

primeiros estudos visando a implantação de um parque temático

Décio Tozzi, foi concebido, para ser palco a um oásis musical,

contemporâneo na área.

uma homenagem ao compositor Heitor Villa-Lobos, mas hoje é

O

muito procurado para caminhadas e passeios de bicicletas.

parque

acompanha

um

desenho

orgânico

acompanhando o traçado da cidade, assim difundindo entre ela.

Mas nem sempre foi assim, antes de 1989, em sua porção mais a oeste, havia um deposito de lixo, do CEAGESP, onde cerca de oitenta famílias recolhiam alimentos e embalagens, na parte leste ao lado do Shopping Villa-Lobos, era um deposito de material dragado, do rio Pinheiros, e na porção central, o antigo proprietário permitia o deposito de entulho das construções.

Figura 44: Foto aérea do parque Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

Em 1989, começou a retirada das famílias que viviam no local, foram retirados cerca de 500 mil m³ de entulho com mais de

Figura 43: Lixão Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

67


um metro de diâmetro, e movimentados 2 milhões de m³ de entulho e terra para acerto das elevações existentes. O córrego que passava no local foi canalizado. Atualmente o parque Villa-Lobos, é uma das melhores opções de lazer ao ar livre da cidade. Ele abrange uma área de 732 mil m², e possui ciclovia, quadras, campos de futebol, “playground” e bosque com espécies de Mata Atlântica. A área de lazer inclui ainda aparelhos para ginasticas pista de cooper, tabelas de basketball e um anfiteatro com 750 lugares e sanitários

Figura 45: Foto trilha vai pela sombra Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

adaptados para deficientes físicos e lanchonete. O parque Villa-Lobos, foi um dos primeiros a se adequar para deficientes físicos. Com

intenção

de

permitir

que

os

visitantes

permanecessem mais tempo na sombra, foi criado o “Caminho da Sombra”, onde possa-se percorrer a maior parte do bosque entra as arvores.

Figura 46: Foto pessoas caminhando Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

68


os estacionamentos. Áreas de lazer e playground foram espalhadas em determinadas áreas.

Figura 47: Foto caminhos do parque Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

Estima-se que durante a semana cerca de 8 mil pessoas passem a cada dia pelo Parque. Aos finais de semana recebe

Figura 48: Parque Vila Lobos Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

cerca de 50 mil visitantes e aos feriados 60 mil. O parque foi implantado nos últimos vazios urbanos de São Paulo, foi planejado com a idealização de um grande bosque com

No plano de necessidades o parque foi subdividido em

várias espécies de arvores e vegetação.

serviços lazer, cultura, esportes e pistas.

Faixas foram feitas para separar a área de caminhada da

No serviço temos administração, ambulatório, sanitários,

ciclovia, e que percorre toda a periferia do parque, organizada em

lanchonete, telefones e estacionamentos.

um curso de prática de exercícios. Nas áreas leste e oeste estão

Na parte de lazer e cultura conta-se com um anfiteatro, 69


área de eventos e áreas de piquenique, Casa do João de Barro, CEREA (Centro de Referência em Educação Ambiental), Circuito das arvores, Escultura de Clarabone, Espaço vida, Memorial Villa Lobos, Mirante, Orquidario Prof° Ruth Cardoso, Parquinho da Figueira, Parquinho do Pomar, Praça das Pérolas, Praça da Vida, Praça dos Pássaros, Vai pela Sombra e Villa Ambiental. Para o esporte foi projetado Basquete de Rua, Campo de Futebol, Equipamentos de Ginastica, Quadra de futebol de Areia, Quadra de vôlei de Areia, Quadra de Tênis, Quadra poliesportiva

Figura 49: Foto Orquidário Fonte : Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

e Quadra society. Nas pistas encontra-se ciclovia, trilhas e pistas de 700 metros, 1.400 metros e 2.150 metros. O Parque possui 1 anfiteatro aberto para 750 pessoas, uma praça central de 100 mil metros quadrados, foi idealizado um Parque temático musical, moderno e que tivesse muito mais do que áreas verdes, mas sim equipamentos destinados ao sensível conhecimento da música como uma homenagem ao maestro Heitor Villa Lobos.

Figura 50: Anfiteatro Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

70


O orquidário Ruth Cardoso, tem sua arquitetura inspirada em formas de “habitat” de origem africanas indígenas e précolombianas. Foi um estudo para encontrar soluções para o domínio e Figura 52: Foto Orquidário Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

transformação da natureza e identificando uma maneira de conseguir iluminação difusa. Seus materiais construtivos, tem como base concreto armado, vidro e estrutura metálica.

Figura 53: Legenda parque Villa Lobos Fonte:agilitybr.com.br

Figura 51: Foto Orquidário Fonte: Archdaily/ cortesia Décio Tozzi

71


Figura 54: Mapa de localização parque Villa Lobos Fonte:agilitybr.com.br

72


3.2 Centro Cultural de Eventos e Exposições de Nova Friburgo- RJ.

Figura 56: Perspectiva de iluminação Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

Competição: Concurso Centro Cultural de Eventos e Figura 55: Centro Cultural de Eventos e Exposições de Nova Friburgo-RJ Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

Exposições- Cabo Frio, Nova Friburgo e Paraty. Prêmio: Primeiro Lugar – Nova Friburgo Projeto: Centro Cultural de Eventos e Exposições em

“O edifício pretendido tem a responsabilidade de valorizar o turismo, o comercio, a gastronomia e o patrimônio cultural da cidade de Nova Friburgo e do circuito serrano do Rio de Janeiro, abrigando suas feiras, festivais e os demais eventos oriundos dos negócios realizados na região. Além disso, deve oferecer à população local um lugar de convívio ou até mesmo um ponto de parada e contemplação das belezas naturais e desta intervenção antrópica aos viajantes”. “BARRETO R“

Nova Friburgo Autores: Estúdio 41 Terreno: 3.500 m² Cidade: Nova Friburgo – RJ

73


A proposta para o Centro Cultural, de eventos e exposições, de Nova Friburgo, se apresenta a partir da singularidade de relacionar a arquitetura com o contexto puramente geográfico. Em meio a paisagem montanhosa da serra verde Imperial, e mesmo distante de um contesto urbano, sua inserção, reflete a um contexto de uma apropriação publica que a ele assede. Um lugar em meio à condição da rodoviária que é capaz de acolher os visitantes em grande ambiente de convívio, um lugar dinâmico, que possam nele, reconhecer, e transforma-

Figura 57: Centro Cultural de Eventos e Exposições de Nova Friburgo-RJ Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

lo em um grande potencial, voltado ao turismo, condizente a sua posição entre municípios. O objetivo: A valorização de paisagem, promover encontros, e valorizar a cultura regional. Sua implantação, com uma volumetria imponente, às margens da rodovia tem uma fácil visualização.

