O Libertino

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O Libertino 2ªfase Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro Espaço Underground 16 de Setembro a 31 de Outubro de 2015


Ficha Técnica: Edição: Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro / António Santos Design: Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro / António Santos Fotografias: Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro / António Santos Curadoria: Vieira Duque


O Libertino, estética erótica em formas artísticas que preenchem palavras que suscitam prazer” , exposição colectiva de arte que se renova para uma nova fase da temática. Mantendo como mote “O Bordel das Musas ou as nove donzelas putas” de Claude Le Petit (Séc. XVII), “Escritos pornográficos” de Boris Vian (Séc. XX), "Uivo e Outros Poemas", 1956, de Allen Ginsberg, impulsionador da geração beat, e a figura histórica John Wilmot, Segundo Conde de Rochester, pretendemos focar o erotismo meta-poético pictórico nesta nova etapa do projecto. Assim, a partir da obra de Antonino Neves, o Libertino (carvão vegetal, grafite, pastel seco e pastel de óleo sobre tela) convidará alguns artistas para um espaço onde se projectará o filme India Song (1975), de Marguerite Duras, abordando a temática, na mais sublime aptidão do Ser Humano: AMAR, porque segundo Vieira Duque “a Arte é isto! Ou antes, permite o perpétuo e o possuir em qualquer momento. É deste enlace que poderá sempre renascer a Alma do Amante! A Alma como ventre do desejo! Taça que sacia o desejo pelo erotismo sagrado que se desprende na “ante -posse” do Belo. Sem dúvida que se trata de uma exposição nada inocente no tema, mas com uma abordagem ecléctica e transversal na dinâmica, materializada pela arte, dos sentimentos e das emoções humanas que cabem em cada um de nós no presente e em qualquer passado, apenas reflectindo aspirações, comoções ou anseios, legítimos ou mais ambíguos, que em todos não serão inocentes, mas naturais, com toda a certeza.” Dois jovens aguedenses terão obras em exposição provando que a GÉNESE DE VIDA é não só possível mas emergente! São eles Jair Anjos e Diogo Araújo. Porque a Arte se cumpre e o Ser reclama! Artistas convidados pelo Libertino (até ao dia de hoje): Alexandre Almeida (fotografia), Alexandre Rola (técnica mista), Antonino Neves (pintura), Aurélio Mesquita (técnica mista), Isabel Lhano (pintura), Mestre José Rodrigues (desenho), Lauren Maganete (fotografia), Luís Dias Teixeira da Silva (fotografia), Margarida Santos (escultura), Marilyn Marques (fotografia), Nuno Horta (fotografia), Pedro Freitas (pintura), Raquel Rocha (pintura). Vieira Duque


“O mundo existe, porque tu lhe emprestaste o teu rosto.” Luísa Dacosta in Corpo recusado


A arte e o Ser: Génese de Vida

O Libertino - 2ª Fase

"Um dia, quando eu morrer, gostaria de ficar assim, deitado sobre a minha cama preta e vermelha... cabelo arranjado... faixa prateada que reflecte. E vestido com a roupa que pela manhã escolhi. Gostaria de permanecer... só em corpo, pois que a Alma vagueava por memórias para alcançar o barco, pois que molhar os pés não quereria… Gostaria que me não chamassem, nem mexessem, nem incomodassem, como lebre ou perdiz que revolvem antes da caça. Cobardes!!! Gostaria... pois gostaria de não ver gente quando meus olhos ainda espelhassem o rubor do teu rosto. De ignorar mãos. De ignorar o Mundo. E, deitado, sentir o calor do teu peito que sensitivamente esqueci de admirar... o calor húmido da Morte faria lembrar noites estendidos no chão, lado a lado, respirando-nos. E amar-te-ei... sempre... por sobre a nossa cama. Por sobre ti.

Como gostaria..." Vieira Duque

Madrugada de um qualquer dia de Agosto 2015



EXPOSIÇÃO DA EDIÇÃO DO POEMA "EROS DE PASSAGEM" DE EUGÉNIO DE ANDRADE COM DESENHOS DO MESTRE JOSÉ RODRIGUES, DE 1968. OS VERSOS DO POETA INTERCALAM COM DEZ DESENHOS DO MESTRE; 1ª EDIÇÃO LIMITADA E NUMERADA; ASSINADA POR AMBOS; CONCEPÇÃO GRÁFICA ASSINADA POR ARMANDO ALVES.


Ilustração Cénica

“A Arte é isto! Ou antes, permite o perpétuo e o possuir em qualquer momento. É deste enlace que poderá sempre renascer a Alma do Amante! A Alma como ventre do desejo! Taça que sacia o desejo pelo erotismo sagrado que se desprende na “ante-posse” do Belo. Sem dúvida que se trata de uma exposição nada inocente no tema, mas com uma abordagem ecléctica e transversal na dinâmica, materializada pela arte, dos sentimentos e das emoções humanas que cabem em cada um de nós no presente e em qualquer passado, apenas reflectindo aspirações, comoções ou anseios, legítimos ou mais ambíguos, que em todos não serão inocentes, mas naturais, com toda a certeza.” Vieira Duque


O Libertino, 2015 Antonino Neves Carvão vegetal, grafite, pastel seco e pastel de óleo 1000 x 800 Colecção particular


