9912247850/2010/DR-ES
CRMV-ES
Boletim informativo
Boletim Informativo do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Espírito Santo número 15 - edição Novembro
Alerta
ELES ESTÃO AMEAÇADOS: O MORMO CHEGOU AO ESTADO As principais vítimas são os equídeos, mas a doença também pode ser transmitida para seres humanos
Laudo técnico
Simleites
Pecuária
Documento pouco conhecido ampara legalmente o RT
Evento difunde novas técnicas de produção de leite
Congresso Capixaba atrai grandes nomes da área
pág. 2
07_crmves_jornal_ed15.indd 1
pág. 3
pág. 6
13/12/2013 10:34:30
Editorial
Nossa profissão é o reflexo de nossos atos Dr. Luiz Carlos Barboza Tavares Presidente do CRMV-ES
Acredito que, com o apoio de todos, a história irá registrar mais um momento de superação.
Recentemente nosso estado passou a enfrentar um grave problema que envolve a sanidade animal e a saúde pública, por isso mesmo, um problema sob a responsabilidade dos Médicos Veterinários. Estamos falando do mormo, uma doença de caráter zoonótico, que atinge principalmente equídeos. Sua ocorrência, há anos estava restrita ao nordeste brasileiro, mas agora tem sido registrada em inúmeros locais até então considerados livres da doença.
Os casos de mormo envolvem animais que possuem forte ligação emocional com seus proprietários e, em muitos casos, tem valor financeiro elevado. É lamentável que tenhamos que lidar com mais uma doença em nossos rebanhos, mas devemos ter clareza que este momento é na verdade uma nova oportunidade para que os profissionais Médicos Veterinários contribuam para a sociedade, preservando a sanidade animal e a saúde pública, engrandecendo o nome de nossa profissão e o respeito às normas vigentes, o que se reverte em valorização dos profissionais.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA, em conjunto com os órgãos de Defesa Sanitária Animal - no Espírito Santo, o responsável é o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo, IDAF – devem zelar pelo controle do mormo, atuando diretamente nos focos da doença. Não se pode aceitar, sob o risco de comprometer o patrimônio da sanidade de nossos rebanhos, da nossa saúde pública e do nome da Medicina Veterinária capixaba, que a condução dos casos de mormo, ou de qualquer outra doença em nosso estado, seja feita de forma inadequada por nós, Médicos Veterinários, pois nossa profissão é o reflexo de nossos atos. Acredito que com o apoio de todos, a história irá registrar mais um momento de superação. Quem sabe quais serão os Médicos Veterinários capixabas que escreverão seus nomes como os responsáveis pelo controle ou mesmo a erradicação do mormo no Espírito Santo? A todos um abraço, que por ser forte e sincero, é fraterno.
Pubicação oficial do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Espírito Santo Rua Cyro Lima, nº 125 Enseada do Suá - Vitória - ES Tel.: (27) 3324-3877 Funcionamento: 9:00 às 12:00 e de 13:00 às 18:00 crmves@terra.com.br www.crmv-es.org.br
DIRETORIA EXECUTIVA Luiz Carlos Barboza Tavares Presidente José Carlos Landeiro Fraga Vice Presidente Daniele da Costa Secretária Geral Alexandre Câmara dos Santos Tesoureiro
Conselheiros efetivos Nézio Faber da Silva Nildo Marcelo Milanez Giuliano Moraes Figueiró Osvaldo Góis de Oliveira Filho Maria da Glória Alves Cunha Virginia do Carmo Teixeira Emerich Conselheiros suplentes Douglas Severo Silveira Iliani Bianchi Rogério Magno Barroso Leandro Abreu da Fonseca Márcio Figueiredo Gonçalves Thiago Barbosa Spalenza Expediente Jornalista responsável Ariel Barroso da Fonseca (MTB 2465 – ES)