Figura 58: Cultural de Eventos e Exposições de Nova Friburgo-RJ Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

74


Implantação A edificação é foi projetado em apenas um volume, sendo

constituído de três pavimentos: Pavimento térreo: Foi implantado no pavimento térreo as principais atividades culturais, salas de reunião e auditórios, tem paredes que se torna flexíveis, podendo ser recolhida, aumentado assim o espaço de exposição, sua fachada que é virada para o lado norte, onde encontra-se portas pivotantes, que permite que espaços internos e externos se integrem conectando assim à praça de eventos coberto do pavilhão cultural. Dois pavimentos superiores, encontra-se a praça de alimentação, e um restaurante, mas também pode sediar eventos no espaço expositivo principal. No piso superior, é possível

Figura 59: Centro Cultural de Eventos e Exposições de Nova FriburgoRJ/Implantação. Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

apreciar a paisagem fenomenal da região serrana.

75


Figura 60: Planta do primeiro pavimento Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

Figura 62: Planta do segundo pavimento Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

Figura 61: Planta do segundo pavimento Fonte: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

Figura 63: Planta do terceiro pavimento Fonte: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

76


Iluminação Na cobertura foi utilizado sheds no espaço de exposição,

e um sistema automatizado, de medição e regulagem controlando assim a iluminação solar, e assim controlando a luz do interior, proporcionando uma grande economia e redução de energia elétrica no local. E também um sistema de dupla envoltória, permitindo a filtragem da luz natural nas fachadas e assim Figura 64: Cortes Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

melhorando seu aproveitamento.

Materiais Os materiais que foram utilizados no projeto, praticamente

tudo de estrutura metálicas, pois além da economia, ainda vem a questão de tornar a obra mais leve e uma construção mais rápida e não deixando tanto resíduos para descarte. O piso da praça, é feito de módulos pré-fabricados de material de cimento

Figura 65: Cortes Fonte: Foto/Imagem: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

granulado.

77


oposta, (os fundos), aproveitou-se para fazer uma área de carga e descarga.

Figura 66: Métodos construtivos Fonte: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

Figura 68: Entrada de carga e descarga. Fonte: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

Figura 67: Métodos construtivos. Fonte: Estúdio 41 Arquiteturahttp://www.estudio41.com.br/

Setorização de usos

1: Praça externa onde permite, a organização de eventos

Na parte de baixo do palco exterior, encontra-se

ao ar livre, onde fica a entrada do público, e tem uma capacidade

equipamentos de climatização, reservatórios, casa de bombas e

de receber até 10.000 pessoas

geradores e também aproveitando o desnível do terreno, na parte 78


2: Conexões- a abertura lateral norte, é feita por painéis

3.3 Parque da Juventude

pivotantes, que conecta o espaço interno com o externo. Nesta integração entre interno e externo pode promover eventos com

LOCAL: São Paulo

capacidade de até 12.000 pessoas.

DATAS: Início do projeto 1999 PROJETO EXECUTIVO: 2003-2005

3: Este espaço foi dedicado para apresentações de shows, externos, sob sua laje de pisos, localiza-se áreas como

CONTRUÇÃO: 2003-2007

subestação de energia, geradores, casa de maquinas, bombas, e

INAUGURAÇÃO: 2003 (fase 1), 2004 (fase2), 2006-2008(fase3)

também contém sanitários de serviço de área externa.

CONTRATANTE: Secretaria de juventude, esportes e lazer do estado de São Paulo

4: Expositivo externo- está é a área mais ampla com 200

ÁREA DO TERRENO: 232.933m²

metros quadrados com total flexibilidade.

CONSTRUIDA: 34.360 m² (parque institucional 32.243 m²).

Figura 69: Diagrama de ocupação. Fonte:/Imagem: Estúdio 41 Arquitetura http://www.estudio41.com.br/

Figura 70: Parque da Juventude Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213

79


A grande ideia do Parque da Juventude

A Penitenciária do Carandiru foi inaugurada em 1920, na região do Carandiru, localizado na zona norte de São Paulo, em

Após o massacre que resultou em 111 detentos mortos,

1983, o complexo do Carandiru, obteve a integração com a casa

130 presos e 32 policiais que foram feridos, a casa de detenção

de detenção, a penitenciária feminina da capital e o centro de observação

criminológicos,

assim

tornando-se

a

de São Paulo, mais conhecido como (Carandiru), foi desativada,

maior

e parcialmente demolido em 2002. Houve diversas propostas de

penitenciária do pais e da América Latina, alojando mais de 8.000

requalificação do local, como conjuntos habitacionais, shopping,

presos. Esta penitenciária, foi palco de rebeliões e massacre por

entre muitas outras a serem discutidas. Em 1998, houve uma

46 anos. Os moradores locais ficavam sempre inseguros com o

aprovação em instância municipal, e novo zoneamento para a

local, por achar que a qualquer estante, poderia haver alguma

área do Complexo Penitenciário, (o Z-8, ou seja, institucional) e

fuga dos detentos, assim a região ao entorno, ficou muito

optaram por um projeto de um parque para o local.

desvalorizada, e muitos imóveis do bairro foram fechados.

Mas houve um concurso para definir o destino do local, em 1999, foi anunciado o projeto vencedor, que era o Parque da Juventude, do escritório, Aflalo e Gasperini Arquitetos, que sugeriu transformar o antigo “Carandiru”, um local marcado pelas tragédias e sofrimentos, em uma área de lazer e alegria, para milhares de cidadãos, e assim surgiu o Parque da Juventude. Foram feitos vários estudos para o que fazer no local, e o Parque, disponibiliza para a população, espaços como: lazer,

Figura 71: Antigo Carandiru. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213

educação, turismo e saúde.

80


Parque Institucional: com o novo projeto, foram mantidos dois pavilhões, um é o Centro de Inclusão Social, e o Centro Paulo Souza, e o outro, um Centro Cultural. E também construíram um novo pavilhão, que é o de Exposições e uma biblioteca, e um espaço para eventos, com uma área de 4,2 mil m², e tem 2 pavimentos. Figura 72: Croqui de estudos, de Eduardo Martins Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213

O Parque da Juventude, virou um complexo setorizado em 3 partes.

Figura 74: Projeto do pavilhão de exposições Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213

Figura 73: Setorização. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213

81


grande sacada, é uma caixa cênica reversível, que volta para uma plateia de 30.000 pessoas.

Figura 76: Imagem do pavilhão com palco. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213 Figura 75: Planta e corte. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213

Parque Central: tem um trabalho paisagístico, que integra todo o parque, às demais áreas, como o próprio nome diz, ele fica localizado no centro do parque, onde encontra-se: lanchonete, e áreas técnicas, além de um teatro com capacidade para 500 pessoas, no seu interior, mas sua

82


Figura 80: Caminho sinuoso. Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/parques-e-reservasnaturais/parque-da-juventude/

Figura 77: Planta e Corte. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.162/5213

O parque central tem a maior concentração de vegetação, e percursos sinuosos para pedestres, que é a ligação para o Bosque das Tipuanas, que envolve as pérgolas remanescentes. Também conta com um edifício tombado, que irá ser o Museu de Memória do Carandiru.

