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Leilão do Rodoanel Norte é vencido pela Via Appia; entrega da obra é prevista para 2026

O fundo de investimento Via Appia Infraestrutura foi o vencedor do leilão para a concessão do trecho norte do Rodoanel de São Paulo realizado na tarde dessa terça-feira, 14, na sede de B3, em São Paulo.

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A vencedora terá cerca de três anos para concluir a obra, que deverá ser entregue em junho de 2026. As obras da última etapa do anel viário começaram em 2013 e estão paralisadas desde 2018. Com o trecho norte em operação, o governo calcula uma redução de 30 mil caminhões e 54 mil automóveis na Marginal do Tietê, na capital.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que este foi apenas o primeiro de vários leilões que deverão ser realizados em seu governo. “Não dá para admitir obra parada. As pessoas vão ganhar com mobilidade com Rodoanel Norte. São negócios na beira do rodoanel.

São pais de família que vão ter emprego e trabalhar na execução dessa obra. É o usuário que vai poupar tempo de viagem e vida. Vamos fechar a saga do Rodoanel”, afirmou o governador.

A oferta de deságio (desconto sobre o valor a ser pago pelo Estado) da vencedora foi de 100% pela contraprestação dos serviços públicos de operação, manutenção e investimentos.

Além disso, a empresa ofereceu um deságio de 23% sobre o valor do aporte público necessário para conclusão da obra. O valor estimado em investimentos é de aproximadamente R$ 3,4 bilhões, segundo o edital publicado em agosto do ano passado. A licitação teve outras três concorrentes.

A concessionária terá também o direito de explorar os pedágios que devem adotar o modelo chamado “free flow”, tecnologia eletrônica que calcula a tarifa de acordo com as características de cada veículo por quilômetro rodado, eliminando paradas em praça de pedágio.

Em seu Instagram, Tarcísio publicou em sua conta no Instagram: “Hoje demos mais um passo no compromisso de não deixar obra pelo caminho. E que felicidade que o primeiro martelo batido como governador de São

Governo de SP discute o novo sistema de alerta de risco com operadoras de celular

O governador Tarcísio de Freitas se reuniu na manhã de segunda-feira (13) com executivos de operadoras de telefonia móvel para discutir opções tecnológicas para melhorar o sistema de alertas à população em áreas de risco em casos de possíveis desastres naturais.

O secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Henguel Ricardo Pereira, e representantes do órgão também estiveram presentes ao encontro.

Atualmente, o sistema de alertas é feito por meio de mensagens SMS, mediante cadastro do usuário – há cerca de 2,6 milhões de usuários cadastrados no Estado de São Paulo. A ideia, segundo o governador de São Paulo, é montar um sistema de alertas mais moderno, chamado cell broadcast, que tem o diferencial de enviar os alertas para Estações Rádio Base (ERB), que direcionam a mensagem automaticamente para todos os aparelhos celulares que estejam em seu raio de cobertura. O método já é utilizado nos Estados Unidos, no Japão e em países da Europa.

“O dono do celular pode estar jogando, assistindo filme, fazendo o que for, a mensagem vai aparecer e chamar a atenção da pessoa. Ao sair da área onde as torres estão recebendo e distribuindo os alertas da Defesa Civil, aquele celular deixa de receber os alertas”, explicou Tarcísio de Freitas. O alerta aparecerá na tela e o usuário precisa confirmar que visualizou a mensagem.

O sistema já está em processo de construção do projeto-piloto no País. O governador paulista, porém, solicitou às telefônicas a incluir, prioritariamente, 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e outras nove do Litoral Paulista. São áreas consideradas de risco para deslizamentos de terra e com população estimada em 1,5 milhão de habitantes.

“É um alento saber que essa

Paulo seja para tirar do papel uma obra tão emblemática como essa. Serão 44 km que passam por São Paulo, Guarulhos e Arujá para tirar cerca de 18 mil caminhões do trânsito e desafogar o fluxo. Serão 15 mil empregos gerados e R$3,4 bilhões em in- vestimentos. Esse é o primeiro de muitos. Não dá mais pra admitir obra parada. E nós vamos concluir o Rodoanel”.

O Rodoanel foi planejado para circundar a área metropolitana da capital paulista e desafogar o fluxo de veículos dentro das cidades da região. O trecho Norte, formado por 44 quilômetros que percorrem os municípios de São Paulo, Guarulhos e Arujá, é o último para a conclusão de todo o percurso do Rodoanel.

O governador também comentou a liminar concedida à Associação Brasileira de Usu- ários de Rodovias sob Concessão (Usuvias) que tentou impedir a realização do leilão na véspera da disputa. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Anafe, acabou suspendendo os efeitos da liminar.

“Sempre tem um espírito de porco que lança uma liminar na véspera do leilão. Mas não vamos deixar ninguém tumultuar nosso programa de concessão. Estamos aqui para fazer os in- vestimentos acontecerem. O Judiciário percebeu o prejuízo que seria não fazer o leilão. Tivemos quatro players. Obra inacabada não traz taxa de retorno e não é percebida pelo cidadão”. No processo, a Usuvias alegou ausência de audiência pública, o que é previsto nas leis estadual e federal para parcerias público-privada, e falta de transparência na tabela de valores das tarifas de pedágio de R$ 6,50. questão estará equacionada para o próximo verão. Tenho de pensar no futuro e ter um sistema eficiente de alerta de defesa civil eficiente. Temos de fazer diferente do que sempre foi feito. Celular é algo que pessoas de qualquer extrato social têm e temos de usar isso para fazermos comunicação de possíveis tragédias”, reforçou.

Foi definida a criação de um grupo de trabalho composto por membros do Governo de São Paulo e das empresas de telefonia. O objetivo é discutir os custos e a implantação da tecnologia necessária para o início do sistema. O grupo terá 120 dias para apresentar o rela- tório final.

“Demos um importante passo hoje. Precisamos melhorar o sistema de alertas de desastre no estado de SP e a criação deste grupo de trabalho vai permitir adotarmos um sistema já consolidado em vários países desenvolvidos”, destacou o governador.

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