ariel.lacruz@gmail.com Projeto gráfico e diagramação Fred Colnago fred@fredcolnago.com.br Impressão Gráfica Aquarius Comissão de Publicidade e Divulgação Presidente Rogério Magno do Vale Barroso Membros efetivos: Alexandre Granados Afonso de Faria Nélio Cunha Gonçalves Douglas Severo Silveira Iliani Bianchi Membros suplentes Thais Feres Bressan Alexandre Câmara dos Santos Leandro Abreu da Fonseca Isabela Vilhena Freira Martins
Atualização dos dados cadastrais diretamente ao CRMV-ES pelo e-mail crmves@terra.com.br Os artigos e os comentários assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião do CRMV-ES. Oportunidades de contratação, consulte o site www.crmves.org.br
2 Boletim Informativo do CRMV-ES - número 15 - edição Novembro 07_crmves_jornal_ed15.indd 2
13/12/2013 10:34:32
Evento
Simpósio estimula produção de leite A terceira edição do evento reuniu mais de 300 participantes, entre eles, palestrantes de renome nacional
O
III Simleites aconteceu entre os dias 23 e 26 de outubro, no charmoso município de Santa Teresa, Região Central Serrana do Espírito Santo. O evento tem contribuído para a difusão de novas tecnologias de produção e gestão da bovinocultura de leite, impactando diretamente na cadeia produtiva do estado e fortalecendo o Espírito Santo na agenda científica brasileira. Com a presença de mais de 300 participantes, entre produtores de leite, estudantes, técnicos e profissionais da área, o evento oportunizou a troca de experiências e debates acerca da cadeia
láctea, com foco na produção capixaba. Destaque para os palestrantes de prestigio nacional que elevaram ainda mais o nível do evento, como os Doutores Moacir Corsi e Vidal Pedroso de Faria, da ESALQ Piracicaba, Artur Chinelato de Camargo, da Embrapa, e Marcos Neves, da UFLA.
--O evento oportunizou a troca de experiências e debates
Reunião fortalece produtores de leite e derivados no estado Na foto, da esquerda para direita: Ismail Haddad, Ifes Santa Tere-
O Simleites foi realizado na ESFA, em uma parceria entre o IFES, o CCA/UFES, o CRMV-ES e a Prefeitura Municipal de Santa Teresa.
sa; José Carnieri, Laticínio Veneza; Christiano Poncio, zootecnista autônomo; Marcos Corteletti, Laticínio Fiori; Artur Chinelato de Camargo, Embrapa; William Tabchoury, Lagoa da Serra; e Vidal Pedroso de Faria, Esalq Piracicaba.
Encontro da pecuária contribui para o desenvolvimento do setor Entre os dias 06 e 08 de novembro aconteceu o V Congresso Capixaba de Pecuária Bovina, em Vila Velha, no cineteatro da UVV. O evento promoveu conferências e debates, com a participação de profissionais de renome nacional e internacional, como o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, e o secretário da Agri-
Balanço financeiro até outubro/2013 Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo Receita
cultura do ES, Enio Bergoli da Costa. “O evento proporcionou uma grande satisfação e benefício para todos congressistas e ainda a promoção da agropecuária do Espírito Santo em cenário nacional”, afirmou o presidente do Congresso Capixaba de Pecuária Bovina, Nabih Amin El Aouar.
Receita de contribuições
822.457,99
Receita tributárias
24.540,77
Receita patrimonial
55.126,13
Receita de serviço
34.883,63
Receita financeiras
26.402,32
Outras receitas correntes
34.610,47
Receitas de capital
0,00
Total
998.021,31
Despesa Pessoal
312.675,00
Material de consumo
25.734,10
Serviço de terceiros e encargos
478.619,64
Outros serviços de terceiros e encargos
0,00
Diversas despesas de custeio
0,00
Tributárias contribuitivas
1.645,22
Despesas de capital
20.996,90
Total
839.670,86
Comparando as Receitas Incorridas com as Despesas Realizadas até o mês de outubro verificou-se um superávit financeiro no valor de R$ $ 158.350,45.
