Pr oj et o:
Índice 1
SUMÁRIO ............................................................................................................................... 1
2
ENQUADRAMENTO GERAL .................................................................................................... 2
3
A LINGUAGEM AUDIOVISUAL................................................................................................ 3
4
JORNALISMO TELEVISIVO E SUAS PARTICULARIDADES ........................................................ 4
5
CIÊNCIA E AMBIENTE NA TELEVISÃO .................................................................................... 6
6
VÍDEO E EDUCAÇÃO .............................................................................................................. 7
7
6.1
Conteúdos televisivos e educação ................................................................................ 8
6.2
TED talks e educação..................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 11
Anexo 1 – Planos de filmagem .................................................................................................... 12
1
SUMÁRIO A televisão assume um papel de destaque entre os média, cumprindo as principais
funções que lhes são atribuídas: informar, educar e entreter. Trata-se de um meio privilegiado de penetração cultural, socialização e transmissão de valores. Segundo o Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, com o título “Educação: um tesouro a Descobrir”, a televisão tem um importante papel no contexto cultural dos alunos e, por isso, será vantajoso para a Escola usar este meio para atingir os seus fins educativos. Para isso, é possível utilizar em sala de aula os conteúdos televisivos emitidos pelos média ou incentivar os alunos à criação dos seus próprios conteúdos para divulgação no meio escolar. Torna-se, assim, necessário que os professores sejam capazes de criar estratégias para integrar as notícias em vídeo, no contexto educativo. Devem, para tal, conhecer as especificidades deste meio de comunicação. A notícia em vídeo utiliza a linguagem audiovisual, cuja mensagem tem características específicas: a sua perceção dá-se, regra geral, de forma instantânea, em tempo real com a emissão; é breve e não deve, por isso, desviar-se para aspetos irrelevantes, e é produto do trabalho de uma equipa. No conteúdo audiovisual, texto, imagens e sons devem fundir-se de modo natural, resultando naquilo a que se chama uma redundância perfeita. Quanto ao texto da notícia em vídeo, este deve resumir e simplificar os factos, mantendo a correção da informação. Em termos temáticos, há que referir que as questões relacionadas com as alterações climáticas (assunto central deste curso) acarretam dificuldades de tratamento em vídeo, por serem complexas e, por vezes, de difícil “tradução” visual. No entanto, são, geralmente, temas com grande impacto na sociedade e, em alguns casos, podem até proporcionar imagens dramáticas, o que faz com que a televisão lhes dê destaque, tendo um papel importante na assunção destas questões como preocupação pública.
Palavras-chave: televisão, vídeo, jornalismo, educação
1
2
ENQUADRAMENTO GERAL A origem da invenção da televisão remonta, ainda, ao século XIX, com a descoberta
do selénio, um elemento químico com a capacidade de conduzir a energia elétrica de acordo com a quantidade de luz que recebe. A possibilidade de transmitir imagens foi explorada e fez nascer a chamada “caixa mágica”, pelas mãos do escocês John Bardie, em 1925. Em 1929, iniciaram, no Reino Unido, as emissões públicas regulares de televisão com a exibição de meia hora diária de imagens por parte da British Broadcasting Corporation (BBC) e, a partir daí, este média caminhou rapidamente no sentido da massificação. Hoje, já não imaginamos a nossa vida sem a presença de um televisor em todos os espaços sociais, sendo não só uma forma de lazer, como também uma fonte de informação. A televisão assumiu um papel de destaque entre os média, cumprindo as principais funções que lhes são atribuídas: informar, educar e entreter. Atualmente, a opinião pública passa, necessariamente, por este espaço, encarado por alguns autores como um lugar estratégico de dominação social, política e cultural, e, por outros, como espaço público de debate que dá voz a novos atores (Schmidt, 2003). À parte deste debate, não restam dúvidas de que este é um meio privilegiado de penetração cultural, de socialização e de transmissão de valores, influenciando a forma como cada pessoa se vê a si mesma, ao outro e ao mundo que a rodeia (Freixo, 2002). Do ponto de vista tecnológico, a qualidade de imagem tem vindo a evoluir e o futuro da televisão passa pela implementação, em definitivo, da alta-definição. Adicionalmente, surgiram as chamadas Smart TV – televisores ligados à Internet que permitem ao telespectador uma maior interatividade, através da possibilidade de obtenção de informação adicional e, até mesmo, da intervenção sobre os programas (desde a escolha dos ângulos das imagens das câmaras até ao envio de mensagens, etc.). Para além disto, assiste-se, hoje, a uma crescente separação entre o televisor (o suporte concreto) e a “televisão (serviço que permite visionamento e audição de conteúdos longe do espaço em que são produzidos)” (Cardoso, 2013, p. 251), à qual podemos atualmente aceder através de variados tipos de suporte (computador, tablet, 2