83


Parque esportivo

Figura 78: Foto Nelson Kohn Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/parques-e-reservasnaturais/parque-da-juventude/ Figura 79: Quadras Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/parques-e-reservasnaturais/parque-da-juventude/

A iluminação e a eficiência energética, foram realizadas pela empresa Senzi Lighting, de luminotécnico, que procurou

Composto por 10 quadras, por pista de skate, e circuito de

soluções que sejam simples e eficientes na economia, foram

arborismo, ele pode funcionar também à noite e conta com

instalados geradores em toda a extensão do Parque Industrial,

vestiários coletivos e um bar/lanchonete, integrado em uma

reduzindo em até 50% do consumo de energia elétrica, nos

grande marquise, e junto às quadras, e áreas de lazer, os

horários de pico, e também existe um projeto de reuso de água e

gramados e espaços com jardins se destacam.

automação predial que proporciona economia elétrica e hidráulica em todo complexo. 84


naturais/parque-da-juventude/

Os materiais predominantes, foram: nas coberturas dos edifícios, estruturas metálicas, o concreto foi utilizado na reforma e nas fachadas, foi utilizado, caixilhos com alumínio adonisado, placas de vidro laminado e sistema de quebra-sol em aluzinco. O espaço abriga ainda a Biblioteca do Estado de São Paulo, com um vasto acervo de mais de 35.000 títulos, e o Acessa São Paulo, programa de inclusão digital do Governo do Estado, no qual a população tem acesso gratuito às novas tecnologias da Figura 80: Pista skate /fonte portal do governo. Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/parques-e-reservasnaturais/parque-da-juventude/

informação e comunicação. No final de 2008, o Parque da Juventude foi considerado o segundo melhor parque de São Paulo em pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia. Hoje, recebe uma média de 200 mil por mês.

Figura 81: Arborização Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/parques-e-reservas-

85


3.4 Centro de Eventos Iporanga

Figura 82: Bibliotheca Fonte: http://www2.ambiente.sp.gov.br/parquedajuventude/tag/biblioteca-desao-paulo/ Figura 84: Centro de Eventos Iporanga Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br 

Arquiteto: Mauro Munhoz Arquitetura

Área: 800m²

Ano: 2011

Localização: Guarujá – Condomínio Residencial

Técnica Construtiva: MLC – Madeira Laminada Colada

Prêmio: O Melhor da Arquitetura 2013 (Revista Casa e

Figura 83: Biblioteca Fonte: http://www2.ambiente.sp.gov.br/parquedajuventude/tag/biblioteca-de-

Construção) – Categoria “Espaço de lazer”.

86


Localizado em um condomínio residencial no litoral paulista, o pavilhão tem por objetivo ser um espaço de convívio e festividades para os moradores. Sem obstáculos visuais e integrada a natureza, a grande cobertura de madeira em forma de onda, funciona como uma praça coberta, que favorece a socialização dos moradores. A cobertura apresenta um espaço vazio entre seus dois planos, apoiada sobre pilares em V, privilegiando a ventilação cruzada. O material utilizado para execução da cobertura é a

Figura 85: Execução do Centro de Eventos Iporanga Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

madeira laminada colada, essa estrutura permite executar vigas curvas e vencer vãos generosos, oferecendo liberdade e plasticidade ao projeto. Trata-se de um produto fabricado em condições tecnicamente controladas: peças de eucalipto unidas com cola à base de poliuretano.

Figura 86: Detalhe da cobertura do Centro de Eventos Iporanga Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

87


Figura 87: Centro de Eventos Iporanga Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

Figura 88: Corte Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

88


Figura 89: Conexão de Pilar- Fundação Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

Figura 90: Conexão de Pilar- Fundação Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

89


Figura 92: Elevação Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

Figura 91: Conexão de Pilar- Fundação Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

Figura 93: 3D Fonte: http://www.itaconstrutora.com.br

90


Centro Cultural tem por objetivo: a valorização de paisagem,

3.5 Análise das Referencias Ao analisar as referências projetuais é possível ter como

promover encontros, e valorizar a cultura regional. Sua

base a hierarquia de implantação, sendo edifícios construídos

implantação, com uma volumetria imponente, às margens da

alocados próximos a áreas já urbanizadas e simultaneamente nas

rodovia tem uma fácil visualização. O Parque da Juventude deu um novo uso a uma espaço

extremidades.

marcado por tragédias e sofrimentos em um local de lazer e O Parque Vila Lobos traz como referência o local de

alegria, setorizado em três partes: Parque Institucional - Parque

implantação, antes um deposito de lixo causando inúmeros

Central - Parque esportivo. O Divinoparque utilizou do conceito

problemas a população, assim como o terreno escolhido para

de setorização.

elaboração do Divinoparque é considerado um grande vazio urbano utilizado como deposito de entulhos e até mesmo lixo

O Centro de Eventos Iporanga, utiliza de uma técnica

doméstico, implantando um “parque de lazer, cultura e esporte”,

construtiva que permitindo grandes envergaduras e formas mais

assim solucionando estes problemas. A implantação orgânica

flexíveis. Além de proporcionar uma cobertura sem obstáculo

com caminhos sinuosos também é uma forte referência que terá

integrando com a natureza. A mesma técnica será utilizado no

no Divinoparque, inspirado no Parque Vila Lobos.

Divinoparque proporcionando leveza a cobertura do pavilhão. Assim como as referência, o Projeto Divinoparque busca

O Centro Cultural de Eventos e Exposições em Nova

solucionar as problemáticas existente no município ocupando um

Friburgo, reflete a um contexto de uma apropriação publica,

terreno abandonado, trazendo mais qualidade de vida aos

próximo a rodoviária e acolhe moradores locais e turistas com

munícipes inserindo o lazer, cultura e esporte nos seus cotidiano,

ambientes de convívio, um lugar dinâmico, possui um grande potencial voltado ao turismo.

além de possuir um alto potencial turístico atraindo mais visitante

O Divinoparque assim como o

a cidade. 91


92


CAPÍTULO 4 – O TERRENO

93


4.1 Escolha Do Terreno

Figura 94: Terreno em relação á cidade Fonte: Google maps, modificado pelo autor.

