Segurança Alimentar Responsabilidade Social Nutrição
Publicação da
Ano 13 | nº 14 | outubro / novembro 2024
Segurança Alimentar Responsabilidade Social Nutrição
Publicação da
Ano 13 | nº 14 | outubro / novembro 2024
Conselho Editorial
Segurança Alimentar
Publicação da Rede de Bancos de Alimentos do RS
Adir Fração, Paulo Renê Bernhard, Antonio Parissi, Adriana da Silva Lockmann e Paola Weiss Monti Jornalista responsável
Simone Rocha de Souza (MTB/RS 8.412)
Projeto Gráfico e Produção
Plus | Publicidade + Jornalismo
Cid D´Avila (Design Gráfico e Diagramação)
Fotos
Arquivo Rede de Bancos de Alimentos RS
Comunicação
de Bancos de Alimentos do
Av. Francisco da Silveira Bitencourt, 1928 B. Sarandi - CEP 91150-010 - Porto Alegre/RS
Por PAULO RENÊ BERNHARD
Presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre, Presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS, Diretor superintendente da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS
Mais um ano que se encerra, marcado como um dos mais desafiadores que já vivemos. Em meio à esperança de reconstrução após a pandemia, o Rio Grande do Sul foi atingido por uma devastação sem precedentes. Ao longo de 2024, famílias inteiras perderam não apenas seus bens materiais, mas o que muitas vezes simboliza a segurança de um lar. De um dia para o outro, nossas comunidades viram suas casas varridas pelas águas, obrigando milhares de pessoas a deixarem para trás suas vidas e buscarem refúgio em abrigos improvisados.
Diferente da pandemia, quando o isolamento físico ocorria dentro das próprias casas e a ajuda conseguia, em grande parte, chegar até as portas das famílias, dessa vez o desafio foi ainda maior. A destruição das enchentes fez com que muitos municípios ficassem inacessíveis, cercados pela água ou por escombros. Estradas foram bloqueadas, encostas caíram e as rotas alternativas se tornaram longas e desafiadoras. Vimos, em tempo real, o quanto a natureza pode ser implacável, e sentimos a urgência de fazer cada esforço valer a pena. E, apesar de todas as adversidades, encontramos uma força extraordinária na união.
Foi nesse cenário que descobrimos o mais puro e verdadeiro significado da palavra “solidariedade”. Doações vindas de todo o Brasil chegaram ao nosso complexo dos Bancos Sociais, de 10 mil metros quadrados, trazidas por empresas de transporte e logística que não me-
Nossos fiéis parceiros de transporte e logística, alguns também afetados pelas enchentes, não hesitaram em continuar junto conosco nessa missão de ajuda ao próximo, desempenhando um papel vital na recuperação das comunidades afetadas, mostrando que a logística é muito mais do que um serviço operacional – é uma linha de vida em tempos de crise. Com coragem e espírito de união, essas empresas e seus motoristas fizeram o impossível acontecer, provando que a verdadeira força do Rio Grande do Sul está na capacidade de seu povo e de seus parceiros de se reerguer diante das adversidades.
Não há palavras suficientes para expressar a gratidão a todos que, de uma forma ou de outra, estenderam suas mãos para ajudar.
diram esforços para entregar cada doação feita por brasileiros sensibilizados com a tragédia gaúcha. De norte a sul, de leste a oeste, as doações vieram em uma verdadeira avalanche de amor e empatia. Carretas carregadas de esperança chegaram ao Rio Grande do Sul vindas dos mais diversos cantos do país, lembrando-nos de que o espírito de solidariedade transcende fronteiras. Não há palavras suficientes para expressar a gratidão a todos que, de uma forma ou de outra, estenderam suas mãos para ajudar.
É esse movimento de generosidade que nos manteve fortes e firmes. A cada caminhão com doações, a cada voluntário que distribuiu alimentos, a cada sorriso retribuído, renovamos nossa fé na humanidade. Sabemos que os desafios ainda estão presentes. Mas também sabemos que, com o apoio inabalável de tantos corações solidários, seremos capazes de seguir nessa missão assumida há 24 anos, de ajudar quem mais precisa, proporcionando a possibilidade de reconstruir vidas, sonhos e esperanças.
Ao longo das próximas páginas, contaremos histórias movidas pela solidariedade, que transformaram a adversidade em oportunidades para um futuro mais justo e humano. Convidamos você a mergulhar nessas histórias e a se inspirar na força e na união que fizeram a diferença em momentos tão desafiadores.
Com profunda gratidão e renovada esperança, nosso muito obrigado!
Por SUZANY RECK HERRMANN
Advogada especializada em contratos, sócia do escritório Herrmann Advocacia;
Diretora voluntária do Banco de Alimentos de Porto Alegre
Nos últimos tempos, nunca ficou tão em voga o tema da sustentabilidade na visão global, em todos os seus aspectos e a urgente necessidade de uma iniciativa prática de comprometimento mundo afora, com união de esforços entre os países. Com a justa preocupação, desenvolvido e liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU), 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ou seja, um conjunto de desafios emergenciais do mundo para cumprimento até o ano 2030. Em análise aos objetivos, é incontroverso que o Banco de Alimentos desempenha um papel fundamental na promoção dos 17 ODS, eis que ao integrar suas operações e estratégias contribui para a erradicação da pobreza (ODS 1), de todas as formas e em todos os lugares, incluindo a erradicação da fome, alcançando a segurança alimentar, melhorando a nutrição e promovendo a agricultura sustentável (ODS 2). É reconhecido o tema da fome como preocupação alarmante, pois com base último relatório anual da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 2023, cerca de 733 milhões de pessoas no mundo passaram fome, o que equivale a 1 em cada 11 pessoas1. Além da pobreza e da fome, entre as demais metas globais estão o ODS 3 que menciona sobre saúde, bem estar e o ODS 4 que refere sobre educação de qualidade, temáticas que o Banco de Alimentos impacta, através de seus projetos nutricionais que visam à prevenção de doenças, saúde, qualidade de vida e o compartilhamento de informação, estimulando o terceiro setor na
diminuição da desigualdade (ODS 10), propiciando a igualdade de gênero (ODS 5), no agir sem preconceito, crescimento econômico (ODS 8), consumo, produção responsável (ODS 12) e, consequente, promovendo a paz e justiça (ODS 16).
Ademais, muitas iniciativas do Banco de Alimentos, incluem a distribuição de água potável, como foi o caso nas enchentes do sul do Brasil, neste ano de 2024. Tal prática promove o ODS 6 que menciona a meta de Água Potável e Saneamento para toda população. O tópico do ODS 9 (indústria, inovação e infraestrutura) pode também ser visto na rotina da organização, uma vez que a implementação de inovação da logística e distribuição de alimentos otimizam processos, garantem a eficiência na entrega dos alimentos, com segurança e rapidez. Como medida de inovação, adere-se à conexão com bancos internacionais, em busca de novas soluções, trocas de expansão e melhorias. Em complemento, o ODS 13 consigna acerca da mudança climática, havendo relação, visto que quando há redução ao desperdício de alimentos, observa-se a diminuição de emissão de gases poluentes associados ao descarte. Por sua vez, o Banco de Alimentos atua com parcerias, possui mantenedores e um conjunto de pessoas que acreditam na importância de mudar histórias, exemplificando o espírito de colaboração para alcançar também o objeto
17 que traça o cumprimento de parcerias e meios de implementação. O alcance global da organização é caracterizado pelos resultados que transcendem. Ainda que se possa dizer que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são independentes, a verdade é que há uma interconexão evidente com o Banco de Alimentos, pois a sua existência gera efeito profundo, atuando como um importante mecanismo para a construção de um futuro mais sustentável e inclusivo a todos, não apenas no aspecto do combate à fome, insegurança alimentar, desperdício, mas nas demais vias – sejam elas social, ambiental, econômica, repercutindo em cadeia. Esse olhar vivo na nação gaúcha, há 24 anos de existência do primeiro Banco de Alimentos do Brasil é inspiração, com reflexos mundiais, colaborando na promoção de iniciativas, como esta da citada da ONU e servindo as “nossas façanhas de modelo à toda terra”.
1 FAO. Níveis de fome seguem persistentemente altos por três anos consecutivos, enquanto as crises globais se aprofundam: Relatório da ONU. Disponível em: https://www.fao.org/brasil/ noticias/detail-events/en/c/1707863/. Acesso em 3 set. 2024.
Presidente visa não apenas fortalecer o setor industrial, mas também integrá-lo ainda mais à sociedade, valendo-se da agenda ESG e expertise dos Bancos Sociais da FIERGS
Em meio a um cenário de desafios sem precedentes para a economia gaúcha, o industrial Claudio Affonso Amoretti Bier assume a presidência da FIERGS/CIERGS com a missão de reconstruir e revitalizar a indústria do Rio Grande do Sul. Com décadas de experiência à frente da Masal, uma referência no setor de máquinas agrícolas, Bier chega ao comando com um olhar atento para o desenvolvimento econômico, social e sustentável. Com uma trajetória marcada por uma forte atuação social, sendo um dos instituidores da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS e mesário da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Bier traz para a nova gestão a agenda ESG (Environmental, Social, and Governance).
Com uma gestão pautada em quatro pilares essenciais — com-
petitividade, inovação, desenvolvimento e retenção de talentos, e reconstrução das indústrias gaúchas — Bier visa não apenas fortalecer o setor industrial, mas também integrá-lo ainda mais à sociedade. Nesse contexto, ele enxerga a Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais como uma aliada estratégica, capaz de aproximar o meio industrial das demandas sociais através de projetos sustentáveis e de impacto.
O presidente da FIERGS, que esteve recentemente em visita oficial aos Bancos Sociais, acredita que a instituição possa contribuir significativamente para o fortalecimento das relações entre o meio industrial e sociedade, com sua experiência e expertise em mobilização de recursos e desenvolvimento de projetos voltados para o impacto social.
Além de poder auxiliar na criação e implementação de programas e iniciativas voltados para a capacitação e desenvolvimento de empresas e comunidade por intermédio de sua vasta rede e conhecimento, a Fundação pode apoiar o desenvolvimento de ações que visem aprimorar as habilidades e competências dos empresários e trabalhadores do setor industrial, promovendo uma cultura de inovação e excelência seguindo os conceitos ESG, tão essenciais, não apenas como um valor de responsabilidade, mas também como uma vantagem competitiva em um mercado cada vez mais globalizado.
Os princípios ESG consideram o aspecto ambiental, pelo qual empresas que integram práticas sustentáveis conseguem não apenas reduzir custos operacionais, mas também melhorar sua imagem junto a consumidores e investidores. O pilar social, por sua vez, se refere ao impacto positivo nas comunidades e ao bem-estar dos colaboradores, fatores que aumentam a confiança e a lealdade dos stakeholders. Já a governança aborda a gestão ética, a transparência e o comprometimento com normas e regulações, fundamentais para prevenir escândalos e fortalecer a confiança dos investidores.
Indústria da Solidariedade:
Gerando impacto e oportunidades
Fundada sob o lema “Transformar desperdício em benefício social” em 2003, a Fundação dos Bancos Sociais atua com base em princípios que aliam solidariedade, sustentabilidade e eficiência, contribuindo para o combate à fome e à desigualdade de maneira inovadora e estruturada, incorporando um compromisso vital com a saúde e o bem-estar, proporcionando uma conectividade entre a indústria e a sociedade, por intermédio de apoio ao Terceiro Setor.
Para o presidente da FIERGS, a capacidade da Fundação de facilitar parcerias e conexões com outras instituições e organizações, tanto no Brasil quanto internacionalmente, permite, inclusive, que sejam abertas novas oportunidades de negócios, investimentos e cooperação, que be-
neficiarão não apenas as empresas associadas à FIERGS, mas também contribuirão para o desenvolvimento econômico e social da nossa região.
“A Fundação dos Bancos Sociais representa uma oportunidade de potencializar nossas ações e ampliar o impacto positivo que pode-
Claudio Bier visitou a Fundação dos Bancos Sociais no dia 5 de setembro. Na ocasião, descerrou uma placa em sua homenagem na Galeria de Honra do Banco de Alimentos e foi agraciado com a Comenda de Honra ao Mérito dos Bancos Sociais.
Ele esteve acompanhado por uma comitiva de executivos do Sistema FIERGS: a gerente Executiva de Relações Institucionais do Sistema FIERGS, Ana Paula Werlang; o CEO
mos ter na indústria e na comunidade. Estou entusiasmado com as possibilidades que esse trabalho em conjunto pode trazer e confiante de que, juntos, poderemos alcançar grandes realizações para o setor industrial e para a sociedade como um todo”, destaca Claudio Bier.
da FIERGS, Paulo Herrmann; o diretor regional do SENAI, Carlos Trein; o gerente de Operações do SENAI Porto Alegre, Fabiano Rath; o gerente de Engenharia da FIERGS, Roberto Werthein; o gerente de Gestão de Serviços Administrativos, Rodrigo Gamallo Soares; e o gerente da Divisão de Operações do SESI, Gustavo Hoppen.
Os visitantes foram recepcionados pelo diretor-superintendente da Fundação, Paulo Renê Bernhard, gerentes e colaboradores.
O Selo BAH - Heróis do Banco de Alimentos acaba de ser oficialmente certificado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), assegurando a propriedade e o uso exclusivo desta marca que se tornou símbolo de solidariedade e compromisso social no combate à fome.
Essa conquista é fruto do trabalho diligente do Escritório Paulo Afonso Pereira Propriedade Intelectual (PAP), responsável pela gestão e registro das marcas do Banco de Alimentos e dos Bancos Sociais. A certificação digital, emitida e assinada pelo INPI, consagra a Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais como detentora exclusiva desta marca, em conformidade com o artigo 129 da Lei da Propriedade Industrial.
A campanha “BAH - Heróis do Banco de Alimentos”, que inspirou a criação deste selo, merece menção especial pela execução brilhante da Agência de Publicidade Conjunto. Demonstrando uma visão criativa aliada à sensibilidade social e alicerçada nos conceitos de ESG, a Agência concebeu uma estratégia que não apenas engaja a sociedade na luta contra a fome, mas também destaca a importância da união de esforços para enfrentar desafios humanitários urgentes. Este certificado não é apenas um reconhecimento institucional, mas uma homenagem a todas as empresas, voluntários e parceiros que, de maneira incansável, se unem para combater o maior flagelo da humanidade: a fome. O selo BAH, agora registrado, continuará
a ser um emblema de esperança e solidariedade, guiando consumidores em suas escolhas e incentivando ações concretas em prol de um mundo mais justo.
Para saber mais sobre o selo BAH, acesse o site oficial www.heroisdobancodealimentos.com.br
Você também pode entrar em contato via telefone 51 3026 8020 ou email bancodealimentos@bancodealimentosrs.org.br
A cooperativa financeira Sicredi Origens RS recebeu o Selo BAH – Heróis do Banco de Alimentos, em cerimônia realizada na sede do Banco de Alimentos de Porto Alegre, com a presença de gestores da Sicredi e diretores do Banco de Alimentos. A distinção, entregue pelo presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS e do Banco de Alimentos de Porto Alegre, Paulo Renê Bernhard, reconhece o apoio contínuo da cooperativa em ações voltadas ao combate à fome e à assistência social.
Alcides Brugnera, vice-presidente da Sicredi Origens RS, recebeu a homenagem em nome da cooperativa, destacando o orgulho de fortalecer parcerias com a sociedade
civil organizada. “Esta certificação reafirma nosso compromisso com o desenvolvimento social, especialmente em momentos críticos”, afirmou Brugnera. Ele também ressaltou a importância de associar a marca Sicredi a iniciativas que geram impacto positivo, como o Banco de Alimentos.
Paulo Renê Bernhard destacou a parceria da Sicredi em áreas como saúde, nutrição e voluntariado, enfatizando a relevância do Selo BAH como forma de reconhecimento às empresas que contribuem ativamente para a sociedade. “A Cooperativa Sicredi é um parceiro fundamental em nossas ações”, completou Bernhard.
O Banco de Alimentos concedeu o primeiro “Selo BAH - Heróis do Banco de Alimentos” para pessoa física à sua incansável voluntária, Maria Irene Abrantes Zenhas, durante um almoço festivo em comemoração aos seus 91 anos. O evento, que reuniu diretores e colaboradores, foi uma homenagem à sua incansável dedicação ao trabalho voluntário.
Dona Irene, com sua vitalidade admirável, é uma peça fundamental no Banco de Alimentos, participando ativamente de todas as edições do Sábado Solidário, incentivando doações de alimentos em supermercados parceiros. Sua trajetória de vida é marcada pelo altruísmo e pelo compromisso com as causas sociais. Em 1966, ela fundou a Casa do Excepcional Santa Rita de Cás-
sia, uma instituição que oferece acompanhamento integral a crianças com deficiências severas e suas famílias.
Ao longo de décadas, dona Irene tem sido uma referência no voluntariado, sendo exemplo de perseverança e amor ao próximo. O Selo BAH, criado pela agência Conjunto, simboliza espe-
Diretores e amigos participaram da homenagem à heroína Irene Abrantes
rança e solidariedade, reconhecendo o trabalho de voluntários e parceiros na luta contra a fome. A entrega deste selo a essa grande guerreira é um reconhecimento não apenas por sua atuação no Banco de Alimentos, mas por toda uma vida dedicada a transformar realidades e espalhar o bem.
A M•A•C Cosmetics é BAH – Heróis do Banco de Alimentos. A M•A•C Cosmetics, por meio de seu Fundo Viva Glam, doou R$ 600 mil para a Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul, em apoio às vítimas das enchentes que devastaram o estado. A iniciativa, que reflete o compromisso social da marca, visa atender a milhares de famílias em situação de vulnerabilidade, unindo o glamour da beleza e solidariedade em uma causa nobre.
Entrega da placa que concede Selo BAH à marca ocorreu na loja MAC Shopping Iguatemi, com a presença de Rodrigo, Lucelene, Elisangela, Paulo Renê, Ademir e Maurício
Criada em 1994, a linha de batons Viva Glam surgiu com a missão de conscientizar a população e gerar fundos para a pesquisa de combate à AIDS. O ousado movimento logo ganhou força, com o apoio de grandes estrelas e publicações de moda. Nomes como os estilistas Marc Jacobs e Vivienne Westwood se juntaram à causa, criando looks exclusivos para impulsionar a campanha. A ação transformou a M•A•C em uma referência não só no universo high-fashion, mas também em responsabilidade social, sendo a primeira marca a doar 100% do valor de um produto de maquiagem para a caridade.
A entrega simbólica da doação foi realizada na loja da M•A•C no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre. Na ocasião, Elisângela Dias Soares, gerente da loja M.A.C do Shopping Iguatemi, recebeu o Selo BAH das mãos de Paulo Bernhard, presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre e da Rede de Bancos de Alimentos do RS. Para marcar o momento, Liz vestiu a capa de heroína do BAH, em reconhecimento ao impacto gerado pela doação.
A cerimônia contou ainda com a presença de Ademir Rodrigues, presidente do Banco de Alimentos da Região do Calçado, Maurício Saul, vice-presidente da mesma entidade, Rodrigo Rey, diretor da Agência Conjunto e de Marketing do Banco de Alimentos, e Lucelene Navarro, gerente administrativo-financeiro do Banco.
Com esta ação, a M•A•C reforça sua trajetória de mais de 30 anos de engajamento social, reafirmando o compromisso de transformar vidas por meio da moda e da solidariedade.
A 9ª edição da campanha Natal do Bem, promovida de 28 de outubro de 2023 a 6 de janeiro pelo Grupo RBS em parceria com a Rede de Bancos de Alimentos do RS, alcançou resultados impressionantes. A mobilização social alcançou novos patamares, evidenciando a solidariedade característica do povo gaúcho, com a arrecadação de 1.081.100 quilos de alimentos, em 71 dias de campanha.
