Olhar sobre Ă gueda
Olhar sobre Ă gueda Concurso de Fotografia
A mรกquina fotogrรกfica faz com que todos sejam turistas na realidade alheia e, eventualmente, na sua prรณpria. Susan Sontag
A fotografia é a simplicidade do todo, do conjunto, do percurso no quotidiano que não esgota. O compromisso com os passos que esbarram permanentemente com flashes – clarão disparado ao mesmo tempo que é tirada uma fotografia, para iluminar o objecto fotografado (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) – cantando memórias que fecundam a alma no ventre da vida. Parafraseando José Saramago: “Sobre a fotografia: As mãos levantam a câmara fotográfica à altura dos olhos e o mundo desaparece. Agora, por trás do visor, o olho fará reaparecer, não o mundo, mas um fragmento dele. Por isso talvez seja correto afirmar que o olho que vê a fotografia, justamente por ser fotografia o que vê, não é o mesmo, ainda que o mesmo seja, que olhou e viu uma parte do mundo para fotografá-la.” (José Saramago, in Lanzarote A Janela de Saramago). Assim, entendo este contexto expositivo como um mundo que teima em reaparecer, transpondo-nos para fragmentos, dádivas de humanidade e materialidade que reinterpretam esta inconstância que nos move de mãos dadas a um destino comum. A Fotografia convida ao encontro. Por isso, o Fotógrafo ao escolher o tema e a imagem, reivindica a génese para o seu trabalho. Como observador, deambulo por coerências e incoerências, fruto da imaginação, da introspecção que este trabalho artístico provoca. Quem vê pode transpor fronteiras com os passos alheios que se vislumbram num qualquer pensamento abstracto e inquieto. Por estímulos produzidos mecanicamente pela máquina de fotografar poderemos livremente e aleatoriamente, viajar pelo íntimo do Eu e do Outro, numa até simbiose que acorre ao conhecimento. É necessário excitar a memória pela emoção e, desta forma, alcançar o sublime na práxis da vida, uma consistente leitura do passado, poética ou lírica, uma interpretação do presente, escutando uma melodia dos sentidos, e uma projecção do futuro, pautada por um discernimento ancestral e contado ao segundo. J. M. Vieira Duque, 2019
Jurí Eng.º. Mateus Anjos
Presidente do Conselho de Administração da Fundação
Lauren Maganete
Fotógrafa na C.M. Vila Nova de Gaia Com vários projectos com a Fundação e obras na sua Colecção de Arte
Marilyn Marques
Fotógrafa Profissional Com vários projectos com a Fundação e obras na sua Colecção de Arte
João Teixeira
Mestre em Design Industrial e do produto e Vencedor do Prémio Artístico Mateus A. Araújo dos Anjos
Vieira Duque
Conservador da Fundação
Joel Almeida
Licenciado em Arte e Design e Assistente de Museu da Fundação
Beatriz Fernandes
Finalista da Licenciatura em Arte e Design e Estagiária na Fundação
Foto premiada com 1º prémio Arsénio Costa
Foto premiada com 2Âş prĂŠmio Ernesto Pires
Foto premiada com 3Âş prĂŠmio Carlos Claro
ArsĂŠnio Costa
Tatiana Gonรงalves
Ernesto Pires
ArsĂŠnio Costa
JosĂŠ Camossa
Teresa Soares
JosĂŠ Camossa
Tatiana Gonรงalves
Lina Mateus
Ernesto Pires
Teresa Soares
JosĂŠ Camossa
Carlos Claro
Tatiana Gonรงalves
Lina Mateus
Carlos Claro
Teresa Soares
Lina Mateus
FICHA TÉCNICA CURADORIA: Vieira Duque, Conservador e Membro da Comissão Executiva EDIÇÃO: Fundação Dioníso Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro DESIGN: Beatriz Fernandes FOTOGRAFIAS: Arsénio Costa Carlos Claro Ernesto Pires Jóse Pinto Camossa Lina Mateus Tatiana Gonçalves Teresa Soares TEXTOS: Vieira Duque
Praรงa Dr. Antรณnio Breda, nยบ4 3750-106 ร gueda Telefones: (+351) 234 623 720 (+351) 234 105 190 (+351) 913 333 000 Fax: (+351) 234 096 662 www.fundacaodionisiopinheiro.pt info@fundacaodionisiopinheiro.pt conservador.museu@fundacaodionisiopinheiro.pt
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