ALEXANDRE ROLA AMÉRICO GERALDES ANTONINO NEVES ANTÓNIO DE MATOS FERREIRA APARÍCIO FARINHA ARMÉNIO DINIZ AURORA PINHO AVELINO ROCHA CARLOS DIAS CARLOS TEIXEIRA CAROLINA M M COLECTIVO ATELIER 26 / ALBERTO PÉSSIMO CONCEIÇÃO MENDES DIOGO ARAÚJO EDITE MELO EDUARDO TEIXEIRA PINTO ELIZABETH LEITE ESTER SOUSA E SÁ FERNANDA SANTOS FERNANDO BARROS FERNANDO GASPAR FERNANDO MIGUEL FILOMENA BILBER FILOMENA FONSECA GINA MARRINHAS HELDER CARVALHO ISABEL LHANO J. ELISEU (FILHO) JAIR ANJOS JOSÉ RODRIGUES JÚLIA CÔTA JÚLIA RAMALHO LDTS LAUREN MAGANETE LEVI GUERRA LOPES DE SOUSA LUIS PEDRO VIANA LUISA PRIOR MANUEL XAVIER MARGARIDA SANTOS MARIA GUIA PIMPÃO MARIA DOS SANTOS MARILYN MARQUES MICHAEL BARRETT MÁRIO MATOS NUNO HORTA OTÍLIA SANTOS PAULO PEREIRA PEDRO D’OLIVEIRA RAQUEL ROCHA RIK LINA SEIXAS PEIXOTO SÉRGIO AMARAL SÓNIA TRAVASSOS TERESA RICCA VICTOR COSTA
Património em Acervo Exposição colectiva
ARTISTAS Alexandre Rola, Américo Geraldes Antonino Neves António de Matos Ferreira Aparício Farinha Arménio Diniz Aurora Pinho Avelino Rocha Avelino Rocha Carlos Dias Carlos Teixeira Carolina M M Colectivo Atelier 26 / Alberto Péssimo Conceição Mendes Diogo Araújo Edite Melo Eduardo Teixeira Pinto Elizabeth Leite Ester Sousa e Sá Fernanda Santos Fernando Barros Fernando Gaspar Fernando Miguel Filomena Bilber Filomena Fonseca Gina Marrinhas Helder Carvalho Isabel Lhano
J. Eliseu (Filho) Jair Anjos José Rodrigues Júlia Côta Júlia Ramalho LDTS Lauren Maganete Levi Guerra Lopes de Sousa Luis Pedro Viana Luisa Prior Manuel Xavier Margarida Santos Maria Guia Pimpão Maria dos Santos Marilyn Marques Michael Barrett Mário Matos Nuno Horta Otília Santos Paulo Pereira Pedro d’Oliveira Raquel Rocha Rik Lina Seixas Peixoto Sérgio Amaral Sónia Travassos Teresa Ricca Victor Costa
ALEXANDRE ROLA Alexandre Rola nasceu em 1978, Porto, vivendo e trabalhando ainda nesta cidade. Na ESAD concluiu o mestrado em Intervenções Urbanas; é licenciado pela Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos em Economia e Design Gráfio. Inicia a sua actividade expositiva no início do século XXI. Ganhou Prémios como: MostraPorto 2012; Prémio IX Bienal Eixo Atlântico 2011; 1º prémio de fotografia Black&white- Festival Internacional Audiovisual; 1º prémio de fotografia Argo, Rio Tinto, 2008; Prémio de pintura Desigual, Espanha, 2007. Algumas exposições individuais: O Mergulho, We Art - Agência de Arte, Aveiro Business Center; Instalação Lágrimas de Portugal, 17ª Bienal de Cerveira; Panenet Circenses, Galleryhostel, Porto; Circus, Trofa. A natureza do processo criativo de Alexandre Rola assenta na apropriação, descontextualização e reinterpretação de objectos humildes e pouco convencionais existentes no quotidiano, como a utilização dos cartazes publicitários que invadem as nossas cidades sem pedir permissão. Vagueia pelas ruas como um Flâneur, observa, fotografa, rasga e arranca a “pele” urbana constituída por camadas de cartazes publicitários como mapa antropológico, palimpsestos de marcas, intervenções anónimas como na Arte Rupestre. O acto de arrancar cartazes é um protesto por si só. Surge um fundo caótico, onde se formam novas imagens, texturas e incoerências cujo resultado é imprevisível como a vida. Esta fragmentação, segundo o artista, é fundamental para a tensão existente entre o fundo e a pintura. Para si, a pintura funciona como catarse e afimação social. Uma espécie de ampliação do humano num sentido emancipatório e plural, materializado na solidariedade. É uma arte de diálogo, experimentação e apropriação de materiais pobres em que, à primeira vista reflcte o caos e que, ao mesmo tempo, nos torna mais humanos. Esta obra, “mergulho”, prende-se com a situação do país e do mundo, a crise e à situação difícil que as pessoas estão a passar. Um “salto” torna-se a última hipótese das pessoas que, precipitam-se no derradeiro “mergulho” para uma busca de melhoria de vida ou para o abismo. O “mergulho” não é mais do que um grito de luta ou desespero.
After gowy, 2013 Técnica mista s/ camadas de cartazes publicitários 960x670 N. Inv. 1499
AMÉRICO GERALDES Nasceu a 16 de Abril de 1949 no Porto. Muito cedo iniciou a sua carreira artística, pintando e desenhando os mais variados temas. A sua vivência em locais e ambientes diversos, levam-no a determinar o seu estilo e técnica. Para além da sua formação artística, notam-se inflências dos pintores e escultores com quem mais privou em Portugal e África, tendo sido Neves e Sousa quem mais profundamente o marcou, tanto no rigor do traço como no jogo cromático. Como retratista está representado em várias colecções particulares em Portugal e noutros países da Europa e África. Em algumas escolas e locais públicos está representado com trabalhos de escultura.
Águeda Antiga, 1993 Carvão s/ papel 630x410 N. Inv. 0771
Retrato do Sr. Dionísio Pinheiro, 1992 Sanguínea s/ papel 720x515 N. Inv. 0764
ANTONINO NEVES Antonino Neves, nascido em Coimbra a 18 de Novembro 1962, é licenciado em pintura pela ARCA/ETAC, pós-graduado em história da arte pela universidade Lusíada de Lisboa, desenvolveu um trabalho autónomo em volta de explorações plásticas a óleo, pastel d’óleo e pigmentos misturados com óleo e aguarrás, tendo por base o estudo da figura humana em diferentes expressões anatómicas e poéticas. Tem desenvolvido diversos trabalhos para bienais de arte, exposições individuais e colectivas em Portugal e exposições itinerantes fora do país, designadamente em Itália. Tem colaborado com diversos trabalhos em livros didácticos de arte e de design, está representado no museu Santos Rocha da Figueira da Foz e em muitas colecções particulares. Foi professor-assistente da disciplina de Desenho durante dez anos na ARCA/ETAC. Participou no evento artístico Cenografias. site specific event, realizado no Quarteirão das Artes da Cooperativa Teatro dos Castelos, Montemor-o-Velho; “Rota das Artes” - exposição itinerante por vários Concelhos do país; participou com trabalhos na Instalação “Ant’s Hill, a Human Renewal” (Formigueiro) na Casa Museu Bissaya Barreto em Coimbra; participou na exposição “D. Catarina de Bragança – imagens contemporâneas”; coordenou a montagem da exposição no Palácio da Bemposta – Lisboa. Neste momento é professor do quadro da escola secundaria de Avelar Brotero em Coimbra, onde lecciona a disciplina de Desenho A e encontra-se a concluir a tese de doutoramento na Faculdad de Historia del Arte/Bellas Artes na Universidade de Salamanca. Nas suas obras, Antonino transporta-nos por uma corrente hiper-realista da arte contemporânea bastante actual, onde o corpo obedece a um mecanismo concreto e completo: movimento e natureza traduzem o traço motriz da vida. Um classicismo omnipresente, transmitindo a paixão pelo traço e a cor que persistindo não ofusca a composição.
Retrato de Mateus Augusto A. dos Anjos, 2017 Óleo e pastel de óleo s/tela 1100x900 N. Inv. 1628
Actor Diego Poça sentado, 2017 Carvão vegetal, pastel seco e pigmento s/cartolina 490x310 N. Inv. 1651
Actor Diego Poça, rosto e mão no peito, 2017 Carvão vegetal, pastel seco e pigmento s/cartolina 490x310 N. Inv. 1652
ANTÓNIO DE MATOS FERREIRA António de Matos Ferreira [nascido a 16 de Abril de 1942, em Cantanhede] começou – e, mais recentemente, recomeçou- a pintar… por roda dos anos setenta. À distância de três décadas solares, no limiar do século XXI. Vocacionado para a descoberta experimental – entre a realidade e o sonho, na antevéspera de uma (re)invenção imagética do fantástico – iniciou-se no desenho ( exercitou na técnica do pastel), sendo benefiiário da tecnologia industrial que produziu e industrializou a inovação tecnológica das tintas ‘acrílicas’. A esse fenómeno (da História e do trivial) da economia contemporânea fiará devendo a permissão de vencer, a salto, a pintura convencional e traditiva – a aguarela e o guache, o óleo e a têmpera – com quanto vencido pelo imperativo material de um suporte ancestral: a tela engrada, costumeira e vulgar, de cavalete… À sua mundivivência euroafricana, a uma convivialidade socioprofisional e afectiva múltipla e heterogénea, dever-se-á a essência – bipolarizada pelo obrigatório disciplinar do quotidiano… e por uma natureza intimista lateral, evasiva, intercomplementar da sua vocação identitária – do seu ‘fazer Arte’, e da sua auto-(en)formação autodidáctica (passem os pleonasmos) nas horas de solitude e da partilha dos seus “eus”, devaneantes ou fugitivos da memória dos dias… e das noites da felicidade vivida. Olhar e apreciar os teus quadros, poderá não ser compatível a uma lógica imediatista de redutibilidade ao seu substrato ontológico mas, seguramente, proporciona uma viagem ao fantástico onde a matéria e o movimento se conjugam e tendem para fundir, em simplicidade, a percepção e a intenção de visibilizar paisagens sem tradução, flshes instantâneos captados de uma ponte entre nós e os teus mundos. José Luís Ferreira
Vertigo, 2010 Acrílico s/ tela 900x700 N. Inv. 1495
APARÍCIO FARINHA Desde criança, que sempre gostei de desenhar e pintar. Durante os estudos universitários, executei diversas caricaturas de colegas para os seus livros de curso, apesar da minha formação, ser na área técnica – engenharia civil – nomeadamente em desenho técnico. Durante toda a minha vida profissional e em férias, viajei e visitei os mais conhecidos museus de arte, de todo o mundo e exposições dos maiores autores universais, exibidas em diversos anos. Fui também adquirindo e lendo literatura sobre arte e frequentando cursos de arte portuguesa e universal, nomeadamente em Serralves e Universidade do Porto. Entretanto, ia pintando esporadicamente, quando necessitava de me exprimir, para dar satisfação ao meu ego. No final do século XX decide fazer aprendizagem da pintura, nomeadamente a sua técnica, frequentando os atelieres livres da Árvore - Porto e cursos livres da Faculdade de Belas Artes do Porto. Desde essa data, comecei a pintar regularmente, por prazer e sem intuitos comerciais. Comecei também a expor colectivamente. Incentivado, realizei em 2005 – já lá vai mais de uma década – a minha primeira exposição individual de pintura, no Fórum da Maia, terra da minha naturalidade. A partir daí, já realizei cerca de uma vintena de exposições individuais e mais de centena e meia de exposições colectivas. E continuo pintando, agora que estou reformado, por prazer e por gostar de ARTE.