Os mais de 1 milhão de quilos de alimentos foram suficientes para preparar 3.243.300 refeições, reforçando o espírito de união e generosidade que permeia nesta época do ano. Ao longo dos nove anos de existência, a campanha Natal do Bem já arrecadou mais de 5 milhões de quilos de alimentos, resultando em mais de 15 milhões de refeições servidas.
O encerramento da 9ª edição do Natal do Bem foi transmitido em três blocos durante o Jornal do Almoço, da RBS TV, celebrando mais um recorde de arrecadação e destacando a dedicação incansável da comunidade gaúcha.
A campanha continua a ser um exemplo inspirador de como a união e a generosidade podem transformar vidas.
Coletânea traz mensagens de doadores do Natal do Bem 2023
Em reconhecimento a todos os doadores que compartilharam men sagens natalinas durante a 9ª edição do Natal do Bem, em 2023, A Rede de Bancos de Alimentos do RS lançou uma coletânea que reúne lindas palavras incentivadoras. O livro digital é uma obra de puro afeto, no qual cada mensagem é um testemunho caloroso dos corações generosos que participaram do Natal do Bem. O ato de doar alimentos não só nutre o corpo, mas também alimenta a alma, motivando a esperança para uma vida melhor.
Acesse a coletânea
https://bit.ly/Coletanea2023
Lançamento da campanha Natal do Bem 2023 ocorreu no Mercado Público, com transmissão ao vivo no Jornal do Almoço
Natal do Bem foi encerrado em janeiro de 2024, com matéria no Jornal do Almoço demonstrando o recorde de doações
A 10ª edição do Natal do Bem promete superar as edições anteriores. Neste ano, a campanha que se consolidou como um marco de generosidade e união no Estado, trará novidades empolgantes e oportunidades únicas para aqueles que desejam fazer a diferença no Natal 2024. Mais do que nunca, os gaúchos precisam estender a mão aos irmãos mais necessitados, que sofreram muito em consequência das enchentes que devastaram o Rio Grande. O Natal do Bem ocorrerá de 1º de novembro a 10 de janeiro de 2025. Participe!
A 5ª edição das Cavalgadas do Bem, realizada em 9 de dezembro de 2023, foi um sucesso. Cavalarianos e cavalarianas de 92 cidades gaúchas percorreram ruas e estradas arrecadando 107 toneladas de alimentos. O evento integra a campanha Natal do Bem, realizada em parceria com o Grupo RBS, e neste ano, o evento ocorrerá no dia 14 de dezembro.
Com um número recorde de inscrições para a edição de 2024, as Corridas do Sesi – Correr Faz Bem se consolidam de vez no calendário esportivo do Rio Grande do Sul. Cerca de 16 mil atletas se inscreveram para participar das provas organizadas pelo Serviço Social da Indústria (SESI-RS), em parceria com a Rede de Bancos de Alimentos do RS, abrangendo 22 municípios gaúchos. A grande adesão reafirma o impacto social e esportivo do evento, que vai além da competição, mobilizando a solidariedade em todo o Estado.
O cronograma das corridas, no entanto, precisou ser ajustado em decorrência das fortes chuvas que castigaram o Estado. Enquanto as cidades de Gravataí, Guaíba, Guaporé, Lajeado, Montenegro e Pelotas mantiveram suas provas no dia 28 de abril, os demais eventos foram remarcados. Apesar dos contratempos climáticos, o SESI-RS demonstrou prontidão e sensibilidade ao antecipar o repasse dos recursos das inscrições, permitindo que o Banco de Alimentos atuasse de forma emergencial no socorro às comunidades afetadas pelas enchentes.
A Corrida do Sesi deste ano contou com novos desafios além dos seus objetivos de promoção da saúde e de solidariedade. O impacto da enchente nos atletas e nas cidades nos levou a adiar as competições e encontrar novas datas. Foi mais uma ação do Sesi junto às comunidades atingidas pelas cheias. E mais uma vez a solidariedade e empatia fez dos eventos um grande sucesso, com superação extra.
Juliano Colombo Superintendente Regional do SESI - RS
A iniciativa, que converte as inscrições em alimentos, beneficia diretamente os Bancos e Núcleos de Alimentos de cada município que recebe as Corridas do Sesi, ajudando milhares de famílias atendidas por organizações sociais. Esse modelo de solidariedade tem mostrado resultados expressivos ao longo dos anos, refletindo o comprometimento dos participantes e organizadores com a causa do combate à fome.
Em 2022, o projeto registrou 12.793 inscrições, com 29 provas realizadas em 25 municípios, arrecadando mais de 75 toneladas de alimentos, suficientes para aproximadamente 225 mil refeições. Já em 2023, o número de inscritos chegou a 11.544, distribuídos em 25 provas em cidades de todo o estado, resultando na arrecadação de mais de 103 toneladas de alimentos, o que possibilitou cerca de 311 mil refeições para quem mais precisa.
Em clima de retomada, o cronograma das Corridas do Sesi foi reestruturado, com um novo calendário:
Agosto
Dia 10 – Tupandi
Dia 25 – Passo Fundo e Santa Cruz do Sul
Setembro
Dia 1º – Bagé, Caxias do Sul e Novo Hamburgo
Dia 15 – Cachoeira do Sul e São Leopoldo
Dia 29 – Rio Grande
Outubro
Dia 13 – Panambi e Canoas
Dia 20 – Santa Maria Novembro
Dia 20 – Porto Alegre
Dia 24 – Igrejinha
O Sábado Solidário, a principal campanha de arrecadação de alimentos da Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul, é um projeto contínuo que reúne voluntários, empresas e a comunidade em um esforço coletivo para combater a fome. Realizada mensalmente, a ação acontece em supermercados parceiros de diversas cidades gaúchas, com o objetivo de arrecadar alimentos. A ação também promove a sensibilização da sociedade para o problema da insegurança alimentar e importância da solidariedade no combate à fome.
Todos os meses, voluntários se mobilizam para convidar a comunidade a doar alimentos
e cada edição representa uma oportunidade para reforçar a importância do apoio constante ao próximo, principalmente em um cenário de desigualdade social crescente.
O Sábado Solidário se consolidou como uma iniciativa essencial para garantir a alimentação de milhares de pessoas atendidas pelas 1.000 instituições cadastradas na Rede.
Como participar
O Sábado Solidário é uma iniciativa aberta à participação de todos. Seja doando alimentos, seja atuando como voluntário.
Supermercados parceiros abrem seu espaço para receber voluntários, devidamente identificados, que conscientizam os clientes a doar alimentos.
Futuras gerações de médicos transformando vidas
Reforçando os pilares da Medicina de orientar a prática médica com humanismo e responsabilidade social desde o início da vida acadêmica, o Núcleo Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (NAS/Simers) realiza seu tradicional Trote Solidário em parceria com faculdades de Medicina do Estado, com diversas atividades solidárias, em especial ações de arrecadação de alimentos, em benefício da Rede de Bancos de Alimentos do RS.
Realizada há 16 anos, a ação vem mudando a realidade da recepção aos calouros de Medicina. O projeto substitui as tradicionais práticas de trote por atividades de cidadania e respeito ao próximo, em um novo modelo de integração, canalizando a energia estudantil para o bem social, sendo executado em formato de gincana, desafiando os novos universitários a elevar o número de doações
e por consequência beneficiar quem mais precisa.
Ações como a doação de alimentos, de sangue, tampinhas plásticas e cadastro de medula óssea consolidaram o Trote Solidário como
uma experiência extremamente positiva, trazendo uma nova perspectiva de solidariedade e compromisso às universidades,
Na primeira edição de 2024, realizada de 20 de março a 30 de abril de forma híbrida, foram coletados mais de 30 toneladas de alimentos.
A expectativa é que o Trote Solidário 2024/2, realizado no segundo semestre do ano, de 26 de agosto a 9 de outubro, supere a arrecadação, como vem ocorrendo a cada edição.
A ação segue renovando o compromisso dos futuros médicos com a sociedade, inspirando gerações e deixando um legado de humanismo e responsabilidade social em cada passo do caminho acadêmico.
Premiações do Trote Solidário
2022 Bi-campeão do TOP Cidadania
2014 TOP Ser Humano Nacional
2013 Campeão do TOP Cidadania
Banco de Alimentos de Alegrete intensifica
O Banco de Alimentos de Alegrete atuou ativamente no período de situação de calamidade, quando as águas do rio Ibirapuitã inundaram a área ribeirinha de Alegrete, seguindo sua missão no combate à fome. Para atender as famílias afetadas pela inundação, foram realizadas campanhas de arrecadação de alimentos, material de higiene e roupas. Diariamente as equipes estiveram mobilizadas para buscar doações, armazenar e organizar as coletas para serem entregues. Os donativos foram
distribuídos diretamente às famílias necessitadas.
“Nosso trabalho é contínuo, atuando sempre pela segurança alimentar de famílias em vulnerabilidade social, especialmente nas comunidades localizadas em áreas de risco, como as afetadas periodica-
mente pelas cheias do rio Ibirapuitã”, destaca o presidente Adão Roberto Rodrigues.
Como ajudar Alegrete
Interessados em colaborar com o Banco de Alimentos de Alegrete podem entrar em contato pelo telefone (55) 99956-638 ou e-mail: bancodealimentosdealegrete@gmail.com
Doações financeiras podem ser feitas por Pix: Favorecido: Banco de Alimentos de Alegrete Chave CNPJ 49768420/0001-01
Central de doações em Alegrete: Loja Fighera Máquinas – Rua General Sampaio, 745 – Centro
Em meio ao caos e à destruição que Alvorada enfrentou devido a enchente que inundou diversos bairros, deixando milhares de pessoas desabrigadas e causando danos significativos, a solidariedade brilhou como uma luz de esperança, impulsionada por ações da sociedade civil, como as do Banco de Alimentos de Alvorada. Os voluntários do Banco de Alimentos, liderados pelo presidente João Carlos Nunes Gomes, mobilizaram-se para atender as vítimas da enchente. O ginásio municipal de Alvorada, transformado em abrigo emergencial, tornou-se o ponto central de apoio, mas não exclusivo. “Foi um trabalho focado em quem realmente precisava. Conseguimos atender não só as famílias abrigadas, mas até o hospital da cidade,” relata João Carlos. Para ele, a experiência foi “muito gratificante”, reforçando a importância da atuação do Banco de Alimentos em momentos de crise.
Entretanto, as ações são contínuas. Mensalmente o Banco de Alimentos de Alvorada doa cerca de 600 quilos de alimentos a instituições locais. Estas entidades desempenham um papel crucial no apoio às comunidades vulneráveis da cidade. Entre as instituições assistidas estão a Mensageiros da Luz, a Mansão da Luz, a Casa do Caminho e o Desafio Jovem Casa de Davi. Além disso, a Primazia Reabilitação e Geriatria e outras organizações, como a Associação ACEBOA e a Paróquia Santo Antônio, também recebem auxílio.
Presidente João Carlos Nunes Gomes acompanhou pessoalmente ações de ajuda à Alvorada Voluntários do Banco de Alimentos garantiram que alimentos chegassem a quem mais precisava
O Banco de Alimentos de Cachoeirinha em conjunto com seus parceiros e mantenedores auxiliou de forma efetiva mais de mil famílias durante o período de calamidade pública que o município de Cachoeirinha enfrentou.
No primeiro semestre do ano foram disponibilizadas mais de 15 toneladas de alimentos, produtos de higiene e limpeza, sendo que não somente as instituições cadastradas foram beneficiadas, mas sim toda a comunidade em vulnerabilidade no contexto enfrentado.
“Estamos acompanhando as famílias mais atingidas e dando seguimento no apoio de reconstrução de seus lares. Além da solidariedade, contamos com o amor das pessoas envolvidas, que trabalham arduamente como voluntários para auxiliar nesta missão, que daremos seguimento ao longo do ano”, enfatiza a presidente Michelle Modelski.
Parcerias tão fundamentais
Neste período difícil da história gaúcha, o Banco de Alimentos de Cachoeirinha contou com o apoio de grandes parceiros como a distribuidora CD Sul, Empresa Mesasul, Grupo Solides, Carrefour, bem como a participação ativa dos rotarianos.
Banco de Alimentos beneficiou toda comunidade de Cachoeirinha
“Estas parcerias vieram de encontro a necessidade de atendermos não somente as instituições que já temos cadastradas, mas sim a ajuda em um todo, pois desde sua fundação em 30 de novembro de 2011, seguimos o objetivo de promover a segurança alimentar da população que se encontra em vulnerabilidade social e insegurança alimentar”, destaca a vice-presidente Fernanda Nagami.
Além das ações do Sábado Solidário o Banco de Alimentos de Cachoeirinha conta com pontos de fixos de coleta, supermercados que auxiliam nesta jornada. Recentemente foi firmada parceria com a rede Carrefour, na loja Nacional Cachoeirinha.
Canoas foi duramente atingida pelas fortes chuvas de maio, que deixaram centenas de famílias desabrigadas e em situação de extrema vulnerabilidade. Em meio a essa crise, o Banco de Alimentos de Canoas (BAC) emergiu como uma instituição fundamental, oferecendo suporte e solidariedade para a comunidade.
No primeiro semestre, o BAC recebeu e distribuiu mais de 139 toneladas de doações, que incluíram alimentos, roupas, água potável, colchões e ração para animais de estimação. Essas doações foram essenciais para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas que perderam tudo durante as enchentes.
A instituição colaborou ativamente a mais de 30 entidades da cidade, garantindo que os itens chegassem rapidamente às famílias necessitadas. “Este foi, sem dúvida, um dos momentos mais desafiadores que já enfrentamos, mas a solidariedade e a união da comunidade foram o que nos permitiram superar as
dificuldades”, afirma o presidente do BAC, Claudio Faccin.
Recomeço digno
O trabalho do Banco de Alimentos de Canoas não cessa nunca e a organização permanece comprometida com sua missão de garantir que nenhuma família passe fome ou fique desamparada. Com o apoio de executivos e empreendedores de diversos setores, o BAC tem expandido sua atuação.
Um importante projeto é a distribuição de um cartão de benefícios com R$ 3 mil para 50 famílias atingidas pela
para
e Gilmar Ximenes
enchente, para compras de eletrodomésticos de ‘linha branca’ ou material de construção. “O projeto Moradia Digna, está sendo executado graças à família Fração e seus acionistas”, destaca o presidente Claudio Faccin.
Outra ação foi a doação das Lojas Havan. “O proprietário nos doou 200 em cartões de crédito, com R$ 1 mil cada um. Eles foram entregues a famílias mais necessitadas”, afirma Faccin.
Leia mais na página 46.
Em meio à devastação causada pelas enchentes no Estado, o Banco de Alimentos de Caxias do Sul se destacou como um verdadeiro farol de solidariedade e apoio às comunidades mais atingidas. Além de distribuir cestas básicas para as famílias afetadas, a entidade desempenhou um papel essencial no abastecimento de insumos para 15 cozinhas comunitárias e solidárias, que produziram diariamente milhares de sanduíches e marmitas. Essas refeições foram distribuídas para famílias desalojadas, abrigos, voluntários e equipes de resgate em seis municípios: Caxias do Sul, Cruzeiro do Sul, Estrela, Muçum, Roca Sales e São Sebastião do Caí.
A atuação do Banco de Alimentos foi vital para transformar o cenário de dor em uma corrente de esperança e sustento. Entre os meses de maio e agosto, mais de 60 toneladas de alimentos não-perecíveis foram doadas, garantindo não apenas o alimento, mas também o conforto e a dignidade para aqueles que enfrentavam o pior momento de suas vidas.
Um reforço essencial nesse esforço humanitário veio por meio do Sábado Solidário, realizado no dia 11 de maio. A ação, que mobilizou 150 voluntários e diversos grupos
Caxias participa de programa nacional para políticas de segurança alimentar
Caxias do Sul é uma das 10 cidades brasileiras selecionadas para receber mentoria do Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares (Luppa), na Ação Nacional de Segurança Alimentar. A atividade auxiliará na elaboração de um plano para políticas de segurança alimentar, sob a responsabilidade da diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa). As políticas, que abrangem desde a produção de alimentos até o acesso das pessoas e a forma de consumo, servem para que a população alcance um sistema alimentar sustentável e que os moradores tenham acesso a uma dieta saudável. “Teremos acesso a conhecimentos e estudos sobre sistemas alimentares mais saudáveis, justos e inclusivos. Também proporcionará obter novas fontes de dados, experiências e práticas bem-sucedidas”, destaca a diretora-técnica da SAN, Cristina Fabian Gregoletto.
parceiros em 45 supermercados da cidade, resultou em quase 20 toneladas de alimentos arrecadados — um recorde em 18 anos de atuação do Banco de Alimentos.
Kalizia Dalla Zen, coordenadora da Diretoria de Segurança Alimentar de Caxias do Sul, descreveu o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul como um momento desafiador, repleto de sentimentos e responsabilidades. “Não tem como não sair uma pessoa melhor e mais fortalecida depois de uma situação dessas”, afirma. Segundo ela, a crise reforçou a importância do Banco de Alimentos e o papel vital das políticas públicas. “É um olhar humano, é o alimento que acalma e aquece nos dias frios”, destaca.
Crianças atendidas pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
Santo Antônio participaram de uma oficina de Páscoa na Cozinha Experimental do Banco de Alimentos, em março. Cada criança fez seu ovo de chocolate com recheio de brigadeiro saudável de cenoura. O grupo também participou do preparo de um brownie integral de cacau e panquecas de beterraba recheadas com atum.
Em dois dias de Festa da Uva, realizada em fevereiro, o Banco de Alimentos arrecadou 3.200 quilos de alimentos, cuja doação não era obrigatória.
Rede de apoio garante refeições e aquece o coração de vítimas das enchentes
Combater a fome é muito mais do que uma missão – é um compromisso sustentado pela seriedade e alimentado pela compaixão. Em momentos de crise, esse comprometimento se fortalece ainda mais. Foi com esse espírito que o Banco de Alimentos de Gravataí, além de continuar atendendo as instituições sociais cadastradas, trabalhou incansavelmente para garantir que não faltassem alimentos às vítimas das enchentes, oferecendo suprimentos para a cozinha solidária do Sindilojas Gravataí.
O Banco de Alimentos forneceu os ingredientes necessários para que os voluntários, que atuaram no espaço cedido pelo Sindilojas Gravataí, preparassem refeições completas – incluindo almoço, jantar e lanches. Essa união
de esforços garantiu refeições para 12 abrigos em Gravataí, Cachoeirinha, Canoas, Guaíba e Eldorado do Sul, entregues pela fundamental rede de assistência que se formou na cidade.
Além de suprir essa cozinha solidária, o Banco de Alimentos de Gravataí também encaminhou doações de cestas básicas, colchões, travesseiros, cobertores, produtos de higiene e limpeza para Roca Sales, Eldorado do Sul e Novo Hamburgo, contando com a parceria do Rotary Club de Gravataí, Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí (Acigra), Supermercado Ramos, GM, além da sociedade. “Recebemos uma carreta com 20 toneladas de doações vindas de Joinvil-
Guaíba e Eldorado do Sul foram severamente impactadas pela inundação do lago Guaíba. Mas embora a tragédia climática tenha deixado um rastro destruição, também demonstrou a capacidade de resiliência e solidariedade da população, que contou com o socorro imediato do Banco de Alimentos de Guaíba.
“Graças a inúmeras doações recebidas de pessoas físicas e jurídicas conseguimos ajudar as famílias mais necessitadas, oferecendo além de alimento, água, colchões, cobertores, roupas de cama e banho, kits de higiene pessoal e de limpeza”, afirma a presidente do Banco de Alimentos, Ivani Vinãs.
“Agradecemos a todos que nos ajudaram, em especial à Rede de Bancos de Alimentos do RS, Lions Clube de Guaíba, Sesi, Sicredi, Instituto Júlio Simões, Sindicato Rural de Guaíba, Instituto Mulheres do Brasil e CPMC”, agradece a presidente.