Luiz Carlos Barboza Tavares Presidente | CRMV-ES Nº 308 Alexandre Câmara dos Santos Tesoureiro | CRMV-ES Nº 87/Z Rogerio Gums Contador | CRC-ES 013159/O-5
O V CCPB apresentou 449 congressistas e 37 trabalhos científicos inscritos
3 Boletim Informativo do CRMV-ES - número 15 - edição Novembro 07_crmves_jornal_ed15.indd 3
13/12/2013 10:34:34
Amparo
Laudo protege Médicos Veterinários que atuam como Responsáveis Técnicos O importante documento é pouco conhecido pelos profissionais Por Rogerio Magno do Vale Barroso*
A
maioria dos médicos veterinários não sabe que os CRMV’s de todo o país possuem um documento que visa proteger os colegas que assinam Rt’s: O laudo informativo. É este laudo que deve ser utilizado nos casos em que os donos dos empreendimentos se negarem a executar as atividades recomendadas pelos responsáveis técnicos, ou dificultarem a sua ação. Referido documento é muito importante para o RT, principalmente nos casos em que tenha sido colocada em risco
a saúde pública, ou o consumidor se sentido lesado. É um documento hábil para dirimir dúvidas quanto às responsabilidades decorrentes da ação do RT, tendo a finalidade de salvaguardar o profissional da acusação de omissão ou conivência. O Responsável técnico deve emitir o Laudo Informativo que será remetido ao CRMV de sua jurisdição, acompanhado da cópia do respectivo Termo de Constatação e Recomendação - utilizado para informar e orientar o empresário quando
detectado descumprimento da legislação. O laudo deve ser o mais detalhado possível, emitido em duas vias, servindo de elemento comprobatório da notificação das ocorrências. Apos o protocolo deste laudo, o CRMV desloca uma equipe de fiscalização em caráter sigiloso, para averiguar as condições relatadas. Uma vez constada a infração, o estabelecimento é notificado e o médico veterinário, responsável técnico, se protege de qualquer acusação.
CENSURA PÚBLICA
O laudo pode ser obtido em www.crmves.org.br
*Prof. Rogério Barroso é coordenador do curso de Medicina Veterinária da ESFA, proprietário do Laboratório de Saúde Animal e conselheiro suplente e presidente da Comissão de Publicidade e Divulgação do CRMV-ES
Seminário Básico de Responsabilidade Técnica – SBRT
O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso das atribuições legais conferidas pela Lei nº. 5.517, de 23 de outubro de 1968, regulamentada pelo Decreto nº. 64.704, de 17 de junho de 1969, considerando a decisão na Sessão Especial de Julgamento nº. 007/2013 do CRMV-ES, realizada no dia 12 de setembro de 2013, em Vitória – ES, comunico que foi aplicada à Médica Veterinária LUCIANA MEDEIROS SIMONETTI – CRMV-ES nº. 1642 a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na alínea “c” do Artigo 33, da Lei nº. 5.517/68, por infração à Resolução 722/2002, Capítulo II, art. 6º, inciso V e XV; Capítulo IV, art. 13º, inciso XII, XXVI, XVII; Capítulo VI, art. 15º, inciso VI, VIII; art. 33º e art. 34º.
Programa: 1) O que é conselho, para que serve, o que o conselho vai fazer por mim, o que posso fazer pelo Conselho, porque o conselho me obriga a fazer o SBRT, o que o fiscal do conselho legalmente pode atuar. 2) Sistema CFMV e CRMVs – atividades e atribuições, código de ética e orientação profissional. 3) Responsabilidade administrativa, civil e criminal do RT. 4) Registro de Firmas que comercializam produtos de uso veterinário, ração X presunto, termômetros e geladeiras.