Ágora, 2016 Acrílico s/tela 900 x 1200 N. Inv. 1655
ARMÉNIO DINIZ Nasceu a 01 de Maio de 1957, em Belmonte. Professor. Licenciado em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; tendo frequentado o curso de Estudos Artísticos. Vive na Figueira da Foz onde tem o seu ateliê. A pintura é uma forma de experimentalismo constante, intrínseco ao seu ser e à sua essência. Por isso é uma paixão que desde cedo sempre cultivou, complementada com incursões nas áreas do design, decoração de interiores e restauro, cenários para eventos, ilustrações em publicações e ilustrações de três livros infantis e quatro medalhas comemorativas para o clube Escape Livre e Escola dos Gaiatos da Guarda. Em Paris, para onde se retirou durante quatro anos, conviveu com pintores estrangeiros de várias correntes e fez ateliês. Fez a sua primeira exposição individual em Gouveia, 1985. Expõe regularmente a partir desse ano, em mostras individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro, destacando no seu percurso Paris entre outras cidades. Destacam-se as exposições individuais no Museu Abel Manta, Gouveia 1990; “Antes e Depois”, Guarda, 2001; “Viagem ao Brasil”, Castelo de Belmonte, 2001; “A tela e a Jóia”, Guarda, 2002; Galeria Francisco Duarte, Estoril, 2002; Galeria D. Dinis, Universidade de Coimbra; Centro de Artes e Espectáculos, Figueira da Foz, 2012; 1º Simpósio Internacional de Arte, Guarda, 2016; “Vivências”, A Pevidência Portuguesa, 2016; “Momentos” Museu de Arte Moderna Abel Manta, Gouveia, 2017; Restaurante NACIONAL, Coimbra, 2017. No estrangeiro, destacam-se as exposições na Casa de Portugal André de Gouveia, Paris; nas Galerias das Câmaras de Lagny, Val-de-Marne, Morsang-Sur-Orge. Colectivas a destacar: Museu Grão Vasco-Viseu, Hospitais da Universidade de Coimbra, Bienal do Sindicato dos Professores da Região Centro, Leiria, Bienal Internacional Luso- Espanhola de Artes Plásticas, Arte e Cultura, Museu da Guarda. Está representado em várias colecções em Portugal e no Estrangeiro e em diversos serviços públicos, tais como Museu Abel Manta, Museu Santos Rocha - Figueira da Foz, várias Câmaras Municipais, Ministérios e Secretarias de Estado. No estrangeiro, Café “La Palette”, Câmara de Morsang-Sur-Orge, Lagny-Val de Marne, Câmara de Albuquerque-Espanha, entre outras. Finalista do concurso Bienal Abel Manta 2017, teve ainda a Menção Honrosa do Concursode Cartaz no concurso “ Cantanhede, Concelho da Pedra de Ançã “ e 1º Prémio do Concurso Nacional de Montras Van Gogh.
A Minha Veneza, 2016 Acrilico s/tela 900 x 1200 N. Inv. 1637
ATELIER 26 O ATELIER 26 é um espaço partilhado por um colectivo de amigos que sob a orientação do artista plástico mestre Alberto Péssimo, produz desenho e pintura a óleo ou em acrílico, cerâmica e outros suportes, através da troca de experiências e conhecimentos, numa perspectiva de formação contínua. Funcionando de forma ininterrupta há mais de 10 anos, o ATELIER 26 produziu inúmeras exposições, quer individuais quer colectivas. Algumas destas exposições colectivas têm obedecido a temáticas específias, nomeadamente na área da homenagem a escritores ou outros artistas, ou respondendo a solicitações de entidades organizadoras. Outra importante faceta da sua produção tem sido a elaboração de painéis de grandes dimensões que podem ser admirados em vários locais públicos. Têm sido também desenvolvidas outras actividades artísticas, evidenciando o ecletismo do colectivo, como publicação de livros de poesia, de contos, de teatro, assim como ilustração de livros, plaquetes, etc. De referir ainda a montagem e apresentação de peças de teatro e recitais de poesia. O propósito do ATELIER 26 é fruir da Arte e da Cultura através do constante aperfeiçoamento para melhor partilhar com o público o fruto das suas experiências e conhecimentos. Uma natureza lançada assim na tela, na livre liberdade da Primavera num gesto sublimado com o melódico gemer do violoncelo, aguarda a rápida maturação das cerejas. As crianças que saem espantadas do sonho vivem à sombra do mar, recuperam das tempestades o secreto desejo alquímico de soprar o vidro. São dias e noites decorridos sem dormir, lendo os infatigáveis clássicos, cujo enredo se repete parcimoniosamente no decurso da história destas guerras de consciências afltas, entre os diversos deuses aguerridos, com as suas legiões de indefectíveis seguidores, moldando o mapa do petróleo em função dos créditos das suas armas. Para um violoncelo mais vale solo que mal acompanhado. José Queiroga
Natureza morta com violoncelo, 2016 Acrílico s/ tela 1000x800 N. Inv. 1576
AURORA PINHO Nasceu no Porto, 1964, e reside na Maia, onde dispõe de ateliê. Desde 2001 tem realizado exposições individuais e colaborado em muitas outras exposições colectivas de pintura na Maia, Guimarães, V.N. de Gaia e em espaços nobres da cidade do Porto, tais como a Ordem dos Médicos em 2004 ou o Centro UNESCO do Porto em 2005; tendo sido distinguida com alguns prémios. Recentemente tem participado em diversas exposições colectivas, nomeadamente na 2 ª Bienal Mulheres d’ Artes, no Museu de Espinho e na Galeria do Café Majestic, Porto e foi uma das artistas portuguesas presentes na “Exposición Internacional de Pintura y Escultura” em Madrid, 2013. Em 2014 participou na exposição comemorativa do Dia Internacional da Mulher em V.N de Gaia e participa no Shair Project, pelo que foi convidada a expor em Setembro na Galeria Emergentes, Braga. Os seus trabalhos estabelecem, por norma, estreita relação com temas que a fascinam, tais como a mitologia clássica e a literatura, e as suas pinturas mais recentes abordam o mundo pessoano, numa multiplicidade de construções que recorrem à carismática fiura do poeta e a determinados objectos de expressivo valor icónico. O apelo da contemporaneidade orientou a autora para uma recriação de imagens tradicionais do poeta, as quais procurou revestir de um halo de modernidade, traduzido na expressividade de certas tonalidades e estimulado pelo desafio de desvendar imageticamente o mundo literário em que essa figura maior da modernidade se moveu. O quadro Simetrias – Fernando Pessoa – procura reflctir os espaços/tempos pessoanos, inscrevendo-se nele uma alusão outonal representativa da fugacidade da vida do poeta. Os tons escolhidos apontam igualmente para a ideia da mudança de estado, remetendo para a passagem, para um tempo de tácita aceitação fial dos dissabores e dos pequenos prazeres do mundo, temática tão do agrado do escritor
Simetrias – Fernando Pessoa, 2014 Óleo s/ tela 400x500 N. Inv. 1500
AVELINO ROCHA Nasceu no Porto, em 1940. É professor aposentado, licenciado pela E.S.B.A.P./F.B.A.U.P e foi bolseiro da Fundação Gulbenkian (1957-1962). Realizou 16 exposições individuais, participou em diversas colectivas em Portugal e no estrangeiro: Angola, Espanha, México, Rússia, Itália, Irão, Nova Iorque, Colômbia, Suíça, Brasil, França, Polónia, Holanda, Alemanha, Bratislava, Medellim e República Dominicana. Em 1990 participou na CONCRETA EXPERIMENTAL VISUAL, Antologia da Poesia Visual Portuguesa 1959-1989 (Palazo Hercolani,Bolonha,Itália). Realizou trabalhos de pintura, vitral, Poesia Visual, cerâmica (mais de 30 painéis) e escultura, destacando-se a homenagem a MAHAMUD – BEN - AL – DJABBAR no espaço Ediplano - Mafamude, V. N. de Gaia. Tem obras nos museus Amadeo de Souza Cardoso Amarante, Dr. Santos Rocha Figueira da Foz, Teixeira Lopes, V. N. de Gaia, Soares dos Reis, Porto, Fundação Leão, Vila Nova de Gaia, Centro de Formação de Jornalistas, Porto, e na Colecção 5 Séculos de Desenho da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Em 26 de Junho de 2014 publicou o livro de Poesia Visual “Configurações”.
Pedro passou por aqui, 2006 Argila, ferro, madeira e botins de criança 1160x450x175 N. Inv. 1577
Rastos de um passado, 2006 Dobradiças, ferro, madeira e ornato em cobre de cama 785x430x170 N. Inv. 1578
CARLOS DIAS “Carlos Dias nasceu no concelho de Barcelos, no seio de uma família humilde e numerosa. A morte precoce do pai determinou o seu abandono escolar e inserção numa das fábricas de cerâmica que, naquela época, proliferavam na região. Com a passagem do milénio a industria de cerâmica entra em declínio e Carlos Dias cai no desemprego. Improvisa então uma pequena oficina em sua casa e dedica-se àquilo que gosta de fazer. Começou por criar quadros de porcelana com motivos florais, mas seria nas representações de Presépios, Última Ceia e figuras de Cristo que o artesão formou a sua obra artística. Apesar das temáticas comuns aos artesãos tradicionais do figurado barcelense, Carlos Dias distingue-se pelas peças minimalistas, rostos indefinidos e presépios peculiares. A ideia de misturar barros que não têm pintura mas que tem cor é dele e foi assim que vingou, preservando o tradicional e, simultaneamente, inovando. Com um estilo e modo de fazer muito próprios, não cedeu às regras pré-definidas do figurado tradicional. O artesão emerge como a nova figura do artesanato barcelense, com peças em grés. Tem carta de artesão e unidade produtiva artesanal, e é já uma referência entre colecionadores e lojas, onde não falta sequer obra sua na colecção de presépios da Maria Cavaco Silva. Na 29ª Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos, Carlos Dias obtém distinção de reconhecimento pelas suas miniaturas.” in https://www.artepopular.pt/artesaos
Galo, 2013 Série “Ruralidade na Arte” Barro, Cerâmica e Grés 293x210x160 N. Inv. 1060
Galinha, 2013 Série “Ruralidade na Arte” Barro, Cerâmica e Grés 252x200x135 N. Inv. 1061
CARLOS TEIXEIRA Carlos Teixeira natural de Angola, filho de pais portugueses reside em Braga desde os 4 anos, artista plástico que assina seus trabalhos como CARLOS T. Desde tenra idade que possui habilidades na área da pintura, com base na sua inspiração e crescente experiência, possui uma aguçada sensibilidade artística e pinta em todos os estilos de acordo com as emoções do momento. Cada tela tem um significado único, “ acredito que cada tela surpreende por ser singular, pois assim, como eu cada apreciador tem uma forma de a interpretar consoante o momento”. As suas obras são expostas em locais públicos e privados de Braga e outras cidades do país. Já obteve o reconhecimento da sua arte no estrangeiro, onde tem realizado exposições e a venda de algumas obras.
Exposições Recentes Carrousel du Louvre – Paris – França 3ª Exposição da Galeria Shair – Braga 4ª Exposição da Galeria Shair – Braga 5ª Exposição da Galeria Shair – Braga 5º Encontro Internacional de Arte ao Redor do Touro – Galeria Vieira Portuense – Porto Encontro Ibérico de Artes Plásticas – Oropesa – Espanha State of the Art – Estoril Art Exhibition – Estoril Hotel Truthotel – Braga Casa de Murcia – Barcelona New Art Gallery – Espanha Galeria Gnration – Braga Presente no 4º Encontro Luso Galaico de Artes Plásticas – Chaves e na 1ª Bienal Arte de Gaia.
