Guia de Futebol Americano

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Os 32 times Super Bowl ontem e hoje da NFL

Regras e posições

o esporte College no Brasil Football

Opinião ANTONY CURTI, ARI AGUIAR, EDUARDO ZOLIN, EVERALDO MARQUES, PAULO ANTUNES, PAULO MANCHA E RÔMULO MENDONÇA


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editorial Diretor EXECUTIVO Tiago Serpentino

Diretora de operações Jessica Travassos Sauter

Gerente de Relacionamento Caco Dattori

Projeto Gráfico / Direção de arte Raphael Machado Freire

arte / tratamento de imagens Marcus Genaro

Revisão Patrícia Amaral

EDitor-chefe / JORNALISTA RESPONSÁVEL Paulo “Mancha” D’Amaro

o sonho da bola oval

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oucas palavras podem descrever a alegria de levar a você este Guia da temporada 2015/16 da National Football League. Quando tive a ideia de um projeto como este, cinco anos atrás, não esperava que tanta gente o apoiasse. Hoje, porém, não é mais surpresa. O Brasil está entre os cinco maiores consumidores do esporte futebol americano no mundo. A audiência na TV cresceu tanto desde então que possibilita a transmissão de até oito partidas ao vivo por semana durante a temporada. E a própria NFL já oficializou seu desejo de trazer jogos para serem disputados em nosso país em um futuro não muito distante. Mais do que um “negócio”, este Guia é produto de uma paixão. A iniciativa do Publisher Tiago Serpentino, repleta de entusiasmo e determinação, possibilitou unir nesta publicação alguns dos maiores especialistas em futebol americano do país. Gente do calibre de Ari Aguiar, Everaldo Marques, Paulo Antunes, Rômulo Mendonça, Antony Curti e Eduardo Zolin – todos pertencentes à equipe da ESPN. Sem contar ainda blogueiros de primeira linha, como Estéfano Souza, André Bassi e Henrique Riffel. Não vou me alongar aqui; você tem muito para ler a seguir! Então, como mensagem final, deixo os meus votos de que esta revista-guia torne sua paixão pelo esporte da bola oval ainda mais intensa. Football is back!

Paulo Mancha

Colaboraram nesta edição André Bassi, Antony Curti, Ari Aguiar, Eduardo Zolin, Estéfano Souza, Everaldo Marques, Henrique Riffel, Paulo Antunes, Rômulo Mendonça. O Guia de Futebol Americano 2015/16 não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados, já que os mesmos são de responsabilidade total dos seus anunciantes. Quaisquer danos diretos e/ou indiretos causados a terceiros, advindos da exibição dos anúncios em desacordo com as Leis Criminal, Civil e do Código Brasileiro de Defesa do Consumidor. O conteúdo editorial do Guia de Futebol Americano 2015/16 é resguardado por direitos autorais, não podendo ser reproduzido sem prévia autorização. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do Guia.

Editora Serpentino Ltda.

IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Moço

TIRAGEM 10 mil exemplares

Imagens Getty Images Dreamstime

Contato COM A IMPRENSA contato@guiadefutebolamericano.com.br


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Os 32 times da NFL Retrospectiva Super Bowls College Football 2015

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Posições dos Jogadores A história do esporte Tabela do campeonato

Como é uma transmissão na ESPN Futebol americano no Brasil Entenda o jogo (guia de regras)


Bem-vindo à NFL! A liga profissional tem 32 equipes, organizadas em duas conferências – AFC e NFC – com quatro divisões cada

Seahawks

Norte Chicago Bears Detroit Lions Green Bay Packers Minnesota Vikings

49ERS

Sul Atlanta Falcons

broncos

Carolina Panthers New Orleans Saints

raiders

Tampa Bay Buccaneers

Leste

San diego

Dallas Cowboys New York Giants Philadelphia Eagles Washington Redskins

Oeste Arizona Cardinals San Francisco 49ers Seattle Seahawks St. Louis Rams

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cardinals


Norte

Sul

Leste

Oeste

Baltimore Ravens

Houston Texans

Buffalo Bills

Denver Broncos

Cincinnati Bengals

Indianapolis Colts

Miami Dolphins

Kansas City Chiefs

Cleveland Browns

Jacksonville Jaguars

New England Patriots

Oakland Raiders

Pittsburgh Steelers

Tennessee Titans

New York Jets

San Diego Chargers

patriots bills

vikings

lions

packers

jets

eagles

giants

steelers browns Bears

redskins

Colts

ravens

Bengals

Chiefs

Rams panthers

Titans

falcons

cowboys

jaguars saints

buccaneers dolphins texans

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ARIZONA CARDINALS

O MAIS ANTIGO O time do Arizona é um dos mais tradicionais da NFL e busca o título inédito do Super Bowl

Club), 1920 (Chicago Cardinals) • Onde fica: Glendale, Arizona • Cores: Vermelho-cardeal, preto e branco • Divisão e conferência: NFC Oeste • Estádio: University of Phoenix Stadium – 65 mil pessoas • Técnico principal: Bruce Arians • Coordenador de ataque: Harold Goodwin • Coordenador de defesa: James Bettcher • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Kurt Warner (QB), Dan Dierdorf (OT), Aeneas Williams (CB), Pat Tillman (S), Charles W. “Charley” Bidwill (dono, 1933-1947).

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PREVISÃO PARA 2015

Arizona precisa melhorar seu ataque terrestre – que, em jardas, foi o segundo menos eficiente em 2014 – e, acima de tudo, precisa fugir das contusões que tanto atrapalharam a equipe, principalmente nos Playoffs. Carson Palmer está de volta e contará com a dupla Larry Fitzgerald e Michael Floyd para colocar o ataque aéreo de volta aos trilhos após um ano complicado. A defesa conta com um novo coordenador e uma secundária que, liderada pelo All-Pro Patrick Peterson, tem potencial para ser uma das mais perigosas da liga. Chegar aos Playoffs é uma meta plausível, apesar da tabela complicada contra Saints, Eagles e os times do Norte de AFC e NFC. Todavia, vencer em janeiro por Estéfano Souza é o objetivo principal.

QB Carson Palmer RB Andre Ellington WR Larry Fitzgerald WR Michael Floyd TE Jermaine Gresham TE Darren Fells LT Jared Veldheer LG Mike Iupati C A.Q. Shipley RG Jonathan Cooper RT Bobby Massie DE Calais Campbell DT Corey Peters DE Frostee Rucker OLB Alex Okafor ILB Sean Weatherspoon ILB Kevin Minter OLB Lorenzo Alexander CB Patrick Peterson FS Tyrann Mathieu SS Tony Jefferson CB Jerraud Powers

K Chandler Catanzaro P Dave Zastudil KR Brittan Golden PR Brittan Golden

www.azcardinals.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1898 (Morgan Athletic

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

título, já como Chicago Cardinals, viria em 1925. “Charley” Bidwill, vice-presidente do rival Chicago Bears, comprou os Cardinals oito anos depois; todavia, alguns meses antes do segundo título da franquia, em 1947, ele viria a falecer. Em 1960, a equipe mudou-se para St. Louis e, finalmente, em 1988, entrou no Arizona via cidade de Tempe. Desde 2006, os Cardinals vêm mandando seus jogos em Glendale. Pós-união AFL-NFL, a equipe venceu sua divisão quatro vezes (1974 e 1975, ainda na antiga NFC Leste; 2008 e 2009, na NFC Oeste), com outras três participações nos Playoffs (1982, 1998 e 2014), e foram campeões da NFC em 2008.

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história dos Cardinals começou muito antes de 1920, quando foi um dos times participantes da primeira temporada da American Professional Football League – a APFA, que viria a ser conhecida como National Football League dois anos depois da sua fundação. Para ser mais preciso, esta história teve início no final do século 19, quando o Morgan Athletic Club – um time amador da cidade de Chicago – foi fundado em 1898. Desde então, a equipe foi crescendo, chegando a participar da primeira temporada profissional da APFA; porém, seu primeiro


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Larry Fitzgerald Wide receiver


ATLANTA FALCONS

HORA DA VIRADA A equipe da Georgia já chegou a um Super Bowl, mas não venceu. Será que este ano sua sina muda?

• Onde fica: Atlanta, Geórgia • Cores: Preto, vermelho, branco e prata • Divisão e conferência: NFC Sul • Estádio: Georgia Dome 71.228 pessoas • Técnico principal: Dan Quinn • Coordenador de ataque: KyleShanahan • Coordenador de defesa: Richard Smith • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Steve Bartkowski (QB), Jamal Anderson (RB), Roddy White (WR), Claude Humphrey (DE), Deion Sanders (CB).

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PREVISÃO PARA 2015

A chegada de Dan Quinn, ex-coordenador defensivo dos Seahawks (que participou dos dois últimos Super Bowls), será um fator importante no desenvolvimento de uma defesa com talentos promissores como Desmond Trufant, que mesmo jogando em uma divisão fraca, foi uma das piores da NFL no ano passado. Com uma das tabelas mais “fáceis” da liga, em 2015 – considerando o retrospecto dos adversários em 2014 – e que conta com duelos contra Vikings, 49ers e os times da AFC Sul e da NFC Leste, não fique surpreso se os Falcons vencerem a NFC Sul, logo na primeira temporada de Quinn à frente da equipe. O ataque, liderado por Matt Ryan, tem poder de fogo de sobra (por exemplo, com o explosivo Julio Jones) e, caso a defesa finalmente evolua, as chances de chegar aos playoffs aumentarão por Estéfano Souza consideravelmente.

QB Matt Ryan RB Devonta Freeman FB Patrick DiMarco WR Julio Jones WR Roddy White TE Jacob Tamme LT Jake Matthews LG Chris Chester C Joe Hawley RG Jon Asamoah RT Ryan Schraeder DE Tyson Jackson DT Ra’Shede Hageman DT Paul Soliai DE Adrian Clayborn LB Brooks Reed LB Paul Worrilow LB Justin Durant CB Desmond Trufant FS Ricardo Allen SS William Moore CB Robert Alford K Matt Bryant P Matt Bosher KR Devin Hester PR Devin Hester

www.atlantafalcons.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1966

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

Por 25 anos, os Falcons mandaram seus jogos no Atlanta-Fulton County Stadium até a mudança para o Georgia Dome, em 1992. Espera-se que seu novo estádio seja inaugurado antes do início da temporada 2017. A equipe da Geórgia venceu a antiga NFC Oeste duas vezes (1980 e 1998) e a atual NFC Sul três vezes (2004, 2008 e 2012), além de mais seis idas aos playoffs (1982, 1991, 1995, 2002, 2010 e 2011) e conquistou um título de conferência em 1998, quando foi derrotada no Super Bowl XXXIII pelo Denver Broncos, de John Elway.

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écima quinta – e penúltima – franquia a fazer parte da antiga National Football League antes da união com a American Football League, no começo da década de 1970, o Atlanta Falcons surgiu originalmente em 1965 como uma equipe de expansão, em um esforço da NFL em conter o crescimento da emergente AFL, que viria a ser o “embrião” da atual AFC. Após sua primeira temporada, em 1966, Atlanta teve que esperar 12 anos por sua primeira participação nos playoffs, coroada com uma vitória sobre os Eagles no jogo de Wild Card da NFC naquela pós-temporada de 1978.


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Matt Ryan Quarterback


BALTIMORE RAVENS

SEMPRE FORTE Com tradição de defesa imponente e um ataque cheio de potencial, os Ravens chegam ameaçadores à temporada

• Onde fica: Baltimore, Maryland • Cores: Preto, roxo e dourado metálico • Divisão e conferência: AFC Norte • Estádio: M&T Bank Stadium 71.008 pessoas • Técnico principal: John Harbaugh • Coordenador de ataque: Marc Trestman • Coordenador de defesa: Dean Pees • Já venceu o Super Bowl: Duas vezes (Super Bowl XXXV, Super Bowl XLVII) • Maiores ídolos: Jamal Lewis (RB), Jonathan Ogden (OT), Ray Lewis (LB), Ed Reed (FS), Art Modell (dono e fundador, 1996-2004).

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PREVISÃO PARA 2015

Os Ravens encaram um calendário difícil, jogando contra Dolphins, Jaguars e os times do Oeste de AFC e NFC. Cinco, dos oito primeiros jogos, serão fora de casa. Sobreviver à primeira metade da temporada é crucial para os Ravens, especialmente por ter três jogos seguidos no M&T Bank Stadium em dezembro, contra Seahawks, Chiefs e Steelers. A equipe continuará forte nas trincheiras, seja no ataque – ancorado pelo All-Pro Marshal Yanda na linha ofensiva – ou na defesa – com um front seven agressivo, que conta com o veterano Terrell Suggs e o jovem e promissor C. J. Mosley. Finalmente, caso Joe Flacco e Marc Trestman entrem em sintonia, os Ravens, não apenas serão candidatos ao título da divisão, mas também serão perigosos em janeiro. por Estéfano Souza

QB Joe Flacco RB Justin Forsett FB Kyle Juszczyk WR Steve Smith WR Breshad Perriman TE Crockett Gillmore LT Eugene Monroe LG Kelechi Osemele C Jeremy Zuttah RG Marshal Yanda RT Rick Wagner DT Brandon Williams DT Timmy Jernigan DT Chris Canty LB Terrell Suggs LB C. J. Mosley LB Daryl Smith LB Courtney Upshaw CB Lardarius Webb FS Kendrick Lewis SS Will Hill CB Jimmy Smith

K Justin Tucker P Sam Koch KR Michael Campanaro PR Michael Campanaro

www.baltimoreravens.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1996

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

primeiros jogadores recrutados pelos Ravens via Draft, também em 1996. Com um desempenho dominante de ponta a ponta, a defesa dos Ravens, de 2000 – já liderada por Lewis, além de ter sido um dos fatores responsáveis pela conquista do Super Bowl XXXV –, entrou para a lista das melhores de todos os tempos. Desde o surgimento da atual AFC Norte, em 2002, Baltimore já foi aos playoffs oito vezes (2003, 2006, 2008 a 2012 e 2014) e conquistou a divisão em quatro oportunidades (2003, 2006, 2011 e 2012), sendo que na última, venceu o Super Bowl XLVII. Ao lado de Steelers e Patriots, é uma das franquias mais vencedoras da AFC do novo milênio.

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em uma franquia da NFL desde 1984, quando os Colts de Robert Irsay foram para Indianapolis, a cidade de Baltimore abraçou os Ravens a partir do momento em que Art Modell, então dono do Cleveland Browns, realocou sua franquia para a cidade do Estado de Maryland, no começo de 1996. O novo nome do antigo Browns foi inspirado no poema “The Raven”, de Edgar Allan Poe, poeta do século 19 e uma das figuras que mais se identifica com a cidade de Baltimore. Jonathan Ogden e Ray Lewis, que viriam a ser dois dos maiores ídolos da franquia, foram os dois


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Terrell Suggs Linebacker


BUFFALO BILLS

CHEGA DE PERDER Reviver a era de ouro do quarterback Jim Kelly e finalmente levar a taça são os objetivos dos Bills

• Cores: Azul real, vermelho, branco e azul-marinho • Divisão e conferência: AFC Leste • Estádio: Ralph Wilson Stadium 71.870 pessoas • Técnico principal: Rex Ryan • Coordenador de ataque: Greg Roman • Coordenador de defesa: Dennis Thurman • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Jim Kelly (QB), O. J. Simpson (RB), Billy Shaw (G), Bruce Smith (DE), Marv Levy (técnico principal, 1986-1997).

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QB E. J. Manuel RB LeSean McCoy WR Sammy Watkins WR Robert Woods WR Percy Harvin TE Charles Clay LT Cordy Glenn LG Richie Incognito C Eric Wood RG John Miller RT Cyrus Kouandjio

DE Mario Williams DT Marcell Dareus DT Kyle Williams DE Jerry Hughes LB Manny Lawson LB Preston Brown LB Nigel Bradham CB Stephon Gilmore FS Duke Williams SS Aaron Williams CB Leodis McKelvin

K Dan Carpenter P Colton Schmidt KR Percy Harvin PR Percy Harvin

PREVISÃO PARA 2015

O Buffalo enfrentará os times da AFC Sul e da NFC Leste, além de Chiefs, Bengals e os rivais da renovada AFC Leste. Sob um novo comando técnico, a equipe espera finalmente acabar com as dúvidas em relação ao seu quarterback: o inconsistente E. J. Manuel era o virtual titular antes dos treinos de julho, mas tudo pode mudar até o final da pré-temporada com a “sombra” do veterano Matt Cassel ao seu lado. LeSean McCoy veio para melhorar um ataque terrestre que, em 2014, perdeu a força em relação às temporadas anteriores – muito por causa das lesões de seus titulares. Vencer a divisão em 2015 é o sonho de Rex Ryan, mas chegar aos playoffs, após quase 16 anos de ausência, é uma meta mais por Estéfano Souza plausível para os Bills.

www.buffalobills.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Onde fica: Orchard Park, New York

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• Fundado em: 1960

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

década, sendo a segunda dinastia da história da AFC Leste, logo após a dos Dolphins dos anos 70 e início dos anos 80. Foram incríveis seis títulos da divisão (1988 a 1991; 1993 e 1995), além de oito participações na pós-temporada no período entre 1988 e 1996 – ficaram de fora dos playoffs apenas em 1994 – e quatro aparições consecutivas no Super Bowl, entre 1990 e 1993. Tanto Kelly quanto Levy já foram imortalizados no Hall da Fama do futebol americano. Infelizmente, para os torcedores dos Bills, a espera ainda é grande, tanto pela sua primeira participação nos playoffs, desde 1999, quanto pela sua primeira vitória na final da NFL, pós-fusão de 1970.

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m dos oito times que foram fundados juntamente com a American Football League (AFL), no começo da década de 1960, o Buffalo Bills venceu a divisão Leste da AFL três vezes consecutivas (entre 1964 e 1966) e conquistou o campeonato da liga em 1964 e 1965, tendo, como um de seus destaques, o guard Billy Shaw – oito vezes eleito All-Star e All-AFL. Após a união da AFL com a antiga NFL, em 1970, a equipe do Buffalo, comandada pelo headcoach Mary Levy e liderada em campo pelo quarterback Jim Kelly, fez história na NFL por mais de uma


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Sammy Watkins Wide Receiver


CAROLINA PANTHERS

UMA SUPERDEFESA Com linebackers ameaçadores, os Panthers querem melhorar o ataque e conquistar um inédito Super Bowl

• Onde fica: Charlotte, Carolina do Norte • Cores: Azul, preto, prata e branco • Divisão e conferência: NFC Sul • Estádio: Bank of America Stadium 73.298 pessoas • Técnico principal: Ron Rivera • Coordenador de ataque: Mike Shula • Coordenador de defesa: Sean Mc Dermott • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Sam Mills (LB), Steve Smith (WR), Julius Peppers (DE), Muhsin Muhammad (WR), Jake Delhomme (QB).

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PREVISÃO PARA 2015

O primeiro time a ser bicampeão da NFC Sul de maneira seguida, o Panthers de Cam Newton e Luke Kuechly é uma força defensiva a ser batida dentro da conferência, mas ainda precisa provar-se ofensivamente nos playoffs. A saída de De Angelo Williams abre espaço para Jonathan Stewart ser a estrela do jogo corrido, mas o time ainda carece de um WR velocista. A defesa perde Greg Hardy, mas se mantém forte com talvez o melhor corpo de linebackers da NFL, e caberá a ela o papel de carregar a equipe rumo ao terceiro título de divisão ou a uma temporada medíocre. por Eduardo Zolin

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QB Cam Newton RB Jonathan Stewart FB Mike Tolbert WR Devin Funchess WR Corey Brown TE Greg Olsen LT Michael Oher LG Andrew Norwell C Ryan Kalil RG Trai Turner RT Mike Remmers DE Charles Johnson DT Kawann Short DT Star Lotulelei DE KonyEaly LB Thomas Davis LB Luke Kuechly LB AJ Klein CB Charles Tillman FS Tre Boston SS Roman Harper CB Josh Norman

K Graham Gano P Brad Nortman KR Ted Ginn Jr. PR Ted Ginn Jr.

www.panthers.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1993

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

Bowl, mas foi derrotado pelo New England Patriots em um jogo definido por alguns analistas como o maior Super Bowl de todos os tempos. A despeito dos altos e baixos, o time revelou um jogador que se tornou ícone dos defensores na NFL, o linebacker Sam Mills. Até hoje, as camisas usadas pelos atletas contêm no colarinho a frase motivacional “Keeppounding” (“Siga batendo”), atribuída ao astro que saiu da extrema pobreza para tornar-se ídolo. Com uma fase ruim na segunda metade da década de 2000, o Panthers recuperou sua competitividade com o técnico Ron Rivera e o quarterback Cam Newton, dupla que venceu dois títulos seguidos da NFC Sul e mantém a equipe competitiva para a temporada 2015. Até hoje, os Panthers foram seis vezes aos playoffs e venceram cinco vezes a sua divisão.

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undada em 1993 como uma franquia de expansão pelo ex-jogador do Baltimore Colts, Terry Richardson, a equipe do Carolina Panthers estreou oficialmente na NFL apenas em 1995, em um temporada com sete vitórias e nove derrotas – que marca o melhor início de uma franquia na NFL. Logo em sua segunda temporada na liga, a equipe sob tutela do técnico Don Capers alcançou a final da conferência NFC, mas ficou fora do Super Bowl ao perder para o futuro campeão Green Bay Packers. O feito só voltaria a acontecer em 2003, quando o time liderado pelo quarterback Jake Delhomme alcançou o Super


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Luke Kuechly Linebacker


CHICAGO BEARS

FUTURO POSITIVO Os Bears se reforçaram e, mesmo se isso não aparecer em 2015, há boas perspectivas para os próximos anos

• Onde fica: Chicago, Illinois • Cores: Azul-marinho, laranja e branco • Divisão e conferência: NFC North • Estádio: Soldier Field – 61.500 pessoas • Técnico principal: John Fox • Coordenador de ataque: Adam Gase • Coordenador de defesa: VicFangio • Já venceu o Super Bowl: Sim (1985) • Maiores ídolos: Walter Payton (RB), Dick Butkus (MLB), Brian Urlacher (MLB), Gale Sayers (RB), Mike Ditka (TE).

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PREVISÃO PARA 2015

2015 é um ano de reconstrução em Chicago. Mas com a excelente comissão técnica, o 3-4, Matt Forté – correndo mais - e Jay Cutler – em play actions - sendo utilizados de forma mais adequada sob o aspecto técnico e tático, Chicago fica numa zona entre seis e nove vitórias. O problema é que o calendário dentro da divisão é bastante complicado. Mesmo se os playoffs não acontecerem, com o Draft de 2016 e uma comissão técnica acima da média, o terreno pode ser bastante fértil para os próximos anos no Halas Hall. por Antony Curti

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QB Jay Cutler RB Matt Forté RB Ka´Deem Carey WR Alshon Jeffery WR Eddie Royal TE Martellus Bennett LT JermonBushrod LG Matt Slauson C Will Montgomery RG Kyle Long RT Jordan Mills DE Ego Ferguson NT Jeremiah Ratliff DE Jarvis Jenkins LB Jared Allen LB Mason Foster LB Christian Jones LB Pernell McPhee CB Kyle Fuller FS Ryan Mundy SS Antrel Rolle CB Tim Jennings

K Robbie Gould P Pat O´Donnell KR Marc Mariani PR Marc Mariani

www.chicagobears.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1919

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

nenhum ponto sequer nos playoffs – no Super Bowl, sim, mas dominou o New England Patriots. A única derrota naquela temporada foi ante o Miami Dolphins em um Monday Night Football – com Dan Marino usando passes rápidos, que nos anos seguintes tornaram-se o padrão para destronar defesas agressivas como a aquela 46 Defense de Chicago. Graças a uma defesa também dominante – e aos retornos de DevinHester – o time voltou ao Super Bowl em 2006, caindo diante de Peyton Manning e do Indianapolis Colts. Desde então, não voltou ao grande jogo e não ganhou o título de conferência cujo troféu é homônimo de seu fundador, George S. Halas. Na última ocasião em que “quase” chegou lá, os Bears perderam em dura derrota contra os Packers, em casa, em 2010.

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difícil resumir em poucos caracteres a rica história do Chicago Bears – afinal, apenas duas franquias participaram de todas as temporadas da NFL:o Chicago Bears e o Arizona Cardinals. Os Bears foram uma máquina de títulos nas primeiras décadas de história da NFL: foram sete títulos de 1921 até 1946. Na era moderna do Super Bowl, contudo, possui apenas um título – há 30 anos, em 1985 no Super Bowl XX. De toda forma, não foi “qualquer” título. Os Bears daquele ano, podem ser considerados um dos melhores times de todos os tempos. A equipe foi tão dominante no lado defensivo da bola que não tomou


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Matt FortĂŠ Running back


CINCINNATI BENGALS

VOLTAR AO TOPO O clube do Estado de Ohio foi grande nos anos 80, agora, busca reviver sua boa fase e dar a volta por cima

• Onde fica: Cincinnati, Ohio • Cores: Preto, laranja e branco • Divisão e conferência: AFC Norte • Estádio: Paul Brown Stadium 65.535 pessoas • Técnico principal: Marvin Lewis • Coordenador de ataque: Hue Jackson • Coordenador de defesa: Paul Guenther • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Paul Brown (Técnico), Chad Johnson (WR), Anthony Munoz (OT), Ken Riley (DB), Boomer Esiason (QB), Ken Anderson (QB).

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PREVISÃO PARA 2015

Superar a si mesmo. Esse deve ser o lema do Cincinnati Bengals para a temporada deste ano. Com quatro classificações e quatro derrotas seguidas na primeira rodada dos playoffs nas últimas temporadas, o técnico Marvin Lewis espera que a química entre os jogadores garanta o sucesso em 2015. Ainda assim, o retorno do defensiveend Michael Johnson e jovens prospectos para a linha ofensiva mostram que a equipe está disposta e seguir em frente caso o quarterback Andy Dalton não tenha o necessário por Eduardo Zolin para vencer nos playoffs.

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QB Andy Dalton RB Jeremy Hill WR A. J. Green WR Marvin Jones WR Mohamed Sanu TE Tyler Eifert LT Andrew Whitworth LG Clint Boling C Russell Bodine RG Kevin Zeitler RT Andre Smith DE Michael Johnson DT Geno Atkins DT Domata Peko DE Carlos Dunlap LB Vontaze Burfict LB Rey Maualuga LB Emmanuel Lamur CB Leon Hall FS Reggie Nelson SS George Iloka CB Dre Kirkpatrick

K Mike Nugent P Kevin Huber KR Brandon Tate PR Adam Jones

www.bengals.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1968

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

a organização do Bengals continuou sofrendo influência de Paul Brown até sua morte em 1991. O grande sucesso da equipe foi na década de 80, quando o Cincinnati Bengals venceu a conferência AFC e alcançou o Super Bowl em duas oportunidades, mas perdeu para o San Francisco 49ers em ambas ocasiões. Naquela década, os Bengals foram responsáveis pela disseminação de grandes inovações táticas, como o ataque no huddle e o embrião da westcoastoffense – tática que seria aprimorada por um de seus técnicos auxiliares, Bill Walsh, quando este transferiu-se para o San Francisco 49ers. Após um período de vacas-magras nos anos 1990, o futebol americano de alto nível foi recuperado com a chegada do técnico Marvin Lewis, em 2003, que conquistou três títulos da AFC Norte e levou a franquia a seis participações nos playoffs nos últimos dez anos.

