Tempo Livre Junho 2015

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N.º 25 | Junho 2015

Férias repousantes nos Hotéis INATEL

Inovação Social Noite de Luz e Fogo para filme Inatel 80 anos

Viagens O Brasil pela Rota do Ouro Cultura Dias de teatro, música, cinema, arte e cultura tradicional no Trindade Desporto Dia da Criança – Atividades gímnicas Henrique Silva e a Bienal de Cerveira

“Recuperar saberes antigos… e apresentar novos caminhos”


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TL Junho 2015 // FUNDAÇÃO INATEL // 3 // SUMÁRIO

// EDITORIAL

4 Notícias

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O Futuro a zeros e uns

Entrevista: Henrique Silva

8 Cultura: Dias de Cultura no Trindade

10 Lojas INATEL

11 Inovação Social Viagens “Noite de Luz e Fogo”

13 Viagens: Brasil pela Rota do Ouro

14/15 Tema de capa: Férias repousantes nos Hotéis INATEL

16 Desporto: Dia da Criança

18 Hotelaria: Inatel Cerveira Hotel

20 Os Contos do Zambujal

21

A

celebração do 80.º aniversário da INATEL constitui uma excelente oportunidade para refletir sobre o futuro e em como iremos cumprir a nossa missão face às tendências que o estão a marcar. Comentei noutra edição do TL que, no século em que vivemos, novas dinâmicas tecnológicas e sociais vieram colocar no centro da ocupação dos tempos livres o acesso universal a experiências cognitivas e emocionais proporcionadas pelo consumo dos bens culturais. Incluo nestes bens, naturalmente, a fruição de patrimónios culturais e naturais através do turismo, bem como a das mais variadas atividades criativas que a ação coletiva permite, seja no domínio das artes performativas, seja no do desporto. Dito isto, não podemos ignorar como os novos meios e redes de comunicação digitais abrem possibilidades espantosas de fruição cultural – de que são bons exemplos as visitas virtuais aos museus e a partilha de experiências turísticas com os “amigos” das redes sociais –, ainda que não sejam isentas de riscos vários em matéria de sociabilidade. Claramente, o Futuro é digital e mal iria a Fundação se não atuasse em conformidade. Por isso, além da presença, já consolidada, nas redes sociais de todas as nossas áreas de intervenção, lançamos, neste mês de junho, a edição online do Tempo Livre, que vai tornar acessíveis pelo

simples toque na app dos nossos tablets e smartphones,* os conteúdos do mensário e um variado noticiário turístico, cultural e desportivo em permanente atualização, ao ritmo do século. Mas não ficaremos por aqui. Estamos também a dar os primeiros passos no desenvolvimento de um sector próprio de produção de conteúdos em suporte digital, vocacionado para a partilha em rede dos patrimónios imateriais em que atuamos, o qual ampliará o raio de alcance da fruição cultural de todos. Proximamente vos direi mais sobre isto.

Presidente da Fundação INATEL

* Leitor (não identificado) insurgiu-se de forma especialmente irada, aliás, contra a utilização no editorial do mês passado de outra expressão de língua inglesa (“save the date”). Perdoem-me a reincidência, mas sinto-me desculpado pelo facto da melhor literatura portuguesa nunca ter dispensado o recurso a estrangeirismos (quem não se lembra das “cigarettes” das personagens queirosianas, por exemplo?). Sem embargo, lamento o desconforto do meu leitor que, qualquer dia, terá de prescindir de muitas das melhores leituras na nossa língua, dada a frequência de termos ingleses que as povoam...

Culturando

22 Em cena no Trindade// Arquitetura dos Tempos Livres

// TOME NOTA

Mais Turismo Religioso INATEL

24 Língua Nossa// Tempo Digital

Visitar destinos como a Bósnia e

qualidade das diferentes

regiões ou o ambiente

Herzegovina, Chipre, Espanha,

gastronomias regionais, admirar a

cosmopolita dos grandes centros

25

França, Grécia, Itália, Israel,

beleza natural das diversas

urbanos. Convívio, alegria,

Ecrãs: novos filmes em cartaz

Malta, Turquia, são viagens que

solidariedade, respeito por todos

unem a dimensão espiritual e o

e pela defesa do meio ambiente,

26

desejo de conhecer o património

são valores cultivados nas

Motor// Palavras Cruzadas//

mundial religioso, ao prazer de

viagens de Turismo Religioso da

Sugestões

conhecer os lugares de fé.

Fundação Inatel. Mais

Além disso, é também uma

informações: Lojas

oportunidade para apreciar a boa

INATEL/www.inatel.pt.

Jornal Mensal e-mail: tl@inatel.pt | Propriedade da Fundação INATEL Presidente do Conselho de Administração: Fernando Ribeiro Mendes Vice-Presidente: José Manuel Soares; Vogais: Jacinta Oliveira e Álvaro Carneiro Sede da Fundação: Calçada de Sant’Ana, 180, 1169-062 LISBOA, Tel. 210027000 Nº Pessoa Colectiva: 500122237 Diretor: Fernando Ribeiro Mendes Coordenação editorial: Teresa Joel Logótipo:Fernanda Soares Design: José Souto Fotografia: José Frade, Isabel Santiago Henriques (colaboradora) Redação: Calçada de Sant’Ana, 180 – 1169-062 LISBOA, Telef. 210027000 Colaboradores: Carlos Blanco, Ernesto Martins, Eugénio Alves, Gil Montalverne, João Cachado, José Baptista de Sousa, Joaquim Diabinho, José Lattas, Mário Zambujal, Sílvia Júlio, Sofia Tomaz Publicidade: Comunicação e Marketing/Vanda Gaspar Tel. 210072392; Impressão: Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, SA., Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90, Queluz de Baixo, 2730-053 Barcarena. Tel. 214345400 Dep. Legal: 41725/90. Registo de propriedade na D.G.C.S. nº 114484 Preço: 1,00 euro Tiragem deste número: 93.754 exemplares


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4 // NOTÍCIAS // TL Junho 2015

// COLUNA DO PROVEDOR

Passeio no Tejo com INATEL 80 anos

O Manuel Camacho provedor.inatel@inatel.pt

odos sabemos que os graves problemas da nossa sociedade não se resolvem apenas com lamentos ou críticas, sejam mais ou menos construtivos. Infelizmente são muitas as chagas sociais que neste momento afetam o nosso País, mas a pobreza infantil é, talvez, a mais preocupante. Se é nas crianças que reside a esperança do futuro de qualquer povo, como não refletirmos sobre como será o futuro de um País que tem hoje 30% de menores em risco de pobreza? Augusto Gil, poeta nascido no século XIX, é o autor de Balada da Neve, um poema lido nas escolas durante a centúria passada e cujos versos continuam, mau grado, tão atuais em pleno século XXI: …Mas as crianças Senhor / porque lhes dais tanta dor / porque padecem assim?... Festejámos há pouco 40 anos sobre as primeiras eleições livres em Portugal, vividos em democracia plena. Todos somos responsáveis e todos temos o dever de fazer a nossa parte. Saibamos exercer os nossos deveres, para sermos dignos dos nossos direitos.

T

50

na Anos EL INAT

programa das comemorações dos 80 anos da INATEL foi apresentado pelo presidente da Inatel, Fernando Ribeiro Mendes, no passado dia 12 de maio, durante um passeio de barco no rio Tejo, onde salientou a importância da instituição pela relevância do seu papel, único a nível nacional, pela diversidade das atividades desenvolvidas e a dimensão do seu património. “Podemos dizer com segurança que a tradição, que vem do início da INATEL, é uma tradição com futuro: no desporto, nos patrimónios coletivos decisivos para o nosso bem-estar individual, na salvaguardada do nosso riquíssimo património cultural”, afirmou o

presidente da Fundação. O ato contou com a presença dos restantes membros do conselho de administração, nomeadamente, vi-

ce-presidente, José Manuel Soares, e vogais, Jacinta Oliveira e Álvaro Carneiro, além de vários colaboradores e jornalistas.

Fado Vadio no Palácio da Independência

U

m ambiente de Fado Vadio será recriado nos jardins do Palácio da Independência, com intervenção do musicólogo e investigador José Alberto Sardinha, apresentação e organização artística de José Beja, onde participam diversos fadistas amadores, acompanhados pelos músicos, Manuel Gomes (guitarra) e Fernando Gomes (viola), convidados para atuar nas noites de 11, 18, 26 e 27 de junho. No dia 11 de junho participam os fadistas Ana César, Augusto Jorge, Augusto Robalo, Carla Sofia, Jaqueline Carvalho, João Paulo Almeida; dia 18, Deolinda de Jesus, Lino Manuel, Maria de Fátima, Nuno de Aguiar, Rita Ramos, Vitor Miranda; dia 26, Américo de Sousa, Carla Arruda, Célia do Carmo, César de Jesus, Dina Santos, João Roque; dia 27, Conceição Ribeiro,

Carlos Sobral, Carlos Oliveira, Henriqueta Baptista, Jorge Gonçalves, Toia Oliveira. A organização das “Noites de Fado Vadio”, no âmbito das comemorações do 80.º aniversário da

Fundação Inatel, contou com o apoio da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, na cedência dos espaços no Palácio da Independência, onde também se situa a Kantina INATEL.

Completam, no mês de junho, 50 anos de ligação à Fundação INATEL os associados: José Pina, de Viseu; Manuel Rodrigues Lopes, de Almada.


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TL Junho 2015 // NOTÍCIAS // 5

Parceria INATEL /Universidade Nova Os associados da Fundação Inatel beneficiam de um desconto de 20% em qualquer dos cursos da Escola de verão, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/Nova), onde podem frequentar cursos intensivos e de curta duração, de inscrição livre, nos períodos de 6 de julho a 14 de agosto e de 24 de agosto a 12 de setembro. A oferta de cursos é diversificada, com mais de uma centena de opções divididas pelas áreas de Antropologia, História, Artes, Ensino, Estudos Políticos, Filosofia, Geografia, Línguas, Literaturas e Culturas, Recursos Informáticos e Digitais, Sociologia, entre outros. Mais informações: Tel. 217908300 /www.fcsh.unl.pt/escola-de-verao.

Cardeal Patriarca no Trindade

O

Teatro da Trindade viveu um momento muito especial, na sessão de “Ouvir e Falar”, dia 26 de maio, em que Miguel Leite e o maestro António Victorino d'Almeida, transpondo para cena o formato televisivo de divulgação musical que tanto popularizou o maestro, receberam o cardeal patriarca D. Manuel Clemente. Além da intensidade com que o maestro Victorino d'Almeida executou uma das suas obras, inspirada nas pinturas de Goya, o ilustre convidado D. Manuel Clemente, que se mostrou um profundo melómano, conversando de forma inspirada com os seus anfitriões, deixou no ar a reflexão de que precisamos de criar disponibilidade para escutarmos o trabalho artístico: “Vivemos num tempo em que

nunca como hoje se escreveram tantos livros, se editaram tantos discos, mas parece que nos faltam espaços e tempos para os lermos e escutarmos”.