Cavalo ao vento, 2014 Óleo s/ tela 1000x1200
CAROLINA M M Nasceu no Porto, 1964, e reside na Maia, onde dispõe de ateliê. Desde 2001 tem realizado exposições individuais e colaborado em muitas outras exposições colectivas de pintura na Maia, Guimarães, V.N. de Gaia e em espaços nobres da cidade do Porto, tais como a Ordem dos Médicos em 2004 ou o Centro UNESCO do Porto em 2005; tendo sido distinguida com alguns prémios. Recentemente tem participado em diversas exposições colectivas, nomeadamente na 2 ª Bienal Mulheres d’ Artes, no Museu de Espinho e na Galeria do Café Majestic, Porto e foi uma das artistas portuguesas presentes na “Exposición Internacional de Pintura y Escultura” em Madrid, 2013. Em 2014 participou na exposição comemorativa do Dia Internacional da Mulher em V.N de Gaia e participa no Shair Project, pelo que foi convidada a expor em Setembro na Galeria Emergentes, Braga. Os seus trabalhos estabelecem, por norma, estreita relação com temas que a fascinam, tais como a mitologia clássica e a literatura, e as suas pinturas mais recentes abordam o mundo pessoano, numa multiplicidade de construções que recorrem à carismática fiura do poeta e a determinados objectos de expressivo valor icónico. O apelo da contemporaneidade orientou a autora para uma recriação de imagens tradicionais do poeta, as quais procurou revestir de um halo de modernidade, traduzido na expressividade de certas tonalidades e estimulado pelo desafio de desvendar imageticamente o mundo literário em que essa figura maior da modernidade se moveu. O quadro Simetrias – Fernando Pessoa – procura reflctir os espaços/tempos pessoanos, inscrevendo-se nele uma alusão outonal representativa da fugacidade da vida do poeta. Os tons escolhidos apontam igualmente para a ideia da mudança de estado, remetendo para a passagem, para um tempo de tácita aceitação fial dos dissabores e dos pequenos prazeres do mundo, temática tão do agrado do escritor
Um olhar sobre a Quinta de Santiago, 2007 Técnica Mista 1200x1000 N. Inv. 1501
CONCEIÇÃO MENDES Conceição Mendes nasceu em Nova Lisboa, actual Huambo, Angola. Mestre em Comunicação Estética, Pós Graduada em Comunicação Estética e Licenciada em Pintura, pela Escola Universitária das Artes de Coimbra – EUAC. Licenciada em Educação do Ensino Básico, tendo exercido a docência até 2002. Formação em Decoração de Interiores, pelo Instituto Luso-Brasileiro (Angola). Docente da cadeira de Pintura na Universidade Livre – ANAI – Coimbra Participa com frequência em bienais e exposições individuais e colectivas em Portugal e no Estrangeiro, em Museus, Centros de Arte e Galerias. Participa e colabora regularmente em projectos diversifiados no âmbito das Artes Plásticas. Está representada em diversas Instituições e colecções particulares em Portugal e no estrangeiro. Prémio de Pintura “MONDEGO 2010” – Museu da Água, Coimbra Prémio de Pintura “V CERTAMEN DE PINTURA” 2007 – Villafranca de Los Barros, Badajoz, Espanha
Afrodite, 2012 Acrílico s/tela 1000 x 1200 N. Inv. 1573
EDITE MELO Edite Melo nasceu em Torres Vedras, 1947. Vive e trabalha em Lisboa e Torres Vedras. É bacharel em Organização e Gestão de Empresas e, desde cedo, paralelamente ao seu percurso profisional, dedicou-se à pintura, explorando vários materiais e técnicas. Frequentou vários seminários com artistas nacionais e estrangeiros. Existem trabalhos seus em várias instituições e colecções particulares, em Portugal e no estrangeiro. Tem exposto regularmente, individual e colectivamente desde 1987. Iniciou uma nova fase na sua pintura a partir de 2001, encontrando no abstracto a sua expressão e identidade. Em Junho de 2013, em parceria com a poetisa São Gonçalves, lançou o livro A Alma da Cor. Os seus trabalhos têm sido fonte de inspiração de vários poetas.
A obra de Edite Melo é fortemente marcada pela abundância e generosidade de cores e convida-nos a mergulhar num mundo imaginário. Num cenário abstracto a estrutura de comunicação de Edite Melo remete-nos para a grandeza de espaços, para um turbilhão de luz e para uma relação activa com o observador. Dotada de grande sensibilidade manifesta na sua obra uma personalidade e conhecimento artístico livre, talvez por esse motivo as suas criações passaram além-fronteiras. Sérgio Gorjão, Historiador de Arte
Sinto que os riscos, os toques na tela, não surgem ao acaso. Traçam, instigam, excitam, fustigam ou acariciam percursos de sentidos e sentimentos. São marcas gravadas na superfície, que perde assim a alvura, mas não a pureza. Ana Souto DeMatos
Alga, 2010 Acrílico s/ tela 600x900 N. Inv. 1503
EDUARDO TEIXEIRA PINTO Nasceu na freguesia de S. Gonçalo, Amarante, em 29 de abril de 1933. Filho de Joaquim Teixeira Pinto e Adelina da Costa Taveira. Irmão mais novo de José da Costa Teixeira Pinto e Aristides da Costa Teixeira Pinto herdou do seu pai o prazer de fotografar. Começou a tirar as suas primeiras fotografias profissionais em 1950, tornando-se expositor desde 1953 em vários salões de fotografia nos cinco continentes. Entre outros países expôs em Portugal, Espanha, Alemanha, Áustria, Inglaterra, Estados Unidos. Canadá, Jugoslávia, Angola, Brasil, Bélgica, Moçambique, Cabo Verde, França, Itália e Austrália. Dedicou toda a sua vida à arte fotográfica. A sua longa experiência de toda uma vida e o seu olhar poético sobre a realidade fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX. A sua obra aborda diversos temas, com destaque para a natureza e a figura humana que tão bem soube conciliar. Com fotografias como «Rodopio», «Igreja de S. Gonçalo», «De Regresso», «Tema de Pintores», «Matinal», «Quietude» e «Tranquilidade», entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro. Ao longo dos mais de cinquenta anos dedicados à fotografia, conquistou inúmeros primeiros, segundos e terceiros prémios. Foram mais de 150 Menções Honrosas obtidas, além de imensos troféus e medalhas, nomeadamente o Grande Prémio Camões (1960) – uma das mais altas distinções a nível nacional. Falecido no dia 4 de janeiro de 2009, Eduardo Teixeira Pinto era avesso a homenagens e distinções. Deixou um espólio fotográfico de valor incalculável. Por iniciativa da Câmara Municipal de Amarante, o Museu Municipal Amadeo de SouzaCardozo, localizado nesta cidade, possui uma sala dedicada à obra de Eduardo Teixeira Pinto, aberta ao público desde setembro de 2011.
Fotografia 1 390 x 290 N. Inv. 1621
Fotografia 2 280 x 370 N. Inv. 1622
Fotografia 3 220 x 370 N. Inv. 1623
ELIZABETH LEITE Elizabeth Leite nasceu na Venezuela em 1982. 2005 Licenciatura em Pintura ARCA|EUAC. 2006 Pós-graduação - Mestrado em Comunicação Estética 2010 Pós-graduação em Ensino de Artes Visuais no 3º Ciclo do Ensino Secundário – FPCEUP. 2006|2012 Exerceu a atividade docente, Professora de Artes Visuais. Realiza exposições individuais e coletivas desde 2004. Representada em várias coleções particulares e institucionais. Vive e trabalha em São Martinho da Gândara, Oliveira de Azeméis. PRÉMIOS 2005 Menção Honrosa – Aveiro Jovem Criador. 2006 Primeiro Prémio - Aveiro Jovem Criador. 2006 Menção Honrosa – Bienal de Pintura de Penafiel. 2007 Menção Honrosa – Aveiro Jovem Criador. 2008 Prémio “Mondego 2008”, Coimbra. 2012 Menção Honrosa – Aveiro Jovem Criador 2012, Aveiro. 2015 Menção Honrosa, “NEUR’ARTE DESIGN” (O Cérebro e a Arte) inserida no XI Congresso Nacional de Neurorradiologia, Curadoria Nuno Sacramento – Galeria de Arte Contemporânea. 2016 X BIENAL SALÃO DAS ARTES | PINTURA. ESCULTURA DE VIDIGUEIRA 2017 Menção Honrosa – 15º Aveiro Jovem Criador 2017 2ª Bienal Internacional de Gaia (Menção Honrosa) 2017 Menção Honrosa – II Concurso de Pintura “À Descoberta do Mestre”, Sardoal.
A observação do movimento das cores, 2012 Óleo s/tela 1000 x 900 N. Inv. 1587
Retrato da Actriz Eunice Muñoz, 2017 Óleo s/tela 1000 x 900 N. Inv. 1634
Retrato da Actriz Aurora Gaia, 2016 Óleo s/tela 1500 x 1600 N. Inv. 1642
ESTER SOUSA E SÁ Nasceu em Portugal e em criança imigrou, em 1952, com os pais para África, tendo lá vivido durante 44 anos. Aí cresceu e foi educada numa colónia Inglesa onde fez os seus estudos. Depois do casamento, porém, foi viver para Moçambique e, em 1975, foi viver para a África do Sul. Apesar de uma carreira bancária, a sua paixão pelas artes levou-a a iniciar a pintura a óleo no final dos anos sessenta e, ao longo dos anos, foi desenvolvendo a sua própria técnica. Em 1996, regressou a Portugal e desde então tem-se dedicado inteiramente às artes, tendo além da pintura, feito escultura e mais recentemente experimentado o caminho da escrita criativa, tendo já três livros publicados. Nas suas obras prefere enaltecer a beleza que na vida existe e, dedica-se à arte com paixão e entusiasmo. Descreve-se como uma naturalista que dentro de um estilo realista/impressionista, pinta tudo o que toca a sua sensibilidade artística, dando cor às telas brancas. As suas obras nascem pelo prazer e paixão que tem pela arte, levando-a a pintar o que vê, sentindo na alma o que pinta. Tem participado em várias exposições de arte individuais e colectivas. Recentemente, 2014, participou nas exposições colectivas Dia Mundial da Mulher, Paços do Concelho de V. N. de Gaia; Pontes Luso-Galaicas, Centro Cultural de Chaves; Minha África, África Minha, Casa da Beira Alta, Porto; Mulheres d´Artes em Liberdade, Biblioteca Municipal de Espinho; 3º Encontro de artes ao redor do Porto, Galeria Vieira Portuense; Ao redor do Touro, Galeria Vieira Portuense; 1º Encontro Ibérico de Arte, Castelo de Oropesa, Espanha. Várias obras suas encontram-se no estrangeiro, principalmente na África do Sul, Nova Zelândia, Alemanha, Inglaterra, mas também em Portugal.
Imaginação, 2012 Grés e pasta de moldar 580x250
FERNANDA SANTOS Fernanda Santos tem um caminho no mundo artístico, como professora, artista e pesquisadora, que procura refltir e construir ações e projetos que integram o conhecimento através da arte contemporânea, onde as experiências ocorrem mais plenamente, germinando experiências de aprendizagem signifiativas. O desejo de criar novas formas de ver mais esclarecidas, mais despertas e mais sábias por tudo o que nos rodeia, a artista cruzou a vontade para projetar e realizar muitos projetos no âmbito da Educação Artística. Formação em Pintura e Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e frequência do doutoramento na área de Educação na Universidade Complutense de Madrid. Fernanda Santos “...e era verde a menina e eram verdes os seus sonhos e o sonho empurrou-a até este papel e o papel vou e puxou-a para não voar sem cor até ao desconhecido e tombar nesses mares de espanto.. és um peixinho Fernanda Santos” Aurora Gaia
Voar, 2018 Carvão, grafite, pastel seco e acrílico s/papel 650 x 500
FERNANDO MIGUEL “Fernando Miguel iniciou a sua criação de figurativo barrístico a partir dos anos 80, tendo criado o Atelier S. Miguel junto com a ceramista Milena Miguel produzindo peças de caris figurativo sacro-satírico e de tradição Caldense, tendo hoje já uma identidade reconhecida junto dos coleccionadores e apreciadores de cerâmica. O Atelier em representação das Caldas da Rainha já ganhou mais de uma dezena de prémios nacionais.” in https://natalis.fil.pt/mostra-de-presepios/
Baco, 2017 Terracota cozida e policromada 600 x 300 x 300 N. Inv. 1615
FERNANDO BARROS Nasceu em Amarante a 1951 A obra de Fernando Barros compõe a leveza e a intensidade de gestos imediatos e cheios de curiosidade aliados a um saudável sentido de experimentação na tela crua que nos leva enquanto observadores à vivência, em muitos casos, não tão distante do cruzamento da imagem, paisagem, valores e das suas raízes culturais, sempre, reinventando-se como artista a cada trabalho e a cada sentido do valor poético de uma pincelada, num imaginário, por vezes, mordente, provocatório e pujante de alegria órfica. Autenticidade, tradição e modéstia de realismo inegável apresentam-se-nos no redescobrir de cada título. Do sentimento para o breve apontamento teórico ou desenho de viagem; da maturação e da composição experimental para a tela, quase sempre através do pincel e do acrílico sobre escalas heterogéneas. Fernando Barros não nega influências nem origem, a sua, a cada folha par do caderno de esboços, referências ímpares à “Aldeia” Amarantina que o viu nascer e onde materializa o seu trabalho deixando antever que o corte umbilical às margens que envolvem o “fundo Rio” Tâmega está longe de ser uma realidade. Vive a tela de acontecimentos, de cidades, lugares, praças, estórias e da história das gentes, vive do que é e do que foi, reinventa-se aqui a identificação plástica e emocional do autor. O “sempre aprendiz” dos seus mestres, categoria identitária enraizada pela longa passagem nas oficinas da Cooperativa Árvore no Porto, trilha o seu próprio percurso artístico, e, se os “ismos” e as correntes artísticas não são para si o valor de locomoção, não ficamos indiferentes a uma confrontação de ambas existências nos seus trabalhos. A obra também aqui nasce e “respira da serenidade, do vigor e dos traços firmes” em que os ideais se apresentam ingénuos e a verdade artística fortemente ancorada e enraizada na pesquisa aos grandes mestres da pintura portuguesa e internacional. O pintor reúne no seu campo de interação artístico referências espaciais e temporais diversas; Guilherme de Santa Rita, Amadeo de Souza-Cardozo, Eduardo Viana, Stuart Carvalhaes, Júlio, Fernando Lemos ou Menez parecem ter lugar de destaque na sua biblioteca encabeçada por Marc Chagall, a referência inicial. Deste, a importância do elemento temático e as fundas raízes afetivas e culturais. Do francês pós-impressionista Paul Gauguin, debate-senos a síntese e a expressão, o simbólico, as cenas rurais e os retratos em correspondência de metáforas visuais. Das suas exposições, o círculo espaço-temporal, no qual a interpretação é determinada pelo valor semiótico que o espectador atribui a cada imagem recolhida. A relação é instantânea. Na mensagem artística, uma realidade que conduz através do olhar até a um mundo consumido pela imaginação e onde a infância se reacende, povoada de recordações metafisicas e de sonhos velozes. A obra de Fernando Barros, traz-nos em traço grosso de cor o paralelismo do literário, a história e a pintura, derrubam-se aqui fronteiras e as pinturas, essas tão próprias, gravam em nós imagens de territórios existentes e memórias do toque num tecido de sensações entre o mundo vivido ou o, por vezes, imaginado.