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origem do Bengals tem forte ligação com a trajetória de um dos seus maiores rivais, o Cleveland Browns. Demitido da equipe de Cleveland em 1963, o técnico Paul Brown não desistiu de fazer parte do futebol americano e, com a ajuda de investidores, fundou em 1968 uma nova franquia de expansão da American Football League, o Cincinnati Bengals. Técnico e dono da equipe, Paul Brown comandou o Bengals pelas primeiras oito temporadas e levou a equipe a três participações nos playoffs após a fusão da AFL e da NFL em 1970. Mesmo transferindo o controle administrativo da equipe para seu filho Mike, toda


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Andy Dalton Quarterback


CLEVELAND BROWNS

PASSADO GLORIOSO Os Browns foram uma potência nos anos 50 e 60, atualmente, buscam voltar a essa condição com novos jogadores

• Onde fica: Cleveland, Ohio • Cores: Laranja, marrom e branco • Divisão e conferência: AFC Norte • Estádio: First Energy Stadium 67.407 pessoas • Técnico principal: Mike Pettine • Coordenador de ataque: John DeFilippo • Coordenador de defesa: Jim O’Neil • Já venceu o Super Bowl: Não (4 NFL Championships pré-SB: 1950, 1954, 1955, 1964) • Maiores ídolos: Otto Graham (QB), Jim Brown (FB), Lou Groza (OT-K).

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PREVISÃO PARA 2015

A estabilidade do técnico Mike Pettine e as novidades da linha ofensiva são os principais reforços para a equipe do Browns em 2015. Após uma temporada turbulenta e um período na reabilitação, Johnny Manziel vai para o banco e o recém-contratado Josh McCown será o quarterback titular. A defesa recebe o reforço do novato Danny Shelton para segurar as corridas adversárias, e tem um grupo talentoso na secundária. O projeto do Browns é a longo prazo, mas uma temporada equilibrada deve ditar o ritmo do ano. por Eduardo Zolin

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QB Josh McCown RB Isaiah Crowell FB Malcolm Johnson WR Brian Hartline WR Andrew Hawkins TE Gary Barnidge LT Joe Thomas LG Joel Bitonio C Alex Mack RG John Greco RT Mitchell Schwartz DT Desmond Bryant NT Danny Shelton DT Randy Starks LB Paul Kruger LB Craig Robertson LB Karlos Dansby LB Scott Solomon CB Joe Haden FS Tashaun Gipson SS Donte Whitner CB Tramon Williams

K Carey Spear P Andy Lee KR Marlon Moore PR Travis Benjamin

www.clevelandbrowns.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1946

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

80, quando o time recebeu o carinhoso e irônico apelido de “KardiacKids”, pela grande quantidade de jogos decididos no último minuto de partida ou na prorrogação. Infelizmente, o time nunca chegou a disputar um Super Bowl. Em 1995, o então dono Art Modell entrou em grande disputa com a cidade, já que recebeu uma oferta tentadora para migrar a equipe para Baltimore. Com o anúncio da saída de Cleveland, o time descontrolou-se e perdeu oito dos nove últimos jogos da temporada. A estrutura da franquia que abandonou Cleveland se tornaria o Baltimore Ravens. A NFL manteve a licença da cidade de Cleveland em stand by entre 1996 e 1999, até a equipe do Browns renascer como uma franquia de expansão, mas sem o brilho do passado: desde então, classificou-se em apenas duas oportunidades para os playoffs e acumula duas vezes mais derrotas que vitórias.

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atizado em homenagem ao primeiro treinador, e um dos donos da equipe, o Cleveland Browns começou sua história em 1946 como uma potência absoluta da AAFC, a All-America Football Conference, antiga rival da NFL. O domínio, sob comando do técnico Paul Brown, garantiu à equipe quatro títulos da AAFC e, com o fim dessa liga, uma vaga na NFL, em 1950. A equipe de Cleveland se destacava por sua velocidade e execução das jogadas, consagrando grandes ídolos como o quarterback Otto Graham e o runningback Jim Brown. A franquia teve mais de uma dezena de participações nos playoffs na década de


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Josh McCown Quarterback


DALLAS COWBOYS

É TUDO OU NADA Em 2014, os Cowboys tiveram repentes do grande time dos anos 90. Agora, é hora de crescer de novo em campo

• Onde fica: Arlington, Texas • Cores: Azul, prata e branco • Divisão e conferência: NFC Leste • Estádio: AT&T Stadium - 85 mil pessoas • Técnico principal: Jason Garrett • Coordenador de ataque: Scott Linehan • Coordenador de defesa: Rod Marinelli • Já venceu o Super Bowl: 5 títulos (1971, 1977, 1992, 1993, 1995) • Maiores ídolos: Troy Aikman (QB), Michael Irvin (WR), Deion Sanders (CB), Emmith Smith (RB), Roger Staubach (QB), Randy White (LB).

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DE Demarcus Lawrence DT Nick Hayden DT Tyrone Crawford DE Greg Hardy LB Anthony Hitchens LB Sean Lee LB Kyle Wilber CB Brandon Carr FS Barry Church SS J. J. Wilcox CB Orlando Scandrick

K Dan Bailey P Chris Jones KR Lucky Whitehead PR Lucky Whitehead

PREVISÃO PARA 2015

Altas expectativas é o lema para o Dallas Cowboys, que viu a temporada 2014 escapar no detalhe de uma recepção nos últimos playoffs. O quarterback Tony Romo perdeu seu principal apoio com a saída de DeMarco Murray, mas o time trouxe Darren McFaden para a posição e garantiu a felicidade do receiver Dez Bryant com um novo contrato. A defesa recebe o retorno de Sean Lee e adicionou o pass rusher Greg Hardy. As peças estão disponíveis e, se mantido o ritmo do ano passado, será uma temporada de tudo ou nada para o Cowboys em busca do Super Bowl. por Eduardo Zolin

QB Tony Romo RB Darren McFadden WB Dez Bryant WR Terrance Williams WR Cole Beasley TE Jason Witten LT Tyron Smith LG Ronald Leary C Travis Frederick RG Zack Martin RT Doug Free

www.dallascowboys.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1960

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

Graças aos espetáculos que dava em campo, porém, essa sina foi superada, sobretudo com as vitórias em dois Super Bowls, nos anos de 1971 e 1977. Em sua trajetória, o clube esbanjou recordes, como 20 temporadas seguidas com mais vitórias que derrotas, 160 jogos com ingressos esgotados e o honroso título de franquia esportiva mais valiosa dos EUA. O auge do Dallas Cowboys aconteceu na primeira metade da década de 1990, quando o time liderado por estrelas como Emmith Smith, Troy Aikman e Michael Irvin, venceu três Super Bowls entre 1992 e 1995. A história recente inclui a inauguração do maior estádio da NFL, o AT&T Stadium. A equipe deposita as esperanças no quarterback Tony Romo para reencontrar o caminho da vitória nos playoffs rumo ao Super Bowl.

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“Time da América”, apelido que o Dallas Cowboys ganhou durante a década de 1990, teve início quando o empresário Clint Murchison Jr. Decidiu, em 1958, estabelecer uma franquia da NFL em Dallas, um grande mercado consumidor de futebol americano. Após muita disputa com o comitê dos donos de times, o Dallas Cowboys deu início a sua trajetória vitoriosa em 1960, com o técnico Tom Landry comandando a equipe por 28 anos. Um fato curioso é a hostilidade que a equipe enfrentou durante os anos 1960 por ser da cidade em que o presidente John Kennedy havia sido assassinado em 1963.


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Dez Bryant Wide Receiver


DENVER BRONCOS

CHEGOU A HORA? Com Peyton Manning beirando a aposentadoria, o time de Denver tenta reviver os tempos de glória

• Onde fica: Denver, Colorado • Cores: Laranja, azul-marinho e branco • Divisão e conferência: AFC West • Estádio: Sports Authority Field at Mile High – 76.125 pessoas • Técnico principal: Gary Kubak • Coordenador de ataque: Rick Dennison • Coordenador de defesa: Wade Phillips • Já venceu o Super Bowl: Sim (1997, 1998) • Maiores ídolos: John Elway (QB), Gary Zimmerman (OT), Shannon Sharpe (TE), Terrell Davis (RB), Floyd Little (RB).

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ATaque

DE Derek Wolfe NT Sylvester Williams DE Malik Jackson LB DeMarcus Ware LB Brandon Marshall LB Danny Trevathan LB Von Miller CB Chris Harris Jr. FS Darian Stewart SS T.J. Ward CB Aqib Talib

K Connor Barth P Britton Colquitt KR Omar Bolden PR Emmanuel Sanders

PREVISÃO PARA 2015

Deve ser a última chance de Peyton antes de aposentar-se e esperar a cerimônia de introdução ao Hall da Fama. A vantagem é que Manning tem a virtude de ser praticamente um head coach dentro de campo. Isso conta – e muito – para evitar erros tolos e solidificar vitórias na temporada regular. Os Broncos novamente são favoritos na AFC West – sobretudo porque têm uma defesa sólida que deve ajudar Peyton ao longo do ano. O pass rush é acima da média e a secundária tem sólidos nomes como AqibTalib, T. J. Ward e Chris Harris Jr.. Deve ser o suficiente para levar a equipe aos playoffs. por Antony Curti

QB Peyton Manning RB C.J Anderson RB Montee Ball WR Demaryius Thomas WR Emmanuel Sanders TE Owen Daniels LT Ty Sambrailo LG Ben Garland C Gino Gradkowski RG Louis Vasquez RT Chris Clark

www.denverbroncos.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1960

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

terback titular era John Elway. Agora, ele é o General Manager do time. O reserva era Gary Kubiak – que agora é o head coach dos Broncos. Ambos tentarão fazer com que Peyton Manning consiga o que John Elway conseguiu no final da carreira. Mesmo com 37 anos, Elway conquistou dois títulos seguidos – em 1997 e 1998. Foram os dois únicos da história da franquia do Colorado. Naqueles anos, Elway tinha alcançado um forte jogo corrido encabeçado por Terrell Davis. Será que C. J. Anderson pode ajudar como fez no final da temporada passada? E com a perda de Julius Thomas, quem será o contra-ponto histórico a Shannon Sharpe na posição de tightend?

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ma das franquias fundadoras da AFL, o Denver Broncos demorou para chegar ao Super Bowl. Na década de 1970, deu o azar de enfrentar o auge do America´s Team – os Cowboys – num duelo que nem sua histórica defesa Orange Crush foi páreo. Nos anos 1980, após vitórias incríveis em finais de Conferência – notoriamente as duas contra o Cleveland Browns, (“The Fumble” e “The Drive”) – a equipe caiu por três anos (1986, 1988, 1989) no Super Bowl. O time só veio saber o gosto do título cerca de dez anos depois. Coincidência do destino: naquelas derrotas, o quar-


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Peyton Manning Quarterback


DETROIT LIONS

XÔ, MALDIÇÃO! Sem ganhar um título desde os anos 50, a franquia de Detroit busca ir pelo segundo ano seguido aos playoffs

• Onde fica: Detroit, Michigan • Cores do uniforme: Azul “honolulu”, prata, preto e branco • Divisão e conferência: NFC north • Estádio: Ford field – 65 mil pessoas • Técnico principal: Jim Caldwell • Coordenador de ataque: Joe Lombardi • Coordenador de defesa: Teryl Austin • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Barry Sanders (rb) Bobby Layne (qb), Dick “Night Train” Lane (db), Billy Sims (rb).

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PREVISÃO PARA 2015

Detroit chegou aos playoffs no ano passado. E não quer reprisar o que ocorreu em 2012 – quando postou uma campanha de apenas quatro vitórias após ter alcançado a póstemporada no ano anterior. Para isso, conta com boas peças para ajudar Calvin Johnson e Stafford no ataque – além de uma sólida comissão técnica. Para substituir o defensive tackle Ndamukong Suh, por exemplo, a equipe trouxe o veterano Haloti Ngata, via troca com Baltimore. Se a equipe sobreviver ao difícil calendário em setembro e outubro, tem tudo para ter uma das vagas do Wild Card da Conferência Nacional – talvez o adversário direto nessa meta seja o Arizona Cardinals, outra equipe que tem difícil tarefa dentro da divisão. Vencer a NFC Norte é a tarefa mais complicada, mas se o time passar o ano imaculado por lesões, pode ser possível, mesmo com o favoritismo por Antony Curti do Green Bay Packers.

QB Matthew Stafford RB Joique Bell RB Ameer Abdullah WR Calvin Johnson WR Golden Tate TE Eric Ebron LT Riley Reiff LG Laken Tomlinson C Manny Ramirez RG Larry Warford RT LaAdrian Waddle DE Jason Jones DT HalotiNgata DT Tyrunn Walker DE Ezekiel Ansah LB DeAndre Levy LB Stephen Tulloch LB Kyle Van Noy CB Darius Slay FS Glover Quinn SS James Ihedigbo CB Rashean Mathis

K Matt Prater P Sam Martin KR Jeremy Ross PR Jeremy Ross

www.detroitlions.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1930

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

ao menos tenha conseguido chegar à pós-temporada. Em 2008, finalmente, veio o último ano da maldição: a equipe teve uma campanha de zero vitórias e 16 derrotas. Para compensar, no ano seguinte, com a primeira escolha geral veio Matthew Stafford – e veja que coincidência, ele jogou na mesma escola de Ensino Médio que Bobby Layne. Será que agora vai?

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abe qual é o único time da Conferência Nacional que nunca chegou ao Super Bowl? O Detroit Lions. A equipe amarga uma seca desde 1957. Depois daquele título, a equipe trocou o quarterback Bobby Layne para o Pittsburgh Steelers. Ele amaldiçoou a franquia dizendo que os Lions não “iriam vencer pelos próximos 50 anos”. Parece que a zica deu certo. Nem mesmo com Barry Sanders, um dos melhores running backs de todos os tempos, a equipe conseguiu vencer a conferência – embora no início da década de 1990


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Calvin Johnson Wide Receiver


GREEN BAY PACKERS

PEQUENO GIGANTE Originários da diminuta cidade de Green Bay, os Packers são uma das equipes mais vencedoras da NFL

• Onde fica: Green Bay, Wisconsin • Cores: Verde escuro, dourado e branco • Divisão e conferência: NFC North • Estádio: Lambeau Field 80.735 pessoas • Técnico principal: Mike McCarthy • Coordenador de ataque: Edgar Bennett • Coordenador de defesa: Don Capers • Já venceu o Super Bowl: Sim (1966, 1967, 1996, 2010) • Maiores ídolos: Brett Favre (QB), Bart Starr (QB), Ray Nitschke (LB), Reggie White (DE).

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DE Mike Daniels NT B.J. Raji DE Datone Jones LB Clay Matthews LB Jake Ryan LB Sam Barrington LB Julius Peppers CB Casey Hayward FS Ha Ha Clinton-Dix SS Morgan Burnett CB Sam Shields

K P KR PR

PREVISÃO PARA 2015

No ano passado, os Packers bateram na porta do Super Bowl, mas tiveram azar no jogo de playoffs em Seattle. Neste ano, farão o possível para trazer o troféu Vince Lombardi para casa. O time se reforçou via draft e despontava na offseason como um dos favoritos da NFC. Com Aaron Rodgers saudável e Clay Matthews em boa forma, seria possível afirmar que os Packers têm capacidade de bater de frente com qualquer outra equipe. Mas as contusões nos jogos da pré-temporada – sobretudo a de Jordy Nelson – geram dúvidas sobre as chances do time. por Antony Curti

QB Aaron Rodgers RB Eddie Lacy RB James Starks WR Devante Adams WR Randall Cobb TE Andrew Quarless LT David Bakhtiari LG Josh Sitton C Corey Linsley RG T.J. Lang RT Bryan Bulaga

Mason Crosby Tim Masthay Ty Montgomery Micah Hyde

www.packers.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1919

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

dinastia, além do forte jogo terrestre e defesa sólida – era Vince Lombardi, técnico da equipe e figura histórica da NFL. A importância de Lombardi para o jogo foi tão grande que ele é quem dá nome ao troféu de campeão do Super Bowl – o Vince Lombardi Trophy. Green Bay, falando em Super Bowl, tem quatro títulos no jogo; todos com quarterbacks magníficos: 1966 e 1967 com Bart Starr, 1996 com Brett Favre e 2010 com Aaron Rodgers, após incrível vitória contra os rivais Bears, fora de casa, na final da Conferência. A equipe voltou a pós-temporada múltiplas vezes desde então – mas ainda não conseguiu atingir um segundo Super Bowl sob o comando de Rodgers, coisa que Favre fez em 1997 na derrota ante os Broncos.

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ompetindo na NFL desde os primórdios da liga, na década de 1920, os Packers têm dois fatos que enchem o torcedor de orgulho. O primeiro é que a franquia é a única sem um dono “unitário” – uma coletividade de torcedores é proprietária de ações da equipe. O segundo é que os Packers são os maiores campeões da história da NFL se contarmos os títulos desde 1966, com o Super Bowl, e os que ocorreram antes. A equipe foi uma força dominante nos anos 1960, estabelecendo a primeira dinastia da era moderna da liga – o eixo motor dessa


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Aaron Rodgers Quarterback


HOUSTON TEXANS

ASTROS NA DEFESA O Texans é a equipe mais nova da NFL e a esperança dos torcedores está nos seus defensores notáveis

•O nde fica: Houston, Texas • Cores: Azul, vermelho e branco • Divisão e conferência: AFC South • Estádio: NRG Stadium – 71.054 pessoas • Técnico principal: Bill O’Brien • Coordenador de ataque: George Godsey • Coordenador de defesa: Romeo Crennel • Já venceu o Super Bowl: Não •M aiores ídolos: Andre Johnson (WR), Vonta Leach (FB), DeMeco Ryans (LB).

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PREVISÃO PARA 2015

Mallett ou Hoyer – quem será o titular neste ano? Ele terá que se virar nos primeiros jogos devido à ausência de Arian Foster no jogo corrido. Quando Houston chegar aos playoffs será muito devido ao running back. Assim, podemos dizer que a determinante para que os Texans possam brigar por pós-temporada é que o quarterback jogue bem e que a defesa fique saudável. Se as duas coisas acontecerem, a equipe novamente pode atingir ao menos nove vitórias, haja vista que Watt sozinho consegue elevar o nível de todos os jogadores ao seu redor. Imagine com a ajuda de Brian Cushing e Jadeveon Clowney saudáveis? Essa é a expectativa do torcedor para, ao menos, a equipe aparecer por Antony Curti na vaga de Wild Card.

QB Brian Hoyer RB Arian Foster RB Alfred Blue WR Cecil Shorts III WR DeAndre Hopkins TE Garrett Graham LT Duane Brown LG Xavier Sua’a-Filo C Ben Jones RG Brandon Brooks RT Derek Newton DE J.J. Watt NT Vince Wilfork DE Jared Crick LB Whitney Mercilus LB Benardrick McKinney LB Brian Cushing LB Jadeveon Clowney CB Kareem Jackson FS Rahim Moore SS Eddie Pleasant CB Jonathan Joseph

K Randy Bullock P Shane Lechler KR Keshawn Martin PR Keshawn Martin

www.houstontexans.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 2002

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

porém não foi o suficiente para levar o time longe. Por isso, a torcida de Houston só se lembra de estar em uma final de conferência graças ao extinto Oilers, em 1979. Com Andrew Luck comandando os Colts e a divisão, os Texans precisam responder à altura pelo jogo aéreo. Mas com quem? Essa é a pergunta atualmente. Para compensar – e tentar conter Luck – a equipe tenta executar a mesma fórmula que tentou com Manning (quando draftou Mario Williams na primeira escolha do Draft). Mas agora o nome é o defensive end J.J Watt – não se assuste se ele, um jogador defensivo, for o MVP neste ano.

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Houston Texans é a franquia mais nova da NFL – foi fundada em 2002, em “resposta” à ida do Houston Oilers para Tennessee e sua transformação no Titans, no final da década de 1990. A equipe teve como primeira escolha na história de seus drafts o quarterback David Carr. Irmão do atual signal caller do Oakland Raiders, David acabou sucumbindo a um péssimo elenco ao seu redor (sobretudo pela linha ofensiva). A equipe só conseguiu descobrir o sabor da pós-temporada na década seguinte, com Matt Schaub armando play actions após fortes ganhos terrestres de Arian Foster. A fórmula


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J.J. Watt Defensive end


INDIANAPOLIS COLTS

SEMPRE NO TOPO A franquia de Indiana tem tradição de vencedora desde os anos 1950, quando ainda ficava em Baltimore

• Cores: Azul e branco • Divisão e conferência: AFC Sul • Estádio: Lucas Oil Stadium 70 mil pessoas • Técnico principal: Chuck Pagano • Coordenador de ataque: Pep Hamilton • Coordenador de defesa: Greg Manusky • Já venceu o Super Bowl: 2 títulos (1970, 2006). • Maiores ídolos: Johnny Unitas (QB), Art Donovan (DT), Peyton Manning (QB), Reggie Wayne (WR), Marvin Harrison (WR).

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QB Andrew Luck RB Frank Gore WR Andre Johnson WR T.Y. Hilton TE Coby Fleener TE Dwayne Allen LT Anthony Castonzo LG Lance Louis C Khaled Holmes RG Todd Herremans RT Jack Mewhort DT Arthur Jones NT Josh Chapman DT Kendall Langford LB Erik Walden LB D’Qwell Jackson LB Jerrell Freeman LB Trent Cole CB Greg Toler FS Dwight Lowery SS Mike Adams CB Vontae Davis

K Adam Vinatieri P Pat McAfee KR Dan Herron PR Griff Whalen

PREVISÃO PARA 2015

Grandes adições foram feitas no ataque com a chegada de Andre Johnson, Frank Gore e do novato Phillip Dorsett, o que reforça ainda mais o setor comandado pelo quarterback Andrew Luck. Ninguém tem dúvidas quanto ao ataque do Colts, mas é na defesa que a equipe precisa evoluir seu jogo, e o mais importante: parar o New England Patriots de Tom Brady, grande nemesis da última década da franquia de Indianapolis. poR Eduardo Zolin

www.colts.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Onde fica: Indianapolis, Indiana

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• Fundado em: 1944

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

liderança do técnico Don Shula e levou a equipe a disputar seu primeiro Super Bowl, em 1969. Mas, contrariando todas as expectativas, foi derrotado pelo New York Jets. O impacto não abalou a equipe e em 1970, com um field goal a cinco segundos do fim do jogo, o Baltimore Colts venceu o seu primeiro Super Bowl. Devido a atritos com a prefeitura da cidade, o Colts realizou uma manobra ousada e, durante a madrugada do dia 29 de março de 1984, mudou toda a estrutura do time para Indianapolis – uma das mais bizarras histórias da NFL. Em Indianapolis, a franquia demorou a renascer, mas isso aconteceu com a chegada do quarterback Peyton Manning, em 1998, o que culminou no segundo título do Super Bowl da equipe em 2006. Desde então, o clube de Indiana coleciona boas temporadas e, mesmo depois da saída de Manning, manteve-se no alto, graças à adição do excelente quarterback Andrew Luck ao elenco.

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história do Indianapolis Colts tem início a mais de 800 quilômetros de distância da cidade sede, em Baltimore. Após duas tentativas frustradas, uma franquia da NFL conseguiu se estabelecer por ali em 1953, com o nome de Baltimore Colts. Os Colts fizeram história ao vencer o campeonato de 1958, em uma final contra o New York Giants que ficou conhecida como “O maior jogo de todos os tempos”. Essa partida marcou a disparada do futebol americano rumo ao título de “esporte preferido dos americanos”. Nos anos 1960, após dois títulos conquistados, o quarterback Johnny Unitas seguiu a


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Andrew Luck Quarterback


JACKSONVILLE JAGUARS

PIADA, NÃO MAIS! Os Jaguars dos últimos anos foram um saco de pancadas. Mas isso destoa das origens da franquia

• Onde fica: Jacksonville, Flórida • Cores: Azul-petróleo, preto e dourado • Divisão e conferência: AFC Sul • Estádio: EverBank Field 66.851 pessoas • Técnico principal: Gus Bradley • Coordenador de ataque: Greg Olson • Coordenador de defesa: Bob Babich • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Mark Brunell (QB), Fred Taylor (RB), Jimmy Smith (WR), Rashean Mathis (CB), Tom Coughlin (técnico principal, 1995-2002).

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DE Chris Clemons DT Sen’Derrick Marks DT Jared Odrick DE Ryan Davis LB Dan Skuta LB Paul Posluszny LB LaRoy Reynolds CB Davon House FS Sergio Brown SS Johnathan Cyprien CB Demetrius McCray

K Josh Scobee P Bryan Anger KR Denard Robinson PR Denard Robinson

PREVISÃO PARA 2015

Julius Thomas e outros novos elementos (como o calouro T.J. Yeldon) precisam ajudar Blake Bortles a comandar um ataque que deixou a desejar em 2014 e que, com um núcleo um ano mais experiente, pode dar um salto de qualidade em 2015. A secundária, por sua vez, também precisa melhorar, já que não conseguiu complementar um bom trabalho em termos de pressão ao quarterback adversário, realizado pelos jogadores do front seven no ano passado. De qualquer forma, o mais provável é que a equipe da Flórida lute para não ser a última colocada na AFC Sul, ainda mais com duelos contra os times das revigoradas AFC Leste e NFC Sul, além por Estéfano Souza de Ravens e Chargers.

QB Blake Bortles RB T.J. Yeldon WR Marqise Lee WR Allen Robinson WR Allen Hurns TE Julius Thomas LT Luke Joeckel LG Zane Beadles C Stefen Wisniewski RG Brandon Linder RT Jermey Parnell

www.jaguars.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1995

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

em 2002, a equipe chegou aos playoffs apenas duas vezes (2005 e 2007), sempre via repescagem – ou seja, jamais venceu a AFC Sul como a conhecemos atualmente. Após a derrota na rodada divisional dos playoffs de 2007 para os Patriots, Jacksonville somou apenas 34 vitórias em 112 jogos e trocou seu treinador principal três vezes ao longo das últimas sete temporadas. Jack Del Rio (2003 a 2011), Mel Tucker (interino em 2011) e Mike Mularkey (2012) sucederam Coughlin no comando técnico da equipe, sem conseguirem chegar à final da AFC. Gus Bradley, o quinto head coach na história da franquia, tem a missão de colocar os Jaguars de volta ao caminho das vitórias e da pós-temporada.

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uem acompanha a má fase recente da equipe não deve se lembrar – ou mesmo saber – que os Jaguars já dominaram sua divisão e chegaram muito perto de um Super Bowl. Tudo graças a Tom Coughlin, seu primeiro head coach e que, ao lado de jogadores históricos como Mark Brunell e Jimmy Smith, levou a 30ª franquia da história da NFL a uma sequência de quatro passagens pela pós-temporada, incluindo dois títulos da antiga AFC Central (1998 e 1999) e duas finais da AFC, nas quais foi vencida por Patriots (1996) e Titans (1999). Contudo, desde o último realinhamento da NFL,


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Blake Bortles Quarterback


KANSAS CITY CHIEFS

HORA DE RENASCER Dono de uma história de vitórias nos anos 60, o time de Kansas City há muito tempo não chega a uma final

• Onde fica: Kansas City, Missouri • Cores: Vermelho, dourado e branco • Divisão e conferência: AFC West • Estádio: Arrowhead Stadium 76.416 pessoas • Técnico principal: Andy Reid • Coordenador de ataque: Doug Pederson • Coordenador de defesa: Bob Sutton • Já venceu o Super Bowl: Sim (1969) • Maiores ídolos: Len Dawson (QB), Buck Buchanan (DT), Derrick Thomas (LB), Tony Gonzalez (TE).