smartphone, etc.). Estas mudanças fazem emergir, de acordo com Cardoso (2013), dois tipos de audiência: um primeiro que consome conteúdos através da radiodifusão paga ou em sinal aberto, a que chama de “audiência push”; e um segundo, que escolhe previamente os conteúdos, de forma complexa e minuciosa, a “audiência pull”. Neste manual, damos destaque à linguagem audiovisual, cujas características é importante reter, quando se visa desenvolver peças jornalísticas para televisão. Abordamos, ainda, o interesse dos média nas temáticas de ciência e ambiente e o seu papel na divulgação das mesmas. Por fim, enfatizamos as potencialidades do vídeo na educação.
3
A LINGUAGEM AUDIOVISUAL Os conteúdos em vídeo englobam uma linguagem própria: a linguagem
audiovisual, termo definido por De Rulay (1992, p. 29) como “qualquer produção realizada a partir de um suporte visual inteiramente sonorizado cuja sucessão de imagens se opera automaticamente”. Esta linguagem agrega, então, som, imagem e, por vezes, texto escrito, numa junção de elementos que resulta em mensagens com sentido próprio. Muitas vezes, o significado das imagens é direcionado pelo texto vocalizado (voz-off) ou escrito, pois a imagem por si só pode ser bastante polissémica. No entanto, a imagem é o elemento central e principal distintivo deste tipo de linguagem, por isso, cada plano selecionado, para ser integrado numa notícia em vídeo, deve ter qualidade e significado relevante para a mensagem a veicular. Quando falamos em plano, referimo-nos à unidade elementar da narrativa visual. Há várias formas de classificar os planos, mas a mais comum tem em conta a amplitude relativa do enquadramento e o ângulo da câmara (Sousa, 2006). Esta classificação será detalhada no Anexo 1 deste módulo. A mensagem, na linguagem audiovisual, tem características específicas (Ganz, S.d.):
a sua perceção dá-se, regra geral, de forma instantânea, em tempo real com a emissão;
é densa e breve, concentrando apenas o essencial e não deve, por isso, desviar-se para aspetos irrelevantes; 3
é produto do trabalho de uma equipa, da qual podem fazer parte o jornalista, o repórter de imagem, o editor e o técnico de videografismo.
4
JORNALISMO TELEVISIVO E SUAS PARTICULARIDADES Cada média tem características que condicionam a sua produção jornalística: a
televisão é caracterizada pelo realismo, a rádio pela instantaneidade, a imprensa pelo detalhe e a Internet pela interatividade e capacidade de armazenamento (Soares & Oliveira, 2007). Para atender a estas especificidades, a notícia recebe tratamentos diferenciados em cada meio. Tradicionalmente, a rádio anuncia, a televisão mostra e a imprensa explica. No momento em que se desloca ao “terreno”, o jornalista de televisão “é o olho e o ouvido do público” (Ganz, S.d., p. 10). Assim, mais do que fazer uma recolha pormenorizada de dados, ele deve focar-se na anotação das informações mais importantes, que constituirão a introdução da peça jornalística, procurando ser conciso na seleção dessa informação. Regra geral, é fundamental o jornalista perceber “o que está em jogo, as causas ou antecedentes e as consequências reais ou potenciais” do acontecimento (Jespers, 1998, p. 81). É também essencial a recolha de bons depoimentos e de imagens que ilustrem claramente as ocorrências, pois “As imagens são tão importantes quanto as notícias” (Travancas, 1992). À chegada à redação, num trabalho conjunto do jornalista e do editor de imagem, os vivos (depoimentos) dos entrevistados, também designados de TH (Talking Heads1), devem ser selecionados e isolados. De seguida, tendo em conta as imagens, inicia-se a escrita do texto, em articulação com os vivos, e começa a ser desenhada a estrutura da peça. No final, texto, imagens e sons devem fundir-se de modo natural, resultando naquilo a que se chama uma redundância perfeita: “descrever o que se mostra e mostrar o que se descreve” (Jespers, 1998, p. 88), até porque a contradição entre os diferentes elementos audiovisuais causaria ruído (distração) na comunicação. O texto em voz-off pode ainda contextualizar ou acrescentar alguma informação. Numa notícia em vídeo, um bom texto é aquele em que o jornalista conseguiu resumir 1
Traduzindo à letra: cabeças falantes.
4
e simplificar os factos, mantendo a correção da informação. Quanto mais claro e mais simples for o texto, mais facilmente este será compreendido pelo público. Para isso é utilizada uma escrita informal, desprovida de grandes construções frásicas (deve ser usada a estrutura sintática sujeito-predicado-complemento) e de palavras complexas. A linguagem televisiva deve ser próxima da linguagem oral, uma vez que, deste modo, há um entendimento imediato por parte do telespectador. Note-se ainda que, em televisão, os números devem ser arredondados, por uma questão de memorização. Os valores exatos só devem ser enunciados quando há uma representação gráfica que acompanha a voz-off. Quanto à estrutura da peça televisiva, segundo Jespers (1998), esta divide-se em quatro partes:
o exórdio, que deve chamar a atenção dos telespectadores, indicando o tema daquilo que vai ser abordado;
o enunciado, onde é apresentado o essencial da informação;
o desenvolvimento, que consiste na explicação dos antecedentes e das consequências do assunto noticiado;
a conclusão, que deve deixar presentes na memória do público os principais tópicos da informação transmitida.
Fazem, também, parte de um conteúdo noticioso televisivo outros elementos como o lead, divulgado ainda antes de a peça ir para o ar pelo pivô do telejornal, e os oráculos, ou seja, a informação escrita ou gráfica exibida normalmente na parte inferior do ecrã. Os oráculos surgem como uma legenda, para a identificação de intervenientes, ou como uma frase curta que resume uma ideia ou uma citação, e são importantes para fornecerem dados adicionais ao espectador. Os nomes dos autores do trabalho (jornalista, repórter de imagem e, caso exista, editor de imagem) aparecem no final da peça, normalmente, em oráculo, assim como a indicação relativa a imagens de arquivo, por exemplo.
5
5
CIÊNCIA E AMBIENTE NA TELEVISÃO A divulgação através da imagem tem, na Ciência, um papel de grande importância,
pois permite explicar processos, facilitando a sua compreensão. A imagem constitui uma ferramenta do trabalho científico que se tem vindo a desenvolver em paralelo com o próprio progresso da Ciência (desde o telescópio ao microscópio, passando pelos mais modernos aparelhos de visualização que se utilizam na observação dos fenómenos naturais). No entanto, de acordo com Léon (1998), a televisão oferece alguns obstáculos à divulgação da Ciência, uma vez que as estruturas narrativas a que recorrem os produtores de televisão são, essencialmente, de cariz poético e dramático, o que não é condizente com o conteúdo científico. Para fazer face a esta questão, nos conteúdos televisivos sobre Ciência “coexistem com elementos de informação, narração de experiências de vida e espetacularização, presentes nas culturas televisivas, a argumentação ou a analogia, ancoradas na autoridade de cientistas” (Azevedo, 2005, p. 16). Assim, os conteúdos de âmbito científico são integrados no contexto social e adaptados aos destinatários da informação, através da linguagem televisiva. Quanto a assuntos relacionados com o ambiente, como é o caso das alterações climáticas (tema central deste curso), os média, e mais especificamente a televisão, ajudam a moldar os mapas de significados do conhecimento cultural, participando na criação de representações, conceitos e imagens partilhados pela sociedade sobre o tema (Schmidt, 2003). Schmidt (2003) realça, também, a importância da televisão para a assunção das questões ambientais como preocupação pública. Ao destacar o tema, cobrindo-o com regularidade, a televisão está a amplificá-lo, pois a opinião pública tende a agendá-lo também como assunto de debate. Tal como nos temas gerais de ciência, as questões relacionadas com as alterações climáticas acarretam dificuldades de tratamento televisivo, por serem complexas e, por vezes, de difícil “tradução” visual (como é o caso do tema dos gases com efeito de estufa). No entanto, são, geralmente, temas com grande impacto na sociedade e, em alguns casos, podem até proporcionar imagens dramáticas (em temas como os eventos meteorológicos extremos ou a erosão costeira, por exemplo), tendo, por isso, 6
presentes os valores-notícia seguidos pelos jornalistas (tema abordado com maior destaque na parte II do manual do módulo II deste curso).