Da esquerda para a direita, Carlos Lacerda, Miguel Leite, António Victorino d’Almeida, Erika Pluhar, D. Manuel Clemente, José Manuel Soares e Jacinta Oliveira


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6 // ENTREVISTA // TL Junho 2015

Henrique Silva e a Bienal de Cerveira

“Recuperar saberes antigos… Fotos: Direitos reservados

Henrique Silva, 81 anos, vice-presidente e coordenador cultural da Fundação Bienal de Cerveira (FBC), fala-nos da 18.ª edição da Bienal de Cerveira, que se realiza de 18 de julho a 19 de setembro. E sublinha a importância de aliarmos os saberes tradicionais à modernidade. A cultura só tem presente e futuro quando se reconhece o passado octogenário diz que é “um dos que ainda acreditam no futuro”. Talvez seja esta a fonte da juventude e o segredo para transformar a vida em arte. Ele, que também é pintor, precisa de se inspirar nas pinceladas de cor do quotidiano, para levar para os seus quadros a energia da vida. Acorda todos os dias a 10 km de Vila Nova de Cerveira, num lugar onde ouve os pássaros, contempla a passagem do tempo nas árvores e observa, deliciado, as vacas no campo. Gostaria que os mais jovens ouvissem e compreendessem a sabedoria que os mais velhos têm para partilhar, porque “o que nos interessa é recuperar os saberes antigos e transformá-los em tecnologias atuais”. O que destaca nesta 18.ª edição da Bienal de Cerveira? Tem-se falado muito que uma das artistas convidadas é Danae Stratu, mulher de Yanis Varoufakis, mas há muitas outras notas a registar… Danae Stratu é uma personagem que marca a bienal, não só pela notoriedade que tem a nível internacional, mas também porque o trabalho dela está ligado ao historial e às contradições da nossa sociedade, o que tem a ver com o tema deste ano: “Olhar o passado para construir o futuro”. Temos

O

também outros aspetos que são muito importantes. Vamos homenagear Alcino Soutinho, que faleceu no ano passado e que marcou em Cerveira a recuperação do Castelo, e Eurico Gonçalves, um homem que apoiou voluntariamente, desde a 1.ª edição, a bienal. Há ainda outra figura notável: o Dacos, um belga que nos ajudou muito, que foi professor de Belas Artes, na Universidade de Liège (Bélgica), que também faleceu no ano passado. Além disso, temos uma convidada especial, a Margarida Reis, que faz tapeçaria contemporânea. Simultaneamente vamos ter um tear tradicional. Esta mostra contemporânea será uma espécie de percurso de uma das grandes indústrias portuguesas que era a tecelagem. Vamos rememorar e apresentar novos caminhos. “Olhar o passado para construir o futuro” é o tema desta edição, como já referiu. Quando se olha para o passado, quer-se reencontrar uma identidade, para se prosseguir com mais segurança e outro élan. É esse o objetivo? Com a globalização, a nossa cultura tradicional vai desaparecendo aos poucos para dar lugar ao consumo da grande indústria, da grande produção. O que queremos é recuperar os saberes das nossas tradições e transformá-los para a

nossa época. A cultura portuguesa poderá amanhã marcar presença numa Europa cada vez mais igual a si mesma. Por isso temos alguns aspetos importantes para a divulgação, que é o chamado drive in, um ecrã exterior que mostra o que se passa dentro da bienal, e que pode ser ouvido em FM, no interior do automóvel. Nunca isto foi utilizado em nenhuma bienal. A tradição liga sempre bem com a contemporaneidade… Claro, sobretudo a nível de saberes. Eu gostaria de trazer à bienal grandes artesãos, como pescadores, fabricantes de objetos de lata e de madeira de consumo doméstico, para termos algumas conversas. Não sei se isto é possível um dia. É um desafio que espero poder desenvolver no futuro, porque o que nos interessa é recuperar os saberes antigos e transformá-los em tecnologias atuais. A 1.ª edição da bienal realizou-se em 1978. Volvidos 37 anos, o que a experiência vos tem dito sobre o rumo a apontar para os próximos anos? Nestes 37 anos de percurso, o que nos aponta o futuro é o facto de a

bienal estar cada vez mais ligada à investigação artística cultural. Vamos ter já nesta edição dez universidades de artes, desde o Algarve a Trás-os-Montes. Estas universidades, que vão estar presentes, trazem-nos o caminho de investigação que os novos alunos estão a descobrir e a propor ao mercado. No futuro, a relação universidade/artesãos será cada vez mais importante para a nossa identidade… Quantos visitantes esperam receber? Pela experiência que temos tido é sempre acima dos 70/80/100 mil visitantes. Têm tido também muitos visitantes estrangeiros, o que mostra a internacionalização desta mostra. Como comunicam a Bienal de Cerveira para o exterior? É sobretudo através da Internet. Temos 33 países aqui representados. Alguns artistas vêm cá, outros enviam obras. Temos representações dos cinco continentes, o que mostra bem o interesse que as pessoas têm por esta bienal. Vão estar expostas acima de 500 obras.


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TL Junho 2015 // ENTREVISTA // 7

e apresentar novos caminhos” Que transformações foram impulsionadas? Muitas coisas que aqui nasceram vieram atrás da bienal, desde a criação de cursos de dança, a uma associação de jovens com projetos culturais muito interessantes com quem colaboramos muito… Há uma população que vem visitar Cerveira e o museu está aberto todo o ano. Vem muita gente à Vila das Artes.

De que forma é que a bienal promove um modelo de desenvolvimento no plano nacional e internacional? A relação com a nossa vizinha Espanha, sobretudo com a Galiza, é muito boa. Pelo menos, um terço da população que visita a bienal é de Espanha. Temos aqui representados muitos artistas galegos – até mesmo críticos de arte. A nossa expansão situa-se mais no norte de Espanha e no norte de Portugal, o que nos identifica em relação à invasão árabe – sei que a expressão é forte – que vai de Lisboa para baixo [risos]. O que caracteriza essa identidade do norte? Antigamente dizia-se que no norte trabalhava-se e em Lisboa gastava-se [risos]… O que caracteriza o norte é que muitas descobertas a nível cultural nasceram aqui, como a própria indústria de cinema. Muitos artistas do norte foram para Lisboa, mas foi aqui que fizeram escola, num dos pontos mais avançados em cultura científica. No norte há uma maior proximidade com a terra e os

saberes, o que no sul já se perdeu muito mais. No sul há mais negócios, embora também seja verdade que muitas empresas do norte foram para o sul, porque lá há mais dinheiro. Como é que tem sido o “casamento” entre a população de Cerveira e a arte? Digamos que é ainda um namoro… Tem sido difícil, porque a população de Cerveira tem algumas dificuldades. Não é uma região rica, é um concelho que não chega a 10 mil habitantes – e as pessoas vão vivendo como podem. Em relação à arte, temos uma grande expectativa nos jovens. Têm-se vindo a desenvolver formações para jovens, visitas guiadas durante o ano com workshops... A funcionar aqui, temos cursos de pintura, desenho e gravuras até com os pequeninos da pré-primária e primária. Nas próximas gerações poderá haver uma maior aproximação [à arte]. A Fundação Bienal de Cerveira tem o papel de formação das populações – essa é a nossa aposta. A bienal tem contribuído para o desenvolvimento de Cerveira.

“No futuro, a relação universidade/artesãos será cada vez mais importante para a nossa identidade…” “O que queremos é recuperar os saberes das nossas tradições e transformá-los para a nossa época. A cultura portuguesa poderá amanhã marcar presença numa Europa cada vez mais igual a si mesma.” “Gostaria de, no pós-bienal, fazer uma espécie de conversas entre jovens e pessoas da terceira idade sobre as suas experiências de vida.” “Se ensinarmos os jovens a colaborarem uns com os outros, em vez de competirem, a nossa sociedade mudará completamente. Será muito mais correta e humana.”

Parceria Bienal/INATEL Por que razão é importante haver uma parceria com a Fundação Inatel? A nossa aproximação à Inatel traznos a realidade de pessoas que ainda gostam de saber. Muitas já estão reformadas e têm vontade e disponibilidade para trazer essa ajuda. Vêm cá grupos da Inatel ao museu, e essas pessoas têm o saber tradicional. O passado delas é muito importante para darem oportunidade aos jovens de refletirem sobre o seu futuro. Gostaria de, no pós-bienal, fazer uma espécie de conversas entre jovens e pessoas da terceira idade sobre as suas experiências de vida. Se perguntarmos a um jovem o que é uma almotolia ou uma rasa de feijão, ele não sabe o que é. Eu diria que as experiências das pessoas antigas lhes podem abrir novos horizontes. Na sua ótica, o que falta ao país para haver um maior desenvolvimento cultural? Era desde o berço começar-se a ensinar aos jovens não a competir, mas a colaborar. O nosso ensino está virado para a competição. Se ensinarmos os jovens a colaborarem uns com os outros, em vez de competirem, a nossa sociedade mudará completamente. Será muito mais correta e humana.

Sílvia Júlio


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8 // CULTURA // TL Junho 2015

Festivais Cioff marcam o verão em Portugal

N

CCD INATEL

Dias de teatro, música, cinema, arte e cultura tradicional no Trindade

E

vento de consagração e reconhecimento público da atividade dos CCD Inatel, que demonstra a riqueza e a importância das produções culturais das estruturas associativas nas várias áreas de atividade de teatro, música, cinema, arte e cultura tradicional, a ter lugar num palco de visibilidade da cidade de Lisboa, entre 18 e 26 de julho, no Trindade. Dando continuidade à marca que distingue a iniciativa, o Teatro de Carnide (vencedor da décima edição do Concurso Nacional de Teatro 2014) apresenta o texto vencedor do Concurso de Teatro Novos Textos “No dia em que te foste, arranquei o meu coração e dei-o a comer aos porcos”, de Paulo Freitas. Na área da música de expressão

tradicional e filarmónica, destacamse as presenças de Pedro Mestre e o CCD convidado “Os Cardadores” de Castro Verde, com o espetáculo “Campaniça do Despique”; Grupo Cultural Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor, que tem por missão a recolha, adaptação instrumental e execução de melodias tradicionais em harmónica de boca; Sociedade Musical Gouveense, herdeira do ideário republicano, como exemplo de excelência da longevidade e atualidade das bandas filarmónicas. Na área de criação audiovisual, destaca-se a presença da Ao Norte – Associação de Produção e Animação Audiovisual, de Viana do Castelo, dedicada à divulgação do cinema, à produção de documentários e à formação na área do cinema.

o âmbito das várias atividades desenvolvidas pelo CIOFF Portugal, destacamse os onze Festivais que terão lugar ao longo de todo o verão e por todo o país, do Alto Minho, a Faro e aos Açores. O CIOFF – Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e Artes Tradicionais, presidido em Portugal pela Fundação Inatel, tem, recorde-se, como objetivo a salvaguarda, promoção e difusão da cultura tradicional e do folclore. Assinalando a abertura da temporada de Festivais CIOFF em Portugal, teve lugar no dia 6 de maio a apresentação oficial do Folk Cantanhede – Semana Internacional de Folclore, que, na sua 10º edição, decorre entre 4 e 11 de julho oferecendo uma programação que inclui espetáculos de vários grupos de folclore nacionais e internacionais, distinguindo-se como uma iniciativa que marca o calendário cul-

tural do concelho de Cantanhede e que, este ano, se deslocará aos concelhos vizinhos. Arte Chocalheira candidata a Património Cultural A nível internacional, a presidente do CIOFF Portugal, Jacinta Oliveira, e a coordenadora da Área Cultural da Inatel, Sofia Tomaz, estiveram na Reunião do Sector da Europa do Sul e África, entre 14 e 18 de maio, na cidade de Budva, Montenegro, assegurando a representação nacional num encontro marcado pela discussão e tomada de decisões quanto à rede de trabalho internacional CIOFF e à definição de uma política cultural centrada em especial nas estreitas ligações à UNESCO no que concerne a salvaguarda do património cultural imaterial. A representação portuguesa nesta reunião ficou marcada pela relevância dada ao processo de candidatura da Arte Chocalheira à Lista do Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente que, em novembro de 2015, merecerá a avaliação final por parte da UNESCO.