ANTONINO NEVES

“A rica e brilhante capacidade do ser humano de poder “viver” o passado, a história e o tempo, faz de nós grandes sonhadores. A viagem no tempo projecta memórias no nosso imaginário que nos impulsiona a sonhar…deixem-nos sonhar…” Antonino Neves, nascido em Coimbra a 18 de Novembro 1962, é licenciado em pintura pela ARCA/ETAC, pós-graduado em história da arte pela universidade Lusíada de Lisboa, desenvolveu um trabalho autónomo em volta de explorações plásticas a óleo, pastel d’óleo e pigmentos misturados com óleo e aguarrás, tendo por base o estudo da figura humana em diferentes expressões anatómicas e poéticas. Tem desenvolvido diversos trabalhos para bienais de arte, exposições individuais e colectivas em Portugal e exposições itinerantes fora do país, designadamente em Itália. Tem colaborado com diversos trabalhos em livros didácticos de arte e de design, está representado no museu Santos Rocha da Figueira da Foz e em muitas colecções particulares. Foi professor-assistente da disciplina de Desenho durante dez anos na ARCA/ETAC. Participou no evento artístico Cenografias.site specific event, realizado no Quarteirão das Artes da Cooperativa Teatro dos Castelos, Montemor-o-Velho; “Rota das Artes” – exposição itinerante por vários Concelhos do país; participou com trabalhos na Instalação “Ant’s Hill, a Human Renewal” (Formigueiro) na Casa Museu Bissaya Barreto em Coimbra; participou na exposição “D. Catarina de Bragança – imagens contemporâneas”; coordenou a montagem da exposição no Palácio da Bemposta – Lisboa. Neste momento é professor do quadro da escola secundaria de Avelar Brotero em Coimbra, onde lecciona a disciplina de Desenho A e encontra-se a concluir a tese de doutoramento na Faculdad de Historia del Arte/Bellas Artes na Universidade de Salamanca.

Nas suas obras, Antonino transporta-nos por uma corrente hiper-realista da arte contemporânea bastante actual, onde o corpo obedece a um mecanismo concreto e completo: movimento e natureza traduzem o traço motriz da vida. Um classicismo omnipresente, transmitindo a paixão pelo traço e a cor que persistindo não ofusca a composição.


O sonho de Fauno, 2014 Antonino Neves Ă“leo s/ tela 1505x1105 Valor Comercial: â‚Ź1.200,00


Fauno, 2014 Antonino Neves Ă“leo s/ tela 690x890 Valor comercial: â‚Ź1.000,00


Passion of Lovers, 2014 White Wedding

Nuno Horta Lambda print, Laminação s/ Dibond 1500x1000 Valor comercial: €1.500,00


NUNO HORTA "Queremos que o fotógrafo seja um espião na casa do amor e da morte, e que os que são fotografados não tenham consciência da presença da câmara, que estejam «desprevenidos»." Susan Sontag, in Olhando o Sofrimento dos Outros "Imaginemos uma realidade com duas dimensões paralelas e coexistentes. Uma dessas dimensões seria simplesmente aquela em que vivemos, onde existimos como nós próprios. A segunda, uma realidade alternativa na qual todos teríamos um outro eu, uma projeção„o num mundo sem condicionantes de qualquer ordem, uma existência quase cinematográfica num imaginário assumidamente obscuro. Who are the characters that Nuno Horta creates for shooting? And in which way models and characters can be the same for the shoot, an alternative imaginary, disturbing dreams? Os trabalhos fotográficos de Nuno Horta estabelecem essa passagem. O seu olhar interpreta as pessoas que vê numa dimensão real, para depois as transfigurar. Num exercício de descoberta desse eu tenebroso, estabelece-se então uma manifestação visual de um certo apelo oculto que se aloja nos mais inacessíveis lugares da mente humana. O fascínio de Nuno Horta por esta dicotomia entre o bem e mal, se assim se pode definir, É também o resultado da sua juventude rebelde, marcada por influencias góticas e punk, e por uma sede latente de transgressão. A série White Wedding é mais uma imersão neste universo desconcertante, porém com um belo sempre presente e onde a ironia e o humor marcam também o seu espaço. Desta vez, tornando invisíveis não só os rostos mas também os corpos de dois improváveis nubentes, de uma singular cerimónia vinda de um sonho negro fotografado a branco. O festivo retratado com ligaduras. Sorrisos de rostos não revelados. A união de dois seres estranhos, inexistentes. Cruzes e armas, karaokes de defuntos, uma criança de plástico, brindes e um cutelo. A dança entre vida e morte satirizada pela lente." Sergio Currais, Maio, 2014


Pray, 2014 White Wedding

Nuno Horta Lambda print, Laminação s/ Dibond 1500x1000 Valor comercial: €1.500,00


PEDRO FREITAS

Pedro Duarte da Silva Freitas nasceu em Lisboa em 22 de Outubro de 1953, filho do escultor Silva Freitas. Frequentou os cursos de pintura e escultura da Escola Superior de Belas Artes expondo por diversas vezes no país e no estrangeiro. Obras suas integram um infindável número de colecções particulares e pinacotecas em todo o mundo, sendo de salientar do seu percurso artístico, a peculiar técnica por si desenvolvida e aplicada quer em papel forte, quer em tela ou madeira. A sua maior influência vem do Impressionismo e concentra-se na força do construtivismo e no abstracionismo, revelando-nos uma mestria na pincelada enérgica e cerebral, de quem expurga medos e vivências mundanas. Fala-nos frequentemente de Francis Bacon (1909-1992), artista plástico, e antevemos uma obra de imagem de pesadelo e grotesco, mas rejeita as fantasias pedófilas e homoeróticas em definitivo. Uma arte de catarse e auto identitária, onde o escuro reside ampliando os ocres e os azuis lacerando os laranjas, em composições que reclamam o vermelho e os tons frios, como os verdes. Sob a influência de Henry Moore (1898-1986), desenvolve uma obra tridimensional, essencialmente figurativa com incursões na abstracção. Bebe um Modernismo com Moore e na sua formação artística inicial, não esquecendo a proximidade do seu pai. Alheado da produção artística como meio, prefere a desconstrução do olhar de um público alheio em si, num percurso solitário de criação. Cria como destrói! A intensidade com que pega o pincel ou a espátula é a mesma com que derrama camadas de tinta que escondem a sua obra, pretendendo esconde-la, escondendo-se. Como o próprio afirmou: “Tenho de morrer… tenho tido muito trabalho com isso!” Uma obra visceral e única que me apaixonou. Genuína e franca: sensitiva e cerebral. Um percurso artístico que se confunde com o próprio Pedro Freitas, o Intimo.