Vitória, 04 de novembro de 2013 Dr. Luiz Carlos Barboza Tavares CRMV-ES nº 308 Presidente
Ruamais! Cyro Lima, 125 - Enseada do Suá - Vitória - ES Saiba
Tel.: (27) 3324-3877 | E-mail: crmves@terra.com.br Tel.: (27)www.crmves.org.br 3324-3877 | crmves@terra.com.br | www.crmv-es.org.br
4 Boletim Informativo do CRMV-ES - número 15 - edição Novembro 07_crmves_jornal_ed15.indd 4
13/12/2013 10:34:37
Capa
Pela primeira vez são registrados casos de mormo no Espírito Santo O
mormo é uma doença contagiosa, causada por bactéria, reconhecida desde os primeiros registros feitos por Hipócrates, na antiguidade. Os hospedeiros principais são os equídeos, mas a doença também pode ser transmitida para seres humanos, felinos, entre outros. “Em equídeos a infecção é geralmente fatal”, sentencia o médico veterinário Alexandre Granados. Ele explica que para combater a doença é preciso sacrificar os animais contaminados, isolar a área de infecção e interditar os suspeitos de contaminação. A doença foi considerada extinta no Brasil em 1968, no entanto, estudos sorológicos realizados nos anos de 1999 e 2000 detectaram a presença do mormo em alguns estados do nordeste brasileiro. Espírito Santo O primeiro caso de mormo no Espírito Santo foi diagnosticado em maio deste ano. A informação é da assessora de comunicação do Idaf, Francine Castro. Até a presente data foram confirmados 20 casos no estado. Um dos mais polêmicos envolveu os cavalos do Regimento da Policia Montada. A doença foi diagnosticada em seis animais que tiveram de ser sacrificados. A área de criação foi in-
Arquivo Idaf
O estado foi o último da Região Sudeste a confirmar caso da doença. Nos EUA e Europa ela foi erradicada terditada e os demais cavalos do Regimento ficaram inoperantes e foram submetidos ao exames de mormo. Outro incidente de repercussão aconteceu na Grande ExpoES realizada neste ano. Uma égua em exposição foi diagnosticada com o mormo, causando grande embaraço para a organização e apreensão dos expositores. Animais infectados pelo mormo podem não apresentar sintomas evidentes
---
Sintomas
A bactéria é destruída por aquecimento a uma temperatura de 55º C, durante 10 minutos. É suscetível à maioria dos desinfetantes comuns e sensível à luz solar, sendo inativada em 24 horas de exposição.
Os mais comuns são nódulos nas mucosas nasais e gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre, fraqueza e pústulas na mucosa nasal. A forma crônica tem evolução mais lenta e branda. Sinais clínicos não permitem um diagnóstico definitivo.
Formas de Transmissão A infecção se dá através do contato com fluídos corporais dos animais doentes. A principal fonte de infecção é a ingestão de alimentos ou água, contaminados. Portadores assintomáticos revelaram-se mais importantes na transmissão da doença do que os animais doentes.
Médico Veterinário Para combater a doença infecto-contagiosa o médico veterinário desempenha papel fundamental, tanto na vigilância e prevenção da doença, como na manutenção da saúde pública. “O profissional é responsável pela avaliação clínica do animal, sendo capaz de detectar sintomas do mormo, e nesses casos, a obrigação de notificar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial”, explica a assessora de comunicação do Idaf. “Além disso, o médico veterinário deve atuar orientando o produtor sobre a doença, a importância
Cuidados O controle do mormo depende da eliminação precoce dos animais positivos, quarentenas eficazes e desinfecção das áreas dos surtos. Carcaças infectadas devem ser queimadas, bem como materiais descartáveis das instalações positivas.
do uso de equipamentos de proteção individual (EPI) ao manipular um animal suspeito, e como evitar a introdução da doença no rebanho”, acrescenta Francine. A coleta e o envio de material para exame laboratorial de mormo devem ser realizados por um médico veterinário cadastrado pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Não há registro de casos de mormo em seres humanos, no Brasil. No homem os sintomas podem se manifestar com febre, feridas na pele, inchaço no nariz, pneumonia e abscessos no corpo.