“Desafios” em Ponte de Lima

N

os dias 9 e 10 de maio a Vila de Ponte de Lima acolheu mais de 600 tocadores de concertina e cantadores ao desafio que se associaram ao “Desafios”, coorganizado pela Fundação Inatel e pelo Município de Ponte de Lima. Este evento comemorativo dos 80 anos da Inatel permitiu que se contextualizassem, enquadrassem e

discutissem aspetos fundamentais relativos à importância da concertina e dos cantares ao desafio como cultura de identidade. A programação cultural diversificada traduziu-se no incentivo ao contacto entre executantes, investigadores, construtores e apaixonados pela concertina e pelos cantares ao desafio, sendo propostas e debatidas novas abordagens a estas práticas do património cultural imaterial. De destacar a presença do rapper “NTS” na tertúlia “Concertinas e Desgarradas: narrativas”, que culminou com um momento ímpar de improviso com o músico e tocador de concertina Artur Fernandes.


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TL Junho 2015 // ARQUIVO HISTÓRICO // 9

Vítor Córdon, n.º 1: Primeira Sede da F.N.A.T. Lisbone, ville capitale du Royaume de Portugal: [Palácio dos Condes de Vila Franca antes do terramoto de 1755: fachada meridional], in: La geometrie pratique/Allain Mallet (Paris: 1702), vol. 2, p. 239.

D

esignado Palacete Bessone a partir de meados do séc. XIX, as fundações originais do edifício foram lançadas na 1.ª metade do séc. XVII por D. Rodrigo da Câmara (1594-1672), Conde de Vila Franca, que mandou erguer um opulento palácio na Rua de N.ª S.ª dos Mártires, posteriormente do Ferragial de Cima e actual Vítor Cordon. Destruído no terramoto de 1755, o palacete foi mandado reedificar por D. Joana da Câmara (1731-1782), Condessa da Ribeira Grande, descendente do anterior. Propriedade do capitalista Tomás Bessone em 1856, o edifício foi remodelado pelo arquitecto italiano Giuseppe Cinati, que conferiu às fachadas o aspecto neoclássico que hoje exibem. Adquirido c. 1880 pelo milionário Francisco Mendes Monteiro, conhecido por ‘Monteiro dos milhões’, o palacete permaneceu na posse dos seus descendentes até, pelo menos, 193839, data de publicação das Peregrinações em Lisboa de Norberto de Araújo, que refere Pedro

Monteiro, ou ‘Monteiro dos tostões’, como proprietário do edifício. Parcialmente arrendado à F.N.A.T. em 27 de Novembro de 1935, os serviços centrais da Fundação permaneceram no edifício até 1947, data da aquisição da actual sede na Calçada de Sant’Ana, ainda que o abandono definitivo daquelas instalações e ocupação pela CGTP, sua actual proprietária, tenha ocorrido somente em 1974. José Baptista de Sousa [O autor escreve de acordo com a antiga ortografia]

Palacete Bessone, fachada principal, c. 1940, in: Agenda corporativa (Lisboa: FNAT, 1942), p. [57]. Em baixo, Refeitório Central da Vítor Córdon, 1945 / Fotos Avis. Fundação INATEL | Arquivo Fotográfico.


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10 // LOJAS INATEL // TL Junho 2015

Atendimento de proximidade

N

um tempo marcado pelas fortes dinâmicas e a agressividade comerciais, a INATEL reforça os serviços disponibilizados aos associados valorizando o modo humanizado como sempre sabemos atender mas agora cada vez mais próximos de todos, res-

pondendo à confiança que a maioria dos portugueses deposita na Fundação Inatel. É esta a razão do conceito de Loja INATEL que vimos desenvolvendo em todo o país, para garantir um serviço de atendimento cada vez mais próximo do associado e,

por isso, mais personalizado, no rigoroso cumprimento da missão estatutária da nossa instituição. A evolução das antigas agências distritais para lojas, localizadas lá onde a concentração de associados mais o justifica, é uma declaração inequívoca de que

Gonçalo Cadilhe no Palácio do Barrocal

Pedro, n.º 10, inaugurada em 2008,

Entre 9 de julho e 29 de agosto, o

serviços com a marca INATEL.

Palácio do Barrocal acolhe a

O funcionamento da loja é

exposição de fotografia “Um dia na

assegurado por uma equipa de

Terra – Fotografias do Quotidiano

quatro colaboradoras, Ana

do Planeta”, da autoria de Gonçalo

Fernandes, Cristina Amorim,

estamos totalmente vocacionados para valorizar o tempo livre de e para todos. Assim continuamos a merecer o título de campeões das atividades de tempos livres dos portugueses, que ganhámos há 80 anos e que temos sabido manter até hoje.

comercializa todos os produtos e

Cadilhe.

Fernanda Sousa, coordenada por

Ventura, Luís Almeida, liderada pelo

INATEL Évora

A mostra itinerante, que passou por

Fátima Guia, que relembrando a

franchisado Augusto Gomes.

A recente requalificação de alguns

várias cidades do país desde o ano

apresentação dos programas de

Augusto Gomes diz ter vestido “a

espaços da Inatel de Évora permitiu

passado, apresenta atualmente

viagens primavera/verão, em abril

camisola Inatel” desde os primeiros

dotar as instalações de novas infra

uma agenda completa, na qual

último, diz ter ficado muito satisfeita

passos de formação na área do

estruturas, designadamente a abertura

Évora “Cidade Património da

com a adesão e interesse dos

Turismo, e todo o apoio da

da loja, localizada no nº. 4 do Palácio

Humanidade” está contemplada.

associados.

Inovação Social, Coordenação de

do Barrocal, na Rua Serpa Pinto.

Estamos perante uma retrospectiva,

“É motivante ver a sala cheia, com

lojas, Turismo e Hotelaria tem sido

Na loja de Évora encontra-se uma

onde continentes, culturas,

cerca de cinquenta pessoas, que

fundamental para levar a bom porto

equipa constituída por três

paisagens, pessoas, lugares são

se mostram agradadas com as

o seu novo projeto de vida.

colaboradoras, Ana Siquenique e

apresentados numa escolha

nossas propostas de turismo.

Atualmente o funcionamento da loja

Ana Rosa, coordenada por Leontina

ecléctica e, por vezes, pouco óbvia,

Nesse dia foram feitas cerca de

está “em velocidade de cruzeiro” e,

Bastos, que diz estarem “totalmente

sublimada por textos que

vinte inscrições para diversas

como anteriormente disse numa

disponíveis para responder às

confundem e obrigam a leituras

viagens com destino ao Algarve,

entrevista publicada no jornal

expetativas dos associados, e do

inesperadas das imagens.

Astúrias, Costa do Sol, Palma de

Tempo Livre, dezembro de 2014,

público em geral, com um conjunto

O livro “Um dia na Terra –

Maiorca, Turquia, entre outras. Os

Augusto Gomes gosta, sobretudo,

de serviços na área do turismo e

Fotografias do Quotidiano do

nossos associados têm confiança

de “realizar sonhos”. Por isso, diz

intervenção social, atividades

Planeta”, que reproduz todo o

nos serviços Inatel, isso deixa-nos

ser gratificante verificar que muitos

culturais e desportivas”.

material exposto e acrescenta

com muito orgulho”, conclui Fátima

associados “vêm ter connosco para

“Convidamos todos os associados a

vários capítulos inéditos (cerca de

Guia.

obter informações sobre viagens de

juntarem-se às celebrações do 80º

duzentas imagens), estará à venda

O edifício dispõe de um auditório,

sonho”. Recentemente recebeu

aniversário da Inatel, previstas para

durante o período da exposição.

com capacidade para cerca de 75

associados com mais de 80 anos

Évora, nos meses de junho e

pessoas, um espaço de cafetaria, e

que queriam programar viagens

setembro, através da participação e

três salas de formação, onde

para 2016, “fiquei maravilhado ao

envolvimento nas seguintes

decorrem atualmente diversas

ver que o Turismo Sénior é um elixir

iniciativas: Mural INATEL – 80 Anos

oficinas de ocupação de tempos

para aquelas pessoas, e até

de Memórias que Perduram, e uma

livres: Oficinas de Iniciação à

ficamos com mais ânimo para

Conferência sobre Turismo Acessível

Fotografia Digital, Costura e

trabalhar”.

e Inclusivo”, salienta Leontina Bastos.

Reaproveitamento de Vestuário,

Além disso, quando informa os

A adaptação dos espaços do

Arranjos Florais, Oficinas de Canto,

associados, e o público em geral,

Palácio do Barrocal permitiram,

Piano e Concertina.

sobre as vantagens de associado

ainda, acolher e implementar novas

Inatel, “muitos desconhecem, por

valências, onde se destacam uma

INATEL Espinho

exemplo, a existência de descontos

INATEL Viana do Castelo

A primeira loja de viagens, inserida

nos combustíveis, universidades,

Polo do Museu do Relógio de

no projeto de Franchising Social,

ópticas, farmácias, entre muitos

Serpa e Centro de

A loja de Viana do Castelo, situada

abriu na Rua 25, nº 409, em

outros serviços”, tem uma

Documentação/Arquivo Histórico

no edifício da Delegação distrital da

outubro de 2014, com uma equipa

“satisfação muito motivadora” para

Nacional da Fundação Inatel.

Fundação Inatel, na Rua de S.

de três colaboradores, Fernando

continuar o caminho.

Cafetaria e Galeria de Exposições,


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TL Junho 2015 // INOVAÇÃO SOCIAL // 11

Noite de Luz e Fogo para filme Inatel 80 anos

N

o dia 18 de julho a Fundação Inatel vai produzir um filme evocativo dos 80 anos, para o qual gostaríamos de contar com a sua participação, como figurante, comemorando connosco uma noite inesquecível. Um palco de quarenta metros e uma tela gigante de 400 m2 serão a base de um grande evento mágico de fogo e luz, na Praça do Comércio. Em palco esperam-se cerca de quatrocentos artistas, entre outros, Simone de Oliveira, Fernando Pereira, Fernando Correia, e a Orquestra do Exército, além de muitos atores e agrupamentos.

// VIAGENS DE 1 DIA // 18 DE JULHO Partidas de todas as capitais de distrito e de localidades onde se inscrevam 10 ou mais participantes. Programa: chegada a Lisboa; visita ao Oceanário de Lisboa, período livre para jantar; espetáculo “Noite de Luz e Fogo”. > VALORES DE INSCRIÇÃO Rendimento ilíquido mensal

Escalão

Associado Inatel

Não associado Inatel

Inferior ou igual a 505 €

35 €

45 €

Superior a 505 €

45 €

55 €

Mais informações: inatelsocial@inatel.pt | 210 027 142

// VIAGENS DE 2 DIAS // 18 E 19 DE JULHO Programa 1º dia: passeio livre pela Baixa Pombalina, ou Belém e os seus monumentos alusivos aos descobrimentos. Jantar. Espetáculo “Noite de Luz e Fogo”; alojamento. Programa 2º dia: Passeio a Sintra. Almoço no hotel. Regresso. Partidas: Viana do Castelo | Braga | Porto | Aveiro: 124 € Bragança | Vila Real | Viseu | Coimbra: 127 € Guarda | Covilhã | Castelo Branco: Desde 115 € Faro | Albufeira | Beja | Coimbra | Montemor-o-Novo: 115 € Preços por pessoa, em quarto duplo. | Viagens realizadas com o mínimo de 35 participantes. Mais informações: turismo@inatel.pt | 211 155 779 Reservas: agências de viagens aderentes e Lojas INATEL. / www.inatel.pt


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TL Junho 2015 // VIAGENS // 13

O Brasil pela Rota do Ouro A viagem inesquecível que propomos rumo ao Brasil quase desconhecido, que não costuma aparecer nas montras das agências de viagens, foi programada em conjunto com o SESC Brasil, um parceiro Inatel, especializado na Rota do Ouro, Minas e Rio Imperial

N

a cidade de Mariana iniciamos a visita à Praça Minas Gerais, eleita uma das Sete Maravilhas da Estrada Real, onde veremos a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, a Casa da Câmara, a Cadeia, o Pelourinho, a Catedral Basílica da Sé, onde se localiza o Órgão Arp Schnitger, construído na primeira década do século XVIII, em Hamburgo, pelo alemão Arp Schnitger, e o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra. Neste percurso teremos a oportunidade de visitar a Mina da Passagem, a maior mina de ouro aberta aos visitantes, de onde foram retiradas cerca de 35 toneladas de metal precioso, desde o século XVIII. A descida às galerias atinge os 120m de profundidade.