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PREVISÃO PARA 2015

Os Chiefs têm problemas quando se analisa o calendário da franquia – duelos difíceis contra Broncos e Chargers dentro da divisão, além de partidas duras contra a NFC Norte e AFC Norte. O desempenho da equipe nessas partidas será determinante para brigar novamente até o final ou não em 2015. Para poder competir, conta com a defesa novamente saudável e com a adição de Jeremy Maclin para reforçar o corpo de recebedores. E, para os brasileiros, vale lembrar que o time tem como kicker o paulista Cairo Santos. por Antony Curti

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QB Alex Smith RB Jamaal Charles RB Knile Davis WR Jeremy Maclin WR Albert Wilson TE Travis Kelce LT Eric Fisher LG Ben Grubbs C Eric Kush RG Paul Fanaika RT Donald Stephenson DE Mike DeVito NT Dontari Poe DE Allen Bailey LB Justin Houston LB Derrick Johnson LB Josh Mauga LB Tamba Hali CB Sean Smith FS Ron Paker SS Tyvon Branch CB Marcus Peters

K Cairo Santos P Dustin Colquitt KR Knile Davis PR De’Anthony Thomas

www.kcchiefs.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1960

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

continha os times da antiga AFL e mais Browns, Colts e Steelers – nunca foi para Kansas City. Detalhe: o troféu tem o nome do fundador do time de Kansas City. As décadas de 1970 e 1980 foram de puro ostracismo para os Chiefs. Finalmente, na década de 1990, a equipe começou a querer brigar – com um pass rush forte, encabeçado por Derrick Thomas, e um jogo terrestre que enchia os olhos – mas acabou sucumbindo ao conservadorismo do técnico Marty Schottenheimer, o qual tinha sérios problemas em playoffs. Na década de 2000, também com jogo terrestre forte, a equipe não vingou. Em 2013 voltou aos playoffs, em 2014 teve diversas lesões e amargou o recorde de não ter nenhum de seus wide receivers recebendo um passe para touchdown. O que esperar de 2015?

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Kansas City Chiefs é uma das franquias mais tradicionais da NFL. Seu fundador, Lamar Hunt, foi um dos idealizadores da AFL – única liga que conseguiu competir com a toda poderosa NFL. Foi Hunt também quem deu o nome ao Super Bowl, em uma “homenagem” a sua filha, que tinha um brinquedo com o nome de “Super Ball”, além de ser uma alusão aos bowls do College Football – jogos de pós-temporada no nível universitário. Mas, aparentemente, essa ligação forte dos Chiefs com o grande jogo virou uma maldição. Desde que a NFL se fundiu com a AFL em 1970, o troféu para o vencedor da Conferência Americana – a qual


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Cairo Santos Kicker


MIAMI DOLPHINS

NOVOS TEMPOS Não se surpreenda se o Miami Dolphins de 2015 fizer jus à grande equipe que teve nas décadas de 1970 e 80

• Onde fica: Miami Gardens, Flórida • Cores: Ciano, laranja, branco e azul-marinho • Divisão e conferência: AFC Leste • Estádio: Sun Life Stadium 64.982 pessoas • Técnico principal: Joe Philbin • Coordenador de ataque: Bill Lazor • Coordenador de defesa: Kevin Coyle • Já venceu o Super Bowl: Duas vezes (Super Bowl VII, Super Bowl VIII) • Maiores ídolos: Bob Griese (QB), Dan Marino (QB), Larry Csonka (FB), Zach Thomas (LB), Don Shula (treinador principal, 1970-1995).

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PREVISÃO PARA 2015

A contratação de Ndamukong Suh mostra o quanto a linha defensiva dos Dolphins – que ainda conta com o perigoso Cameron Wake – quer se impor nas trincheiras. À exceção da saída de Mike Wallace – numa troca com os Vikings, que resultou na chegada de Greg Jennings a Miami – e a contratação do ex-Browns Jordan Cameron, a base do ataque foi mantida e Ryan Tannehill terá mais um ano para mostrar que pode fazer frente aos rivais de divisão. Numa AFC Leste que promete ser competitiva como há muitos anos não se observava e com duelos contra Ravens, Chargers e os times da AFC Sul e da NFC Leste, chegar à pós-temporada é um objetivo concreto. Todavia, não se surpreenda se Miami vencer a divisão e interromper a série de títulos divisionais dos Patriots desde 2009. por Estéfano Souza

QB Ryan Tannehill RB Lamar Miller WR Jarvis Landry WR Greg Jennings WR DeVante Parker TE Jordan Cameron LT Branden Albert LG Dallas Thomas C Mike Pouncey RG Billy Turner RT Ja’Wuan James DE Cameron Wake DT Ndamukong Suh DT Earl Mitchell DE Olivier Vernon LB Jelani Jenkins LB Koa Misi LB Chris McCain CB Brent Grimes FS Louis Delmas SS Reshad Jones CB Jamar Taylor

K Caleb Sturgis P Brandon Fields KR Jarvis Landry PR Jarvis Landry

www.miamidolphins.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1966

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

americano. Foi nesta época, também, que se iniciou a primeira dinastia da AFC Leste: a equipe da Flórida venceu sua divisão seis vezes (1971 a 1974, 1979 e 1981) antes mesmo da chegada do quarterback Dan Marino em 1983. Um dos jogadores mais importantes da história da liga e detentor de vários recordes individuais, Marino levou os Dolphins a mais cinco títulos de divisão e um título da AFC (1984) antes de seu último ano na NFL (1999). A temporada de 2015 será a 50ª da história dos Dolphins e eles esperam voltar aos playoffs pela primeira vez desde 2008, quando a equipe da Flórida venceu a AFC Leste.

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ona equipe da American Football League (que viria a se tornar a AFC dos tempos atuais), fundado em 1966, o Miami Dolphins iniciaria sua jornada vitoriosa somente após a fusão da AFL com a NFL: desde 1970, foram 22 participações na pós-temporada e dois títulos nacionais, já na era do Super Bowl. Até hoje, Miami é a única equipe da “Era Super Bowl” com uma temporada invicta (1972), muito graças a ídolos como o quarterback Bob Griese, o fullback Larry Csonka e o lendário técnico Don Shula – todos eles são membros do Hall da Fama do futebol


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Ryan Tannehill Quarterback


MINNESOTA VIKINGS

VIDA QUE SEGUE Os Vikings já foram quatro vezes ao Super Bowl, mas nunca venceram. Será que chegou a hora?

Time base 2015 | 2016

• Fundado em: 1961 • Onde fica: Minneapolis, Minnesota • Cores: Roxo, dourado e branco • Divisão e conferência: NFC North • Estádio: TCF Bank Stadium 52.525 pessoas • Técnico principal: Mike Zimmer • Coordenador de ataque: Norv Turner • Coordenador de defesa: George Edwards • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Fran Tarkenton (QB), Jim Marshall (DE), Alan Page (DT), Cris Carter (WR).

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defesa

ficha técnica

Não se assuste se os Vikings despontarem nos playoffs novamente. Na temporada 2012, a equipe foi para a pós-temporada (muito devido a Adrian Peterson, é verdade), mas o elenco não era nem sombra do que é hoje – ao menos no papel. Uma defesa mais sólida e Teddy Bridgewater em franca ascensão podem carimbar o passaporte para os playoffs via wild card. A única coisa que assusta o torcedor é a linha ofensiva, que precisa melhorar. Mesmo se a equipe não chegar lá, o objetivo tem de ser o desenvolvimento do jovem time – Bridgewater, Patterson, Barr, Kalil e Trae Waynes são jogadores com bastante potencial e, se atingirem seu teto de desenvolvimento, podem dar muitas alegrias aos por Antony Curti Vikings e para sua torcida.

DE Brian Robison DT Shariff Floyd DT Linval Joseph DE Everson Griffen LB Chad Greenway LB Eric Kendricks LB Anthony Barr CB Terence Newman FS Harrison Smith SS Antoine Exum Jr. CB Xavier Rhodes

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PREVISÃO PARA 2015

QB Teddy Bridgewater RB Adrian Peterson RB Jerick McKinnon WR Charles Johnson WR Mike Wallace TE Kyle Rudolph LT Matt Kalil LG Joe Berger C John Sullivan RG Brandon Fusco RT Phil Loadholt

K Blair Walsh P Jeff Locke KR Cordarrelle Patterson PR Marcus Sherels

www.vikings.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

à final da NFC, duas decepções para o coração do torcedor. Em 1998, tendo um ataque fenomenal (com os recebedores Cris Carter e Randy Moss), perdeu na prorrogação, após ter a chance de vencer no tempo regulamentar – o kicker Gary Anderson perdeu um field goal mesmo estando perfeito no ano até então. Em 2009, comandados por Brett Favre e pelo running back Adrian Peterson, caíram no Superdome para os Saints. Por isso tudo, os Vikings chegaram perto, mas nunca ganharam um Super Bowl. Os últimos anos têm sido de reconstrução e a equipe começa a despontar novamente. Será que agora vai?

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undado na década de 1960, o Minnesota Vikings contou com o frio de Minneapolis para ajudá-lo nas primeiras temporadas. A equipe jogava no Metropolitan Stadium, estádio descoberto. Com o frio severo, o time crescia na pós-temporada, dado que os adversários ficavam perdidos e eram castigados pelo excelente pass rush da equipe daquela época – sua defesa ficou conhecida como Purple People Eaters. A equipe foi campeã da NFL no último ano antes da fusão com a AFL, em 1969. Também foi campeã da Conferência Nacional em outras três ocasiões, 1973, 1974 e 1976. Nas duas últimas vezes que chegou


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Adrian Peterson Running back


NEW ENGLAND PATRIOTS

GRANDE CAMPEÃO A franquia da Nova Inglaterra é, sem dúvida, a maior potência do futebol americano dos últimos 15 anos

Time base 2015 | 2016

• Fundado em: 1960 (Boston Patriots) • Onde fica: Foxborough, Massachusetts • Cores: Azul, vermelho, prateado e branco • Divisão e conferência: AFC Leste • Estádio: Gillette Stadium 68.756 pessoas • Técnico principal: Bill Belichick • Coordenador de ataque: Josh McDaniels • Coordenador de defesa: Matt Patricia • Já venceu o Super Bowl: Quatro vezes (Super Bowl XXXVI, Super Bowl XXXVIII, Super Bowl XXXIX, Super Bowl XLIX) • Maiores ídolos: Drew Bledsoe (QB), Troy Brown (WR), John Hannah (G), Tedy Bruschi (LB), Ty Law (CB).

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Com uma tabela que prevê duelos contra a AFC Sul e a NFC Leste, além dos Steelers e Broncos, o caminho dos Patriots na defesa de seu título será bem complicado, ainda mais se a suspensão de quatro jogos imposta a Brady pela suposta falta de cooperação na investigação do “DeflateGate” for confirmada. Com ou sem Brady, Julian Edelman e Rob Gronkowski serão, mais uma vez, as peças mais importantes do ataque aéreo. Sem sua dupla de cornerbacks titulares em 2014 (Brandon Browner e Darrelle Revis), a defesa passará a marcar por zona com mais frequência, o que exigirá um bom trabalho nas trincheiras. Diante dos rivais, que estão prontos para desafiarem a maior dinastia da história da AFC Leste, New England ainda é um dos favoritos para vencer em janeiro e chegar por Estéfano Souza a mais um Super Bowl.

defesa

ficha técnica

DE Chandler Jones DT Sealver Siliga DT Dominique Easley DE Rob Ninkovich LB Jerod Mayo LB Dont’a Hightower LB Jamie Collins CB Malcolm Butler FS Devin McCourty SS Patrick Chung CB Logan Ryan

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PREVISÃO PARA 2015

QB Tom Brady RB LeGarrette Blount FB James Develin WR Julian Edelman WR Brandon LaFell TE Rob Gronkowski LT Nate Solder LG Josh Kline C Bryan Stork RG Ryan Wendell RT Sebastian Vollmer

K Stephen Gostkowski P Ryan Allen KR Danny Amendola PR Julian Edelman

www.patriots.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

a história dos Patriots: desde 2000, New England foi campeão da AFC Leste em 12 oportunidades (2001, 2003 a 2007, 2009 a 2014) e venceu a conferência seis vezes (2001, 2003, 2004, 2007, 2011 e 2014) – ambos os números são recordes da NFL no período. Além de Kraft e Belichick, outro ponto em comum nas quatro vitórias no Super Bowl foi o quarterback Tom Brady, que já é um dos maiores ídolos da história dos Patriots. Ex-jogadores, ainda em atividade, como Adam Vinatieri (e seus chutes decisivos nos playoffs) e Vince Wilfork também colocaram seus nomes na história da franquia.

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m dos oito membros da primeira formação da American Football League (AFL), o atual campeão do Super Bowl é o time mais vitorioso da NFL nos últimos 15 anos. Para chegar a este status, entretanto, os Patriots passaram por uma mudança de Boston para Foxborough, em 1971 (com a mudança definitiva no nome) e temporadas alternadas entre fracas e ruins, com alguns lampejos de bom desempenho – como, por exemplo, as passagens pelo Super Bowl em 1985 e 1996. Em 1994, Robert Kraft comprou a franquia. Mas foi a chegada de Bill Belichick que mudou


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Tom Brady Quarterback


NEW ORLEANS SAINTS

MILAGRE À VISTA O time de Nova Orleans vem de uma temporada difícil e tenta este ano voltar aos bons tempos do título de 2009

• Onde fica: New Orleans, Louisiana • Cores: Dourado, preto, branco • Divisão e conferência: NFC Sul • Estádio: Mercedes-Benz Superdome 76.468 pessoas • Técnico principal: Sean Payton • Coordenador de ataque: Pete Carmichael • Coordenador de defesa: Rob Ryan • Já venceu o Super Bowl: 1 título (2009) • Maiores ídolos: Archie Manning (QB), Drew Brees (QB), Rickey Jackson (LB), Willie Roaf (OT).

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PREVISÃO PARA 2015

Ano após ano, a dupla Payton-Brees tem rendido bons frutos ao time ofensivamente, mas uma decepcionante atuação da defesa, na temporada passada, custou ao time o título da divisão e a vaga na pós-temporada. Entre as preocupações também podemos incluir a idade da linha ofensiva, o que causou muita pressão sobre Brees no ano passado. A saída do playmaker Jimmy Graham deve diversificar o ataque, e com um nível de competição mais suave na NFC Sul, a vida do Saints deve ser mais fácil para garantir uma passagem para os playoffs. por Eduardo Zolin

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QB Drew Brees RB Mark Ingram FB Austin Johnson WR Marques Colston WR Brandin Cooks TE Benjamin Watson LT Terron Armstead LG Tim Lelito C Max Unger RG Jahri Evans RT Zach Strief DE Akiem Hicks DT John Jenkins DT Kevin Williams DT Cameron Jordan LB Ramon Humber LB Dannell Ellerbe LB David Hawthorne CB Keenan Lewis FS Jairus Byrd SS Kenny Vaccaro CB Brandon Browner K Dustin Hopkins P Thomas Morstead KR C.J. Spiller PR C.J. Spiller

www.neworleanssaints.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1967

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

sua primeira temporada vitoriosa em 1987, sob tutela do técnico Jim Mora. Ainda assim, faltava algo ao time para se firmar com uma força na NFL. E foi uma força da natureza que estreitou os laços da equipe com a cidade. O furacão Katrina atingiu New Orleans em 2005, destruindo parte da cidade e do Louisiana SuperDome, que serviu de abrigo para a população. Jogando a temporada toda “fora de casa”, o Saints teve uma das piores temporadas de sua história, com apenas 3 vitórias. A mudança veio em 2006, com o técnico Sean Payton e o até então desacreditado quarterback, Drew Brees. O ápice da parceria aconteceu em 2009, com a única participação do time em uma grande final. No Super Bowl XLIV, o clube levou a melhor, vencendo o fortíssimo Indianapolis Colts. Por ironia do destino, a equipe de Peyton Manning.

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undado em 1966 como uma franquia de expansão para a NFL, o New Orleans Saints tem uma história que se mescla à trajetória complicada e sofrida de sua cidade-sede. Com um histórico religioso e musical muito forte atrelado à New Orleans, o nome do time vem do Dia de Todos os Santos da Igreja Católica e da música “When the Saints Go Marching In”, comumente tocada por bandas de jazz e cantada pelos torcedores. Um time de menor expressão em seus primeiros vinte anos, o Saints é conhecido por ter sido a equipe na qual atuou Archie Manning, pai dos quarterback Eli e Peyton Manning, astros da NFL na atualidade. A franquia só conseguiu


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Drew Brees Quarterback


NEW YORK GIANTS

SEMPRE FORTE Poucas equipes da National Football League são tão antigas e vitoriosas quanto a franquia de Nova York

• Onde fica: East Rutherford, New Jersey • Cores: Azul, vermelho, cinza e branco • Divisão e conferência: NFC Leste • Estádio: MetLife Stadium 82.566 pessoas • Técnico principal: Tom Coughlin • Coordenador de ataque: Ben McAdoo • Coordenador de defesa: Steve Spagnuolo • Já venceu o Super Bowl: 4 títulos (1986, 1990, 2007, 2011). • Maiores ídolos: Phil Simms (QB), Lawrence Taylor (LB), Michael Strahan (DE), Harry Carson (LB), Frank Gifford (HB).

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DE Kerry Wynn DT Johnathan Hankins DT Cullen Jenkins DE Robert Ayers LB J.T. Thomas LB Jon Beason LB Devon Kennard CB Dominique Rodgers FS Cooper Taylor SS Bennett Jackson CB Prince Amukamara

K Josh Brown P Steve Weatherford KR Dwayne Harris PR Dwayne Harris

PREVISÃO PARA 2015

Um pouco de azar e falta de saúde foi o que impediu o Giants de ser uma equipe mais competitiva em 2014. Apague isso da equação e temos um Eli Manning com todas as suas peças de ataque e uma linha ofensiva reforçada. Para o setor mais carente da equipe, no ano passado, chega o novo coordenador defensivo Steve Spagnuolo, que traz de volta o pass rusher Jason Pierre-Paul. Após três anos sem chegar aos playoffs, é uma temporada de tudo ou nada para essa geração do New York Giants comandada por Tom Coughlin. por Eduardo Zolin

QB Eli Manning RB Rashad Jennings FB Henry Hynoski WR Odell Beckham Jr. WR Victor Cruz TE Larry Donnell LT Ereck Flowers LG Justin Pugh C Weston Richburg RG Geoff Schwartz RT Marhsall Newhouse

www.giants.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1925

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

solidificaram o trabalho que rendeu à equipe quatro títulos da NFL na era pré-Super Bowl em 1927, 1934, 1938 e 1956. Na década de 1960, os Giants ajudaram a popularizar o futebol americano (que até então vivia à sombra do beisebol) com grandes astros como o linebacker Sam Huff e o recém-falecido running back Frank Gifford, um dos maiores da posição em todos os tempos e, depois, narrador do Monday Night Football. A guinada definitiva da história do Giants surgiu com o técnico Bill Parcells, que assumiu a equipe em 1983 e venceu dois Super Bowls, em 1986 e 1990. O sucesso voltaria a se repetir na última década, com a dupla formada pelo técnico Tom Coughlin e pelo quarterback Eli Manning, que venceram o New England Patriots em duas ocasiões para dois títulos do Super Bowl em 2007 e 2011.

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m dos primeiros times a integrar a NFL, o New York Football Giants foi fundado em 1925 e detém a respeitosa marca de ser a equipe que disputou mais títulos na história do futebol americano profissional nos EUA. Com dificuldades financeiras e buscando novas formas de atrair público, a equipe do Giants foi pioneira na popularização do futebol americano profissional ao derrotar uma equipe de estrelas da Universidade de Notre Dame em 1930. Até então, o futebol americano das universidades tinha mais prestígio que a NFL. O respeito e a apreciação do público


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Odell Beckham Jr. Wide Receiver


NEW YORK JETS

ETERNA PROMESSA Os Jets têm tudo para ser uma força da NFL, mas problemas extra-campo volta e meia atrapalham

Time base 2015 | 2016

• Fundado em: 1960 (New York Titans) • Onde fica: East Rutherford, Nova Jersey • Cores: Verde e branco • Divisão e conferência: AFC Leste • Estádio: MetLife Stadium 82.500 pessoas • Técnico principal: Todd Bowles • Coordenador de ataque: Chan Gailey • Coordenador de defesa: Kacy Rodgers • Já venceu o Super Bowl: Uma vez (Super Bowl III) • Maiores ídolos: Joe Namath (QB), Curtis Martin (RB), Don Maynard (WR), Mo Lewis (LB), Weeb Ewbank (técnico principal, 1963-1973)

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Mesmo com a suspensão de Sheldon Richardson nos primeiros quatro jogos da temporada, a unidade defensiva dos Jets promete ser uma das mais eficientes da NFL com a contratação de Todd Bowles – ex-coordenador defensivo do Arizona Cardinals - e o retorno da dupla Darrelle Revis e Antonio Cromartie, que foi fundamental para que a defesa fosse uma das cinco melhores da liga em 2010. A chegada de Brandon Marshall pode ser um reforço importante para o ataque aéreo. A maior dúvida ainda reside na posição de quarterback. Geno Smith se envolveu em uma briga com um colega de time e teve o maxilar fraturado por um soco na pré-temporada. Além dos fortes adversários de divisão, o time enfrenta Browns, Raiders e equipes da AFC Sul e da POR Estéfano Souza NFC Leste em 2015.

defesa

ficha técnica

DE Muhammad Wilkerson DT Damon Harrison DE Sheldon Richardson LB Quinton Coples LB David Harris LB Demario Davis LB Calvin Pace CB Darrelle Revis FS Calvin Pryor SS Marcus Gilchrist CB Antonio Cromartie

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PREVISÃO PARA 2015

QB Ryan Fitzpatrick RB Chris Ivory WR Brandon Marshall WR Eric Decker WR Jeremy Kerley TE Jeff Cumberland LT D’Brickashaw Ferguson LG James Carpenter C Nick Mangold RG Willie Colon RT Breno Giacomini

K Nick Folk P Ryan Quigley KR Jeremy Kerley PR Jeremy Kerley

www.newyorkjets.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

va), o primeiro título da nova AFC Leste veio apenas em 1998, sob a gestão de Bill Parcels como gerente-geral. Por algumas temporadas do novo milênio, os Jets ameaçaram a hegemonia dos Patriots na divisão – incluindo seu segundo e último título da AFC Leste, em 2002, e as duas aparições na final da AFC em 2009 e 2010, ambas sob o comando de Rex Ryan. Mesmo com jogadores importantes na última década, como o quarterback Chad Pennington e o cornerback Darrelle Revis, os Jets ainda buscam a estabilidade necessária para voltarem a ser competitivos na AFC Leste.

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s Titans de Nova York, uma das oito franquias da primeira formação da American Football League (AFL), viriam a se tornar New York Jets em 1963. Cinco temporadas depois, ancorados na promessa do quarterback Joe Namath, a equipe venceria o Super Bowl III, batendo o então favorito Baltimore Colts de Johnny Unitas. A grande fase dos Jets nos anos de AFL não prosseguiu nas primeiras temporadas pós-fusão com a NFL e, após temporadas fracas e eventuais bons momentos (como no início da década de 1980, com sua temida linha defensi-


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Muhammad Wilkerson Defensive end


OAKLAND RAIDERS

É PRECISO MUDAR A torcida dos Raiders espera ver novamente o time que maravilhou a NFL nas décadas de 1970 e 80

• Onde fica: Oakland, Califórnia • Cores: Prateado e preto • Divisão e conferência: AFC Oeste • Estádio: O.co Coliseum – 53.286 pessoas • Técnico principal: Jack Del Rio • Coordenador de ataque: Bill Musgrave • Coordenador de defesa: Ken Norton Jr. • Já venceu o Super Bowl: Três vezes (Super Bowl XI, Super Bowl XV e Super Bowl XVIII) • Maiores ídolos: George Blanda (QB), Gene Upshaw (G), Howie Long (DE), Al Davis (técnico principal, gerente-geral e dono, 1963-2011), John Madden (técnico principal, 1969-1978)

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PREVISÃO PARA 2015

Uma tabela que começa com três duelos contra times da AFC Norte (Bengals, Ravens e Browns), passa pelas equipes da NFC Norte, por Jets e Titans e, finalmente, termina com quatro duelos divisionais nas últimas cinco semanas não é a ideal para um time com um novo técnico e com um ataque reformulado e liderado por um quarterback ainda inexperiente. Contudo, a esperança é que Jack Del Rio consiga manter os Raiders em um nível competitivo contra os rivais da AFC Oeste. Pelo menos, a defesa promete ser agressiva nas trincheiras e a experiência de Del Rio como coordenador defensivo em anos anteriores será de grande valia. A classificação para a pós-temporada em 2015 é uma tarefa difícil, mas o futuro dos Raiders parece bem interessante. por Estéfano Souza

QB Derek Carr RB Latavius Murray WR Amari Cooper WR Michael Crabtree WR Rod Streater TE Mychal Rivera LT Donald Penn LG Gabe Jackson C Rodney Hudson RG J’Marcus Webb RT Menelik Watson DE Justin Tuck DT Dan Williams DT Justin Ellis DE Khalil Mack LB Malcolm Smith LB Curtis Lofton LB Sio Moore CB D.J. Hayden FS Charles Woodson SS Nate Allen CB T.J. Carrie

K Sebastian Janikowski P Marquette King KR Trindon Holliday PR Trindon Holliday

www.raiders.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1960

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

AFL (em 1967), mas a glória e o “comprometimento com a excelência” vieram pela primeira vez já nos tempos da NFL, com oito títulos da AFC Oeste entre 1970 e 1985, além de três vitórias em Super Bowls – incluindo um título como Los Angeles Raiders. Todavia, desde o retorno a Oakland, em 1995, os Raiders participaram dos Playoffs apenas três vezes (2000, 2001 e 2002) e a derrota no Super Bowl XXXVII para os Buccaneers de Jon Gruden – que, curiosamente, havia sido técnico principal dos Raiders na temporada anterior (2001) - foi seu momento mais recente na pós-temporada.

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or quase 50 anos, o nome de Al Davis esteve ligado diretamente à franquia Raiders, seja em Oakland ou no curto período em Los Angeles (de 1982 a 1994). Técnico principal na década de 1960 e depois promovido a gerente-geral e dono majoritário, Davis foi uma das figuras mais importantes para o desenvolvimento da AFL e um dos nomes mais influentes e folclóricos da NFL pós-1970 até seu falecimento, em outubro de 2011. Um dos oito times fundadores da American Football League (AFL), os Raiders chegaram a vencer um campeonato da


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Derek Carr Quarterback


PHILADELPHIA EAGLES

SERÁ ESTE ANO? Os Eagles têm uma longa e rica história, mas falta à equipe o privilégio de vencer um Super Bowl

• Onde fica: Philadelphia, Pennsylvania • Cores: Verde, prata, preto e branco • Divisão e conferência: NFC Leste • Estádio: Lincoln Financial Field 69.176 pessoas • Técnico principal: Chip Kelly • Coordenador de ataque: Pat Shurmur • Coordenador de defesa: Bill Davis • Já venceu o Super Bowl: Não (3 NFL Championships pré-SB: 1948, 1949, 1960) • Maiores ídolos: Steve Van Buren (RB), Reggie White (DE), Brian Dawkins (S), Chuck Bednarik (LB), Donovan McNabb (QB), Randall Cunningham (QB).

