Aquário em Balneário Camboriú

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AQUÁRIO EM BALNEÁRIO

CAMBORIÚ GABRIELA VIANNA



Gabriela Vianna

AQUÁRIO EM BALNEÁRIO

CAMBORIÚ

Trabalho final de graduação, apresentado para

o

curso

de

Arquitetura

e

Urbanismo, da Universidade Estácio, como requisito parcial à obtenção do título de arquiteta e urbanista, com a orientação do Prof. Dr. Marcelo Carlucci.

Figura de capa disponível em: <https://bit.ly/2SOnglf>.

Ribeirão Preto - 2018


Agradeço especialmente aos meus pais, por se dedicarem e apoiarem minhas escolhas e, principalmente, estarem presentes em toda a minha caminhada. Agradeço meus familiares e amigos, por todo o companheirismo, nas facilidades e dificuldades. Por fim, um agradecimento ao meu orientador Marcelo Carlucci, que aceitou participar comigo dessa jornada tão importante para a minha formação, à professora Ana Cirigliano, que ajudou a enriquecer meu trabalho em cada etapa, assim como todos que me auxiliaram, em menor ou maior parte, durante a produção desse trabalho.


“Homem livre, o oceano é um espelho fulgente que tu sempre hás de amar.” Charles Baudelaire



SUMÁRIO INTRODUÇÃO

07 09

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

29 53

A ÁREA

A CIDADE

69 87

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

95

O PROJETO



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INTRODUÇÃO OBJETIVO O lazer é um fenômeno social de grande importância nos dias

Foi imprescindível o estudo dos animais como entretenimento,

atuais, que se manifesta de diferentes formas. Uma forma de lazer que

para conhecer o surgimento dos primeiros zoológicos e aquários e

está diretamente ligado à economia é o turismo, sendo importante

qual seu objetivo inicial e atual. A estrutura dos espaços de lazer como

para as cidades como uma forma de gerar capital, não só através

um espaço educativo é a base para a iniciativa do projeto.

da geração de renda, mas também de gerar empregos e melhorar a vida da população. Outro tipo de lazer são os espaços de caráter educacional, que têm se desenvolvido e se tornado mais procurado pelas pessoas, de todos os públicos, por ser uma forma divertida de aprendizado e conhecimento. A cidade de Balneário Camboriú é conhecida como a capital catarinense do turismo, que tende a se

Além das metodologias de pesquisa, foram feitas análises de referências projetuais de Aquários e outros espaços que foram julgados interessantes. Foram realizados levantamentos da área e seu entorno, que envolvam topografia, uso e ocupação do solo, gabarito, ventilação, vegetação e outros levantamentos necessários.

expandir e se desenvolver nessa área. Para tal situação, a partir deste contexto, este trabalho tem como objetivo propor um Aquário, sendo este um espaço turístico que aborde o lazer e a educação, em uma área

RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS

que aproveite suas características naturais, visando complementar

Através deste trabalho, pensa-se em melhorias sociais para

os pontos turísticos já existentes, oferecendo uma nova proposta de

a cidade, considerando fatores como geração de empregos e

lazer para a cidade, valorizando a área a ser implantado e melhorar a

valorização de uma área desocupada, além da melhoria econômica

economia da cidade.

através do turismo, a partir da inserção de uma instituição ambiental de entretenimento e educação.

METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE AÇÃO Foi feito um do estudo sobre lazer e turismo na sociedade, no Brasil e no mundo, para entender o funcionamento de espaços turísticos e sua história. A fundamentação teórica conta, também, com dados sobre o turismo no Brasil, para entender o grau de importância dos espaços turísticos no país.



FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Fig. 01: Homem pulando de parapente, em praia de BalneĂĄrio CamboriĂş. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


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LAZER E TURISMO CONCEITO DE LAZER Não existe uma definição clara de lazer, mas sabe-se que o lazer

demonstram que o lazer pode ser encarado como uma necessidade

mudou muito com o passar do tempo e se tornou uma necessidade

ou como perda de tempo. A partir dos panoramas sociológicos de

da sociedade. Na modernidade, o lazer funciona como um escape

cada comunidade, é possível definir se o lazer é fundamental ou

das obrigações cotidianas, envolvendo uma busca pelo bem-estar

dispensável. Então, entender a interpretação do lazer na sociedade é

individual ou coletivo.

fundamental.