Ouro Preto Cidade Património Mundial da UNESCO, Ouro Preto é uma jóia cravada nas montanhas de Minas Gerais, construída por escravos e artistas inspirados em modelos europeus, com monumentos históricos e religiosos barrocos que interligam a história do Brasil e de Portugal, no Ciclo do Ouro. Tudo deslumbra nesta região, as silhuetas das montanhas, as igrejas e os casarios históricos. Entre muitos pontos de interesse cultural destacamos a Igreja de Nossa Senhora do Carmo que possui pinturas de Manoel da Costa Ataíde, Museu do Oratório, que apresenta uma coleção de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos XVII ao XX, Casa de Fundição, e Casa da Moeda, atualmente, uma das poucas casas de Ouro Preto que ainda abriga uma senzala. Saindo de Ouro Preto visitaremos Inhotim – Centro de Arte Contemporânea em Brumadinho, considerado o maior centro de arte

ao ar livre da América Latina, e o Instituto Inhotim e os belos jardins com espécies singulares e paisagismo exuberante. Outro ponto alto nesta viagem é a cidade de São João Del Rei. Capital Brasileira da Cultura, desde 2007, São João Del Rei proporciona aos seus visitantes um encontro com o património material e imaterial, cercada pela beleza da serra de São José, onde podemos visitar a Igreja São Francisco de Assis, o Museu Tancredo Neves e a Igreja Nossa Senhora do Carmo, que apresenta características de várias fases do barroco. Em Congonhas, visitaremos o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Património Mundial da Unesco desde 1985, um conjunto arquitetónico formado pela basílica que possui a imagem do Senhor Morto, doze esculturas esculpidas em pedra-sabão e seis capelas que abrigam cenas da Paixão de Cristo esculpidas em madeira e tamanho natural, obras do famoso mestre Aleijadinho. Belo Horizonte e Rio de Janeiro Em Belo Horizonte visitaremos todos os pontos de interesse cultural, regional e gastronómico, entre

outros, o Mercado Central ou uma das maiores feiras de Artesanato a céu aberto, com mais de dois mil expositores e uma enorme variedade gastronómica, artesanatos e produtos típicos. Já na cidade de Sabará, uma das cidades históricas mais antigas da Rota do Ouro do século XVII, visitaremos o Museu do Ouro, o Chafariz do Kaquende, de onde os escravos retiravam água para levar às casas dos senhores, o centro histórico, passando pela Casa da Ópera, que recebeu as visitas dos

// Viagens INATEL Conhecer o Brasil pela Rota do Ouro Data: de 1 a 12 de novembro Desde 1.973 € Mais informações: Tel. 211155779/ Lojas INATEL turismo@inatel.pt www.inatel.pt

imperadores D. Pedro I e II, e pela Igreja Nossa Senhora dos Pretos, envolta por ruínas e abandonada após a abolição da escravatura. Viajar para o Brasil implica visitar o Rio de Janeiro, a praia de Copacabana e o famoso “calçadão” ou a praia de Ipanema, imortalizada pela música “Garota de Ipanema”, de Vinícius de Moraes. Ipanema é um bairro que atrai turistas de todo o mundo pela sua beleza, história e clima Bossa Nova, famoso movimento da música popular brasileira que distinguiu o final dos anos 50 do século passado. No Rio é obrigatória a visita ao Cristo Redentor, como sabemos, a mais famosa escultura Art Déco do mundo. Na cidade maravilhosa visitaremos ainda o Theatro Municipal (inspirado na Ópera de Paris), Catedral Metropolitana de São Sebastião, com 96 metros de altura e quatro vitrais de cores vibrantes, que com a entrada da luz solar criam uma atmosfera especialmente etérea. Por fim, visitaremos em Petrópolis, o Palácio da Quitandinha – Sesc Quitandinha, antigo casino construído em 1941, o Museu Imperial, palácio em estilo neoclássico, onde o Imperador Pedro II passou longas temporadas com a família até à proclamação da República em 1889. O palácio possui um significativo património de peças do período imperial brasileiro, destacando-se a coroa de D. Pedro II. Por último, em Petrópolis há tempo para prestar homenagem à princesa Isabel que libertou os últimos escravos no Palácio de Cristal, em abril de 1888, numa festa ainda hoje recordada. Esta é uma viagem ao outro lado do Brasil, uma nova experiência de vida para quebrar preconceitos e estereótipos.


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14 // TEMA DE CAPA // TL Junho 2015

Férias repousantes nos Hotéis INATEL // “SPA” NO LUSO ara terminar as férias, pouco antes de regressar à azáfama, sugerimos um programa de Spa na unidade hoteleira do Luso. Com programas de quatro a seis noites, podemos aliar o alojamento em pensão completa a tratamentos de relaxamento.

P

// TURISMO PARA TODOS

Saúde pela água

or ser fundamental revitalizar o corpo e a mente, o programa “Saúde pela Água”, com duração de seis dias, no Luso, São Pedro do Sul e Entre-os-Rios alia o repouso ao lazer e ao relaxamento de Spa, tudo em nome do bem-estar. A Organização Mundial da Saúde define a saúde como sendo o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Em linhas gerais, a saúde pode dividirse em saúde física e saúde mental embora, na realidade, sejam dois aspetos interrelacionados. Sem descanso mental, não há físico que resista.

P

PROGRAMAS 4 noites em regime de pensão completa Dia 1: acesso acqua sensations Dia 2: duche agulheta; massagem express costas Dia 3: acesso acqua sensations; esfoliação e envolvimento Época baixa €255* | Época média €275* | Época alta €285* 5 noites em regime de pensão completa Dia 1: acesso acqua sensations Dia 2: duche agulheta; massagem express costas Dia 3: acesso acqua sensations; esfoliação e envolvimento Dia 4: aromatherapy experience Época baixa €330* | Época média €355* |

Entre-os-Rios

Luso

Época alta €367,50*

Com uma estância termal centenária possui no

Na parte vertente mais luxuriante da Mata do

seu interior um parque natural com percursos

Buçaco e num ambiente repousante de contacto

6 noites em regime de pensão completa

pedonais com uma densa vegetação. Nesta

direto com a natureza, a unidade hoteleira do

Dia 1: avaliação nutricional; acesso acqua

viagem podemos usufruir especialmente de um

Luso é a base desta viagem que harmoniza

sensations

programa variado, integrado num local propício

relaxamento e lazer. Em seis dias apreciamos a

Dia 2: duche agulheta; massagem express costas

ao descanso e comunhão com a natureza.

Natureza em todo o seu esplendor da Mata do

Dia 3: acesso acqua sensations; esfoliação e

Além das atividades de relaxamento podemos

Buçaco, embarcamos num típico moliceiro

envolvimento

visitar Penafiel, o Santuário de Nossa Senhora

percorrendo a Ria de Aveiro, visitamos a Oficina

Dia 4: aromatherapy experience

da Piedade e Santos Passos, a famosa e

do Doce, local que explica a história e confeção

Dia 5: acesso acqua sensations; express facial

surpreendente Quinta da Aveleda, Amarante e

dos ovos-moles, onde poderemos realizar um

Época baixa €415* | Época média €445* |

um maravilhoso cruzeiro no Douro (seis pontes)

workshop. Podemos também passear por

Época alta €460*

com visita às Caves de Vinho do Porto, com

Coimbra e disfrutar de um mini-cruzeiro no Rio

prova de vinho fino. No último dia temos ainda

Mondego, visitar os jardins das termas da Curia,

tempo para passear por Guimarães, Santuário

as Caves Aliança e o Museu Underground, com

da Penha, local de devoção e de onde é possível

coleções surpreendentes.

*Valor por pessoa em quarto duplo Informações e reservas:

alcançar vistas magníficas, e pela Montanha da

Tel. 231930358

Penha.

inatel.luso@inatel.pt


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TL Junho 2015 // TEMA DE CAPA // 15 mas férias junto da natureza são uma excelente escolha para quem gosta de desfrutar de atividades ao ar livre, relaxar e rodear-se de magníficas paisagens. Temos um conjunto de unidades hoteleiras que garante umas férias mais autênticas, longe da confusão, para desfrutar das raízes culturais e gastronómicas da

U

vida no campo. Quando o stress do trabalho e as pressões da vida quotidiana nos deixam totalmente esgotados, nada melhor do que escapar do bulício dos grandes centros para passar uns dias repousantes, aproveitando a paz e a tranquilidade das zonas rurais. A paisagem rural proporciona o cenário ideal para a realização de atividades como o

Praias

montanhismo, ciclismo de montanha, treking, ou uma simples ida à piscina. Promoções e Experiências Todas as reservas que, durante os meses de julho e agosto, perfaçam quatro ou mais noites, os Hotéis INATEL oferecem uma Experiência Degustação (1 noite para duas pessoas em regime de alojamento e pequeno almoço e

um jantar regional para duas pessoas, a usufruir de 1 de outubro a 20 de dezembro nos Hotéis INATEL). Esta promoção é válida para as unidades hoteleiras de Entre-osRios, Linhares da Beira, Vila Ruiva, Cerveira (apenas no mês de julho), Castelo de Vide e Piódão (apenas no mês de agosto). Mais informações em www.inatel.pt ou tel. 210 072 387.

Costa da Caparica é um dos maiores areais europeus. No acolhedor ambiente da unidade hoteleira da Caparica encontramos o espaço ideal para umas férias. Mais a sul, as famosas praias algarvias são autênticos paraísos. A unidade hoteleira de Albufeira oferece excelentes condições para passar uns dias tranquilos, sobretudo na época média, quando não corremos os perigos de uma forte exposição solar nos passeios à beira mar ou mergulhos na piscina.

A

S. Pedro do Sul

Albufeira

Caparica

Os programas de bem-estar que estas termas

Seis dias de puro descanso frente ao mar,

Em pleno areal da Costa de Caparica, um dos

colocam à disposição são uma forma de

incluindo vários passeios, entre outros, a Tavira,

mais belos do país, e integrado num parque

revitalizar corpo e mente. Inserido numa das

Zoo de Lagos, Portimão, Faro, Olhão e um mini-

arborizado, onde está situada a unidade hoteleira

melhores zonas termais do país, no coração da

cruzeiro na Ria Formosa, uma oportunidade para

Um Lugar ao Sol, é o lugar ideal para quem

região de Dão/Lafões, a unidade hoteleira de S.

apreciar as paisagens do Parque Natural, uma

procura um tranquilo refúgio para relaxar e passar

Pedro do Sul proporciona uma estadia de

das sete maravilhas de Portugal.

uns momentos inesquecíveis com a família.

absoluta tranquilidade, em convívio com a

Albufeira não é apenas a típica vila piscatória de

A Caparica é um destino cada vez mais

natureza.

outrora, embora conservando os traços

procurado para passar férias junto ao mar e à

Além de um pacote de Spa, visitamos Viseu, e

caraterísticos que lhe são peculiares tem tido

capital do país. A sua excecional localização

também Vouzela, onde podemos provar doces

grande evolução graças ao turismo e à forte procura

permite visitas a Almada, Cabo Espichel e

conventuais, mais precisamente, os afamados

de paraísos à beira mar, com sol todo o ano.