Desde 2015, o Banco de Alimentos é uma atividade do Lions Clube de Guaíba. “Onde há uma necessidade há um leão presente, servindo desinteressadamente sua comunidade”, destaca a presidente, que completa dizendo que o combate à fome é um dos 5 pilares de atividade de Lions Internacional.
Beneficiários - Atualmente, o Banco de Alimentos de Guaíba possui 21 entidades credenciadas, que oferecem refeições a 3.500 pessoas mensalmente. No primeiro semestre do ano, doou 56 mil quilos de alimentos, além de água, colchões, cobertores, roupas de cama e banho, kits de higiene pessoal e de limpeza.
Voluntários se uniram para descarregar carreta com 20 toneladas de doações
le, que possibilitou que ampliássemos nossa ajuda a mais irmãos”, destaca o presidente do Banco de Alimentos de Gravataí, Célio Castelli.
Banco de Alimento garantiu insumos para a cozinha solidária do Sindilojas Gravataí
Corrida do Sesi
A Corrida do Sesi, promovida pelo SESI e Rede de Bancos de Alimentos do RS, foi realizada em Guaíba no dia 28 de abril e resultou na aquisição de 9.740 quilos de alimentos.
Sustentabilidade
O Banco de Alimentos formalizou convênio com o Sicredi, agência de Guaíba, criando o primeiro ponto de coleta de óleo de fritura descartável, que será recolhido pela empresa Ecológica. A receita das coletas será revertida ao Banco de Alimentos.
Sábado Solidário
Principal ação de arrecadação de alimentos organizada pelo Banco de Alimentos, até o mês de julho de 2024 arrecadou 16.200 quilos de alimentos, com a parceria de aproximadamente 110 voluntários em cada ação e de 10 supermercados da cidade.
O procurador regional federal da 4ª Região (RS, SC e PR), Melquizedek Santos Soares da Silva, e o subprocurador regional federal da 4ª Região Luiz Gustavo Souza, acompanhados pelo diretor voluntário do Banco de Alimentos de Porto Alegre e procurador federal da 4ª Região, Marcelo Horta Sanábio, estiveram no Banco de Alimentos para formalizar uma parceria. A Advocacia-Geral da União (AGU) socorreu várias famílias vítimas da enchente e recebeu apoio do Banco de Alimentos, que doou cestas básicas, leite, kits de higiene e limpeza e cobertores.
Vice-presidente do Banco de Alimentos
Antônio Parissi, subprocurador regional Dr. Luiz Gustavo Souza, procurador federal e diretor voluntário do Banco de Alimentos Dr. Marcelo Horta Sanábio, procurador regional federal Dr. Melquizedek Santos Soares da Silva, presidente do Banco de Alimentos Paulo Renê Bernhard e gerente de Operações do Banco de Alimentos Gilmar Ximenes
Na natureza, as formigas são conhecidas por seu trabalho incansável e capacidade de cooperar para o bem comum. Da mesma forma, na parábola das formigas, elas são descritas como pequenas criaturas que apesar de sua aparente fragilidade individual conseguem realizar feitos extraordinários graças à organização e esforço coletivo. São nesses exemplos que se encontram uma tradução literal e inspiradora do Projeto Formiguinha, uma iniciativa que vem transformando a realidade de muitas famílias.
Neste ano, o Projeto Formiguinha ganhou ainda mais destaque. Impulsionado pela mobilização de amigos e familiares de Cloé Fernandes, após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em maio, o projeto entregou ao Banco de Alimentos de Porto Alegre
cerca de 7 toneladas de alimentos entre janeiro e setembro de 2024. Com a colaboração de uma rede diversa que inclui amigos, familiares e colegas de profissão, o projeto tem sido um pilar essencial para o Banco de Alimentos.
“Um amigo foi falando para outro”, conta Cloé, idealizadora do Projeto Formiguinha e Companheira Leão do Lions Santa Flora, ao lado de seu marido José Fernandes. Ambos são diretores voluntários do Banco de Alimentos.
O impacto do Projeto Formiguinha vai além dos números. Assim como a parábola das formigas, o Projeto é a prova de que, com trabalho em equipe e solidariedade, é possível construir um futuro mais justo e sustentável para todos.
SOS Enchentes: cartilha traz orientações para evitar intoxicação
A equipe de Segurança Alimentar do Banco de Alimentos de Porto Alegre elaborou uma cartilha intitulada “Cuidados Com a Saúde Após as Enchentes”, que fornece orientações essenciais para evitar doenças por intoxicação e contaminação. A cartilha, disponível gratuitamente, alerta para o perigo de misturar produtos durante a limpeza e faxina de residências e estabelecimentos comerciais, destacando, também, a importância das práticas corretas de manipulação dos alimentos. A cartilha pode ser acessada e baixada em: bit.ly/cuidadosaposenchentes
José e Cloé Fernandes, à frente do Projeto Formiguinha, entregaram neste ano 6 toneladas de alimentos
Sob o lema “Dar de Si Antes de Pensar em Si”, o Rotary Club tem demonstrado uma profunda responsabilidade social e um compromisso com a construção de um mundo mais justo e igualitário. Essa filosofia permeia as iniciativas de seus associados, desde projetos de combate à fome e à pobreza até programas de educação e saúde. E foi com esse sentimento de respeito, empatia e cooperação com o próximo que a presidente Ano Rotário 2024/2025 do Rotary Club de Porto Alegre Independência Distrito 4680 Eliane Maria Virtuoso entregou ao
Eliane Maria Virtuoso (centro), presidente do Rotary Club de Porto Alegre Independência, entregou a primeira tonelada de alimentos
Banco de Alimentos de Porto Alegre a primeira tonelada de alimentos arrecadados pelo Projeto Abelhinha, realizado pelo Distrito.
A campanha de arrecadação de alimentos em prol do Banco de Alimentos iniciou no mês de junho, na gestão do presidente Eduardo Virtuoso, e contou com doações de todos os associados e seu círculo familiar e de amizade.
“Em todas as nossas reuniões os associados levam um quilo de alimento. Além disso, os rotarianos estão realizando campanhas em eventos diversos. Recentemente, uma associada pediu aos convidados de seu aniversário que levassem alimentos para doação, em vez de presente. E foi um sucesso”, conta Eliane.
Foram quase 90 dias de integração e essa parceria foi simbolizada em uma homenagem feita pela FIERGS aos Bancos Sociais. Carlos Heitor Zuanazzi, então superintendente geral do Sistema FIERGS, Fernando Artur Kerber, gerente da Área Administrativa de Pessoas e Rodrigo Gamallo, gerente de Gestão, entregaram um reconhecimento especial à equipe dos Bancos Sociais, representada por Paulo Renê Bernhard, Gilmar Ximenes e Lucelene Navarro.
Em meio ao caos causado pelas enchentes, a sede da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais em Porto Alegre se transformou em um verdadeiro ‘QG da Solidariedade’. Intocada pelas águas, a estrutura não só garantiu a continuidade das atividades dos Bancos Sociais, como também abraçou a nobre missão de alimentar as equipes do SENAI, SESI, FIERGS e dos próprios Bancos Sociais, cujo complexo de 10 mil metros quadrados abriga outros Bancos. Em um momento de crise, o espaço seguro tornou-se essencial para manter o trabalho dessas organizações coirmãs em prol da comunidade.
Como uma grande orquestra, todas as equipes atuaram harmoniosamente para enfrentar um dos momentos mais desafiadores da história recente do Estado. O SESI, conhecido por sua atuação na promoção da saúde, segurança e qualidade de vida dos trabalhadores da indústria, e o SENAI, reconhecido pela excelência na educação profissional e inovação tecnológica, se dedicaram incan-
savelmente para atender quem mais necessitava, indo muito além de suas importantes funções na sociedade. Junto com a FIERGS, que desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e industrial do Rio Grande do Sul, as organizações mostraram um comprometimento exemplar para bem atender as comunidades afetadas.
A primeira edição do Festival Turá em Porto Alegre, realizada nos dias 18 e 19 de novembro de 2023, no Anfiteatro Pôr do Sol, na Orla do Guaíba, foi um verdadeiro espetáculo de arte, cultura e solidariedade. Organizado pela Time For Fun (T4F), o evento encantou o público e trouxe à tona o poder transformador da união em torno de uma causa. Além das apresentações memoráveis, a or-
ganização disponibilizou o ingresso solidário, arrecadando 7 toneladas de alimentos em benefício do Banco de Alimentos de Porto Alegre. A segunda edição do festival, mesmo sendo adiada para 2025, já garantiu mais 5 toneladas de alimentos, por decisão solidária dos organizadores. Diante das enchentes devastadoras que atingiram diversas cidades gaúchas, o evento foi adiado para
O projeto Passos da Longevidade, do Banco de Alimentos, ficou em segundo lugar no Concurso de Melhores Projetos Intersetoriais e Multistakeholder para Enfrentamento às CCNTs, promovido pelo FórumCCNTs, que reúne lideranças dos setores público, privado e terceiro setor para melhorar o cenário das Condições Crônicas Não-Transmissíveis (CCNTs) no país.
A nutricionista chefe do Banco de Alimentos, Adriana Lockmann (foto), que coordena o Passos da Longevidade, recebeu a premiação em São Paulo, em abril, pelo impacto do projeto, que prioriza a promoção da saúde e qualidade de vida entre os idosos.
As CCNTs, principalmente diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e obesidade são causadas por
2025. “Acompanhamos a triste tragédia que impacta o Rio Grande do Sul e continuamos mobilizados em ajudar aqueles que mais precisam”, declarou a T4F, em nota oficial.
Apesar do adiamento, o espírito solidário do festival permaneceu intacto. Sensíveis à emergência social causada pelas chuvas, os organizadores adiantaram a doação de 5 toneladas de alimentos ao Banco de Alimentos de Porto Alegre.
O reencontro com cultura, sustentabilidade e solidariedade já está marcado: o Festival Turá Porto Alegre será nos dias 25 e 26 de outubro de 2025, com a expectativa de proporcionar novamente toda a magia do evento, que promete reunir grandes nomes da música e da arte, com o mesmo compromisso de impactar positivamente a sociedade.
alimentação inadequada, podendo levar à mortalidade. Para promover uma alimentação adequada ao tratamento destas condições, o projeto entrelaça atividades nutricionais e psicossociais.
AExpoagas 2024, um dos maiores eventos do setor supermercadista da América Latina, transcendeu seu caráter comercial e se consolidou como um marco de responsabilidade social e sustentabilidade. Neste ano, a feira não apenas trouxe novas oportunidades de negócios, mas também reafirmou seu compromisso com a comunidade ao transformar desperdício em esperança. Por meio de uma parceria estratégica com o Banco de Alimentos de Porto Alegre, a Expoagas 2024 garantiu que milhares de produtos que seriam descartados ou retornassem à indústria fossem redirecionados para uma causa nobre: mitigar a fome existente. Foram arrecadadas 10 toneladas de alimentos e outros produtos.
Seguindo os preceitos ESG, a Expoagas reafirma seu compromisso com a sustentabilidade. Nesta ação solidária, produtos que seriam descartados, excedentes, itens não comercializados ou com embalagens danificadas foram doados ao Banco de Alimentos, evitando o desperdício e o impacto ambiental associado ao transporte de longas distâncias. Ao invés de contribuírem para o acúmulo de resíduos e aumento da pegada de carbono, esses alimentos ganharam uma finalidade nobre.
Na última noite da Feira, em uma grande demonstração de solida-
Empresas doadoras na Expoagas 2024
As empresas que doaram seus itens ao Banco de Alimentos conquistaram o selo BAH – Heróis do Banco de Alimentos*, certificação que reconhece os parceiros da Rede de Bancos de Alimentos do RS.
Quase 70 voluntários realizaram a coleta de 82 empresas solidárias, que doaram seus excedentes da feira
riedade, voluntários do Banco de Alimentos arrecadaram 10 toneladas de alimentos, itens de higiene e limpeza e outros produtos, disponibilizados generosamente por 82 empresas solidárias. As doações contribuíram para o atendimento de mais de 300 organizações sociais cadastradas, incluindo Escolas de Ensino Infantil, Instituições de Longa Permanência para Idosos, hospitais, entre outros.
Este feito fortalece a missão do Banco de Alimentos, que desde sua fundação conta com o apoio da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS).
A AGAS, uma das entidades instituidoras do Banco de Alimentos no ano 2000, continua sendo uma das maiores apoiadoras na luta contra a fome, tanto durante a Expoagas
A.C. Müller Alcafoods Alimentare Aquafast Aveserra Baldo Bally
Blue Ville
Bom Dia
Caal
Cápera
Claramax Da Magrinha Deale
*www.heroisdobancodealimentos.com.br
Divine Doble
Domelly
Dori
DRT
Equinox
Excelsior Alimentos
Finopel
Flor de Abril
Florestal Frimesa
Fruki
Frutas Mentz Gaboardi
Girando Sol Granja Faria
Grupo O Boticário
Grupo Rizzotto
Grupo Triângulo
Guimarães Limpeza
Gula
Hiperpan
JCW
Justo Assessoria
Kellanova
Laticínios Carolina
Mallet
Mandaká
quanto em campanhas contínuas em frente aos supermercados, como o Sábado Solidário, Natal do Bem, Super Natal e Trote Solidário.
Essas iniciativas, que se estendem por todo o Rio Grande do Sul, resultam em arrecadações significativas, contribuindo para a manutenção dos Bancos de Alimentos locais e fortalecendo o impacto social em todas as regiões.
Somam-se ao sucesso desta operação, a logística, com apoio vital do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (SETCERGS) e do Centro Empresarial Porto Seco (Ceporto), que, juntos, garantem que os alimentos e outros itens essenciais cheguem às mãos daqueles que mais precisam, reforçando assim a rede de solidariedade que move o Rio Grande do Sul.
Maria Inês Marquespan Marsala
Maxxy
M&ta Assessoria Empresarial
Mili
Mosmann
NAT-Vibra
Naturovos
Naty Açaí
Neugebauer
Nordeste
Odara Alimentos
Oderich Organovita Orquídea Pamplona Panfácil
Porto Balanças
Predilecta Primavera
Purolatte
Rei Arthur
Rocha Alimentos
Romena Roseflor Rozcato
Santa Clara Santo Antônio Alimentos
Sarandi
Semalo
Sepac Silvestrin
Sorvebom
Suvalan
Suzano
Trigelê
UPX Solution
Vale Verde Zinho
O Rotary Club de Lajeado –Engenho concedeu o Prêmio Parceiro do Rotary ao Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul, em reconhecimento à colaboração no atendimento às vítimas dos desastres climáticos que atingiram o Vale do Taquari. A homenagem reflete o esforço conjunto para aliviar o sofrimento das famílias afetadas.
“Agradecemos imensamente a homenagem, mas gostaríamos de destacar o excelente trabalho dos companheiros rotarianos no atendimento às comunidades duramente afetadas”, afirma Paulo Renê Bernhard, presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre e da Rede de Bancos de Alimentos do RS.
O Rotary Club de Lajeado –Engenho teve papel fundamental na identificação das famílias mais
Vice-presidente do Rotary Lajeado-Engenho, Gerson Gerhard, entrega reconhecimento à gerente administrativo-financeiro do Banco de Alimentos, Lucelene
necessitadas, que perderam móveis e eletrodomésticos. Esse trabalho detalhado possibilitou a entrega de doações como fogões, geladeiras, máquinas de lavar, cestas básicas, entre outros, em dois momentos
Os jovens Bernardo Dal Molin e Marco Pizzato, do Projeto Arroz com Feijão, entregaram ao Banco de Alimentos os alimentos arrecadados noite de Natal, fruto da parceria com a Business For Fun - B4F que disponibilizou ingresso solidário em sua festa Christmas For Fun, que ocorreu na Casa NTX. O Projeto Arroz com Feijão foi criado por um grupo de jovens para auxiliar no combate à insegurança alimentar.
A pequena Laura, 8 anos, filha da estagiária de Nutrição do projeto Oficina do Sabor, Cristiana Bastos, trouxe um toque de leveza às ações do Banco de Alimentos durante a crise das enchentes. Ela sempre encanta toda equipe e ajudou a suavizar o intenso trabalho de apoio às famílias atingidas com sua alegria.
críticos: em 2023, com o apoio do Instituto SLC, e em junho de 2024, com recursos recebidos pelos Bancos Sociais, provenientes de diversas doações.
Leia mais nas páginas 35 e 41.
A Bom Princípio Alimentos, com matriz em Tupandi (RS), doou 3.600 potes de Creme de Coco Queimado de Colher ao Banco de Alimentos para auxiliar inúmeras instituições sociais, que recebem cestas básicas mensalmente. As doações foram entregues pela analista de marketing e líder ESG da Bom Princípio, Manuela Soares e pelo gerente de marketing Marcelo Altenhofen.
Com forte senso de responsabilidade social, ao longo de seus 67 anos a Comercial Zaffari vem consolidando como um de seus alicerces de gestão o compromisso de contribuir para o desenvolvimento da sociedade por meio de ações e projetos comunitários no entorno das regiões onde suas lojas de bandeira Stok Center e Comercial Zaffari possuem unidades. Entre elas, a campanha Troco Solidário, realizada na loja Stok Center da Av. Manoel Elias, em benefício do Banco de Alimentos de Porto Alegre, que no primeiro semestre de 2024 possibilitou a aquisição de 121 cestas básicas de 18 quilos, cada uma, suficientes para atender 484 pessoas. Agora, a empresa também disponibiliza suas lojas Stok Center e Comercial Zaffari para a realização de Sábado Solidário.
A equipe do Oficina do Sabor, do Banco de Alimentos, participou do curso para aprimorar o conhecimento sobre as receitas e desenvolver um módulo de pães e pastas no projeto, uma iniciativa voltada à educação alimentar e nutricional
Representantes da South System entregaram ao Banco de Alimentos a doação de 2,3 toneladas de alimentos arrecadados junto aos colaboradores da empresa. Gabriela Lanzarini, do marketing, e Michelle Duso, analista de teste e a campeã de doação entre os mais de 300 integrantes do time da South System, representaram todos que doaram integralmente ou parte do presente de Páscoa que ganharam da empresa. Essa foi a terceira doação da South System ao Banco de Alimentos e representa o compromisso social da empresa, que é signatária do Pacto Global, da ONU.
Representando todos os colaboradores e diretores da Melnick que participaram de uma ação natalina em prol do Banco de Alimentos, a equipe de Marketing e lançamentos da empresa esteve no Banco de Alimentos de Porto Alegre para entregar as doações, simbolizadas em um grande cheque nominal de R$ 15 mil, que possibilitaram a aquisição de quase 300 cestas básicas.
Marçal Paim da Rocha, fundador da Químea Inteligência Ambiental, entregou ao Banco de Alimentos a doação de alimentos arrecadados durante a Econext Summit 2023, evento de sustentabilidade e inovação que abordou entre outros temas os conceitos de ESG e tendências do mercado ambiental.
Econex:
Equipe da Químea Inteligência Ambiental entregou as doações
Gabriela e Michelle foram recebidas pela gerente administrativo financeiro do Banco de Alimentos Lucelene Navarro, pelo gerente operacional Gilmar Ximenes e pelo colaborador Luciano Machado.
Machado, da Melnik, Lucelene Navarro, gerente administrativofinanceiro do Banco, Alessandra Gibeke e Vitória Duarte Martins, da Melnick, e o presidente do Banco, Paulo Renê Bernhard
Unidade Móvel do SENAI-SP ajuda vítimas das enchentes e reforça capacitação
O SENAI-SP disponibilizou sua Unidade Móvel de Panificação e Confeitaria para atender abrigos temporários das vítimas das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Além de prestar auxílio emergencial, a ação permitiu que o SENAI-RS concluísse o curso de Qualificação em Padeiro, do projeto Qualifica, cujas aulas estavam suspensas devido ao desastre natural.
