RESPONSABILIDADE SOCIAL: Um Dever de Todos
Prof. Luiz Edgar Medeiros
DEFINIÇÃO DO TERMO RESPONSABILIDADE SOCIAL
O termo responsabilidade social é descrito por autores de diferentes áreas do conhecimento, como nas Ciências Sociais, na Economia, na Administração e Marketing, sendo que cada autor apresenta uma interpretação diferente e muito particular em relação à sua área profissional.
Na realidade, as palavras têm um significado tanto conotativo como denotativo. O significado denotativo invoca uma interpretação particular de situações. [...] O sentido conotativo pertence à própria. É o sentido comum que a palavra provoca [...] (BROWN, 1993, p. 13).
Assim, uma primeira definição da responsabilidade social pode partir da compreensão filosófica das palavras em questão, “responsabilidade” e “social”, que embora separadas, possibilitarão uma compreensão mais ampla do tema no decorrer da apresentação das definições. Responsabilidade “[...] é a expressão moral da personalidade consciente e livre. O indivíduo deve assumir os seus atos, reconhecendo-se como autor deles, sejam estes positivos ou negativos” (Vidigal, 2000, p. 148), pressupondo-se nessa definição, uma atitude livre de um indivíduo ao agir e ao assumir as consequências de uma determinada ação. Ainda complementando, responsabilidade é a Possibilidade de prever os efeitos do próprio comportamento e de corrigilos com base em tal previsão [...] se pretende dizer que a pessoa em questão inclui nos motivos de seu comportamento a previsão dos possíveis efeitos dele decorrentes (ABBAGNANO, 1998, p. 855).
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Isso quer dizer que, já antevendo as consequências de determinado ato ou ação, existe a livre escolha de evitá-la, sendo que a utilização do termo “responsabilidade” refere-se não somente ao comportamento individual, mas foi utilizado na política em expressões como “governo responsável” ou “responsabilidade dos governos” (Abbagnano, 1998). A definição do termo “social”, na Filosofia, é “que pertence à sociedade ou tem em vista as suas estruturas ou condições. Nesse sentido, fala-se em ‘ação social’, ‘movimento social’ ou ‘questão social’, etc.” (Abbagnano, 1998, p. 912). Logo, é possível compreender-se a “responsabilidade social” na Filosofia como a responsabilidade individual e de livre escolha pela realização ou não de um ato, em função de antever as consequências sociais que poderão ocorrer; mas, uma vez realizado, esse ato deve ser assumido por quem o realizou. Nas Ciências Sociais, o termo “responsabilidade social” é a “[...] responsabilidade daquele que é chamado a responder pelos atos face à sociedade ou à opinião pública [...]” (Biroui apud Ashley, 2002, p.6), logo, é também uma situação reativa sobre responder por um ato já realizado. A responsabilidade social das empresas “[...] é a ideia de que uma organização deveria olhar além de seus próprios interesses e dar uma contribuição para a sociedade” (Nichels; Woods, 1999, p. 11).
Essa definição delega um caráter altruísta à empresa, de atendimento a interesses maiores, relacionando investimentos em melhorias para a comunidade, proteção do meio ambiente e direito dos consumidores. Mas esses investimentos se justificariam por uma questão mercadológica: os lucros que poderiam advir no longo prazo, devido à melhoria da imagem da empresa perante a sociedade, mesmo que, em curto espaço de tempo, esses investimentos representassem custos à empresa (Nichels; Woods, 1999). 2
A responsabilidade social, em sua essência filosófica, remete à ação humana, que, por ser consciente, há a possibilidade de prever os efeitos do próprio comportamento junto à sociedade e, por ser livre, pode evitá-lo se for nocivo a esta (Abbagnano, 1998). Assim, a expressão “responsabilidade social das empresas” é um comportamento da organização, que, sendo responsável, toma decisões orientadas por uma conduta ética, porque tem consciência de que seus atos não poderão gerar consequências sociais negativas, seja a um dos stakeholders, seja à sociedade em geral.
Sendo a responsabilidade social a obrigação que a empresa assume perante a sociedade no compromisso de maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos (Ferrel, 2001), há quatro tipos de responsabilidade social, as quais resultam em condutas específicas, que poderão ser avaliadas pela sociedade e que definem uma área determinada sobre a qual a empresa toma decisões. São elas: a legal, a ética, a econômica e a filantrópica, conforme expressas na FIGURA 1.
FIGURA 1 Degraus da responsabilidade social
FILANTRÓPICO: restituir à sociedade o que dela foi recebido. ECONÔMICO: maximizar para o stakeholder a riqueza e/ou o valor. ÉTICO: seguir padrões de conduta aceitável, da maneira definida pelos stakeholders. LEGAIS: cumprir toadas as leis e regulamentos do governo. Fonte: Adaptado de Archie B. Carroll, “The Pyramid of Corporate Social Responsibility: Toward The Moral Management of Organization Stakeholders”, Business Horizons (July-August 1991):42 apud FERREL, 2001, p. 68.
A dimensão legal da organização é “[...] o alicerce de todas as atividades da empresa [...] Por meio das leis, a sociedade força uma conduta aceitável” (Ferrel, 2001, p. 69). Refere-se, assim, ao que a sociedade acredita como certo ou errado, expressos em regulamentos e leis municipais, estaduais e federais que o governo cria para 3
estabelecer padrões mínimos de comportamento responsável, os quais regulam a conduta da organização em cinco grupos principais: 1) regulamentação da concorrência, 2) proteção dos consumidores [1], 3) proteção do meio ambiente, 4) promoção da equidade e segurança, 5) incentivos para promover o cumprimento de programas internos de empresas para prevenir má conduta (FERREL, 2001, p. 70).
Ser socialmente responsável parte do cumprimento do que está estabelecido legalmente, para, então, galgar outras responsabilidades.
A dimensão ética da responsabilidade social é o segundo degrau da responsabilidade social e refere-se a “[...] comportamentos e atividades esperados ou proibidos no que interessa ao pessoal da empresa, à comunidade e à sociedade, mesmo que não codificado por lei” (Ferrel, 2001, p. 78).
Inclui padrões, normas ou expectativas que refletem as preocupações de todos os públicos envolvidos com a empresa, tais como, empregados, clientes, fornecedores, acionistas e a comunidade no que diz respeito à proteção e ao cumprimento dos seus direitos por parte da empresa. Essa dimensão está muito relacionada aos valores e princípios morais dos indivíduos que dela fazem parte, em relação a políticas e condutas adotadas que visem respeitar e proteger os direitos dos grupos de interesse da empresa.
A
dimensão
econômica
está
relacionada
ao
terceiro
degrau
da
responsabilidade social, “[...] refere-se à maneira como os recursos para a produção de bens e serviços são distribuídos no sistema social [...] os impactos produzidos pela economia e a concorrência” (Ferrel, 2001, p. 81-2).
No que diz respeito às questões econômicas, a responsabilidade social traduzse no comportamento das empresas em relação aos públicos com as quais se 1
Nos EUA, a primeira lei de proteção aos consumidores foi promulgada em 1906, em parte como reação a um romance de autoria de Upton Sincleur. O livro, The Jungle (A Selva), descreve, dentre outras coisas, as atrocidades e as condições anti-higiênicas nos matadouros da indústria de carne em Chicago, no início do século (FERREL, 2001, p. 70).
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relacionam ao controle de recursos, à oferta de produtos, à capacidade de controlar mercados, à tecnologia, à sua base de conhecimentos especializados, à formação de monopólios, à concorrência desleal e às questões relacionadas ao meio ambiente e aos empregados. Está, assim, diretamente relacionada ao impacto das decisões tomadas pelos acionistas, que têm o poder financeiro sobre a administração da empresa. Em relação ao ambiente natural, a preocupação é a de que “dando importância apenas a seus interesses econômicos, elas poderiam esgotar os recursos e prejudicar a saúde e o bem-estar da sociedade” (Ferrel, 2001, p. 81).
Toda a discussão sobre a responsabilidade social se iniciou em função do comprometimento com a sustentabilidade da vida do planeta em virtude da degradação do meio ambiente e do esgotamento dos recursos naturais, logo, cresce a necessidade de as empresas tomarem medidas que preservem o meio ambiente.
Quanto aos empregados, há questões que também precisam ser observadas pelas empresas, como iguais oportunidades, diversidade, segurança e saúde no trabalho, bem como atenção aos desempregados (Ferrel, 2001). Ainda em relação à dimensão econômica, “os problemas de concorrência na responsabilidade social surgem da rivalidade das empresas por clientes e lucros” (Ferrel, 2001, p. 82) e referem-se também a questões éticas, como concorrência desleal, práticas duvidosas para a sobrevivência da empresa, destruição dos concorrentes e espionagem industrial. Todas essas atividades são contrárias a uma conduta responsável. A dimensão filantrópica da responsabilidade social “[...] diz respeito às contribuições das empresas à sociedade, que espera que elas contribuam para sua qualidade de vida e bem estar [...]” (Ferrel, 2001, p. 83), incluindo as comunidades locais. Mais do que satisfação de necessidades básicas de sobrevivência, as pessoas querem a preocupação das empresas com o oferecimento de produtos e serviços que melhorem sua qualidade de vida.