Azeitão e, obviamente, a Lisboa.

pastéis de Vouzela. Outra cidade incluída no

Contemplar a beleza do mar, azul e sereno, num

Na capital estão programados dois passeios, à

programa é Lamego, onde visitamos o santuário

quadro de casario branco, chaminés rendilhadas,

Lisboa moderna e cosmopolita, com visita ao

da Nossa Senhora dos Remédios. Para quem

ruas estreitas e coloridas, é um convite atrativo e

Oceanário e ao Parque das Nações, outro à

gosta de automóveis propomos uma visita ao

irresistível que a unidade Inatel de Albufeira

Lisboa antiga, baixa pombalina e zona do

Museu do Caramulo que exibe um espólio raro e

oferece a quem a visita, podendo ainda degustar

Castelo, onde no famoso bairro de Alfama é

único de arte, bem como de automóveis antigos

as diversas iguarias gastronómicas desta

indispensável uma noite dedicada ao Fado,

em Portugal.

magnífica região atlântica.

património imaterial da humanidade.


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16 // DESPORTO // TL Junho 2015

INATEL 80 anos Dia da Criança – Atividades gímnicas No dia 4 de julho, no Parque de Jogos 1.º de Maio, a partir das 10h00, realiza-se uma demonstração histórica das atividades gímnicas da Fundação Inatel

S

erá criada uma cronologia “viva” com o objetivo de dar a conhecer a evolução das atividades gímnicas ao longo dos tempos, até ao dia de hoje. Esta cronologia “viva”, realizase na entrada principal do Parque de Jogos 1º de Maio, com a apresentação de coreografias preparadas pelos professores das atividades desportivas do Parque de Jogos 1º de Maio. A Inatel convida todos os interessados a participarem nas diversas coreografias: - Uma coreografia que demonstre as atividades gímnicas dos anos 50 e 60; - Uma coreografia que represente as atividades aeróbicas dos anos 80 e 90; - Uma coreografia que represente as modernidades dos anos 2000 a 2010; - Uma coreografia que dê a conhecer as novas tendências actuais como o Zumba.

“Kids Race” – Atividades para crianças Durante a manhã o Parque de Jogos 1º de Maio volta a ser palco de atividades para os mais pequenos, com a 2ª edição de “Kids

Race”, organizada pela Xistarca com o apoio da Fundação Inatel. Sob o mote “Corre para a Diversão”, as crianças vão correr na pista de atletismo, brincar e ao mesmo tempo aprender. “A corrida é o pontapé de saída”: o evento consiste numa prova de corrida destinada aos mais novos, dos 1 aos 14 anos de idade, desde aqueles que gatinham aos que já dão passadas mais rápidas rumo ao desporto e à saúde. Na pista de atletismo, divididos por faixas etárias, os mais pequenos serão acompanhados pelo familiar adulto e será dada a

oportunidade aos mais novos de pisarem, pela primeira vez (para muitos) a pista de atletismo. Depois da corrida, o estádio estará cheio de muitas atividades que aguardam a visita dos participantes. A envolvência familiar será um dos pontos fortes do evento, uma vez que grande parte das atividades apelam à participação conjunta, criando momentos de partilha entre os mais novos e os adultos, sejam os pais ou os avós.

dos Pais”, na qual os pais terão de carregar as mães ao colo numa corrida de 100m. Será certamente um momento de muita diversão! Numa manhã cheia de diversão, os vencedores receberão diversos prémios, desde uma T-shirt, medalha, mochila e outras ofertas. Todos os participantes receberão um KIT de participante composto por um saco/mochila, uma t-shirt, dois dorsais (criança e adulto), um chip e duas pulseiras. As inscrições podem ser feitas em www.kids-race.com.

Programa A novidade deste ano será a “Corrida

Mais informações: desporto@inatel.pt ou 210027133.


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TL Junho 2015 // DESPORTO // 17

Desporto para Todos No Parque de Jogos 1.º de Maio O Parque de Jogos 1.º Maio,

do Parque Infantil e à troca do

localizado no centro da capital, é

piso sintético do campo de

um dos mais importantes

Futebol 5 norte.

equipamentos desportivos da

Balanço Desportivo na região Norte

N

o final da época em curso, é tempo de realizar um balanço, de forma a apresentarmos dados concretos em relação ao que foi feito e partilhar o número de atletas que o desporto INATEL no Norte – distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto – envolveu e constatar a sua enorme dinâmica na sociedade. O Futebol distrital envolveu 36 equipas, num total de 1005 atletas, distribuídos pelos distritos de Viana do Castelo (180 atletas, 6 equipas), Braga (500 atletas, 17 equipas) e Porto (325 atletas, 13 equipas). Os campeões das fases distritais terão acesso à Fase Nacional. A Ginástica e o Judo, no distrito de Braga, somam 500 atletas, que preenchem cerca de vinte turmas. Os preços praticados são bastante convidativos, a um custo de 9,50 euros/mês para os associados da Fundação Inatel e a próxima época promete algumas novidades.

A Pesca desportiva também tem vindo a ser praticada nos distritos de Braga e Porto, desta forma reforçando uma modalidade com grande tradição. No distrito do Porto temos a referir as seguintes atividades: Ténis de Mesa (30 atletas); Andebol (70 atletas, 5 equipas), Basquetebol (200 atletas, 13 equipas); Futsal (200 atletas, 11 equipas) e Voleibol (125 atletas, 9 equipas). Perspetiva-se para a próxima época, um incremento das atividades agora desenvolvidas, a abertura de classes de Ginástica no Porto, e de Pilates e Zumba no Porto e em Viana do Castelo. As inscrições para a época de 2015/16 decorrerão no início de setembro. Qualquer informação referente ao desporto da região Norte deverá ser dirigida para o endereço eletrónico desporto. porto@inatel.pt ou Lojas INATEL. Juvenal Brandão

INATEL e um local privilegiado

Modalidades

para a realização de várias

Relativamente às novas valências

práticas desportivas, contribuindo

salientamos a abertura de uma

para a melhoria da saúde e

nova modalidade, o Padel, que

qualidade de vida dos seus

vem enriquecer a oferta

utilizadores, sob o lema do

desportiva do Parque às

Desporto para Todos.

modalidades já existentes: Escola

Ao longo dos tempos a Fundação

de Natação; Escola de Futebol;

tem demonstrado uma

Escola de Ténis; Escola de

preocupação constante em

Atletismo Classes de Ginástica;

melhorar as infra-estruturas do

Hidroterapia; Hidroginástica; Sala

Parque de Jogos,

de Musculação; Escola de Judo

nomeadamente, através da

(protocolo com a Associação de

substituição do piso sintético do

Judo); Escola de Badminton

campo de Futebol 5 sul, criação

(Protocolo com Filipa Lamy);

de 3 campos de Padel,

Escola de Taido (Protocolo com

montagem de sinalética e

Satoaki Miyake); Escola de

diretório, renovação do posto de

Taekwondo (Clube Shim Jun);

transformação, requalificação dos

Escola de Dança (Camarin

espaços verdes e instalação de

Rouge).

um circuito de Arborismo.

Mais informações:

De referir, ainda, que brevemente

pj.1maio@inatel.pt/ tel.

procederemos à requalificação

218453470/ www.inatel.pt.


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18 // HOTELARIA // TL Junho 2015

INATEL Cerveira Hotel Dias felizes com arte Em Cerveira abre-se o olhar. Se viajar é olhar, então na Vila das Artes há muitas razões para abrir bem os olhos. Os horizontes são vastos. E o espírito elevado

H

á lugares que perduram na memória. Que levam a recordar momentos vividos em família num tempo que passava por nós levemente. Como que uma brisa suave que nos revigorava para outro tempo mais espesso que haveria de chegar após as férias. Há quem diga que não se deve voltar onde já fomos felizes – mas a vontade de os revisitar é mais forte. E, como que por magia, somos felizes outra vez. Num tempo novo e num espaço também agora novo. A unidade hoteleira de Cerveira, reinaugurada em 2012, depois de obras de remodelação, está com um novo rosto. A alma, essa, é a mesma. Há um espírito que por ali se vive que nos inunda de paz. Naquele lugar de lendas, de onde se avista a escultura metálica do Cervo (símbolo da terra, de autoria de José Rodrigues), que se ergue, orgulhosa, na montanha, ajuda-nos a escrever um outro capítulo na história de vida. Afinal, vale a pena voltar aos locais que nos deram pedaços de felicidade. Todos esses momentos somam-se agora a outros. Contas feitas, não é preciso ser matemático para perceber que a adição, subtração, multiplicação e divisão fazem parte da felicidade. Porque tudo faz parte da vida. Apetece agora escrever palavras diferentes com emoções nunca antes vividas. É como se estivéssemos ali pela primeira vez. A vista surpreende sempre. Há detalhes que só se apreendem depois de olharmos duas ou três vezes para lá. Parece que ficamos com o olhar lavado. De um lado vemos o rio Minho, do outro a serra. Um-dó-li-tá, onde queremos dormir? As duas vistas são largas, e aca-

bamos por ficar com o coração apertado no momento da escolha. É por breves instantes. Seja qual for a opção, há tanto para viver ali. E logo o coração se dilata. A felicidade está aqui. Pais, filhos, netos, avós juntam-se num tempo em que há tempo para se contar histórias com tempo. Maravilhosos tempos, estes, em que a vida parece uma obra de arte que fica para a posteridade. No Inatel Cerveira descansa-se até à sombra de uma árvore onde se

lê um livro, requisitado na biblioteca, que apetece ler placidamente. Ou brinca-se na piscina das crianças e dá-se depois um mergulho na dos adultos. Joga-se ténis ou futebol. A oferta ali dentro é tanta que mais vale ir beber uma água ao bar para refrescar e pensar no que se vai fazer a seguir. Entretanto, pode-se observar os miúdos que jogam consola ou constroem puzzles no espaço, envidraçado, que foi especialmente criado para eles. Tudo foi pensado ao pormenor para as famílias. Há quartos comunicantes, ideais para pais e filhos, e outros que são adaptados para pessoas com mobilidade reduzida. João Ramos (na foto), 59 anos, é o novo diretor da unidade de Cerveira. Veio da Foz do Arelho e foi-lhe lançado o desafio para dirigir aquele espaço com 26 colaboradores. Sente-se, de novo, com a mesma energia que tinha aos 18,

// INATEL Cerveira Hotel**** > 100 quartos

Viagens INATEL com destino

> Bar

a Cerveira durante o mês

> Restaurante

de julho:

> Salas de reuniões > Wi-fi

Dia 2

> Piscina exterior

Partida de Leiria, Coimbra e

> Parque infantil

Aveiro (Turismo);

> Campo de Ténis

Setúbal, Lisboa e Santarém

> Parque estacionamento

(Turismo).

Contactos:

Dia 23

T. 251 002 080 I

Partida de Setúbal, Lisboa e

inatel.cerveira@inatel.pt

Santarém (Turismo).

Coordenadas GPS:

Dia 30

41º 57’ 17’’ N

Partida de Guarda, Viseu, Porto

08º 44’ 37’’ O

e Braga (Turismo).