94


A escolha do local da intervenção, é uma gleba de 9.48 hectares, com 94.763.99 metros², localizado na em uma expansão urbana em um desvio da rodovia SP 344, na entrada de Divinolândia, em uma extensão de 1.193 metros, chegando na Rua São Paulo, que é uma das ruas arteriais do município, lá passa um rio ao fundo ( rio do Peixe) , e uma grande área de APP, (lugar da intervenção), o asfalto é ruim e não existe acostamento, e mesmo assim é o ponto mais escolhido para as pessoas começarem as suas caminhas,( pessoas que caminham na rodovia ), o local está descuidado, onde pessoas sem consciência depositam (entulhos) e até lixos de suas residências. Esse é um local com um alto potencial para trazer qualidade de vida para a população, na qual o município está precisando, onde a população, tende a se locomover para cidades vizinhas ou ficar preso em suas residências para tal atividades, e as que saem para a pratica de exercícios como caminhada por exemplo, tende a arriscar suas vidas na beira da Figura 95: Terreno Fonte Google maps, modificado pelo autor.

rodovia, que além de ser perigoso, também está praticamente abandonada pelos nossos governantes cheios de buracos e sem acostamento. 95


4.2 Levantamento fotogrรกfico

96


Figura 96: Fotos do local Fonte: Retirado pelo autor

97


4.3 Uso e Ocupação do Solo Como nota-se na imagem

acima,

Município

o de

Divinolândia, chegou ao extremo no fator de expansão, seu

onde

território,

praticamente

todo está todo

preenchido

por

construções, não tendo assim vazios urbanos, a topografia do município é

um

dos

principais

fatores para tal fato Figura 97: Mapa de Uso e Ocupação Fonte Google Maps, modificado pelo autor

98


4.4 Mapa Viรกrio

Figura 98: Mapa Viรกrio Fonte: Desenvolvido pelo autor

99


4.5 Topografia

Figura 99: Topografia Fonte: Desenvolvido pelo autor conforme informaçþes do Google earthe

100


Figura 101: Fotos do Município Fonte: Retirado pelo autor Figura 100: Foto do Município Fonte: Google Earth

O município é construído entre vales, onde dificultou-se sua expansão, na qual é rodeada por sítios e chácaras, entre seu relevo. Figura 102: Fotos do Município. Fonte: Retirado pelo autor

101


4.6 Estudo de Insolação

Figura 103: Estudo Solar e Ventilação em relação ao Pavilhão Fonte: Elaborado pelo autor

102


Figura 104: Simulação Solar Fonte: Elaborado pelo autor

103


104


Capitulo 5 – A Proposta

5.1 Programa de necessidades

105


para a população a tão desejada qualidade de vida para todos. E logo abaixo poderemos observar os itens que irão compor esse plano de necessidades. O nome proposto para o parque, seria “DIVINOPARQUE”, nome no qual seria em homenagem ao” Divino Espirito Santo”, padroeiro da cidade, onde esse nome “Divino”, é carregado em vários eventos da cidade, inclusive na igreja matriz do município. O programa de necessidades, e o pré-dimensionamento, do “DIVINOPARQUE”, será realizado com base em análises e nos estudos de caso e nas necessidades que o município necessita. Além disso para dimensionamento dos ambientes, serão Figura 105: Programa de necessidades. Fonte: Imagem desenvolvida pelo autor.

obedecidas as normas da ABNT.

O programa de necessidades foi elaborado com base de quatro fatores chaves, utilizando um dos maiores deles, que é o turismo, já que o município está preste a ser titulado com o “MIT”, e também onde a população está reivindicando essa ligação conforme a pesquisa de opinião, que está mostrando acima. Por isso podemos dizer que lazer, esporte, turismo e segurança, traz 106


5.2 Tabelas de planos de necessidades

Tabela 5: Programa de necessidades. Fonte: imagem 107 desenvolvida pelo autor


Hall de entrada

Atendimento ao publico - Café

Área Multiuso

Salão Multifuncional - Banheiros Fem. /Masc. - Banheiro PNE- Anfiteatro- Salas de oficinas

Serviços

Almoxarifado -Depósitos

Administração

Sala Diretoria -Banheiro

Àreas de descanso

Playground Mesas de jogos

Quiosques

Café/ Lanchonete

Pista de caminhada

ESPORTE

LAZER

Parque

Ciclovia Quadras esportivas 108 Academia ao ar livre

Banheiros

APOIO

PAVILHÃO

5.3 Organograma

Vestiário Bicicletário Estacionamento


5.4 Fluxograma

Figura 106. Fluxograma. Fonte :Imagem desenvolvida pelo autor

109


5.5 NBR 9050

O projeto tem por objetivo a inclusão, independentemente de idade, cor, crença, estatura ou limitações de mobilidade ou percepção, as edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos deveram ser acessíveis para proporcionar ao usuário utilização de maneira autônoma e segura. Para que isto aconteça foi feito serão seguidos as da Normas Brasileira 9050 (Acessibilidade

a

edificações,

mobiliário,

espaços

e

equipamentos urbanos), que tem como princípio estabelecer critérios e parâmetros técnicos de condições de acessibilidade universal. Figura 107: Inclusão e Acessibilidade Fonte: http://www.escolanedi.com.br

Os principais parâmetros técnicos da NBR 9050 aplicados ao projeto em questão estão resumidos no quadro resumo a seguir:

110


111


Tabela 6: NBR 9050 Fonte: Desenvolvido pelo autor

112


5.6 Plano de Massa

Informações turísticas Lago Academia ao ar livre Praça Área esportiva

Centro Cultural (Pavilhão)

Playground

Estacionamento

Ponto de ônibus Ciclovia Pista caminhar

Figura 108: Plano de Massa Fonte: Desenvolvido pelo autor

113

Portal de entrada


CAPITULO 6 – O PROJETO

114


115


6.1 Evolução Projetual / Estudo das Formas

116


6.2 Conceito

Manter a relação da escala humana de forma que a edificação não seja uma barreira visual e sim um complemento da paisagem;

Após

análise

das

problemáticas

do

município

de

Divinolândia, foi possível chegar a uma área que encontra-se em

Conexão entre pontos de interesse facilitando a circulação e a criação de áreas de lazer e estar ao longo dos

abandono e que tem um forte potencial turístico em relação ao

caminhos;

município. Houve o mapeamento desta área e identificado onde

serão inseridos os novos usos e apropriações. A partir desta

Preservar vegetação existente e introduzir novas espécies.

análise foi utilizado quatro pilares principais para a elaboração do projeto, sendo eles; turismo – esporte – lazer e mobilidade

6.3 Partido Arquitetônico

urbana, então foi possível chegar a um parque urbano, espaço público para práticas sociais incluindo atividades culturais, O Partido Arquitetônico surgiu a partir das características

esportivas, de lazer e eventos.

do local de implantação e seus pontos principais, que foi o Rio do

Com o objetivo principal em oferecendo a população e

Peixe e sua forma orgânica com curvas sinuosas foi o ponto

turistas, a melhoria na qualidade de vida, inclusão social,

chave para implantação do parque.

proporcionando encontros, e trazendo vitalidade para este

Todo o parque foi elaborado respeitando o rio, assim foi

espaço, através de: 

possível obter uma implantação orgânica, através de caminhos Estimular o convívio social a partir da criação de espaços

sinuosos arborizados, causando surpresas ao visitantes, os

abertos; 

caminhos levam a destinos voltados a atividades para o

Criar mobiliários urbanos versáteis; 117


relaxamento e contemplação da natureza, como; espaços com

trazendo uma má impressão aos visitantes e turistas logo ao

quiosques, áreas para piquenique, práticas de ginasticas, locais

entrar na cidade.

para leitura, jardins e pomares.