As atividades foram retomadas na sede da Fundação dos Bancos Sociais, onde, além da continuidade do curso, a equipe de Nutrição do Banco de Alimentos recebeu capacitação em cursos rápidos, que incluíram produção de pães e pizzas artesanais, e aperfeiçoamento em folhados e semifolhados. Os conhecimentos adquiridos serão multiplicados em instituições beneficiárias e nas aulas do projeto Oficina do Sabor, promovendo impacto positivo nas comunidades afetadas.
“A
As fortes chuvas que atingiram o Estado no início de maio superaram todas as previsões, causando uma grave crise. Em Novo Hamburgo, o cenário rapidamente se agravou, forçando a evacuação do bairro Santo Afonso, com moradores sendo abrigados em ginásios, colégios e até em prédios privados. Outros bairros mais vulneráveis, como Canudos e vilas próximo ao dique que rompeu, inundando também São Leopoldo, padeceram com a gravidade da inundação.
Diante da emergência, a comunidade se mobilizou para enfrentar a situação. O Banco de Alimentos da Região do Calçado agiu prontamente, disponibilizando arroz, feijão, massa e outros itens a instituições que produziam refeições. A resposta da comunidade foi surpreendente: vaquinhas foram organizadas para a compra de carne, e cozinhas solidárias emergenciais surgiram em diversos pontos da cidade. Voluntários atuaram em várias frentes, preparando e distribuindo alimentos para quem mais precisava. “A situação lembrava um cenário de guerra”, lembra o presidente do Banco de Alimentos da Região do Calçado, Ademir Rodrigues.
Mas o trabalho do Banco de Alimentos foi incessante e com o apoio da Rede de Bancos de Alimentos foi possível atender as 56 instituições regulares, além de outras 30 que buscaram ajuda emergencial. Somente nos meses de maio e junho, o Banco de Alimentos doou 40 toneladas de alimentos.
Presidente Ademir Rodrigues e sua equipe de voluntários do BARC recebeu doações na bilheteria do lançamento
O Teatro Feevale foi o cenário de um evento que combinou cultura e solidariedade em celebração ao bicentenário da imigração alemã no Brasil, no dia 30 de julho. O Grupo Sinos lançou o documentário Origens (Fur IMMER), o terceiro de uma série iniciada em 2017, que se junta a “Para Sempre” e “Gerações” na preservação e difusão da história da imigração alemã.
O evento não apenas homenageou o legado dos imigrantes, mas também ofereceu à comunidade a oportunidade de contribuir para uma causa nobre. A entrada para o lançamento foi estipulada em 2 quilos de alimentos, que foram integralmente destinados ao Banco de Alimentos Região do Calçado, resultando na arrecadação de 702 quilos de alimentos. A ação demonstra como eventos culturais podem unir esforços para o bem social, reforçando o compromisso com a solidariedade e a assistência alimentar.
Nos últimos meses, uma ampla mobilização de solidariedade foi responsável por amenizar o impacto das enchentes que atingiram o Estado. Em Rio Grande, o Banco de Alimentos local forneceu 60 toneladas de alimentos, que representaram mais de 180 mil refeições, entre os meses de maio e julho, sendo um verdadeiro alívio para as famílias que estavam sendo resgatadas de suas casas. Os números revelam a força de uma ação conjunta de voluntários, comunidade e empresas.
A Rede Banco de Alimentos, em meio a enchente da Capital, liderou o esforço, enviando 20 toneladas de alimentos em cestas básicas, leite e água, com apoio da empresa Planalto Transportes, que viabilizou que as doações chegassem a Rio Grande. Já a empresa Guanabara contribuiu com 22 mil litros de água, distribuídos em operações de resgate, ao longo de maio e junho.
Planalto Transportes viabilizou que as doações da Rede de Bancos de Alimentos chegassem a Rio Grande
As empresas mantenedoras do Banco de Alimentos de Rio Grande, Refinaria Riograndense, Yara Brasil, Tecon e Unimed, fizeram doações significativas, somando quase 7 toneladas em cestas básicas distribuídas pelos jipeiros voluntários nos meses de maio e junho.
Entidades como a Maçonaria e o Sindicato Médico, juntamente
O Banco de Alimentos de Tramandaí continua a desempenhar um papel essencial no combate à fome, por meio de suas ações regulares e iniciativas emergenciais. As enchentes que devastaram várias cidades resultaram em um aumento significativo de pessoas que buscaram refúgio no Litoral, sobrecarregando famílias locais que abriram suas portas para acolher parentes e amigos.
Para suprir essa demanda crescente, o Banco de Alimentos recebeu
com doadores anônimos, uniram forças para doar mais de 1.000 quilos de alimentos, garantindo suporte adicional durante os meses mais críticos. Além disso, 32 entidades receberam um adiantamento trimestral que resultou na distribuição de 9 toneladas de alimentos, completando a soma que trouxe alívio a diversas famílias.
Presidente Marco Dannenberg (direita) celebra a doação de 12 toneladas de alimentos
uma doação expressiva de mais de 12 toneladas de alimentos, enviada de São Paulo. A ajuda permitiu que a organização ampliasse o atendimento e continuasse a beneficiar as entidades filantrópicas cadastradas na região.
“Seguimos firmes no propósito de combater a fome em nossa região, atendendo às entidades filantrópicas cadastradas”, destaca Marco Dannenberg, presidente do Banco de Alimentos de Tramandaí.
Os 7 anos de fundação do Banco de Alimentos de Santa Maria foram celebrados ao melhor estilo. No dia 14 de agosto, na sede da entidade, foi realizado um coquetel com a presença de autoridades municipais, empresários, conselheiros, diretores, voluntários e amigos do Banco.
Na oportunidade foi concedido o Selo BAH – Heróis de Alimentos como reconhecimento pelo apoio financeiro das empresas Centers Empreendimentos (fundadora e mantenedora desde a fundação), Supermercados Beltrame, Construtora Nima, MPE Distribuidora, Moinho Santa Maria, Riachuelo Pré-Vestibulares e ENEM, além da Câmara de Vereadores.
Essas empresas e instituições são reconhecidas como protagonistas na luta contra a fome, demonstrando que a responsabilidade social pode
de Alimentos
transformar realidades e garantir um futuro mais digno para todos. Além do reconhecimento público, esses heróis fortalecem seu compromisso com a sociedade, sendo vistos como exemplos de cidadania corporativa.
do Rio Grande sorteia um apartamento
O Banco de Alimentos recebeu a doação de dois apartamentos para ajudar o povo gaúcho a se recuperar. O primeiro deles será sorteado em um evento filantrópico autorizado pelo Ministério da Economia, marcado para o dia 28 de dezembro. A campanha, chamada “Abrace o Coração do Rio Grande”, disponibilizará cupons eletrônicos para arrecadar fundos que serão destinados ao Projeto Morada Digna, ampliando o alcance do auxílio a outras regiões, como a Quarta Colônia de Imigração Italiana e o Vale do Rio Taquari.
Cada cupom terá o valor de R$ 7,00. Para participar, basta acessar o site www.abraceocoracaodoriogrande.com.br.
Projeto
Digna: novos recomeços para lares cheios de esperança
Ciente de sua responsabilidade social, o Banco de Alimentos se mobilizou para socorrer vítimas das enchentes. Em parceria com a Centers Empreendimentos e Wagner Advogados Associados, foi criado o Projeto Morada Digna, que auxilia famílias doando móveis, eletrodomésticos e utensílios do lar. Além de doações das duas empresas, o projeto foi contemplado em uma vaquinha on-line, além da adesão de outras empresas e instituições que contribuíram com itens e serviços. No total, mais de R$ 600 mil foi arrecadado. Até outubro, foram distribuídos 1.382 eletros e utensílios a 150 famílias, além de 6 toneladas de alimentos, 3 mil litros de leite e outros itens essenciais. Leia mais sobre o projeto na página 46.
O Banco de Alimentos de Santa Maria (BA.SM) recebeu uma Moção de Congratulação da Câmara de Vereadores da cidade em reconhecimento ao trabalho realizado no período pós-enchentes, com a criação e gestão de uma inovadora Plataforma de Mapeamento de Distribuição de Refeições por Georreferenciamento, que otimizou a entrega de marmitas a comunidades vulneráveis, afetadas pelas inundações.
A iniciativa foi fundamental para garantir a distribuição de insumos para as cozinhas solidárias e comunitárias, que produziam refeições a quem mais necessitava.
Para elaboração da ferramenta, foi formado um Comitê de Mapeamento de Refeições, que contou com a participação de Katito Severo, que atende a população em situação de rua, e a estudante de Geografia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Raquel Trindade, além da equipe do BA.SM.
Raquel, com seu conhecimento técnico, elaborou um mapa de doações que obteve reconhecimento internacional, além de colaborar com o Comitê no mapeamento da distribuição das refeições. Com base
nas informações planilhadas pela nutricionista Silvane Félix e assistente social Andréia Silva, ambas do Banco de Alimentos de Santa Maria, o Comitê desenvolveu estratégias para organizar a distribuição de alimentos de forma eficiente.
A proposta era garantir que as refeições chegassem a locais distantes e às pessoas em situações de extrema necessidade, afetadas não apenas pela falta de comida, mas também por condições adversas como ausência de água, energia elétrica e pertences básicos.
Outros voluntários se juntaram à causa, fortalecendo a logística de entrega de refeições. Esse trabalho intensivo de gestão de informações e parcerias diárias com as comunidades resultou na movimentação de mais de 60 mil refeições durante o período crítico das chuvas. O Banco de Alimentos, por sua vez, doou cerca de 20 mil quilos de alimentos aos grupos solidários que preparavam as refeições.
No dia 18 de junho, o Mapeamento de Refeições recebeu uma Moção de Congratulação, proposta pelo Vereador Augusto Panzenhagem e aprovada por unanimidade pelos vereadores de Santa Maria. Esse reconhecimento reafirma a importância da solidariedade e da colaboração entre diferentes setores da sociedade para enfrentar situações de emergência e garantir que o auxílio chegue a quem mais precisa.
No mês de abril de 2024, o Banco de Alimentos de Uruguaiana, representado por sua presidente Edna Fabrício Albuquerque, foi agraciado com uma homenagem da Câmara Municipal da cidade em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela instituição. Com foco no combate à fome e na assistência às famílias em situação de vulnerabilidade social, o Banco de Alimentos tem se consolidado como uma peça fundamental na rede de solidariedade da cidade.
A cerimônia ocorreu durante
uma sessão solene, onde vereadores destacaram a importância das ações realizadas pelo Banco de Alimentos sob a liderança de Edna. “Esta homenagem não é apenas minha, mas de todos que acreditam no poder da solidariedade. Cada doação, cada gesto de carinho, tem ajudado a transformar a vida de muitas famílias que enfrentam momentos difíceis”, declarou Edna Albuquerque.
Depois de meses sem atividades em São Leopoldo, o Banco de Alimentos do Vale do Sinos retoma suas atividades em um novo espaço, após sua sede ser totalmente devastada pela cheia do Rio dos Sinos, resultando na perda total de suas instalações, com destruição de mobiliário, eletrônicos, acervo documental e estoque de alimentos.
Com o fundamental apoio do Centro Medianeira, entidade beneficiária do Banco de Alimentos, a organização agora atua em uma sala cedida no Núcleo Centro, até que seja reformado um espaço no Núcleo Campina.
Apesar de ser sediado em São Leopoldo, o Banco atende também aos municípios de Sapucaia do Sul, Esteio e Portão, que mantiveram suas arrecadações e doações no período de crise.
O Centro Medianeira, que cedeu espaço para abrigar nova sede do Banco de Alimentos do Vale do Sinos, é uma instituição social sem fins lucrativos que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social através de oficinas sociais, esportivas, culturais e profissionalizantes.
O Banco de Alimentos de Viamão, atuando com dedicação e compromisso, é uma importante iniciativa de combate à fome na região. Formado por uma rede de voluntários e doadores, o projeto garante que alimentos cheguem a quatro instituições sociais do município, que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade. Entre as organizações beneficiárias estão a Comunidade Terapêutica Casa de Davi e o residencial terapêutico Renascidas de Lis, que recebem doações mensais, para suprir cinco refeições diárias servidas pelas casas.
CT Casa de Davi
A Comunidade Terapêutica Casa de Davi é uma instituição filantrópica para tratamento de dependentes químicos, que abriga, em média, 30 pessoas.
Renascidas de Lis
O Residencial Terapêutico Renascidas de Lis é uma instituição filantrópica, que há três anos acolhe mulheres com transtornos mentais graves. Atualmente são 15 residentes, sendo que algumas são oriundas de situações de abuso e maus tratos.
A missão da Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul vai muito além do atendimento cotidiano. Em momentos de catástrofes e desastres, estende a mão, levando ajuda humanitária a comunidades que enfrentam momentos de extrema dificuldade. Imediatamente ao início da crise climática que assolou o Estado em maio, diretores e presidentes dos Bancos associados à Rede participaram de uma reunião on-line, para discutir o plano de ação para socorrer as vítimas das enchentes. Prontamente a Rede disponibilizou à Defesa Civil do Estado 100 toneladas de alimentos, e acordou que a ajuda também seria oferecida às organizações que atuavam na linha de frente, socorrendo as vítimas da tragédia.
A Rede trabalhou de forma integrada nos 30 municípios que possui Bancos de Alimentos e nas cidades de seus entornos, mantendo o compromisso de proporcionar mais esperança àqueles que enfrentam situações adversas, com a missão inabalável de servir como um pilar fundamental a centenas de organiza-
O presidente da Rede, Paulo Renê Bernhard, que também preside o Banco de Alimentos de Porto Alegre, conduziu a reunião ao lado de Paola Monti, do setor de Comunicação e Marketing da Rede.
ções sociais que trabalham incansavelmente nas comunidades em situação de vulnerabilidade, beneficiando milhares de pessoas.
O Banco de Alimentos Metropolitano de Curitiba, associado à Rede de Bancos de Alimentos do RS, atua de forma decisiva no combate à fome e na promoção da segurança alimentar na capital paranaense e Região Metropolitana. Mas sua atuação não se limita ao Paraná. Em mais um gesto de generosidade, o Banco organizou uma campanha humanitária em apoio ao Rio Grande do Sul, recolhendo doações de alimentos, material de higiene e limpeza, colchões, cobertores e ração animal na sede do Lions Clube de Pinhais.
A iniciativa foi realizada em parceria com o Lions International LD-1 e o Rotary International 4730. As doações foram enviadas ao Banco de Alimentos de Porto Alegre, contando com o apoio constante e generoso da Modular Cargas.
Desde sua fundação, há 9 anos, o Banco de Alimentos de Curitiba se destaca pela mobilização em prol da doação de alimentos, que são distribuídos para 20 instituições que atendem populações em situação de vulnerabilidade social. Em parce-
Presidente Carla Menghini, à direita, na linha de frente no combate à fome, ao lado de Sueli,
Ação
ria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que repassa alimentos não perecíveis e produtos hortifrutigranjeiros, o Banco garante que os produtos cheguem às entidades assistenciais cadastradas. Além disso, o Banco conta com o apoio da empresa CD Sul Logística, que doa leite em pó regularmente, incluindo uma recente doação de leite enriquecido com vitaminas de frutas, reforçando a nutrição dos beneficiários.
O Banco de Alimentos Metropolitano de Curitiba firmou termo de parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). Esse acordo marca o início de uma colaboração com potencial de gerar impactos significativos tanto para a comunidade local quanto para o setor industrial paranaense, alinhando-se aos princípios ESG (Environmental, Social and Governance) e fortalecendo a responsabilidade social corporativa. Esse acordo não apenas reforça a atuação do Banco de Alimentos como também oferece às indústrias paranaenses uma oportunidade de engajar-se em ações que promovem o bem-estar social, atendendo às demandas do mercado por práticas alinhadas ao ESG. Ao unirem
forças em prol de uma sociedade mais justa, FIEP e Banco de Alimentos Metropolitano de Curitiba pavimentam o caminho para um futuro no qual a solidariedade e a responsabilidade social são pilares de uma indústria comprometida com o bem-estar de sua comunidade.
A expectativa é que essa parceria gere resultados notáveis, como a ampliação do acesso a alimentos de qualidade para comunidades vulneráveis e a redução significativa do desperdício, além da promoção de um ciclo de solidariedade entre empresas e instituições.
No horizonte dessa parceria, o impacto positivo não se limita apenas ao presente, mas se estende à construção de uma sociedade mais inclusiva e solidária para o futuro.
Banco de Alimentos de Santa Catarina: Três anos combatendo a fome e promovendo a solidariedade
Quando a solidariedade é o combustível, combater a fome torna-se uma missão compartilhada e factível. Em 8 de setembro de 2021, o Banco de Alimentos de Santa Catarina (BASC) foi oficialmente criado, resultado de uma articulação significativa entre nove entidades representativas da sociedade civil catarinense, como a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), o Grupo ND, a ACIF, a OAB-SC, a FEAGRO-SC, a Fundação Hermon, a UNISUL e a NC Comunicações, todas lideradas pelo Distrito 4652 do Rotary Internacional. “Foi uma magnífica união de esforços”, relembra o grande mentor desse movimento, Antônio Parissi, vice-presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre, que mobilizou parceiros do Rotary e outras instituições para levar ao estado catarinense a expertise consolidada no Rio Grande do Sul.
A Rede de Bancos de Alimentos do RS, que possui mais de 20 anos de experiência no combate à insegurança alimentar, desempenhou um papel fundamental ao compartilhar todo o seu know-how para via-
bilizar a criação do BASC. “Foi um momento histórico, em que plantávamos a semente de uma instituição que, em parceria com a sociedade civil, enfrentaria a fome e a vulnerabilidade alimentar que se agravaram durante a pandemia”, relembra Jorge Luiz Bof, presidente da Diretoria Executiva do BASC.
Investimento
Bof destaca que a fome é uma questão crítica e urgente. “A ciência nos mostra que são nos primeiros três anos de um bebê que se formam a maior parte de seus neurônios e sua capacidade imunológica, entre outras coisas. Se não cuidarmos deste ser como ele precisa, estaremos condenando nossas gerações futuras, pois teremos cidadãos com déficits físicos e intelectuais. E é esse compromisso que nossos Instituidores assumiram, na data de nossa fundação: combater a insegurança alimentar e nutricional em nosso Estado”, destaca Bof.
O Banco de Alimentos de Santa Catarina (BASC) atende as necessidades básicas alimentares e nutricionais, principalmente das futuras
gerações, embora atenda também idosos e outros necessitados.
Com foco nas gerações mais jovens, mas também no atendimento a idosos e outras populações vulneráveis, o BASC já distribuiu mais de 100 toneladas de alimentos em apenas três anos de operação. As doações são destinadas a entidades de promoção social previamente cadastradas e avaliadas pelos colaboradores do Banco.
Apesar dos avanços, Bof reforça que o trabalho está apenas começando. “Estamos engatinhando, mas os planos futuros são ambiciosos. A participação ativa da sociedade é fundamental para o sucesso da nossa missão”, afirma. Com um time de voluntários e parceiros dedicados, o BASC continua crescendo e fazendo a diferença, fortalecendo uma corrente de solidariedade que transforma a vida de muitas famílias catarinenses.
Empresário e empreendedor social: como este líder construiu um legado transformador para indústria e sociedade
À frente de iniciativas pioneiras, Jorge Luiz Buneder vem impulsionando o desenvolvimento sustentável, mostrando como empreendedorismo e responsabilidade social podem caminhar juntos para promover o bem-estar social
Muito antes de os conceitos de ESG (Ambiental, Social e Governança) ganharem popularidade no Brasil e no mundo, um empresário gaúcho já os implementava. O industrial Jorge Luiz Buneder iniciou essa trajetória com ações em sua própria empresa e, posteriormente, disseminou essas práticas em outros ambientes industriais, empresariais e até médicos. Com uma visão que transcende seu tempo, ele introduziu práticas inovadoras que conectam empresas, sociedade civil e iniciativas sustentáveis em um propósito comum: melhorar a vida de quem mais precisa, priorizando o desenvolvimento sustentável.