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TL Junho 2015 // HOTELARIA // 19 fazer praia do outro lado da fronteira. Ou ficar deste lado e ir à praia de Moledo, de areia branca e rochosa. A quantidade de iodo faz desta praia uma das mais procuradas pelas suas qualidades terapêuticas. Os adeptos de desportos náuticos também têm razões para ir para lá. Os que preferem o rio têm a canoagem e o caiaque. Quem gosta de andar em terra, vai gostar de saber que em Cerveira estão em voga os passeios de Trike. Pedalando triciclos, os pais voltam a ser crianças, e as crianças podem continuar a ser crianças. Os mais crescidos têm ainda a possibilidade de fazer circuitos de BTT. Há também aqueles que querem ter os pés no chão. Os percursos pedestres não defraudam as expectativas dos amantes da natureza. Para os que querem ir a todo o lado com quatro rodas, João Ramos sugere uma visita a Valença do Minho (e talvez até fazer compras), Caminha e Viana do Castelo. Agosto é o mês da Romaria da Nossa Senhora da Agonia.

quando começou a trabalhar na Inatel. Conta que se sente “muito satisfeito” ao ver a felicidade dos clientes. “Há pessoas que nunca tiveram férias que vêm para esta unidade de quatro estrelas e ficam surpreendidas. Dá-me um prazer enorme ver que beneficiam destes espaços – há quem diga que nunca lhes passou pela cabeça que isto fosse possível.” Praia, paisagem e Galiza bem perto… Quem está ali hospedado tem oportunidade de visitar locais de interesse paisagístico, histórico, cultural e religioso, em Portugal e em Espanha. A proximidade da Galiza, pode levá-los a Tuy, Vigo e Santiago de Compostela. É possível ainda

Bienal, gastronomia De 18 de julho a 19 de setembro, há um grande atrativo para se demorar na chamada Vila das Artes. Este ano, que é ímpar, realiza-se a 18.º edição da Bienal de Cerveira. A não perder o Roteiro das Artes, o Roteiro das Freguesias e o Roteiro Histórico. Seja verão ou inverno, esta vila é para visitar em todas as estações. Há sempre coisas a acontecer por lá. Há uma efervescência cultural em Cerveira que deixa o espírito inquieto. O que também leva muitas pessoas para aquelas paragens é a gastronomia. O arroz de lampreia é muito apreciado entre janeiro e abril. Nos restantes meses do ano, o cabrito, os rojões ou o peixe do rio são os mais desejados. Acompanhase com vinho verde branco ou tinto. Falta ainda uma referência, claro está, para adoçar a boca. Destaque para os biscoitos de milho. Saciados, temos mais vontade de ver e trazer para casa arte cerâmica ou bordados, por exemplo. Do Alto Minho avistam-se vidas com arte. E artes com vida. Sílvia Júlio


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20 // LAZER // TL Junho 2015 // OS CONTOS DO ZAMBUJAL

Correspondência

D

ona Evelina, mãe de Ricardo Serafim e avó de Dinis João, não esconde o melhor dos seus sorrisos. Tem, ao serão, a companhia do filho, da nora Laureta, hoje nem faltam o neto e a namorada dele, Paulinha. Todavia, Dona Evelina, parecendo mais risonha que de costume, revela, ao mesmo tempo, algum embaraço. De facto, ela estava mortinha por revelar um segredo mas, ao mesmo tempo, receosa de que a revelação causasse galhofa. Por fim, resolveu-se: – Hoje, ao folhear um dos livros que o meu saudoso deixou na sua rica biblioteca, sabem o que encontrei? – Não sabemos – Foi a resposta em coro. – Pois foi a carta em que ele me propôs namoro. Agitou-se o resto da família e vozeavam pedindo para que lesse o documento. Ao princípio relutante, Dona Evelina cedeu. Colocou os óculos, concentrou-se na caligrafia esmerada e começou a traduzi-la em palavras audíveis: Menina Evelina de Novais, o meu mais alto respeito e consideração. Antes do mais, a minha inclinada vénia e humildes desculpas pela ousadia circunstanciada nesta missiva, mas a força poderosa do meu enlevo por si não permite manter oculto por mais tempo este sentimento ao mesmo tempo de fascínio e de receio – receio que Deus permita seja infundado! – de não ver correspondido um afecto como jamais julgaria ao alcance da minha serena pessoa. Peço perdão. Em cumprimento das normas de cavalheirismo e boa formação moral, eu deveria ter começado esta carta com palavras de interesse pela sua saúde e de toda a sua ilustre família, incluindo a gata angorá que tem a felicidade de se passear nos seus mimosos braços. Se

não procedi de tal modo foi pelo impulso irresistível de expor sem mais demoras a agitação que me vai na alma, a agitação de quando a vejo ou me lembro de si. Isto é, sempre. Nem por um só momento a sua figura de suprema elegância, os olhos de ébano, a iluminação do sorriso, a boca – permita-me não escamotear também a formosura da boca – transformou a minha mente numa labareda de exaltação. Fraquejam-me as esperanças – ai de mim! – mas acreditando em imerecidos favores do destino, eis-me a informá-la de quão grande seria a minha felicidade se noivássemos e num tempo breve me aceitasse como esposo, sempre o seria fiel, cumpridor em todas as obrigações conjugais e permanentemente apaixonado. Diga coisa. Expressão mais correcta será solicitar-lhe a bênção de uma palavra a quem intensamente a adora. Samuel Isidoro (ao dispor)

M

al Dona Evelina concluiu a leitura bateram-se as palmas e gargalhou-se, foi o neto a perguntar: – E a resposta, avó? A resposta? – A resposta foi um bilhetinho a dizer que o autorizava a falar com os meus pais e obter a licença deles. Parecia o assunto encerrado mas o Dinis João teimou em avançar no tema: – E o pai e a mãe? Quem se atirou primeiro? Diz Ricardo, o pai: – A tua mãe diz que fui eu, mas quem escreveu foi ela. Tenho aqui um print do e-mail que me mandou. – Pois é lê-lo e já! – Então leio: Caro amigo Ricardo Serafim O mais certo é considerar que sou atrevida e meio maluca ao tomar a iniciativa de lhe escrever. Dou este

passo arriscado porque na festa de aniversário de Sofia Pimenta dançámos muito e no fim disse-me ao ouvido, acho mesmo que me mordiscou na orelha: Laureta, você e eu nascemos um para o outro. Temos de conversar. Dei-lhe o número de telemóvel e endereço de e-mail, não estou certa se você pediu mas eu dei. Desde essa altura fiquei à espera, acho natural, mas passou um mês e nada. Sou honesta, não vou dizer que fiquei caidinha por si embora o ache elegante e boa companhia para o resto da vida. Homens há muitos, sem dúvida, mas não me tem tocado nenhum de jeito. Por outro lado, enerva-me ver as minhas amigas arrumadas, cada uma com o seu, quando não têm dois, e eu, feita paspalha sem tipo a que chame meu. Como vê, falo com o máximo de franqueza mas não confunda com fraqueza, se me dirijo a si é devido àquela frase – “nascemos um para o outro”. Ao princípio nem me parecia que eu tivesse nascido para si mas, pensando melhor, levei em conta a sua declaração de ter nascido para mim e acho que não tenho o direito de desperdiçar. Julgo que é de muito interesse esclarecer a situação. Tenho-o em boa conta, julgo que não é um sacanóide e que não diz aquilo a todas. Fico à espera. Não digo ansiosamente mas despache-se. Eventualmente sua, Laureta – E o pai? Despachou-se ou despachou-a? – Também guardo o print da resposta. Ora ouçam: Laureta, Como pode ter pensado que me esqueci da falta que me proporcionou o encontro consigo? E lembra-se de quantas belas mulheres andavam por lá? E não acha significativo que só tenha dançado consigo? Simplesmente, estes terríveis desejos de resistência aconselharam-me a estar quieto,

faltam-se posses para constituir família e tenho estado à espera de melhores dias. Estarei perdoado? Absolutamente seu, Ricardo Serafim – E ela? E ela? – quis saber o filho, divertidíssimo. – Ela – esclareceu o pai – telefonou-me quatro minutos depois da minha explicação e disse: – Encontramo-nos às sete e meia à porta do Restaurante onde jantámos no aniversário da Sofia. – Lá estarei, disse em 1992. Cá estou, em 2015. – No meu tempo – disse Dona Evelina – as mulheres não eram assim, atiradiças. E vocês, Dinis e Paulinha, qual foi o primeiro a avançar? – Eu! – afirmou o neto levantando o braço. Foi pelo telemóvel, gravei, podem ler. Debruçaram-se sobre o aparelho, ávidos por conhecer a mensagem. Que dizia: C/a minha és bué de gira, curti falarmos. Sorry n. ter sabido o t. nome mas captei o num. de telem., kero dizer things, o t. nome e se vais por mim numa nice. Sou o mangas q. t. disse tu e eu tá-se bem, topas? Diz. – Dinis João. O sms dela veio logo: Bora ir DJ. Vou por ti: Tb gramei de ti se és o chavalo que quem tou a pensar e malpoupou p. bx. da mesa. Liga já. – Paulinha.

C

onversaram animadamente sobre o decréscimo do romântico em favor do sintético e pragmático, concordando num ponto: dois olhares que se fixam, mãos que se estendem, corpos que se enlaçam, bocas que se calam, roupinha que se despe devido ao calor – há amores sem palavras.


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TL Junho 2015 // LAZER // 21

// CULTURANDO

“Política cultural” e “política de cultura”

N

ão é descuradamente que a ordem dos factores nos revela, em geral, significações distintas. Se uma “política de cultura” remete para aquilo que é político em relação à cultura, uma “política cultural” remete para aquilo que é cultural em relação à política. Pela ordem dos termos

enunciada, é plausível assinalar que a fórmula “política de cultura”, à semelhança do conceito de “política do espírito” defendido por António Ferro, se traduz na instrumentalização da cultura ao serviço de um programa governamental e que, muito basicamente, se manifesta na institucionalização de actividades e de construções (de práticas) emblemáticas que dão corpo aos discursos sobre a nação e a identidade nacional. Lembremo-nos do “Concurso da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal”, de 1938, da “Expo98”, da edificação de um “Centro Cultural de Belém”, ou dos actuais programas de valorização e conservação do “património nacional”. Trata-se, genericamente, de uma forma de apropriação de determinados aspectos da realidade, ou, se quisermos, de uma forma de significação da cultura (portuguesa, neste caso) ao serviço de uma política.

A “política cultural” enquanto prática de acção do poder público fundada em operações, princípios e procedimentos administrativos e orçamentários, é o ‘território’ das instituições estatais e dos discursos ideológicos; mas as práticas e as expressões culturais, as diversas áreas de representação artística ou de performance são igualmente políticas culturais na medida em que intervêm e medeiam as relações de poder na sociedade. Um retrato sobre a política cultural de um país, de uma região, de um lugar, deve saber decifrar quais, de que tipo e em que se distinguem as relações entre os vários agentes, públicos ou privados, que se dedicam a reflectir sobre a cultura actual. No cerne desta distinção, as “tradições” assumem-se consistentemente como campo fértil de observação pelos contrastes que expõem entre a mudança e as tentativas de construção da vida social de forma imutável e invariável, anunciando os capítulos da história que se pretendem seleccionar, escrever, popularizar e institucionalizar. Como sublinha Hobsbawm, “Todas as tradições inventadas, na medida do possível, utilizam a história como legitimadora das acções e como cimento da coesão de grupo.”1 Sofia Tomaz [A autora escreve de acordo com a antiga ortografia]

1) Hobsbawm, Eric (1983) The Invention of Tradition.