Rosto, 2015 Pedro Freitas Diluída s/ papel 200x140 Colecção Particular


Guitarrista, 2015 Pedro Freitas Diluída s/ papel 200x140 Colecção Particular

Mulher recostada, 2015 Pedro Freitas Diluída s/ papel 200x140 Colecção Particular


Transeuntes, 2015 Pedro Freitas Carvão e Aguarela s/ papel 205x140 Colecção Particular


Full Moon, 2015 Pedro Freitas Óleo s/ papel 230x275 Colecção Particular


Multidão, 2015 Pedro Freitas Óleo s/ platex 165x380 Colecção Particular

Movimentos, 2015 Pedro Freitas Óleo s/ platex 335x195 Colecção Particular


ALEXANDRE ALMEIDA

Na Fotografia, tal como na Pintura, o sujeito, autor, através do suporte, técnica, instrumentos, astúcia e mestria que domina transmite momentos, gentes, lugares, histórias a um público que os interpretam, reinventado a cada instante, isto é ARTE. Segundo Susan Sontag: Uma fotografia é simultaneamente uma pseudopresença e um signo de ausência. As fotografias, especialmente de pessoas, de paisagens distantes e cidades longínquas, de um passado irrecuperável, assim como uma lareira numa sala, são incitamentos ao devaneio. A sensação do inatingível que as fotografias conseguem evocar alimenta os sentimentos eróticos daqueles para quem o desejo é estimulado pela distância.." (in Ensaios Sobre Fotografia) Alexandre Almeida nasceu em Lisboa em 1969. Estudou fotografia na Academia de Artes & Tecnologias e Pós-Produção de Vídeo na Restart. Em 1994 começou a trabalhar n’O Independente, onde esteve até 2004 e tendo nos últimos anos editado os suplementos de cultura e lazer. Simultaneamente foi desenvolvendo vários trabalhos como freelancer. Tem editado em diversas publicações nacionais e estrangeiras: L’Express, Libération, The Guardian, Courrier Internacional, Grande Reportagem, Up, Visão, Única e Pública. O seu trabalho tem enveredado por um caminho de carácter documental e experimentado meios multimédia alternativos. Paralelamente foi desenvolvendo actividade na área da formação. Tendo sido coordenador e formador em duas Master Class - para o Festival Entre Margens – e, simultaneamente, colaborado com o IPF na área da formação. Tem exposto em mostras individuais e colectivas, nomeadamente fazendo parte de diversos projectos da Kameraphoto, da qual foi membro fundador. Destes destacam-se “State of Affairs” e “Um Diário da República”. Mais recentemente passou a integrar o grupo de fotógrafos representados pela Dear Sir - Agência de Fotografia de Autor. Já plantou uma árvore, editou um livro e tem duas filhas.


Sem Título, 2000 Série Love me two times Alexandre Almeida Negativo p/b digitalizado, impresso a jacto de tinta sobre papel Hahnemuhle Museum Etching Natural White 810x810 (mancha - 800x800)

Love Me 2 Times Será um mal-entendido? Amar duas vezes. Não é também um mal-entendido a perda de um ente querido? Um mal-entendido emocional. De palavras e gestos que ficaram por dizer e fazer. Love Me 2 Times é um trabalho sobre amor e memória.


Sem Título, 2009/2010 Série Variations Over My Left Hand Alexandre Almeida Negativo p/b digitalizado, impresso a jacto de tinta sobre papel Hahnemuhle Museum Etching Natural White 1050x1600 (mancha - 190x190 cada)

Variations Over My Left Hand Ver-se. Foi esta a proposta ao fotógrafo. Vê-te e conta-nos. O que vemos num auto retrato? O eu, o empenho, a composição, o lado interior, o cuidado estético? Para alguns artistas é uma proposta razoável. São íntimos destes ensaios. É o passar para o lado de lá da câmara. A representação de si mesmo.

Alexandra Sousa


Quem sou eu, senão um ser atormentado, como todos os homens, que não quer senão pintar, que só não é medíocre pintando? Quem sou eu, senão alguém que sonha (…) No fundo, quem sou eu?” Michael Barrett

Kama Sutra, 2003 Michael Barrett Tinta da China s/ cartão 540x440Valor comercial: €450,00


MICHAEL BARRETT Em Michael Barrett vivenciamos a liberdade espiritual numa paleta monocromática de intimidade ou numa policromia intensa, onde o divino e o humano, em simbiose, transportam, de forma quase brutal, flores que brotam em orgias de pinceladas a um Deus que é o Ser: Ele e os Pares. Um academismo inexistente, mas latente em mestria que nos envolve na sua História… A devoção por si que reflectia, pelas mulheres que amou, pela pintura de múltiplos orgasmos, momentos ímpares de êxtase criativo, pela comida que jamais o saciou!... A redenção ao sexo e a um deus que persistiu em desconhecer… à faina no cais, o quotidiano de Cascais, Buarcos ou por Aveiro… Em Michael Barrett o pecado não é a um Deus mas aos homens e mulheres que são o seu elemento fundamental de vida… Gente que passa ou que permanece, a vida tal como é, sem borras… antes laivos do café que importa e se esgota, como aguarela do Mundo que anseia por descobrir, mas cuja viagem nega! Num traço que nos remete a momentos entre artistas, amigos que adopta, desconhecidos a que se rende por um impulso inato e cumplicidades com o seu cavalete,em cidades onde foi permanentemente se (re)concebe. Pecado? O destino que traça num Impressionismo Moderno. Fugas… talvez de si, desse cabal fim predestinado, de pré-conceitos que retalha para se libertarem, sonhando pela absolvição por um Deus, King of Jews, que Vamos Espezinhumilhá-lo! Ou por si, numa rua de Cascais, num olhar pela Costa Nova ou pelas salinas de Aveiro, por Buarcos e as suas mulheres e viúvas. Mas sempre o fascínio pelo urbanismo histórico e pela natureza do Mundo e da Vida. Sem encaixes frouxos de quem não sempre mergulha. Um Impressionismo Moderno que resgata de Van Gogh, Cezanne e Gauguin (pósimpressionistas que admira e trata como mestres), de quem fala no texto que herdámos na obra Ilha de Lesbos, onde exprime a sua preocupação conceptual sem rodeios, numa maturidade que não se exige mas se pressente num ser divinamente livre! E Fernando Pessoa… sempre o Poeta. Numa devoção impressionista, mas numa redenção pelo Homem. Essência de vaidade e vergonha… tal o espírito em Barrett: Irrequieto, inconstante, inquieto… mas, sem dúvida, Humano! O seu calvário: o próprio, como todos! Mas consciente na sua pintura e produção artística. Michael Nicholas Barrett nasceu em Paris a 13 de Fevereiro de 1926 (filho de mãe inglesa – Dorothy Alice Barrett - e pai francês). Veio aos 9 anos para Portugal. Foi o arquitecto Gil Graça que o incentivou para a pintura. Morreu a 6 de Maio de 2004, em Cascais. Casou com Marie Louise Forsberg, sueca, em 1961, com quem teve dois filhos, João Nicolau (n. 1961) e Teresa Cristina (n. 1963). A partir da década de 70 do séc. XX, passou longas temporadas em Aveiro. Na década de 90 passou a residir em Buarcos, onde Marie Louise morreu. MICHAEL BARRETT é um Pintor de Memórias. A Arte não é acomodada e nem está refém de quaisquer subterfúgios, caso contrário, não será Arte! Antes, a repulsa da mesma. A Arte permite a comunhão entre a responsabilidade, o conhecimento e a acção. Com mecanismos da matéria sensitiva e do teor de estéticas que atraem, comprometem-nos numa global vontade de harmonia, podendo impulsionar essa realidade.


A Arte e a sua produção é a condição mais visceral de comunicar e preservar latente o presente dos tempos, o Ser Humano e a sua História. Sendo, sem quaisquer dúvidas, uma referência na arte portuguesa do séc. XX, Michael Barrett acentuou uma modernidade no seu trabalho pictórico definida pela extraordinária sensibilidade que incutia nas representações do quotidiano que por onde passava o apaixonavam. Uma viagem interior de análise do Mundo - devassando a realidade - e que nos transmite a respectiva amplitude dos sentimentos, valores e emoções numa paleta muito própria e intimista, quer na profusão de cores a óleo, acrílico ou aguarela, como no diálogo solitário das manchas preto/ cinzas em aguarela que completam o traço e a tinta-da-china que definem roteiros de cada existência; tal como os desenhos a caneta apresentando ruas que convidam ao ser social ou, ao invés, a uma solidão sentida, pressentida e mantida como necessária. Uma democratização no trabalho artístico que toca um Impressionismo Moderno e, por vezes também, um neorrealismo, fugindo dos padrões convencionais e academismos da moda. No entanto, influenciado de forma marcante por uma escola impressionista/ expressionista, tendo como referências o mestre Henri Matisse que admirava pelas suas composições onde apenas o essencial era retratado. Barrett permite-nos, a nós museólogos, trabalhar o património artístico como se de uma viagem se tratasse e/ou de uma autobiografia, mesmo quando o outro não está em si, mas aceitando e valorizando as diferenças e promovendo a multiplicidade de cada um de nós a partir de si mesmo: criando cenários e humanidades; descrevendo pessoas (família, amigos, gentes, o próprio), lugares e paisagens familiares. Desafiando a capacidade humana em que acredito: Amar! Barrett é, sem dúvida, um indivíduo que vale pelas Memórias que traduziu pela Arte, sem barreiras e sem os condicionalismos que anteriormente referi. É exigido, no panorama da Arte em Portugal do Séc. XX, fazermos jus a estes expoentes do movimento artístico: colocar obras suas nos nossos museus de arte contemporânea, em exposição permanente e não permitir apenas que se limitem às reservas ou às vicissitudes do mercado galerista, embora esta área seja também importante; promover estes nomes para a respectiva internacionalização, desenvolver e apoiar trabalhos académicos de valor e possibilitar a divulgar os mesmos. Estou convencido de que estas são as responsabilidades primárias dos museus hoje. Contrariar esta função emergente será condenarmos a arte nacional ao ostracismo e adiarmos a democratização de acesso à Arte e à Cultura. Porque acredito que o Caminho é de Memórias porque se a Arte promove o Presente e o seu reflexo no Futuro, funcionará como espelho para os personagens do Hoje e do Amanhã, numa comunhão de saberes, de erros, de efeitos, de vitórias, de alegrias, de tristezas, de derrotas: DESPOJOS DE NÓS! Michael Barrett, como outros responsáveis pela produção artística em Portugal, oferecem-nos hinos da poética do coração humano, trazidos por um Caminho silencioso do passado histórico, despojado de artifícios ocos, tal como toda a Arte que se quer honesta para, assim, alcançarmos a honestidade que permitirá sobrevivermos: RECONSTRUÇÃO DO NÓS: RESSURREIÇÃO!