5 Boletim Informativo do CRMV-ES - número 15 - edição Novembro 07_crmves_jornal_ed15.indd 5
13/12/2013 10:34:38
Comunidade
Programa zela pelo bem estar animal Pet Shop CBN, apresentado semanalmente, procura esclarecer os ouvintes sobre assuntos relacionados aos animais de estimação
C
om sua voz marcante, não foi por acaso que a médica veterinária Tatiana Sacchi virou comentarista da rádio CBN – 93.5 FM. Ela vai ao ar às quartas, entre 11 e 12h, com o programa Pet Shop CBN, que também pode ser ouvido em qualquer horário no site da CBN Vitória. A ideia é contribuir positivamente para a convivência harmoniosa entre as pessoas e os animais. “Como as pessoas reagem quando se depararam com situação de maus tratos de animais? E se o animal se envenenar?”, exemplifica Tatiana, comentando alguns dos assuntos
que aborda no programa, ao vivo, há mais de um ano. A área é rica em temas e as novidades são diárias. De acordo com Tatiana, a medicina veterinária e mais especificamente o mercado pet estão em franca expansão, e ainda há muito a ser explorado. “Constantemente são lançados novas vacinas e medicamentos, acessórios, brinquedos, equipamentos para clínica veterinária, enfim, o universo é bastante abrangente”, diz Tatiana. Segundo a médica veterinária, o Brasil é o segundo maior mercado pet do mundo, ficando atrás apenas dos EUA. Neste cenário ela
Mercado pet e novidades da veterinária são temas recorrentes no programa
salienta a importância do médico veterinário como profissional gabaritado para a consulta e tomada de decisões em relação aos animais de estimação. “Embora o mercado seja crescente, o papel relevante do profissional da medicina veterinária ainda precisa ser
reafirmado para muitos proprietários desinformados”, revela Tatiana. Para ela não é fácil conciliar a agenda como proprietária de clínica, cirurgiã e comentarista de rádio, mas sem dúvida, a satisfação com o programa compensa.
Gorazil Pinto Coelho Todo dia acontece muita coisa, teve um veterinário que quis que eu escrevesse um livro, mas não me interessei muito não Sr. Gorazil: modéstia à parte, sou uma pessoa querida. Ser antigo e conhecer a todos facilita muito, mas já aconteceram situações embaraçosas. Havia uma loja que estava inaugurando. Cheguei lá, todos vestindo smoking, veio o proprietário e me perguntou o que eu desejava. Avisei que era fiscal, e foi o suficiente para o cara começar a fazer agressões verbais ali mesmo. Entende-se que uma loja, quando abre as portas, esta totalmente legalizada. Infelizmente estava cheia de problemas.
Gorazil não é remédio para dor de barriga, mas para dor de cabeça. A piada é do próprio senhor Gorazil Pinto Coelho, 82 anos, avô do Erick e do Andrey, fiscal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo desde 1991. Com seu jeito bem humorado ele falou um pouco sobre a trajetória.
Ser fiscal é uma profissão que deve suscitar reações adversas, não é mesmo? Sr. Gorazil: meu conselho para quem começa é que o nosso compromisso é com a qualidade do produto para o consumidor. Certa vez, estava de moto e chovia no dia, estava em uma inspeção no interior, um camarada vendendo produtos para bovinos, sem nenhum registro. Ele
fez a oferta: “No balcão tem dois mil, é só levar, quando o senhor voltar a gente toma um cafezinho”. Emiti uma “porrada” de multas, e disse ao sujeito que não era daquela laia. De vez em quando, e quantas vezes forem necessárias, é preciso usar a austeridade. Fale de outro caso que tenha marcado a sua história profissional:
O senhor já atua há bastante tempo, e acompanhou o desenvolvimento do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado. O que mudou de lá pra cá? Sr. Gorazil: quando cheguei, o Conselho tinha uma sala alugada. Quem pagava era o Ministério da Agricultura. Depois, com a contribuição dos médicos veterinários e empreendedores da área animal, foram adquiridas as salas no centro da cidade. Ficamos lá por cinco anos, até comprarem a atual sede, na Enseada do Suá.
6 Boletim Informativo do CRMV-ES - número 15 - edição Novembro 07_crmves_jornal_ed15.indd 6
13/12/2013 10:34:41