Diferente das obrigações profissionais voltadas a aspectos

Para a sociologia, toda coletividade humana necessita de

econômicos, o lazer é o tempo livre para se destinar a algo que a

uma cultura, sendo esta uma série de manifestações específicas,

pessoa queira fazer, como uma atividade esportiva, leitura, piquenique

que tornam a comunidade legítima. Dentro desse sistema cultural,

no parque, cozinha como atividade social, frequência em eventos

existem valores sociais, que são “uma maneira de ser ou agir que uma

musicais e teatrais, diversão noturna, férias ou até mesmo ficar em

pessoa reconhece como ideal” (PRONOVOST, 2011). São esses valores

casa assistindo televisão pode ser considerada uma atividade de lazer.

que fundamentam o pensamento de cada grupo social, sendo ele

Tudo que é feito por obrigação não é lazer, ainda que o mesmo traga

essencial por determinar as reações de conduta individual e coletiva;

satisfação pessoal. Trabalho, estudo, atividades higiênicas, limpeza e

portanto, o sentimento de pertencimento a uma comunidade é crucial

trabalhos domésticos são algumas obrigações cotidianas da sociedade,

para a convivência social. Deste modo, os valores morais e éticos são

assim como obrigações sociais, como ir a um evento da empresa ou

variantes de cada sociedade, o que torna as concepções variáveis –

uma reunião familiar.

como considerar o tempo livre como um momento de entretenimento

O lazer é uma prática cultural que se expande e se valoriza mais

ou não.

a cada geração da sociedade, como um motivo de alegria para viver.

Os princípios sociais pactuados entre quaisquer grupos

Ainda que a busca pelo prazer seja individual, valorizar a participação

populacionais definem noções específicas de família, religião,

de todas as classes em espaços de entretenimento e lazer promove

política, trabalho, lazer, afetividade etc. Todavia, o lazer aparece

a integração social e age no desenvolvimento coletivo da civilização

como um valor secundário na classificação de importância vital, na

(DUMAZEDIER, 2004).

maioria das comunidades. Pronovost (2011) afirma que a família, o

VALORES SOCIAIS E A IMPORTÂNCIA DO LAZER As normas e valores sociais do homem contemporâneo

trabalho e a educação são os principais valores adotados por grande parte da população mundial, porém aponta estudos onde, por exemplo, a população belga associa o lazer como um direito humano,


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indispensável para a felicidade. Em relação aos princípios aceitos e difundidos no ocidente, o lazer aparece como periférico (comparado aos fenômenos socialmente reconhecidos como fundamentais), relacionado fortemente à espaços e atividades de integração social e tempo livre. Contudo, algumas categorias populacionais, como jovens de pouca escolaridade, consideram o lazer com importância central. Ainda, uma parte da população que sobrepõe o lazer ao

valor

familiar o faz por

possuir descontentamento perante a família e, os que consideram o trabalho de pouco valor ou aqueles cujas profissões são menos especializadas, também tendem a dar mais importância ao lazer (PRONOVOST, 2011). Em qualquer circunstância, a prática do lazer deriva de uma série de motivações sociais. Definimos abaixo alguns tópicos que se caracterizam por motivar a busca pelo lazer: •

O ambiente, o contexto espacial no qual o lazer se insere;

Prazer e divertimento;

Fuga da rotina e das atividades monótonas;

Repouso;

Sociabilidade (pode-se dividir em atrativos familiares, grupos

ou cônjuges); •

Busca pela solidão, em ficar sozinho;

Expressão de emoções e sentimentos;

Educação e cultura;

Melhoria da saúde física e mental;

CONCEITO DE TURISMO Para os turistas, o turismo define-se como uma atividade voluntária e sem fins lucrativos de deslocamento do espaço cotidiano, realizada por indivíduos ou grupos, em busca de um local que ofereça entretenimento, descanso, conhecimento histórico e cultural, ou outro sentido ou desejo motivacional; tendo importância de caráter econômico, social e cultural (IGNARRA, 1997).


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Para o investidor, o turismo é uma forma de lucro, pois gera renda e valoriza o local no qual os equipamentos turísticos são instalados. A glamourização da cidade através do turismo é uma ótima forma de melhorar a economia do município, sendo assim é de interesse do setor público e privado a implantação de novos espaços turísticos. O que desencadeia o processo de escolha pelo destino turístico são os interesses pessoais do turista, tais como busca por cultura, diversão, esportes, educação, etc. O quê visitar, onde e porquê são algumas perguntas que um turista faz para si antes ao pensar em um local de viagem. Após essa escolha, fatores secundários como transporte e hospedagem também são pensados, para tornar o passeio viável. É necessário que um espaço turístico seja pensado em um local favorável, de fácil acesso, que supere a expectativa do turista para que o mesmo retorne outras vezes. Um espaço turístico possui diversas classificações, pensando em qual público o local irá atender e, assim, designar os tipos de serviço e programas que serão oferecidos. Para Ignarra (1997), é necessário pensar em:

Fig. 02: Praia central, em Balneário Camboriú. Fonte: <http://www. secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.