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A responsabilidade das empresas com o bem-estar das comunidades próximas a sua operação engloba donativos para obras de caridade, patrocínios e prestação de serviços comunitários. Se essa ajuda for utilizada para divulgação externa pela área de marketing, chama-se filantropia estratégica (Ferrel, 2001).
Assim, dentre as responsabilidades atribuídas às empresas, a econômica e a legal, são apontadas como seu alicerce. A responsabilidade social é a união de todas as responsabilidades citadas – legal, econômica, ética e filantrópica – que, se estiverem alinhadas, cumprirão uma função social mais ampla, que é aquela desejada pela sociedade.
Quanto a questões relativas à responsabilidade social das empresas até o momento tratadas, diversos autores referem com muita frequência à expressão responsabilidade para com a “sociedade” em sentido amplo, mas que gera algumas dúvidas que precisam ser melhores esclarecidas, tal como: “a quem” se refere à sociedade à qual a empresa dirige ou deve dirigir suas ações ao optar por uma postura socialmente responsável.
RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS
As empresas são, sem dúvida, agentes especiais de promoção do desenvolvimento econômico e social. Suas ações devem ser direcionadas para a busca de uma efetiva articulação das relações societárias voltadas ao bem-estar da humanidade nos níveis local, regional e internacional, podendo consolidar níveis de equidade social adequados.
A existência de uma consciência empresarial responsável é fundamental para que haja possibilidade de engajamento de todos no processo de desenvolvimento, objetivando a preservação do meio ambiente, do patrimônio cultural, a promoção dos direitos humanos e a construção de uma sociedade economicamente próspera e socialmente justa. 6
A “responsabilidade social” é tema atual, pois as empresas, além de serem agentes de promoção do desenvolvimento econômico com o objetivo de produzir riqueza, são também agentes sociais e, como um dos componentes da sociedade, devem prestar contas das ações por elas desenvolvidas, pois a sociedade, cada vez mais, exige respostas aos problemas socioeconômicos decorrentes do desempenho operacional das organizações.
Tendo em vista a globalização da economia e a necessidade de tomada de consciência sobre a “responsabilidade social” que se expande pelo Brasil e que está sendo adotada pela maior parte das empresas instaladas no País, o relacionamento social das organizações com seus empregados, clientes, sócios e a comunidade que a cerca ou dela depende, cada dia é mais evidenciado, forçando transparência e abertura cada vez maior das informações, não só financeiras e econômicas, mas também daquelas originárias de resultados sociais produzidos e dos acréscimos de riqueza na economia do País, informações que se expressam no Balanço Social, justificando, assim, a sua elaboração e divulgação.
Em uma época em que as relações societárias, nos seus diferentes matizes, passam por profundas e rápidas transformações, tornando ainda mais explícita a gravidade dos problemas sociais, torna-se inevitável a aproximação das empresas a esses problemas. Nessa perspectiva, o Balanço Social desponta como instrumento de divulgação dessa aproximação, evidenciando a atuação social das empresas no que se refere a suas ações na área social.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO SOCIAL DAS EMPRESAS
Qualquer empresa, independentemente de seu porte, se capital aberto ou fechado, pública ou privada, é legalmente obrigada a prestar contas de suas operações financeiras através de instrumentos que possibilitem medir o desempenho financeiro e contábil.
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Na responsabilidade social do setor privado, há uma crescente movimentação em prol do desenvolvimento de indicadores e instrumentos que permitam medir condutas socialmente responsáveis das empresas através de instrumentos específicos de avaliação de desempenho social, pois “a cidadania corporativa requer transparência e responsabilidade [...]” (Mcintosh, 2001, p. 253) tanto quanto a área financeira da empresa. Para tal, existem indicadores de desempenho social que permitem avaliar, medir, auditar e, principalmente, orientar a conduta, aperfeiçoar o desempenho social e a prestação de contas das empresas socialmente responsáveis, à sociedade.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS
Na
bibliografia
especializada
encontram-se
diferentes
modelos
de
instrumentos e ferramentas de avaliação do desempenho social. Um dos modelos de avaliação das empresas em relação à responsabilidade social divide esta em quatro critérios “[...] econômico, legal, ético e discricionário” (Daft, 1999, p. 90), que, juntos, contribuem para avaliar o desempenho das empresas nessa questão.
O primeiro critério da responsabilidade social é o das responsabilidades econômicas, cujo objetivo é “[...] produzir bens e serviços que a sociedade deseja e maximizar os lucros para seus proprietários e acionistas [...]” (Daft, 1999, p. 90).
Ou seja, a empresa deve unir seus interesses econômicos às expectativas da sociedade, embora esse critério de desempenho só seja considerado adequado se unido aos demais.
Um comportamento empresarial adequado cujas metas econômicas sejam atingidas de maneira legalmente aceita pela sociedade e pelas leis, define o segundo critério das responsabilidades legais, regido pelos regulamentos, leis e padrões legalmente aceitos. 8
O terceiro critério é o das responsabilidades éticas e inclui comportamentos não necessariamente previstos por lei, que podem não acarretar ganhos econômicos, mas que pressupõe “[...] equidade, justiça e imparcialidade, respeitar os direitos individuais [...]” (Daft, 1999, p. 91) por parte dos tomadores de decisões das empresas.
E o quarto critério para avaliação do desempenho da responsabilidade social nas empresas é o das responsabilidades discricionárias, que, embora sendo “[...] o critério mais elevado de responsabilidade social [...]” (Daft, 1999, p. 91), é o último a ser levado em conta pela empresa nesse modelo de avaliação de desempenho, o que, talvez, possa ser explicado em função de que essa responsabilidade é
[...] puramente voluntária e orientada pelo desejo da empresa em fazer alguma contribuição social não imposta pela economia, pela lei ou pela ética [...] inclui contribuições [...] que não ofereçam retornos para a empresa e nem mesmo são esperados (DAFT, 1999, p. 91).
Essa responsabilidade pressupõe uma ação voluntária das empresas, orientadas pelo compromisso social com a sociedade, sem prever retornos financeiros à empresa através da área de marketing. Assim, os quatro critérios, juntos, possibilitam avaliar o desempenho social das empresas quanto à sua responsabilidade social, mas se um deles não estiver sendo plenamente cumprido, descaracteriza o modelo, e a avaliação não é válida.
Outro modelo de avaliação da responsabilidade social classifica o modo como os negócios estão sendo conduzidos “[...] os negócios são amorais [...] os negócios são uma atividade moral [...] os negócios são uma comunidade [...] um negócio é uma rede [...]” (Mcintosh, 2001, p. 53-4).
Essas categorias não são mutuamente excludentes, e também são úteis para a compreensão de como diferentes empresas podem ser avaliadas como socialmente responsáveis em sua maneira conduzir negócios. 9
Os negócios são considerados atos amorais quando, ao reforçarem a responsabilidade econômica e legal da empresa, relegam a responsabilidade social à área de relações públicas e são baseados na geração de lucros para os acionistas como único propósito, “[...] fundamentando-se no princípio de melhorar os negócios e o desempenho capitalista” (Mcintosh, 2001, p. 54).
Nesse modelo, não há outras obrigações para a empresa além da econômica e da legal. A responsabilidade discricionária não é tratada pelos acionistas e a direção da empresa, mas por uma área periférica, e o principal propósito da empresa é o lucro.
Os negócios são uma atividade moral quando vão além do cumprimento das obrigações econômicas e legais, aliando a geração de lucros à obrigação de atuar em melhorias para a sociedade, além das obrigações econômicas e legais, inclusive através de ações de filantropia. Nessa mesma linha de pensamento, os negócios tornam-se uma comunidade, pois adquirem uma identidade corporativa que reconhece seu papel junto a grupos da sociedade, como no caso as cooperativas. E, no último critério de avaliação da responsabilidade social, os negócios são uma rede, quando os interesses de todas as partes estão relacionados e complementam interesses mútuos uns dos outros (Mcintosh, 2000).
BALANÇO SOCIAL
Outro modelo que também contribui para avaliar o compromisso e a transparência das empresas com a responsabilidade social é o Balanço Social.
O Balanço Social é uma demonstração que evidencia a atuação das empresas de diversos setores no que se refere à aplicação de benefícios fiscais, contribuindo para a ampliação da consciência coletiva sobre o seu papel na melhoria da qualidade de vida e na preservação do meio ambiente. O fato de resumir diversos dados em um só instrumento possibilita a análise da magnitude de atuação das empresas, equiparando-se, em importância, ao documento que mostra seu desempenho econômico – Demonstração do Resultado do Exercício. Atende à necessidade de
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transparência das gestões públicas e privadas, facilitando o planejamento para a aplicação de incentivos fiscais e a identificação das empresas que investem parte de seus lucros no desenvolvimento social. Fornece dados para a elaboração e a implantação de políticas públicas e empresariais nas diversas áreas e regiões do país, sendo um importante instrumento de conscientização do empresariado e da sociedade para a valorização das empresas-cidadãs.
O Balanço Social, definido como o documento pelo qual as organizações apresentam dados que permitem identificar o seu perfil de atuação social durante o ano, a qualidade de suas relações com os empregados, o cumprimento das cláusulas sociais, a participação dos empregados nos resultados econômicos das empresas e as possibilidades de desenvolvimento pessoal, bem como a forma de sua interação com a comunidade e sua relação com o meio ambiente, tem como objetivo principal informar sobre as atividades desenvolvidas pelas empresas no campo social, portanto, é um meio de informação para os diversos grupos sociais com os quais as organizações mantêm relações, devendo demonstrar claramente quais as políticas praticadas e quais seus reflexos no patrimônio, evidenciando sua participação no processo de evolução social.
O Balanço Social constitui-se em ferramenta de gestão e de informações econômicas, financeiras e sociais, oriundas das atividades desenvolvidas pelas organizações, destinadas a diversos usuários, para satisfazer suas necessidades no que concerne às informações sociais, sendo um instrumento de mensuração que possibilita verificar a atuação das empresas nas áreas de interesse da sociedade.
O Balanço Social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. Aos dirigentes, fornece informações úteis à tomada de decisões referentes a programas sociais, servindo também de instrumento de gestão. Os indicadores apresentados no Balanço Social estimulam a participação voluntária dos empregados na escolha dos programas sociais da empresa, o que acarreta um grau mais elevado de integração nas relações entre dirigentes e funcionários Aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara responsabilidades relativas aos seus
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recursos humanos, indicador que ressalta como a empresa é administrada. Para os consumidores apresenta uma ideia da mentalidade dos dirigentes da empresa, o que pode ser associado à qualidade do produto ou do serviço que oferece. Ao Estado, ajuda na formulação das políticas públicas.
Pelo fato de que a contabilidade financeira se preocupa apenas em divulgar informações sobre os capitais recebidos pela empresa e a qualidade de sua utilização, prestando conta somente aos credores e aos sócios, além das autoridades governamentais, sempre sob a ótica de capital e de sua respectiva remuneração na forma de juros e lucros, imputados a eles os impostos pertinentes, o Balanço Social evidencia as atividades sociais praticadas pelas empresas, as quais podem ser incrementadas na medida em que exista um efetivo desenvolvimento.
As Demonstrações Contábeis atuais preocupam-se basicamente com os sócios, com os prováveis investidores e com as instituições financeiras, geradoras de financiamentos, ou seja, o lucro e a situação de liquidez da instituição, enquanto o Balanço Social visa evidenciar o que a empresa realmente fez pela comunidade a ela vinculada (empregados, vizinhos, clientes, fornecedores e sócios) e ao País, através da geração de empregos, salários, impostos, tratamento dispensado ao meio ambiente, etc.
Ressalta-se a contribuição das informações constantes nos Balanços Sociais das organizações para a elaboração de planejamentos visando ao desenvolvimento empresarial, econômico e social, uma vez que são utilizadas como instrumento essencial dentro do planejamento estratégico das organizações públicas ou privadas. O Balanço Social constitui--se peça estratégica que permite a avaliação, o planejamento e o aperfeiçoamento da gestão sob o ponto de vista da responsabilidade social, com transparência das ações desenvolvidas, ressaltando a qualidade das relações entre empresas e seus diferentes públicos.
Pelo fato de os Balanços Sociais serem demonstrativos técnico-gerenciais divulgados pelas empresas, abrangendo conjuntos de informações sobre a atuação
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social das mesmas em relação aos programas sociais para empregados (benefícios), entidades de classe (associações, sindicatos, etc.), governo (impostos) e cidadania (meio ambiente, parques, praças, dentre outros), possibilitam aos agentes econômicos visualizarem essas ações sociais e relacionarem o desempenho econômico-financeiro ao desempenho operacional, ao desenvolvimento econômico e ao crescimento. O Balanço Social permite também a análise do desempenho social da empresa e a constatação dos benefícios que a mesma gera para a sociedade, elementos que podem ser utilizados como fonte de dados para promover o desenvolvimento econômico, tornando, dessa forma, relevante a constatação da veracidade das informações e sua compreensão.
Assim os Balanços Sociais, utilizados como instrumentos essenciais no planejamento estratégico das organizações públicas ou privadas, deixam de ser uma simples demonstração contábil e uma descrição dos investimentos sociais das empresas, passando a ser um instrumento fundamental, possibilitando avaliação e aperfeiçoamento da gestão do ponto de vista da responsabilidade social, com transparência dos investimentos efetuados.
*Contador, Vice-Diretor e Professor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS, Autor do Livro Responsabilidade Social das Empresas e Balanço Social, Ed. Atlas.
AUDITORIA SOCIAL
A auditoria social avalia e responsabiliza as organizações pelo seu impacto social, logo, é extensiva aos steakholders e à sociedade como um todo (Mcintosh, 2001).
O termo auditoria social surgiu em 1940, escrito por Theodore Kreps, professor de Economia Financeira na Universidade de Stanford, e referia-se a questões econômicas que, pela sua natureza, se constituíam em indicadores da contribuição social das empresas. Em 1953, outra auditoria foi proposta,
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contemplando oito áreas específicas: preços, salários, pesquisa e desenvolvimento, propaganda, relações humanas públicas, relações humanas, relações comunitárias e estabilidade de emprego. Nos anos 70, a necessidade de contabilizar objetivos econômicos e sociais tornou-se mais premente, evidenciando a necessidade de maior planejamento e controle das organizações, a fim de também melhor responder aos anseios da sociedade em termos de responsabilidade social (Tomei, 1984).
Avaliar a evolução da auditoria social até a atualidade permite compreender as controvérsias que permeiam o movimento da responsabilidade social até os dias atuais, e as informações no QUADRO 1, apresentado a seguir, permitem uma melhor compreensão dessa evolução.
QUADRO 1 Evolução dos modelos de auditoria social
SUJEITO
AUDITORIA (1940)
DEFINIÇÃO
KREPS AUDITORIA BOWEN AUDITORIA ANOS 70 (1953)
Teste do desempenho Avaliação empresarial
do Mensuração do progresso
desempenho empresarial
empresaria no que diz do respeito
a
objetivos
ponto de vista social sociais
PROPÓSITO
Avaliação governamental
Avaliação do empresa
da Avaliação da empresa de de
seu seu desempenho social
desempenho social da desempenho social empresa
MOTIVOS
Estabelecer
critérios Incorporar
a a)
satisfazer
a 14
APARENTES
para
futuras perspectiva social à consciência corporativa;
avaliações; estabelecer gerência
b)
técnicas
conhecimento financeiro
para
a
melhorar
sociedade; influenciar
de programas sociais;
o
c) RP;
desempenho
empresarial
d)
o
incrementar
credibilidade empresarial
NATUREZA DOS
Áreas quantificáveis:
Políticas
da Desempenho
ÍTENS
1) emprego;
companhia no que companhia em:
AUDITORIADOS
2) produção;
diz respeito a:
da
a) emprego de minorias;
3) esforço consumidor; 1) preços;
b) poluição/ambiente;
4) fundos consumidor 2) salários;
c) condições de trabalho;
absorvidos;
3)
5) taxas;
pesquisa
e d) relações comunitárias;
desenvolvimento;
6) dividendos e juros
4) propaganda;
e)
filantrópicas;
5) relações públicas; f) 6)
contribuições
questões
de
relações consumeirismo
humanas; 7)
relações
comunitárias; 8)
estabilização
econômica
USO
Pela
sociedade
para Pela gerência para Subdividido entre duas
avaliar o desempenho avaliar empresarial
desempenho
seu escolas de pensamento: um grupo acredita que deve ser utilizado apenas pela gerência e outro 15
acha
que
deve
ser
documento de domínio público
METODOLOGIA
Avaliação
de Avaliação
de Monitorizar, mensurar, e
informação
pública política empresarial avaliar todos os aspectos
empregando
índices através
econômicos
julgamento
de do
desempenho
social
utilizando várias técnicas custo/benefício, contabilidade, etc.
POR
QUEM
CONDUZIDA
É
Por governamental
órgão Pessoal interno ou Pessoal agência industrial
interno
ou
consultor
Fonte: Quadro traduzido de CARROL, Archie B. & BEILER, George W. L. Managing Corporate Social Responsibility, p. 239 apud TOMEI, 1984, p. 193.
Na auditoria da década de 40, é possível constatar que o desempenho da empresa era avaliado pelo governo, de modo muito genérico e com uma metodologia de avaliação que utilizava índices econômicos para medir o desempenho social. Já na auditoria social proposta por Bowen, em 1953, a avaliação da empresa era realizada por auditores sociais externos, e o desempenho da empresa era aferido sob o ponto de vista social e não econômico.
Nos anos 70, com o advento do movimento da responsabilidade social, inovações foram implementadas de modo a monitorar, mensurar e avaliar o desempenho de uma empresa através de seis critérios: a) emprego de minorias; b) poluição/ambiente; c) condições de trabalho; d) relações comunitárias; e) contribuições filantrópicas; f) questões de consumeirismo, propostos na auditoria social “[...] o propósito da auditoria social é classificar o amplo termo responsabilidade social de empresas em componentes identificáveis e desenvolver
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escalas que permitam a mensuração destes componentes” (Sethi apud Tomei, 1984, p. 194). Atualmente, uma auditoria social consiste em avaliar “[...] o impacto social e o comportamento ético de uma organização em relação a seus objetivos e ao de seus interessados” (Mcintosh, 2001, p. 264). Para tal, deve dialogar com seus stakeholders, reexaminar suas políticas e atividades, alinhar valores, objetivos e procedimentos, a fim de aperfeiçoar o seu desempenho em relação a todas as partes interessadas, fortalecendo o relacionamento, o compromisso e a credibilidade perante as partes interessadas. Em sentido mais amplo, é uma prestação de contas a respeito do impacto social da organização sobre seus steakholders, logo, além de aspectos sociais, abrange os éticos, os valores de todos os envolvidos no processo.
Ainda para avaliar os impactos sociais que as empresas causam na sociedade, tanto positivos quanto negativos, outra ferramenta produzida por Jane Nelson, do Fórum Internacional de Líderes Empresariais Príncipe de Gales, consiste em pensar o impacto em três âmbitos fundamentais. O primeiro e mais importante:
[...] o âmbito operacional, abrangendo as atividades empresariais propriamente ditas, o dia-a-dia da empresa. O segundo [...] é o investimento social, envolvendo todo o processo de gerenciamento da relação da empresa com a comunidade e as questões sociais.O terceiro é a participação da empresa na formulação de políticas públicas de caráter social (GRAYSON, 2002, p. 235).
Este último, se refere a contribuições das empresas à sociedade em relação ao desenvolvimento de políticas públicas, por meio de representantes que possam trabalhar em parceria com autoridades governamentais, contribuindo para a identificação de questões importantes, utilizando conhecimentos de administração e podendo propor soluções criativas, redução de gastos e maior alcance dos serviços públicos, entre outras.
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COMPROMISSO DAS EMPRESAS COM A RESPONSABILIDADE SOCIAL
As discussões nos meios acadêmico e empresarial, favoráveis ou desfavoráveis em termos conceituais e operacionais, sobre a responsabilidade social no mundo dos negócios apresentam questões de origem econômica, ética, doutrinária e social.
Os argumentos econômicos contrários à opção ou até a obrigatoriedade da empresa em investir em outras áreas que não seja a econômica, são defendidos por Friedman (1970), que considera como única função da empresa gerar lucro aos seus acionistas. Ser socialmente responsável implica, assim, gerar empregos, pagar salários justos, oferecer boas condições de trabalho e pagar impostos. Assumir outras responsabilidades sociais seria irresponsabilidade da empresa, pois geraria um custo adicional que poderia comprometer os lucros. Essas ideias são apoiadas por outros economistas, como Hanry Manne e Neil Chamberlain (Ashley, 2002).