Principais Exposições de Barrett: Individuais: Sociedade Propaganda Cascais; S.N.B.A., Lisboa; Hotel Florida, Lisboa; Galeria Diário Notícias, Lisboa; Galeria Junta Turismo Costa Sol, Estoril; Galeria Casino Estoril; Galeria A Gruta, Cascais; Palácio Foz, Restauradores, Lisboa; Galeria A grade, Aveiro; Galeria 1º. Janeiro, Coimbra; Pizzerie, Paris; Galeria das Termas do Luso; Crovam, Ílhavo; Hotel Meridien, Lisboa; Galeria do Casino, Figueira Foz; Galeria Belo-Belo, Braga; Galeria O Rastro, Figueira Foz; Museu Dr. Santos Rocha, Figueira Foz; Galeria Sec. XVII, Leiria, entre outras. Colectivas: Soc. Propaganda, Cascais; Cooperativa Árvore, Porto; S.N.B.A., Lisboa; Galeria Comercial Hotel Estoril-Sol; “Bruxelas, Lisboa e Bruxelas; Salão Luso Espanhol, Embaixada Espanha; Matur, Madeira; Pavilhão Congressos, Estoril; Galeria Grade, Aveiro; I mostra Arte Contemporânea Portuguesa, Rio Janeiro; Galeria Casino, Figueira Foz; Galeria Séc. XXI, Leiria; Arte sin Fronteras, Salamanca, Espanha; Prémios: 2º prémio (ex-áqueo) no Salão Outono da J.T.C.S.; 1º prémio pintura Salão Outono J.T.C.S.; 1º prémio VI Salão Outono Casino Estoril.


Kama Sutra, 2003 Michael Barrett Tinta da China s/ cartĂŁo 160x150 Valor comercial: â‚Ź250,00


LAUREN MAGANETE “Sexualidade feminina: dois tipos, a que reage + a que inicia. Todo o sexo é ao mesmo tempo activo (tendo o dínamo dentro de si) + passivo (entregar-se)” Susan Sontag, in Renascer Nasceu em Bragança e estudou no Porto, licenciando-se em Gestão e Administração de Empresas. Fotógrafa da Casa da Cultura de Vila Nova de Gaia desde 2009. Tem trabalhos publicados em diversas revistas e jornais nacionais e internacionais. Participa regularmente em exposições individuais e colectivas. Expôs em diversos locais, nomeadamente em Madrid, Porto e Coimbra. Trabalha como fotógrafa freelancer tendo vindo a colaborar com diversas instituições e empresas. Sobre o trabalho artístico que desenvolve, Lauren refere: "As fotografias guardam o movimento único de cada qual, ampliam idiossincrasias , perpetuam a ligação que é feita entre o que somos e o chão, passando assim a ser sempre o palco." “Sexualidade feminina: dois tipos, a que reage + a que inicia. Todo o sexo é ao mesmo tempo activo (tendo o dínamo dentro de si) + passivo (entregar-se” Susan Sontag, in Renascer. Lauren Maganete fascina por cada instante que partilha com a objectiva que a acompanha em permanência, numa dádiva de construção de uma identidade e interioridade que comunica connosco, de forma impune e transversal em temperamento que não cessa de transgredir… amando. Nessa paixão que nos contagia, fala-nos de si e da sua permanente viagem… porque ela é de permanência… mas em contínuo movimento. Para onde? Talvez não consigamos respostas, porque nos esventra com advérbios de comparação feitos imagens. Momentos ou instantes que nos instigam a falar-lhe… a perguntar -lhe… a interrogar-nos… A sua fotografia é a simplicidade do todo, do conjunto, do percurso no quotidiano que não esgota. O compromisso com os passos que esbarram permanentemente com os seus flashes – clarão disparado ao mesmo tempo que é tirada uma fotografia, para iluminar o objecto fotografado (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) – cantando memórias que fecundam a alma no ventre da vida. Depois… A Chave? Deixo para as palavras de Susan Sontag: “Medo do que as pessoas possam pensar – e não o temperamento natural – faz com que a maioria das mulheres fique dependente de ser desejada primeiro, antes de poder desejar.”(Susan Sontag, in Renascer).


A Chave, 2015 Lauren Maganete Fotografia 1/10, impressĂŁo digital em papel RA4 500x750 Valor comercial: fotografia 2/10 a 10/10 â‚Ź250,00 (s/ moldura)


MARILYN MARQUES

Nas suas fotografias, Marilyn transporta-nos por viagens de Instantes, numa paixão arrebatadora por gente e ambientes quotidianos, diurno e nocturno, num êxtase e fulgor de um só folego, pois só no momento, o instante, ou seja, não se repete, não o permite, instigando o observador a portar-se como a objectiva da sua máquina: ZÁS! FLASH! O Mundo num momento, no olhar de Marilyn por trás da máquina que manuseia e domina como num impulso sexual arrebatador. A Arte da Fotografia é isto: Permanência do Momento. Marilyn nasceu em Caracas, 1979. Vive em Águeda desde 1989. Estudou na Escola Secundária Marques Castilho, licenciou-se em fotografia pela Escola Superior de Tecnologia de Tomar (ESTT) e passou pelo jornal O Público. Interessa-se particularmente pela vertente documental e fotojornalística, tendo os seus trabalhos participado em exposições coletivas na Galeria Municipal da Cidade da Horta (2005) e na Quadrienal de Praga (2007), no âmbito do projecto "Architectures on Stage" de João Mendes Ribeiro. Actualmente trabalha como freelancer em parceria com várias entidades.


Lucem Orgasmic, 2003 Marilyn Marques Fotografia analógica c/ impressão em gelatina de prata, papel Kodac Polymax II RC 200x160 Colecção Particular