Para que esta proposta seja possível elaborou-se um programa de necessidades que vinculará as atividades sugeridas pelos moradores através de uma pesquisa de opinião, além de

6.4 Memorial

criar um espaço que valorizara o turismo local. O projeto foi elaborado respeitando a forma orgânica do

Tendo em vista a grande importância dos espaços públicos

Rio do Peixe, toda a implantação do parque acompanha esta

e sua interferência em relações aos usuários e seu entorno.

forma através de caminhos sinuosos, cheios de surpresas, que

Adotou-se como ponto de partida para este projeto o propósito de

contara com um paisagismo autentico, várias espécies vegetais,

requalificação de um gleba que encontra-se em estado de

praças, lago, espaço esportivo, anfiteatro, e a arquitetura do

abandono, em um local de fácil acesso e de grande visibilidade

pavilhão, tudo respeitando e valorizando a natureza.

em relação ao município. PAVILHÃO- No pavilhão foi implantado uma cobertura de O terreno em questão está localizado entre a Rodovia

Madeira Laminada Colada também conhecida pela sigla MLC,

Lourival Lindoria de Faria (SP-344) e a entrada principal de

possui um desenho leve e orgânico que abrigara um espaço

acesso a cidade de Divinolândia, no terreno também passa o Rio

amplo sob si, garantindo a acomodação necessária para

do Peixe, atualmente a gleba encontra-se em estado de

desenvolver múltiplas atividades.

abandono, e em alguns pontos há lixo e entulhos de construção,

118


Figura 109: Pavilhão em Madeira laminada Fonte: Desenvolvido pelo autor

Figura 110: Salas Fonte: Desenvolvido pelo autor

SALAS- Dentro do pavilhão foi proposto salas retangulares moveis, cada sala possuirá seu layout próprio, com grafismo abstrato utilizando madeira laminada e vidro, as salas remeteram a galhos das árvores, assim trazendo a sensação de camuflagem através do paisagismo do entorno. Nestas salas aconteceram oficinas voltadas para aulas de pintura, música, teatro, reforço escolar e uma cozinha industrial onde acontecera cursos voltado a gastronomia. Por serem salas moveis proporcionara ao pavilhão uma multifuncionalidade.

Figura 111: Salas no Pavilhão Fonte: Desenvolvido pelo autor

119


Figura 112: Lago Fonte: Desenvolvido pelo autor

Figura 113: Parquinho Fonte: Desenvolvido pelo autor

LAGO- O parque possui um grande lago com aproximadamente

PARQUINHO – Para as crianças foi implantado um parquinho

2.615 m², que ajuda a criar e regular o microclima no parque, além

muito bem localizado, próximo ao pavilhão, a academia ao ar livre

de trazer serenidade calmaria aos usuários. Neste lago foi

e também a praça, assim enquanto as crianças brincam seus pais

proposto passeio de pedalinhos, sendo um atrativo turístico da

podem realizar diversas atividades sem perde de vista seus

cidade e proporcionando aos usuários contato direto com a

filhos.

natureza.

120


Figura 115: Quadras Fonte: Desenvolvido pelo autor

Figura 114: Academia ao ar livre Fonte: Desenvolvido pelo autor

QUADRAS- Há um espaço voltado para práticas esportivas,

ACADEMIA AO AR LIVRE – Voltada para o público da terceira

neste espaço possui três quadras sendo,

idade e também para qualquer usuária acima de 16 anos. Os

uma quadra

poliesportiva, uma quadra de areia e uma quadra de tênis. As

benefícios da prática de exercícios na academia ao ar livre são, a

quadra tem por objetivo trazer maior qualidade de vida a

gratuidade dos exercícios, promover o bem-estar físico e

população que terá um local apropriado para realização de suas

emocional, melhorar a integração social e a comunicação.

atividades esportivas, assim ganhando um melhoria na saúde.

121


PRAÇA- O parque contara com uma grande praça, espaço livre

chegando próximo ao Rio do Peixe, passando por um caminho

gramado com algumas espécies de arvores floríferas de grande

com várias espécies de arvores frutíferas.

porte. O espaço é voltado para realização de piqueniques, para crianças realizarem brincadeiras como, soltar pipa, correr, brincar com os pets.

POMAR - Próximo ao lago foi proposto o plantio de diversas espécies de árvores frutíferas de forma que durante todo o ano pelo menos uma espécie terá o fruto. Além de aumentar a biodiversidade com a atração de pássaros e outros animais de ambientes naturais, que ajudam a reequilibrar o meio ambiente urbano, proporcionando a população terá a oportunidade de

Figura 116: Pista de Caminhar/ ciclovia Fonte: Desenvolvido pelo autor

colher frutas silvestre direto do pé.

ESTACIONAMENTO- Estacionamento conta com 150 vagas CICLOVIA/ PISTA DE CAMINHAR – O parque é cercado por

para carros, além de contar com 7 vagas para idosos (5%), 3

uma ciclovia e pista de caminhar, com cerca de 2 Km. Seu

vagas para deficientes (2%), 3 vagas para gestante (2%), 30

percurso sinuoso proporciona aos usuários várias descobertas, o

vagas para motos e 3 vagas para ônibus. Além disso conta com

caminho passa próximo à Rodovia SP 344 adentrando ao parque

um bicicletário.

122


PONTO DE ÔNIBUS- Próximo à entrada principal do parque,

ENTRADA DA CIDADE – Atualmente a cidade conquistou o título

está localizado pontos de ônibus. Que tem como função facilitar

de Município de Interesse Turístico (MIT) e vem atraindo turista

o acesso dos turista ao parque.

de todas as partes do pais, porem logo ao chegar na cidade se deparam com uma entrada mal cuidada, asfalta esburacado sem acostamento, sem iluminação, em alguns pontos há lixo e entulhos na beira da estrada, provocando uma má impressão aos visitantes. Para solucionar este problema foi proposto a ampliação das pistas, um canteiro central, acostamento, área verde com plantio de árvores nativas, ciclovia e pista de caminhada. Tornando este percurso de cerca de 1 km até o portal de entrada, em um via de tráfego lendo, com lombadas durante o percurso, valorizando o pedestre e ciclista e também uma formar do visitante apreciar a paisagem.

Figura 117: Ponto de ônibus Fonte: Desenvolvido pelo autor

123


Situação Atual da entrada da cidade Fonte: Google maps

Proposta para entrada Fonte: Desenvolvido pelo autor

Situação Atual da entrada da cidade Fonte: Stree mix

Proposta da entrada da cidade Fonte: Stree mix

124


Figura 118: Entrada Principal do Parque Fonte: Desenvolvido pelo autor

125


Figura 119: PavilhĂŁo Fonte: Desenvolvido pelo autor

126


Figura 121: Anfiteatro Fonte: Desenvolvido pelo autor

127


Figura 122: Lago Fonte: Desenvolvido pelo autor

128


Figura 123: Quadras/ Pista de Caminha/ Ciclovia Fonte: Desenvolvido pelo autor

129


Figura 124: Vista AĂŠrea do Parque Fonte: Desenvolvido pelo autor

130


Figura 125: Pista Fonte: Desenvolvido pelo autor

131


Figura 126: Pista de Caminhada Fonte: Desenvolvido pelo autor

132


Figura 127: Ponto de Ă´nibus Fonte: Desenvolvido pelo autor

133


Figura 128: Salas dentro do PavilhĂŁo Fonte: Desenvolvido pelo autor

134


Figura 129: Parquinho Fonte: Desenvolvido pelo autor

135


Figura 130: Pergolados com redรกrio Fonte: Desenvolvido pelo autor

136


Figura 131: Academia ao ar livre Fonte: Desenvolvido pelo autor

137


Figura 132: Bicicletรกrio Fonte: Desenvolvido pelo autor

138


Figura 133: Rio do Peixe Fonte: Desenvolvido pelo autor

139


mecânicas. Já na década de 1940 a técnica progrediu com o

6.6 Técnicas Construtivas

surgimento das colas sintéticas. O uso da técnica MLC varia de pequenas estruturas como

MADEIRA LAMINADA COLADA (MLC)

passarelas, escadas e abrigos até grandes estruturas concebidas sob as mais variadas formas estéticas, possui uma grande resistência. Além disso o material permite vencer grandes vãos, que podem chegar até 100 metros sem apoio intermediário.

PROJETOS COM MLC – Pode ser utilizada em qualquer tipo de construção,

como

em

projetos

residenciais,

comerciais,

industriais, entre outros. Também pode ser utilizado em vales, praias, com os devidos tratamentos e proteção contra umidade.

Figura 134: Cobertura de madeira laminada - Projeto de Mauro Munhoz Arquitetura Fonte: https://casa.abril.com.br

“Detalhes definidos em projeto, como bases metálicas para afastar a MLC da umidade do solo e distanciamento de encaixes entre peças, para que não acumule água, fazem a diferença para uma maior durabilidade nesses contextos.” (PAULO BASTOS, sócio-diretor da Carpinteria Estruturas de Madeira.2016)

A Madeira Laminada Colada ou MLC é um material criado a partir de tábuas (lâminas) coladas, disposta de forma que suas fibras ficam paralelas. Esta técnica é empregada desse o século XIX na

Com o avanço da tecnologia de produção, controle

construção civil, nesta época as lamelas eram unidas por ligações

tecnológico, processamento e técnicas construtivas, a MLC 140


tornou-se muito indicada para concepção de estruturas curvas e

própria madeira, como valor estético e propriedades termo

peças de alta repetibilidade.

acústicas, apresenta alta resistência ao fogo e estabilidade dimensional, características decorrentes do seu processo de

“As peças precisam de menos encaixes metálicos, menos parafusos e, portanto, podem ser mais interessantes que outras soluções.” (PAULO BASTOS, sócio-diretor da Carpinteria Estruturas de Madeira.2016)

fabricação. “As peças precisam de menos encaixes metálicos, menos parafusos e, portanto, podem ser mais interessantes que outras soluções.” (PAULO BASTOS, 2016)

MLC NO BRASIL - O uso da MLC no Brasil é considerado baixo em comparação a países do hemisfério norte, que contam com

O processo de fabricação da MLC consome pouca energia

madeira de fácil trabalhabilidade em abundância. Embora venha

em relação aos outros materiais construtivos.

crescendo a cada ano. “É 24 vezes menor do que o aço; 14 vezes menor do que o vidro; e 5 vezes menor do que o cimento.” (CARLITO CALIL NETO,2016)

“Competem aos arquitetos, engenheiros, madeireiros e outros que trabalham com a madeira estabelecer o elo que falta entre as tecnologias avançadas no campo da construção e as madeiras cultivadas no Brasil. Essa corrente é que vai determinar realmente a tecnologia e o uso da madeira em todo seu potencial.” (CARLITO CALIL NETO,2016)

O material ainda apresenta baixo nível de perda para sua manufatura e pode ser facilmente obtido de fonte renovável, de florestas plantadas ou manejadas.

VANTAGENS E DESVANTAGENS – A MLC se destaca pela alta

Entre outras vantagens, ainda se destacam a resistência a

capacidade de carga e baixo peso próprio, permitindo grandes

substâncias químicas e agressivas e a baixa necessidade de

envergaduras e formas mais flexíveis. Além dos benefícios da 141


Figura 135: Fase 1 - Checagem Dimensional Fonte: MADEIRA LAMINADA COLADA, Prof. Barbara Talamini Villas Bôas

manutenção e pintura. Por ser industrializada, a MLC evita desperdícios de materiais e agiliza a montagem, acarretando um menor tempo de canteiro de obra.

1.b) Checagem de Umidade

Já sua desvantagem consiste no preço elevado comparado aos

1.c) Checagem de Resistência

sistemas convencionais, principalmente pela baixa cultura de uso da madeira no Brasil.

“O grande obstáculo é identificar os fabricantes e verificar se eles seguem as normas vigentes, já que não existe um selo de qualidade estrutural para a MLC como em outros países.” (CARLITO CALIL NETO,2016)

Figura 136: FASE 1 Fonte: MADEIRA LAMINADA COLADA, Prof. Barbara Talamini Villas Bôas

FASE 2 PROCESSO DE FABRICAÇÃO 2.a) Emendas FASE 1 1.a) Checagem Dimensional

Figura 137: Fase 2 – Emendas Fonte: MADEIRA LAMINADA COLADA, Prof. Barbara Talamini Villas Bôas

142


2.b) Prensagem das tábuas com finger joint

3.b) Estratificação das Lâminas

2.c) Aplainamento

3.c) Aplainamento das Peças Coladas

Figura 138: Fase 2 – Aplainamento Fonte: MADEIRA LAMINADA COLADA, Prof. Barbara Talamini Villas Bôas

Figura 140: Fase 3 - Aplainamento das Peças Coladas Fonte: MADEIRA LAMINADA COLADA, Prof. Barbara Talamini Villas Bôas

2.d) Estocagem

FASE 4 4.a) Usinagem e Identificação

FASE 3 3.a) Colagem

Figura 141: Fase 4- Usinagem e Identificação Fonte: MADEIRA LAMINADA COLADA, Prof. Barbara Talamini Villas Bôas

Figura 139: Fase 3- Colagem Fonte: MADEIRA LAMINADA COLADA, Prof. Barbara Talamini Villas Bôas

4.b) Embalagem

143


que não existe um selo de qualidade estrutural para a MLC como em outros países.” (CARLITO CALIL NETO,2016)

Outro fator que influencia na especificação da cola para fabricação da MLC são as condições a que a estrutura estará submetida. Figura 142: Fase 4- Embalagem Fonte: MADEIRA LAMINADA COLADA, Prof. Barbara Talamini Villas Bôas

“É preciso levar em consideração se a mesma vai estar abrigada no interior da edificação ou exposta à variação das condições atmosféricas, como alternância de sol e chuva.” (CARLITO CALIL NETO,2016)

O processo de fabricação da MLC demanda alta precisão em todos os seus estágios, com controle de qualidade para assegurar as propriedades do material quanto à resistência

A MLC é produzida em um grau de umidade no qual o

especificada e, ainda, atender aos requisitos previstos em norma.

comportamento de contração e inchamento se reduz ao mínimo, garantindo estabilidade dimensional ao material. Por ser ensaiado

Como todas as madeiras podem ser coladas, não existe

em laboratórios específicos, o produto apresenta características

restrição para a escolha das espécies, alterando apenas a

físico-mecânicas precisas, facilitando o trabalho do calculista de

especificação do tipo de cola para cada opção. Porem as

estrutura de madeira.

espécies de madeira mais recomendadas para o emprego em

NORMAS

MLC são as das coníferas e algumas folhosas, como Pinus e Eucalipto.