Assim, um comportamento socialmente responsável por parte da empresa até pode até gerar custos financeiros, o que poderia, no curto prazo, representar um argumento desfavorável à responsabilidade social das empresas. Mas em função de expectativas da sociedade em relação às empresas cumprirem seu papel social, essa atitude melhora a imagem pública da empresa que é valorizada junto à sociedade, o que também contribui para o alcance de seus objetivos de longo prazo, ou seja, ser socialmente responsável, nessa ótica, contribuiu para a melhoria do desempenho econômico e sustentabilidade do negócio. Desse modo, entre as vantagens da responsabilidade social nos negócios “[...] incluem aumento da eficiência nas operações diárias, dedicação dos empregados, melhoramentos na qualidade dos produtos [...] fidelidade do cliente e melhor desempenho financeiro” (Ferrel, 2001, p. 213). Funcionários procuram dar o melhor de si no trabalho, fornecedores fortalecem as relações com a empresa, investidores optam por fazer negócios, e consumidores, tornam pública sua preferência em
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adquirir produtos e serviços de uma empresa socialmente responsável, o que também gera propaganda gratuita e ganhos gratuitos em propaganda e marketing. Logo, a responsabilidade social das empresas passa a ser um objetivo econômico, um diferencial competitivo e economicamente interessante para as empresas.
A responsabilidade social das empresas não pode ser reduzida a mais uma nova e inovadora ferramenta de marketing, mas ser ampliada para um novo modelo de comportamento de gestão de negócio, que em sua essência, resgata valores humanos universais, pressupõe a tomada de decisões de maneira ética, preservando interesses de todas as partes direta e indiretamente envolvidas no negócio, assim como interesses de toda a sociedade, numa relação na qual todos ganham, sociedade e empresas. Planejar e gerir os negócios de maneira ética e responsável, respeitando valores e direitos, pode contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade menos desigual, mais justa e com maiores condições de acesso a produtos e serviços, resultando em sustentabilidade da sociedade, do ponto de vista social e econômico, e maior sustentabilidade do próprio negócio.
A responsabilidade social das empresas, em seu sentido mais amplo, é a consciência ética, o agir corretamente, o compromisso de “ser responsável” ao não tomar decisões, cujas consequências possam ferir quaisquer interesses sociais, seja em relação aos stakeholders internos e externos, mas também à sociedade como um todo. E, além disso, é “ter responsabilidade” perante os problemas sociais que assolam o mundo, tomando atitudes concretas para enfrentá-los, por uma questão de valor moral e ético, de compromisso humano e social. Isto é ser socialmente responsável e ter responsabilidade social.
A responsabilidade social precisa, assim, ser assumida enquanto compromisso social das empresas, cuja tomada de decisão e atitudes devem estar baseados em princípios morais que estão acima de quaisquer interesses privados e puramente econômicos, ou do simples cumprimento do que está codificado pela lei, pois a empresa, além de importante agente de desenvolvimento econômico, também pode ser agente de desenvolvimento humano e social. Isto significa que pode e precisa
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contribuir para a melhoria das condições de vida e de qualidade de vida da sociedade. Embora essa discussão necessite extrapolar o âmbito da empresa, para o âmbito da responsabilidade de cada indivíduo, do Estado e da sociedade como um todo, enquanto “[...] uma parte central ao processo de desenvolvimento [...] um compromisso social” (Sen, 2000, p. 10). Refere-se, portanto, ao compromisso conjunto, mobilizando toda a sociedade, na busca de soluções aos diversos problemas de ordem social.
O movimento da responsabilidade social torna-se, assim, um desafio ainda maior, e, mesmo que “[...] as pessoas [tenham] diferentes crenças sobre ações que irão resultar no aprimoramento do bem-estar da sociedade [...]” (Daft, 1999, p. 88), o que é consenso, é que a gravidade dos problemas sociais que assolam a humanidade não pode mais passar despercebida, e a empresa tem papel fundamental na melhoria das condições de vida não só das partes interessadas, mas da sociedade como um todo.
Assim, frente à contextualização da responsabilidade social das empresas, inserida no contexto econômico e social mais amplo, desde seus primórdios até a atualidade, além da referência às várias questões que permeiam a sua introdução no mundo dos negócios e na sociedade, o próximo e último capítulo, numa primeira parte, tratará das definições acadêmicas da responsabilidade social, suas peculiaridades e como se configura a atuação social das empresas brasileiras, através da apresentação de iniciativas empresariais de destaque no cenário nacional. E na segunda parte, a responsabilidade social será compreendida no contexto das empresas brasileiras, na perspectiva do compromisso social e enquanto alternativa para o enfrentamento dos problemas de ordem social que assolam o País, e para a construção de uma sociedade mais justa, social e economicamente responsável, e também sustentável.
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