6
VÍDEO E EDUCAÇÃO A utilização das tecnologias na educação já não é uma opção, mas sim uma
exigência desta sociedade (Marx & Frost, 1998). O vídeo, mais particularmente, foi gradualmente conquistando o lugar de instrumento ideal no campo da pedagogia e converteu-se num extraordinário auxiliar do professor. As características intrínsecas a este meio, como o realismo e a forte componente visual, favorecem a aprendizagem. A compreensão é facilitada pela visualização da informação e há uma identificação da audiência com os intervenientes no vídeo, o que ajuda a captar e a manter a atenção. De acordo com Moran (1995), a característica mais importante do vídeo didático é o facto de permitir introduzir um novo assunto, despertando a curiosidade e a motivação, suscitando o desejo de investigação nos alunos sobre os assuntos retratados no vídeo. O autor denomina esta função como “sensibilização” (Moran, 1995, 2000). Moderno (1992) sistematizou as funções dos meios audiovisuais em sala de aula, considerando que estes devem estar presentes no processo educativo como forma de:
sensibilização, partindo de factos reais de contextos familiares para o aluno;
apresentação de conhecimentos, introduzindo perspetivas originais;
síntese, no final de uma unidade didática, tirando partido da possibilidade de recurso a símbolos, esquemas ou ilustrações para sistematizar a informação;
modelo, mostrando métodos de atuação ou processos a seguir;
demonstração, permitindo ver aspetos que não são normalmente visíveis, pelo seu tamanho reduzido ou dificuldade de acesso, por exemplo.
Já Moran (1995) destaca a possibilidade de produção de vídeo por parte dos próprios alunos, referindo que esta tem uma dimensão moderna e lúdica:
7
moderna, por ser um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens diversificadas e apelativas;
lúdica, pelo cada vez menor tamanho da câmara (estando esta, hoje em dia, integrada noutros dispositivos como telemóveis ou tablets), o que permite transportá-la para qualquer local e “brincar” com a realidade.
Os alunos podem, então, ser incentivados a produzir um vídeo sobre um determinado assunto abordado numa disciplina ou a desenvolver um trabalho interdisciplinar. O desafio pode passar, por exemplo, pela produção de programas informativos sobre estes assuntos e pela posterior divulgação na escola, em horários em que muitos colegas possam assistir, ou através da Internet. No caso de a escola ter um média escolar assente no vídeo, é importante aproveitar essa oportunidade e incentivar os alunos a produzir conteúdos para o mesmo, sobre temas com interesse educativo. A proposta de estratégia de ensino “AdaPT-SE ao clima!”, presente neste módulo, inclui um quadro que sintetiza as principais vantagens do uso do vídeo no ensino. Aconselhamos a consulta do mesmo para a exploração do tema.
