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1.1. Tratamento técnico e gestão de plataformas digitais
O Centro de Documentação da Fundação Marques da Silva é composto por 25 acervos de arquitetos e documentação parcial relativa a mais 4 arquitetos, 1 engenheiro e 1 historiador, sendo de sublinhar que 21 destes acervos têm núcleos bibliográficos associados. Falamos dos acervos fundadores dos arquitetos José Marques da Silva, Maria José Marques da Silva e David Moreira da Silva, que a partir de 2011, com a receção do arquivo e biblioteca do arquiteto Fernando Távora, foram sendo sucessivamente acompanhados de novas incorporações: José Carlos Loureiro, Alcino Soutinho, João Queiroz, Manuel Teles, Alfredo Matos Ferreira, José Porto, Octávio Lixa Filgueiras, Fernando Lanhas, Carlos Carvalho Dias, Raúl Hestnes Ferreira, Rui Goes Ferreira, Francisco Granja, Bartolomeu Costa Cabral, GPA (Grupo de Planeamento e Arquitectura), parte correspondente à atividade de Bartolomeu Costa Cabral naquele escritório, Luís Botelho Dias, Manuel Graça Dias e Manuel Marques de Aguiar. Com uma presença parcial, integra documentação produzida pelos arquitetos Álvaro José Cancela Meireles, Alfredo Duarte Leal Machado e António Menéres, neste caso, ainda em curso novas transferências documentais. Em 2020 foi ainda confirmada a doação dos acervos dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, bem como do Atelier 15 que ambos formaram. De natureza diferenciada, mas complementar, registam-se os acervos, doados pelo historiador António Cardoso, de particular importância para documentar o processo de investigação desenvolvido sobre a obra de José Marques da Silva, bem como a documentação digital cedida pela família do engenheiro Alberto Álvares Ribeiro. Exclusivamente de carácter bibliográfico, são as doações do arqueólogo e arquivista Manuel Real, do fotógrafo Luís Ferreira Alves e da arquiteta Margarida Coelho que, em 2019, reforçou a primeira doação com a entrada de mais um núcleo bibliográfico. O arquiteto Alexandre Alves Costa tinha já oferecido, em momentos distintos, livros e peças desenhadas que fazem agora parte do acervo da instituição. Em termos bibliográficos, a Fundação tem vindo a reunir uma Biblioteca Corrente, em constante crescimento, seja pela integração dos títulos que têm a sua chancela editorial, seja pela incorporação de ofertas de autores, editores ou de publicações apoiadas pela instituição.
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Tal como nos anos transatos, a política de gestão quotidiana da informação arquivística e biblioteconómica continua a pautar-se pelo objetivo bem definido de ir ao encontro do utilizador, abrindo a possibilidade de alcançar o maior número de potenciais comunidades de investigadores, proporcionando uma utilização facilitada, permanente, intensiva e extensiva dos acervos. Um trabalho de mediação entre Utilizador e Informação pensado a partir da implementação de procedimentos sincronizados, passíveis de agilizar o acesso, a recuperação e a reutilização da informação, estabelecendo em paralelo canais de divulgação e partilha, no quadro da missão traçada para a instituição. Neste contexto, o esforço de atualização das bases de dados e o crescimento contínuo da informação disponibilizada à comunidade através das plataformas digitais, criadas a partir de parcerias com diversas unidades orgânicas da Universidade do Porto tem sido permanente.
Em termos arquivísticos, a instituição continuou a utilizar a plataforma AtoM. Em 2020 contemplou 11.432 descrições arquivísticas, tendo sido registadas 24.447 visitas ao Arquivo Digital, 2.682 pesquisas e visualizadas 115.751 páginas. Como já referido, só durante este ano, 7 novos Sistemas de Informação foram sinalizados e disponibilizados para consulta nesta plataforma: Bartolomeu Costa Cabral, Fernando Lanhas, José Porto, Manuel Teles, Octávio Lixa Filgueiras, Raúl Hestnes Ferreira e Rui Goes Ferreira.
Em termos bibliográficos, permanece a utilização da plataforma digital Aleph, para consulta virtual do Catálogo Digital da Fundação Marques da Silva. Com a inserção de mais 158 títulos relativos à biblioteca associada ao acervo do arquiteto Octávio Lixa Filgueiras, este Catálogo contabiliza, no final de 2020, um total de 6.673 entradas.
A validação externa deste trabalho, em 2020, passou ainda pela assinatura de uma adenda ao protocolo de colaboração que a Fundação Marques da Silva tem com a Associação Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR, tendo em vista o alojamento na plataforma AtoM do acervo de Bernardo Ferrão (1913-1982), irmão de Fernando Távora,