Número 17 - Segunda Edição de 2018 - Juiz de Fora - MG - Tiragem: 2000 Exemplares
Editorial Luiz Claudio do Dom Bosco é líder comunitário e diretor do Informativo Dom Bosco
No primeiro semestre deste ano, principalmente na parte alta do Bairro Dom Bosco, moradores foram procurados por uma organização não governamental para responderem um questionário ou enquete, com o objetivo de se inteirarem das reais necessidades da comunidade. O que é de estranhar é o fato da ONG responsável pela pesquisa ter sua base instalada na região há pelos menos vinte anos e até o momento não tenha percebido as reais necessidades dos moradores. Seria mais justo que houvesse uma reflexão dos seus diretores sobre as coisas que a comunidade tinha e as que foram perdidas, entre elas a banda de música criada pela saudosa Irmã Olímpia, que levou décadas para se formar, e num piscar de olhos desapareceram teclados, saxofones, clarinetes, violões, trompetes, trombones e instrumentos de percussão. Por conta desses problemas, um projeto musical que abriu portas para inúmeros jovens da comunidade não teve seguimento. Talvez, o mais importante em todo esse processo foi trocar crianças por cachorro, mas pelo jeito, não está dando conta, pois os animais estão aos montes em nossas ruas. Mesmo assim, insistem em projetos que, de forma perversa e desumana, expõem nas mídias sociais nossas crianças e jovens. A burguesia de primeira viagem encontrou no Bairro Dom Bosco a galinha dos ovos de ouro, o espaço ideal para explorarem dando pão e circo achando que lá só encontram palhaços. Estão manipulando uma comunidade inteira com falsas promessas. Reagir, eis a questão!
Área da Santinha começa a ser revitalizada com um forte apoio da comunidade
Moradores arregaçaram as mangas e estão revitalizando a área da Santinha
Localizada na parte alta do Bairro Dom Bosco, a área da Santinha é uma servidão publica. No local, sob um pedestal, destaca-se a imponente imagem de Nossa Senhora, um patrimônio religioso que a comunidade tem um grande apreço. Ao longo dos anos, a região foi deixando de receber melhorias e vez por outra uma capina ou varrição era feita. Inevitável, a revitalização do seu entorno se fazia necessária. A reivindicação dos moradores sempre parou em gavetas dos agentes públicos a espera de emendas parlamentares que pudessem dar uma solução para a situação, caso sempre muito complicado quando a intervenção é feita via política, pois causa desgaste e transtorno. Mas, apesar dos obstáculos que
Levantamento topográfico estára sendo executado para obra no Caminho do Bombeiro, segundo UFJF
influem decisivamente para a demora do início das melhorias no local serem visíveis, a comunidade não cruzou os braços, foi à luta e com dedicação e espírito comunitário dos moradores José Miguel, Luiz Claudio do Dom Bosco e Sr. Luiz Gonzaga, o início da benfeitoria já é uma realidade. Com o apoio do grupo do Terço dos Homens o terreno foi preparado para receber a cimentação. O empresário Wilson Rezato doou a ferragem. E agora, a comunidade aguarda o concreto que foi viabilizado conforme contatos já estabelecidos. Ressalta-se também, que foi encaminhado à Câmara Municipal de Juiz de Fora um projeto de lei que dá a área da Santinha o nome do Sr. José Manoel Sebastião, falecido benfeitor da comunidade e conhecido como Senhor Juca.
A UFJF contratou uma empresa para fazer o levantamento topográfico da área do “escadão” que dá acesso ao Bairro Dom Bosco, levantamento que, posteriormente dará base para execução da obra no local. A Pró-Reitoria ressaltou que está comprometida com a realização desta demanda da comunidade. Segundo o líder comunitário, Luiz Claudio do Dom Bosco, contatos anteriores mantidos com a deputada federal Margarida Salomão trouxeram boas perspectivas para um bom desfecho desta questão.