A norma específica de recomendações para projetos de estrutura de madeira no Brasil é a NBR 7190:1997, da ABNT.

“O grande obstáculo é identificar os fabricantes e verificar se eles seguem as normas vigentes, já

144


“Essa norma está em revisão e, em breve, deve ser lançada uma versão que contemplará a norma de fabricação de MLC no Brasil.” (PAULO BASTOS, 2016)

Outro documento que serve como referência para fabricação da MLC é a norma americana AITC 115-2009, para controle de qualidade. “Com base nesse programa, é necessária a realização de ensaios diários, sistemas de avaliação em pontos estratégicos da produção e inspeção constante durante o processo de produção com inspetores credenciados.” (CARLITO CALIL NETO,2016)

145


6.7 Materiais Construtivos

6.7 1 Materiais Construtivos Salas

ABERTURAS P/ VENTILAÇÃO

*STTEL FRAME MADEIRA LAMINADA VIDRO PISO LAMINADO COLADO BASE ESTRUTURA METÁLICA *O

PORTA

Figura 143: Sistema Construtivo Salas Fonte: Desenvolvido pelo autor

146

steel frame um sistema construtivo industrializado, formado por estruturas de perfis de aço galvanizado. Seu fechamento é feito por placas, drywall. Sua estrutura é composta basicamente por: fechamento externo, isolantes termo acústicos e fechamento interno.


6.7 2 Materiais Construtivos Pavilhão

TIRANTE EM AÇO

TELHA SANDUICHE

MADEIRA LAMINADA

PISO INTRETRAVADO DE CONCRETO

PILARES DE MADEIRA LAMINADA COLADA PINOS LISOS EM AÇO GALVANIZADO APARELHO EM AÇO GALVANIZADO Figura 144: Sistema Construtivo Pavilhão Fonte: Desenvolvido pelo autor

FUNDAÇÃO CONCRETO

147


6.7 3 Tipos de Pisos

Piso intertravado concreto

Grama amendoim

Piso intertravado vermelho

Figura 145: Tipos de Pisos Fonte: Desenvolvido pelo autor

148

Concreto

Asfalto


As áreas de APP serão preservadas, a plantação de

6.8 Paisagismo

eucaliptos serão removidas e utilizada na elaboração do projeto. Foi realizada uma visita técnica no local de implantação do

Uma pequena área de árvores existente será realocadas

projeto para catalogação das espécies nativas, as espécies são

para dar espaço a onde será implantado o edifício. E inseridas

inúmeras pois a extensão do terreno é muito grande e possui área

próximas ao rio.

de APP nas proximidades do Rio do Peixe.

APP

Árvores realocadas

APP Eucaliptos Figura 109: Vegetação a ser realocada Fonte: Google maps modificado pelo autor Figura 146: Vegetação existente Fonte: Google maps modificado pelo autor

149


Toda a vegetação utilizada na implantação do parque foram escolhidas a partir das espécies existente, adequando ao clima e que permita frutificação e floração durante todo o ano, oferecendo a população e turistas um belo visual e agradáveis aromas e sabores.

Figura 110: Forrações Fonte: Elaborado pelo Autor Figura 111: Flores Fonte: Elaborado pelo Autor

150


Figura 112: Ă rvores florĂ­feras Fonte: Elaborado pelo Autor

151


Figura 113: Ă rvores frutĂ­feras Fonte: Elaborado pelo Autor

152


153


7. ANEXOS

154


155


7.1 Planta de Situação

Figura 147: Mapa de Situação Fonte: Desenvolvido pelo autor

156


7. 2 Implantação

157 Figura 148: Implantação Fonte: Desenvolvido pelo autor


7.3 Paisagismo

158 Figura 149: Paisagismo Fonte: Desenvolvido pelo autor


7.4 Mapa Viรกrio

159 Figura 150: Mapa Viรกrio Fonte: Desenvolvido pelo autor


7.5 Mobiliรกrio Urbano

160


7.6 Desenhos Técnicos Pavilhão

161 Figura 151: Corte e elevações Pavilhão Fonte: Desenvolvido pelo autor


Figura 152: Planta de piso, Cobertura e Perspectiva do PavilhĂŁo 162 Fonte: Desenvolvido pelo autor


163


164


165


166


CONSIDERAÇÕES FINAIS

167


O Trabalho Final de Graduação (TFG), teve seu

alternativas atrativas para população e turistas, criando um

desenvolvimento sob observações pessoais, sobre a cidade de

espaço para convívio, áreas de lazer, espaço livres com

Divinolândia- SP, e através de conhecimentos adquiridos ao

vegetação e espaço cultural.

longo destes 5 anos de graduação do curso de Arquitetura e

Além disso a ideia de parque vem do princípio de

Urbanismo, foi possível concluir que os espaços públicos são

pertencimento, fazer com que as pessoas tomem conta do lugar,

grandes influenciadores dentro de uma cidade, são estas áreas

preservando e cuidando, para assim usufruir do espaço de lazer

que formam os principais vínculos entre comunidades, criando

e área verde. Com isso a área deixará de ser um vazio urbano, e

relação e a própria identidade do local, e através destes espaços

passara atender as principais necessidades dos cidadãos.

estimula-se a convivência, o bem estar e a qualidade da vida das Portanto conclui-se que a arquitetura e urbanismo é de

pessoas, com diversidade de usos.

essencial importância, incluindo o indivíduo em um contexto O projeto DIVINOPARQUE teve por base uma proposta de

social e auxiliando na manutenção de uma cidade viva através

intervenção em um espaço considerado vazio urbano, muito bem

das sensações produzidas por seus espaços, garantindo a

localizado próximo as margens do Rio do Peixe e a estrada de

movimentação constante e o desejo de pertencimento.

entrada principal da cidade. Por sua vez o conceito principal foi requalificar a área por meio de um parque que abrange percursos sinuosos acompanhando o formato do rio. O projeto tem como objetivo trazer vitalidade para o espaço considerado degradado, valorizando e embelezando a entrada da cidade que é o cartão postal para os visitantes, proporcionando

168


169


OLIVEIRA, I. J. Cartografia turística para fruição do

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

patrimônio natural da Chapada dos Veadeiros (GO). Tese (Doutorado Trabalhos acadêmicos ANDRADE,

Inês

significação

Geografia

Humana)

Programa

de

PósGraduação em Geografia, Universidade de São Paulo, 2007.