O Refúgio, 2016 Acrílico s/tela 1000x800
FERNANDO GASPAR TERRA SEPARADA A história da conquista e posse de território é a história da vida e nela, a da espécie humana. Desde a mais remota consciência da noção de lugar - espaço ocupado, de contornos determinados por circunstâncias naturais ou provocadas - e para além das suas determinantes biológicas, se tem desenvolvida na mente humana em todas as suas manifestações racionais ou sensiveis, a necessidade de estar ligado ao meio, dele fazer parte, a si o adaptar, por si o dominar. Para este ser emergente, mas inteligente e determinado, este processo, não raras vezes impetuoso, implica a constante marcação do espaço e a sinalização dos limites/fronteira, assumindo esta, como tarefa de vital importância práctica e simbólica. É partindo da construção simbólica das noções de espaço, lugar, da signifiância do “dentro/ pertença”, e do “fora/não pertença”, do que está contido e do que é contentor, que fia de alguma maneira estabelecida a noção de segurança e abrigo, com todas as consequências que essa apreensão desencadeia no meio e com os demais seres que o habitam e dele fazem parte. A “presença” dominante em contraponto com a “ausência” pela dominação, o outro como fialidade a alcançar, tomando, incorporando ou anulando, ou o outro como a nossa medida, o aferidor das nossas reais proporções, como o fi ou linha limite do nosso alcance apropriativo. O que em nós, individuos, começa por genético impulso, transforma-se, no colectivo, em fenómenos de identidade territorial, conceitos de espaço/nação, pertença, grupo, ligação. Defiir o homem, foi, é e também será pelo que ele faz no permanente uso de uma rede complexa de linguagens e códigos, elegendo cores, materiais, grafimos e objectos que reforçam essa marcação, enfatizando as semelhanças e denunciando as diferenças, numa primária e incontrolável apropriação de valores e direitos. Esta é uma questão inquietante, vibrante e não resolvida em cada um de nós, tanto na nossa confiada dimensão pessoal como na ampla dimensão colectiva; terra separada; daqui parto, daqui saio atravessando delicadamente os lugares de fora, encontrando o outro. Fernando Gaspar, 2015 Separated Land #29, 2015 Acrílico s/ madeira 1200x1200 N. Inv. 1575
FILOMENA BILBER “Na arte o menos importante é quem realiza e onde se faz, a importância está na forma de a realizar e a mensagem que quer comunicar” (Marta Cabreza). Esta citação identifica, de certo modo, esta profissional das Artes Visuais, Filomena da Conceição Rodrigues Bilber, simples, serena, discreta, sensível, mas acima de tudo, dotada de uma energia e criatividade incrível. Nasceu em S. Martinho de Angueira, Miranda do Douro, Bragança a 9 de Março de 1966 e adoptou, como cidade de eleição, Espinho onde reside há dez anos, leccionando na Escola Básica e Secundária Domingos Capela em Silvalde, Espinho. A sua formação académica iniciou-se no curso superior de Manualidade Artística da Escola de Ensino Artístico Árvore do Porto, tendo-o concluído em 1989, seguindo-se, no biénio 1996-1998, o estágio profissional segundo o Modelo de Profissionalização em Exercício (1º ano pela Faculdade de Psicologia da UP, a leccionar na Escola Secundária do Marco de Canaveses e o 2º ano Pela Universidade de Aveiro a leccionar na Escola TEIP de Pardilhó – Aveiro).Mais tarde, obtém o Grau de Licenciatura no curso Qualificação para o Exercício de Outras Funções Educativas - Organização e Desenvolvimento Curricular- no Instituto Politécnico do Porto (2001/2003). Tem marcado presença já há quatro anos no grupo de artesanato Artyspinho. Sobre esta mulher, cidadã e profissional das Artes muito se poderia ainda acrescentar, mas sintetizarei desta forma simples: a alma criativa da Escola Básica e Secundária Domingos Capela tem nome - Filomena Bilber, a professora discreta, e frágil que agarra com energia projectos e os orienta com um brilhantismo fantástico! A sua motivação, energia e dedicação mobiliza de forma didáctica e pedagógica jovens a envolverem-se em projectos artísticos e de cidadania. Obrigada, por dares mais luz e encanto ao mundo que nos rodeia e mostrar-nos que a Arte tem um papel de afirmação cívica e humana! Arcelina Santiago
Ondulações tonais, 2014 Base de madeira de Amieiro; estrutura em arame de ferro de 8mm; volume de malha de rede de arame; pintura com tintas sintéticas em spray. 1200x600x1800 N. Inv. 1505
FILOMENA FONSECA Nasceu em Landim, V.N. de Famalicão. Licenciada em Estudos Artísticos e Culturais pela Universidade Católica Portuguesa. Frequentou a ESBAP e o Curso de pintura da Cooperativa Árvore, Porto. Estagiou em França com Pierre Cayol. Expôs pela primeira vez em 1983. Pinta principalmente a óleo e a pastel. Como retratista, pintou várias figuras de relevo. Ilustrou diversas capas de obras literárias e colecção de 10 livros de poesia infantil. Em 2013 foi pintora convidada no “Encontro de Arte - Amor em mim”, Auditório Douro Azul, o Porto; VI Bienal de Artes Plásticas do Rotary Clube, Maia. Recebeu os seguintes prémios: 2005, 2º Prémio no II Concurso de Artes Plásticas de Penedono; 2006, Medalha de Prata Internacional, Exposition Internacional des Arts, A.E.A., Paris, França; 2007, 1º Prémio no Concurso Internacional de Arte s/ Tela - “As Cores da Idade”, Porto; Medalha de Prata - Concours International - A.E.A, Gembloux, Bélgica. Realizou dezena e meia de exposições individuais e participou em mais de uma centena de exposições colectivas no país e no estrangeiro: Pontevedra e Oviedo, Espanha; Paris, França; Gembloux, Bélgica; Izmir, Turquia; Viena, Áustria. Está representada em colecções particulares em Portugal, Espanha, França, Suécia, Alemanha e Brasil.
Camponesa, 2012 Pastel s/ papel 570x450 N. Inv. 1506
GINA MARRINHAS Gina Marrinhas nasceu em 1950 em Macinhata do Vouga, concelho de Águeda, distrito de Aveiro. Estudou em Aveiro e Lisboa. A sua necessidade de aperfeiçoamento, levaram-na até à Fundação Caloust Gulbenkian em Aveiro, e até à Cooperativa Artística Árvore, onde frequentou durante cinco anos, aulas de pintura com o Mestre Alberto Péssimo. Frequentou o atelier do mestre. É sócia do Aveiroarte.
O Concílio, 1999 Óleo s/ tela 450x540 N. Inv. 0795
Manhattan, 1995 Óleo s/ tela 320x450 N. Inv. 0785
HÉLDER CARVALHO Nasceu em 1954, vive e trabalha na cidade do Porto. Formou-se em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes do Porto, onde foi aluno entre outros, de Alberto Carneiro, Zulmiro de Carvalho, Fernando Pernes, Flávio Gonçalves, Álvaro Lapa e Jorge Pinheiro. Esteve ligado à educação artística, como docente no ensino secundário e superior tendo paralelamente investigado como artista plástico, meios de linguagem expressivas sobretudo no âmbito da tridimensionalidade. Em 2006 concluiu o mestrado em “ Art Craft and Design Education”, pela Universidade de Roehampton de Londres. Actualmente dedica-se em exclusividade à prática de artes plásticas dando preferência ao trabalho de escultura e onde a prática da modelação se constitui como a técnica de expressão mais em uso. As modalidades de produção são variadas já que dependem do objectivo e conceito que lhe subjaz. Assim na sua obra podemos encontrar objectos realizados em materiais diversos como bronze, ferro e outros metais, poliéster, mármore ou madeira, com o uso correspondente das técnicas que se lhe adequam. Está representado em distintas instituições públicas e privadas e tem sido referenciado em revistas e dicionários da especialidade. É autor de diversas obras de escultura de escala variada, em espaços públicos disseminados pelo país de que se destacam: Busto do General Humberto Delgado, Bragança; Busto de Raul de Sá Correia na Biblioteca Municipal de Vila Flor; Busto do Engenheiro Camilo de Mendonça, Alfandega da Fé; Busto do Doutor Pimentel das Neves, Hospital Magalhães de Lemos, Porto; Busto do Musicólogo Bernardo Moreira de Sá, Conservatório de Musica do Porto; Busto do Doutor Fernando Aguiar Branco, Fundação Eng. António de Almeida, Porto; Busto da Violoncelista Guilhermina Suggia, Matosinhos; Conjunto Alegórico a Luís Vaz de Camões e a Vasco da Gama, Monpellier, França; Conjunto Escultórico de Homenagem aos Bombeiros, Torre de Moncorvo; Conjunto Escultórico de Homenagem ao Carteiro, Bragança; Monumentos Alegóricos a D. Dinis e Rainha Santa, Vila Flor; Estátua a Eça de Queirós, Canelas; Estátua da Senhora do Douro, Freixo de Espada à Cinta; Monumento “ aos Homens do Mar”, Praia da Vitória; Estátua de Abel Salazar, Porto; Conjunto Alegórico de Homenagem ao Emigrante, Valpaços (em parceria com o Arq. Gonçalo Castro Henriques); Monumento alegórico aos 500 Anos da Misericórdia de Braga.
José Saramago, 2007 Resina Patinada 600x400x450 N. Inv. 1580
Guilhermina Suggia, 2003 Resina Patinada 550x300x400 N. Inv. 1579
ISABEL LHANO Isabel Lhano, natural de Vila do Conde, é licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes do Porto e foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian nos anos 1971 e 1972. É Professora efectiva de Educação Visual na Escola E.B. 2/3 Frei João, de Vila do Conde. É autora de projectos como “Mom’arte” ou “Homenagem a Sónia Delaunay” da C. M. de V. do Conde, onde o design da edição é também da sua autoria , foi co-responsável pela organização e membro do júri de selecção e premiação - Convento do Carmo, V. do Conde, 1998. Em 1992, foi responsável pela programação e direcção artística da Galeria do Auditório Municipal de V. do Conde. Desde 1974 tem intervindo na área das Artes Gráfias e Comunicação Visual - Murais Urbanos; cenografi; painéis de interior; design de cartazes; maquetagem gráfia de catálogos de exposições; design têxtil e ilustração de livros escolares. Desenvolve desde 1994 formação artística particular a alunos, no seu atelier. Directora Artística da Galeria Delaunay, V. do Conde, de 1996 a 1999. 1º Prémio do Concurso Gráfio da Sarrió, com o catálogo da exposição “Acto do Corpo”, SNBA. Edição de serigrafia pelo Centro Português de Serigrafi, Lisboa, 1999. Representada nos Museus: Amadeo de Souza-Cardoso; Arte Contemporânea, V. N. de Cerveira. Encontrase representada ainda na Delegação Norte do Ministério da Cultura e na Fundação Eng.º António Almeida, Porto. Edição em 2000 de serigrafi, a convite da Delegação Norte do Ministério da Cultura. Em 2001, a convite do H. Arte 01, organizou a Exposição Colectiva no Planetário do Porto. Autora das capas de livros: Editora Campo das Letras, “Estou escondido na cor amarga do fi da tarde”, Valter Hugo Mãe; Editora Quasi, “Súmula da Negação”, João Rios; “No Parapeito”, Rita Ferro Rodrigues; “Malva 62”, Daniel Maia Pinto Rodrigues; Editora QuidNovi, “O Nosso Reino” (2.ª Edição), Valter Hugo Mãe. Em 2004 participou no livro de aniversário da Quasi Editora “Afectos e outros afectos” com prefácio de Mário Soares. 2007 - Participação no júri da “Erótica” - Auditório de Gondomar, Porto. Capa e ilustrações do CD “Maldoror” dos Mão Morta. Prémio Erótika 2009 - Bienal de Arte Erótica de Gondomar. Ilustrações do livro juvenil “O Rosto”, Valter Hugo Mãe.