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PREVISÃO PARA 2015

Mudanças radicais no time de Philadelphia. A troca do running back LeSean McCoy e do quarterback Nick Foles foram movimentos chocantes para a torcida, mas o sangue novo de Sam Bradford e DeMarco Murray se ajustam melhor à mentalidade do técnico. A defesa recebe boas adições com Byron Maxwell, Kiko Alonso e o novato Eric Rowe, mas “o esquema”, a grande filosofia de trabalho de Chip Kelly, ainda precisa derrotar a elite da NFL e ter sucesso na pós-temporada contra times como Seahawks e Cowboys. por Eduardo Zolin

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QB Sam Bradford RB DeMarco Murray WR Jordan Matthews WR Nelson Agholor WR Josh Huff TE Brent Celek LT Jason Peters LG Allen Barbre C Jason Kelce RG Andrew Gardner RT Lane Johnson DE Fletcher Cox NT Bennie Logan DT Cedric Thornton LB Brandon Graham LB Mychal Kendricks LB DeMeco Ryans LB Connor Barwin CB Byron Maxwell FS Malcolm Jenkins SS Earl Wolff CB Nolan Carroll

K Cody Parkey P Donnie Jones KR Josh Huff PR Darren Sproles

www.philadelphiaeagles.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1933

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

Segunda Guerra Mundial. O caminho da vitória chegou pela primeira vez à equipe em 1948, quando o time liderado pelo running back Steve Van Buren venceu o primeiro título da NFL. O feito voltaria a se repetir em 1949 e em 1960. Nos anos 1970, durante uma má fase, a equipe protagonizou um fato curioso: recrutou para jogar um barmen de 30 anos de idade, chamado Vince Papale – o mais velho “novato” da história da NFL. Esse fato deu origem ao filme “Invencível”, com Mark Whalberg, em 2006. Desde que a era Super Bowl teve início, em 1967, o time amargou duas derrotas no grande jogo da NFL. Nem mesmo as 13 temporadas sob comando de Andy Reid resultaram em um Super Bowl. Em busca de um novo fôlego, desde 2013 a equipe está sob a tutela do técnico Chip Kelly, que fez sucesso com uma mentalidade ofensiva no futebol americano universitário.

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undado em 1933 por um grupo sindical da Pennsylvania, a franquia do Philadelphia Eagles tem uma história muito rica, que sofreu influência até mesmo da Segunda Guerra Mundial e que teve até um momento imortalizado em filme de Hollywood. O direito à franquia do Frankford Yellow Jackets foi cedido à Philadelphia quando o time abriu concordata. Com uma primeira década de fracassos, o marco dos anos 40 foi a junção “Steagles” de 1943 entre Pittsburgh e Philadelphia devido aos desfalques dos combatentes da


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Jordan Matthews Wide Receiver


PITTSBURGH STEELERS

TIME DE AÇO Tradição e torcida não faltam à equipe de Pittsburgh para que o sonho de mais um título vire realidade

• Onde fica: Pittsburgh, Pensilvânia • Cores: preto, dourado e branco • Divisão e conferência: AFC Norte • Estádio: Heinz Field – 65.500 pessoas • Técnico principal: Mike Tomlin • Coordenador de ataque: Todd Haley • Coordenador de defesa: Keith Butler • Já venceu o Super Bowl: Seis vezes (IX, X, XIII, XIV, XL e XLIII) • Maiores ídolos: “Mean” Joe Greene (DT), Terry Bradshaw (QB), Jack Lambert (LB), Lynn Swann (WR), Franco Harris (FB), Hines Ward (WR) e Troy Polamalu (SS).

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DE Cameron Heyward NT Steve McLendon DE Stephon Tuitt OLB Jarvis Jones ILB Ryan Shazier ILB Lawrence Timmons OLB Arthur Moats CB Cortez Allen FS Mike Mitchell SS Shamarko Thomas CB William Gay

K Shaun Suisham P Brad Wing LS Greg Warren KR Markus Wheaton PR Antonio Brown

PREVISÃO PARA 2015

São duas mudanças defensivas em 2015: o safety Troy Polamalu se aposentou e o coordenador defensivo Dick LeBeau também deixa os Steelers. Isso resume o que será uma defesa em reconstrução – vide a primeira escolha do Draft de Pittsburgh, Bud Dupree, um pass rusher (elemento essencial ao 3-4). No ataque, Ben Roethlisberger continua sendo confiável e conta com um dos melhores wide receivers da liga: Antonio Brown. Não obstante, a unidade tem ainda Le’Veon Bell – praticamente unânime na previsão de running back com mais jardas por jogo para a temporada 2015. por Antony Curti

QB Ben Roethlisberger RB Le’Veon Bell WR Antonio Brown WR Martavis Bryant WR Markus Wheaton TE Heath Miller LT Kelvin Beachum LG Ramon Foster C Maurkice Pouncey RG David DeCastro RT Marcus Gilbert

www.steelers.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1933

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

seguintes, um panteão de estrelas também via draft: Jack Ham, Franco Harris, Mike Webster, Jack Lambert: todos eles ajudaram Pittsburgh a ser a dinastia dos anos 1970, com quatro títulos. Depois da aposentadoria dos principais jogadores, os Steelers ficaram numa seca até a década de 1990 – quando o técnico Bill Cowher assumiu o time. Este sempre empacava – seja na final da Conferência ou no Super Bowl, como em 1995. Isso mudou em 2005 na vitória do Super Bowl XL, com o segundo-anista que mudou o ataque, Ben Roethlisberger. Com a mesma base sólida, o substituto de Cowher, Mike Tomlin, fez o time campeão novamente na temporada 2008. Com seis conquistas, é a franquia mais vitoriosa do Super Bowl.

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ittsburgh é uma das franquias mais antigas da NFL: a equipe foi fundada na década de 1930. Contudo, demorou bastante para ter sucesso – em cerca de 40 anos, talvez a nota mais relevante seja a formação de uma equipe conjunta com os Eagles (Steagles) durante a Segunda Guerra Mundial para suprir a carência de jogadores que foram para o front. Tudo isso mudou na década de 1970 com uma sequência impressionante de Drafts bem feitos. Primeiro, um quarterback acima da média – Terry Bradshaw. Ainda em 1970, o cornerback Mel Blount. Nos anos


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Ben Roethlisberger Quarterback


SAN DIEGO CHARGERS

FORÇA DO OESTE Os Chargers tiveram grandes elencos nos anos 1960 e 1980. E chegaram até o Super Bowl, mas não venceram

• Onde fica: San Diego, Califórnia • Cores: Azul marinho, azul claro, branco e dourado • Divisão e conferência: AFC Oeste • Estádio: Qualcomm Stadium 70.561 pessoas • Técnico principal: Mike McCoy • Coordenador de ataque: Frank Reich • Coordenador de defesa: John Pagano • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: LaDainian Tomlinson (RB), Junior Seau (LB), Dan Fouts (QB) e Lance Alworth (WR).

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PREVISÃO PARA 2015

Falando em jogo terrestre, San Diego foi extremamente unidimensional no ataque em 2014: os corredores ora estavam machucados, ora não produziam. Com isso o pass rush dos adversários deitou e rolou por não ter que se preocupar com corridas. Com efeito, Rivers acabou se machucando. Assim, a expectativa com a vinda do running back Melvin Gordon é que haja mais equilíbrio ao ataque. Na defesa, o corpo de linebackers preocupa – mas a secundária, não. Brandon Flowers e Eric Weddle são dois sólidos defensive backs. Se isto tudo será o suficiente para destronar os Broncos, mesmo com a equipe tendo calendário por André Bassi difícil, só o tempo dirá.

QB Philip Rivers RB Melvin Gordon WR Malcom Floyd WR Keenan Allen WR Stevie Johnson TE Antonio Gates LT King Dunlap LG Orlando Franklin C Chris Watt RG Johnnie Troutman RT DJ Fluker DE Kendall Reyes NT Sean Lissemore DE Corey Liuget OLB Melvin Ingram ILB Manti Te’o ILB Donald Butler OLB Jeremiah Attaochu CB Brandon Flowers FS Eric Weddle SS Jahleel Addae CB Jason Verrett

K Nick Novak P Mike Scifres LS Mike Windt KR Jacoby Jones PR Jacoby Jones

www.chargers.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1960

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

o quarterback Dan Fouts, uma máquina de recordes na temporada regular, se juntou ao treinador Dan Coryell. Ambos revolucionaram o jogo aéreo para sempre – mas empacaram em Cincinnati na final da Conferência Americana de 1981, o jogo mais frio da história do esporte. Chegaram ao Super Bowl em janeiro de 1995 – mas foram completamente dominados pelos 49ers de Steve Young. Depois, os Chargers ainda tiveram boas chances na década passada com o running back LaDainian Tomlinson destruindo recordes. No entanto, devido ao conservadorismo de Marty Schottenheimer como técnico, não deu certo. Agora com o calouro Melvin Gordon e Philip Rivers e os fãs torcem para que esta chance volte.

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an Diego não nasceu “San Diego” – mas sim “Los Angeles Chargers”, devido ao lugar onde a franquia foi criada e para onde pode acabar voltando ano que vem. Uma das equipes fundadoras da AFL na década de 1960, os Chargers eram os principais representantes do “circo aéreo” que caracterizou a liga em oposição à NFL. Aquele time tinha o recebedor Lance Alworth – um dos primeiros a ser verdadeiramente uma ameaça vertical no esporte e, de modo justo, estar no Hall da Fama. Alworth ainda ajudou os Chargers a serem campeões da AFL em 1963. A equipe passou alguns anos sem muitos feitos, até que


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Philip Rivers Quarterback


SAN FRANCISCO 49ERS

RECONSTRUÇÃO Os 49ers vêm de um ano complicado e será difícil voltar aos bons tempos de Joe Montana e Jerry Rice

• Onde fica: Santa Clara, California • Cores: Vermelho, dourado e branco • Divisão e conferência: NFC Oeste • Estádio: Levi’s Stadium – 68.500 pessoas • Técnico principal: Jim Tomsula • Coordenador de ataque: Geep Chryst • Coordenador de defesa: Eric Mangini • Já venceu o Super Bowl: 5 títulos (1981, 1984, 1988, 1989, 1994) • Maiores ídolos: Jerry Rice (WR), Steve Young (QB), Joe Montana (QB), Jimmy Johnson (CB), Bill Walsh (Técnico).

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PREVISÃO PARA 2015

A chegada do novo técnico Jim Tomsula mostra um realinhamento da equipe para a temporada 2015, que promete ser um pouco mais “temperamental” com a saída de jogadores chave como Patrick Willis e Frank Gore. O quarterback Colin Kaepernick tem o talento e experiência nos playoffs, mas precisa eliminar suas inconsistências para tirar o peso dos ombros da defesa. Para trazer sangue novo ao elenco, os torcedores podem vibrar com Darnell Dockett, Torrey Smith e Reggie Bush. por Eduardo Zolin

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QB Colin Kaepernick RB Carlos Hyde FB Bruce Miller WR Anquan Boldin LB Nick Moody TE Vernon Davis LT Joe Staley LG Alex Boone C Joe Looney RG Marcus Martin RT Erik Pears DT Darnell Dockett NT Ian Williams DT Tank Carradine LB Ahmad Brooks LB NaVorro Bowman LB Michael Wilhoite LB Nick Moody CB Tramaine Brock FS Eric Reid SS Antoine Bethea CB Shareece Wright

K Phil Dawson P Bradley Pinion KR Jarryd Hayne PR Reggie Bush

www.49ers.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1946

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

década de 80, quando o lendário técnico Bill Walsh assumiu a equipe e botou ordem na casa – o time era o pior de toda a NFL e sofria com graves problemas de estrutura fora de campo. Walsh implantou uma mentalidade empresarial fora dos gramados e recrutou Joe Montana da Universidade de Notre Dame para ser quarterback titular. Com nomes como Joe Montana, Jerry Rice e Steve Young entre as grandes estrelas da equipe, o 49ers venceu cinco Super Bowls entre 1981 e 1994 e se estabeleceu como a franquia dominante da costa oeste dos EUA, inovando a tática e a estratégia com a célebre west coast offense. Com um passado glorioso, a franquia passou por uma década difícil nos anos 2000, com uma seca de playoffs que durou até 2011, quando Jim Harbaugh recuperou a franquia e a auto estima, chegando próximo ao título do Super Bowl em 2013.

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ma das franquias mais vitoriosas da história da NFL, a saga do San Francisco 49ers teve início em 1946 na antiga All-America Football Conference (AAFC). A franquia, que homenageia em seu nome os garimpeiros da famosa “corrida do ouro”, que invadiu a Califórnia no ano de 1849, foi a primeira franquia dos grandes esportes americanos a se estabelecer na costa oeste americana. O 49ers se integrou à NFL em 1950, e teve duas décadas de altos e baixos até vencer o primeiro título de divisão em 1970. Seu grande astro nessa época era o quarterback John Brodie, da Universidade Stanford. O maior sucesso da equipe aconteceu na


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Colin Kaepernick Quarterback


SEATTLE SEAHAWKS

PODER EM CAMPO Poucas equipes da atualidade podem se gabar de ter tantos bons atletas, seja no ataque ou na defesa

Time base 2015 | 2016

• Fundado em: 1976 • Onde fica: Seattle, Washington • Cores: Azul-marinha, verde e prateado • Divisão e conferência: NFC Oeste • Estádio: CenturyLink Field 68 mil pessoas • Técnico principal: Pete Carroll • Coordenador de ataque: Darrell Bevell • Coordenador de defesa: Kris Richard • Já venceu o Super Bowl: Uma vez (Super Bowl XLVIII) • Maiores ídolos: Matt Hasselbeck (QB), Shaun Alexander (RB), Steve Largent (WR), Walter Jones (OT), Mike Holmgren (técnico principal, 1999-2008).

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Chegar ao topo na NFL é a parte “fácil”; manter-se nele é outra história. E uma tabela com jogos contra a NFC Norte e a AFC Norte, além de Panthers e Cowboys, mostra que o caminho será difícil. Tudo indica que Marshawn Lynch continuará com seu “Beast Mode” ativado correndo com a bola. Russell Wilson agora conta com mais um alvo de qualidade, que também conta com o excelente Jimmy Graham. Contudo, há dúvidas sobre o quanto Earl Thomas – que sofreu uma lesão no ombro esquerdo em janeiro - estará pronto para o início da temporada: ele é membro fundamental da temida secundária dos Seahawks (a “Legion of Boom”), que também contra com Richard Sherman e Kam Chancellor. Vencer a divisão não será fácil em 2015, mas a vaga aos Playoffs será uma tarefa menos árdua e muito mais real. por Estéfano Souza

defesa

ficha técnica

DE Michael Bennett DT Brandon Mebane DT Jordan Hill DE Cliff Avril LB K.J. Wright LB Bobby Wagner LB Bruce Irvin CB Richard Sherman FS Earl Thomas SS Kam Chancellor CB Cary Williams

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PREVISÃO PARA 2015

QB Russell Wilson RB Marshawn Lynch FB Derrick Coleman WR Doug Baldwin WR Jermaine Kearse TE Jimmy Graham LT Russell Okung LG Alvin Bailey C Lemuel Jeanpierre RG J.R. Sweezy RT Justin Britt

K Steven Hauschka P Jon Ryan KR Doug Baldwin PR Doug Baldwin

www.seahawks.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

Seahawks iniciaram sua história de participações regulares na pós-temporada e como um adversário respeitável: foram sete títulos de divisão em nove participações nos Playoffs desde então, com três títulos da NFC e uma vitória no Super Bowl. Seattle vem fazendo um trabalho consistente que começou com Mike Holmgren e continua com Pete Carroll no comando técnico da equipe desde 2010. O CenturyLink Field, com sua acústica diferenciada e seu “12th Man” (a torcida), é um dos estádios mais barulhentos e hostis – para os adversários - da NFL.

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U

m dos dois times a fazer parte da primeira expansão da NFL pós-1970 (juntamente com os Buccaneers), o Seattle Seahawks é a única franquia a ter disputado as finais de conferência tanto como membro da AFC (1983) quanto da NFC (2003, 2005 e 2014). Membro da NFC Oeste em sua primeira temporada na liga, Seattle passou para a AFC Oeste a partir de 1977, onde ficou até 2001 – curiosamente, venceria um de seus antigos rivais de divisão, o Denver Broncos, no Super Bowl XLVIII. Contudo, foi a partir do retorno à NFC Oeste, em 2002, que os


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Marshawn Lynch Running back


ST. LOUIS RAMS

A VOLTA DO SHOW No final dos anos 90, o time foi apelidado de “o grande show dos gramados”. O objetivo é reviver essa era

• Onde fica: St. Louis, Missouri • Cores: Azul, dourado e branco • Divisão e conferência: NFC West • Estádio: Edward Jones Dome 66 mil pessoas • Técnico principal: Jeff Fisher • Coordenador de ataque: Frank Cignetti • Coordenador de defesa: Gregg Williams • Já venceu o Super Bowl: Sim (1999) • Maiores ídolos: Deacon Jones (DE), Eric Dickerson (RB), Marshall Faulk (RB), Isaac Bruce (WR), Kurt Warner (QB), Jack Youngblood (DE).

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PREVISÃO PARA 2015

Não é absurdo dizer que o sucesso dos Rams em 2015 depende do ataque – a defesa muito provavelmente dará suas credenciais ao longo da temporada. St. Louis precisa de um ataque afiado se quiser bater as defesas de Seattle e Arizona nos quatro duelos que podem decidir o destino da equipe rumo aos playoffs. Na defesa, sabe-se o que esperar – Robert Quinn, Chris Long, Aaron Donald e agora Nick Fairley podem despontar como a melhor linha defensiva da NFL na temporada 2015. O corpo de linebackers também é acima da média e conta com os sólidos James Laurinaitis e com Alec Ogletree. E para o ataque ficar afiado, tudo depende de Nick Foles e Todd Gurley se manterem saudáveis (eles perderam múltiplos jogos por lesão em 2014 na NFL e no College, respectivamente). Se isso ocorrer e o corpo de recebedores dos Rams se encontrar, a ida aos playoffs pode ser uma realidade bastante palpável. por Antony Curti

QB Nick Foles RB Todd Gurley RB Tre Mason WR Brian Quick WR Kenny Britt TE Jared Cook LT Greg Robinson LG Rodger Saffold C Tim Barnes RG Jamon Brown RT Robert Havenstein DE Chris Long DT Aaron Donald DT Nick Fairley DE Robert Quinn LB Alec Ogletree LB James Laurinaitis LB Akeem Ayers CB E.J Gaines FS Rodney McLeod SS T.J. McDonald CB Janoris Jenkins

K Greg Zuerlein P Johnny Hekker KR Benjamin Cunningham PR Tavon Austin

www.stlouisrams.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1936

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

as estatísticas ofensivas da NFL no final daquela década e no início da de 2000. Desde que esse elenco foi “desmanchado”, os Rams procuram voltar ao estrelato. Com um time que busca se inspirar naquele do final da década de 1990 – com Nick Foles na expectativa de reprisar o desempenho de 2013 – St. Louis quer finalmente voltar à pós-temporada. Para tanto, precisará que o time inteiro fique saudável – sobretudo o novo running back, Todd Gurley.

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empre forte candidato à pós-temporada quando ainda estavam em Los Angeles, nos anos 1970 e 1980, os Rams bateram na porta do Super Bowl por várias vezes. Por mais que o time, pelo chão e defensivamente falando, fosse forte, sempre faltou um quarterback com um “quê a mais” para que a franquia levasse o Vince Lombardi Trophy para casa. Esse quarterback apareceu por acaso, em 1999. Com a lesão do titular Trent Green na pré-temporada, Kurt Warner herdou um elenco que viria a ser o Greatest Show on Turf – ataque que conduziu o time ao título no Super Bowl XXXIV e liderou


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Nick Foles Quarterback


TAMPA BAY BUCCANEERS

NOVOS ARES Com a chegada do quarterback Jameis Winston, os Bucs tentam deixar de ser os lanternas da sua divisão

Time base 2015 | 2016

• Fundado em: 1976 • Onde fica: Tampa, Flórida • Cores: Vermelho “bucaneiro”, estanho, preto, laranja e branco • Divisão e conferência: NFC Sul • Estádio: Raymond James Stadium 65.908 pessoas • Técnico principal: Lovie Smith • Coordenador de ataque: Dirk Koetter • Coordenador de defesa: Leslie Frazier • Já venceu o Super Bowl: Sim (2002). • Maiores ídolos: Lee Roy Selmon (DE), Warren Sapp (DT), Derrick Brooks (ILB), Doug Williams (QB)

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A equipe precisa ajudar o calouro Jameis Winston, selecionado na primeira escolha geral do Draft de 2015, a se desenvolver da melhor forma possível. Na defesa, o eixo motor do sistema do treinador Lovie Smith será a dupla Gerald McCoy e Lavonte David no pass rush. David é bastante subestimado e McCoy também é uma força interessante na pressão ao quarterback adversário. Se isso funcionar, a secundária deve ter chance de jogar bem o ano todo, sobretudo porque tem nomes sólidos – como a dupla Alterraun Verner e Johnathan Banks. De toda sorte, o time pode brilhar em algumas partidas contra os rivais divisionais e na primeira metade da temporada, quando seu calendário deve por Antony Curti ser mais tranquilo.

defesa

ficha técnica

DE George Johnson DT Gerald McCoy DT Clinton McDonald DE Jacquies Smith LB Lavonte David LB Bruce Carter LB Danny Lansanah CB Alterraun Verner FS Major Wright SS Bradley McDougald CB Johnathan Banks

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PREVISÃO PARA 2015

QB Jameis Winston RB Doug Martin RB Charlie Sims WR Vincent Jackson WR Mike Evans TE Austin Seferian-Jenkins LT Donovan Smith LG Logan Mankins C Evan Smith RG Ali Marpet RT Demar Dotson

K Patrick Murray P Michael Koenen KR Bobby Rainey PR Bobby Rainey

www.buccaneers.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

Bowl só veio em 2002, após a chegada do técnico Jon Gruden – hoje comentarista do Monday Night Football nos EUA. Gruden melhorou o ataque dos Buccaneers e potencializou a defesa montada por Tony Dungy anos antes, fazendo com que ela virasse uma máquina de touchdowns defensivos. Para tristeza dos fãs, após o título no Super Bowl XXXVII, a franquia decaiu novamente. Em seus 39 anos de existência, além do campeonato de 2002, a equipe conquistou seis vezes o título de divisão e foi dez vezes aos playoffs. Desde 2007, porém, não chega à pós-temporada e foi lanterna da NFC Sul em cinco dos últimos seis torneios da NFL.

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undado em 1976, o Tampa Bay Buccaneers por anos amargou a parte debaixo de sua divisão, a antiga NFC Central (que além dos Bucs contava com os times que formam a atual NFC North). A equipe só começou a conhecer o sucesso na segunda metade da década de 1990. Após bem sucedidos drafts defensivos – onde conseguiu talentos como Warren Sapp e Derrick Brooks – os Bucs passaram finalmente a ser uma força na NFL e a cativar a torcida da região central da Flórida. Mas a equipe ainda demorou para chegar lá, “empacando” na pós-temporada por várias temporadas. O título do Super


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Jameis Winston Quarterback


TENNESSEE TITANS

QUASE CAMPEÕES No final dos anos 90, a equipe do Tennessee chegou perto de vencer o Super Bowl. Mas depois decaiu muito

• Onde fica: Nashville, Tennessee • Cores: Azul royal, azul “titã”, vermelho, branco e prata. • Divisão e conferência: AFC Sul • Estádio: Nissan Stadium 69.143 pessoas • Técnico principal: Ken Whisenhunt • Coordenador de ataque: Jason Michael • Coordenador de defesa: Ray Horton • Já venceu o Super Bowl: Não • Maiores ídolos: Warren Moon (QB), Steve McNair (QB), Earl Campbell (RB), Bruce Matthews (OL), Mike Munchak (OL)

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DE Jeremiah Poutasi NT Sammie Hill DE Jurrell Casey LB Derrick Morgan LB Avery Williamson LB Zach Brown LB Brian Orakpo CB Perrish Cox FS Michael Griffin SS Da´Norris Searcy CB Jason McCourty

K Ryan Succop P Brett Kern KR Dexter McCluster PR Dexter McCluster

PREVISÃO PARA 2015

Reconstrução continua sendo a palavra de ordem em Nashville. Além da transição de Marcus Mariota para o jogo profissional – ele praticamente só jogou na formação shotgun no College – a defesa deve terminar de sedimentar-se na mudança do sistema 4-3 para o 3-4 (sobretudo porque agora tem um edge rusher de calibre em Brian Orakpo). O problema é que a linha ofensiva ainda faz o torcedor coçar a cabeça – o mesmo pode ser dito da secundária, embora esta tenha tido algumas adições que podem melhorar o setor, como Perrish Cox, ex-49ers. Em suma, os Titans devem continuar focados no longo prazo: bater os Colts na AFC Sul ainda não por Antony Curti é uma realidade palpável.

QB Marcus Mariota RB Bishop Sankey RB David Cobb WR Harry Douglas WR Kendall Wright TE Delanie Walker LT Taylor Lewan LG Adam Levitre C Brian Schwenke RG Chance Warmack RT Jeremiah Poutasi

www.titansonline.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1960

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

plicáveis na pós-temporada, os Oilers começaram a perder apoio da torcida. Em meados da década, com um público cada vez menor no Astrodome e após temporadas decepcionantes, a franquia se transferiu para Tennessee e mudou de nome para Titans. Veio então um breve renascimento. Comandados pelo quarterback Steve McNair, os Titans chegaram ao Super Bowl em 1999 – mas ficaram a uma jarda do título, literalmente, perdendo nos últimos segundos para o St. Louis Rams. Sem um grande quarterback desde a saída de McNair, apostam agora em Marcus Mariota, astro da Universidade do Oregon nos últimos anos, que contará com a orientação do guru da posição, Ken Whisenhunt, treinador da equipe.

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s Titans não estiveram sempre em Tennessee. Na verdade eles nasceram como Houston Oilers, uma das franquias fundadoras da American Football League nos anos 1960. Mesmo estando numa das divisões mais fortes da NFL depois da fusão com a AFL, os Oilers foram competitivos nas décadas de 1970 e 1990, jogando na “finada” AFC Central. Nos anos 1970 acabaram batendo de frente com a dinastia do Pittsburgh Steelers e pararam na final de conferência, em 1979. Nos anos 1990, veio um período de ascensão e queda com o quarterback Warren Moon. Sempre favoritos, mas igualmente sempre perdendo de maneiras inex-


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Marcus Mariota Quarterback


WASHINGTON REDSKINS

UMA NOVA CHANCE O sucesso do time da capital dos EUA depende da saúde de seu quarterback e do foco de seus colegas

• Onde fica: Landover, Maryland • Cores: Vermelho, dourado e branco • Divisão e conferência: NFC Leste • Estádio: FedEx Field – 75 mil pessoas • Técnico principal: Jay Gruden • Coordenador de ataque: Sean McVay • Coordenador de defesa: Joe Barry • Já venceu o Super Bowl: 3 títulos (1982, 1987, 1991). • Maiores ídolos: Darrel Green (CB), Sammy Baugh (QB), John Riggins (RB), Chris Hanburger (LB), Art Monk (WR), Dexter Manley (DE).