ALEXANDRE ROLA Nasceu em 1978, Porto, vivendo e trabalhando ainda nesta cidade. Na ESAD concluiu o mestrado em Intervenções Urbanas; é licenciado pela Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos em Economia e Design Gráfico. Inicia a sua actividade expositiva no início do século XXI. Ganhou Prémios como: MostraPorto 2012; Prémio IX Bienal Eixo Atlântico 2011; 1º prémio de fotografia Black&whiteFestival Internacional Audiovisual; 1º prémio de fotografia Argo, Rio Tinto, 2008; Prémio de pintura Desigual, Espanha, 2007.Algumas exposições individuais: O Mergulho, We Art - Agência de Arte, Aveiro Business Center; Instalação Lágrimas de Portugal, 17ª Bienal de Cerveira; Panen et Circenses, Galleryhostel, Porto; Circus, Trofa. A natureza do processo criativo de Alexandre Rola assenta na apropriação, descontextualização e reinterpretação de objectos humildes e pouco convencionais existentes no quotidiano, como a utilização dos cartazes publicitários que invadem as nossas cidades sem pedir permissão. Vagueia pelas ruas como um Flâneur, observa, fotografa, rasga e arranca a “pele” urbana constituída por camadas de cartazes publicitários como mapa antropológico, palimpsestos de marcas, intervenções anónimas como na Arte Rupestre. O acto de arrancar cartazes é um protesto por si só. Surge um fundo caótico, onde se formam novas imagens, texturas e incoerências cujo resultado é imprevisível como a vida. Esta fragmentação, segundo o artista, é fundamental para a tensão existente entre o fundo e a pintura. Para si, a pintura funciona como catarse e afirmação social. Uma espécie de ampliação do humano num sentido emancipatório e plural, materializado na solidariedade. É uma arte de diálogo, experimentação e apropriação de materiais pobres em que, à primeira vista reflecte o caos e que, ao mesmo tempo, nos torna mais humanos. Esta obra, “mergulho”, prende-se com a situação do país e do mundo, a crise e à situação difícil que as pessoas estão a passar. Um “salto” torna-se a última hipótese das pessoas que, precipitam-se no derradeiro “mergulho” para uma busca de melhoria de vida ou para o abismo. O “mergulho” não é mais do que um grito de luta ou desespero.


After Gowy, 2003 Alexandre Rolas Técnica Mista s/ cartazes publicitários 960x670 N. INV. 1499 Colecção da Fundação


ISABEL LHANO

Natural de Vila do Conde, é licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes do Porto e foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian nos anos 1971 e 1972. É Professora efectiva de Educação Visual na Escola E.B. 2/3 Frei João, de Vila do Conde. É autora de projectos como "Mom’arte" ou "Homenagem a Sónia Delaunay" da C. M. de V. do Conde, onde o design da edição é também da sua autoria , foi coresponsável pela organização e membro do júri de selecção e premiação - Convento do Carmo, V. do Conde, 1998. Em 1992, foi responsável pela programação e direcção artística da Galeria do Auditório Municipal de V. do Conde. Desde 1974 tem intervindo na área das Artes Gráficas e Comunicação Visual - Murais Urbanos; cenografia; painéis de interior; design de cartazes; maquetagem gráfica de catálogos de exposições; design têxtil e ilustração de livros escolares. Desenvolve desde 1994 formação artística particular a alunos, no seu atelier. Directora Artística da Galeria Delaunay, V. do Conde, de 1996 a 1999. 1º Prémio do Concurso Gráfico da Sarrió, com o catálogo da exposição “Acto do Corpo", SNBA. Edição de serigrafia pelo Centro Português de Serigrafia, Lisboa, 1999. Representada nos Museus: Amadeo de Souza-Cardoso; Arte Contemporânea, V. N. de Cerveira. Encontra-se representada ainda na Delegação Norte do Ministério da Cultura e na Fundação Eng.º António Almeida, Porto. Edição em 2000 de serigrafia, a convite da Delegação Norte do Ministério da Cultura. Em 2001, a convite do H. Arte 01, organizou a Exposição Colectiva no Planetário do Porto. Autora das capas de livros: Editora Campo das Letras, “Estou escondido na cor amarga do fim da tarde”, Valter Hugo Mãe; Editora Quasi, “Súmula da Negação”, João Rios; “No Parapeito”, Rita Ferro Rodrigues; “Malva 62”, Daniel Maia Pinto Rodrigues; Editora QuidNovi, "O Nosso Reino" (2.ª Edição), Valter Hugo Mãe. Em 2004 participou no livro de aniversário da Quasi Editora “Afectos e outros afectos” com prefácio de Mário Soares. 2007 Participação no júri da "Erótica" - Auditório de Gondomar, Porto. Capa e ilustrações do CD "Maldoror" dos Mão Morta. Prémio Erótika 2009 - Bienal de Arte Erótica de Gondomar. Ilustrações do livro juvenil “O Rosto”, Valter Hugo Mãe.


Juncos, 2011 Isabel Lhano Acrílico s/ tela 800x800 N. INV. 1508 Colecção da Fundação


Vanitas Vanitatum, 2003 Aurélio Mesquita Acrílico s/ cartão, colagem alumínio 350x250 Colecção do artista


Ecce Homo, 2003 Aurélio Mesquita Acrílico s/ cartão, colagem elemento vegetal 350x250 Colecção do artista