Juncos, 2011 Acrílico s/ tela 800x800 N. Inv. 1508
J. ELISEU (FILHO) J. Eliseu (fiho) - Coimbra/1951 – www.eliseu.com Actualmente gerente da Artes & Restauros, empresa vocacionada para a criação, conservação e restauro de obras de arte, dando seguimento a uma tradição familiar com séculos de experiência. A par deste trabalho surgiu a paixão pela pintura paisagística, retratos de um Portugal quase desaparecido, costumes do mundo rural praticamente inexistente, descambando de quando em vez por outros temas, desde o retrato ao monumental consoante a necessidade de evasão e de inspiração, fazendo por vezes algumas “surtidas” ao campo da pintura intervencionista. Homenageado no ano 2000 pela Câmara Municipal da Lousã pelos seus 25 anos de Carreira Artística e, mais recentemente no ano 2015, pelos seus 40 anos. Encontra-se representado no Museu Sarah Beirão, na Universidade de Coimbra, no Turismo de Pombal, Tokushima - cidade geminada com Leiria no Japão, Museu Álvaro Viana de Lemos, Instituto Superior de Viseu, Museu Díonisio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, Biblioteca de Tomar, Presidência da República portuguesa, assim como em numerosas colecções particulares, tanto nacionais como estrangeiras, designadamente: nos E.U.A., França, Espanha, Brasil, Canadá e Noruega. Prémios: - Lausus 2012 - Atribuição do Prémio Carlos Reis (Artes Plásticas, Design e Arquitetura) Câmara Municipal da Lousã
Porto da Carrasqueira, 1989 Óleo s/ tela 360x520 N. Inv. 0733
JOSÉ RODRIGUES Nasceu em Luanda, em 1936. Formado em Escultura pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Foi fundador e Presidente da Direcção da Cooperativa Árvore, Porto. Em 1994, foi condecorado com o grau de Grande Ofiial da Ordem do Infante D. Henrique. Já executou mais de 100 medalhas para diversas entidades, encenou várias peças de teatro em Portugal e no estrangeiro, colaborou com poetas e escritores na ilustração de livros. Realizou vários monumentos e esculturas em Portugal e no estrangeiro: Paços de Ferreira, Arcos de Valdevez, Paredes de Coura, Macau, New Bedford, Porto, Viana do Castelo, Vila do Conde. Expõs individualmente desde 1964. Participou desde 1973, em várias exposições colectivas em Portugal e no Estrangeiro nomeadamente em S. Paulo, Viena, Madrid, Veneza, Budapeste, Washington, Índia, Porto, Lisboa, Bremen, Düsseldorf, Kassel, Caminha, Luxemburgo. Foi premiado diversas vezes, destacando-se: Prémio Amadeo Souza-Cardoso; Prémio da Imprensa pelo melhor espaço cénico realizado em Lisboa (1972); Prémio de Escultura da Bienal de V. N. de Cerveira (1980); Prémio Soctip “Artista do Ano” (1990); Prémio “Tendências de Arte Contemporânea em Portugal” atribuído pela C. M. de St.ª M. da Feira (1994); Prémio de Artes Casino da Póvoa (2010). Está representado em várias colecções particulares e museus, no país e no estrangeiro.
Senhora do Ó, 2006 Bronze pintado e patinado 265x285x690 N. Inv. 1567
Anunciação, 1999 Bronze 450x600x100 N. Inv. 1567
Desenho Mulher, 2014 Caneta s/ papel 400x500 N. Inv. 1568
Desenho Homem, 2014 Caneta s/ papel 400x500 N. Inv. 1567
JOSÉ RODRIGUES E RAQUEL ROCHA
Desenho Mulher, 2014 Caneta s/ papel 400x500 N. Inv. 1568
JÚLIA CÔTA “Júlia Côta nasceu a 26 de Dezembro de 1935 na freguesia de Galegos Santa Maria. Filha da lendária artesã Rosa Côta e neta de João Domingues Côta da Rocha, pai do Galo de Barcelos, desde tenra idade que a artesã Júlia Côta começou a trabalhar no barro. As suas obras artísticas nascem do imaginário popular minhoto, como o Galo de Barcelos, Camponesas, Músicos e outros motivos tradicionais da região. Contudo, Júlia Côta dá asas à criatividade modelando figuras burlescas à luz da sua imaginação, como é o caso dos famosos Diabos. “Estes meus Diabos são tão bonitos de tão feios que são”, afirma a artesã de sorriso nos lábios. A artesã Júlia Côta aderiu ao processo de certificação do Figurado de Barcelos, e o seu trabalho é amplamente reconhecido, quer pelas formas das figuras apresentadas quer pela riqueza das suas cores.” in https://www.artepopular.pt/artesaos
Mulher do Minho, 2016 Cerâmica 600x240x240 N. Inv. 1589
JÚLIA RAMALHO “Júlia Ramalho nasceu a 3 de maio de 1946, em Galegos S. Martinho. Apesar do pai ser ceramista, foi a avó, a mestre artesã Rosa Ramalho, a sua grande fonte de inspiração e com quem Júlia cedo aprendeu a moldar o barro. No início era apenas a neta da conhecida ceramista Rosa Ramalho. Contudo, o seus genes artísticos e a sua resiliência acabaria por lhe dar a devida notoriedade. Bons exemplos disso são as suas obras “Padre Inácio” e “Os setes pecados mortais”, que a colocaram na lista dos melhores artesãos de Barcelos. As suas criações artísticas identificam-se pelo vidrado em tons de mel, que aplica na maioria das suas representações, como medusas, cristos, cabeçudos entre outros. A artesã Júlia Ramalho aderiu ao processo de certificação do Figurado de Barcelos e, em 2012, obteve o prémio Carreira na 2ª edição da Gala do Artesanato de Barcelos.” in https://www.artepopular.pt/artesaos
Mulher do Minho, 2016 Cerâmica 600x200x160 N. Inv. 1589
LDTS Luís Joaquim Dias Teixeira da Silva nasceu a 15 de Março de 1963, em Irego, no distrito da Zambézia, Moçambique e veio para Portugal em 1978. A sua ascendência escocesa e a sua área profissional ligada às Telecomunicações levam a sua experiência na arte de fotografia, uma paixão desde cedo, a explorar a comunicação da paisagem alheia de gentes por entre reflexos, neblinas e uma mística quase permanente. Um caminho sempre com movimento e memórias que tocam uma autobiografia transcendente. Entre os anos 2009 e 2010, um problema de saúde levou-o à cegueira. A luta por reconquistar o seu mundo na sua cromática tão sentida, permitiram-lhe o recuperar da visão redobrando a paixão por captar momentos de uma paisagem com a sua câmara. Desde 2011 que a sua tarefa humanizadora por policromias semi-obscuras através da fotografia, enredou por um psiquismo de autopromoção e de leituras íntimas para com tudo o que o rodeia: permissão de isolamento e de interiorizar o outro.
Salazar. Percurso, 2012 Fotografia 300x400 N. Inv.1511
LAUREN MAGANETE Lauren Maganete fascina por cada instante que partilha com a objectiva que a acompanha em permanência, numa dádiva de construção de uma identidade e interioridade que comunica connosco, de forma impune e transversal em temperamento que não cessa de transgredir… amando. Nessa paixão que nos contagia, fala-nos de si e da sua permanente viagem… porque ela é de permanência… mas em contínuo movimento. A sua fotografia é a simplicidade do todo, do conjunto, do percurso no quotidiano que não esgota. O compromisso com os passos que esbarram permanentemente com os seus flashes, cantando memórias que fecundam a alma no ventre da vida. Desta fotografa já muito falámos nas suas várias participações em projectos e trabalhos na Fundação e tendo duas obras na nossa Colecção de Arte: A Chave e O Rótulo, para além da galeria de retratos de Artistas que por cá passam, como de Eunice Muñoz. Os Flashes de Lauren Maganete que aprisionam, ou se apropriaram, desses despojos de um dia em uma cidade e, assim, os resgatou, em nós que os olhamos, numa simbiose laboriosa dos sujeitos. Numa gramática fotográfica e criadora que transpõe a própria fragilidade do hiato temporal, colocando-nos ante o que somos: Um intervalo de Tempo. Despojos… Vieira Duque
Os cavalos também se abatem, 2017 Fotografia digital 500x700
Despojo 1, 2016 Fotografia digital 800x1200
O Rรณtulo, 2015 Fotografia com retoque e tratamento digital 360x520 N. Inv.
A Chave, 2015 Fotografia digital 500x750
LEVI GUERRA Professor Doutor Levi Guerra, natural de Águeda, médico, Professor Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e reformado como Diretor de Serviço do Hospital de S.João, especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Ordem dos Médicos; fundador e ex-Director dos Serviços de Nefrologia do Hospital de Santo António e do Hospital de S. João; ex-Director do Hospital de S. João; “fellow” do American College of Physicians, membro honorário da Academia Brasileira de Medicina, da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e da Sociedade Portuguesa de Nefrologia; Presidente da Direcção do Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes, no Porto. “Prémio Nacional de Saúde 2013” do Ministério da Saúde, “Prémio de Saúde do Jornal Veritas 2014” e “Prémio Envelhecimento Ativo Drª Maria Raquel Ribeiro 2015”, da Associação Portuguesa de Psicogerontologia. Percurso artístico: 22 Exposições individuais de pintura; 2 livros de poesia publicados. Esta obra foi doada à Fundação pelo autor a 28 de Novembro de 2015, pela homenagem prestada a si e à sua Carreira Académica, ao seu percurso pessoal e ao valor como Pessoa de Cultura e das Artes. Primeiro ano do evento Caminhos de Memória
Auto-retrato, 2000 Óleo s/ tela 1300x1000 N. Inv. 1566
Que é pintar? Pintar é também investigar… Mas é mais que investigar, Porque é criar! É inovação! Nunca reprodução! É termómetro de emoções, E produto de tenções… É espelho dos anímicos interiores E alívio dos súbitos terrores… É registo do que do homem transpira, Do que o afaga e do que o fia… Do que lhe ocorre e imagina, E do que lhe acontece, por sina! Afial, tem muito de mistério, E é um reconfortante refrigério. A Minha Arte Arte, o que é em mim? O que me traduz! O meu pensar, O meu crer, O meu amar, O meu sofrer, O que recebi de luz… Que foi, Oh! Vida!, o plasmar-te!... Longos dias, E anos, muitos, À janela Aberta ao mundo, Memórias fiadas, Danos recordados,
Senhora, 2013 Acrílico s/ tela 1300x1000 N. Inv. 1509
Visões retidas, Sensações vividas, Ousadias sonhadas, Paisagens contempladas, Paixões sofridas, Alegrias experimentadas E as dores de derrotas tidas, E as evocações das vitórias conseguidas… Tudo o que me tocou fundo Na tela, ou no papel, gravei Porque partes do meu mundo Que vivi e não sonhei… Levi Guerra