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PREVISÃO PARA 2015

O sucesso na temporada 2015 do Redskins passa pela saúde e tranquilidade do quarterback Robert Griffin III. Durante a temporada 2014, a equipe contou com três titulares diferentes na posição de quarterback, mas para 2015 a franquia aposta alto em Griffin como titular. Com 10 escolhas no draft, uma linha ofensiva reforçada e uma defesa construída ao redor do linebacker Ryan Kerrigan, o time do técnico Jay Gruden deve apresentar uma evolução considerável em relação ao grupo que se desencontrou na última temporada. por Eduardo Zolin

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QB Robert Griffin III RB Alfred Morris WR DeSean Jackson WR Pierre Garcon WR Andre Roberts TE Jordan Reed LT Trent Williams LG Shawn Lauvao C Kory Lichtensteiger RG Spencer Long RT Brandon Scherff DT Jason Hatcher DT Terrance Knighton DT Stephen Paea LB Trent Murphy LB Keenan Robinson LB Perry Riley LB Ryan Kerrigan CB Chris Culliver FS Dashon Goldson SS Duke Ihenacho CB DeAngelo Hall

K Kai Forbath P Tress Way KR Andre Roberts PR Andre Roberts

www.redskins.com

Observação: escalação provável no fechamento da edição 22/08. veja preview atualizado em theconcussion.com

• Fundado em: 1932

Time base 2015 | 2016

defesa

ficha técnica

temporadas, liderando as estatísticas de jardas totais por seis anos – um recorde que só seria igualado por Steve Young, do San Francisco 49ers, nos anos 1990. Mudanças na administração e entre os donos do time levaram a um período de quase 30 anos sem sucesso, até que o técnico Joe Gibbs assumiu a equipe na temporada de 1981 e guiou a equipe aos três Super Bowls de sua história, em 1982, 1987 e 1991. Ao todo, os Redskins foram campeões de divisão 13 vezes e de conferência em cinco oportunidades.O histórico recente da equipe tem trazido dor de cabeça aos torcedores, já que desde a aquisição do time pelo milionário Dan Snyder em 1999 a equipe só venceu duas vezes o título de divisão e não consegue se estabilizar com um treinador principal por mais de três temporadas.

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om mais de 80 anos de história, a franquia do Washington Redskins nasceu em 1932 como Boston Braves, mesmo nome do time de beisebol, até que dificuldades de mercado fizeram a equipe migrar para Washington em 1937.Um dos últimos times a participar da integração racial dos atletas, a equipe do Redskins viveu sua primeira fase de sucesso com a mudança para Washington, quando venceu dois campeonatos da NFL na era pré-Super Bowl em 1937 e 1942. Nessa época, destacou-se o quarterback Sammy Baugh, que atuou por nada menos que 16


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Alfred Morris Running back


SUPER BOWL 50 ANOS DE HISTÓRIA

Super Bowl I: Packers x Chiefs

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Por André Bassi

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e a NFL existe desde a década de 1920, por que, até hoje, somente 49 Super Bowls foram disputados? Esta é uma dúvida que muitos dos novos fãs de futebol americano têm e, para respondê-la, precisamos voltar um pouco no tempo, mais especificamente em 1960. Naquela época, o baseball ainda era o esporte mais popular nos Estados Unidos. Porém, o interesse no futebol americano crescia a olhos vistos. Nas décadas anteriores, algumas ligas de futebol americano tentaram se desenvolver, mas não conseguiram rivalizar com a National Football League e todas acabaram fracassando. Foi diferente em 1960. Lamar Hunt, magnata do petróleo no Texas, juntou-se a outros sete entusiastas e fundaram sua própria liga, a American Football League (AFL). Ao contrário de todas as outras ligas surgidas anteriormente, a AFL acabou

A NFL chega à 50ª edição de sua grande final mais forte do que nunca. Muito disso, graças a partidas memoráveis ao longo das décadas

vingando – a ponto de incomodar a NFL. Os Estados Unidos passaram a ter dois campeões nacionais. E os fãs começaram a se perguntar: num jogo entre os campeões das duas ligas, qual equipe venceria? Em uma tentativa de acabar com essa dúvida, em 1967 foi organizado o primeiro AFL-NFL World Championship Game, disputado pelos campeões da temporada de 1966. Esse jogo foi a primeira edição daquilo que viria a se chamar Super Bowl e também o primeiro passo da futura fusão entre as duas ligas, em 1970, quando a NFL absorveu a AFL e dividiu-se em duas conferências: NFC e AFC, cujos esqueletos eram, basicamente, as duas ligas até então distintas. Em fevereiro de 2016, o Super Bowl chega à sua 50ª edição, e para celebrar as bodas de ouro da união entre as duas ligas, confira as partidas mais emocionantes dessas cinco décadas.

Super Bowl I

Green Bay Packers 35 x 10 Kansas City Chiefs Los Angeles, 15/01/1967 No primeiro jogo entre os campeões das duas ligas, o time da NFL saiu como vitorioso. Mas também não era qualquer time: eram os Packers comandados por Vince Lombardi (que hoje dá nome ao troféu do Super Bowl). Os Chiefs até tentaram, mas não conseguiram parar o quarterback Bart Starr – eleito MVP do jogo. Um fato curioso é que cada uma das equipes usou a bola de sua própria liga quando estavam no ataque: Kansas City usou a bola oficial da AFL, produzida pela Spalding, enquanto Green Bay usou a tradicional Wilson, da NFL. Lombardi e sua equipe mostraram-se, ainda, uma das grandes dinastias da história do futebol americano profissional ao vencer o Oakland Raiders, na segunda edição do Super Bowl.

Super Bowl III

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New York Jets 16 x 7 Baltimore Colts Miami, 12/01/1969 Após as duas primeiras edições terem sido conquistadas por times da NFL, muitos começaram a questionar se a AFL, de fato, tinha equipes à mesma altura. Os campões da NFL, em 1968, foram os Colts, então treinados por Don Shula, equipe forte e favorita para derrotar os campeões da AFL, New York Jets. Como se já não fosse um jogo difícil, o quarterback dos Jets, Joe Namath, disse poucos dias antes do Super Bowl III: “Nós vamos ganhar o jogo, eu garanto”. A imprensa nova-iorquina, como de praxe, fez o maior estardalhaço. Pois ele cumpriu sua promessa: conduziu os Jets e foi nomeado MVP do jogo, embora o principal destaque talvez tenha sido o runningback Matt Snell, responsável pelo único touchdown da vitória por 16-7.

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Super Bowl

Super Bowl III: Joe Namath, quarterback dos Jets

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Com apenas três anos à frente dos Dolphins, Don Shula conseguiu algo que até hoje ninguém repetiu na NFL: uma temporada invicta. O quarterback Bob Griese e o runningback Jim Kiick anotaram um touchdown cada e, embora Washington tenha conseguido retornar um fumble até a endzone, não foi suficiente – em especial por conta da defesa de Miami: o MVP Jake Scott interceptou dois passes dos Skins e ajudou a equipe a terminar a temporada com 14 vitórias e nenhuma derrota.

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Super Bowl VII

Miami Dolphins 14 x 7 Washington Redskins Los Angeles, 14/01/1973

Super Bowl X

Dallas Cowboys 17 x 21 Pittsburgh Steelers Miami, 18/01/1976

Pittsburgh conquistou seu segundo troféu Vince Lombardi em dois anos consecutivos com uma atuação ímpar de Lynn Swann, MVP do jogo. Os Cowboys foram a primeira equipe da história a alcançar o Super Bowl como wildcard nos playoffs, mas nem mesmo Roger Staubach foi capaz de superar a famosa “Steel Curtain”, sendo interceptado nos segundos finais do jogo por Glen Edwards.

Super Bowl XX

Chicago Bears 46 x 10 New England Patriots Nova Orleans, 26/01/1986

Os Bears de 1985 são lembrados como um dos melhores times da história da franquia até hoje. Sob o comando de Mike Ditka, a equipe destruiu o New England Patriots no Super Bowl XX pelo placar de 46-10, com uma atuação defensiva espetacular: foram sete saques e apenas sete jardas terrestres cedidas na partida. Fora de campo, a equipe também fez sucesso com o rap “Super Bowl Shuffle”, cantado pelos jogadores e que chegou a alcançar a posição #41 na Billboard.

Super Bowl XXIII

San Francisco 49ers 20 x 16 Cincinnati Bengals Miami, 22/01/1989

O embate entre 49ers e Bengals no Super Bowl foi muito importante no estabelecimento de três lendas de San Francisco: o técnico Bill Walsh, o widereceiver Jerry Rice e, claro, o quarterback Joe Montana. Quando a equipe da Califórnia perdia por 16-13, no quarto período, Montana orquestrou um drive de 92 jardas em 2min31s que resultou num touchdown e deixou menos de 40 segundos no relógio para os Bengals, que acabaram não conseguindo virar o jogo.

Super Bowl XXIII: Joe Montana, quarterback dos 49ers

Super Bowl XXV

New York Giants 20 x 19 Buffalo Bills Tampa, 27/01/1991

Com o quarterback Jim Kelly e o corredor Thurman Thomas no backfield, Buffalo chegou ao seu primeiro Super Bowl como equipe favorita a derrotar os Giants de Bill Parcells. Mas o coordenador defensivo da equipe nova-iorquina (já ouviu falar num tal de Bill Belichick?) usou um alinhamento 2-5 (dois jogadores na linha defensiva e cinco linebackers) de modo a neutralizar o potente ataque dos Bills. No ataque, os Giants resolveram controlar a posse de bola e, para isso, foi vital o trabalho do runningback Ottis Anderson, MVP da partida. Scott Norwood, kicker do Buffalo, ainda teve a chance de chutar um fieldgoal de 47 jardas nos últimos segundos, mas errou, entregando a vitória aos Giants. O Super Bowl XXV teve o resultado mais apertado da história.

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Super Bowl Super Bowl XXX

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Dallas Cowboys 27 x 17 Pittsburgh Steelers Tempe, 28/01/1996

Na terceira e mais recente batalha entre Steelers e Cowboys, quem se saiu melhor foi o Dallas, em especial Larry Brown, que interceptou dois passes e foi escolhido o MVP do jogo. Mas tais interceptações de nada valeriam se o time não as tivessem convertido em touchdowns: os Cowboys possuíam um dos ataques mais prolíficos da época, com Troy Aikmande como quarterback, Emmitt Smith como runningback e Michael Irvin recebendo os passes.

Super Bowl XXXIV

St. Louis Rams 23 x 16 Tennessee Titans Atlanta, 30/01/2000

Em um jogo em que Kurt Warner conquistou o recorde de 414 jardas aéreas, a decisão acabou sendo por uma questão de bem menos jardas: o quarterback Steve McNair lutou bravamente enquanto tentava trazer os Titans de volta ao jogo, mas, no último drive, o recebedor Kevin Dyson foi derrubado pelo linebacker Mike Jones a uma jarda da end zone, no último segundo da partida.

Super Bowl XLII: David Tyree e a “helmet reception”

Super Bowl XLII

New York Giants 17 x 14 New England Patriots Glendale, 03/02/2008

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Tom Brady e os Patriots chegaram ao Super Bowl XLII invictos e tendo a chance de entrar para a história junto com os Dolphins de 1972. Só que eles não contavam com a astúcia de Eli Manning e cia...Os Giants estavam em um dia inspirado. Perdendo por 14-10, Manning escapou de vários saques e lançou uma bola longa para David Tyree que, incrivelmente, garantiu a posse da mesma segurando-a contra o capacete. Ao invés de ter uma quarta descida para muitas jardas, New York conquistou um firstdown e, minutos depois, virou o jogo e acabou com a festa dos Patriots.

Super Bowl XLIII

Pittsburgh Steelers 27 x 23 Arizona Cardinals Tampa, 01/02/2009

Com os Cardinals, Kurt Warner mostrou que ainda tinha gasolina no tanque (as 377 jardas aéreas que ele conquistou no jogo só ficaram atrás das 414 conquistadas por ele mesmo nove anos antes), mas os momentos que definiram o jogo foram duas jogadas dos Steelers, cada uma no final de um dos tempos. Primeiro, James Harrisson interceptou um passe e retornou a bola por 100 jardas para anotar um touchdown. Depois, a recepção de Santonio Holmes no canto da endzone para garantir a vitória de Pittsburgh – o sexto Super Bowl conquistado pela equipe.

Super Bowl XLIX

New England Patriots 28 x 24 Seattle Seahawks Glendale, 01/02/2015

Super Bowl XXX: Cowboys x Steelers

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No último Super Bowl disputado, o New England Patriots voltou a receber o troféu Vince Lombardi após uma grande performance de seu ataque – embora a vitória possa ser creditada mesmo à defesa. A 26 segundos do fim do jogo, Seattle estava na linha de uma jarda e em situação de poder virar a partida. Mas a jogada escolhida – um passe – acabou não dando certo, já que o novato Malcolm Butler interceptou a bola lançada pelo quarterback Russell Wilson e selou a vitória para os Patriots.


RÔMULO MENDONÇA

É O CAOS. A NFL FINALMENTE CHEGOU! Prepare-se para cinco meses de muitas emoções no ritmo ragatanga

Narrador dos canais ESPN, dedica-se principalmente aos esportes americanos. Participou de todas as edições da World Series do beisebol, desde 2011, além de narrar jogos da NFL, NHL, NBA, March Madness e Final Four

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ue venha o CAOS dos nossos sonhos! Que venha a false start aos gritos de AQUI NÃO, KERIDINHA! Sim, sua família entrará no mais profundo caos, mas nada NFL! Que ela faça você esquecer, por algumas horas, que um touchdown e uma votação do prêmio da Falsa do seu caos diário, enquanto caminha ouvindo Grávida de Taubaté 2015 não resolvam. Aliás, caos mesmo Enya rumo à sua casa, rumo a sua endzone. A NFL está chegando. Ela irá lhe trazer muitas amizades serão suas segundas, terças e sextas pela manhã. Um eterno delay of game. É melhor ter estratégias inteligentes para e momentos divertidos. Certamente emoção. Talvez driblar chefes e/ou professores que se sensibilizam com ela também lhe traga um amor. Sugestão: simule toda a situação de jogo. Toda a pressão e tensão típicas da documentários de concussões enquanto aguardam ansiosos o próximo embate no octógono manchado de sangue. ocasião. Faça a oração hail mary e ao final execute o lançamento glorioso e aleatório em direção a uma Nessas circunstâncias, o melhor é apostar numa read micareta cheia de chicleteiras(os). option e avaliar todo o cenário antes Grite “CARA CARAMBA CARA CAde tomar a decisão. Em situação de RAÔ”. O sucesso estará a caminho, Curta intensamente demissão iminente, aconselho um spike moderado para parar o tempo mas cuidado: há sempre o risco de uma flanela, uma interferência de a temporada por um instante em busca de alguma fuga, talvez um scramble desesperado passe, um holding nefasto, ou o pior 2015 da NFL; ela é dos mundos, há sempre o risco do nos últimos segundos de agonia. Se tiver sorte, você ainda receberá um Tinder do Apocalipse. Aí só lhe restaterrivelmente aviso prévio, momento ideal para um rá pedir um timeout e acompanhar os fake punt ostentação. comerciais: Se Liga no Swing! sádica e curta! Então você poderá voltar para seu Acredite, a NFL vai mudar sua vida. pocket em paz e acompanhar todos os Os domingos não serão monótonos. jogos. Não haverá risco de intentional Jogos durante toda a tarde, chegando grouding ou interceptação. Mas preste atenção no Two à noite e atravessando a madrugada. Talvez em algumas Minute Warning: curta intensamente a temporada da semanas ainda seja possível assistir o Esquenta antes do NFL, ela é terrivelmente sádica e curta. primeiro jogo do dia, mas depois, fatalmente, os horários Já em fevereiro, só restarão lembranças do Super vão coincidir e você terá que tomar uma decisão. Bowl em meio a imagens de um face mask lascivo na Será difícil, mas peço que faça essa escolha ao som do transmissão do Carnaval na Rede TV! Intercaladas por Ragatanga Insano. Pobre Regina. Você estará possuído(a) fumbles de um Jaguars e Titans que você esnobou. pelo ritmo proibido e só verá NFL pela frente. Seu pai vai UMBA! Uma excelente temporada para todos nós! Se ameaçar ver o Brasileirão, mas será vencido pelo excesso quiser entrar em contato comigo, me adiciona no Orkut... de bolas murchas em campo, sua mãe fará chantagem neném! Espero ter vencido a batalha dos turnovers. Beijos! para acompanhar a nova etapa da dança dos famosos PS: É ISSO MESMO, MANCHINHA! e algum quadro do Silvio, mas tudo não passará de um

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O palco do super bowl 50

Levi’s Stadium Nosso editor foi conhecer o estádio do San Francisco 49ers – o mais novo da liga e também um prodígio de tecnologia e conforto Por paulo mancha

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naugurado em 2014, o estádio tem capacidade para 68.500 pessoas e é uma obra de arte em termos de engenharia, tecnologia, ecologia e conforto. Sediará o próximo Super Bowl, em 7 de fevereiro de 2016.

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1. Hall da Fama: A maior sala do museu do 49ers é o Hall da Fama do time, com 26 estátuas prateadas homenageando os maiores jogadores, técnicos e dirigentes da equipe.

2. Museu: Numa área de 20 mil metros

quadrados, dividida em 11 ambientes, a história do 49ers (e também da NFL) é exposta de forma interativa, com muitos vídeos e animações.

3. Restaurantes: O Michael Mina’s Tailgate é um dos vários bares e restaurantes do estádio. É comandado pelo chef egípcio Michael Mina, um dos mais premiados dos Estados Unidos.

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4. 49ers Shop : A loja de produtos do time é

tão grande que ocuparia 60% do campo de jogo. São milhares de itens, desde imãs de geladeira a brinquedos eletrônicos.

5. Art Gallery: O estádio tem uma galeria de arte inspirada no futebol americano com mais de 200 pinturas e 500 fotografias históricas. 6. Disco & club: Há diversos ambientes

que são alugados para festas e eventos durante os jogos. Um deles é a discoteca BNY Mellon Club West.

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Saiba mais: www.levisstadium.com

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EDUARDO ZOLIN

EVOLUÇÃO:

O TRUNFO DA NFL

Tecnologia e inovação andam de mãos dadas com o futebol americano moderno

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Árbitro de futebol americano, foi também editor-chefe do site especializado SNAP-Futebol Americano. Está na equipe de comentaristas dos canais ESPN desde 2014, tendo se destacado nas transmissões de partidas da Seleção Brasileira de Futebol Americano.

m uma constante evolução para manter o jogo executiva do departamento de informações da NFL. disputado, justo e emocionante, a National Football As mudanças que a liga propõe também trazem mais League tem reuniões anuais com seu Comitê de segurança ao jogo. Capacetes, shoulderpads, proteções Competição para avaliar o desempenho da última para o quadril, chuteiras, tudo evolui para manter o jogo temporada e quais itens podem ser alterados para saudável e evitar fatalidades. garantir uma melhor dinâmica para o jogo. Trabalhando um jogo da NFL, na forma de um evento O exemplo mais interessante desta temporada 2015 é a amplo, os estádios evoluíram de simples campos com mudança da distância para o chute do ponto extra após o arquibancadas para centros de entretenimento. Wi-fi e touchdown: a uma distância de duas jardas da goalline, os um grande estacionamento para as tailgateparties – o chutes certeiros se tornaram praticamente automáticos tradicional churrasco antes do jogo –, já são itens comuns. e poucos times ousavam arriscar a A modernidade responde com conversão de dois pontos. áreas de lazer, lojas de souvenires e Tudo isso é passado nesta temporada, Por meio de evolução grandes telões que exibem imagens já que a distância oficial agora cresce da partida e mensagens de animação para 15 jardas para o chute, mas contínua, a NFL garante para a torcida, sendo seus maiores mantêm as mesmas duas jardas para expoentes o monumental AT&T que o jogo esteja sempre Stadium, casa do Dallas Cowboys, tentativas de “mini-touchdowns”. Uma das grandes inovações do com seu famoso telão suspenso sob o em harmonia com o esporte surgiu na década de 1950, campo e apelidado de “Jumbotron”; e quando dois inventores de Ohio o Everbank Field, casa do Jacksonville desejo dos fãs criaram um sistema de comunicação Jaguars, que dispõe até mesmo de via rádio entre o técnico Paul Brown piscinas com visão para o campo em e seu quarterback. A NFL rapidamenalguns camarotes. te baniu o dispositivo até que, em 1994, a necessidade Temos técnicos com tablets, jogadores com microfones por um jogo mais dinâmico e sem tantas pausas entre as dentro do uniforme, replays instantâneos para evitar erros jogadas trouxe o comunicador de volta, desta vez, dispode arbitragem. Um futuro com drones gerando imagens nibilizado para todos os times. da partida, sensores na bola oval e uma inclusão cada vez Atitudes como essa, na qual a NFL muda sua postura maior do fã na interatividade com jogo podem ser nossa de uma temporada à outra, não são incomuns. Sempre realidade de amanhã. É por meio desta dinâmica, desta que uma mudança proposta não traz benefícios, a liga evolução contínua que a NFL trabalha para que o seu revê sua postura e adéqua-se à realidade dos campos. principal patrimônio – o jogo e seus atletas–, estejam “Nós respeitamos nossas tradições, mas abraçamos a sempre em harmonia com os desejos e anseios de seu evolução”, é um dos lemas de Michelle McKenna-Doyle, principal ativo: os fãs de futebol americano.

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Oregon Ducks

College Football Onde surgem os craques Por André Bassi

O futebol americano universitário é tão amado quanto a NFL nos Estados Unidos. Entenda por que isso acontece!

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NFL é a liga mais famosa da bola oval, atraindo fãs ao redor do mundo todo. Mas existe um universo paralelo igualmente bacana de acompanhar: o college football. É de lá que vem os grandes talentos da NFL, via draft – o evento que acontece sempre no mês de abril, em que os times profissionais recrutam os melhores jogadores universitários. Muita gente, por sinal, gosta mais de acompanhar a modalidade universitária do que a profissional. Entenda por que vale a pena dar uma chance ao college football e adicionar um dia a mais no seu calendário de jogos: o sábado, quando os jogos tradicionalmente acontecem.

MUITOS times em três divisões

No nível universitário, o futebol americano é chancelado pela National Collegiate Athletic Association (NCAA) ou, em tradução literal, Associação Atlética Universitária Nacional. Atualmente, há muitas centenas de equipes, organizadas em três grandes divisões. Ao contrário do que acontece no futebol “soccer”, não tem aquela história de subir e descer. Na verdade, o poder econômico e o número de espor-

O mascote do Oregon

tes que as instituições oferecem é que caracterizam as divisões da NCAA. Para ser da Primeira Divisão, uma universidade deve oferecer o mínimo de sete esportes masculinos e sete femininos (ou seis e oito, respectivamente), com pelo menos dois esportes em equipe por gênero, além de uma quantidade “X” de bolsas de estudo por esporte. No futebol americano, a Primeira Divisão ainda apresenta duas subdivisões:

a Football Bowl Subdivision (FBS) e a Football Championship Division (FCS). Daqui para frente, quase tudo que falarmos aqui será a respeito da FBS a subdivisão de “elite” do college football.

Qual a diferença entre FBS e FCS?

O principal fator que distingue as duas subdivisões é o número de bolsas de estudo: enquanto universidades da FBS devem fornecer 85 bolsas de estudo integrais por ano, as da FCS não têm tal obrigação, mas estão limitadas a 63 bolsas integrais caso queiram (embora muitas optem por fornecer bolsas parciais e algumas a nem oferecer bolsas). Além disso, jogos da FBS devem ter um público mínimo de 15 mil pessoas por jogo, em média.

A paixão pelo college football

Mascotes do Florida State

Para entender por que tantos americanos amam o college football, é preciso fazer algumas contas. A NFL tem 32 franquias espalhadas por 22 estados (dos 50 que existem nos EUA). Enquanto isso, só a FBS tem 128 equipes espalhadas por 41 estados. Se levarmos em conta também a FCS, 49 dos Estados e o Distrito Federal apresentam equipes de futebol america-

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College Football e às vezes equipes da mesma cidade ou área metropolitana (como UCLA Bruins x USC Trojans). As equipes sempre enfrentam seus maiores adversários na última semana da temporada regular. Muitas zebras acontecem, pois algumas equipes jogam pelo prazer de destruir a temporada do rival, que está buscando posição na tabela que lhe permita jogar um “bowl game” (veja a seguir).

O que são os bowl games?

Geno Smith em West Virginia no (apenas o Alasca fica de fora). Enquanto a NFL geralmente se ocupa dos grandes centros urbanos, o college football muitas vezes toma conta do interior, sendo que muitas equipes grandes estão em cidades relativamente desconhecidas, como Tuscaloosa (Alabama Crimson Tide), Eugene (Oregon Ducks), Columbus (Ohio State Buckeyes), Morgantown (West Virginia Mountaineers), State College (Penn State Nittany Lions), Blacksburgh (Virginia Tech Hokies) e tantas outras. Justamente por isso, os torcedores são fanáticos. Sempre barulhentos, gritando

Torcida de Alabama

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e cantando nos jogos – quase como o típico torcedor de futebol brasileiro. Se você pesquisar a lista dos maiores estádios dos Estados Unidos (em capacidade), verá que dos vinte maiores, apenas três não são estádios do college football. Destes, oito têm capacidade para mais de 100.000 espectadores, muitos dos quais estão sempre lotados em dias de jogos. Além disso, as rivalidades são antigas e geralmente muito fortes, seja entre equipes de estados diferentes (Michigan Wolverines x Ohio State Buckeyes), equipes do mesmo estado (California Golden Bears x Stanford Cardinal)

Por haver muitas equipes e um sério jogo de egos quando falamos de college football, é difícil pensar num formato de playoff tal qual o do basquete universitário (um torneio mata-mata com 68 equipes). Por muitos anos a própria NCAA abdicou de declarar um campeão nacional, já que em muitas temporadas uma equipe do oeste e uma do sudeste terminavam invictas. Quando surgiram os primeiros bowl games, isto é, praticamente jogos de exibição de pós-temporada, alguns deles passaram a convidar equipes fortes para se enfrentarem – e os principais rankings, como o da imprensa norte-americana (Associated Press) passaram a publicar suas versões finais após a Bowl Season. Felizmente, isso mudou e desde a última temporada temos um sistema de playoffs. A pós-temporada conta

Fã do Michigan State


Ivy League as potências do passado

Quando você ouve falar em Harvard, Yale e Princeton, provavelmente pensa em empresários bem sucedidos, e não em futebol americano, certo? Essas universidades fazem parte da

Banda de Florida State University com quatro equipes selecionadas por um comitê de notáveis, composto por ex-técnicos, diretores atléticos, membros da imprensa e até a exSecretária de Estado, Condoleezza Rice (que, acredite se quiser, é fanática por college football). Os seis bowl games mais tradicionais – Rose Bowl, Sugar Bowl, Fiesta Bowl, Orange Bowl, Peach Bowl e Cotton Bowl – agora servem como playoffs. Há um rodízio anual deles: dois servirão de semifinais e os outros quatro contarão com equipes campeãs de conferências e/ou bem ranqueadas. Na temporada passada,

as semifinais foram Rose Bowl e Sugar Bowl. Este ano, serão Orange Bowl e Cotton Bowl. A final, entre os vencedores, acontece em local neutro, tal qual o Super Bowl. Nesta temporada, o National Championship Game será disputado no University of Phoenix Stadium, em Glendale, Arizona.

Diferenças de regras entre college e NFL É possível apontar sete diferenças principais entre as regras do futebol americano profissional e do universitário:

chamada “Ivy League”, uma conferência formada por instituições de grande renome acadêmico e que já foram, acredite se quiser, as maiores potências do futebol americano nas suas primeiras décadas de existência, sobretudo entre 1880 e 1940. A mudança ocorreu com a expansão do esporte. Quando outras universidades também entraram no “negócio” do college football, passaram a distribuir muitas bolsas de estudo com critérios prioritariamente “atléticos” – coisa que as universidades da Ivy League não fazem. Por isso, essas faculdades tradicionais deixaram de receber os melhores jogadores. Com o tempo, Harvard, Yale, Princeton e tantas outras acabaram caindo no ostracismo, a ponto de estarem hoje na FCS – a subdivisão de menor importância da 1ª divisão do college football. Atualmente, a FCS tem playoffs, mas já virou tradição as Ivy League abdicarem de suas vagas, já que a pós-temporada ocorre numa época cheia de provas e exames finais. Afinal, o foco dessas universidades está no desempenho acadêmico, não no esporte. Em 2014, a campeã da conferência Ivy League foi Harvard, única equipe da Primeira Divisão a terminar a temporada invicta, com 10 vitórias e nenhuma derrota.