AURÉLIO MESQUITA Aurélio Mesquita nascido no Porto em 1952, vive em Rio Tinto. Frequentou a ESBAP, entre outras formações. Dedica-se às artes plásticas desde 1973, estendendo a sua atividade à ilustração, fotografia e design gráfico. Colaboração com editoras do Porto e Rio Tinto, sendo autor de inúmeras ilustrações em literatura infantojuvenil para diversos e importantes escritores. Para além de inúmeras participações em mostras coletivas salientando a 'I Bienal de Gaia' 2015, realizou mais de uma dezena de exposições individuais, destacando 'sombra, luz' na Fundação José Rodrigues, 2015, 'Papéis diversos' Espaço Rui Alberto, 2014, 'Ocasional diário' Auditório de Gondomar, 2007. Expôs "Papéis privados" e "Território íntimo", na Casa d'Eros, Porto, 2004 Desde sempre interessado na temática do 'Erotismo' e as suas expressões, tratou da organização e design dos catálogos das '3 Semanas Eróticas.2005', dos III, IV , V e VI Prémios de Arte Erótica de Gondomar, iniciativas da ARGO, integrando exposições coletivas de artes plásticas e a FotoErótica, concurso de fotografia erótica. Foi dinamizador e moderador de debates sobre 'O sexo na arte' (2005) e de Sessões de Poesia de Amor e Erotismo (2007 e 2009), Sessão de Poesia 'Letras com Erotismo', parceria com a Editora Lugar da Palavra no Clube Literário do Porto (2011), da Palestra 'O Erotismo na obra de Arte' pela escultora Margarida Santos (2013), entre outros eventos. Com diversos reconhecimentos e prémios em pintura, design e fotografia, destacando Troféu de Pintura, Seia, Prémio Conjunto, "Maio Fotográfico" 2002, ARGO, Prémio de Caricatura Gondorriso 2012 e Prémio 'Efémera' 5ª FotoErótica 2013, figura no Dicionário de Pintores e Gravadores Portugueses. As obras 'ecce homo' e 'vanitas vanitatum' pertencem a uma série de trabalhos de 2002 e 2003, em que foram utilizadas colagens de materiais diversos, pintados, sobrepostos, agredidos alguns, que incluíram impressões digitais e fotografias. Apoiam-se no volume, para além da sua definição gráfica, acabando por serem acima de tudo 'objetos'. Para reforçar essa posição ficam dentro de caixas, ou mesmo, dentro de molduras 'em caixa', preservando assim a fragilidade da peça, mas também, para salientar, de algum modo, o sentido de 'fragmento', de algo misterioso, brincando (porque não?) ao sagrado dos museus, ao proibido ao toque. Apelam às analogias anatómicas, ao toque, mas assim interditas na sua provocação.


Xisto CĂŠnico, Gondaraz, 2014 LDTS Fotografia 400x300 Valor comercial: â‚Ź50,00


LUÍS SILVA

Luís Joaquim Dias Teixeira da Silva nasceu a 15 de Março de 1963, em Irego, no distrito da Zambézia, Moçambique e veio para Portugal em 1978. A sua ascendência escocesa e a sua área profissional ligada às Telecomunicações levam a sua experiência na arte de fotografia, uma paixão desde cedo, a explorar a comunicação da paisagem alheia de gentes por entre reflexos, neblinas e uma mística quase permanente. Um caminho sempre com movimentos e memórias que tocam uma autobiografia transcendente. Entre os anos 2009 e 2010, um problema de saúde levou-o à cegueira. A luta por reconquistar o seu mundo na sua cromática tão sentida, permitiram-lhe o recuperar da visão redobrando a paixão por captar momentos de uma paisagem com a sua câmara. Desde 2011 que a sua tarefa humanizadora por policromias semi-obscuras através da fotografia, enredou por um psiquismo de auto promoção e de leituras íntimas para com tudo o que o rodeia: permissão de isolamento e de interiorizar o outro. Na galeria de fotografias que proponho, as fotografias marcam os dois momentos, de 2007 a 2014. A Fotografia em Luís Teixeira da SIlva (LDTS), que há anos me apaixonou, transmite uma inquietude serena, uma nostalgia perto de uma inesgotável tristeza consciente: reiterando sempre instantes resgatados de um Passado: Viagem. A namorar numa Exposição Retrospectiva Underground”intensa e branca! O sentimento que nos desperta é o da volta de uma viagem, numa forma sensitiva em que experienciamos esse Passado com flashes de Memórias: Património intangível, irrevogável no Tempo e na Acção. O que comove na Viagem do Tempo que somos e provando que somos um Intervalo na Vida do Mundo. De salientar a Arte presente neste intervalo que reinventaremos nesta retrospectiva de um Fotógrafo, de um Homem, de um Viajante, de um Intervalo com Instantes LDTS.


Tempo… Porque Foges?, 2010 LDTS Fotografia 300x400 Valor comercial: €50,00

Rio de Pedra, Piódão, 2014 LDTS Fotografia 400x300 Valor comercial: €50,00


XAVIER Nasceu em S. Tomé e Príncipe, 1947. Completou o curso de Pintura da E.S.B.A.P. em 1976. Bolseiro de S. Tomé e Príncipe em 1971-1976. Ilustrou livros didácticos para Angola em 1973. É professor aposentado. Está representado em várias colecções particulares em Portugal e no estrangeiro; nas Câmaras Municipais de V. N. de Famalicão, Aveiro, Amadora, V. N. de Gaia e Barcelos; Fundação Eng. António de Almeida; Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física do Porto; Grupo BCP; Grupo Totta; Mercado Municipal de Tavira - Painel em ferro e cerâmica. Expõe individual e colectivamente desde 1980. Realizou treze exposições individuais sendo as mais recentes: Galeria “Domvs Varivs”, Lisboa, 2000; Galeria Municipal Artur Bual, Amadora, 2001; Biblioteca Pública Municipal de V. N. Gaia, 2004; Cooperativa Árvore, Porto, 2005; Galeria Municipal de Arte de Barcelos, 2007; Biblioteca Pública Municipal de V. N. Gaia, 2009; Casa-Museu Teixeira Lopes, V. N. Gaia, 2013. Participou nas Bienais: Artes Plásticas de V. N. de Cerveira; Gravura da Amadora; Artes Plásticas da Maia; Culturas Lusófonas de Odivelas; Artes Plásticas, Festa do Avante; II Arte na Planície, Montemor-o-Novo; Festivais Internacionais de Gravura de Évora. Participou em dezenas de Exposições Colectivas em Portugal e três em Espanha, duas em Barcelona e uma em Valência. É citado nos livros: "Artes Plásticas Portugal - O Artista, seu Mercado"; “Anuário das Artes Plásticas”, nº 2, Estar Editora; “50 Anos de Pintura, Escultura em Portugal”, Universitária Editora, Ldª. Participou com uma obra na ilustração de “Os Lusíadas” – projecto concebido e desenvolvido pela GSPIE – Global Systems Publicity – Lisboa.