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// EM CENA NO TRINDADE

Estreia da Academia INATEL Chamaram-lhe Nham Nham – Um delicioso musical, primeiro destaque da programação de junho que apresenta uma grande diversidade de propostas, desde o teatro, à música, à dança, ao mentalismo e termina na 2ª edição dos encontros Arte |Escola| Comunidade

N

ham Nham – Um delicioso musical é o espetáculo saído do Curso de Teatro Musical – Formação de Atores da recentemente criada Academia Inatel, que pode ser visto na sala principal, de 13 a 21 de junho. Como acentuou Cláudio Hochman na entrevista que concedeu ao Tempo Livre de fevereiro, este trabalho sobre o Teatro Musical “é, de alguma maneira, o retornar à experiência de criar e ajudar gente a formar-se no Teatro Musical.” Para Hochman a formação em Teatro Musical na Academia é um projeto com futuro, “com pernas para andar”, e para isso não será estranho o entusiasmo dos alunos, que estão a começar e participaram, com Bruno Cochat e o próprio Hochman, na autoria do espetáculo. A história leva-nos logo para dentro do teatro: um coletivo teatral decide fazer um musical com situações que se sucedem num restaurante. A partir da observação em vários estabelecimentos de restauração, escrevem, imitam, analisam, questionam e encontram estereótipos construindo um espetáculo que é um espelho da vida. Entre textos mais ou menos caricatos, escritos por Claudio Hochman, sucedem-se também momentos íntimos acompanhados por um copo de vinho, a eterna presença da sopa, as coreografias desenhadas por Bruno Cochat e as melodias sugeridas pelos intérpretes e arranjadas por Carlos Garcia. Um espetáculo onde prevalece o humor, onde o sentido perde o sentido, onde podemos, sem dúvida nenhuma, ver-nos refletidos. De quarta a sábado às 21h30, domingo às 18h00.

A sombra de Beckett Bruno Schiappa, mais uma vez a

nhada por António Dias (guitarra portuguesa) António Neto (guitarra clássica), Jorge Carreiro (contrabaixo). Liana foi a primeira fadista a vencer por duas vezes a Grande Noite do Fado, no Coliseu dos Recreios, e incarnou Amália no musical de Filipe La Féria, tornando-se uma das mais marcantes referências do fado. Construiu a sua carreira internacional sendo alvo de excelentes críticas musicais, e distinguida, entre muitos prémios, pela “German Record Critics’ Award” e a “Songlines Musics Awards”. Em 2014 editou “Embalo”, que viaja pelo mundo em tournée. solo, cria e interpreta um monólogo em que um homem, que vamos percebendo estar no fim da sua vida, se debate com os seus pensamentos, com os seus fantasmas. O seu discurso torna-se numa teia de pensamentos imbricados e suspensos numa não-lógica beckettiana. De 11 a 28 junho, de quarta a sábado às 21h45, domingo às 17h (18 e 19 junho não há espetáculo). Dois concertos e conversa com Música O primeiro concerto a 25 de junho é a apresentação de “Eden’s Inferno” dos Mancines. Um projeto que junta Raquel Ralha (Wraygunn, Belle Chase Hotel, Azembla's Quartet), Toni Fortuna (D3o, Tédio Boys, M'as Foice), Pedro Renato (Belle Chase Hotel, Azembla's Quartet) e Gonçalo Rui. “Eden’s Inferno” leva-nos numa viagem sonora, sem guia turístico, às profundezas de um inferno idílico. Dois dias depois, a 27 junho, às 21h30, é a vez de Liana, acompa-

Ouvir e Falar Na sala principal, 23 de junho, às 18h30, Miguel Leite e António Victorino d’Almeida são, uma vez mais, os anfitriões do próximo convidado que será o popular ator Nicolau Breyner. A proposta é uma conversa informal em torno da sua vida e obra, entrecortada por diversos momentos musicais, alguns dos quais tocados pelo próprio maestro Victorino d’Almeida, no estilo que sempre nos habituou nos seus programas televisivos. Arte | Escola| Comunidade Encontros, espetáculos, bailes e debates Depois da primeira edição em 2010, estes encontros regressam agora com uma semana totalmente dedicada a espetáculos e projetos que valorizam a relação com a comunidade e a escola. “1969”, a última criação da Crinabel Teatro, a 30 de junho, “Nos tempos de Gungunhana”, de Clemente Tsamba, e “Xunga Love”, de Miguel

Sermão a 1 de julho, “Silêncio”, espetáculo multidisciplinar do Projecto Compota, a 3 de julho, “Estaleiro”, projeto final dos alunos da ESTAL e “A Gula, o primeiro dos sete pecados capitais do Brecht”, pelo Teatro Comunitário Cais 14, são os espetáculos da sala principal. Os Encontros terminam com uma iniciativa inédita no Teatro, um Poetry Slam, prática que tem tido franco desenvolvimento nos últimos anos, tratando-se de um concurso que envolve poetas que declamam os seus próprios textos. Na Sala Estúdio demos espaço para a apresentação de espetáculos de vários cursos de teatro, como o da Passos Manuel, Eça de Queirós e Escola Superior de Teatro, bem como ao Teatro Refugiacto e ao Grupo de Teatro Comunitário da Casa da Achada. Ao fim de semana, sábado às 16h e domingo às 17h, o ator José Ramalho apresenta Contos do Mundo, espetáculo de marionetas. José Ramalho, que desenvolve há muitos anos um trabalho de relevo no campo da formação de marionetas, realizará também o Atelier Poética dos Objetos. No domingo no Átrio, de manhã, às 11h será a vez do projeto Cantadeiras de Histórias, das atrizes Susana Quaresma, Sofia Portugal e Tânia cardoso, apresentar “Bailes cantados para todos”. São seis dias intensos em que a partir do dia 1 de julho, às 18h30, haverá dança e baile no Átrio do Teatro. A partir de dia 30 serão realizados também, no Clube Português de Artes e Ideias, ao lado do Teatro da Trindade, debates sobre as práticas de teatro na comunidade e na escola.


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TL Junho 2015 // LAZER // 23

// ARQUITETURA DOS TEMPOS LIVRES

A propaganda do Estado Novo ida ao teatro e ao cinema constituem fatores que contribuem para o bemestar dos indivíduos e fazem parte da ocupação dos seus tempos livres. O cineteatro Éden, classificado de Interesse Público em 1983, localiza-se na Praça dos Restauradores e tem por base o projeto do arquiteto Cassiano Branco. Cassiano Branco faz parte da geração de arquitetos influenciada pelos tradicionalistas do estilo Estado Novo, designado “português suave”, e pelos modernistas. A sua obra integra equipamentos pioneiros do modernismo português, como é o caso do cineteatro Éden e do Hotel Victória, por oposição aos altos edifícios da Praça de Londres e Areeiro ao estilo Estado Novo. O Éden foi construído ao estilo modernista e inaugurado em 1937.

A

Cineteatro Éden, estreia o filme Fátima, Terra de Fé!, de Jorge Brum do Canto, 1943. Em baixo, O Hotel Éden na atualidade

O exterior destaca-se pelo original jogo de formas e volumes da fachada, desenvolvida simetricamente em relação a um corpo central, conferindo ao conjunto um caráter horizontal. Constituiu um animado centro de diversão das chamadas Avenidas Novas, neste novo excerto da cidade de Lisboa. O espetáculo, que o público se propunha ver, iniciava-se no lado de fora, com a aproximação à fachada semitransparente em ferro e vidro. Esta fachada foi concebida para ser vista em movimento, tal como no interior, as escadas que evoluíam num movimento ondulado e cénico, ao estilo cinematográfico. O edifício, tal como a série de edifícios construídos nesta altura, cumpre a missão de, modo sistemático e organizado, “educar” as almas através de teatros, filmes e documentários que transmitiam valores culturais, sociais e morais e promoviam as atividades do Estado Novo. O edifício foi remodelado, em 1995, de acordo com o projeto dos arquitetos Frederico Valsassina e George Pancreach, tendo sido alterado o uso. Os pisos inferiores foram destinados ao comércio e os pisos superiores ao VIP Executive Éden Aparthotel. O Hotel permite o desfrute de uma piscina, dum solário, e de um bar no terraço que oferece uma ótima visão panorâmica sobre a cidade, mantendo deste modo o carácter de ocupação dos tempos livres. Ernesto Martins


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24 // LAZER // TL Junho 2015

// TEMPO DIGITAL

// LÍNGUA NOSSA

Tudo na mão

Dúvida de um leitor… íngua Nossa do passado mês de Abril suscitou uma dúvida que, primeira e oportunamente esclarecida perante o leitor que a colocou, me levou à decisão de partilhar o caso com todos os leitores. Façoo, aliás, aceitando a sugestão do Tempo Livre, que também considerou tratar-se de uma questão pertinente capaz de concitar o interesse geral. Com o objectivo de enquadrar a situação, cumpre-me lembrarvos o texto em referência, através do qual abordei a questão da confusão entre acessibilidade e acesso. De acordo com a dúvida colocada pelo leitor, poderia eu ter incorrido em erro quando, no segundo parágrafo, utilizei a expressão de maneira alguma, na medida em que, em sua opinião, deveria ter preferido de maneira nenhuma. Nestes como noutros assuntos, parece conveniente recorrer a um argumento de autoridade inequívoca, propósito este que me leva às páginas da Nova Gramática do Português Contemporâneo1, de Celso Cunha e Lindley Cintra, que passo a citar: "(...) posposto a um substantivo, algum assumiu, na língua moderna, significação negativa, mais forte do que a expressa por nenhum. (...)". 2

enquadramento e a justificação pelo emprego da expressão em apreço: "(...) Ora bem, acessibilidade é a qualidade ou carácter do que é acessível e, mais explicitamente, a facilidade ou possibilidade de aproximação (...)". Foi neste momento do discurso que, concretamente, passei a responder à pergunta que está implícita desde o início do segundo parágrafo, ou seja, «acessibilidade e acesso não são sinónimos?». E, então, a resposta: "(...) De maneira alguma se trata de sinónimo de acesso (...)", em que, repito, alguma, posposta ao substantivo maneira – tal como esclarecem os referidos gramáticos – assume significação negativa mais forte do que a expressa por nenhum. Tão luminoso é o esclarecimento que, creio, nada mais resta acrescentar. Foi com um duplo sentimento de homenagem e de humildade que me apoiei na douta explicação supra, subscrita por dois dos mais ilustres filólogos, um dos quais, o Prof. Luís Filipe Lindley Cintra, foi meu mestre há cinquenta anos. Oxalá, no Língua Nossa, por meu intermédio, possamos continuar a partilhar o saber que eles nos legaram! João Cachado

Acrescentaria ainda a relevância do contexto em que empreguei a expressão de maneira alguma. Inequivocamente, lá está subentendido um não, uma evidente negativa. Usada, tão afirmativamente, como resposta a uma pergunta, subentende uma negativa. Nestes termos, com o objectivo de contextualizar, gostaria que os leitores reconsiderassem as palavras anteriores à expressão citada. Eis, portanto, o

antiga ortografia]

L s novas tecnologias aliadas à possibilidade da miniaturização de dispositivos digitais veio permitir que pudéssemos trazer na própria mão algo que nos permite falar, ouvir e ver imagens e filmes. Há meia dúzia de anos, ninguém pensava que os telemóveis iriam ser câmaras fotográficas e de vídeo. Mas chegaram os smartphones ou telemóveis inteligentes. Com eles na palma da mão acedemos a tudo. Os vídeos já eram uma maravilha. Mas agora, com ajuda da Microsoft, o sistema Android consegue fazer aos nossos vídeos aquilo que apenas era possível nos computadores. Acaba de chegar o timelapse para um filme que estamos a captar ou que já temos em ficheiro no smartphone. Timelapse é uma técnica que permite acelerar o visionamento de eventos como movimento das nuvens, paisagens quando viajamos, acontecimentos desportivos, etc. Com a app gratuita Hyperlapse instalada no smartphone aceleramos os vídeos longos que ficam assim reduzidos mantendo a filmagem de forma perfeita. E o melhor é que podemos escolher a velocidade,

A

ver o resultado e gravar ou tentar outra maior ou menor. No ecrã aparecem lado a lado as 2 funções. A generalização dos smartphones e tablets fez com que a música passasse a estar presente nas actividades do nosso dia-a-dia. Os leitores de MP3, só com música gravada, passaram à história. Tudo o que quisermos está na Net e basta ligar os auscultadores. Mas existem momentos em que queremos partilhar o que estamos a ouvir, sobretudo no exterior. Pois acaba de aparecer uma coluna de som portátil que cabe na palma da mão. A Rapoo A200 é portanto fácil de transportar, compacta, mas também muito potente graças à amplificação de 4W e ao altifalante de alta qualidade que assegura sons baixos e agudos bem definidos. Com controlos de volume integrados, tem também um microfone para fazer e atender chamadas em alta-voz. Ligada por Bluetooth e com bateria interna vai pela nossa mão para todo o lado. A mobilidade é o seu forte. Disponível em 5 cores, é só colocar sobre a mesa ou pendurar pela alça nos mais variados locais. Gil Montalverne [O autor escreve de acordo com a antiga ortografia]

[O autor escreve de acordo com a

1) p. 359 2) sublinhado meu

*Licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, actualmente aposentado, foi professor, técnico superior e dirigente, nos Ministérios da Educação e dos Negócios Estrangeiros. É autor de materiais didácticos para o Ensino de Português no estrangeiro.


