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Banco de Tecido Humano-Pele
Banco de Banco de Tecido Humano-Pele Tecido Humano-Pele
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O Banco de Tecido Humano-Pele Dr. Roberto Corrêa Chem, instalado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é integrante do Projeto dos Bancos Sociais da FIERGS, sob a presidência e Responsabilidade Técnica do Dr. Eduardo Mainieri Chem.
O Banco de Pele têm a função de captar, processar, preservar e disponibilizar lâminas de pele alógena com a finalidade de transplante. A retirada da pele é feita em centro cirúrgico sob c o n d i ç õ e s d e a s s e p s i a r i g o r o s a e o processamento é realizado sob as mesmas condições assépticas dentro dos bancos de pele. Nas situações de queimaduras graves, o enxerto de pele alógena é indispensável no tratamento e manutenção da vida dos pacientes.
O transplante de Pele é praticado da mesma forma que os demais órgãos, como pulmão, rim, etc. A família do doador é quem pode autorizar a retirada do tecido e concretizar o desejo de doação. A pele doada possui poucos milímetros de espessura, sendo mais fina que uma folha de papel. Essa área não fica exposta, sendo normalmente o troco ou pernas. O projeto envia peles para todos os Estados brasileiros e teve 22 doadores de pele em 2021, sendo que em alguns meses não houveram captações. De janeiro a dezembro de 2021, foram realizados 12 envios de pele para todo o país. No entanto, por falta de maior disponibilidade de estoque, não conseguiu atender os pedidos na sua totalidade, deixando de enviar 33.100 cm² de pele que seriam necessários para as enxertias.
Conselho Federal de Medicina autoriza o uso da membrana amniótica em tratamento de vítimas de queimaduras
A iniciativa do Banco de Pele da FIERGS, publicada em 28 de outubro com o parecer nº 12/2021 do CFM, permitirá o abastecimento dos Bancos de Tecidos do País e ajudará a salvar vidas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a regularização do uso da membrana amniótica na prática médica em diversas situações clínicas: em queimados, oftalmologia, ginecologia e úlceras dos membros inferiores.
de Porto Alegre, recebeu pele e membrana amniótica de outros países para ajudar no tratamento das vítimas. Entretanto, nosso País ainda não dispunha de uma autorização para o uso da membrana amniótica como substituto cutâneo em pacientes com grande perda cutânea diferentemente de outros países da América dos Sul, União Europeia, Estados Unidos, Canadá, entre outros.
Em 2005, foi fundado, pelos Bancos Sociais da FIERGS o primeiro Banco de Tecido Humano do Brasil, que ganhou o nome de seu idealizador, Dr. Roberto Corrêa Chem. A aprovação do uso da membrana amniótica no Brasil soma-se a importantes triunfos nessa área. “A luta pela aprovação do uso da membrana amniótica foi intensa, e hoje, comemoramos a autorização junto ao Conselho Federal de Medicina. Mais uma conquista que ajudará a salvar milhares de vidas no país”, afirma Jorge Luiz Buneder, coordenador do Conselho de Cidadania da FIERGS.
A membrana amniótica pode substituir a pele, com a vantagem de ser mais acessível, além de ser mais econômica. “A membrana amniótica, que após o nascimento da criança é descartada, pode ser utilizada como um curativo biológico, cobrindo determinadas feridas, sejam elas de queimaduras ou de politraumatizado”, afirma Dr. Eduardo Chem.
Membrana amniótica humana
Procedimento
A membrana amniótica (placenta) será captada s o m e n t e n o p a r t o c e s á r e a e c o m o consentimento da família. Após a captação, será levada a um banco de tecido humano-pele, para que seja feita a esterilização, como se faz com a pele. A utilização da membrana amniótica auxilia na cicatrização e possibilitará o atendimento das necessidades por pele no país.
A normatização acerca de sua captação, preparo, conservação e utilização obedecerá à legislação vigente no Brasil e ao regimento sanitário para transplante de órgãos e tecidos, que define os critérios de funcionamento dos bancos de tecidos e alocação gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes.