Martins Lhano

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Martins Lhano



AGRADECIMENTO À FILHA DO ARTISTA, A PINTORA GRAÇA MARTINS.

A arte lava da alma a poeira do quotidiano. Picasso


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Martins Lhano

Francisco Manuel Martins Lhano nasceu em Miranda do Douro,

1926, e faleceu no Porto em 1987. Professor de Desenho e Artista que se expressava com o esmalte. Realizou a sua primeira exposição, 1968, no Ateneu Comercial do Porto. A partir daí realizou várias exposições individuais e colectivas. Nesta obra, inspirado em Pénicaud II, em cobre esmaltado estilo Limoges, composto por 28 placas rectangulares, cada uma com um episódio da vida de Cristo, Lhano, no seu traço modernista, superou largamente a contingência meramente joalheira da maioria destes trabalhos deixando o suficiente para se catapultar para outro patamar de reconhecimento. Assim, não se trata de um decalque mas antes de uma reinvenção artística de um tema bastante comum com a inclusão da “Ressurreição de Lázaro” e “Multiplicação dos Peixes”; partindo de uma figuração geométrica um pouco no caminho do figurativismo clássico para encontrar efeitos plásticos expressivos de execução, mestria e leitura. Na valia cromática, o artista sonha encontrar-se e obter uma riqueza de tonalidades que torna os seus esmaltes verdadeiros encantos de cor. Nos azuis, o artista conseguiu autênticos prodígios, de uma clareza admirável. A luz é de belos efeitos, conseguida mercê de técnica apurada. Atingiu um grau de maturidade que o coloca entre os pintores do género, trabalhando com o fogo, o esmalte sobre cobre, como muitos ainda não o haviam feito. Esta obra é enriquecida com um dourado constante em todas as placas e decorando a própria moldura de madeira com a “Coroa de Espinhos”. Esta foi a última obra adquirida em vida por Dionísio Pinheiro; parafraseando Valter Hugo Mae, O esmalte nunca espera ser assim, mas o esmalte sonha sempre ser assim.


O Teatro a ComĂŠdia e uma Natureza Morta, s /data Material: Cobre Esmaltado (estilo Limoges) DimensĂľes: 240x135(s/moldura) | 505x329 (c/moldura) N.Âş Inv. 1670


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Fundação da Nacionalidade, s/data Material: Cobre Esmaltado (estilo Limoges) Dimensões: 108x104 (s/moldura) | 406x435 (c/moldura) N.º Inv. 1669


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Nossa Senhora e o Menino, s/data Material: Cobre Esmaltado (estilo Limoges) DimensĂľes: 105x78 (s/moldura) | 240x210 (c/moldura) N.Âş Inv. 1671


O Grito, 1968 DimensĂŁo: 355 x 140 Material: Cobre Esmaltado (estilo Limoges) N.Âş Inv. 0690


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Romaria, s/data Material: Óleo s/tela Dimensão: 600 x 810 N.º Inv. 1672


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Natureza Morta, s/data Material: Óleo s/tela Dimensão: 355 x 140 N.º Inv. 1674


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Residência de um rei imaginário, s/data Material: Óleo s/tela Dimensão: 730 x 815 N.º Inv. 1673


Passos da Vida de Cristo 1968


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Passos da Vida de Cristo (pormenor), 1968 Martins Lhano (1926 – 1987) Painel c/ 28 placas em Esmalte separados por granadas, moldura em madeira e esmalte 489x645 Estilo Limoges N.º Inv. 0480


Passos da Vida de Cristo (pormenor), 1968 Martins Lhano (1926 – 1987)


Entrada de Jesus em Jerusalém As multidões, que iam à frente e atrás de Jesus, gritavam: «Hosana ao Filho de David! Bendito aquele que vem em nome do senhor!...»

(Mateus 21,9)

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Expulsão dos vendedores do Templo ... «A minha casa será casa de oração.» No entanto, vós fizestes dela um covil de ladrões.

(Lucas 19,46)


A pesca Milagrosa Então Jesus disse: «Lançai a rede para o lado direito da barca e achareis peixe.» Eles lançaram a rede e não conseguiam pexá-la para fora devido à grande quantidade de peixe que apanharam. (João 21, 6)

Jesus veio para servir Então Jesus levantou-Se da mesa, tirou o manto, pegou numa toalha e atou-a à cintura. Deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxaguá-los com a toalha que tinha à cintura. Chegou a vez de Simão Pedro. Este disse: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?» Jesus respondeu: «O que estou a fazer não o podes compreender agora. Compreendê-lo-ás mais tarde». (João 13, 24.26)


Ressurreição de Lázaro Dizendo isto, gritou bem forte: «Lázaro, sai para fora!» O morto saiu. Tinha os braços e as pernas amarrados com panos e o rosto coberto com um sudário. Jesus disse aos presentes: « Desligai-o e deixai-o ir ». (João 11,44)

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Jesus reza no Horto Jesus foi um pouco mais adiante, prostou-Se com o rosto por terra e rezou: «Meu Pai, se é possível afaste-se de mim este cálice. Contudo não seja feito como Eu quero, mas como Tu queres.» (Mateus 26,39)


A última Ceia Depois de Judas Iscariotes ter saído, Jesus disse: «Agora o Filho do Homem foi glorificado e também Deus foi glorificado n´Ele.» (João 13,31)

O beijo de Judas O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo:« Jesus é Aquele que eu beijar. Prendei-O e levai-O bem guardado». (Marcos 14,44)


Pedro cai na tentação Os guardas troçavam de Jesus e espancavam-n’O. Cobriram-Lhe o rosto e diziam: «Faz uma profecia! Quem foi que te bateu?» E insultavam-n’O de muitos outros modos. (Lucas 22, 63.65)

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A coroa de espinhos Os soldados entrançaram uma coroa com espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram Jesus com um manto vermelho. (João 19,2)


Jesus ou Barrabás?

Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: «Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. É um problema vosso». Todo o povo respondeu: «Que o Seu sangue cai sobre os nossos filhos». Então Pilatos soltou Barrabás, e mandou flagelar Jesus e entregou-O para ser crucificado. (Mateus 27, 24.26)

Jesus é o Homem, Filho de Deus Pilatos saiu de novo e disse: «Vede. Eu vou mandar trazer aqui fora o Homem, para que saibais que não encontro nenhuma culpa n’Ele». Então Jesus saiu. Trazia a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: «Eis o Homem!» Vendo Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar: «Crucifica-O! Crucifica-O!» Pilatos disse-lhes: «Encarregai-vos vós mesmos de O crucificar, pois eu não encontro nenhum crime n’Ele». (João 19, 4.6)


Flagelação de Deus

Então Pilatos mandou-O flagelar.

tomou

Jesus

e

(João 19,1)

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Cristo é coroado com a coroa de espinhos

Despiram-n’O e vestiram-Lhe um manto vermelho; depois teceram uma coroa de espinhos, puseram-Lha sobre a cabeça, e uma vara na mão direita. Então ajoelharam-sediante de Jesus e zombaram d’Ele, dizendo:«Salve, rei dos judeus!» Cuspiram n’Ele e, com a vara, bateram-Lhe na cabeça. (Mateus 27, 28.30)


A caminho do Calvário Jesus, porém, voltou-se e disse: ... Porque, se assim fazem com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca? (Lucas 23, 28.31)

Santa Verónica Santa Verônica, de acordo com o “Acta Sanctorum” publicado pelos bolandistas (Grupo de Jesuítas), foi uma mulher piedosa de Jerusalém que, encontrou Jesus quando Este vinha a carregar a cruz pela Via Dolorosa (cidade velha de Jerusalém, que começa no Portão do Leão e percorre a parte ocidental, terminando na Igreja do Santo Sepulcro) em direção ao Calvário. Comovida com o sofrimento de Jesus ao carregar a cruz até Gólgota, parou um instante para limpar-lhe o sangue e suor do rosto (sudor em latim) com o seu véu. Após utilizá-lo o seu semblante teria ficado impresso no tecido. O véu ficou conhecido como “Véu de Verónica”. Este evento é comemorado na sexta estação das Estações da Cruz.


Jesus é Pregado na Cruz E ali crucificaram Jesus com outros dois homens, um de cada lado e Jesus no meio. (João 19,18)

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As trevas durante a Crucifixão Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a região até às três horas da tarde. (Lucas 23,44)


A descida da cruz ...José de Arimateia... membro importante do Sinédrio...dexceu o corpo da cruz envolvendo-O num lençol... colocou Jesus num túmulo... (Marcos 15,43.46)

Morte de Jesus

Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram - n’O com panos de linho e perfumes, como os judeus costumavam sepultar. (João 19,40)


O enterro de Jesus No lugar onde Jesus fora crucificado havia um jardim, onde estava um túmulo, em que ninguém ainda tinha sido sepultado. (João 19,41)

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A Ressurreição Os guardas tremeram de medo diante do anjo e ficaram como mortos. Então o anjo disse às mulheres: «Não tenhais medo. Eu sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar onde Ele estava.» (Mateus 28, 4-6)


Cristo

ressuscitado, fundamento da

nossa fé

Transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo recebi, isto é: Cristo morreu pelos nossos pecados, conforme as escrituras; foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; apareceu a Pedro e depois aos Doze. Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez; a maioria deles ainda vive e alguns já morreram. Depois apareceu a Tiago e, a seguir, a todos os Apóstolos. Em último lugar apareceu-me também a mim, que sou um aborto. (I Coríntios 15, 3.8)

Aparição a sua mãe Sedúlio, um autor do século quinto, afirma que Cristo Se mostrou no esplendor da vida ressuscitada, antes de tudo, à própria Mãe. Com efeito, aquela que, na anunciação tinha sido a via do Seu ingresso no mundo, era chamada a difundir a maravilhosa notícia da Ressurreição, para se fazer anunciadora da Sua vinda gloriosa. Porém, os autores não falam do encontro da Mãe com o Filho Ressuscitado. Talvez seja atribuível ao facto de que semelhante testemunho poderia ser considerado, por parte daqueles que negavam a Ressurreição do Senhor, “não ser digno de fé” por ser a sua mãe a anunciadora da sua Ressurreição. Daí ser legítimo pensar que, de modo semelhante, a sua Mãe tenha sido a primeira pessoa a quem Jesus Ressuscitado apareceu.


Aparição de Jesus ressuscitado Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam a comer. Jesus repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que O tinham visto ressuscitado. (Marcos 16, 14)

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Jesus está vivo As mulheres saíram depressa do túmulo; estavam com medo, mas correram com muita alegria para dar a notícia aos discípulos. De repente, Jesus foi ao encontro delas e disse: «Alegrai-vos!» As mulheres aproximaram-se e ajoelharam-se diante de Jesus, abraçando-Lhe os pés. Então Jesus disse-lhes: «Não tenhais medo. Ide anunciar aos Meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá Me verão». (Mateus 28, 8.10)


Ficha Técnica Curadoria: Vieira Duque, Conservador e Membro da Comissão Executiva

Edição: Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro

Design e Pesquisa: Catarina Marques

Apoio Técnico: Joel Almeida

Textos: in Bíblia Pastoral Ilustrada Por: Gustave Doré Volume II Antigo Testamento | Novo Testamento




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