Jorge Luiz Buneder sempre foi um empresário com visão estratégica e solidária, à frente de seu tempo, atuando como um verdadeiro empreendedor social. Grandes realizações marcam sua trajetória, e seu pioneirismo continua a inspirar ações não apenas no Rio Grande do Sul, mas em todo o Brasil. Como diretor-presidente da Stemac Grupos Geradores, líder nacional na fabricação
Líder por natureza, Jorge Luiz
Buneder sempre preferiu atuar nos bastidores, longe dos holofotes. Sua abordagem prática, ética e perseverante reflete sua crença de que o
e comercialização de geradores, Buneder incentivou ações sociais nos ambientes de sua empresa, fomentando e reconhecendo as atividades executadas por sua equipe.
Como coordenador do Conselho de Cidadania da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) por mais de 25 anos e diretor do Sistema CIERGS/FIERGS, ele se valeu de seu carisma e personalidade unificadora, reunindo grandes líderes no Conselho e, juntos, trabalharam incansavelmente para criar no ano 2000 o primeiro Banco de Alimentos do Brasil, o Banco de Alimentos de Porto Alegre, que posteriormente, em 2003, inspirou a criação da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, juntamente com o industrial Jorge Gerdau Johannpeter.
verdadeiro trabalho social se faz no dia a dia, com ações concretas. Sob sua gestão, o Banco de Alimentos de Porto Alegre expandiu seu alcance, e o Conselho de Cidadania da FIERGS se tornou um exemplo de como a responsabilidade social pode ser um diferencial competitivo e uma força para o bem comum.
As metodologias do Banco de Alimentos e dos Bancos Sociais foram disseminadas pelo Brasil inteiro por meio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apresentou a experiência em diversos países, como Alemanha e Portugal.
Como projetos de economia circular, as organizações idealizadas sob o comando de Buneder antecederam o termo ESG, muito antes de se tornar uma tendência global, após ter surgido em uma publicação do Pacto Global da ONU em 2004, chamada *Who Cares Wins* (Ganha quem se importa). A publicação foi uma provocação do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como as companhias poderiam integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.
Até hoje, 21 anos após o lançamento da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, seus 13 Bancos Sociais continuam a preencher lacunas em diversas áreas, combatendo o desperdício e atendendo às demandas da sociedade. A Fundação dos Bancos Sociais, criada em 2003, se consolidou como a única do gênero entre as federações de indústria do país, posicionando a indústria gaúcha como um grande ator no mapa da solidariedade. Sua metodologia está sendo analisada para ser replicada em outros estados, como MT e RJ. Como coordenador do Conselho de Cidadania da FIERGS, Jorge Luiz Buneder posicionou o Rio Grande do Sul como uma referência em responsabilidade social corporativa. Entretanto, sua atuação não se limita ao setor industrial; outras ações sociais comprovam seu caráter humanista e humanitário, como sua dedicação à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, onde é irmão da fraternidade e membro do Conselho. É na Santa Casa que estão instalados dois Bancos Sociais idealizados pelo Conselho de Cidadania da FIERGS, sob o comando de Buneder: o Banco de Órgãos e Transplantes e o Banco de Tecido Humano – Pele.
Na ativa, Jorge Luiz Buneder segue trilhando um caminho que imprime seu legado, já profundamente enraizado na vida de milhares de pessoas beneficiadas por suas iniciativas. Visionário e comprometido com um futuro melhor, ele continua a inspirar com seu exemplo de dedicação e liderança transformadora. O que realmente destaca Jorge Buneder é a sua humanidade. Por trás das grandes realizações e das conquistas empresariais, está um homem que, acima de tudo, valoriza o bem-estar do próximo. Suas ações não se limitam a números ou metas; elas são guiadas
por um genuíno desejo de fazer a diferença na vida das pessoas.
Em 2016, sua dedicação foi reconhecida com o prêmio Personalidade Top Ser Humano, concedido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – Rio Grande do Sul (ABRH-RS), além de um Carrinho de Ouro, da AGAS, entre outros. Reconhecimentos merecidos para alguém que, ao longo de sua vida, tem provado que o verdadeiro crescimento – tanto das pessoas quanto das empresas – vem da capacidade de valorizar e transformar vidas.
Solidariedade abraça o Estado e encoraja o recomeço após sequência de desastres climáticos
Em poucos meses, o Rio Grande do Sul foi atingido por uma sequência de desastres ambientais que deixaram um rastro destruição e sofrimento. As enchentes e ciclones que atingiram o Estado em junho, em setembro e novembro de 2023, e novamente em maio de 2024 devastaram cidades inteiras, ceifaram vidas e obrigaram milhares de gaúchos a abandonar seus lares. Em meio a essa tragédia, a resiliência e a solidariedade emergiram como faróis de esperança. Como em ocasiões anteriores, a Rede de Bancos de Alimentos do RS e a Fundação Gaúcha do Bancos Sociais (FGBS) da FIERGS
socorreram quem mais precisava em todos os momentos.
Nas primeiras adversidades, em 2023, a Rede de Banco de Alimentos doou mais de 280 mil quilos de alimentos, milhares de peças de vestuário, roupas de cama e banho, bem como eletrodomésticos e materiais de construção.
Já em maio e junho deste ano, as doações ultrapassaram 4 milhões de quilos de alimentos, repassados a todo Estado do Rio Grande do Sul, assim como água, vestuários, cobertores, roupas de cama e banho, itens de higiene e limpeza, ração animal, itens hospitalares, e muito mais.
Cenário de destruição: Daiane Azevedo Cabral em frente ao que sobrou da sua casa destruída em maio, na Ilha de Pintada, região que margeia o lago Guaíba, em Porto Alegre. Ela perdeu a casa e todos os equipamentos de sua empresa de iluminação de festa.
Com o fundamental apoio de empresas e da sociedade civil, a Rede de Bancos de Alimentos e os Bancos Sociais desempenharam um papel crucial ao fornecer assistência imediata às vítimas das catástrofes. A resposta às quatro crises, organizada em etapas para garantir alívio emergencial e suporte contínuo, iniciou-se com a distribuição de alimentos e itens de primeira necessidade para as famílias desabrigadas, demonstrando a urgência de um esforço contínuo e coordenado.
Nas etapas seguintes, o foco se voltou para ações de médio e longo prazo. A atuação do Banco de Alimentos e de seus parceiros formou uma verdadeira força-tarefa.
Comunidades do Vale do Taquari e Ilhas de Porto Alegre, fortemente atingidas por ciclones e enchentes ocorridos de junho a novembro de 2023, foram amparadas em ações distintas para aliviar o sofrimento e proporcionar um caminho para a reconstrução. Após repassar 280 mil quilos de alimentos e itens de primeira necessidade aos municípios atingidos, a Rede de Bancos de Alimentos e os Bancos Sociais prosseguiram com seu plano de ação.
Com apoio da SLC, Instituto SLC e Gisele Bündchen, por intermédio do seu Fundo Luz Alliance, em parceria com a BrazilFoundation, em dezembro de 2023 foi concluído mais um estágio dessa grande coalizão, com a entrega de milhares de cestas básicas, 150 fogões, 50 geladeiras, 50 máquinas de lavar roupas e 150 kits de cama e banho a famílias de Lajeado e Encantado.
Dedicação e esforço para ajudar famílias que perderam seus bens
Em Lajeado, o Rotary Club Lajeado-Engenho atuou como grande parceiro do Banco de Alimentos, realizando o mapeamento das famílias mais necessitadas, para receberem as doações. A entrega contou com a participação dos rotarianos Antônio Rodrigues de Oliveira, que preside o Rotary Lajeado-Engenho, Luiz Celeste de Roque Fornari Facina e Marcelo Inácio Mallmann, que coordenou a campanha SOS Vale do Taquari.
Equipes do Instituto SLC, do Banco de Alimentos e Rotary Lajeado-Engenho formaram uma força tarefa
Acompanharam as entregas Leandro Parker, supervisor executivo do Instituto SLC, e Gabriela Bueno, assistente de Responsabilidade Social do Instituto SLC. Representando o Banco de Alimentos, participaram a gerente administrativo-financeiro, Lucelene Navarro e o gerente de Operações Gilmar Ximenes, além da bibliotecária responsável pelo Banco de Livros, Neli Miotto.
A colaboração dos Bancos Sociais nesta missão foi proporcionada pelos recursos providos pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e pelas Federações de Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e de Goiás (FIEG). SOS RS
Cumprindo sua missão de atuar pela melhoria da qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade, os Bancos Sociais uniram esforços e apoiaram o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do RS (Sinduscon-RS), que arregimentou a sociedade para construir casas no Vale do Taquari, após o primeiro desastre de 2023.
As primeiras 28 moradias provisórias foram entregues ao município de Arroio do Meio no mês de abril. As casas construídas em um ponto alto do município permaneceram intactas durante as enchentes que voltaram a assolar a região no mês de maio deste ano.
Em um novo projeto de reconstrução de comunidades atingidas, a parceria entre o Instituto SLC, do Grupo SLC, e os Bancos Sociais foi consolidada com mais uma campanha durante reunião do diretor superintendente dos Bancos Sociais, Paulo Renê Bernhard e sua equipe, com os diretores do Grupo e Instituto SLC, o vice-presidente da SLC Jorge Logemann, os diretores do Instituto Álvaro Dilli e Airton Fleck, e o supervisor executivo do Instituto SLC Leandro Parker.
O projeto de volta às aulas Plantando Esperança disponibilizou salas de leitura a escolas públicas atingidas por enchentes. De março a abril deste ano foram entregues oito espaços no Vale do Taquari, beneficiando escolas de Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Muçum e Cruzeiro do Sul, 12 salas de leitura a escolas das Ilhas e bairros de Porto Alegre, totalizando 20 espaços.
O kit estava composto por livros infantis e infanto-juvenis, cuidadosamente selecionados pelo Banco de Livros e os móveis confeccionados pelo Banco de Mobiliários. “Acreditamos que proporcionar espaços de leitura seguros e inspiradores é fundamental para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças”, disse Ana Logemann Almeida, presidente do Instituto SLC, em entrevista à TV SBT, durante entrega de uma sala de leitura na Escola Estadual Maria José Mabilde, na Ilha da Pintada, Porto Alegre.
Na foto, o diretor-executivo do Instituto SLC Álvaro Dilli, o diretor Airton Fleck, a gerente e o presidente do Banco de Alimentos Lucelene Navarro e Paulo Renê Bernhard, o vice-presidente da SLC Jorge Logemann, equipe do Banco de Alimentos Simone Souza e o supervisor executivo do Instituto SLC Leandro Parker
Enchentes de maio
Quando ainda enfrentava os efeitos de três desastres climáticos recentes, o Rio Grande do Sul sofreu um novo e mais devastador fenômeno, impactando quase todo o Estado. A magnitude das enchentes que devastaram o RS em maio deste ano foi imensa, afetando quase 95% das cidades, com 447 dos 497 municípios gaúchos atingidos. Milhares de pessoas perderam tudo em suas casas e ficaram desabrigadas, em uma situação de vulnerabilidade sem precedentes. A resposta rápida e eficaz da Rede de Bancos de Alimentos do RS, juntamente com os Bancos Sociais, foi fundamental para oferecer assistência e conforto a famílias atingidas, com o crucial suporte de diferentes segmentos, como indústrias, setor de logística, comércio e sociedade civil organizada. O resultado desse forte laço de solidariedade foram 4 milhões de quilos de alimentos distribuídos em dois meses, além de milhares de litros de água, peças de vestuário e calçados, roupas de cama e banho, itens de higiene e limpeza, ração para animais domésticos, móveis e eletrodomésticos.
A ajuda aos gaúchos chegou de todos os cantos do país e cada doação recebida se transformou em um raio de esperança para aqueles que mais precisavam.
A sede da Rede e do Banco de Alimentos de Porto Alegre foi o ponto central de uma intensa movimentação de organizações sociais e sociedade civil organizada, todos unidos em um esforço conjunto para amparar as famílias durante o período em que estiveram em abrigos temporários e lares de familiares, até conseguirem retornar às suas casas.
Entretanto, a rede de solidariedade não se limitou à capital. Municípios do interior também foram assistidos pela Rede de Bancos de Alimentos. Dirigentes e voluntários de diversas organizações receberam os suprimentos básicos necessários para atender suas comunidades, que gradualmente começaram a se reerguer.
Mais uma vez a Naturovos foi grande parceira do Banco de Alimentos, doando milhares de caixas de ovos para serem entregues às organizações que estavam socorrendo diretamente as vítimas das enchentes, em abrigos e cozinhas solidárias.
Com estradas bloqueadas, o socorro a algumas cidades também foi garantido pelo transporte aéreo, concedido com o apoio de empresários. Alimentos e colchões foram levados de helicóptero para garantir o amparo tão fundamental naquele momento.
Tão logo começou a crise causada pelas severas chuvas e inundações em inúmeros municípios gaúchos, uma grande equipe de voluntários se disponibilizou a ajudar, assim como as doações começaram a chegar aos Bancos Sociais da FIERGS. Na foto, Leandro Parker do Instituto SLC e voluntários do Grupo de Ação Socioambiental, da SLC
RS
O Rio Grande do Sul sentiu o carinho dos mato-grossenses. Imediatamente após a tragédia ser conhecida, o povo de Mato Grosso se uniu para ajudar os gaúchos. O primeiro carregamento de doações chegou na noite de 13 de maio, quando chegaram a Porto Alegre 12 carretas carregadas de doações que saíram de Rondonópolis (MT) repletas de muito amor e energia positiva para os gaúchos. Outras duas foram destinadas a Tramandaí e Passo fundo.
As doações de alimentos, água, roupas, cobertores, produtos de higiene e limpeza, ração animal, camas hospitalares, entre outros itens, tiveram como impulsionadores o Grupo Fertimig e empresários locais, que arregimentaram a sociedade de toda a região de Rondonópolis.
Irmandade
Conforme o presidente do Grupo Fertimig, Miguel Weber, que liderou o movimento em solidariedade ao RS, apoiado pelo Grupo SLC, que apresentou o projeto do Banco de Alimentos ao empresário mato-grossense, a ação foi abraçada pela região, sensibilizada com a situação dos gaúchos. “Todos que participaram desta grande mobilização exerceram o verdadeiro amor caritativo
Onze empresas transportadoras cederam seus veículos e convidaram seus motoristas a transportar as doações: Botuverá, FibraForte, Fribon, JCL Jandotti, Lucesi, Pedromar, RDM, Rodolíder, Transoeste, Vidal e Vachilek.
em prol das famílias do Rio Grande do Sul”, destaca Miguel Weber.
Para ele, o momento foi muito apropriado para a frase de São Francisco de Assis: “Comece fazendo o necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível”. E conclui com o valor pregado por Santa Terezinha: “Se a dor do outro não doer em mim eu desconheço o amor”.
Ajuda tão necessária
Na manhã seguinte à chegada do comboio das 12 carretadas, dezenas de caminhões, caminhonetes e carros de organizações que estavam amparando famílias alojadas em abrigos temporários, começaram a destinar as doações para os abrigos temporários e lares de famílias que receberam pessoas que tiveram que sair de suas casas.
Se a dor do outro não doer em mim, eu desconheço o amor.
Esposas de motoristas que participaram do comboio também ajudaram carregar veículos que destinavam as doações aos abrigos temporários
Miguel Weber, presidente do Grupo Fertimig, que liderou o movimento solidário na região de Rondonópolis, apoiado pelo Grupo SLC, citando o valor pregado por Santa Terezinha do Menino Jesus.
A ajuda dos irmãos mato-grossenses ao Rio Grande do Sul não parou com a chegada do comboio de 14 caminhões vindos da região de Rondonópolis no início de maio. A cada semana mais e mais carretas carregadas de doações chegaram à sede do Banco de Alimentos de Porto Alegre vindas do Estado de Mato Grosso, transportadas solidariamente pelas transportadoras Amaggi e Carvalima, totalizando mais de 35 caminhões com ajuda humanitária vinda de diversos municípios que realizaram campanha em prol dos gaúchos. O grande movimento solidário inspirou a criação de um Banco de Alimentos em Mato Grosso, que está em debate.
Leia mais na página 60
Transportadora Carvalima enviou 18 caminhões carregados de doações do MT
Transportadora Amaggi também enviou 18 carretas
A Rodex Equipamentos Industriais, atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial, sob a liderança do empresário Flavio Ronald Burin tem em seu DNA a responsabilidade social. Além de ajudar famílias e outras instituições sociais, é mantenedora do Banco de Alimentos. Mesmo tendo sido atingida pela enchente, a empresa fomentou suas ações: além da doação mensal, fez aporte para manter uma empilhadeira na operação do Banco de Alimentos, agilizando o descarregamento das cargas de doações e disponibilizou sua equipe de colaboradores para serem voluntários no Banco de Alimentos.
Burin, que é diretor voluntário do Banco de Alimentos, destaca que a responsabilidade social é um pilar essencial na gestão da Rodex. “Acredito que uma empresa deve ser protagonista na construção de um futuro mais justo e solidário”, afirma o diretor.
Empilhadeiras foram fundamentais para agilizar o descarregamento e carregamento de cargas
Da coragem e solidariedade de Helda Gerdau durante a crise da enchente que afetou Porto Alegre em 1941 à determinação de seus descendentes durante a trágica enchente neste 2024, que devastou não apenas bairros da capital, mas cidades inteiras no Estado, o Rio Grande do Sul testemunha que o espírito filantrópico vem sendo passado de geração em geração na família Gerdau Johannpeter. Somente para o Banco de Alimentos,
A história se repete 80 anos depois de Porto Alegre ter vivenciado sua maior tragédia natural até então, em 1941, quando as águas do Guaíba afetaram indústrias e fábricas principalmente na rua Voluntários da Pátria, onde estava localizada a fábrica de pregos Hugo Gerdau.
Naquele ano, a destruição nas áreas industriais destacou a vulnerabi-
foram repassados milhões de quilos de alimentos e outros itens para as vítimas desta tragédia, por intermédio do Instituto Helda Gerdau, uma associação sem fins lucrativos criada em 2020 pela família Gerdau Johannpeter, com o propósito de potencializar iniciativas de impacto social positivo, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva.
Entendendo que a filantropia é o caminho para construir um futuro
A Fábrica de Pregos Hugo Gerdau era localizada na Rua Voluntários da Pátria e foi uma das empresas afetadas pela enchente de 1941
lidade da infraestrutura da cidade aos desastres naturais, quando o nível do Guaíba chegou a 4,75 metros, deixando 70 mil pessoas desabrigadas, sem energia elétrica e sem água potável.
Em meio a devastação, Oma Helda socorreu muitas pessoas atingidas pela enchente, assim como ajudou vítimas da Segunda Guerra Mundial (19391945), ação reconhecida com distinção oferecida pela Cruz Vermelha.
Agora, em 2024, o nível do Guaíba subiu 5,33 metros, deixando mais de 500 mil pessoas desabrigadas e afetando 2,3 milhões de pessoas, com prejuízos
Os irmãos Germano (in memoriam), Klaus, Frederico e Jorge Gerdau Johannpeter entendem que a filantropia é o caminho para construir um futuro mais justo
mais justo e acessível, a família também contribui como pessoa física, seguindo os passos da matriarca Helda Gerdau, conhecida carinhosamente como Oma Helda (avó, em alemão), que também inspirou a criação do Instituto que leva seu nome.
Assim como o Grupo Gerdau, conhecido por suas práticas de governança ambiental, social e corporativa (ESG) e um dos mantenedores do Banco de Alimentos, o Instituto segue a missão da matriarca. Helda não se limitou a doar apenas recursos financeiros e apesar de sua situação econômica, se dedicava pessoalmente à costura de roupas para serem entregues em orfanatos, casas de idosos e comunidades carentes, assim como mantinha outras ações sociais.