LOPES DE SOUSA Lopes de Sousa, natural de Aveiro-Frequentou o Instituto Universal Brasileiro e a escola Álvaro Torrão nos anos 70. Dedica-se à pintura e escultura desde o ano de 1975. Sócio e artista de várias associações nacionais, nomeadamente da (ANAP) Associação Nacional dos Artistas Plásticos/Portugal Participou em diversas exposições individuais e coletivas, nomeadamente algumas de grande destaque: Museu Teixeira Lopes - V. N. Gaia, Museu Amadeo Sousa Cardoso Amarante, Museu de Lamego, Museu de Arouca, Museu da República - Aveiro, Museu de Vouzela, Museu da Diocese de Lamego, Fundação Eugénio de Almeida - Porto, Centro da Unesco - Porto, Galeria o Primeiro de Janeiro - Porto e Coimbra, Galeria da Restauração - Porto, Galeria Vandoma - Porto, Galeria Vieira Portuense - Porto, Galeria Almedina Coimbra, Galeria da Mutualidade - Coimbra, Galeria Éborense - Évora, Galeria Samora Correia - Albufeira, Galeria Paços do Concelho - Aveiro, Galeria paços do concelho - Viana do Castelo, Câmara M. de Arcachon – França, Galeria Inca - Venezuela, Galery Twenty Four - Berlim, Paris e Atlântida, Galeria Casa dos Crivos - Braga, Academia de Belas Artes - S. Paulo, Galeria sala aberta - Maiorca - Espanha, Galeria sala de Camões - S. Paulo, Embaixada de Bruxelas, Museu da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro - Águeda, Museu de O. de Azeméis, Centro de Congressos de Aveiro, Museu do tropeiro - Brasil, Fundação Carlos Drummond de Andrade - Brasil. Bienais Internacionais: Vendas Novas, 510 anos de descoberta do Brasil, Academia de Belas Artes Sant`Ana - S. Paulo, Palcos Cruzados - Museu de Arouca, Feira Internacional de Berlim (Designer). Prémios: Feira Internacional em Berlim (designer) - 1999, platina, ouro e prata - Artes pelo Mundo - “S.MOLINERO” - 2010, Artmageur-França-prata-2009 e 2010. Menções honrosas e certifiados de presença (vários). Os seus trabalhos já provocaram reportagens em diversos programas de TV -SIC- “Regiões”, TV - Itabira - Brasil, em diversos jornais e revistas Nacionais e Estrangeiras bem como das rádios nacionais e estrangeiras. No ano de 2006 e 2009 – Venezuela - realizou viagens de estudo, onde teve contactos com várias entidades ligadas às artes (Instituto Municipal Cultura y Arte). Seguidamente viajou para o Brasil em 2011 e 2012,onde realizou várias exposições nas quais algumas de destaque: Fundação Carlos Drummond de Andrade – Vídeo - Youtube Exposição prelúdio de Portugal 2015-Organizou os seus 40 anos na arte na Galeria Municipal de Oliveira do Bairro; Exposição no Museu Etnográfio de Mira e em várias coletivas do Aveiro - Arte
Rio Águeda, 1994 Óleo s/ tela 230x180 N. Inv. 0778
Margem do Rio Águeda, 1994 Óleo s/ tela 550x460 N. Inv. 0775
LUIS PEDRO VIANA Luís Pedro Viana da Cunha Firmino nasceu em Viana do Castelo, 1943. Formou-se na área da Engenharia. É autor de diversas pinturas e poesias desde 1964, com intervenções na ilustração. Expôs em diversas galerias e museus, com exposições individuais e colectivas. Eu sou como um pássaro (25-12-1995) Eu sou como um pássaro Voando sobre a tua cabeça Ganho altura Quando ouço que tu suspiras Solto as asas da aventura. No alto vejo a nobreza do teu olhar verdadeiro E fico pairando como a vida conquistar primeiro. O sol casa com o calor O mar beija a tua terra. E ao cair da noite Teus braços abertos Recebem em prata Quanto do mundo esperas. Eu sou como um pássaro Voando mais alto E de ficar mais pequeno No teu olhar nada valho. É a distância o que tenho Valor do amor que te dou É assim; sou como sou. Chovem as primeiras gotas Da época do meu Outono. No Inverno que avisto É mais lento o voar Mas grato à vida fico Poder contigo… chorar. Eu sou como um pássaro Livre no meu Olhar. Paradigmas, 2013 Acrílico s/ papel Canson 650x500 N. Inv. 1510
LUISA PRIOR Nasceu em Santa Marta de Penaguião. Reside e tem atelier em V. N. de Gaia. Tem cursos de Técnicas de Desenho da F.B.A.U.P., Pintura e Desenho na UATIP e Oficina de retrato da Casa Museu Marta S. Ortigão (Porto). É membro de diversas associações artísticas. Está representada em espaços como os Municípios de Guimarães, V. N. de Gaia, Sta. Marta de Penaguião e Vila Real; Museu de Mira; Fundação Eng.º António de Almeida; Clube Literário do Porto; Casa da Beira Alta; Ordem dos Médicos e Ordem dos Engenheiros; Galeria Majestic; Teatro Municipal de Vila Real; Casa de Portugal, Paris; Livraria Orpheu, Bruxelas; em colecções particulares em Espanha, França, Bélgica, Itália, Ucrânia, México, Holanda, Suécia e E.U.A.. Foi artista convidada nas Exposições: “1000 Anos de História”, Leça do Balio; “ Quinzena Cultural”, S. Mamede de Infesta; Exposição Internacional “Movement”, Biblioteca Sta. Maria Feira; VI Bienal de Artes Plásticas Rotary Club, Maia. Foi homenageada em Sta. Marta de Penaguião, 2008; comissária nas exposições “De mãos dadas com a arte”, Fundação Inatel, Porto, “Despertar das Artes” e comissária de honra na “2ª Bienal Internacional Mulheres D`Artes”, Museu Municipal de Espinho e Artista convidada no “Encontro de Arte - Amor em mim” Auditório Douro Azul, Porto, 2013. Artista convidada pela Galerista Olga Santos para Arts Talks world fine Arts Festival na Cordoaria Nacional. Participou em mais de 50 exposições individuais e mais de uma centena meia de exposições colectivas, em diversos locais de Portugal e no estrangeiro como em Santiago de Compostela e Poyo, Toledo Castelo Medieval Oropesa (Espanha), Estocolmo (Suécia), Paris (França), Bruxelas (Bélgica), Viena (Áustria) e Izmir (Turquia). Recebeu o Prémio Literarte Internacional de Escultores e Artistas, Museu do Oriente, 2014.
Folha caídas, 2011 Acrílico s/ papel 450x300 Nº Inv. 1496
Em grupo, 2014 Técnica Mista s/ madeira 330x330 Nº Inv. 1498
Outro Planeta, 2014 Técnica mista s/ madeira 330x330 Nº Inv. 1497
MANUEL XAVIER Nasceu em S. Tomé e Príncipe em 1947. Curso Complementar de Pintura em 1976 pela Escola Superior de Belas Artes do Porto. Foi bolseiro de S. Tomé e Príncipe em 1971/76. Ilustrou livros didácticos para Angola em 1973. Foi professor do 5º. Grupo do ensino Básico no período compreendido entre 1968 e 2008. Está representado em várias colecções particulares em Portugal e no estrangeiro, nas Câmaras Municipais de Vila Nova de Famalicão, de Aveiro e de Vila Nova de Gaia, Fundação Engº. António de Almeida, Grupo BCP, Grupo Totta, Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física no Porto e Hotel Ipanema Park – Porto. Expõe individualmente desde 1985, tendo realizado até ao presente dezanove exposições de pintura e cerâmica em galerias comerciais, espaços municipais e outros. Expôs em grupo com outro artista pintor duas vezes e participou em mais de cem exposições colectivas, bienais de pintura, escultura e de gravura. Referenciado em vários artigos na imprensa portuguesa. Citado no livro “Artes Plásticas Portugal - O Artista, seu Mercado”; no “Anuário das Artes Plásticas” - nº 2 - Estar Editora; Catálogos “O deslumbramento da cor e do risco”, 1995; “A Magia da Cidade”, 1997; “O Desenho valsa na l uminosidade da cor”, 2000/Margarida Santos; ”A coerência de Xavier”, 2001/Júlio Resende; ”Ritmo e fantasia”, 2005 e “Sedução” 2009/Margarida Santos; no “50 Anos de Pintura, Escultura em Portugal - Universitária Editora, Lda. E Magazine Europa - Especial Arte – Lusopátria; Participação na ilustração de “Os Lusíadas”, 2004 – GESPIE Global Systens Publicity. Obra Pública: “Painel Artístico em Ferro e Cerâmica (3 m x 95 m)” Novo Mercado Municipal de Tavira. www.xavier-artistaplastico.com
A dança, 2005 Acrílico s/ tela 800x1000 N. Inv. 1523
Sem título, 2007 Cerâmica 410 x 460 x 260
MARGARIDA SANTOS Nasceu em 1946. Obteve a Licenciatura em Escultura na E.S.B.A.P., 1968. Foi bolseira da Gulbenkian antes e depois do Curso. Foi professora entre 1968 e 2006. Orientadora pedagógica da Direcção Geral do Ensino Básico; Orientadora da equipa da Educação Visual da Telescola; Autora, apresentadora e colaboradora de programas culturais da imprensa, da rádio e da televisão; directora artística da Galeria da Praça. Autora de obra pública e privada na área da Escultura: bustos, retratos, relevos, troféus, múltiplos, medalhas e monumentos; de programas radiofónicos e de artigos de opinião, crítica e crónicas na imprensa falada e escrita; de textos críticos para catálogos de exposições. Responsável por cursos para orientadores de professores, filmes pedagógicos e didácticos, diaporamas. Autora e ilustradora de poesia e de obra gráfica. Autora de monumentos de grande escala implantados no país e no estrangeiro. Realizou dezenas de exposições individuais dentro e fora do país. Participou em centenas de mostras colectivas. Desde 1968 até à actualidade desenvolve profícua actividade na área Literária e nas Artes Plásticas - escreve, desenha, pinta e sobretudo esculpe. A sua casa-atelier situa-se em Canelas, Gaia.
Excesso, 2005 Bronze 570x370x240 N. Inv. 1512
Cânone da Harmonia, 2003 Escultura em Bronze 2160x600x600
Luz Íntima I, 2017 Grafite s/papel Caballo 100 510x730 N. Inv. 1617
MARIA GUIA PIMPÃO Nasceu em 1945, natural de Peraboa (Covilhã) e reside em Coimbra. Frequentou o Círculo de Artes Plásticas em 1971/72 e, desde 2007, frequenta a Oficina Livre de Pintura da Árvore, Cooperativa de Actividades Artísticas, Porto, com orientação do Mestre Alberto Péssimo. Expõe desde 2004, tendo realizado cerca de 40 exposições individuais. Participou em mais de 60 exposições colectivas nacionais e internacionais. Obteve Menção Honrosa de Prata 2012, e Menção Honrosa de Ouro 2014, no “Prémio Mário Silva”, pela Associação da Amizade e das Artes Galego-Portuguesa. Ilustrou a acrílico a obra poética de Leocádia Regalo, Lia no País da Poesia, Palimage. A sua pintura é sobretudo fiurativa. As cores intensas e a vertente humana dominam a sua obra. É uma pintora de afectos: Pinceladas ritmadas e leves que provocam a sombra e a vida cândida e bucólica perspectivada nos animais quando presentes; exercício mediúnico que nos dá o universo artístico e amoroso, transportando-nos de forma cénica ao palco duma historicidade presente e latente em movimentos circulares, moldando sonhos que comprometem o espectador.
E por vezes as noites duram meses..., 2012 Acrílico s/ tela 730x930 N. Inv. 1515
MARIA SANTOS Nasceu em 1960 e desde muito jovem manifesta a sua vocação para as Artes Plásticas, nomeadamente na pintura de cenários e cartazes de eventos socioculturais, alguns deles efectuados no atelier do Teatro Sá da Bandeira,1980. Licenciada em Direito, abandona a perspectiva de uma carreira jurídica para se dedicar exclusivamente à pintura a partir de 1992. Estudou Desenho e Arte Publicitaria no Atelier de Francisco Nunes e especializou-se nas técnicas e métodos de Betty Edwards. Tem formação em Arte e Espaço Público, História de Arte Contemporânea Portuguesa, Gravura e Litografia na Escola Superior Artística do Porto – ESAP.
A iniciativa de pintar a obra de título “Rio Águeda”, deveu-se a vontade de, humildemente, homenagear a cidade, através do projecto Estações de Arte participando na colectiva de título Outonos Inquietos, na Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro. Esta obra irá fazer parte do espólio da Fundação. Uma primeira mancha, intuitiva, nascia na tela, seguindo-se-lhe uma outra, reflexiva, e outras, mais conscientes, originando um jogo de formas que, a passo e passo, se definiam. Foi fundamental a harmonia tonal para tornar possíveis os movimentos expressivos da obra. Os tons negros da terra e da água são similares no isolamento e no repouso. O Vazio aparente da ausência de personagens implica a plenitude da presença. Elas estão implícitas no silêncio, onde se torna possível o sentir e o pulsar das inquietudes.