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// ECRÃS

// LIVROS EDIÇÕES INATEL Manual de Produção Carlos Cabral, INATEL, 2011

Do “thriller” à aventura e ao filme de autor

(180 pp.) Preço: 14 € (Associados 40% desconto) À venda na Sede e lojas INATEL. Mais informações:

Para além da nova comédia com Ben Stiller, Junho traz às salas o regresso dos dinossauros spielberguianos “mal” comportados e o último filme de “arte e ensaio” de Tsai Ming-Liang

mabreu@inatel.pt/ T. 210027182 Neste

volume o autor aborda questões práticas sobre “um trabalho específico que terá de ser efectuado no interior duma estrutura teatral, o qual visa a organização, a gestão dos meios e a fixação das etapas a desenvolver para a

Cinema

O Olhar do Silêncio, de Joshua

Enquanto Somos Jovens, de

concretização de um

A Criança Nº44, de Daniel

Oppenheimer | Dinamarca /

Noah Baumbach | EUA, 2014, 1h37

determinado projecto teatral”.

Espinosa | EUA /GB / Roménia /

Indonésia / Noruega / Finlândia /

Com: Ben Stiller, Naomi Watts,

Rep. Checa, 2015, 2h17

GB, 2015, 1h39. Documentário.

Adam Driver. Estreia a 11.

Com: Tom Hardy, Gary Oldman,

Estreia prevista a 11.

Noomi Rapace. Estreia a 4.

Inesperada visita do documentarista norte-americano de “Act of Killing” ao passado político da Indonésia – o do golpe militar de 1965 e do genocídio que se lhe seguiu de cerca de meio milhão de cidadãos – para um confronto directo entre uma família que sobreviveu à repressão violenta e um homem que assassinou um dos seus.

Dir-se-ia que só Ben Stiller e Naomi Watts conseguiriam elevar o tom de “comédia de enganos” desta estóriazinha de conflito geracional. Na verdade, trata-se de um filme sobre a autenticidade, os valores e a ética. E no final de contas, Baumbach até dá provas – descontados os “clichés” e o “tormento” de uma ou outra banalidade – de saber como capturar o espírito juvenil de uma época.

NOVIDADES EDITORIAIS Em Diálogo com Eduardo Lourenço Ana Nascimento Piedade Gradiva, 2015 (268 pp.) Preço: 14,90 € (à venda nas livrarias) Este

é um

Sob os auspícios de Ridley Scott (que produziu), um “thriller” sombrio, ambientado na Rússia soviética, à volta de um “serial killer” de crianças que vai, crime após crime, potenciar um clima em crescendo de angústia e paranóia na população e de perturbação do poder político.

livro baseado numa ampla e

Mundo Jurássico, de Colin

interessante

Trevorrow | EUA, 2015

Cães Errantes, de Tsai Ming-Liang

DVD

conversa que

Com: Chris Pratt, Bryce Dallas

| Taiwan / França, 2013, 2h18

Alentejo, Alentejo, de Sérgio

atravessa

Howard, Vincent D'Onofrio. Estreia

Com: Chen Shiang-Chyi, Kang-

Tréfaut | Portugal, 2013, doc, 1h36 |

vários temas

a 11.

sheng Lee, Lee Yi Cheng. Estreia a

Edição Alambique: pvp 12€.

e permite

Sucedâneo do filão (mais um) “Jurassic Park”, este novel filme volta a colocar em cima da mesa a velha e estafada questão das “diatribes” da ciência. Senão vejamos como o “indomável” Rex, um dinossauro geneticamente modificado por obra e graça duma cientista, Claire Dearing, vai espalhar o terror no famoso parque.

18.

O cante alentejano é, conjuntamente com o fado, duas das nossas jóias patrimoniais. O que Tréfaut dá a ver neste interessante e sincero documentário vai muito para além da mera celebração polifónica de um qualquer canto tradicional rural. É a própria vida que aqui se trata.

conhecer melhor um dos mais importantes pensadores da atualidade. O diálogo que aqui se apresenta permite ao leitor «escutar» o que Eduardo Lourenço refere sobre «o que merece ser pensado e mesmo o que não merece ser pensado».

Este filme não é para todos, não senhor. Tresanda a tristeza, a dor e a injustiça. Fábula sobre a miséria, “Stray Dogs” é a “odisseia” – carregada de forte vibração poética e humana – de um pai e seus dois filhos desapossados a viverem na margem da sociedade de Taipé. O cinema em estado puro e duro como (já) raramente se vê.

Joaquim Diabinho [O autor escreve de acordo com a antiga ortografia]


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26 // LAZER // TL Junho 2015

// MOTOR

// SUGESTÕES

Toyota Auris Touring Sports: versátil e sofisticado

Alexandra Bento Bastonária da Ordem dos Nutricionistas

V

ersatilidade genuína, aparência sofisticada: o novo Toyota Auris Touring Sports combina o amplo espaço e funcionalidade da mala com um forte e vigoroso exterior. A baixa grelha ladeada pelos faróis dinâmicos que integram as luzes de circulação diurna LED e um friso cromado, visualmente estendido, criam uma ampla e robusta dianteira. Para um verdadeiro apelo desportivo, o Auris Touring Sports dispõe ainda de spoiler integrado no tejadilho, aumentando a sua aerodinâmica. Na traseira, o poderoso design destaca-se pelo baixo centro de gravidade e as luzes traseiras envolventes, contribuindo para uma imagem forte e dinâmica. O novo Auris Touring Sports afirma-se como uma referência no mercado automóvel. Disponível na versão híbrida, o primeiro no seu segmento, oferecendo uma série de benefícios, difíceis de alcançar com um motor de combustão convencional. Acima de tudo, agrada-nos não só o óptimo desempenho no consumo de combustível, bem como os baixos níveis de emissões de CO2. Em ciclos urbanos, o Auris Híbrido Touring Sports é ainda mais eficiente, consumindo apenas 3,7 l/100 km e produz apenas 86 g/km de CO2. Para além de, na versão híbrida, não emitir partículas e praticamente nenhum Óxido de Nitrogénio.

Nutrição primavera/verão É natural que a transição do inverno para um período mais quente motive a que as pessoas comecem a pensar em perder algum peso e a adotar dietas hipocalóricas. É também nesta altura que o exercício volta à rotina de muitos

Silencioso e sem comprometer o seu desempenho, o Auris Híbrido Touring Sports cria uma sensação de condução tranquila, elevando o conforto no nível da condução para um nível diferente. Oferece também uma aceleração suave e a transmissão automática controlada eletronicamente, que proporcionam um notável prazer de conduzir. A combinação do amplo espaço para bagagem e a sua elevada versatilidade dão ao Auris Touring Sports uma clara vantagem. Com capacidade de carga de 530 a 1650 litros e, em especial, uma notável altura de largura do compartimento de carga de 1452 mm e comprimento máximo de 2047 mm, é ideal para objetos maiores. A baixa altura para carga, a fácil disposição dos bancos e as vastas opções de armazenamento tornam a utilização do Auris Touring Sports incrivelmente prática. Carlos Blanco

portugueses, já a pensar nas idas à praia. Em ambas as situações é essencial não cometer excessos e seguir algumas regras. A primeira é a consulta de nutricionista ou de um dietista que possa elaborar um plano alimentar ajustado à especificidade de cada um. De qualquer forma, há regras que devem ser incluídas no quotidiano de cada um, como fazer várias refeições ao longo do dia, sem saltar nenhuma delas, com especial atenção para o pequeno-almoço. Da mesma forma, é importante o cumprimento de uma dieta que inclua alimentos de todos os grupos da roda dos alimentos, com preferência por alimentos com baixo teor de gordura saturada, sal e açúcar. Com a chegada do calor deve ser redobrada a atenção ao estado de

// PALAVRAS CRUZADAS // Por José Lattas 1

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água é uma boa opção. A alface, o tomate, o pepino, os espinafres e os

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pimentos são hortícolas constituídos

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quase na sua totalidade por água, e

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ainda fornecem vitaminas e minerais. As

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saladas são uma ótima forma de incluir

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vários alimentos deste grupo. Para além dos hortícolas, a fruta é igualmente

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hidratante e, pela sua frescura, são mais

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apetecíveis com o calor. Para reforçar a

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sua hidratação beba pelo menos 1,5

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litros de água por dia, aumentando este

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consumo nos dias mais quentes ou com maior atividade física. Se fizer exercício

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físico, beba água, antes, durante e

Soluções

depois da sua prática. Um estilo de vida saudável não tem

RATAR; I. 9-VA; VIGÁRIAS. 10-ASSOA;

sazonalidade. Conserve os hábitos

EZ. 6-ATENTO; ER. 7-IRIA; IL; AL. 8-OCO;

saudáveis que normalmente adota no

APURARAM. 4-RIO; ORADA; U. 5-ANUS; SO;

verão e faça disso regra para todo o ano.

1-A; AI; LESADO. 2-MARRA; RUGIR. 3-OS;

VERTICAIS: 1-Amor; Que é redondo e oblongo como o ovo. 2-Naturais da Ásia (fem.). 3-Feições; Sobrecarrego; Sua Alteza (abrev.). 4-Despeito; Conciliei; Explode. 5Arriscaria. 6-Antiga cidade da Caldeia; Prata (s.q.). 7Claudicas; Ilha grega, que se julga ter sido o reino de Ulisses. 8-Fatigado; Domicílios. 9-Brejo; Lagunas. 10Claridade; Data; Pira. 11-Ilha à entrada do Golfo Pérsico, comunicando com o Mar da Arábia, que foi conquistada por Afonso de Albuquerque, em Setembro de 1507; Acetinadas.

hidratação, optar por alimentos ricos em

CEARÁ. 11-L; AA; PASSAS.

HORIZONTAIS: 1-Interjeição, que exprime aflição ou dor; Afectado. 2-Abalroa; Bradar. 3-Ósmio (s.q.); Melhoraram. 4-Torrente; Capela. 5-Orifício em que termina o tubo digestivo e pelo qual são expelidas as fezes; Desamparado; Pacóvio (inv.). 6-Ponderado; Érbio (s.q.). 7-Sucederia; Lítio (s.q. inv.); Alumínio (s.a.). 8-Chocho; Morder. 9-Primeira pessoa do singular, do presente do conjuntivo, do verbo ir; Freiras que nos conventos fazem as vezes da superiora. 10-Esmonca; Estado brasileiro no NE, cuja capital é a cidade de Fortaleza. 11-Igualdade em farmácia; Fruta seca ao sol ou em estufa, principalmente uva (pl.).


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sinais de confiança todos os dias

Pela 14.ª vez consecutiva a Delta foi eleita a marca de confiança. E esta é uma escolha de todos os dias. Quase metade dos cafés que os portugueses bebem são Delta. Em casa ou na rua, procuram a marca que lhes dá o sabor a que estão habituados: o café feito ao nosso gosto. E esta é a verdadeira razão para este nosso Obrigado.


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