Helda Gerdau ajudou muitas pessoas atingidas pela enchente de 1941 e manteve várias ações sociais
para indústria, comércio e agricultura.
Assim como seus pais e avós Helda e Curt, os descendentes Gerdau Johannpeter reiteram seu forte compromisso com a cidade e estado ajudando a comunidade a superar essa triste fase.
“Que os valores deixados como legado pela senhora Helda Gerdau sirvam de inspiração e exemplo de superação”, destaca o presidente do Banco de Alimentos, Paulo Renê Bernhard.
Prosseguindo com as ações de socorro ao Vale do Taquari, tão castigado por uma sequência de quatro desastres ambientais e climáticos, de junho de 2023 a maio de 2024, a Rede de Bancos de Alimentos do RS e a Fundação dos Bancos Sociais entregaram mais doações à região, em agosto deste ano. Móveis, eletrodomésticos, colchões, cobertores, cestas básicas e kits de higiene e limpeza foram doados a famílias de Encantado, Roca Sales e Muçum, em mais uma parceria com os Rotarys Clubs Encantado e Lajeado-Engenho. Antes mesmo das entregas dos donativos, o Banco de Alimentos também havia enviado recursos financeiros para que seus parceiros de Rotary socorressem emergencialmente famílias da região.
Equipes do Banco de Alimentos e Rotarys Clubs organizaram entregas a famílias previamente cadastradas
Senhor Antonio Camargo, de Encantado, teve sua casa inundada duas vezes, mas na segunda o estrago foi total, perdendo tudo. Para recomeçar sua vida, ele foi um dos beneficiados que recebeu geladeira, fogão, armários de cozinha, alimentos, entre outros.
Mantendo seu compromisso de apoiar causas sociais, os hotéis Ibis Aracruz e Ajax Colatina, do Espírito Santo, promoveram uma ação que arrecadou fundos para apoiar o Rio Grande do Sul. Entre 20 de junho e 31 de julho de 2024, a cada diária paga pelos hóspedes dos dois hotéis, R$ 10 foram destinados ao Banco de Alimentos, para minimizar o sofrimento dos gaúchos.
O diretor do grupo hoteleiro, Dant Nicchio (foto), destacou a importância da participação de hóspedes e colaboradoras da empresa nessa iniciativa. “Foi gratificante ver que todos se engajaram e ficaram felizes pela oportunidade de contribuir. O olhar de gratidão deles demonstrou o impacto que essa ação causou em todos os envolvidos”, afirma Nicchio.
Com as doações da empresa, foi possível garantir mais de 6 toneladas de alimentos.
Entre os doadores internacionais estão a Dell, que via sua plataforma de doações, repassou o equivalente a 400 toneladas de alimentos, seguido por uma das grifes de maquiagem mais famosas do mundo, a MAC, que doou via Elegância Distribuidora de Cosméticos, assim como a corretora de criptomoedas
Foxbit Serviços Digitais, o Instituto Stop Hunger, organização sem fins lucrativos, criada e mantida pela Sodexo, e a mineradora multinacional Anglo American
As enchentes de maio trouxeram devastação, mas também revelaram algo poderoso: o quanto o mundo pode se unir em momentos de dor. Junto com o apoio nacional, o socorro internacional chegou ao Estado como um abraço caloroso em um momento de frio e incerteza, trazendo não apenas recursos, mas também a certeza de que, mesmo distantes, somos todos parte de uma grande corrente humana. O Banco de Alimentos e os Bancos Sociais receberam quase R$ 4 milhões, recursos usados para adquirir alimentos, colchões, cobertores, lava jatos, materiais de limpeza e higiene pessoal eletrodomésticos (geladeiras, fogões, máquinas de lavar).
A gaúcha Gisele Bündchen também fez uma campanha que reverberou pelo mundo, em apoio a sua terra natal, por intermédio de seu Fundo Luz Alliance em parceria com a BrazilFoundation. O Banco de Alimentos, organização com a qual vem sendo parceira nos últimos anos, foi um dos beneficiados.
Com os recursos doados por seu Fundo, o Banco de Alimentos adquiriu 50 lava-jatos para serem doados a organizações que ajudaram na limpeza das casas e comércios atingidos.
Ajude a disseminar essa corrente global
Ajude a fortalecer essa corrente global de solidariedade. É possível contribuir para o trabalho social do Banco de Alimentos de qualquer lugar do mundo. Divulgue essa mensagem e contribua. Para transferência internacional, os dados são:
Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul - CNPJ 04.580.781/0001-91
SWIFT: BSCHBRSPXXX
IBAN-BR: BR0590400888010010130002844C1
Banco Santander - Agency 1001 | Checking Account 13.000.284-4
A devastação causada pelas enchentes isolou diversos municípios gaúchos, cercando-os com água e escombros. Com estradas bloqueadas, as rotas de socorro se tornaram muito difíceis. Mesmo diante desses desafios, a ajuda humanitária chegou de todo Brasil. O Banco de Alimentos e os Bancos Sociais atuaram como pontos centrais de recebimento e distribuição dos donativos, repassando-os para organizações da sociedade civil, que estiveram na linha de frente do socorro às vítimas. Esse esforço colaborativo foi fundamental para aliviar o sofrimento de quem perdeu tudo.
Lojas Renner
5 - Santa Clara 6 - Vale das Toalhas 7 - Tramontina
8 - Trio 9 - Instituto GM
ONGs e instituições diversas formaram uma conexão entre os Bancos Sociais e Banco de Alimentos, com as vítimas das enchentes, levando as doações até as comunidades afetadas
Doação para comunidade da Ilha da Pintada incluiu alimentos, fogões completos, camas, geladeiras, cobertores e kits de higiene
O Banco de Alimentos cumpriu uma nova e significativa etapa de socorro às comunidades atingidas pelas enchentes, pelo projeto Volta para Casa. Moradores da Ilha da Pintada, em Porto Alegre, receberam alimentos, eletrodomésticos, camas e outros itens para recomeçar suas vidas com dignidade.
Com apoio da Capela Nossa Senhora da Boa Viagem, em um esforço organizado para garantir que as famílias previamente cadastradas pela paróquia tivessem o suporte necessário para reconstruir suas vidas, ao todo esta etapa do planejamento do Banco de Alimentos beneficiou 300 famílias da comunidade, que receberam 300 fogões e kits de instalação, além de 150 camas box de casal com colchão, 200 camas box de solteiro com colchão, 100 geladeiras, 520 cobertores, assim como 300 cestas básicas de alimentos e 300 kits de higiene. Essas doações representam mais do que a reposição de bens materiais: são instrumentos de esperança e recomeço, reafirmando o compromisso do Banco de Alimentos com as comunidades mais vulneráveis. A iniciativa integra uma série de doações que têm sido realizadas em regiões atingidas pelas cheias, reforçando o impacto social do Banco de Alimentos e dos Bancos Sociais da FIERGS.
Capela Nossa Senhora da Boa Viagem fez o cadastro dos beneficiários e ficou responsável pela distribuição das doações aos mesmos. Na foto, parte dos 350 colchões do projeto, que já foram entregues.
Equipe do Banco de Alimentos e Bancos Sociais da FIERGS entregou doações a 10 das 300 famílias beneficiadas pela ação, na Ilha da Pintada
A tragédia que deixou cicatrizes profundas em nosso solo gaúcho e nos corações de nossa gente destruiu casas, sonhos e vidas. No entanto, revelou algo ainda mais forte: a solidariedade sem fronteiras. Cada contribuição que chegou de todos os cantos do Brasil, seja em recursos financeiros ou em produtos, mostrou que as mãos que oferecem também acolhem, unindo-se em um elo de afeto e cuidado.
Não foram apenas doações, mas gestos generosos carregados de ternura, refletidos em bilhetes ou faixas estampadas nos caminhões que cruzaram longas estradas até o Sul. Cada ato trouxe consigo o calor do apoio e o alívio de quem compartilha esperança e força para o recomeço.
A seguir, você verá algumas dessas mensagens de encorajamento que tanto emocionaram os gaúchos. Nossa gratidão a todos que, mesmo em tempos de tempestade, demonstraram que a luz da solidariedade sempre encontra uma maneira de brilhar. Muito obrigado!
As marcas profundas, físicas ou emocionais, que permanecem em milhares de lares gaúchos após as avassaladoras enchentes que atingiram o Estado são amenizadas pela solidariedade. Em meio à destruição e necessidade de recomeços, fachos luminosos de generosidade clareiam o percurso para novas possibilidades, como o projeto Morada Digna, do Banco de Alimentos de Santa Maria, que contempla famílias que perderam suas casas e tiveram que ser realocadas, com apoio do aluguel social. Os beneficiários recebem itens essenciais como eletrodomésticos e móveis para um recomeço digno. A iniciativa, idealizada pela família Fração por intermédio da empresa Centers Empreendimentos e seus acionistas, logo capitaneou outros parceiros.
O Banco de Alimentos de Santa Maria, tradicionalmente envolvido na segurança alimentar da região, expandiu sua atuação para oferecer também conforto e segurança, entendendo que uma vida digna começa por um lar seguro. “O sucesso das ações solidárias do Banco se deve ao trabalho excepcional da sua diretoria, que é totalmente voluntária, e da equipe de colaboradores e voluntários, que estão no dia a dia auxiliando toda operação”, destaca Adir Fração, um dos fundadores do Banco de Alimentos de Santa Maria, que completa “a família Fração se sente muito gratificada pelo alcance do Projeto Morada Digna, que superou todas as expectativas, com adesão fantástica de outras empresas”.
Com o aporte inicial da família Fração e acionistas da Centers Empreendimentos, logo os sócios do escritório Wagner Advogados Asso-
ciados se somaram ao projeto, que iniciou com o valor de R$ 300 mil para aquisição de fogões, geladeiras máquinas de lavar roupas, camas, colchões e utensílios de cozinha. À medida que o projeto foi tomando corpo, mais empresas se uniram a ele, ampliando a possibilidade de atender mais famílias, chegando a mais de R$ 600 mil com recursos de uma vaquinha on-line, até o início de setembro.
Luz no caminho
Uma morada digna vai além de uma estrutura física. Ela representa o resgate da autoestima e da capacidade de planejar o futuro. “Ver as famílias recomeçando com dignidade e conforto, é uma vitória para todos nós”, destaca o presidente da Diretoria Executiva do Banco de Alimentos de Santa Maria, Flávio Luiz Nagel.
As entregas das doações são acompanhadas de muita emoção, tan-
to da equipe do Banco de Alimentos, que leva os itens aos lares, como das famílias. “É muito impactante chegar em uma casa e ver a família dormindo no chão e a casa vazia”, afirma o presidente do Conselho de Administração do Banco de Alimentos, Iraci Antonio Dani.
Ele destaca a importância de gestos de generosidade para minimizar o sofrimento das vítimas. “A família Fração tem sido para nós como um farol que ilumina os caminhos do bem, guiando e inspirando ações que transformam vidas, não apenas neste projeto, mas ao longo da história do Banco de Alimentos”, ressalta Dani.
Viviane Rodrigues da Silva, moradora do distrito de Palma, interior de Santa Maria, viu sua casa ser soterrada por deslizamentos de terra ocasionados pelas fortes chuvas. Ela, o marido e os quatro filhos saíram de casa no meio da noite, sem luz, com pontes cobertas pela água, apenas com uma sacola de roupas. “Os vizinhos vieram nos socorrer e com muita coragem nos ajudaram a atravessar a pinguela que restou, usando uma corda para nos prender. Foi uma noite horrível”, conta.
Durante 38 dias ela e sua família ficaram alojados no salão paroquial da comunidade, até conseguir uma casa com apoio do aluguel so-
Viviane e sua família recebeu eletrodomésticos e vários utensílios para sua nova morada
cial. “Em um dia você tem tudo e no outro só restam algumas peças de roupas em um saco preto de lixo”, diz Viviane.
“Até que um dia, 27 de agosto de 2024, apareceram esses anjos do Banco de Alimentos, renovando minha esperança. Recebi móveis, eletrodoméstico, roupas de cama e
Beneficiária Carmen Cavalheiro se emociona com doações recebidas e abraça o voluntário Alberto de Almeida, do BA Santa Maria. Até o início de setembro, mais de 150 famílias foram beneficiadas pelo projeto.
O projeto tem sido como uma engrenagem, envolvendo cada vez mais pessoas e empresas solidárias em prol de quem já sofreu tanto. “Cada etapa deste projeto é fundamental, desde a ideia inicial, o apoio dos doadores, a negociação de preços com fornecedores, o mapeamento dos beneficiários até a entrega das doações, com nossa equipe atuando na linha de frente”, indica Iraci Antonio Dani.
O projeto Morada Digna, que começou com as doações dos acionistas da Center Empreendimentos e Wagner Advogados Associados, angariou até o momento mais de R$ 600 mil em doações financeiras,
banho, coisas para a cozinha, que me fazem acreditar que vamos conseguir recomeçar em um lar, como deve ser, com aconchego para minha família”, conta Viviane, uma das beneficiárias do projeto Morada Digna. “Vocês, equipe do Banco de Alimentos e doadores, transformam vidas”, completa.
O projeto Morada Digna foi estendido ao município de Canoas, também com apoio financeiro da família Fração e acionistas da empresa Centers Empreendimentos. O Banco de Alimentos de Canoas mapeou 50 famílias atingidas pela enchente e que não tinham recebido móveis e eletrodomésticos, ou outros repasses. A eles, o Banco de Alimentos disponibilizou um cartão de compras para que as famílias adquiram eletrodomésticos como fogões e geladeiras, ou material de construção, com os recursos do projeto.
Leia mais nas páginas 15 e 26.
incluindo recursos de uma vaquinha on-line, além de doações em produtos e serviços de diversos parceiros, como a Enxovais & Cia, J K Casa & Construção, Colégio Riachuelo, Clubes de Rotary e Lions, Lojas Quero-Quero. Para dar sequência a este projeto, foi lançada a ação Abrace o Coração do Rio Grande, que consiste no sorteio filantrópico de um apartamento em empreendimento recém-lançado na zona central de Santa Maria, doado para este fim pela Construtora Nima. Participe, ajude na campanha e concorra ao sorteio de um lindo apartamento. Acesse o site www.abraceocoracaodoriogrande.com.br
Em meio ao caos das enchentes instalado Estado, uma rede de solidariedade foi ativada em todo o país e o setor de transporte de cargas desempenhou um papel vital. Além de assegurar a manutenção dos serviços essenciais, as transportadoras garantiram que donativos chegassem às vítimas de forma ágil e eficiente, amenizando o sofrimento das vítimas e comprovando, mais uma vez, que a logística é muito mais do que um serviço operacional: é um pilar fundamental para a sobrevivência e a dignidade das pessoas em situação de vulnerabilidade. Junto com a sociedade que se mobilizou para doar, o setor de transporte e logística foi um agente indispensável para a manutenção da fé e esperança de dias melhores para quem perdeu grande parte de seus bens materiais. “Essa integração em prol do próximo precisa ser mantida e aprimorada, sobretudo na troca de informações e conhecimento, para um atendimento mais eficiente, em possíveis futuras emergências”, destaca o presidente do Centro Empresarial Porto Seco (Ceporto), Delmar Roque Albarello, diretor-presidente
Transportadoras assumem papel vital no alívio da dor de quem perdeu praticamente todos seus bens materiais e precisa reconstruir sua vida
do Grupo Troca e vice-presidente do Banco de Alimentos, que atuou incansavelmente na coleta e distribuição de doações.
Apoio imediato
Outro grande mobilizador do setor está um parceiro de longa data do Banco de Alimentos. Já nos primeiros sinais da gravidade da situação, José Carlos Silvano, diretor-presidente da Roma Cargo Logística, foi para o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística no RS (Setcergs) para agir imediatamente. “Fui ajudar a planejar o apoio que o setor daria às vítimas”, conta Silvano, que também disponibilizou sua frota e espaço na empresa para receber doações, fazer triagem e distribuição. “Durante 45 dias ficamos envolvidos em receber e distribuir cargas de doações”.
Essa dedicação é latente em Silvano, que tem a veia solidária pulsan-
te. Mesmo antes de ser presidente do Setcergs, em 2009, ele tem apoiado o Banco de Alimentos de Porto Alegre, seja no Sábado Solidário, Natal do Bem ou sempre que necessário. “Tenho um carinho muito grande pelo Banco de Alimentos e Bancos Sociais, cujas ações têm beneficiado milhares de pessoas ao longo dos anos. Por isso, temos orgulho em retribuir e ficamos até emocionados em participar dessa história”, descreve Silvano, que levou a expertise para a Associação Nacional dos Transportadores de Cargas do Brasil (ANTC), incentivando o transporte solidário em todo o país quando assumiu a vice-presidência de Responsabilidade Social da ANTC.
Crise sem precedentes, recebe solidariedade na mesma medida Durante o período crítico do desastre, o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística
no RS (Setcergs) e seus associados atuaram ativamente. Pela campanha SOS Carreta Solidária, os donativos chegaram a quem mais necessitava, assim como a sede da instituição serviu como ponto de apoio e seu Núcleo de Ação Social preparou milhares de refeições. “Com apoio de nossos voluntários e da Fetransul, Transpocred, Grupo Hoff e TruckPag conseguimos contribuir pela manutenção dos serviços essenciais e socorrer as vítimas”, destaca o presidente do Setcergs, Sérgio Mário Gabardo, lembrando que o setor enfrentou o grande desafio de bloqueios em estradas, que obrigaram os caminhoneiros a seguir por longas rotas alternativas.
“Mas o importante é que as doações aliviaram o sofrimento das pessoas afetadas”, ressalta, indicando que praticamente a totalidade dos associados se engajou. “Somente não ajudou quem estava sendo socorrido”, destaca Gabardo.
Mesmo quem foi afetado não ficou de fora desse grande movimento, como a Dinalog Logística e Transportes, duramente atingida pela enchente. Nos 40 dias em que a transportadora ficou sem atuar na sua normalidade, o diretor-presidente Sérgio Gonçalves Neto e sua equipe socorreram vítimas usando barcos e outros veículos. “Além de resgates, conseguimos retirar cargas de medicamentos que estavam em nossos depósitos para garantir abastecimento aos hospitais”, conta Sérgio, que já foi vice-presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre e por três gestões esteve na direção do Setcergs.
1.600 toneladas transportadas solidariamente
A Vitlog Transportes destacou-se como uma peça-chave no esforço solidário, transportando 1.600 toneladas de doações em 80 viagens, conectando diversos Estados brasileiros ao Rio Grande do Sul. Para o diretor administrativo financeiro da Vitlog, Marcus Vinicius Couto da Silva, participar deste grande movi-
mento foi muito gratificante. “Como empresa, sempre tivemos como um valor a ajuda ao próximo. Mas como pessoa, posso dizer que é quase imensurável ou impossível de descrever o sentimento de poder amenizar a dor do outro e ser um agente de transformação”, destaca o empresário.
Sinônimo de transporte de ajuda humanitária, a Vitlog carregou a primeira carreta com doações ainda na primeira semana de maio, em Santa Catarina, e logo começou a carregar doações nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Com compromisso de manter a transparência, a empresa usou de sua base de relacionamento para entregar as doações principalmente a abrigos e organizações que atendiam as vítimas.