Rio Águeda, 2014 Óleo s/ tela 600x700 N. Inv. 1514
MARILYN MARQUES Marilyn Marques, nasceu em Caracas, 1979. Vive em Águeda desde 1989. Estudou na Escola Secundária Marques Castilho, licenciou-se em fotografia pela Escola Superior de Tecnologia de Tomar (ESTT) e passou pelo jornal O Público. Interessa-se particularmente pela vertente documental e fotojornalística, tendo os seus trabalhos participado em exposições coletivas na Galeria Municipal da Cidade da Horta (2005) e na Quadrienal de Praga (2007), no âmbito do projeto “Architectures on Stage” de João Mendes Ribeiro. Mais recentemente, em 2015 expõe na Fundação Dionísio Pinheiro & Alice Cardoso Pinheiro com “A Fotografia como autobiografia do olhar” e “Deambulações Noctívagas - Entre, espreite ou ignore” e em 2018 inaugura a exposição “Retratos na Mala. Actualmente trabalha como freelancer em parceria com várias entidades. Na sua obra Documental, Marilyn transporta-nos por viagens de instantes, numa paixão arrebatadora por gente e ambientes quotidianos, diurno e nocturno, num êxtase e fulgor de um só folego, pois só no momento, o instante, ou seja, não se repete, não o permite, instigando o observador a portar-se como a objectiva da sua máquina: ZÁS! FLASH! O mundo num momento, no olhar de Marilyn por trás da máquina que manuseia e domina como um impulso sexual arrebatador. A Arte da fotografia é isto: Permanência do Momento. Vieira Duque
Retratos na Mala - Série Macau IX, 2016 Fotografia 800x1000 N. Inv. 1656
Retratos na Mala - Série Vietman V, 2016 Fotografia 800x1000 N. Inv. 1657
Marilyn Manson, Festival SBSR, Lisboa, 2005 Fotografia 400x500
Blasted Mechanism, Festa do Leitão, Águeda, 2016 Fotografia 400x500
Lucem Orgasmic, 2003 Fotografia Analógica c/impressão em gelatina de prata, papel Kodac Polimax II RC 200x160 N. Inv. 1639
MICHAEL BARRETT Michael Barrett, pintor português, nasceu em Paris a 13 de Fevereiro de 1926 (filho de mãe inglesa e pai francês). Veio aos 9 anos para Portugal. Foi o arquitecto Gil Graça que o incentivou para a pintura. Morreu a 6 de Maio de 2004, em Cascais. Sendo, sem quaisquer dúvidas, uma referência na arte portuguesa do séc. XX, Barrett acentuou uma modernidade no seu trabalho pictórico definida pela extraordinária sensibilidade que incutia nas representações do quotidiano que por onde passava o apaixonavam. Uma viagem interior de análise do Mundo - devassando a realidade - e que nos transmite a respectiva amplitude dos sentimentos, valores e emoções numa paleta muito própria e intimista quer na profusão de cores a óleo, acrílico ou aguarela, como no diálogo solitário das manchas preto/ cinzas - caso desta obra - em aguarela que completam o traço e tinta da china que definem roteiros de cada existência; tal como os desenhos a caneta apresentando ruas que convidam ao ser social ou, ao invés, a uma solidão sentida, pressentida e mantida como necessária. A pintura de Barrett é também autobiográfica, mesmo quando o outro não está em si, mas aceitando e valorizando as diferenças e promovendo a multiplicidade de cada um de nós a partir de si mesmo: criando cenários e humanidades. Uma democratização no trabalho artístico que toca o neorrealismo, fugindo dos padrões convencionais e academismos da moda. No entanto, influenciado de forma marcante por uma escola impressionista/ expressionista, tendo como referências o mestre Henri Matisse, que admirava como a nenhum outro pintor. Por isso, nas suas composições pintou apenas o essencial.
A Mordaça - Fernando Pessoa , 1993 Óleo s/ tela 550 x 740
MÁRIO MATOS Mário Matos nasceu em Vagos, distrito de Aveiro, a 10 de Julho de 1931. Estuda pintura durante vários anos, quatro dos quais foram dedicados exclusivamente ao desenho, tendo por professor Jean Cazaux, consagrado mestre da Vista Alegre. Foi emigrante durante vinte anos no Brasil e Estados Unidos da América. Regressa a Portugal e a pedido de alguns amigos, volta a pintar. Faz várias visitas de estudo no estrangeiro, daí os seus muitos motivos de outros países. Está representado em inúmeras coleções particulares um pouco por todo o Mundo (Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Brasil, Estados Unidos da América e Japão) e em museus nacionais.
Moliceiros I, 1989 (1931 - ) Óleo s/ tela 503x814
NUNO HORTA REALIDADE PARALELA O rosto humano identifica o indivíduo perante o outro e perante si próprio, medeia as relações, é o que temos mais visível de uma noção de identidade. Quanto se pode dizer sobre alguém que não conhecemos, apenas pela imagem da sua cara, lendo e descobrindo a vida que está gravada na sua face? A máscara transforma essa percepção do real e projecta-nos para a dimensão do mistério. Atrás da máscara há uma pessoa que se oculta e exibe uma identidade alternativa. Quem é? Por que se mascara? Haverá semelhanças entre o seu rosto e a máscara que ostenta? Preferiria que ela fosse o seu próprio rosto? É por vergonha que alguém se esconde ou simplesmente por que não quer ser visto? Há um lugar para uma alma oculta mesmo em frente de uma câmara? Talvez usemos todos os dias máscaras invisíveis até sermos forçados a assumi-las. O único verdadeiro desejo é aquele que não se concretiza. A beleza consome mais quem não a vê. Imaginemos uma realidade com duas dimensões paralelas e coexistentes. Uma dessas dimensões seria simplesmente aquela em que vivemos, onde existimos como nós próprios. A segunda, uma realidade alternativa na qual todos teríamos um outro eu, uma projecção num mundo sem condicionantes de qualquer ordem, uma existência quase cinematográfica num imaginário assumidamente obscuro. Quem são as personagens que Nuno Horta cria para fotografar? E em que medida modelos e personagens podem ser um só pela imagem, num imaginário alternativo, de sonhos perturbadores? Os trabalhos fotográficos de Nuno Horta estabelecem essa passagem. O seu olhar interpreta as pessoas que vê numa dimensão real, para depois as transfigurar. Num exercício de descoberta desse eu tenebroso, estabelece-se então uma manifestação visual de um certo apelo oculto que se aloja nos mais inacessíveis lugares da mente humana. Esta ficção artística é tão sombria quanto fulgente. A atmosfera é terrorífica, mas enigmaticamente sedutora. Onde se estabelece a fronteira? O fascínio de Nuno Horta por esta dicotomia entre o bem e mal, se assim se pode definir, é também o resultado da sua juventude rebelde, marcada por influências góticas e punk, e por uma sede latente de transgressão. A série White Wedding é mais uma imersão neste universo desconcertante, porém com um belo sempre presente e onde a ironia e o humor marcam também o seu espaço. Desta vez, tornando invisíveis não só os rostos mas também os corpos de dois improváveis nubentes, de uma singular cerimónia vinda de um sonho negro fotografado a branco. O festivo retratado com ligaduras. Sorrisos de rostos não revelados. A união de dois seres estranhos, inexistentes. Cruzes e armas, karaokes de defuntos, uma criança de plástico, brindes e um cutelo. A dança entre vida e morte satirizada pela lente. Sérgio Currais
Maio, 2014
Pray - Série White Wedding, 2014 Lambda print 1500x1000 N. Inv. 1613
OTÍLIA SANTOS Nasceu em Albergaria-A-Velha. Formou-se em Artes Plásticas pela ESBAP, 1978. Foi professora do ensino secundário durante 30 anos, estando presentemente aposentada assumindo plenamente a sua actividade de artista plástica. Vive pela emoção e o que permanece na sua obra artística é a poesia e o simbolismo. O desenho a pastel caracteriza-se pelas formas de folhas, flores, frutos, pássaros, pelos rostos de querubim, alguns de estética naïf, que na indefinição do contorno dos corpos, reflectem sobre o feminino e sobre o mito, num exercício que pode ser de catarse e/ou descoberta. Um pouco no seguimento das propostas apresentadas nas exposições de 2010 “Basta uma flor, basta uma asa…” (Casa da Cultura de V.N. de Gaia) e “Espírito do Tempo” (Cooperativo Árvore), a técnica já não tem como base o desenho a pastel. Surpreende pelo experimentalismo, pela riqueza plástica e matéria das obras, pela diversidade de técnicas e materiais e sobretudo pelo branco, cor símbolo da paz e da pureza, mas também “cor da luz” por nela se reflectirem todas as cores do espectro solar, as cores do arco-íris. O processo criativo, contudo, é inquieto e experimental. A artista parte da recolha, reutilização e reciclagem de material usado, produto do desperdício que ao longo de uma vida nós, seres humanos coleccionadores – acumuladores, vamos juntando. São restos de molduras, placas e varetas de acrílico, pedaços de madeira, pedras de praias algarvias, paus e pedras de outras praias folhas utilizadas numa tapeçaria feita em Coimbra, uma toalha de renda, um prato que cai e adquire uma forma interessante, estilhaços de CD’s, espelhos, rendas, tules, etc.. Tudo é matéria imaterial e na fusão deste tudo, com o branco da tinta, nascem obras de texturas ricas, plasticamente complexas.
Flor I, 2013 Técnica Mista 800x600 N. Inv. 1517
Flor II, 2013 Técnica Mista 800x600 N. Inv. 1518
PAULO PEREIRA | PAPER Nasceu em 1963 em Coimbra, cidade onde residiu até concluir o ensino secundário. O gosto pelas artes e a vontade de aprender a desenhar vem da infância, mas foi na adolescência, com a frequência assídua no CAPC (Círculo de Artes Plásticas de Coimbra), seguindo os conselhos técnicos da pintora Túlia Saldanha, e ouvindo atentamente as palestras do mestre Alberto Carneiro, que percebeu que as artes teriam de fazer obrigatoriamente parte da sua vida. Em 1982 mudou-se para o Porto onde frequentou a Escola de Belas Artes daquela cidade. Em 1987, concluída a licenciatura em artes plásticas (pintura), regressou à sua terra natal onde ingressou na vida profissional como professor. Paralelamente à atividade docente desenvolveu vasta obra em design gráfico e de comunicação, tendo criado e gerido duas empresas nesta área de atividade. O design (mais uma das suas paixões) fê-lo voltar aos estudos, tendo concluído em 2004 o curso de mestrado em design industrial da FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). Desta frequência resultaram vários projetos de produtos, 3 deles patenteados e um apresentado no programa televisivo Shark Tank, em 2016. Contudo, a pintura tem sido a constante da sua vida. Encara-a de forma diversa, abordando diferentes orientações estéticas que gere por projetos em simultâneo. O seu processo criativo inspira-se nos materiais e nos processos de execução, mais do que numa (com)figuração previamente delineada. O resultado é fruto do processo, sendo por isso tão diversificado quanto os processos utilizados. A esta diversidade criativa soma-se uma vasta produção, o que tem permitido a realização de diversas exposições ao longo dos últimos anos. Nesta podemos contemplar uma amostra dos caminhos percorridos.
Coruscare III, 2016 Óleo s/ tela 600x1000 N. Inv. 1666
PEDRO D’OLIVEIRA Artista plástico da região de Anadia. Representado em múltiplas coleções particulares e institucionais, quer em Portugal quer no estrangeiro. Maioritariamente fiurativos, os seus trabalhos remetem quase sempre para o imaginário dos contos infantis e para temas bíblicos, tudo expresso de modo muito genuíno, através de múltiplas formas plásticas e cores intensas. Bacharelato em Artes Plásticas / Pintura da ESAD, Caldas da Rainha. Licenciatura em Pintura na ARCA / EUAC, Coimbra e profisionalização em Serviço, Universidade de Aveiro. Professor de Educação Visual. Participou em mais de 50 exposições coletivas e 30 individuais desde 1993.
Última Ceia, 2018 Óleo s/ tela 900 x 12000 N. Inv. 1665
PRÉMIOS ARTÍSTICOS MATEUS A. ARAÚJO DOS ANJOS 2015
DIOGO ARAÚJO
Masculino, 2015 Carvão e grafie s/ papel 670x520 N. Inv. 1582
JAIR ANJOS
Undressed, 2015 AcrĂlico s/ papel 650x500 N. Inv. 1581
RAQUEL ROCHA Nasceu no Porto, 1976. Concluiu o Curso de Desenho em 1998 na Escola Superior Artística do Porto. Colaborou ilustração do livro “Histórias da Ajudaris”, 2012 e 2013. Pontualmente faz Arteterapia em diversas IPSS. Publicada na revista OjOs com um estudo sobre a Arte Erótica. Algumas exposições colectivas: Arte - Assistência. 15 artistas para AMI(gos), Galeria Perve, Lisboa, 2014; AMI Art, Lisboa, 2014; Arte Urbana, Lisboa, 2014; XVI Contemporâneos, Museu Municipal de Espinho, 2014; (Con)Tributos da Liberdade a Joan Miró, Porto, Lisboa e Londres, 2014; 14º Aniversário da Galeria Perve, Lisboa, 2014; India ArtFair, Nova Deli, 2014; Colectiva de Verão, Galeria Zeller, Espinho, 2013; Arte e Eros “O Lugar do Erotismo na Arte”, Fábrica Braço de Prata, Lisboa, 2013; 2ª Bienal Internacional Mulheres d’ Artes, Museu Municipal de Espinho, 2013. Algumas exposições individuais: Galeria Olga Santos, Porto, Fundação Escultor José Rodrigues, Porto, Galeria Arte-Imagen, Corunha, 2014; em 2012, Galeria da UNICEPE, Porto, Space Feng Shui, Braga; em 2011, Galeria de Arte da PT Comunicações, Porto; em 2009, Mestre’s Sex Shop, Porto; em 2004, Galeria Casa de Eros, Porto, Associação Nacional de Jovens Empresários do Porto. Está representada em colecções públicas e privadas, incluindo o Museu de Arte Erótica Americano.