6.1 Conteúdos televisivos e educação Atentando novamente nas funções exercidas pelos média, recordemos que uma delas é, precisamente, educar. De facto, os média constituem-se como meios eficientes de educação informal, pois podem ensinar de forma atraente e, no caso da televisão, de forma multifuncional, através de conteúdos específicos como documentários, reportagens temáticas, programas de divulgação científica ou debates. As características dos meios de comunicação social, e da televisão em particular, contrastam com as do contexto de educação formal, surgindo uma certa tensão entre os dois (Freixo, 2002). Por um lado, os educadores criticam, frequentemente, os meios de comunicação e, em especial, a televisão por impor uma espécie de mínimo denominador comum cultural, de reduzir o tempo dedicado à reflexão e à leitura, por impor imagens de violência e, de uma maneira geral, de especular com as emoções. Por outro lado, os defensores dos meios de comunicação acusam o sistema escolar de imobilismo e passadismo, e de recorrer a métodos antiquados para transmitir 8
saberes ultrapassados, provocando assim, nos alunos, aborrecimento e até aversão à aprendizagem (Delors et al., 1996, p. 115). Importa pois, segundo o Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, com o título “Educação: um tesouro a Descobrir” (Delors et
al.,
1996),
combater
este
antagonismo.
O
relatório
argumenta
que,
independentemente das avaliações que se possam fazer sobre a qualidade dos seus produtos, os média têm um importante papel no contexto cultural dos alunos e, por isso, “o sistema escolar tem toda a vantagem em servir-se deles para os seus próprios fins” (Delors et al., 1996, p. 115). Neste cenário, torna-se importante, por um lado, educar para o uso da televisão, formando uma audiência consciente, ativa e crítica em relação aos conteúdos televisivos (falamos de literacia mediática, conceito já abordado no módulo I deste curso). Por outro lado, surge a consciência de que é vantajoso educar através da televisão, usando na sala de aula os conteúdos televisivos emitidos pelos média ou incentivando os alunos à criação dos seus próprios conteúdos para divulgação em contexto escolar. Torna-se, assim, necessário que os professores sejam capazes de criar estratégias para “integrar, de modo coerente e sistemático a inteligência da televisão com a da educação, em prol de uma facilitação na compreensão dos conteúdos e de uma adequação à realidade quotidiana dos alunos” (Freixo, 2002, p. 225).
6.2 TED talks e educação Uma outra forma de introduzir conteúdos mediáticos em vídeo na sala de aula é através das chamadas TED Talks2. Trata-se de curtas palestras (com duração máxima de 18 minutos), dinamizadas pela TED, uma organização sem fins lucrativos, que surgiu em 1984, com o objetivo de divulgar ideias. Em 2007, a organização passou a focar-se no registo das palestras em vídeo, tornando possível o acesso público, global e livre às TED Talks, na sua plataforma na
2
TED é um acrónimo das palavras tecnologia, entretenimento e design (em inglês, Technology, Entertainment e Design), os três principais temas da primeira conferência realizada pela organização sem fins lucrativos com o mesmo nome.
9
Internet. Recentemente, criou uma página inteiramente dedicada ao uso de TED Talks na sala de aula (acessível em ed.ted.com). Estes vídeos sobre questões prementes e atuais, abordadas de diferentes perspetivas, têm tido sucesso entre professores e alunos. Podem servir de mote para discussão dos assuntos abordados na sala de aula ou como ponto de partida para a criação de TED Talks pelos próprios alunos, com as suas perspetivas sobre os temas propostos. Hoje em dia, existem TED Talks sobre praticamente todas as áreas do saber (desde a Ciência e Tecnologia até às questões políticas globais) e a lista de palestrantes inclui cientistas, filósofos, músicos, empresários, líderes religiosos, políticos e filantropos de todo o mundo (Edudemic, 2015).