El-Jaick.

cultural

em

e

200 p.

Jardins Históricos Cariocas: preservação.

Rio

de

Janeiro:

SANTUCCI, J. As Promenades do Rio de Janeiro: O papel do

UFRJ/FAU, 2004. 1V, xvii, 181f. Dissertação de Mestrado em

Passeio Público, Praça Paris e Parque do Flamengo na

Arquitetura.

história da paisagem carioca. Rio de Janeiro: UFRJ/ FAU,

BARCELLOS, V. Q. Os parques como espaços livres públicos

2003. 1V, 170f Dissertação de Mestrado em Arquitetura.

de lazer: o caso de Brasília. FAU/USP. São Paulo, 1999. Tese de Doutorado.

Livros/ Revistas/ Artigos

ZANI F. Centro de eventos, esporte e lazer. UNIFEOB - São

ALFONSIN, B. M.. O significado do Estatuto da Cidade para a

João da Boa Vista -SP. 2018. Graduação em Arquitetura e

regularização fundiária no Brasil. In: Luiz Cesar de Queiroz

Urbanismo

Ribeiro; Adauto Lúcio Cardoso. (Org.). Reforma Urbana e Gestão

MACEDO, Silvio Soares; SAKATA, Francine Gramacho. Parques

democrática: promessas e desafios do Estatuto da Cidade. 1 a ed.

Urbanos no Brasil Brazilian Urban. Parks. São Paulo:

Rio de Janeiro: REVAN / FASE, 2003, v. 1, p. 93-102.

Universidade de São Paulo (EdUSP), 2003.

CIDADES. Mobilidade e política urbana: subsídios para uma gestão integrada / Coordenação de Lia Bergman e Nidia Inês 170


Albesa de Rabi. - Rio de Janeiro: IBAM; Ministério das Cidades,

SCALISE, W. Parques Urbanos - Evolução, projetos, funções

2005.

e uso. Revista Assentamentos humanos, 1, p17 - 24, 2002.

IGNARRA, Luís Renato. Fundamentos do turismo. São Paulo:

SEGAWA, H. Ao Amor do Público. Jardins do Brasil. Ed. São

Pioneira, 1998.

Paulo. SP. Studio Nobel / Fapesp. 1996. 255p.

Instituto Brasileiro de Administração Municipal. Mobilidade e

SILVA, L. J. M. da. O estudo da percepção em espaços

política urbana: subsídios para uma gestão integrada.

urbanos preservados. Centro de Desenvolvimento Sustentável.

Coordenação de Lia Bergman e Nidia Inês Albesa de Rabi. - Rio

Ministério de Ciência e Tecnologia, 2003.

de Janeiro: IBAM; Ministério das Cidades, 2005. 52.

TERRA, C.G. (Coord.).; VASCONCELLO. V. M. (Apres.).;

Leal Consultores Associados - Inventario da oferta Turística

ANDRADE, R. TRINDADE, J. A. da.; BENASSI, A. H.

Divinolândia -2017

Arborização: ensaios historiográficos Rio de Janeiro: EBA /UFRJ, 2004.

MACEDO, S. S.; SAKATA, F. G. Parques urbanos no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa

VAZ, Neilo Márcio da Silva. O Estatuto das Cidades como

Oficial do Estado de São Paulo, 2003, 2ed.

dispositivo para efetivação do direito ambiental: O papel do poder de polícia ambiental e a responsabilidade civil

MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente. 2a edição, São Paulo: RT

ambiental. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 85, fev. 2011.

2001.

VILLAÇA, Flávio. Dilemas do Plano Diretor. São Paulo. 1998.

OLIVEIRA, Isabel Cristina Eiras de. Estatuto da cidade; para compreender... - Rio de Janeiro: IBAM/DUMA, 2001. 64p.

171


Sites

FORMICKI, G. R. A transformação em áreas de lazer de espaços anteriormente degradados – Análise do Parque da

Associação Brasileira de Normas e Técnicas. Normas para

Juventude como estudo de caso. Acesso:10/04/18

elaboração do Plano Diretor. NBR 12267 de Abril de 1992.

ITA CONTRUTORA. Centro de Eventos Iporanga. 2013. Disponível em: http://www.itaconstrutora.com.br. Acesso dia 23 de out 2018.

Disponível em: <http:// pt.scribd.com/doc/30913682/NBR-12267Normas-para-elaboracao-de- plano-diretor>. Acessado em 15 abr 2018.

Referências projetuais

BARRETO R. Centrocultural de eventos e exposições de Nova

Friburgo-RJ

2014.

Disponível

no

SANTOS, R. O. A relevância do Esporte Lazer na vida do

site:

Trabalhador. Revista Digital. [OnLine]. Buenos Aires, n°137- ano

http://www.archdaily.com.br/br/01-186828/proposta-vencedora-

14, outubro 2009. Disponível emhttp://www.efdeportes.com/.

para-o-centro-cultural-de-eventos-e-exposicoes-em-novaVILLAS BÔAS B. T. Madeira laminada colada. 2016. Disponível em : http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/e/e1/MLC.pdf . Acesso dia 23 out de 2018 as 10h39m.

friburgo-estudio-41 Acesso:10/04/18 BONAFÉ G. Madeira laminada colada vence grandes vãos e permite

estruturas

curvas.

Disponível

em Órgãos Públicos

https://www.aecweb.com.br. Acesso dia 23 out de 2018 as 10h00m. CALLIARI M.

O Parque da Juventude.

Disponível no site:

ABNT NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário,

São Paulo, 2007.

espaços e equipamentos urbanos. Disponível no site;

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/

http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/defaul

projetos/14.162/5213 Acesso:10/04/18

172


t/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefielddescription%5D_24.pdf. Acesso:10/04/18 BEZZERA, Deise M. Fernandes. Planejamento e Gestão em Turismo. São Paulo: Roca, 2003. BRASIL. Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001. Estatuto da Cidade. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/ l10257.htm> Acesso em 6 abr. 2018 BRASIL. Lei n° 12.587, de 3 de Janeiro de 2012. Política Nacional

de

Mobilidade

Urbana.

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20112014/2012/lei/l12587.htm> Acessado em 15 abr 2018. Departamento de Engenharia- Prefeitura Municipal de Divinolândia Departamento de Turismo - Prefeitura Municipal de Divinolândia Divinolândia São Paulo - SP. Disponível no site: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/saopaulo/divinolan dia.pdf . Acesso:10/04/18 PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOLÂNDIA. Fotos aéreas. Disponível no site:

http://www.divinolandia.sp.gov.br/galeria/

8/fotos-areas. Acesso:18/05/18 173


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.