A dança, 2005 Xavier Acrílico s/ tela 800x1000 N. INV. 1523 Colecção da Fundação


RAQUEL ROCHA

Nasceu no Porto, 1976. Concluiu o Curso de Desenho em 1998 na Escola Superior Artística do Porto. Colaborou ilustração do livro “Histórias da Ajudaris”, 2012 e 2013. Pontualmente faz Arteterapia em diversas IPSS. Publicada na revista OjOs com um estudo sobre a Arte Erótica. Algumas exposições colectivas: Arte - Assistência. 15 artistas para AMI(gos), Galeria Perve, Lisboa, 2014; AMI Art, Lisboa, 2014; Arte Urbana, Lisboa, 2014; XVI Contemporâneos, Museu Municipal de Espinho, 2014; (Con)Tributos da Liberdade a Joan Miró, Porto, Lisboa e Londres, 2014; 14º Aniversário da Galeria Perve, Lisboa, 2014; India ArtFair, Nova Deli, 2014; Colectiva de Verão, Galeria Zeller, Espinho, 2013; Arte e Eros “O Lugar do Erotismo na Arte”, Fábrica Braço de Prata, Lisboa, 2013; 2ª Bienal Internacional Mulheres d’ Artes, Museu Municipal de Espinho, 2013. Algumas exposições individuais: Galeria Olga Santos, Porto, Fundação Escultor José Rodrigues, Porto, Galeria ArteImagen, Corunha, 2014; em 2012, Galeria da UNICEPE, Porto, Space Feng Shui, Braga; em 2011, Galeria de Arte da PT Comunicações, Porto; em 2009, Mestre’s Sex Shop, Porto; em 2004, Galeria Casa de Eros, Porto, Associação Nacional de Jovens Empresários do Porto. Está representada em colecções públicas e privadas, incluindo o Museu de Arte Erótica Americano. Com meios tão simples como são o papel e a caneta, mergulho na temática do erotismo mostrando tudo de uma forma suave, tornando este tema mais agradável aos sentidos. Recorrendo a um desenho meticuloso de minúsculas personagens extrovertidas, extremamente construído, trabalhado, a partir de uma memória visual, embora a tendência simplificadora da minha mente altere por nivelamento as imagens que registo e a minha emoção exagera alguns aspectos. É um desenho desafiante, invasivo, constituído por imagens que remetem para uma capacidade do cérebro, que é a de sentir prazer em decifrar estímulos enigmáticos.


Next, 2013 Raquel Rocha Canelta s/ papel 200x280 N. INV. 1519 Colecção da Fundação

Find Love, 2015 Raquel Rocha Canelta s/ papel 150x200 Colecção da Artista


(Com)posição I, 2015 Raquel Rocha Canela s/ papel 390 x 390 Valor comercial: €800,00


(Com)posição II, 2015 Raquel Rocha Canela s/ papel 390 x 390 Valor comercial: €800,00


RIK LINA Nasceu na Holanda, 1942. Estudou pintura e litografia na Gerrit Rietveldt Academie, Amsterdão, entre 1960 e 1965. Em 1972 integrou o Grupo Surrealista International MOUVEMENT PHASES (relações de amizade com Artur Cruzeiro Seixas e Mário Cesariny). Viveu, trabalhou e exibiu os seus trabalhos na Turquia, Espanha, Caraíbas, Chile, Brasil, Indonésia, USA, e desde 1973 em Portugal. Participou na exposição retrospectiva “O Surrealismo Abrangente – Colecção de Artur Cruzeiro Seixas”, Famalicão e Lisboa, 2004; Exposição International “Surrealismo e Pintura Fantástica” organizada por Mário Cesariny, Lisboa, 1984. Presentemente Rik e sua esposa, a ceramista Elizé Bleys, vivem em Tavarede, onde fundaram juntos, com o poeta Miguel de Carvalho, o grupo “Cabo Mondego Section of Portuguese Surrealism” em 2008.


Cornucopia, 2012 Óleo s/ tela 500 x 400 N. INV. 1560 Colecção da Fundação


DIOGO ARAÚJO

Jovem artista de Águeda

Feminino, 2015 Diogo Araújo Carvão, grafite e pastel s/ papel 670x520


Masculino, 2015 Diogo Araújo Carvão e grafite s/ papel 670x520


JAÍR ANJOS

Jovem artista de Águeda


Undressed, s/d Jaír Anjos Acrílico s/ papel 650x500


MARGARIDA SANTOS Margarida Santos Nasceu em 1946. Obteve a Licenciatura em Escultura na E.S.B.A.P., 1968. Foi bolseira da Gulbenkian antes e depois do Curso. Foi professora entre 1968 e 2006. Orientadora pedagógica da Direcção Geral do Ensino Básico; Orientadora da equipa da Educação Visual da Telescola; Autora, apresentadora e colaboradora de programas culturais da imprensa, da rádio e da televisão; directora artística da Galeria da Praça. Autora de obra pública e privada na área da Escultura: bustos, retratos, relevos, troféus, múltiplos, medalhas e monumentos; de programas radiofónicos e de artigos de opinião, crítica e crónicas na imprensa falada e escrita; de textos críticos para catálogos de exposições. Responsável por cursos para orientadores de professores, filmes pedagógicos e didácticos, diaporamas. Autora e ilustradora de poesia e de obra gráfica. Autora de monumentos de grande escala implantados no país e no estrangeiro. Realizou dezenas de exposições individuais dentro e fora do país. Participou em centenas de mostras colectivas. Desde 1968 até à actualidade desenvolve profícua actividade na área Literária e nas Artes Plásticas - escreve, desenha, pinta e sobretudo esculpe. A sua casa-atelier situa-se em Canelas, Gaia.


Excesso, 2005 Margarida Santos Bronze 570x370x240 N. INV. 1512 Colecção FDPACP


Praça Dr. António Breda, 4 3750-106 Águeda Tel.: 234 623 720 Tlm.: 913 333 000 Www.fundacaodionisiopinheiro.pt


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