10
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Azevedo, J., Aires, L. & Couto, A. I. (2005). Os Processos de Mediação de Ciência em Televisão: Efeitos sobre a sua eficácia comunicativa. Prisma.com – Revista de Ciências da Informação e da Comunicação do CETAC, 1, pp. 43-60. Acedido de: http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/view/585/538 Cardoso, G. (2013). A Sociedade dos Ecrãs. Lisboa: Tinta da China. Delors, J., Al-Mufti, I., Amagi, I., Carneiro, R., Chung, F., Geremek, B.,… & Nanzhao, Z. (1996). Educação: um tesouro a Descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Porto: Edições Asa. De Rauly, T. D. (1992). Escolher e Utilizar os Suportes Visuais e Audiovisuais. Coimbra: Coimbra Editora. Edudemic (2015). 5 Ways to Incorporate TED Talks into Learning. Acedido a 22 de maio, 2015, de: http://www.edudemic.com/ted-talks-lesson-plans/ Freixo, M. J. V. (2002). A Televisão e a Instituição Escolar: Os Efeitos Cognitivos das Mensagens Televisivas e a sua Impotência na Aprendizagem. Lisboa: Instituto Piaget. Ganz, P. (S.d.). A Reportagem em Rádio e Televisão. Sintra: Editorial Inquérito. Jespers, J. J. (1998). Jornalismo Televisivo. Princípios e Métodos. Coimbra: Minerva. Léon, B. (1998). Science Popularisation through television documentary: A study of the work of British wildlife filmmaker David Attenborough. Acedido a 22 de abril, 2015, de: http://www.pantaneto.co.uk/issue15/leon.htm Marx, R. D. & Frost, P. J. (1998). Toward optimal use of video in management education: examining the evidence. Journal of Management Development, 17(4), pp. 243-250. Moderno, A. (1992). A Comunicação Audiovisual no Processo Didático. Aveiro: Universidade de Aveiro. Moran, J. M. (1995). O vídeo na sala de aula. Revista Comunicação & Educação, 2, pp. 27-35. Acedido de : http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/36131. Moran, J. M. (2000). Ensino e Aprendizagem Inovadores com Tecnologias Audiovisuais e Telemáticas. Campinas/SP: Papirus. Oliveira, J. (2007). Manual de Jornalismo de Televisão. Lisboa: CENJOR. TED (2015). About our organization. Acedido a 22 de maio, 2015, de: http://www.ted.com/. Travancas, I. S. (1992). O mundo dos jornalistas (3.ª ed.). São Paulo: Summus Editorial. Schmidt, L. (2003). Ambiente no Ecrã: Emissões e demissões no serviço público televisivo. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. Soares, S. & Oliveira, M. (2007). A construção da notícia em telejornais: valores atribuídos e newsmaking. In XXX Congresso Brasileiro De Ciências Da Comunicação (pp. 1-13). Acedido de: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R0744-2.pdf Sousa, J. P. (2006). Elementos de teoria e pesquisa da comunicação e da mídia. Florianópolis: Letras Contemporaneas Oficina Editorial. Sousa, J. (2013). Convergência jornalística: o caso das reportagens Visão Portugal. Tese de Doutoramento não publicada. Covilhã: Universidade da Beira Interior.
11
Anexo 1 – Planos de filmagem
A – QUANTO AO ENQUADRAMENTO
1. Plano Geral – O sujeito ocupa o enquadramento total;
2. Plano Médio – Mostra parte do sujeito em mais detalhe. Normalmente utilizado durante uma conversação;
12
3. Plano de Conjunto – Enquadramento médio de dois sujeitos, por exemplo, entre entrevistado e jornalista;
4. Grande Plano – Mostra o rosto de uma personagem;
13
5. Muito Grande Plano – Enquadramento de detalhe. Utiliza-se em cenas dramáticas;
6. Plano de Corte – Mostra um aspeto em detalhe da ação (gestos, por exemplo) e enfatiza uma emoção.
14
B – QUANTO AO ÂNGULO
1. Plano ao Nível do Olhar: nos conteúdos jornalísticos (documentários, reportagens, notícias) o ângulo do plano, ditado pela posição da objetiva da câmara em relação ao sujeito, situa-se quase sempre ao nível do olhar do entrevistado;
2. Plano Picado: a câmara está situada acima do nível do olhar do sujeito. Filmar o sujeito em plano picado pode ser interpretado como querendo transmitir a ideia de superioridade ou de desprezo do espectador em relação ao sujeito filmado (não deve ser usado em conteúdos jornalísticos);
15
3. Plano Contrapicado: a câmara está situada abaixo do nível do olhar do sujeito. Filmar o sujeito em plano contrapicado pode ser interpretado como subordinação ou adoração do sujeito, por parte do espectador, que tem o sujeito da imagem como que num pedestal (não deve ser usado em conteúdos jornalísticos);
16