Next, 2013 Caneta s/ papel 200x280 N. Inv. 1519
RIK LINA Nasceu na Holanda, 1942. Estudou pintura e litografi na Gerrit Rietveldt Academie, Amsterdão, entre 1960 e 1965. Em 1972 integrou o Grupo Surrealista International MOUVEMENT PHASES (relações de amizade com Artur Cruzeiro Seixas e Mário Cesariny). Viveu, trabalhou e exibiu os seus trabalhos na Turquia, Espanha, Caraíbas, Chile, Brasil, Indonésia, USA, e desde 1973 em Portugal. Participou na exposição retrospectiva “O Surrealismo Abrangente – Colecção de Artur Cruzeiro Seixas”, Famalicão e Lisboa, 2004; Exposição International “Surrealismo e Pintura Fantástica” organizada por Mário Cesariny, Lisboa, 1984. Presentemente Rik e sua esposa, a ceramista Elizé Bleys, vivem em Tavarede, onde fundaram juntos, com o poeta Miguel de Carvalho, o grupo “Cabo Mondego Section of Portuguese Surrealism” em 2008
Cornucópia, 2012 Óleo s/ tela 500x400 N. Inv. 1561
SEIXAS PEIXOTO Seixas Peixoto desenvolveu áreas tão variadas como a arquitectura, o design de moda e a publicidade, optando defiitivamente pela Pintura e Escultura. Foi professor de desenho e vem fazendo várias incursões na área da Expressão Plástica nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, em Portugal, Açores, Madeira, Brasil e Cabo Verde “Primeiras experiências plásticas”, com o intuito de escrever um documento sobre a arte infantil. Fundador do Centro de Arte de Buarcos e Galeria Má Língua, “Pintores sem Limites” e Membro do “Cabo Mondego Section of Portuguese Surrealism”. A sua obra tem sido exposta frequentemente no país e no estrangeiro conta com 50 exposições individuais, mais de 100 colectivas, algumas esculturas públicas, presença em bienais e performances de pintura onde já arrecadou alguns prémios, contribuindo assim para enriquecer o seu curriculum. Está representado em diversas colecções particulares e de organismos públicos nacionais e estrangeiros. Foi galardoado com os seguintes prémios: 1.º Lugar Concurso Imagem da Europeade 92; 2.º Lugar Ex Aequo Concurso Nacional de Cooperativas; Vencedor por várias vezes de concursos para cartazes e medalhística; Troféu Pinheiro do Paraná para escultura comemorativa dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil.
A Capa do Bispo, 2014 Tinta acrílica, tinta-da-china, ouro relevo e folha de ouro de 18 kl sobre tela de linho. 1000x1000 N. Inv. 1524
SÉRGIO AMARAL “Oriundo de Mangualde, Santa Luzia, nasceu no ano de 1959. Em 1978 até 1982, dedicase à pintura e realiza algumas exposições. Em 1982 desenvolve pesquisas experimentais e ensaios com novos materiais, como o ferro e o barro, dando início ao seu percurso pela cerâmica, manifestando um especial interesse pelo Barro Negro. Perscruta desde então todas as possibilidades que esta técnica permite associadas ao Rákú, o Negro Primitivo, as Reduções, etc. No ano de 1988 frequenta uma oficina de gravura na Fundação Calouste Gulbenkian, orientada por Rui Marçal e frequenta o curso de Cerâmica à Roda. Retorna à pintura e adquire o Prémio Obra de Mérito, no IV Salão de Pintura da Feira de São Mateus em 1998. Na década de 90 é convidado pelo ICEP, deslocando-se à Áustria e é monitor da DEFICOOP (1989-90). Participa com Manuel Keller Soria, no Curso de Reflexos Cerâmicos (1992) e concebe o cartaz para a peça de Teatro Vicentina “Quem tem farelos” (1993). Autodidata, desenhista, pintor e ceramista de vocação, este artista em vinte anos de atividade possui no seu currículo mais de cinquenta exposições individuais e coletivas de pintura, escultura, cerâmica e olaria. Opta pelo modo de cozedura tradicional, em soenga, e a técnica de cozedura oriental associada ao Rákú. Criador dos Matarrachos, formas originais e peculiares de inspiração mística, em 2002 divulga esta obra em várias mostras de artesanato o que vem a impulsionar a sua atividade e que considera ser o pilar do seu trabalho. Os Matarrachos são origem da sua criatividade, têm-se revelado uma conceituada obra de arte ao longo dos tempos.” in https://www.turismodemangualde.pt/olaria.php
Matarracho, 2018 Barro negro 300x100 N. Inv. 1640
SÓNIA TRAVASSOS Sou auto-didacta, e não enquadro a minha obra em nenhuma corrente estética. O expressionismo fauve poderá ser o que a minha pintura melhor reflete. Na pintura, assim como no traço e na expressão, gosto dos movimentos rudes e incisivos. Prefiro manchas grandes, que contrasto com a subtileza e o abstracto das formas, o que sugere uma intenção emocional, de movimento e física. Visto que pintar é algo que faço por gosto, sou a favor dos momentos de inspiração, necessários ao desenvolvimento de qualquer arte, e consoante me sinta, mudam as cores que uso, muda o traço mais ou menos agressivo, mais ou menos perfeito das ideias em constante mutação e desenvolvimento. Às vezes retrato algo que captou a minha atenção ou que me tocou especialmente. Interessa-me evoluir e explorar o meu potencial, adequando sempre a minha obra ao meu ser, à minha espontaneidade e ao sentimento que pretendo passar. Sónia Travassos
Sónia Andreia Marques Travassos, nasceu em Coimbra, em 1984. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Posteriormente estudou Psicologia, em Barcelona, na Universitat Abat Oliba Ceu, e concluiu o Mestrado em Psicologia Clinica no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa.
The Girls and the Audience, 2017 Acrílico s/ tela 700x500 N. Inv. 1614
TERESA RICCA A vida de Teresa Ricca começou em Braga nos anos sessenta. A formação artística, pouco depois, no curso de “Desenho têxtil e arte dos tecidos” na Escola Carlos Amarante. A actividade criativa tornou-se imperiosa e leva-a, eleger as tintas e os pincéis, e mais tarde a máquina fotográfica, como canais privilegiados para o seu trabalho. A dominante comum a todo o seu percurso está na constante procura de formas e recursos técnicos. Durante muitos anos, o seu trabalho fechava-se em espaços particulares, mas desde 2009 com o primeiro convite para integrar a bienal d’ArtVez que se tem apresentado de forma regular em espaços públicos, quer por participar em iniciativas colectivas quer com exposições individuais tanto de pintura como de fotografia.
Personagem 15, 2015 Acrílico s/ xisto 420x420 N. Inv. 1565
VICTOR COSTA Natural de Coimbra, cresceu em Almalaguês onde cedo despertou para a pintura. Marcado pelo fascínio da caricatura e das aguarelas, começou a encarar as artes plásticas como forma de expressão em 1980. Desenvolve e participa regularmente em Workshops de Pintura, de Musicoterapia e Arte, em Encontros de Carácter Pedagógico e Científico, e Manifestações Artísticas Públicas. No seu Atelier de Pintura em Almalaguês, recebe regularmente alunos do ensino pré-escolar e do ensino básico, de diversas unidades escolares da região centro, com quem desenvolve ações pedagógicas orientadas para a estimulação da criatividade. Tem participado em várias exposições individuais e coletivas e estando representado em coleções públicas (Museu Carmen Miranda - Marco de Canaveses, Portugal. Museu Nacional de Xadrez, Figueiró dos Vinhos, Portugal. Casa Municipal da Cultura, Coimbra, Portugal. Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Portugal. Câmara Municipal de Freixo de Espada-á-Cinta, Portugal. Câmara Municipal de Condeixa, Portugal. Biblioteca Miguel Torga, Miranda do Corvo, Portugal. Biblioteca Municipal de Mira, Portugal. Núcleo Museológico Recordatório Rainha Santa Isabel/Alfredo Bastos, Coimbra, Portugal. União de Freguesias Trouxemil e Torre de Vilela, Coimbra, Portugal. Freguesia de Almalaguês, Coimbra, Portugal. União de Freguesias de Coimbra, Coimbra, Portugal. União de Freguesias Santa Clara e Castelo Viegas, Coimbra, Portugal. Freguesia de Vila Nova, Miranda do Corvo, Portugal. Freguesia de S. Martinho de Anta, Portugal. Freguesia de Tavarede, Figueira da Foz, Portugal. Casino la Coruña, Pontevedra Espanha.) e em arte pública em Souselas, Ribeiro de Vilela, Rio de Galinhas e Almalaguês. Membro do Movimento Artístico de Coimbra, da MAGENTA, da Associação Arte à Vista, da AAAGP – Associação de Amizade e das Artes Galego Portuguesa e do CNAP – Clube Nacional de Artes Plásticas. É desde Dezembro de 2011 o Comissario de Arte do Recordatório Rainha Santa/Alfredo Bastos, em Coimbra. Foi nomeado em Janeiro de 2013 Académico Correspondente da Federação Brasileira dos Académicos de Ciências, Letras, Artes.
Fugas III, 2017 Acrílico s/tela 1000 x 2000 N. Inv. 1636
Ficha Técnica: Curadoria:
Vieira Duque, Conservador e Membro da Comissão Executiva
Edição:
Fundação Dioníso Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro
Design: Joel Almeida
Apoio técnico:
Beatriz Fernandes Catarina Marques
Texto:
Ana Souto de Matos Arcelina Santiago Aurora Gaia Fernando Gaspar José Luis Ferreira José Queiroga Levi Guerra Luis Pedro Viana Sérgio Currais Sérgio Gorjão Vieira Duque
Artistas:
Alexandre Rola Américo Geraldes Antonino Neves António de Matos Ferreira Aparício Farinha Arménio Diniz Aurora Pinho Avelino Rocha Avelino Rocha Carlos Dias Carlos Teixeira Carolina M M Colectivo Atelier 26 / Alberto Péssimo Conceição Mendes Diogo Araújo Edite Melo Eduardo Teixeira Pinto Elizabeth Leite Ester Sousa e Sá
Maio 2019
Fernanda Santos Fernando Barros Fernando Gaspar Fernando Miguel Filomena Bilber Filomena Fonseca Gina Marrinhas Helder Carvalho Isabel Lhano J. Eliseu (Filho) Jair Anjos José Rodrigues Júlia Côta Júlia Ramalho LDTS Lauren Maganete Levi Guerra Lopes de Sousa Luis Pedro Viana Luisa Prior
Manuel Xavier Margarida Santos Maria Guia Pimpão Maria dos Santos Marilyn Marques Michael Barrett Mário Matos Nuno Horta Otília Santos Paulo Pereira Pedro d’Oliveira Raquel Rocha Rik Lina Seixas Peixoto Sérgio Amaral Sónia Travassos Teresa Ricca Victor Costa
ALEXANDRE ROLA AMÉRICO GERALDES ANTONINO NEVES ANTÓNIO DE MATOS FERREIRA APARÍCIO FARINHA ARMÉNIO DINIZ AURORA PINHO AVELINO ROCHA CARLOS DIAS CARLOS TEIXEIRA CAROLINA M M COLECTIVO ATELIER 26 / ALBERTO PÉSSIMO CONCEIÇÃO MENDES DIOGO ARAÚJO EDITE MELO EDUARDO TEIXEIRA PINTO ELIZABETH LEITE ESTER SOUSA E SÁ FERNANDA SANTOS FERNANDO BARROS FERNANDO GASPAR FERNANDO MIGUEL FILOMENA BILBER FILOMENA FONSECA GINA MARRINHAS HELDER CARVALHO ISABEL LHANO J. ELISEU (FILHO) JAIR ANJOS JOSÉ RODRIGUES JÚLIA CÔTA JÚLIA RAMALHO LDTS LAUREN MAGANETE LEVI GUERRA LOPES DE SOUSA LUIS PEDRO VIANA LUISA PRIOR MANUEL XAVIER MARGARIDA SANTOS MARIA GUIA PIMPÃO MARIA DOS SANTOS MARILYN MARQUES MICHAEL BARRETT MÁRIO MATOS NUNO HORTA OTÍLIA SANTOS PAULO PEREIRA PEDRO D’OLIVEIRA RAQUEL ROCHA RIK LINA SEIXAS PEIXOTO SÉRGIO AMARAL SÓNIA TRAVASSOS TERESA RICCA VICTOR COSTA