Duke University x Florida State

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College Football

West Virginia x Louisville

1. Paradas no relógio: No college, a cada

vez que um first down é conquistado, o relógio de jogo (game clock) para. Na NFL, ele continua correndo (a menos que o jogador consiga sair de campo ou um técnico peça tempo). Assim, no college, os times que estão atrás no placar geralmente ganham mais tempo para tentar uma virada nos finais dos jogos.

2. Ausência do two-minute warning: Enquanto na NFL há uma parada obrigatória no jogo quando o relógio chega na marca de dois minutos (tempo extra para comerciais de TV, que dá aos times chance de planejar os próximos passos), no college o jogo não para.

3. Recepção válida: No college, uma recep-

ção é caracterizada como válida quando o recebedor tem controle da bola e coloca ao menos um dos pés dentro de campo. Na NFL, o recebedor deve ter o controle e os dois pés em campo.

4. Joelho no chão: No college, se um joga-

dor que está carregando a bola encosta um de seus joelhos no campo, a jogada acaba ali automaticamente. Na NFL, há um conceito diferente chamado “down by contact”, ou seja, a jogada só é parada caso tenha ocorrido contato anterior com algum jogador do time adversário. Se o atleta cair sozinho, pode se levantar e continuar seu avanço.

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Jameis Winston, em FSU

5. Conversão de dois pontos: Na NFL, a con-

versão de dois pontos começa da linha de duas jardas, enquanto no college ela parte da linha de três jardas.

6. Distância entre as hash marks: Na NFL, as hash marks (conjunto de pequenas linhas do campo que determinam onde as jogadas começam) estão distantes 5,6 m, enquanto no college a distância é de 12,2 m. Embora pareça um detalhe, há um impacto significativo no jogo, inclusive nos field goals, já que as marcações do college football permitem ângulos melhores para os kickers universitários.

7. Prorrogação: No college, cada equipe

recebe uma posse de bola na linha de 25 jardas do oponente. Se o jogo continuar empatado, os times recebem mais uma chance cada um. E assim por diante. Não existe empate. Já na NFL, o sistema é mais complexo, lembrando a “morte súbita”. As equipes disputam mais um quarto de 15 minutos. Se a primeira equipe a ter posse de bola marcar um touchdown, é fim de jogo. Mas se ela não fizer pontos ou conseguir apenas um field goal, o outro time ainda terá sua chance. Caso supere o adversário em seu drive, será declarado vencedor. Em temporada regular, pode haver empate. Nos playoffs, não: o jogo prossegue até haver vantagem de um dos lados.

Os melhores de 2015 Diversos sites, jornais e revistas costumam publicar rankings das equipes mais bem cotadas. No Brasil, há um website especializado em college footbal, o The Fraternity (thefraternity.com.br). Confira os top 25 deste ano de acordo com os especialistas da webpage nacional. 1.

TCU Horned Frogs

2. Ohio State Buckeyes 3. USC Trojans 4. Alabama Crimson Tide 5. Auburn Tigers 6. Oregon Ducks 7.

Michigan State Spartans

8. Baylor Bears 9. Clemson Tigers 10. Florida State Seminoles 11. Georgia Bulldogs 12. UCLA Bruins 13. Georgia Tech Yellow Jackets 14. Notre Dame Fighting Irish 15. LSU Tigers 16. Arizona State Sun Devils 17. Arizona Wildcats 18. Boise State Broncos 19. Wisconsin Badgers 20. Ole Miss Rebels 21. Oklahoma Sooners 22. Missouri Tigers 23. Stanford Cardinal 24. Mississippi State Bulldogs 25. Arkansas Razorbacks


ANTONY CURTI

DUELO DE QBS:

WINSTON X MARIOTA Qual o futuro de dois dos novatos mais badalados da temporada de 2015?

Editor-chefe e redator do The Concussion, site que cobre a NFL e o College Football desde 2011, já redigiu quase 1000 textos sobre o esporte. Desde o ano passado, trabalha como analista e comentarista de esportes americanos nos canais ESPN.

U

m deles era questionado fora de campo. Mas, de Transição também é a ordem para Marcus Mariota. O qualquer forma, era extremamente talentoso e produto de Oregon comandou um dos mais impressioparecia ter um corpo pronto para os profissionais – nantes ataques da história do College Football. Mariota preciso e com braço forte, elevou o nível técnico de fazia de tudo que um quarterback poderia para colocar um programa universitário que há algum tempo não copontos no placar – menos receber o snap em formações nhecia o que era estar no centro das atenções. O outro era nas quais o quarterback fica atrás do center. Enquanto joo protótipo do bom moço: tinha fama de que trabalhava gador dos Ducks, ele praticamente só operou no shotgun duro, comandou um ataque com alta octanagem no – e não fazia progressões entre os recebedores (ou seja, futebol americano universitário e era a esperança para passar do primeiro para o segundo alvo designado numa um time que buscava reconstrução em todos os setores. jogada). Além da adaptação nos snaps, Mariota ainda Eram os dois melhores quarterbacks terá que lidar com uma transição na do Draft – não à toa, foram as duas competitividade: as defesas na NFL Winston é um primeiras escolhas gerais do recrusão mais complexas e mais rápidas tamento. Pensou que estávamos fado que no College Football. prospecto preparado em lando de Jameis Winston e de Marcus Claro, nem tudo são problemas e Mariota, não é? Mas não são eles. E defeitos: Winston é um prospecto termos de inteligência e sim Ryan Leaf e Peyton Manning que preparado em termos de inteligência protagonizaram eternas discussões às e conhecimento de jogo – haja vista conhecimento de jogo; vésperas da temporada de 1998. Afique ele operava em Florida State nal, quem era o melhor quarterback? numa filosofia ofensiva parecida Mariota é extremamente Qual equipe voltaria às glórias antes? com o que ocorre na NFL, vide seus San Diego ou Indianápolis? inúmeros passes para tight ends e talentoso e dedicado A história acabou provando que Manprogressões de recebedores. Mariota, ning foi uma escolha anos luz melhor. por sua vez, é um atleta extremamenLeaf, por sua vez, teve problemas te talentoso e dedicado – por mais dentro de campo, com a imprensa, com outros jogadores que haja problemas iniciais na adaptação, ele é dedicado e e... Hoje está preso. Jameis Winston é talentoso dentro de brilhante o suficiente para passar por cima disso. campo. Mas ele chega com o peso de evitar comparações “Manning contra Leaf” aconteceu na Semana 5 da tempocom Leaf. O grande problema de Winston é sua “ficha” rada de 1998. Foi apenas um prelúdio do que seria o resto da fora de campo. Dentre as peripécias, acusações de estupro carreira dos dois, já que Peyton levou a melhor. Desta vez, e a incrível cara de pau de pedir um copo para beber água o confronto direto dos calouros foi já na primeira semana numa lanchonete e usá-lo no refil. Transição, para um de 2015 – uma revanche para Winston, que perdeu para profissional que ganha milhões, e amadurecimento são as Mariota no Rose Bowl. Quem será que leva a melhor desta palavras em voga no início da carreira de Winston. vez? Será apenas uma amostra, afinal, só o tempo dirá.

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bastidores

dos jogos Por Paulo Mancha e Érico Lotufo

Saiba como é uma transmissão de uma partida de futebol americano na ESPN

Everaldo Marques e Paulo Mancha no Estúdio 3 da ESPN

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como chegará o sinal do jogo, seja via satélite ou fibra ótica. Perto do início da partida, o sinal é redirecionado pela central para o estúdio da ESPN Brasil em que a transmissão será feita. Em alguns casos, quando não há necessidade de narrador e comentarista aparecerem na tela, a narração não é feita em um estúdio, mas sim em uma cabine menor, chamada voice-over (V.O.). • Fig urino e maquiagem: Nos jogos em que

Sala de figurino da ESPN com mais de 500 camisas

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omingo, 14 horas. Você liga seu televisor na ESPN e lá está o kickoff para mais uma partida da NFL. No áudio, em português, narrador e comentarista tentam levar a todo tipo de público – dos iniciantes aos grandes conhecedores – as informações mais corretas e relevantes possíveis. Tudo isso com descontração e até um toque de humor. Parece simples, mas, na verdade, uma transmissão de jogo da NFL começa muito antes do chute inicial. Às vezes semanas. Veja todo o processo e os envolvidos na tarefa de levar a você três horas de ação, emoção e diversão.

as partidas de domingo à tarde podem ser definidas pela emissora aqui no Brasil. Essa escolha obedece a uma data-limite da liga, aproximadamente 10 dias antes do jogo. • P rodução operacional: Após a escolha

do jogo, a produção operacional entra em contato com a emissora norte-americana que fará a geração da partida para acertar os detalhes de

narrador e comentarista aparecem diante das câmeras, eles são preparados pelo pessoal do figurino e da maquiagem cerca de meia hora antes do início da transmissão, para garantir excelência no padrão visual. Durante o jogo, narrador e comentarista são abastecidos com água mineral o tempo todo – essencial para hidratação e qualidade vocal.

• P rodução – Todo jogo tem um produtor

responsável, para garantir que tudo dê certo. Ele fica num sala chamada switcher, com uma equipe formada por um operador de VT (responsável por “rodar” os melhores momentos, as pílulas históricas etc.), um diretor de TV (que coloca essas imagens no ar),

•C ontratos: A emissora tem pessoas

especializadas em negociar os contratos de transmissão. Muito antes de a temporada começar, todos os ajustes e acordos são feitos, prevendo desde quantos jogos por semana serão exibidos até detalhes bem mais técnicos.

• Programação: O primeiro passo é esco-

lher quais jogos serão transmitidos. As transmissões noturnas de quinta-feira, domingo e segunda são sempre jogos fixos no calendário da NFL, mas

Switcher: a sala de comando da transmissão

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Televisão

Produtores na redação

um operador do gerador de caracteres (que produz a tela de estatísticas do intervalo) e um operador de áudio (que regula a qualidade e volume dos microfones dos narradores, do som ambiente do estádio e do SAP). Durante toda a partida, o produtor mantém contato direto em inglês com a produção norte-americana, para que o narrador sempre saiba quando será feito um intervalo comercial e quando o jogo voltará ao ar. • Exi bição: É a última etapa antes da bola

oval voar na sua TV. A exibição coordena com a produção a quantidade de intervalos comerciais feitos durante

Sala de maquiagem

a transmissão e coloca o selo do canal no canto superior da tela. •C omo um comentarista se prepara: Em

uma partida que dura mais de três horas, é imprescindível que narrador e comentarista estudem e reúnam muitas informações para enriquecer a transmissão. Narradores e comentaristas são informados nas quintas-feiras à noite sobre qual será sua partida no fim de semana. A partir daí, cada um emprega seu próprio modo de preparação. Em todos os casos, existe um auxílio do produtor da partida, que entra em contato com as assessorias dos times da NFL para

Planilhas de jogo (Paulo Mancha)

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receber material oficial com estatísticas e dados gerais.Mas os narradores e comentaristas vão além disso, pesquisando em média por quatro horas (mas às vezes por muito mais tempo) para cada partida. As fontes de informação vão desde o preview oficial do jogo no site da NFL até informações trocadas com jornalistas americanos, passando pela leitura dos sites de jornais locais, webpages especializadas e media kits dos próprios times, que podem ser baixados apenas pela imprensa. Na hora do jogo, eles contam ainda cada um com um computador na cabine, para poder buscar mais informações em tempo real.

Estúdios da ESPN


ARI AGUIAR

BRADY SUSPENSO:

O“X” DA QUESTÃO NA AFC EAST Os rivais do atual campeão se aproveitarão da ausência do astro?

Está na equipe dos canais ESPN desde 2007, destacando-se como narrador da NFL, da NHL, dos campeonatos de pôquer e ciclismo, especializando-se no Tour de France, no Giro da Itália e na Volta da Espanha. Também se tornou uma das vozes do rugby no Brasil.

E

que a dos Bills deve melhorar. Os Jets têm Geno Smith u fiquei com a pulga atrás da orelha aqui. Acho como QB. Isso já é uma indefinição por si só. Ele disse que irrita todo mundo, menos, claro, o torcedor dos que quer jogar em alto nível, mas querer não é poder. Os Patriots. Desde 2003, o time ganhou a divisão em conerbacks são criticados por serem velhos (Cromartie todos os anos, com exceção de 2008, quando Brady e Reeves estão juntos de volta). A defesa também tem jogou apenas uma partida. Mesmo assim, naquele ano, vários veteranos. Muhammad Wilkerson é bom demais, os Patriots terminaram empatados com os Dolphins, mas vai jogar ao lado do calouro Leonard Williams. com 11 vitórias e cinco derrotas. A equipe de Miami Devin Smith e Bryce Petty foram as principais escolhas levou a divisão pelos critérios de desempate. Os anos provaram o domínio de Brady e dos Patriots no draft. Já os Jets contrataram Brandon Marshall, mas a juntamente com Bill Belichick. Óbvio que os outros times, questão é: quem vai lançar a bola para ele? dentro de um certo limite, se mexeram Os Dolphins trouxeram Ndamukong ano após ano a fim de acabar com essa Suh. O que dará um up enorme hegemonia, mas sem sucesso. Exceto Continuo com na defesa. Isso é fato! Junto com no ano em que Tom Brady não estava Cameron Wake, que já foi para o Pro saudável e não pode jogar. a pulga atrás da orelha Bowl, e alguns jovens como Dion Vamos, então, ao questionamento. Jordan, Miami deve pressionar demais e achando que o melhor Seria, em 2015, a punição de quatro seus adversários. Ryan Tanehill vem jogos para Tom Brady o principal de sua melhor temporada na carreira reforço dos outros times? reforço dos outros e tem gente nova e a fim de jogo ao Vamos a alguns fatos para tentar lado. Kenny Stills, De Vante Parker, desvendar isso. Primeiro, os Patriots três times é a ausência Greg Jennings, e JarvisLandry. Porém, só enfrentam um rival de divisão nos precisamos ver se eles serão tão primeiros quatro jogos – Buffalo, na de Tom Brady competitivos como parecem. É tudo semana 2. Segundo, parece que os muito novo e talvez eles precisem de outros times se reforçaram mais mais algum tempo para acertar os nesta temporada. O próprio Buffalo trouxe Lesean Mccoy botões. Mesmo diante do esforço dos adversários, parece numa troca com Kiko Alonso que até causou estranheza. que os Patriots estão ainda mais sólidos. Além disso, é bom Junto com o recém-chegado Percy Harvin e com Charles não esquecer que eles ganharam o título na temporada Clay (para ser backup de peso para Sammy Watkins), os passada. Depois de analisar brevemente o cenário, Bills parecem ter um bom ataque para a temporada. continuo com a pulga atrás da orelha e achando que o Mas quem é o QB desse time? Eu não sei e parece que melhor reforço dos outros três times é a ausência de Tom nem o Rex Ryan, novo técnico e ex-jets e que conhece Brady e a chance dos Patriots começarem a temporada 1-3. muito bem a divisão. Seria E. J. Manuel? Matt Cassell? Isso dará vida à divisão. Mas, se Brady voltar com 3-1, acho Ou Tyrod Taylor? Essa indefinição pode balançar o difícil alguém conseguir acabar com a hegemonia. Pelo ataque dos Bills. Ryan é ótimo com defesas e é certeza menos não nesta temporada.

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BRASIL: PAÍS DA BOLA OVAL A prática do futebol americano teve um crescimento explosivo em nosso País desde 2008, quando aconteceu o primeiro jogo com times plenamente equipados Por Henrique Riffel

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Q

uando diversos links, para ver a Seleção Brasileira no Campeonato Mundial da IFAF, espalharam-se pelas redes sociais, em julho deste ano, muitos se perguntaram: “Jogamos futebol americano aqui no Brasil?” A resposta é “sim”. E há quase três décadas! O interesse do público pelo esporte da bola oval começou pela televisão, primeiro com as transmissões de Super Bowls na Rede Bandeirantes, narradas por Luciano do Valle, na década de 1980. Mais tarde, com a chegada da ESPN no Brasil, nos anos 1990. E, finalmente, com a entrada da Internet que, nos anos 2000, ampliou muito o conhecimento da modalidade. Não admira que muitas pessoas tenham se interessado em trazer a prática da atividade para o País. É uma história que se inicia em 1986, nas praias do Rio de Janeiro. Ali surgiu o beachfootball, uma adaptação para ser jogada na praia, sem o uso de equipamentos de proteção. O método foi desenvolvido e idealizado por Robert Segal e Thomaz Brazil. Apesar disso, a primeira competição organizada viria só em 2000, batizada de Carioca Bowl. Não foi só na areia que o futebol americano teve sua semente plantada. A primeira equipe para o jogo na grama – ainda sem o uso dos equipamentos de proteção – foi fundada em 1991. O time chamava-se Joinville Blackhawks, criado por Dennis Prants – atualmente headcoach do Jaraguá Breakers. Em 1994, o elenco passaria a se chamar Joinville Panzers – atual Joinville Gladiators. Demorou um pouco até que muitos outros times despontassem. Segundo o ex-presidente do Joinville Gladiators, Romenito Siewrdt, depois de diversos amistosos realizados na região sul do País, em 2006, foi finalmente organizado o primeiro campeonato em campo de grama: a Liga Catarinense. O certame contou com a participação de quatro equipes: Brusque Admirals (hoje parte integrante do elenco do Timbó Rex), Floripa Istepôs (atual São José Istepôs), Jaraguá Breakers e Joinville Panzers.

Jogando como nos EUA

A barreira financeira para a compra dos equipamentos de proteção só seria vencida dois anos depois. O primeiro duelo fullpads ( com o uso de capacetes e shoulderpads) aconteceu no dia 25 de outubro de 2008, no clássico paranaense entre Curitiba Brown Spiders e Barigui Crocodiles (hoje rebatizados de UFPR Brown Spiders e Coritiba Crocodiles). E, assim, no ano de 2009, a onda se espalhou. O Campeonato Catarinense também começou a ser praticado com o uso dos equipamentos. E, no mesmo ano foi lançado o primeiro torneio nacional, denominado “Torneio Touchdown”, vencido pelo até então

Rio de Janeiro Imperadores. Com as equipes finalmente praticando o futebol americano como nos Estados Unidos, usando capacetes, ombreiras e todos os aparatos que as regras preveem, houve uma explosão do esporte por aqui. Atualmente, o Brasil conta mais de 100 elencos que praticam a modalidade fullpads/tackle. Em 20 estados e mais o Distrito Federal há pelo menos uma equipe nestas características. Já nos estados do Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Rondônia e Tocantins há times em formação. Muitos desses times contam, hoje em dia, com apoio de tradicionais clubes de futebol, como Corinthians, Santos, Flamengo, Vasco, Juventude etc.

Crédito: USA Football/Divulgação

Rômulo Ramos, running back da Seleção Brasileira

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Crédito: Recife Mariners/Divulgação

brasil

Recife Mariners (de azul) x João Pessoa Espectros (de branco)

Campeonatos nacionais e regionais

Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda. O certame leva o nome de Torneio Touchdown, ou simplesmente “TTD”. Neste ano de 2015, a Superliga Nacional conta com a presença de 15 times, e é dividida em duas conferências: Centro-Sul e Nordeste. A temporada regular começou no dia 20 de junho e segue até o dia 18 de outubro. Já a Liga Nacional também tem a participação de 14 equipes, divididas em três

Crédito: Jayson Braga/FP Sports

Se contarmos somente os principais campeonatos, ao todo são três competições de nível nacional, das quais duas delas chanceladas pela Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA): a Superliga Nacional – considerada a 1ª Divisão – e a Liga Nacional – considerada a 2ª Divisão do campeonato brasileiro A terceira competição é organizada e administrada pela empresa

Rio Branco Cabritos (de branco) x Flamengo FA (rubro-negro)

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Crédito: Thiago Motta/FP Sports

Cariocas FA (de azul) x Cuiabá Angels (de branco)

A vez das mulheres Não somente os homens praticam

de Janeiro sagrou-se campeão. Na

o futebol americano no Brasil. As

temporada 2015, o TEZ conta com

mulheres também estão tomando

quatro elencos. As Cariocas vão em

conta do espaço. Em 2014, a Liga

busca do bicampeonato. Correndo

Feminina de Futebol Americano

por fora estão as garotas do Vasco

(LIFEFA) organizou o primeiro

da Gama Patriotas (RJ), Corinthians

campeonato: o Torneio End Zone

Steamrollers (SP) e Aracaju Alfa (SE).

(TEZ). Três das quatro equipes inscritas

A temporada regular começou no dia 5

conseguiram jogar: Cariocas FA (RJ),

de julho e vai até o dia 24 de outubro.

Cuiabá Angels (MT) e Confiança Alfa

Há também dezenas de equipes de

(SE). Por problemas financeiros, as

flagfootball feminino espalhadas pelo

meninas do Brasília Amazonas/DF

País. A modalidade cresce a cada ano

não puderam participar. O time do Rio

entre as atletas mulheres.

Crédito: FP Sports/Divulgação

conferências: Norte, Oeste e Sul. A temporada regular vai de 22 de agosto a 18 de outubro, os playoffs estão programados entre os dias 7 e 21 de novembro e a final agendada para o dia 6 de dezembro. O Torneio Touchdown, por sua vez, conta com 16 elencos, divididos em quatro divisões. A temporada regular teve início no dia 28 de junho e termina no dia 15 de novembro. Os playoffs vão de 28 de novembro a 5 de dezembro, a final está programada para o dia 19 de dezembro. As principais competições regionais encontram-se basicamente no Sul e no Sudeste. A Copa Sul, organizada pela Federação Catarinense de Futebol Americano, inclui times do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná Por sua vez, a Super Copa São Paulo tem times paulistas, mineiros, capixabas e sul-mato-grossenses. Além dessas duas, há uma competição menor: o Jungle Bowl, que é jogado por amazonenses e paraenses. Além dos certames regionais, algumas federações estaduais organizam competições locais, entre elas estão os torneios gaúcho, catarinense, paranaense, capixaba, candango, mato-grossense, amazonense e paraense.

Vasco da Gama (de preto) x Cariocas FA (de branco e azul)

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brasil O primeiro jogo oficial da Seleção Brasileira de Futebol Americano foi realizado no dia 17 de novembro de 2007, quando os brasileiros desafiaram a seleção uruguaia em amistoso em Montevidéu, no Uruguai. O Brasil perdeu o confronto por 20 a 14. De lá para cá, o Brasil Onças venceu em sequência as seleções chilena (33-0), uruguaia (49-0), carioca (17-6), nordestina (57-0) e, no dia 31 de janeiro de 2015, os brasileiros escreveram sua página mais heróica na história da modalidade ao conquistar uma vaga inédita para a IFAF World Championship – a Copa do Mundo da modalidade – ao bater a seleção panamenha, na Cidade do Panamá, por 26 a 14. No Mundial, a equipe perdeu para a França (31-6) e para a Austrália (16-8), mas conquistou uma vitória contra a Coreia do Sul (28-0). Com a campanha 1-2, o Brasil Onças encerrou a participação na sétima colocação.

Credito da foto: Victor Francisco/Salão Oval

Seleção Brasileira em campo

Saiba mais sobre o futebol americano no brasil Confederação Brasileira

Torneio Touchdown

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Equipes das três principais competições Superliga Nacional

Liga Nacional

Torneio Touchdown

América Bulls/RN

Brasília Alligators/DF

Botafogo Challengers/SP

Ceará Caçadores/CE

Brasília Leões de Judá/DF

Botafogo Reptiles/RJ

Coritiba Crocodiles/PR

Brasília V8/DF

Corinthians Steamrollers/SP

Cuiabá Arsenal/MT

Campo Grande Gravediggers/MS

Flamengo FA/RJ

Foz do Iguaçu Black Sharks/PR

Campo Grande Predadores/MS

Jaraguá Breakers/SC

Goiânia Rednecks/GO

Desportiva Piratas/ES

Juventude FA/RS

Itapema White Sharks/SC

Joinville Gladiators/SC

Lusa Lions/SP

João Pessoa Espectros/PB

Porto Alegre Pumpkins/RS

Minas Locomotiva/MG

Recife Mariners/PE

Santa Maria Soldiers/RS

Paraná HP/PR

Recife Pirates/PE

São José Bulls/RS

Rio Branco FA/ES

São José Istepôs/SC

Sinop Coyotes/MT

Santos Tsunami/SP

São Paulo Storm/SP

Sorocaba Vipers/SP

Timbó Rex/SC

Sergipe Bravos/SE

Sorriso Hornets/MT

Tubarões do Cerrado/DF

Ufersa Petroleiros/RN

Ponte Preta Gorilas

UFPR Brown Spiders/PR

Vitória FA/BA

Vasco da Gama Patriotas/RJ Vila Velha Tritões/ES

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EVERALDO MARQUES

BRASIL, O PAÍS DO FUTEBOL (AMERICANO) O sonho de trazer uma partida da NFL para cá está mais perto

Começou a carreira em 1996, na Rádio Jovem Pan, destacou-se cobrindo a Fórmula 1. Narra a NFL, nos canais ESPN, desde 2006, tendo comandado várias transmissões in loco do Super Bowl. Apresenta os programas The Book is on The Table e Semana NFL.

O Brasil vai sediar, em breve, um jogo oficial da Há alguns anos, escrevi sobre o sonho do touchdown NFL.” Qualquer um que fizesse essa afirmação brasileiro e a perspectiva da participação de jogadores do há uma década poderia estar carimbando seu nosso País na liga. Ela se concretizou em 2014, com Cairo passaporte para um manicômio. Hoje, a frase tem Santos, kicker do Kansas City Chiefs. Maikon Bonani muita chance de se tornar uma verdade. Em 2015, meu bateu na trave, o caminho está aberto e hoje muitos trabalho como narrador da NFL, na ESPN, vai chegar garotos sonham com a possibilidade de estudar nos à décima temporada. Quando comecei, não tinha a Estados Unidos e jogar futebol americano na escola ou na menor ideia de que a bola oval atingiria o crescimento faculdade. Em 2006, não havia ainda jogos de temporada a que chegou no País. regular fora dos Estados Unidos. A começar pelas transmissões – A internacionalização começou GRAÇAS À COPA DO eram apenas dois jogos por rodada, para valer no ano seguinte, com e eu achava para lá de improvável um jogo em Londres que, desde o MUNDO, HOJE TEMOS a hipótese de uma transmissão in ano passado, começou a receber loco de um Super Bowl, por exemplo. não um, nem dois, mas três jogos ARENAS QUE SUPORTAM Hoje, as equipes de transmissão se válidos pelo campeonato. multiplicaram, são quase 500 horas de A NFL continua expandindo suas bola oval no ar por ano e a decisão do BEM AS EXIGÊNCIAS DE fronteiras, jogos de temporada futebol americano é uma das maiores regular devem acontecer em breve audiências da ESPN. Lá atrás, em 2006, UM JOGO DE FUTEBOL também na Cidade do México e o havia pouca coisa organizada por aqui sonho, teoricamente impossível, de AMERICANO PROFISSIONAL em termos de competição – hoje, mais trazer uma partida oficial de NFL de uma centena de equipes pratica o para o Brasil agora tem boas persfutebol americano com equipamentos pectivas de se concretizar – parecompletos de proteção. Surreal. cem ser boas as chances de os gigantes aterrissarem por A Seleção Brasileira de Futebol Americano nem existia. aqui em 2017, para o Pro Bowl. Graças à Copa do Mundo, A primeira convocação só veio em 2007 e hoje, oito anos hoje temos arenas que suportam bem as exigências de depois, os Onças foram aos Estados Unidos para partilogística de um jogo de futebol americano profissional. cipar pela primeira vez da Copa do Mundo de Futebol Opção é o que não falta. As areias de Copacabana que, Americano – não sem antes conquistar uma vitória em 2006, sediavam o Carioca Bowl, iniciativa pioneira da marcante diante do Panamá, na casa do rival, no jogo prática da bola oval por aqui, podem, em 2017, receber os que valeu a vaga na competição principal. grandes astros da NFL em momento relax pouco antes de Nove anos atrás não havia jogadores brasileiros na NFL. rumar para um jogo no Maracanã. Nada mau, né?