A antiga sede da
em Canoas, se transformou em um abrigo para mais de 500 pessoas e no seu Centro de Distribuição um pavilhão também foi transformado em abrigo e outro em um grande depósito de doações
A importância da logística não pode ser subestimada. Sem a logística eficiente e a disposição incansável de transportadoras e seus motoristas, o socorro não alcançaria quem mais precisa de apoio. Graças ao apoio desses incansáveis parceiros, o Banco de Alimento mantém sua missão durante o ano todo. Por isso, nosso agradecimento a esses verdadeiros Heróis do Banco de Alimentos:
Cincos Transportes / RTE Rodonaves
Coutinho Log
Expresso Leomar
Expresso Meireles
Grupo Troca
Modular Cargas
Pratavera
Reiter Log
Renovadora de Pneus Hoff Roma Cargo Logística
Transportes Minuano
Transportes Rodoviasul
Transportes Silveira Gomes –TSG
Vitlog Transportes
Os participantes do Funcionalidade para Idosos praticam exercícios físicos como Tai Chi Chuan, sob orientação do fisioterapeuta Rafael Vercelino, exercícios aeróbicos, resistidos e alongamentos duas vezes por semana
Oprocesso natural de envelhecimento é marcado por uma série de mudanças biológicas, físicas e psicológicas. São transformações que podem afetar a saúde e bem-estar, como a ocorrência de sarcopenia, caracterizada pelo declínio de massa, força e função muscular. Levando em consideração que essas perdas estão relacionadas a fatores modificáveis, como alimentação e exercícios físicos o Banco de Alimentos de Porto Alegre, em parceria com a Unisinos, promove o projeto Funcionalidade para Idosos com foco no estímulo à melhoria da qualidade de vida deste público, cuja proposta é tema de dissertação de mestrado, junto com outro projeto do Banco de Alimentos, o Passos da Longevidade. A pesquisa acadêmica “Avaliação do Consumo Alimentar, Força, Funcionalidade e Composição Corporal em Idosos”, da nutricionista
Dissertação de mestrado avalia impacto de atividades promovidas por dois projetos do Banco de Alimentos dirigidos a pessoas acima de 60 anos
Luiza Arregui Igarsaba, mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Reabilitação da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) se originou na observação de Luiza a pacientes de um posto de saúde. “Muitos idosos enfrentavam depressão, por exemplo, originada por limitação de suas capacidades funcionais. Por isso, desejamos que os resultados da pesquisa possam contribuir na qualificação das intervenções para este público”, explica a Luiza, cujo projeto tem como pesquisadora responsável a professora e nutricionista Dra. Cláudia Dornelles Schneider, líder do Grupo de Estudos em Saúde, Alimentação e Nutrição (GESAN) da UFCSPA.
O objetivo do estudo foi comparar o consumo alimentar, a força muscular, a funcionalidade e a composição corporal entre idosos participantes de diferentes projetos sociais. Para tanto, foram utilizados protocolos validados e equipamentos como dinamômetro para avaliar a força muscular, aparelho de bioimpedância para avaliar a composição corporal, entre outros.
Fatores modificáveis
A perda progressiva de massa, força e função muscular, chamada sarcopenia, pode variar de acordo com alguns fatores, como genética, nível de atividade física, dieta, presença de doenças crônicas, e outros aspectos do estilo de vida. Por isso, existem pessoas que sofrem mais perdas de massa e força muscular, do que outras. Estudos apontam que esta diferença está relacionada aos fatores comportamentais modificáveis, associados ao estilo de vida e
dieta alimentar, sugerindo que os hábitos adotados impactam diretamente na saúde.
A pesquisa acadêmica da nutricionista e mestranda Luiza Arregui Igarsaba faz um comparativo entre avaliações de participantes dos projetos “Funcionalidade para Idosos” e “Passos da Longevidade”, que contemplam atividades distintas, mas com o mesmo objetivo: promover a
qualidade de vida a pessoas acima de 60 anos.
O projeto Funcionalidade para Idosos beneficia 40 pessoas, que recebem um kit de alimentos ricos em fonte de proteína, como atum, aveia, grão de bico, leite, sardinha, frango e albumina, a fim de evitar ou minimizar a sarcopenia. Além disso, os participantes praticam exercícios físicos (Tai Chi Chuan, exercícios aeróbicos, resistidos e alongamentos) duas vezes por semana e após cada
atividade ingerem um suplemento de proteína.
Já no projeto Passos da Longevidade, que atende 197 idosos, as atividades contemplam encontros semanais para debater sobre saúde e longevidade com profissionais do Banco de Alimentos, das áreas de Nutrição, Psicologia e Assistência Social. Há intervenções psicoeducativas sobre convívio e relações, adesão a tratamento a doenças, alimentação, perdas e dificuldades.
A nutricionista chefe do Banco de Alimentos, Adriana Lockmann, coordenadora do projeto Passos da Longevidade, em atendimento ao senhor Antônio
Antônio Marcelino Gomes, 69 anos Participante do projeto Passos da Longevidade, pelo Grupo União de Idosos Alegria de Viver, do bairro Costa e Silva, em Porto Alegre.
Senhor Antônio é aquele participante engajado, questionador, que absorve todo conhecimento transmitido pela equipe multidisciplinar do Projeto Passos da Longevidade, realizado pela equipe de Saúde, Nutrição e Segurança Alimentar do Banco de Alimentos. “Ele não hesita em levantar questões e esclarecer suas incertezas. Isso também auxilia outros participantes e é muito positiva essa troca”, afirma a nutricionista chefe do Banco de Alimentos, Adriana Lockmann, que coordena o projeto.
Dedicado, senhor Antônio valoriza profundamente o aprendizado. Diabético, insulinodependente, ele revela se sentir muito melhor depois que passou a participar de todos os encontros e debates do Passos da Longevidade. “Muita coisa eu não sabia. Aprendi muito sobre alimentação correta para o meu caso. Agora os resultados de meus exames periódicos estão ótimos, sem qualquer alteração”, conta senhor Antônio, todo orgulhoso.
Dona Vera entre a equipe do Funcionalidade: a educadora física Luciana Pio, a nutricionista Keyla Domingues e o fisioterapeuta Rafael Vercelino
Vera Lúcia Moraes Azevedo, 69 anos Participante do projeto Funcionalidade para Idosos, pela Obra Social Imaculado Coração de Maria (Osicom), do bairro Passo das Pedras, em Porto Alegre.
Multiplicadora do conhecimento adquirido no projeto Funcionalidade para Idosos, coordenado pelo fisioterapeuta Rafael Vercelino e pela nutricionista Keyla Domingues, Vera Lúcia conta orgulhosa que apesar de ser hipertensa e diabética, sua saúde está melhor do que nunca. “Minhas amigas me perguntam como eu faço para caminhar super bem, ter flexibilidade, disposição e estar com ótima saúde. Eu respondo a elas que é graças à equipe do Banco de Alimentos. E repasso a elas o que aprendo sobre alimentação saudável, sobre combinações alimentares e sobre como os exercícios são importantes na nossa idade”, conta a senhora Vera. “Eu tomava remédio para controlar a diabetes e não estava funcionando. Somente depois que passei a controlar minha alimentação, ingerir os alimentos e suplementos que recebemos no projeto, além de fazer os exercícios e prática de Tai Chi Chuan, que minha glicemia estabilizou”, revela. Segundo ela, depois que passou a participar do projeto, nem dores sente mais.
Oprojeto Funcionalidade para Idosos, promovido pelo Banco de Alimentos de Porto Alegre em parceria com a Unisinos, está alcançando resultados expressivos na saúde de seus beneficiários. Iniciado em 2019, a iniciativa tem se mostrado eficaz na promoção da melhoria na saúde física e mental dos idosos, cujas avaliações demonstram uma redução significativa no risco nutricional e nos índices de sarcopenia, além de aumento na massa muscular e na funcionalidade.
A sarcopenia, que envolve a perda progressiva de massa, força e função muscular associada à idade, tem impactos graves na mobilidade, independência e saúde mental dos idosos. Diante desse desafio, o projeto atua na melhoria da qualidade de vida por intermédio de intervenções específicas, como exercícios terapêuticos e oficinas de educação em saúde, realizadas por uma equipe de saúde e nutrição.
Os 40 idosos beneficiados, de 60 a 93 anos, participantes de grupos de convivência e fortalecimento de vínculos das instituições Osicom e Rosas Vermelhas, recebem mensalmente kits de alimentos ricos em proteínas e uma dose de whey protein após as
atividades físicas, que ocorrem duas vezes por semana.
Os dados coletados ao longo da segunda edição do projeto, realizada de agosto de 2022 a maio de 2024, são encorajadores e reforçam que a nutrição adequada associada a exercícios é importante para a saúde, como explica a nutricionista responsável pelo Funcionalidade, Keyla Domingues: “A ingestão de proteínas ou aminoácidos em combinação com carboidratos de boa qualidade, com
Avaliações com testes validados demonstram uma redução significativa no risco nutricional e nos índices de sarcopenia, além de aumento na massa muscular e na funcionalidade de participantes
as quantidades certas de vitaminas e minerais, é essencial para a efetiva síntese proteica, proporcionando a manutenção e ganho de massa muscular, associado a exercícios físicos”.
O projeto Funcionalidade para Idosos, coordenado pelo fisioterapeuta Rafael Vercelino e pela nutricionista Keyla Domingues, está na sua terceira edição e conta com o reforço de uma educadora física.
As atividades são conduzidas de forma multidisciplinar, utilizando testes e escalas validados para avaliar o progresso dos participantes.
Aos 93 anos, Elvira Centena da Silva encontrou no projeto Funcionalidade para Idosos uma nova chance de viver com qualidade e alegria, superando os desafios da idade. “Esse projeto me deu força para viver”, revela.
Ela conta que sofreu muito com anemia falciforme e tuberculose e que, com a idade, não conseguia fazer quase nada e vivia cansada. Porém, depois que começou a participar dos projetos do Banco de Alimentos, sua saúde melhorou
A educadora física Luciana Pio e a nutricionista
Keyla Domingues, coordenadora do projeto, orientam a senhora Elvira Centena da Silva
muito. Tanto sua saúde física, como sua saúde mental.
“Sempre digo: tirem qualquer coisa de mim, menos a oportunidade de estar aqui no Banco, participando das atividades”, destaca. Com tudo isso, sua saúde está ótima. “Tenho disposição e vontade de fazer muitas coisas, embora a idade não permita que eu faça tudo o que a cabeça deseja.”
Entre as avaliações realizadas pela equipe multidisciplinar do Banco de Alimentos em participantes do Projeto Funcionalidade para Idosos estão avaliações como circunferência da panturrilha (CP), e teste como: SARC-F, Timed Up and Go (TUG) e Mini Avaliação Nutricional (em inglês Mini Nutritional Assessment - MNA).
A avaliação pela MNA (do inglês Mini Nutritional Assessment), identifica a condição nutricional que é um fator crucial para a qualidade de vida e independência dos idosos. Na edição do projeto foi possível identificar uma significativa redução do risco nutricional entre os participantes. Enquanto na primeira avaliação 58,82% apresentavam risco nutricional, esse índice caiu para 20,58% na segunda avaliação e para apenas 11,76% na terceira.
O teste Timed Up and Go, que consiste em levantar-se de uma cadeira, caminhar até uma linha reta a 3 metros de distância, virar, caminhar de volta e sentar-se novamente, mostrou uma melhora na capacidade funcional dos idosos, no que se refere a agilidade e menor risco de quedas. Quanto menor o tempo utilizado para executar a avaliação, melhor é o desempenho no teste. E o grupo obteve uma melhora gradual na execução do teste, ou seja, houve redução do tempo de execução.
Diante dos resultados, percebe-se que a busca pelo envelhecimento ativo e saudável é fundamental para a diminuição da ocorrência de doenças crônicas e prevenção de vários problemas, como quedas e sarcopenia, que estão diretamente relacionados à morbidade e mortalidade de idosos, além de prevenir hospitalização e/ou institucionalização.
A avaliação da perda de massa muscular (sarcopenia), realizada pelo indicador SARC-F, também mostrou que houve redução. Na primeira e na segunda avaliação, 24,24% dos idosos estavam com o diagnóstico de sarcopenia. Já na terceira avaliação, houve redução, com apenas 9,09% apresentando essa condição.
Na aferição da medida da panturrilha, que mede a circunferência da “batata da perna” para indicar condições da massa muscular, tão importante para auxiliar no suporte e sustentação do corpo, a média do público atendido inicialmente era de 32cm. Na segunda e terceira avaliações, verificouse o aumento da média para 36cm, seguida de 36,5cm, respectivamente. Esse aumento demonstrou um ganho de massa muscular, e, associado à diminuição do IMC, leva a uma consequente melhora nos índices de funcionalidade. É considerada adequada a circunferência igual ou superior a 31cm para homens e mulheres.
O Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul, em sua missão de combater a fome e apoiar as instituições beneficentes cadastradas, facilita a doação de alimentos de forma prática e segura, sem a necessidade de sair de casa. Pelo site Doe Alimentos [www.doealimentos.com.br] os doadores podem escolher entre montar uma cesta personalizada ou optar por cestas prontas, já organizadas de acordo com as necessidades das entidades atendidas.
Como doar?
No site, o doador encontra duas opções:
1. Montar uma cesta personalizada: Nesta opção, o doador pode selecionar os alimentos que deseja doar, preenchendo a quantidade ao lado de cada item. O valor correspondente aos produtos escolhidos é calculado automaticamente, sendo possível visualizar o total no final da lista. Após a seleção dos itens, basta clicar no botão “Finalizar Doação” e escolher a forma de pagamento — disponível por cartão de débito, crédito ou boleto bancário. O Banco de Alimentos se compromete a adquirir os produtos e direcioná-los imediatamente às instituições beneficiadas.
Atendimento ao doador
2. Doar uma cesta pronta: Para quem prefere praticidade, é possível escolher entre três cestas pré-montadas, elaboradas pelo Banco de Alimentos com base nas necessidades das entidades assistidas. O processo de doação é simples: basta selecionar a cesta desejada, clicar em “Finalizar Doação” e definir a forma de pagamento, que pode ser em cartão
Caso surjam dúvidas ou sugestões, a equipe do Banco de Alimentos está à disposição para auxiliar de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, pelo e-mail bancodealimentos@bancodealimentosrs.org.br
ou pelo telefone (51) 3026-8020
Contribua para transformar vidas sem sair de casa!
de débito, crédito ou boleto. O Banco de Alimentos garante que os produtos serão adquiridos e doados às instituições dentro de um prazo de até um mês.
Doador recorrente: Além disso, o doador pode se tornar um contribuinte recorrente, permitindo que o cartão de crédito debite automaticamente o valor desejado, todo mês.
A John Deere, em parceria com o Sesi, está promovendo a John Deere Run, uma corrida solidária que será realizada no dia 1º de dezembro de 2024. O evento arrecadará fundos para ajudar as vítimas das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, com todo o valor das inscrições destinado ao Banco de Alimentos.
Além de destinar 100% do valor arrecadado com as inscrições, a John Deere anunciou que dobrará o montante final, potencializando o impacto das doações. Essa ação visa reforçar o apoio às famílias afetadas, ampliando o alcance da ajuda humanitária por meio da iniciativa.
As inscrições para a corrida são realizadas pelo site Doe Alimentos, que disponibilizou um link exclusivo para a John Deere Run.
VILA UNIÃO
Mesmo devastada pela enchente, instituição social mostra sua resiliência e ampara sua comunidade no bairro Sarandi, com apoio do Banco de Alimentos
No coração do bairro Sarandi, em Porto Alegre, o Clube de Mães da Vila União tem sido como um oásis na comunidade ao longo de sua história. Com foco em três programas — educação, fortalecimento de vínculos e serviços de convivência — recentemente a organização se mostrou ainda mais aguerrida, como um porto seguro, ao socorrer os moradores do bairro, região gravemente arrasada pela enchente, em maio.
Mesmo sendo severamente atingida, com perda total de móveis e materiais diversos, a Instituição de Educação Infantil Vila União, braço educacional do Clube de Mães, amparou as famílias que também perderam tudo. “O que recebíamos, compartilhávamos com a comunidade”, conta a diretora Rosane Cabral dos Santos.
Foram 33 dias embaixo d’água e mais 30 dias de limpeza, até que alguns atendimentos presenciais foram retomados, ao menos duas vezes na semana, mesmo com a instituição ainda sendo recuperada. A escola
prossegue em reforma para retomar seu atendimento pleno, com o auxílio de muitas mãos.
O Banco de Alimentos de Porto Alegre colabora com a Vila União fornecendo cestas básicas. “Nosso bairro vive um cenário desolador. Se antes era uma região com famílias em situação de pobreza, agora, depois da enchente, muitas delas estão em situação de miserabilidade. Por isso, a parceria com o Banco de Alimentos é vital”, destaca a diretora. Além disso, a equipe de Nutrição e Segurança Alimentar do Banco de Alimentos compartilha conhecimento com a Vila União, por intermédio do projeto Cozinha Nota Dez, pelo qual a instituição já ganhou o selo de qualificação Ouro. O projeto ensina boas práticas de manipulação de alimentos e sobre as normas de segurança alimentar, mantendo a organização e a eficiência na cozinha, para preservar a saúde de todos.
Reconhecendo o mérito do trabalho dessa grande líder comunitária, em março de 2022, por lei, o Beco Um, da Avenida 21 de Abril, passou a ser denominado Vera Terezinha Cabral dos Santos, motivo de orgulho para sua filha, Rosane. A via é um dos acessos ao Clube de Mães Vila União e sua instituição de educação infantil.
O legado de solidariedade de dona Vera Em 1985, com ajuda de um mutirão, Vera Terezinha Cabral dos Santos lançou um projeto que viria a revolucionar a história do bairro: criou uma creche comunitária para atender as mães diaristas, que não tinham com quem deixar seus filhos enquanto buscavam o sustento da família. As crianças eram cuidadas por uma mãe que estivesse livre naquele dia. Em 1996, a creche passou a ser uma escolinha.
Hoje a filha de dona Vera, que faleceu em 2021 aos 74 anos, segue seu legado, com o anseio de realizar mais um sonho da mãe: ter um projeto que atenda aos idosos do bairro em turno integral, das 7h às 19h, oferecendo toda assistência necessária. “Vamos lutar para fazer desse sonho, uma realidade”, diz a filha, Rosane Cabral dos Santos.
A tragédia das enchentes que devastou o Rio Grande do Sul deixou um rastro de destruição, mas também revelou a força do espírito solidário dos brasileiros. Enquanto a água invadia as casas e milhares de famílias viam suas vidas serem destruídas, uma poderosa rede de voluntários se formou para levar alento e esperança aos que mais precisavam. Nessa corrente de solidariedade, o Banco de Alimentos e a Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais (FGBS) da FIERGS se tornaram centros de apoio, contando, como sempre, com valorosos voluntários.
Na sede dos Bancos Sociais, braços incansáveis se multiplicaram para atender as demandas da sociedade organizada e das ONGs que estavam na linha de frente distribuindo alimentos, roupas, colchões, cobertores e muito mais.
Entre as voluntárias que atuaram na separação de vestuário, calçados e roupas de cama e banho que vieram do Brasil inteiro para aquecer os gaúchos, destacamos duas colaboradoras assíduas dos Bancos Sociais. Há três anos uma delas conheceu o Banco de Alimentos e os Bancos Sociais, ao participar de um curso de Costura, com a professora Cristiane Rosa. “Esse curso e longas conversas com a professora Cris foram um divisor de águas na minha vida. Fiquei mais independente, minha autoestima melhorou muito e hoje me sinto mais valorizada e merecedora”, conta Joice Rolhf. “Sou muito grata a esta casa e enquanto tiver forças para trabalhar, quero ser sempre voluntária”, completa Joice, que é daquelas pessoas que se pode contar sempre. Seja separando roupas, costurando uniformes do Sábado Solidário, montagem de cestas básicas e muito mais.
Voluntárias Flávia e Joice, e as colaboradoras dos Bancos Sociais professora Cristiane Rosa e Sirlane Estraich Cardoso
A primeira vez que Flávia da Silveira Quoos voluntariou nos Bancos Sociais foi na 1ª Feira Multicultural, realizada em julho de 2023. A partir de então, a aluna do Curso de Costura passou a ser voluntária. Por quase três meses ela se voluntariou na separação de vestuário para ajudar as vítimas das enchentes. “Aqui a gente aprende a olhar para o próximo com mais compaixão
e empatia. Eu decidi vir ajudar todas as tardes por me colocar no lugar de quem estava precisando, com o sentimento de que seria assim que eu gostaria de ser tratada, se tivesse acontecido comigo”, destaca Flávia, que abrigou em sua casa 30 pessoas que ficaram desalojadas durante a enchente e ainda conseguiu abrigar outras 32 pessoas nas casas do filho e da cunhada.
15 anos de amor e dedicação ao Banco de Alimentos
Há uma história de amor entre Ervandil Schiavon e o Banco de Alimentos. Muito querido e admirado por todos que fazem parte da família Banco de Alimentos, ele diz que a recíproca é verdadeira. “Sempre digo que é uma ‘explosão de alegrias’, muito mais que satisfação”, conta Ervandil, que é consultor de compras da Stemac, empresa no qual é colaborador há 23 anos.
Voluntário há 15 anos nas ações de Sábado Solidário e em eventos diversos, como na Expoagas, por exemplo, Ervandil muitas vezes também convoca amigos para ajudar. “Desde que iniciei como voluntário vejo o quanto o Banco de Alimentos tem ajudado muitas instituições de caridade e me sinto agradecido por esta oportunidade de poder contribuir. Nossa missão nesta breve pas-
sagem é estender a mão ao próximo”, destaca.
Ervandil é um exemplo de dedicação. Mais do que voluntário, ele é parte essencial da missão do Banco de Alimentos, mostrando que a verdadeira satisfação vem de transformar vidas com amor e generosidade.
da DELL
A DELL não apenas apoia o Banco de Alimentos e os Bancos Sociais, mas também já estampou em suas camisetas de voluntariado o Selo Bah – Heróis do Banco de Alimentos, demonstrando seu compromisso com a causa. A empresa incentiva fortemente seus colaboradores a se engajarem em ações voluntárias. Em junho, mais uma vez, um grupo de voluntários da DELL, de Eldorado do Sul (fotos), esteve na sede dos Bancos Sociais para unir forças e fazer a diferença. Com dedicação e carinho, alguns voluntários montaram kits de higiene pessoal, enquanto outros organizaram roupas e cobertores para aquecer aqueles que mais precisavam.
Ervandil Schiavon com as companheiras de voluntariado Marlisa Cecatto, Roseliane Maia e Nadir Pagliarini, que também são assíduas voluntárias, em eventos diversos
Voluntários da Academia de Polícia
O RS sofreu uma sequência de desastres climáticos no último ano e muitas mãos foram estendidas para que as vítimas desses incidentes devastadores recebessem doações diversas, como a ação dos voluntários da Academia de Polícia (foto) que se dispuseram a montar kits de limpeza, para serem enviados às famílias atingidas por enchentes, em uma parceria entre o Instituto Cultural Floresta (ICF) e Bancos Sociais.
Sistemática gaúcha pode ser replicada pelas Federações de Indústrias dos Estados de Mato Grosso (FIEMT) e do Rio de Janeiro (FIRJAN) a partir da experiência gaúcha
A metodologia da Fundação dos Bancos Sociais da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), que conta com 13 Bancos Sociais, entre eles o Banco de Alimentos, tem atraído a atenção de outros Estados, que demonstram interesse em replicá-la por meio de suas respectivas Federações de Indústrias. Baseando-se na experiência do RS, onde foi criado o primeiro Banco de Alimentos do Brasil, a sociedade organizada e representantes do setor industrial por intermédio de suas federações, sinalizaram entusiasmo em estabelecer, primeiramente, um Banco de Alimentos em seus respectivos Estados.
Mato Grosso
Liderado pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), Mato Grosso se mobiliza para criar um Banco de Alimentos. A proposta foi debatida durante o 14° Encontro da Rede de Investidores Sociais de Mato Grosso (RIS/MT), realizado em julho, quando o presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS e diretor superintendente dos Bancos Sociais da FIERGS, Paulo Renê Bernhard, apresentou os resultados da campanha SOS RS e o projeto dos Bancos Sociais, incluindo o Banco de Alimentos, aproveitando a oportunidade para agradecer aos mato-grossenses toda ajuda recebida durante campanha SOS RS.
Participando da reunião de forma online no painel “Mobilização de Doações e Ações Colaborativas: Estratégias Eficazes na Crise Climática no Rio Grande do Sul”, Paulo Renê teve a companhia de Leandro Parker, representante do Instituto SLC, que estava em Cuiabá (MT) para participar do evento, que contou com representantes empresariais,
de institutos e fundações, como da SLC, GIFE, Amaggi, FIEMT, entre outros.
Rio de Janeiro
Em setembro, a convite de Fernanda Candeias, presidente do Conselho Empresarial de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), o diretor superintendente dos Bancos Sociais da FIERGS e presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard, participou de reunião online sobre o tema “Vulnerabilidade climática social e gestão de crises”.
Bernhard expôs sobre o trabalho dos Bancos Sociais e como a gestão empresarial foi importante para a eficiência e eficácia no gerenciamento das crises climáticas que afetaram o Estado, principalmente a que assolou a região a partir das enchentes de maio.
Fernanda Candeias indicou a possibilidade de implementar a experiência no Rio. “Espero poder avançar com essa agenda, tendo como referência a operação dos Bancos Sociais, que, com planejamento e estratégia conseguem atuar com a economia circular e ajudar a população por intermédio de vários setores”, destacou a presidente do Conselho de Responsabilidade Social da FIRJAN.
O Banco de Órgãos e Transplantes da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS, sob a presidência do nefrologista Dr. Valter Duro Garcia, desempenha um papel crucial na consolidação da cultura de doação de órgãos no país, articulando a força do setor industrial com a saúde pública. Segundo Dr. Valter, “O Banco de Órgãos e Transplantes da FIERGS é um elo importante entre o meio empresarial e a sociedade, atuando como um braço essencial na saúde, que empresta a força do setor industrial para salvar vidas.” Juntos, o Banco de Órgãos e Transplantes e a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, local que hospeda esse Banco Social, chegaram à marca de 6 mil transplantes renais, número que merece ser comemorado, como ocorreu em uma solenidade especial em setembro
A Santa Casa reafirma sua liderança no campo dos transplantes de órgãos, destacando-se também pela excelência de suas equipes e pelo constante avanço no número de procedimentos. O ano de 2023 foi histórico para a instituição, com um recorde de 295 transplantes de rim realizados,
O diretor superintendente dos Bancos Sociais, Paulo Renê, prestigiou o evento que celebrou a marca dos 6 mil transplantes. Na foto, ele está ao lado de Dr. Valter Duro Garcia (centro) e do provedor da Santa Casa, Dr. Alfredo Englert.
e neste ano a previsão é que ultrapasse os 300 transplantes anuais, o maior número em um único ano.
O rim é o órgão mais transplantado no Brasil, com uma frequência três vezes maior que a de fígado, e dez vezes superior à de co-
O Hospital Dom Vicente Scherer, do Complexo Hospitalar Santa Casa, é referência mundial na especialidade com mais de 900 transplantes de rim por ano. Na foto, a equipe celebra a chegada ao marco histórico de 6 mil transplantes de rim
ração e pulmão. No que diz respeito a transplantes de tecidos, as córneas são as mais comuns, devido à facilidade do processo.
Além dos feitos locais, o Banco de Órgãos e Transplantes da FIERGS tem expandido sua influência, disseminando a cultura da doação de órgãos e tecidos e capacitando equipes médicas em outros estados, como Porto Velho (RO) e Santarém (PA). Dr. Valter Duro Garcia lidera pessoalmente esses treinamentos, repassando seu vasto conhecimento a médicos e profissionais de saúde, contribuindo para o fortalecimento das redes de transplantes em diversas regiões do país.
Com essas ações, o Banco de Transplantes reafirma sua missão de salvar vidas e fortalecer o sistema de saúde, promovendo uma verdadeira corrente de solidariedade e transformação por meio da doação de órgãos.
Embora sua atuação seja concentrada na região sul, o projeto Banco de Livros da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS tem ganhado projeção nacional. O Banco de Livros acaba de receber o Prêmio PNBE de Cidadania 2024 na Categoria Empresa/Entidade Cidadã - Foco em Educação, por promover a leitura a pessoas e comunidades em situação de vulnerabilidade social e que historicamente não tiveram o acesso a literatura e leitura como fonte de conhecimento para o desenvolvimento da cidadania.
Concedida pelo PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais, uma entidade formada por empresários e empreendedores de todos os portes e ramos da atividade econômica, a premiação foi criada para reconhecer ações que transmitem valores e princípios de cidadania.
“Fui convidado a falar sobre o Banco de Livros para empresários, incluindo pessoas de Portugal, que ficaram impressionados com nossa atuação após tragédias que assolaram nosso Estado no último ano, quando a organização teve um papel importante para a criação de novas salas de leitura em dezenas de escolas”, afirma o presidente do Banco de Livros, Waldir da Silveira.
A Bienal do Livro de São Paulo, realizada em setembro, foi um ótimo momento de expandir o trabalho executado pelo Banco de Livros. Durante o evento, o presidente, Waldir da Silveira dedicou-se a conscientizar editoras e empresários a doarem livros excedentes da feira ou exemplares de seus acervos editoriais, contribuindo para o aumento do estoque de livros destinados a criar espaços de leitura. “Conseguimos muitas oportunidades para ampliar nosso acervo e, com isso, poder atender ainda mais beneficiários e criar novos ambientes de leitura”, destacou Waldir.
Após a Bienal, a editora Paulus já doou ao Banco de Livros 11.900 exemplares e a Arquipélago Editorial doou 180 livros, até agora. Além des-
sas significativas doações, novas parcerias estão sendo firmadas, abrindo portas para futuras colaborações e ampliando o alcance do projeto. A expectativa é de que, com esse impulso, o Banco de Livros continue a expandir sua atuação, levando mais conhecimento e cultura a diferentes comunidades.
Desde sua criação, em 2008, o Banco de Livros já recebeu e distribuiu mais de 2,2 milhões de exemplares, consolidando-se como uma referência na promoção da leitura e da inclusão social. “O Banco de Livros já entrou no imaginário popular das pessoas”, afirma Waldir, destacando que a instituição se tornou um símbolo de transformação cultural, conectando leitores a novos espaços de leitura por todo o Estado.
Doe livros e incentive a leitura na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre
O Banco de Livros receberá doações de livros durante todo o período da Feira do Livro de Porto Alegre, que chega à sua 70ª edição ocupando a icônica Praça da Alfândega entre os dias 1º e 20 de novembro.
Obras de literatura infantil e infantojuvenil são as maiores necessidades do Banco de Livros, cujo estande está localizado na Área Infantil da Feira, entre o MARGS e o Memorial do RS, junto com a TAG.
As doações podem ser feitas, também, durante o ano todo, na rede de estacionamentos Safe Park. Confira os endereços no link:
bit.ly/querodoarlivros
6ª edição do livro Vozes de um Tempo será
lançada na Feira do Livro
O Banco de Livros, o Balcão de Cidadania e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) realizam o lançamento da 6ª edição do livro “Vozes de um Tempo” durante a Feira do Livro de Porto Alegre, no dia 12 de novembro, das 15h às 17h, no Espaço dos Parceiros.
A obra é fruto do Projeto Passaporte para o Futuro, do Banco de Livros, e reúne contos, crônicas, poesias, narrativas e ilustrações de pessoas privadas de liberdade, que se encontram em Unidades Prisionais do Estado, que, em sua grande maioria, nunca tiveram acesso à literatura, nem mesmo pensaram que suas produções pudessem ser eternizadas em um livro.
O passado e o presente se encontram no Banco de Livros. Em uma atividade que vai além da leitura, o Projeto Leiturando apresenta uma exposição fotográfica que retrata a cidade de Porto Alegre nos anos 1960, conectando os idosos participantes das atividades a um tempo que marcou suas vidas. A exposição “Horizontes” é uma atividade de extensão do acadêmico Ariel de Bello Candal da Silveira, do curso de Psicomotricidade do IERGS, que traz à tona memórias de lugares que foram frequentados pelos idosos e que, agora, ganham nova vida em imagens por meio de suas narrativas.
O objetivo do projeto é mais que simples nostalgia: é uma oportunidade para que os idosos compartilhem suas vivências com os demais participantes, criando um espaço de troca intergeracional. Essas histórias, baseadas em suas lembranças e experiências, foram registradas com fotografias antigas, expostas como pêndulos que atraem os olhos de quem chega ao Banco de Livros.
O Projeto Leiturando, do Banco de Livros, transforma momentos em experiências profundas, oferecendo acesso à literatura para participantes dos cursos da Fundação dos Bancos Sociais e das atividades de projetos de Saúde e Nutrição do Banco de Alimentos. A cada encontro, o livro escolhido pela equipe do Banco de Livros é um convite para refletir, compartilhar vivências e debater temas que vão além das páginas.
Recentemente, o Leiturando retomou suas atividades com o grupo do Centro Dia do Idoso, na Zona Norte de Porto Alegre. Combinando a leitura com dinâmicas sensoriais, essas sessões não apenas despertam a imaginação, mas também criam laços, proporcionando momentos de interação e afeto, especialmente para os idosos, que encontram na palavra escrita um novo sentido para suas histórias.
Projeto transforma a rotina de idosas ao entrelaçar leitura e costura, reescrevendo histórias, tecendo sonhos e valorizando identidade, autoestima e geração de renda
O mais recente projeto da Fundação dos Bancos Sociais da FIERGS, une o Banco de Livros e o Banco de Vestuários em uma iniciativa que conecta a arte da costura à arte dos livros oferecendo a oportunidade de valorização da identidade, autoestima e geração de renda a mulheres idosas. O projeto Leituras e Costuras promove oficinas semanais que aliam literatura, customização de roupas e confecção de bonecas de pano.
Utilizando textos selecionados pela equipe do Banco de Livros, que abordam temas como empoderamento feminino, questões de gênero e trocas culturais e sociais, em rodas de conversa e atividades de leitura, seguidas por oficinas práticas de customização de tecidos e criação de bonecas de pano, com a equipe do Banco de Vestuários, o Leituras e Costuras tem sido também uma ferramenta de resgate da autoestima e de geração de renda.
Esse é um dos grandes diferenciais do projeto Leituras e Cos-
turas, que trabalha memórias afetivas e empoderamento nas rodas de conversa. Ao compartilhar suas histórias e vivências, as participantes encontram força e apoio mútuo, criando uma rede de solidariedade e inspiração, como revela a participante Berenice Rocha de Souza, 60 anos, que destaca a importância do projeto para reforçar a identidade e poder feminino. “Muitas participantes recebem aqui o apoio para enfrentar e saber lidar com duras realidades, como a solidão, por exemplo”, afirma Berenice, revelando ter encontrado uma oportunidade única de ter um tempo só para si. “Aqui, estou dedicando um tempo só para mim. É o meu momento, meu espaço pessoal”, ressalta.
O projeto reafirma o compromisso dos Bancos Sociais com a inclusão e o empoderamento de populações vulneráveis, proporcionando aos beneficiários não só uma nova habilidade, mas também um espaço de acolhimento e crescimento pessoal.
Após participar de cursos de Costura Básica e Costura Industrial e ser voluntária em várias ações dos Bancos Sociais, Sirlane Estriach Cardoso (foto) foi convidada para ser oficineira no projeto Leituras e Costuras, ensinando customização de roupas e acessórios e confecção de bonecas de pano. “Estou me sentindo realizada. Poder compartilhar conhecimento e ainda ter a chance de melhorar a vida das pessoas é maravilhoso”, afirma.
Em um cenário de emergência provocado pelas enchentes que atingiram o Estado em maio, o Banco de Computadores da Fundação dos Bancos Sociais, da FIERGS, cumpriu uma importante missão social. Durante a crise, a instituição doou 469 unidades de computadores a diversas organizações sociais, incluindo escolas e associações comunitárias, reafirmando seu propósito de “transformar o desperdício e resíduos em benefício social”.
O Banco de Computadores é um projeto voltado para a arrecadação e doação de equipamentos eletrônicos em funcionamento. Esses equipamentos, que muitas vezes poderiam acabar descartados, são repassados para quem mais precisa, proporcionando
não apenas acesso à tecnologia, mas também capacitação profissional, outro foco do Banco.
No primeiro semestre de 2024, o Banco de Computadores também promoveu uma turma do curso de Operador de Computador. No entanto, o curso teve que ser interrompido por três meses devido às enchentes. Infelizmente, muitos dos alunos inscritos foram diretamente impactados pela tragédia e não puderam retomar as atividades quando as aulas voltaram. Embora a formatura não tenha ocorrido como previsto, o curso foi
Turma do curso de qualificação de Operador de Computador que está em andamento, no segundo semestre de 2024
finalizado, garantindo o acesso ao aprendizado para aqueles que conseguiram retornar.
Capacitação
Em outubro de 2024, uma nova turma do curso Operador de Computador, composta por 12 alunos, foi iniciada, sendo ministrada pelo SENAI-RS, que oferece certificado. O curso visa capacitar os participantes a utilizarem ferramentas do sistema operacional para otimizar o uso dos computadores, monitorar seu funcionamento, e manipular documentos com pacotes de aplicativos tanto no desktop quanto na nuvem. Essa formação é voltada para atender as demandas de rotinas administrativas, garantindo que os participantes estejam prontos para o mercado de trabalho e para contribuir com o desenvolvimento das organizações que os acolhem. Até 2023, o Banco de Computadores capacitou 700 pessoas.
Entre as instituições que receberam doações de computadores está a Persépolis Escola Livre, uma startup de educação e impacto socioambiental que atua como hub de inovação tecnológica
Combinando inovação e sustentabilidade, o Banco de Mobiliários reaproveita materiais e promove a conscientização sobre a importância de iniciativas sociais que contribuem para o meio ambiente. Utilizando madeira proveniente de doações ou de fontes sustentáveis, este Banco Social vem desempenhando um importante compromisso da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais: combater o desperdício, com alternativas conscientes na produção de móveis.
Entre as missões cumpridas no último ano está um relevante projeto: a produção de mesas, cadeiras, prateleiras e estantes para atender escolas que perderam suas bibliotecas durante ciclones e enchentes que afetaram o Estado. Juntamente com o Banco de Livros, foram equipadas até agora 20 salas de leituras.
Os móveis, cuidadosamente planejados e produzidos com o objetivo de resgatar a funcionalidade e o conforto dos ambientes escolares, foram criados pelo gerente de Almoxarifado dos Bancos Sociais, Maicon Rez Domingues, que atua nos Bancos Sociais há 16 anos.
Além da assistência direta às escolas, o Banco de Mobiliários tem atuado para melhorar a estrutura dos próprios Bancos Sociais. Recentemente, foram fabricados e instalados móveis nos pavilhões do complexo
Unindo criatividade e responsabilidade ambiental, Banco de Mobiliários cria móveis funcionais com materiais reaproveitados, contribuindo para a reestruturação de escolas e fortalecendo projetos
dos Bancos Sociais, atendendo às demandas dos Bancos de Alimentos, de Livros e de Vestuários.
“Sabemos o impacto que um espaço bem estruturado tem para o ambiente profissional ou para uma comunidade. Por isso, nosso esforço é para proporcionar mais conforto, de forma sustentável”, destaca Maicon, que está atualmente trabalhando em um projeto também especial: produzir caixas de madeira que serão suporte de árvores de Natal, para a campanha Natal do Bem, do Banco de Alimentos.
Móveis das salas de leituras doados ao Vale do Taquari, ilhas e bairros de Porto Alegre são criações do Banco de Mobiliários
Mesa da sala de estagiários da equipe de Nutrição e Saúde do Banco de Alimentos foi confeccionada no Banco Social, que também reformou todo o espaço
No momento, estão sendo produzidas caixas de madeira que serão suporte de árvores de Natal, para a campanha Natal do Bem
Maicon Rez Domingues é gerente de Almoxarifado dos Bancos Sociais e marceneiro responsável pelo Banco de Mobiliários