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Saiba como funciona um

jogo da NFL O futebol americano é um jogo de conquista de território, no qual é preciso uma boa estratégia para vencer a força física do adversário 18 PÉS (5,64 M)

10 PÉS (3,04 M)

SIDELINE 100 JARDAS (91,44 M)

10 JARDAS (9,14 M)

ENDZONE

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GOAL POST


O básico O time que tem a posse da bola tenta avançar gradualmente, em jogadas de curta duração chamadas “downs”. Se conseguir levar a bola até a endzone do adversário, faz o touchdown, que vale 6 pontos. Mas também há outras formas de marcar, como o field goal, chute por entre as traves que vale 3 pontos.

Os times

São 11 atletas em campo para cada equipe. Como não há limite de substituições, os jogadores podem entrar e sair da partida quantas vezes o treinador quiser. Desta forma, quando o time tem a bola, usa 11 atacantes em campo. Quando não está com a bola, emprega 11 defensores. Nas jogadas de chute entram os chamados “especialistas”.

Tempo de jogo

São quatro períodos de 15 minutos, totalizando 60 minutos de partida. Mas o cronômetro é parado em algumas situações: se o jogador com a bola sair pela lateral, se algum time pontuar, se houver um passe incompleto (bola lançada que toca o chão antes de ser pega) e se houver falta.

das pernas ao quarterback – o “cérebro” do time. O quarterback então pode entregá-la a um jogador ao seu lado, lançá-la em profundidade ou correr com a bola ele mesmo.

Troca de posse de bola

Fim da jogada

•P erda em downs: Um time é obrigado a

O juiz apita e determina o fim da jogada sempre que o atleta com a bola é derrubado. A jogada também acaba se o jogador que carrega a bola sair pela lateral ou se houver um passe incompleto (bola lançada para frente que toca o chão antes de ser pega).

Mantendo a posse de bola

Se um time conseguir somar 10 jardas de avanço em pelo menos quatro jogadas (downs), mantém a posse de bola e ganha mais 4 chances – o chamado first down. E assim por diante. Se não conseguir, perde a posse da bola no local onde terminou a 4ª e última tentativa.

São cinco as possibilidades de perder a bola para o adversário ceder a bola ao adversário no ponto exato de sua última tentativa se gastar seus 4 downs e não conseguir avançar pelo menos 10 jardas.

•P UNT: Em vez de tentar avançar, o time

chuta a bola para longe, no ponto mais distante possível do campo. É um recurso usado muitas vezes na 4ª e última tentativa de avanço. O objetivo é não correr o risco de perder a posse da bola em posição de campo favorável ao adversário (perda em downs).

• T entativa de field goal malsucedidA: O adver-

sário ganha a posse de bola se o time que

Entenda o que aparece na TV Times e placar da partida

Período de jogo

Tempo para o fim do período de jogo

Início e reinício de partida

O chamado kickoff acontece no começo do primeiro e do segundo tempo. E também após qualquer pontuação. A bola é posicionada na linha de 35 jardas e chutada pelo kicker em direção ao campo do adversário. Um jogador do time adversário, o retornador, recebe a bola chutada e tenta avançar com ela o máximo que puder, até ser derrubado.

Número do down e jardas a conquistar

Segundos para começar a jogada (play clock)

Como começa e termina cada jogada Início da jogada

O começo da jogada (ou “down”) se chama “snap”. O center entrega a bola por baixo

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Entenda o esporte está atacando tentar um chute de field goal e não converter. A jogada se inicia então no ponto de onde a bola foi chutada. • F umble: - É a perda acidental da bola no

meio de uma jogada. Ou seja, se um atleta deixa a bola cair, ela fica “viva” e pode ser recuperada pelo adversário.

Lançamento e recepção

O quarterback pode arremessar a bola para um recebedor avançado. Mas isto só é permitido uma vez por jogada. E o passe deve ser realizado atrás da linha de scrimmage (a linha onde começou a jogada). A recepção só é válida se o jogador segurar a bola antes de ela tocar no chão.

Como se marcam pontos • Touchdown – vale 6 pontos É marcado sempre que um time conduz a bola além da linha de fundo do adversário (a chamada endzone). • Extra point – vale 1 ponto A equipe que acaba de marcar um touchdown recebe também a chance de chutar a bola entre as traves. Se acertar, ganha mais 1 ponto. • Conversão - vale 2 pontos Em vez de tentar o extra point, o time que marcou um touchdown pode ten-

• I nterceptação: Esse é o nome da perda

acidental durante um lançamento. Se a bola for pega no ar por um jogador da defesa adversária, em vez de ser agarrada pelo recebedor destinatário do passe, ocorre a troca de posse. É a pior coisa que pode acontecer para um quarterback.

Ações de atacantes e defensores

tar um novo touchdown, partindo da linha de 2 jardas e valendo 2 pontos. • Field goal – vale 3 pontos A qualquer momento, o time de posse da bola pode executar um chute com a bola partindo do chão. Se acertar entre as traves, ganha 3 pontos. • Safety – vale 2 pontos É o equivalente ao gol contra do futebol. Acontece caso o jogador com a bola seja derrubado dentro de sua própria endzone ou, ainda, se seu time cometer falta ou sair de campo por trás ou pelos lados da endzone.

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Corrida

Um jogador (geralmente o running back ou o fullback) recebe a bola das mãos do quarterback e então parte para a frente, tentando penetrar a defesa adversária.

Bloqueio

Cinco jogadores do ataque (os offensive linemen) são encarregados de proteger o quarterback nas jogadas de passe ou abrir caminho para o running back nas jogadas de corrida. Eles fazem isso empurrando os defensores adversários. Outros atacantes, como o tight end, o fullback e mesmo recebedores também bloqueiam conforme a jogada escolhida pelo técnico. Importante: não é permitido segurar os defensores adversários nem empurrá-los pelas costas.


Tackle

É o ato de derrubar o jogador que estiver de posse da bola, interrompendo assim o avanço do adversário. Quando o atleta derrubado é o quarterback, antes de fazer um passe ou correr, a jogada se chama “sack”.

FALTAS E PENALIDADES Confira as faltas mais comuns em um jogo da NFL: •A TRASO DE JOGO: O time que ataca tem 40

segundos para colocar a bola em jogo entre uma jogada e outra. Se exceder esse tempo, recua 5 jardas.

•S AÍDA FALSA: No início de uma jogada, os

jogadores do time com a posse da bola precisam estar parados (exceto por um jogador no backfield). Qualquer movimento antes do snap da bola é caracterizado como falta e perde-se 5 jardas.

• OFF SIDE: É marcada se um jogador do

time que se defende ultrapassar a linha de scrimmage antes do início da jogada. Perda de 5 jardas.

• HOLD ING: Só o jogador de posse da bola

Desvio de passe

Acontece quando o defensor desvia a bola lançada pelo quarterback adversário, impedindo que outro jogador daquele time consiga segurá-la.

Interceptação

Consiste em roubar a bola que foi arremessada pelo quarterback adversário enquanto ela ainda está no ar.

pode ser segurado ou agarrado. Todos os demais podem apenas se empurrar. Penalidade: 10 jardas para o ataque e 5 jardas se a defesa cometer a falta.

• CO NTATO ILEGAL: Em uma jogada de lança-

mento, um jogador de defesa só pode obstruir ou empurrar um de ataque num limite de 5 jardas da linha de scrimmage. Além disso, ocorre falta de 5 jardas.

• I NTERFERÊNCIA: Não é permitido a um

defensor deslocar um atacante para impedir a recepção. Ele só pode encostar no atacante no momento da disputa pela bola. Punição: primeira descida automática, com a bola sendo posicionada no local da falta.

• F ALTA PESSOAL: São atitudes que colocam

em risco a integridade do jogador adversário, incluindo segurar a máscara do capacete de outro jogador, usar o topo do capacete contra a cabeça ou os joelhos do adversário, aplicar um tackle fora dos limites do campo e muitas outras situações. A penalidade é de 15 jardas e primeira descida automática.

LIVROS SUGERIDOS Tire os Olhos da Bola O jornalista americano Pat Kirwan, que cobre a NFL há mais de 40 anos escreveu um livro direcionado àqueles que querem entender melhor as táticas, a estratégia e a mecânica do jogo. Ele parte de um princípio: quanto mais você compreender a complexidade do futebol americano, mais conseguirá apreciar o esporte como um todo. O livro foi traduzido para o português por iniciativa e sob coordenação do comentarista da ESPN Antony Curti, e serve como uma ótima forma de se aprofundar e para quem gosta de ver os jogos da NFL na televisão.

Tire os Olhos da Bola(R$ 45) Editora Simonsen - 248 páginas Língua: português (traduzido) http://bit.ly/tireosolhosdabola

TOUCHDOWN - 100 HISTÓRIAS DIVERTIDAS, CURIOSAS E INUSITADAS DO FUTEBOL AMERICANO” Escrito pelo jornalista e comentarista de futebol americano da ESPN, Paulo Mancha, o livro apresenta 100 pequenas histórias do esporte – algumas divertidas, outras dramáticas e todas sempre informativas, visando tanto os que já são fãs quanto os iniciantes. As histórias começam no século 19 e terminam no último Super Bowl, disputado em fevereiro de 2015, formando um grande apanhado da trajetória do futebol americano desde que foi inventado até os dias de hoje.

Touchdown (R$ 31,90) Panda Books - 168 páginas Língua: português www.pandabooks.com.br

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Entenda o esporte

POSIÇÕES A função de cada atleta em campo ATAQUE

Um time se divide em três esquadrões: ataque, defesa e especialistas

rb fb wr

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O

desenvolvimento do futebol americano moderno levou, nos anos 1950, a um sistema de três esquadrões distintos em um mesmo time que se revezam em campo conforme a situação. Quando a equipe tem a posse de bola, entram em campo os onze atletas do ataque. Ao perder a bola para o adversário, a equipe substitui esses jogadores pelos onze da defesa. E há, ainda, o esquadrão de especialistas, usado em situações específicas de chute.

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DEFESA


Atacantes Quarterback (QB)

O ataque é composto por linha ofensiva,backs e recebedores. Backs

É o cérebro do ataque. O quarterback é quem normalmente recebe a bola do center e tem a responsabilidade de comandar o ataque com jogadas terrestres (corridas) ou aéreas (passes). Para isso, ele tem três opções de execução de jogo: correr com a posse de bola, entregar para um runningback, ou tentar um passe para um recebedor.

Running backs (RB/FB) Sua principal função é executar as jogadas terrestres (corridas), partindo com a bola desde antes da linha de scrimmage.

Linha ofensiva Guards (G/RG/LG)

Center (C)

Tackles (T/OT)

Posicionados ao lado do center (um de cada lado), eles têm a função de proteger o jogador com a posse da bola, bloqueando os defensores adversários.

É o jogador que inicia a jogada na linha de scrimmage através do snap da bola. Também tem a função de bloquear os defensores adversários que tentam chegar ao jogador com a posse de bola.

Posicionados ao lado dos guards, também têm a função de impedir os defensores de assediarem o jogador com a posse da bola.

Recebedores Wide receiver (WR)

Tight end (TE)

São os especialistas em receber passes. Sua principal função é correr rotas para enganar a defesa e receber a bola em lançamentos pelo alto.

Joga ao lado do tackle e tem função dupla. Pode ser chamado a bloquear os defensores adversários em uma situação de corrida ou para receber a bola em um passe do quarterback.

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Entenda o esporte

Defensores

A defesa é composta por linha defensiva, linebackers e defensive backs Linha defensiva

Defensive tackles (DT/NT)

Defensive ends (DE)

São os jogadores que compõem o interior da primeira linha de combate ao adversário. Sua função é impedir a passagem dos running backs adversários e, ainda, avançar para tentar atrapalhar ou impedir um lançamento do quarterback.

Tem a mesma função do DT. Eles se posicionam ao lado dos defensive tackles e tem, como objetivo, atacar pelas laterais da linha ofensiva adversária.

Linebackers Linebackers (OLB, MLB) Formam um segundo setor da defesa. Posicionam-se algumas jardas atrás da linha defensiva. Sua função é impedir corridas, cobrir zonas de passe ou atacar o inimigo que estará com a bola. O middlelinebacker (MLB) tem ainda a função de “ler” o posicionamento do ataque adversário antes do começo da jogada para instruir seus companheiros em campo sobre como impedir o avanço.

Defensive backs (secundária) Cornerback (CB)

Safety (S/FS/SS)

Tem a função principal de marcar o wide receiver e impedi-lo de receber um passe. Ou tentar interceptar a bola em um lançamento do quarterback.

Jogam na sobra, afastados da linha de scrimmage. Tem como objetivo derrubar um atacante que eventualmente tenha passado por todos os outros níveis da defesa. Também auxiliam os cornerbacks em situações de passe em profundidade.

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Especialistas

São jogadores que entram em campo em situações de chute. Long snapper (LS)

Assim como o center, o longsnapper tem como objetivo iniciar a jogada em um snap para um holder ou punter.

Kicker (K)

Holder (H)

Também chamado de placekicker, tem a função de chutar a bola nos kickoffs, tentativas de fieldgoals e extra points (após um touchdown).

Tem como função receber a bola no snap e posicioná-la contra o chão da melhor forma possível para o chute do kicker, em uma tentativa de fieldgoal ou extra point.

Punter (P)

Retornador (KR/PR)

Tem como objetivo devolver a posse de bola para o adversário em um chute, de preferência muito longo, colocando o inimigo em situação desfavorável no campo.

Tem como objetivo retomar a posse e o controle da bola após um chute, avançar em campo e chegar a endzone adversária, ou o mais próximo dela.

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Glossário

do futebol Americano Conheça os termos do esporte que você pode ouvir em uma transmissão de futebol americano, tudo bem explicado! •A FC: Sigla de “American Football Con-

ference”. É uma das duas conferências que compõem a National Football League (NFL). A outra é a NFC. •A udible: Ato do quarterback, já na linha de scrimmage, informando os companheiros sobre uma mudança de tática na próxima jogada. Ocorre quando ele percebe que a defesa adversária está alinhada de forma a impedir a jogada previamente combinada. • Ba ckfield: Área do campo atrás da linha

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de scrimmage, onde se posicionam running back, full back e o quarterback. • Ba ck up: Reserva imediato de um jogador. •B litz: Ocorre quando outros jogadores, além dos que compõem a linha defensiva, tentam atacar o quarterback adversário. O objetivo é derrubar o quarterback antes que ele lance a bola (sack). A blitz pode ser feita por linebackers, cornerbacks ou safeties. •B loqueio: É a função principal dos offensive tackles e offensive guards. Ato de empurrar um adversário ou

obstruir sua passagem, mas sempre sem segurá-lo nem agarrá-lo (o que configura falta). •D efensive Back: Nome dado aos jogadores da secundária (os cornernacks e os safeties). •D escida: O mesmo que “down” ou “tentativa”. •D own: Nome de cada tentativa de avanço de um time durante seu ataque. Na NFL, um time tem 4 downs para conseguir pelo menos 10 jardas, para manter a posse de bola.


•D rive: Sequência de downs realizados

por um time desde o momento em que ele consegue a posse de bola até o momento em que a perde. • Esp ecialistas: Grupo de jogadores usados em situações de chutes (punt, kickoff, field goal ou ponto extra). • Ex tra Point: Ponto extra conferido a um time que acerta um chute entre as traves, logo após a marcação de um touchdown. • Fai r catcH: Situação em que o retornador de chutes abdica de avançar com a bola após recebê-la e, em contrapartida, os jogadores do time adversário não podem derrubá-lo. A jogada é declarada encerrada assim que ele segura a bola. Usado para garantir a integridade física do jogador. • Fi eld goal: Chute em direção as traves que vale 3 pontos. • Fi rst down: É a primeira tentativa de avanço em uma série de descidas. Também chamado de “Primeira Descida”. • F ranquia: O mesmo que clube de futebol • F umble: Perda acidental da posse da bola por contato adversário ou por descuido. Sempre que o fumble ocorrer, a posse de bola é de quem recuperá-la. • Ki ck off: Chute que inicia a partida. ou a reinicia após uma pontuação; • Han d-off: É o ato de entregar a bola de mão para mão, sem lançamento. • Has hmarks: São marcações no gramado a cada 1 jarda. •H ead coach: É o técnico principal do time. •H uddle: Reunião dos jogadores realizada antes de cada jogada. • I nterceptação: Bola roubada pela defesa numa jogada aérea. • Lin ha de Scrimmage: A linha que divide os territórios de cada time. Nela se inicia cada jogada. •M VP (Most Valuable Player): Título concedido ao melhor jogador de uma partida, de uma rodada ou mesmo do campeonato.

• P ass rush: Ato de pressionar o quar-

terback e forçá-lo a cometer um erro. Ocorre quando, em vez de ficarem na cobertura, os jogadores da defesa partem para cima do lançador. • Play-action: Ato em que o quarterback simula a entregar da bola nas mãos do running back e, em seguida, faz um lançamento, surpreendendo a defesa adversária. • P layoffs: É a fase final do campeonato, em sistema de mata-mata. • P ocket: Área imaginária em que o quarterback está protegido por seus bloqueadores. Também conhecido com “bolsão de proteção”. • P re-season: Chamada de “pré-temporada” em português. É o período de treinamentos e jogos amistosos antes do início do campeonato. • P rimeira descida: idem a “First Down”. •R edzone: Região do campo entre a marca de 20 jardas e a endzone. •S ack: É o ato de derrubar o quarterback adversário atrás da linha de scrimmage, antes que ele consiga realizar um passe. •S afety: Espécie de “gol contra” do futebol americano. Vale 2 pontos para o adversário e acontece quando o jogador de posse de bola é derrubado dentro de sua própria endzone. Ou quando comete uma falta nessa parte do campo ou,

ainda, se deixar a bola escapar e ela sair pelo fundo ou pelas laterais da endzone. •S ecundária: Setor da defesa encarregado de cobrir as laterais e o fundo do campo. Compõe-se de cornerbacks e safeties. •S nap: Realizado pelo center, consiste em passar a bola por debaixo das pernas ao quarterback. É o movimento de colocar a bola em jogo. • Ta ckle: Movimento de interromper o avanço do adversário que carrega a bola, derrubando-o por meio de encontrão ou por meio de uma agarrada. • T ouchdown: Ato de levar a bola até a endzone adversária. Vale 6 pontos. • T raining Camp: Treinamentos que ocorrem antes do começo do campeonato. • T urnover: Perda acidental da posse de bola, seja por uma interceptação, seja por um fumble. • T wo minute warning: Parada obrigatória que ocorre na NFL quando faltam 2 minutos para acabar o 2º período e o 4º período. • T wo point conversion: É uma alternativa ao chute de ponto extra quando um time marca um touchdown. A equipe tenta anotar um novo touchdown, partindo da linha de 2 jardas. Se bem sucedida, a jogada vale 2 pontos. Também chamada de “Conversão de dois pontos”. • Wi ld Card: Time que se classifica para os playoffs sem ser campeão da sua divisão.

•N FC – (National Football Conference:

É uma das duas conferências que compõem a National Football League (NFL). A outra é a AFC. •O ff-season: O período entre o final de um campeonato e o começo de outro.

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História

O esporte preferido doS

AMERICANOS

C

ertamente seus amigos perguntam para você: “Por que esse esporte se chama ‘futebol’ se é jogado com as mãos?” Para entender isso, é preciso voltar no tempo, mais especificamente a meados do século 19. Naquela época, muitos jovens de famílias ricas americanas foram morar e estudar na Grã-Bretanha. E lá aprendiam os dois esportes mais populares: o association football (“soccer”) – jogado com os pés e com a bola redonda – e o rugby football – uma modalidade derivada da

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primeira, que previa o uso também das mãos. Ao voltarem para os EUA, esses estudantes fizeram os dois esportes se espalharem pelas universidades. Mas com regras misturadas. Em 1876, diretores atléticos das universidades de Princeton, Harvard e Columbia decidiram “botar ordem na casa”. Padronizaram as leis do jogo e assim surgiu o American football, que se assemelhava ao rugby. Uma novidade que distanciaria muito o novo esporte do rugby inglês foi trazida pelo jornalista Walter Camp – considerado o “pai do

futebol americano”. É o conceito de conquista de território. Ou seja, sempre que o atleta de posse da bola fosse derrubado, o juiz deveria interromper o jogo e medir o avanço (ou recuo) de seu time naquela jogada – tudo em jardas. A cada três jogadas (que ele batizou de “downs”), o time deveria conquistar pelo menos 5 jardas. Caso contrário, era obrigado a dar a bola ao adversário. Alguns anos depois, a regra mudou para 4 tentativas (downs) e 10 jardas a conquistar, como é hoje em dia. Vale lembrar que naquela época não existiam regras claras sobre como se po-


Conheça a saga do esporte que nasceu como uma versão mal-acabada do rugby inglês e, em 150 anos, tornou-se uma das modalidades mais emocionantes do planeta

a isso, muitas regras foram alteradas, inclusive a introdução do passe para a frente, invenção do treinador John Heisman. Deu tão certo que hoje Heisman é o nome de um prêmio dado ao melhor jogador universitário a cada temporada. O futebol americano ficou mais estratégico, seguro e bom de assistir. Não admira que o público nos estádios tenha crescido, até que, em 1920, fosse criada a liga profissional, atualmente conhecida como National Football League (NFL). São dessa época equipes como Giants, Bears, Packers e Cardinals. Mas não pense que a NFL era a maravilha de hoje em dia... Nos seus primeiros anos, times surgiam e desapareciam de um campeonato para outro, os regulamentos eram uma bagunça e havia muito improviso. Para ter ideia, em 1933, a final entre Chicago Bears e Portsmouth Spartans aconteceu em uma arena de exposições

atletas da NFL foram convocados para lutar na Europa e no Pacífico. Por isso, alguns times desistiram de disputar o campeonato de 1943, devido à escassez de jogadores em seus elencos. E houve aqueles que se fundiram temporariamente, como Steelers e Eagles, que jogaram com o apelido de “Steagles”. Sem muito tempo para formar substitutos para os atletas que estavam na guerra, os clubes sugeriram à NFL que mudasse a regra do jogo e permitisse substituições ilimitadas. A ideia era poder treinar cada novo jogador em apenas uma posição, do ataque ou da defesa, ao contrário do que ocorria antes. Isso porque, até a Segunda Guerra Mundial, os mesmos 11 jogadores de uma equipe faziam as funções de ataque e defesa numa partida. Assim, surgem os plantéis como os da atualidade, com esquadrões separados para atacar e defender. Na década

O FUTEBOL AMERICANO ERA UM JOGO FEIO E VIOLENTO, A PONTO DE INDUZIR 18 MORTES DE ATLETAS UNIVERSITÁRIOS EM 1905. O PRESIDENTE THEODORE ROOSEVELT QUASE PROIBIU A MODALIDADE

dia derrubar o adversário que estava com a bola, nem equipamentos de proteção. Também não se podia arremessar a bola para a frente, mas somente correr com ela ou passar a um companheiro que estivesse ao lado ou atrás (como no rugby). Por isso, o futebol americano era um jogo feio e violento, a ponto de induzir 18 mortes de atletas universitários em 1905.

Ele quase foi proibido!

O presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, chocou-se com esse fato e ameaçou proibir a modalidade. Graças

de animais em Chicago, porque o estádio oficial, Wrigley Field, havia sido interditado devido a uma tempestade de neve. Foi a gota d’água e a liga decidiu se reorganizar. Só aí a NFL passou a buscar o padrão de excelência que tem, hoje, em dia. Em 1936, por exemplo, surgiu o draft universitário, onde os clubes recrutam os melhores atletas das faculdades. Para favorecer o equilíbrio na liga, a equipe de pior campanha na temporada anterior tem sempre o direito de escolher primeiro, contratando, dessa forma, o melhor jogador universitário dos anos anteriores.

guerra mudou o esporte

Outra mudança importante, veio na Segunda Guerra Mundial. Exatos 638

de 1950, graças à TV, a NFL ganhou as mentes e corações dos americanos. O auge dessa mudança ocorreu em 28 de dezembro de 1958, dia da final entre Baltimore Colts e New York Giants. A audiência quebrou recordes, com 45 milhões de telespectadores e esse ficou conhecido como o “maior jogo de todos os tempos”. Empolgados com a audiência na TV e nos estádios, vários empresários criaram novas equipes profissionais, assim como uma liga concorrente, chamada American Football League (AFL), em 1960. Foi na AFL que despontaram grandes equipes como New York Jets, Kansas City Chiefs, New England Patriots, Buffalo Bills e Denver

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História

Campeões da era pré-Super Bowl (1920-66) TIME

Broncos. Finalmente, em 1966, AFL e NFL fizeram um pacto. Surgiu assim o jogo entre os campeões de ambas, para determinar quem era o verdadeiro time número 1 do país. Nome da partida: Super Bowl. A primeira edição teve o Green Bay Packers, da NFL, vencendo por 35 a 10 o Kansas City Chiefs, da AFL. E, em 1970, a unificação definitiva dos times das duas ligas deu origem à “nova NFL”. O técnico do Green Bay Packers, Vince Lombardi, cinco vezes campeão nacional, dá nome ao troféu entregue ao vencedor do Super Bowl.

O esporte favorito dos americanos Foi nessa época também que o futebol americano superou o beisebol na preferência do público. O sucesso aumentou com as chamadas “dinastias” das décadas seguintes. Esse é o nome dado às equipes que dominaram por alguns anos o futebol americano nos EUA. Caso do Miami Dolphins, que ganhou fama por levar a taça em 1972 e 73, sendo a primeira em uma temporada invicta – a única registrada até hoje, com 17 vitórias seguidas. O Pittsburgh Steelers foi quatro vezes

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campeão entre 1975 e 1980, com a sua famosa defesa apelidada de steel curtain (“cortina de aço”). Já o San Francisco 49ers levou cinco Super Bowls entre 1981 e 1994, quatro deles com o quarterback Joe Montana no comando e um com Steve Young. A seguir, o Dallas Cowboys, que havia vencido dois campeonatos nos anos 1970, teve também sua dinastia. De 1992 a 1995, o astro Troy Aikman garantiria mais três troféus à equipe texana. Desde os anos 1990, o Super Bowl virou um show, com os maiores artistas da música americana se apresentando durante o intervalo. E, nos anos 2000, despontaram figuras como Tom Brady, líder do New England Patriots – quatro vezes campeão na década – além de Peyton Manning, ídolo do Indianapolis Colts e do Denver Broncos. Sem falar em Aaron Rodgers, do Green Bay Packers, Bem Roethlisberger, do Pittsburgh Steelers, Marshawn Lynch, do Seattle Seahawks... Qualquer lista de grandes jogadores dos últimos anos seria injusta, pois deixaria muitos de fora. Por isso, aproveite a temporada da NFL e faça seu próprio ranking. Craques não faltam!

TÍTULOS

Green Bay Packers

9

Chicago Bears

8

Cleveland Browns

4

New York Giants

4

Detroit Lions

4

Baltimore Colts*A

3

Philadelphia Eagles

3

Washington Redskins

2

Kansas City Chiefs

2

Los Angeles Rams*B

2

Canton Bulldogs*C

2

Chicago Cardinals*D

2

Houston Oilers*E

2

Buffalo Bills

2

Oakland Raiders

1

Akron Pros*C

1

Cleveland Bulldogs*C

1

Frankford Yellow Jackets*C

1

Providence Steam Roller*C

1

Minnesota Vikings

1

San Diego Chargers

1

*A Atual Indianapolis Colts; *B Atual St. Louis Rams; *C Time extinto; *D Atual Arizona Cardinals; *E Atual Tennessee Titans.

Campeões da era Super Bowl (1967-hoje) TIME

TÍTULOS

Pittsburgh Steelers

6

San Francisco 49ers

5

Dallas Cowboys

5

Green Bay Packers

4

New York Giants

4

New England Patriots

4

Washington Redskins

3

L.A./Oakland Raiders

3

Miami Dolphins

2

Denver Broncos

2

Baltimore/Indianapolis Colts

2

Baltimore Ravens

2

Kansas City Chiefs

1

L.A./St. Louis Rams

1

Chicago Bears

1

New York Jets

1

Tampa Bay Buccaneers

1

New Orleans Saints

1

Seattle Seahawks

1

Nunca ganharam um Super Bowl: Philadelphia Eagles, Tennessee Titans, Atlanta Falcons, San Diego Chargers, Buffalo Bills, Cincinnati Bengals, Minnesota Vikings, Arizona Cardinals, Detroit Lions, Cleveland Browns, Jacksonville Jaguars, Houston Texans e Carolina Panthers


Paulo Antunes

O Quarterback

Após morar 17 anos nos Estados Unidos, atua desde março de 2006 como comentarista de esportes norte-americanos nos canais ESPN. É formado em jornalismo pela Faculdade Emerson, de Boston, trabalhou por três anos como repórter na VTV, de Santos (SP), antes de ir para o time dos canais ESPN. Comenta jogos da MLB e da NFL ao lado de Everaldo Marques, além de participar dos programas The Book is on the Table, Semana NFL e de conduzir o programa Antunadas.

Olhei pro céu, o sol sorriu a NFL que refletiu.

São todos bons, não acha não? Desde que não haja lesão.

A temporada está aqui, com fãs tão prontos pra seguir

É só assim que vem janeiro, mês que Dalton é grosseiro.

equipes fortes, equipes fracas. O torcedor que sofre pacas.

Houston, Cleveland não sei não. Lá não tem definição.

Reza baixinho a espera que é de amor que ele berra.

Em Nova York tem Fitzpatrick. Não acredito em Fitzmagic.

A esperança, geralmente, não é de muita gente.

Quem paga as contas para os Bills? Eu não sei, não soltam um piu!

E sim de um, não moleque, esse é o quarterback.

O Mariota em Tennessee e os Redskins de RGIII

Flacco, Brady e Peyton Manning, Aaron Rodgers e Eli Manning,

sobem alto no palanque com holofotes a todo instante.

Wilson, Brees e Big Ben: são anéis que esses têm.

O mesmo vale para o Winston que não, não vem de Princeton.

Para Ryan e Kaepernick, não vai ser um piquenique.

Abaixo deles, sonha grande uma safra cativante.

Se vai ser hoje ou no futuro desse trio não estou seguro.

E aí estão os principais. Não vence sem eles jamais.

Rivers, Luck e Tony Romo, sonham sim, que vai ter como.

Mas quem tem muito a provar é Teddy, Blake e Derek Carr.

E se o tribunal não cancelar terá mais um pra cornetar.

Enquanto Smith e Tannehill têm a esperança por um fio.

Agora é o ano dois, hora de dar nome aos bois.

Garoppolo vai conseguir à altura substituir?

Tem Newton, Palmer e Matt Stafford Cutler, Foles e Sam Bradford.

Em Atlanta e São Francisco novos técnicos trocam o disco.

Dizem que Brady é vilão Mas na verdade é o campeão!

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publieditorial

PLAYOFF SPORTS BAR

Onde a amizade, esportes e cerveja são prioridades

Campinas

Parceiro oficial do Mavericks, time de futebol americano de Campinas e região, o Playoff Sports Bar é a segunda casa dos “Touros de Paulínia”, onde os atletas e seus familiares se reúnem para acompanhar os jogos da NFL. O bar conta com decoração temática com 5 televisores sintonizados em canais esportivos a todo momento, e ainda é possível jogar sinuca enquanto assiste seu time do coração. A especialidade é a carta de cervejas contendo mais de 20 rótulos nacionais e internacionais. A pedida é saborear uma Pale Ale com um dos deliciosos aperitivos, ou uma Weissbier com os irresistíveis mini burgers! Rua Major Solon, 293, Cambuí

facebook.com/playoffsportsbarcampinas

São Bernardo do Campo

BOOKMAKER SPORTS PUB

Para todos os gostos e esportes

Idealizada por jogadores de Futebol Americano das equipes Cougars e Corsários, rivais no ABC, os sócios criaram um novo conceito de bar na região, homenageando diversas modalidades esportivas e prestigiando a cultura de balcão, tão presente nos pubs londrinos e americanos. Na culinária, típica dos Estados Unidos, destacam-se os pratos iguais aos feitos em estádios norte americanos, como as deliciosas kentucky fried chicken de Georgetown, acompanhada dos molhos buffalo pepper sauce e honey mustard. A carta de cervejas possui mais de 40 rótulos e o Chopp servido é o Einsenbahn. Rua Continental, 355, Jd. do Mar

+55 (11) 2381-9338 | facebook.com/bookmakersportspub

CARTOLAS SPORTS BAR E RESTAURANTE

Curitiba

Com ambiente descontraído, além de ter um espaço voltado aos apreciadores de esportes com várias TVS e um telão para transmissão de diversas modalidades, possui um ambiente aconchegante para curtir um Happy Hour. Quando se trata de versatilidade, esse é o bar! Anualmente realiza diversos eventos esportivos, dentre eles o Campeonato Brasileiro de League of Legends. Mas é durante a temporada da NFL que a casa enche de fãs de Futebol Americano. O atendimento é excelente e lá você encontra um cardápio variado com porções, petiscos e pratos na chapa, além de um Chopp sempre gelado, variedades de cervejas nacionais e importadas, cachaças, drinks e outros destilados. + 55 (41) 3209-6982 | facebook.com/cartolassportsbar

São paulo

HOOTERS

Rua Emiliano Perneta, 880, Centro

Boa comida, ambiente descontraído e as famosas Garotas Hooters.

O Hooters, referência como sportsbar, possui televisores e telões sempre ligados em canais esportivos. No dia 10 de setembro, começa a Temporada NFL 2015 e as unidades Vila Olímpia, Paulista e Mooca vão transmitir os jogos. As partidas acontecem nas quintas, domingos e segundas, sempre à noite. Para acompanhar, a casa sugere o prato mais emblemático da rede, as Chicken Wings, asinhas de frango empanadas com molho apimentado, e o geladíssimo pitcher de chopp Devassa. Para não perder nenhum lance, o bar ainda conta com as Garotas Hooters, garçonetes conhecidas mundialmente pelo carisma e atendimento. + 55 (11) 3842-3300 Rua Gomes de Carvalho, 1575, Vila Funchal

www.hootersbrasil.com.br | facebook.com/hootersbrasil


A


CALENDÁRIO

ACOMPANHE O SEU TIME

Confira, no horário de Brasília, a tabela de todas as partidas da temporada 2015/2016 da NFL

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SEMANA 1 Quinta-feira, 10 de setembro Pittsburgh Steelers @ New England Patriots Domingo, 13 de setembro Indianapolis Colts @ Buffalo Bills Kansas City Chiefs @ Houston Texans Carolina Panthers @ Jacksonville Jaguars Cleveland Browns @ New York Jets Seattle Seahawks @ St. Louis Rams Miami Dolphins @ Washington Redskins New Orleans Saints @ Arizona Cardinals Detroit Lions @ San Diego Chargers Baltimore Ravens @ Denver Broncos Cincinnati Bengals @ Oakland Raiders Tennessee Titans @ Tampa Bay Buccaneers New York Giants @ Dallas Cowboys Segunda-feira, 14 de setembro Philadelphia Eagles @ Atlanta Falcons Minnesota Vikings @ San Francisco 49ers

SEMANA 3 Quinta-feira, 24 de setembro Washington Redskins @ New York Giants Domingo, 27 de setembro Cincinnati Bengals @ Baltimore Ravens New Orleans Saints @ Carolina Panthers Oakland Raiders @ Cleveland Browns Atlanta Falcons @ Dallas Cowboys Tampa Bay Buccaneers @ Houston Texans San Diego Chargers @ Minnesota Vikings Jacksonville Jaguars @ New England Patriots Philadelphia Eagles @ New York Jets Pittsburgh Steelers @ St. Louis Rams Indianapolis Colts @ Tennessee Titans San Francisco 49ers @ Arizona Cardinals Buffalo Bills @ Miami Dolphins Chicago Bears @ Seattle Seahawks Denver Broncos @ Detroit Lions Segunda-feira, 28 de setembro Kansas City Chiefs @ Green Bay Packers

21H30 14H 14H 14H 14H 14H 14H 17H05 17H05 17H25 17H25 17H25 21H30 20H10 23H20

21H25 14H 14H 14H 14H 14H 14H 14H 14H 14H 14H 17H05 17H25 17H25 21H30 21H30

SEMANA 5 Quinta-feira, 8 de outubro Indianapolis Colts @ Houston Texans 21H25 Domingo, 11 de outubro Washington Redskins @ Atlanta Falcons 14H Cleveland Browns @ Baltimore Ravens 14H Seattle Seahawks @ Cincinnati Bengals 14H St. Louis Rams @ Green Bay Packers 14H Chicago Bears @ Kansas City Chiefs 14H New Orleans Saints @ Philadelphia Eagles 14H Jacksonville Jaguars @ Tampa Bay Buccaneers 14H Buffalo Bills @ Tennessee Titans 14H Arizona Cardinals @ Detroit Lions 17H05 New England Patriots @ Dallas Cowboys 17H25 Denver Broncos @ Oakland Raiders 17H25 San Francisco 49ers @ New York Giants* 21H30 Segunda-feira, 12 de outubro Pittsburgh Steelers @ San Diego Chargers 21H30 N達o jogam esta semana: Carolina, Miami, Minnesota, NY Jets

SEMANA 2 Quinta-feira, 17 de setembro Denver Broncos @ Kansas City Chiefs Domingo, 20 de setembro New England Patriots @ Buffalo Bills Houston Texans @ Carolina Panthers Arizona Cardinals @ Chicago Bears San Diego Chargers @ Cincinnati Bengals Tennessee Titans @ Cleveland Browns Detroit Lions @ Minnesota Vikings Tampa Bay Buccaneers @ New Orleans Saints Atlanta Falcons @ New York Giants San Francisco 49ers @ Pittsburgh Steelers St. Louis Rams @ Washington Redskins Miami Dolphins @ Jacksonville Jaguars Baltimore Ravens @ Oakland Raiders Dallas Cowboys @ Philadelphia Eagles Seattle Seahawks @ Green Bay Packers Segunda-feira, 21 de setembro New York Jets @ Indianapolis Colts

21H25 14H 14H 14H 14H 14H 14H 14H 14H 14H 14H 17H05 17H05 17H25 21H30 21H30

SEMANA 4 Quinta-feira, 1尊 de outubro Baltimore Ravens @ Pittsburgh Steelers 21H25 Domingo, 4 de outubro New York Jets @ Miami Dolphins (Londres) 10H30 Houston Texans @ Atlanta Falcons 14H New York Giants @ Buffalo Bills 14H Oakland Raiders @ Chicago Bears 14H Kansas City Chiefs @ Cincinnati Bengals 14H Jacksonville Jaguars @ Indianapolis Colts 14H Carolina Panthers @ Tampa Bay Buccaneers 14H Philadelphia Eagles @ Washington Redskins 14H Cleveland Browns @ San Diego Chargers 17H05 St. Louis Rams @ Arizona Cardinals 17H25 Minnesota Vikings @ Denver Broncos 17H25 Green Bay Packers @ San Francisco 49ers 17H25 Dallas Cowboys @ New Orleans Saints 21H30 Segunda-feira, 5 de outubro Detroit Lions @ Seattle Seahawks 21H30 N達o jogam esta semana: Tennessee, New England

SEMANA 6 Quinta-feira, 15 de outubro Atlanta Falcons @ New Orleans Saints 21H25 Domingo, 18 de outubro Cincinnati Bengals @ Buffalo Bills 15H Denver Broncos @ Cleveland Browns 15H Chicago Bears @ Detroit Lions 15H Houston Texans @ Jacksonville Jaguars 15H Kansas City Chiefs @ Minnesota Vikings 15H Washington Redskins @ New York Jets 15H Arizona Cardinals @ Pittsburgh Steelers 15H Miami Dolphins @ Tennessee Titans 15H Carolina Panthers @ Seattle Seahawks 18H05 San Diego Chargers @ Green Bay Packers 18H25 Baltimore Ravens @ San Francisco 49ers 18H25 New England Patriots @ Indianapolis Colts* 21H30 Segunda-feira, 19 de outubro New York Giants @ Philadelphia Eagles 21H30 N達o jogam esta semana: Dallas, Oakland, St. Louis, Tampa Bay

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SEMANA 7 Quinta-feira, 22 de outubro Seattle Seahawks @ San Francisco 49ers 22H25 Domingo, 25 de outubro Buffalo Bills @ Jacksonville Jaguars (Londres) 11H30 Minnesota Vikings @ Detroit Lions 15H New Orleans Saints @ Indianapolis Colts 15H Pittsburgh Steelers @ Kansas City Chiefs 15H Houston Texans @ Miami Dolphins 15H New York Jets @ New England Patriots 15H Cleveland Browns @ St. Louis Rams 15H Atlanta Falcons @ Tennessee Titans 15H Tampa Bay Buccaneers @ Washington Redskins 15H Oakland Raiders @ San Diego Chargers 18H05 Dallas Cowboys @ New York Giants 18H25 Philadelphia Eagles @ Carolina Panthers* 22H30 Segunda-feira, 26 de outubro Baltimore Ravens @ Arizona Cardinals 22H30 Não jogam esta semana: Chicago, Cincinnati, Denver, Green Bay

SEMANA 8 Quinta-feira, 29 de outubro Miami Dolphins @ New England Patriots 22H25 Domingo, 1º de novembro Detroit Lions @ Kansas City Chiefs (Londres) 11H30 Tampa Bay Buccaneers @ Atlanta Falcons 16H San Diego Chargers @ Baltimore Ravens 16H Minnesota Vikings @ Chicago Bears 16H Arizona Cardinals @ Cleveland Browns 16H Tennessee Titans @ Houston Texans 16H New York Giants @ New Orleans Saints 16H Cincinnati Bengals @ Pittsburgh Steelers 16H San Francisco 49ers @ St. Louis Rams 16H New York Jets @ Oakland Raiders 19H05 Seattle Seahawks @ Dallas Cowboys 19H25 Green Bay Packers @ Denver Broncos* 23H30 Segunda-feira, 2 de novembro Indianapolis Colts @ Carolina Panthers 23H30 Não jogam esta semana: Buffalo, Jacksonville, Philadelphia, Washington

SEMANA 9 Quinta-feira, 5 de novembro Cleveland Browns @ Cincinnati Bengals 23H25 Domingo, 8 de novembro Miami Dolphins @ Buffalo Bills 16H Green Bay Packers @ Carolina Panthers 16H St. Louis Rams @ Minnesota Vikings 16H Washington Redskins @ New England Patriots 16H Tennessee Titans @ New Orleans Saints 16H Jacksonville Jaguars @ New York Jets 16H Oakland Raiders @ Pittsburgh Steelers 16H Atlanta Falcons @ San Francisco 49ers 19H New York Giants @ Tampa Bay Buccaneers 19H05 Denver Broncos @ Indianapolis Colts 19H25 Philadelphia Eagles @ Dallas Cowboys* 23H30 Segunda-feira, 9 de novembro Chicago Bears @ San Diego Chargers 23H30 Não jogam esta semana: Arizona, Baltimore, Detroit, Houston, Kansas City, Seattle

SEMANA 10 Quinta-feira, 12 de novembro Buffalo Bills @ New York Jets 23H25 Domingo, 15 de novembro Jacksonville Jaguars @ Baltimore Ravens 16H Detroit Lions @ Green Bay Packers 16H Miami Dolphins @ Philadelphia Eagles 16H Cleveland Browns @ Pittsburgh Steelers 16H Chicago Bears @ St. Louis Rams 16H Dallas Cowboys @ Tampa Bay Buccaneers 16H Carolina Panthers @ Tennessee Titans 16H New Orleans Saints @ Washington Redskins 16H Minnesota Vikings @ Oakland Raiders 19H05 Kansas City Chiefs @ Denver Broncos 19H25 New England Patriots @ New York Giants 19H25 Arizona Cardinals @ Seattle Seahawks* 23H30 Segunda-feira, 16 de novembro Houston Texans @ Cincinnati Bengals 23H30 Não jogam esta semana: Atlanta, Indianapolis, San Diego, San Francisco

SEMANA 11 Quinta-feira, 19 de novembro Tennessee Titans @ Jacksonville Jaguars 23H25 Domingo, 22 de novembro Indianapolis Colts @ Atlanta Falcons 16H St. Louis Rams @ Baltimore Ravens 16H Washington Redskins @ Carolina Panthers 16H Denver Broncos @ Chicago Bears 16H Oakland Raiders @ Detroit Lions 16H New York Jets @ Houston Texans 16H Dallas Cowboys @ Miami Dolphins 16H Green Bay Packers @ Minnesota Vikings 16H Tampa Bay Buccaneers @ Philadelphia Eagles 16H Cincinnati Bengals @ Arizona Cardinals 19H05 San Francisco 49ers @ Seattle Seahawks 19H25 Kansas City Chiefs @ San Diego Chargers* 23H30 Segunda-feira, 23 de novembro Buffalo Bills @ New England Patriots 23H30 Não jogam esta semana: Cleveland, New Orleans, NY Giants, Pittsburgh

SEMANA 12 Quinta-feira, 26 de novembro Philadelphia Eagles @ Detroit Lions Carolina Panthers @ Dallas Cowboys Chicago Bears @ Green Bay Packers Domingo, 29 de novembro Minnesota Vikings @ Atlanta Falcons St. Louis Rams @ Cincinnati Bengals New Orleans Saints @ Houston Texans Tampa Bay Buccaneers @ Indianapolis Colts San Diego Chargers @ Jacksonville Jaguars Buffalo Bills @ Kansas City Chiefs Miami Dolphins @ New York Jets Oakland Raiders @ Tennessee Titans New York Giants @ Washington Redskins Arizona Cardinals @ San Francisco 49ers Pittsburgh Steelers @ Seattle Seahawks New England Patriots @ Denver Broncos* Segunda-feira, 30 de novembro Baltimore Ravens @ Cleveland Browns

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15H30 19H30 23H30 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 19H05 19H25 23H30 23H30


SEMANA 13 Quinta-feira, 3 de dezembro Green Bay Packers @ Detroit Lions Domingo, 6 de dezembro Houston Texans @ Buffalo Bills San Francisco 49ers @ Chicago Bears Cincinnati Bengals @ Cleveland Browns Baltimore Ravens @ Miami Dolphins Seattle Seahawks @ Minnesota Vikings Carolina Panthers @ New Orleans Saints New York Jets @ New York Giants Arizona Cardinals @ St. Louis Rams Atlanta Falcons @ Tampa Bay Buccaneers Jacksonville Jaguars @ Tennessee Titans Kansas City Chiefs @ Oakland Raiders Denver Broncos @ San Diego Chargers Philadelphia Eagles @ New England Patriots Indianapolis Colts @ Pittsburgh Steelers* Segunda-feira, 7 de dezembro Dallas Cowboys @ Washington Redskins SEMANA 15 Quinta-feira, 17 de dezembro Tampa Bay Buccaneers @ St. Louis Rams Sábado, 19 de dezembro New York Jets @ Dallas Cowboys Domingo, 20 de dezembro Kansas City Chiefs @ Baltimore Ravens Houston Texans @ Indianapolis Colts Atlanta Falcons @ Jacksonville Jaguars Chicago Bears @ Minnesota Vikings Tennessee Titans @ New England Patriots Carolina Panthers @ New York Giants Arizona Cardinals @ Philadelphia Eagles Buffalo Bills @ Washington Redskins Green Bay Packers @ Oakland Raiders Cleveland Browns @ Seattle Seahawks Denver Broncos @ Pittsburgh Steelers Miami Dolphins @ San Diego Chargers Cincinnati Bengals @ San Francisco 49ers* Segunda-feira, 21 de dezembro Detroit Lions @ New Orleans Saints SEMANA 17 Domingo, 3 de janeiro New Orleans Saints @ Atlanta Falcons New York Jets @ Buffalo Bills Tampa Bay Buccaneers @ Carolina Panthers Detroit Lions @ Chicago Bears Baltimore Ravens @ Cincinnati Bengals Pittsburgh Steelers @ Cleveland Browns Washington Redskins @ Dallas Cowboys Minnesota Vikings @ Green Bay Packers Jacksonville Jaguars @ Houston Texans Tennessee Titans @ Indianapolis Colts Oakland Raiders @ Kansas City Chiefs New England Patriots @ Miami Dolphins Philadelphia Eagles @ New York Giants Seattle Seahawks @ Arizona Cardinals San Diego Chargers @ Denver Broncos St. Louis Rams @ San Francisco 49ers * Jogos sujeitos à alteração de horário

23H25 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 19H05 19H05 19H25 23H30 23H30

23H25 23H25 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 19H05 19H05 19H25 19H25 23h30 23H30

SEMANA 14 Quinta-feira, 10 de dezembro Minnesota Vikings @ Arizona Cardinals Domingo, 13 de dezembro Atlanta Falcons @ Carolina Panthers Washington Redskins @ Chicago Bears Pittsburgh Steelers @ Cincinnati Bengals San Francisco 49ers @ Cleveland Browns New England Patriots @ Houston Texans Indianapolis Colts @ Jacksonville Jaguars San Diego Chargers @ Kansas City Chiefs Tennessee Titans @ New York Jets Buffalo Bills @ Philadelphia Eagles Detroit Lions @ St. Louis Rams New Orleans Saints @ Tampa Bay Buccaneers Oakland Raiders @ Denver Broncos Dallas Cowboys @ Green Bay Packers Seattle Seahawks @ Baltimore Ravens* Segunda-feira, 14 de dezembro New York Giants @ Miami Dolphins SEMANA 16 Quinta-feira, 24 de dezembro San Diego Chargers @ Oakland Raiders Sábado, 26 de dezembro Washington Redskins @ Philadelphia Eagles Domingo, 27 de dezembro Carolina Panthers @ Atlanta Falcons Dallas Cowboys @ Buffalo Bills San Francisco 49ers @ Detroit Lions Cleveland Browns @ Kansas City Chiefs Indianapolis Colts @ Miami Dolphins New York Giants @ Minnesota Vikings Jacksonville Jaguars @ New Orleans Saints New England Patriots @ New York Jets Chicago Bears @ Tampa Bay Buccaneers Houston Texans @ Tennessee Titans Green Bay Packers @ Arizona Cardinals St. Louis Rams @ Seattle Seahawks Pittsburgh Steelers @ Baltimore Ravens* Segunda-feira, 28 de dezembro Cincinnati Bengals @ Denver Broncos

23H25 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 19H05 19H25 23H30 23H30

23H25 23H25 16H 16h 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 19H25 19H25 23H30 23H30

PLAYOFFS 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 16H 19H25 19H25 19H25

Sábado, 9 de janeiro Wild Card (repescagem) - 2 jogos Domingo, 10 de janeiro Wild Card (repescagem) - 2 jogos Sábado, 16 de janeiro Playoffs divisionais - 2 jogos Domingo, 17 de janeiro Playoffs divisionais - 2 jogos Domingo, 24 de janeiro Finais de Conferência - 2 jogos Domingo, 31 de janeiro Pro Bowl, Honolulu, Hawaii Domingo, 7 de fevereiro Super Bowl 50 - Santa Clara, Califórnia

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paulo mancha

O BRASILEIRO

QUE NOS TROUXE A NFL A bola oval chegou à nossa TV antes mesmo de sermos tricampeões do mundo

E

Jornalista especializado em esportes e turismo, trabalhou em diversas editoras, incluindo Abril e Globo, ganhou cinco prêmios de jornalismo em sua carreira. Comentarista de NFL desde 2006, faz parte do time dos canais ESPN desde 2012.

m 2009, durante uma transmissão da NFL, recebi dois acredite – no mesmo prédio onde hoje ficam os estúdios da e-mails de pessoas que afirmavam ter visto jogos de fuESPN. Na primeira partida, Walter teve a humildade de pedir tebol americano na televisão brasileira em 1969. Futebol ajuda no ar, convocando alguma pessoa que conhecesse americano? No Brasil? Na década de 1960? Eu nunca bem aquele esporte a entrar em contato com a TV Tupi. tinha ouvido falar disso. Decidi ir averiguar. E descobri que Isso aconteceu. O americano Thomas Noonan era um aquilo podia ser mesmo verdade. Havia um website de um executivo do Citibank em São Paulo e, naquela tarde, ficou radialista que continha em seu currículo a frase: “Narrador de eufórico ao ver Dallas Cowboys e Green Bay Packers na TV. futebol americano, o primeiro da América do Sul, em 1969”. Noonan e Walter “Pica-pau” Silva se encontraram no dia Seu nome era Walter Silva, também conhecido como seguinte para almoçar e disso surgiu uma grande amizade “Pica-pau”. Ele havia protagonizado uma história muito e uma parceria de narrador e comentarista que durou bacana na extinta TV Tupi. Teve uma pródiga carreira de mais de um ano na TV. Consegui achar Thomas Noonan narrador esportivo e produtor musical nos Estados Unidos (viva a Internet!), e cultural. Foi, entre outras coisas, ativo e com boa saúde, vivendo em o descobridor de Elis Regina. Tentei Me pergunto como Austin, no Texas. Desde então, bati telefonar para o número que aparecia vários papos com ele, que se lembra no website dele, mas, para minha seria se a TV Tupi com carinho daqueles tempos. decepção, o telefone não existia mais… Ele conta que ensinou o jogo a Walter Pesquisei então na base de dados da tivesse continuado Silva e que o narrador se tornou um Cinemateca Brasileira, mas nada… grande entusiasta do futebol ameVale lembrar que a TV Tupi sofreu a transmitir a NFL na ricano – talvez o primeiro em todo vários incêndios nos anos 70 e 80 e Brasil. As transmissões na TV Tupi perdeu muito de seu acervo. década de 1970 tinham boa audiência, mas também Sem desistir, vasculhei a Internet, eram criticadas pelos fãs hardcores conversei com gente que trabalhou do soccer. Por motivos que ninguém na emissora e, finalmente, descobri o telefone da esposa de sabe, a emissora não renovou o contrato com a CBS depois Walter, a artista plástica Dea Silva. Muito simpática, ela me de 1970. Me pergunto o que teria acontecido se a história recebeu em sua casa, em São Paulo. Contou que “Pica-pau” tivesse sido diferente. Se Walter Silva e Thomas Noonan tihavia falecido recentemente, em fevereiro de 2009. E, diante vessem recebido a chance de continuar seu trabalho pelo de minha cara de espanto, mostrou um arquivo com centefutebol americano na TV brasileira nos anos seguintes. nas de recortes de revistas americanas, rosters de times da Independentemente dessa especulação, o que vale mesmo é lembrar que toda revolução tem seus “loucos NFL e press releases da emissora CBS do final dos anos 1960. Dea contou que, em um dia de 1969, Walter Silva recebeu idealizadores”. Às vezes, eles plantam a semente tão cedo que nem sequer vivem para ver e colher os frutos. em sua mesa, na TV Tupi, diversas fitas com jogos da NFL. E decidiu fazer a loucura de levar ao ar aquele esporte que Obrigado, Pica-pau! nem ele mesmo conhecia. As narrações aconteciam –

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