→→

Amplitude:

Local (receber até municípios vizinhos);

Regional (locais até 300km de distância);

Doméstico (dentro do país);

Internacional (fora do país, escala monumental);

→→

Fluxo turístico:

Emissivo (onde saem os turistas);

Receptivo (que entram turistas);

→→

Tipos de turista:

Existenciais (buscam paz através da quebra de rotina);

Experimentais (conhecer outros modos de vida e culturas);

Diversionários (entretenimento e lazer organizado);

Recreacionais (recreação e relaxamento);

Institucionalizados (grupos e excursões);

Não-institucionalizados (individual e por conta própria);


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HISTÓRICO DO TURISMO O turismo começa a ser considerado como lazer a partir

Em 1995, com a volta do equilíbrio financeiro, o turismo

do Império Romano, quando os imperadores tornavam a fazer

consegue se reerguer e começa a ter importância nacional. Trazendo

viagens para desfrutar dos grandes templos, em outros locais além

grandes benefícios ao país, diversos fatores geraram o avanço do

da área Imperial. Já o turismo como comércio deriva das grandes

turismo e a minimização da crise no final do século XX. Segundo Trigo

trocas comerciais realizadas na Grécia Antiga. Na região de Éfeso,

(1995), os fatores que impulsionaram este avanço são:

Alexandre, o Grande, cria o que atualmente é chamado de turismo de

Estabilidade política no Brasil;

A dedicação de empresas privadas ao setor de lazer e turismo;

Investimentos internacionais no país, como hotelarias, parques

eventos, reunindo mais de 700 mil visitantes que iam em busca de entretenimento com animais, prostitutas e artistas. As cruzadas são consideradas as primeiras viagens em grupo, por reunir pessoas com interesses comuns, mesmo que por finalidade de guerras. Juntamente com o turismo, surgem as primeiras hotelarias e pontos comerciais, pois algumas viagens eram muito longas para serem feitas a cavalo, o que necessitava de uma ou mais paradas para descanso.

aquáticos, shoppings, resorts e outros elementos urbanos financiados por empresas estrangeiras; •

maior expansão de caráter mundial, influenciando o Brasil; •

A partir do século XIX, no período da Revolução Industrial, conhece-se o turismo como o conceito tratado contemporaneamente. Com a ascensão da burguesia europeia, a diversificação da economia e a possibilidade de acesso a novos lugares, a nobreza passou a realizar diversas viagens, focadas em aprender novos costumes e culturas, conhecer novas famílias burguesas e se habituar a outros modelos políticos, econômicos e sociais, assim como disseminar a cultura nobre por onde passavam. No Brasil, o turismo começa a se destacar a partir de 1970, quando surgem os primeiros cursos de nível superior de Turismo, porém o país não possuía uma preocupação para investir em recursos turísticos, tornando o curso ignorado e sem campo de trabalho. O país apresenta certo desenvolvimento na década de 90,

Crescendo 5% na década de 90, o setor turístico foi o que teve O avanço turístico exige novos profissionais, oferecendo vários

empregos e aumentando a quantidade de cursos sobre turismo e hotelaria; •

Investimento por parte das companhias aéreas, pelo avanço da

estrutura dos aeroportos; •

Divulgação internacional da imagem brasileira, pelas comidas

típicas nacionais; Preocupação com o meio ambiente e sua preservação instauram o turismo sustentável, além do interesse do turista pelas paisagens naturais e culturas regionais do país;

BRASIL E O TURISMO DO SÉCULO XXI

com novas rodovias, terminais portuários, melhoria dos equipamentos

O Brasil foi palco de megaeventos esportivos durante os últimos

de telecomunicações e da intensificação e aceitação do valor da

anos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A intenção de promover

formação profissional em turismo. Em contrapartida, na mesma

o país a partir dos eventos foi uma tentativa de favorecer a imagem do

época, a crise do petróleo impossibilitou novos investimentos, crise

Brasil no exterior, porém o mesmo não trouxe vantagens do ponto de

intensificada pela alta da inflação, o que estagnou não só o turismo,

vista turístico. Em 2013, antes dos megaeventos, o país se encontrava

mas todo tipo de atividade econômica. Santa Catarina é a exceção

em 6º lugar no ranking mundial de economia turística, de acordo com

brasileira da época de crise, conseguindo se manter economicamente

o Plano Nacional do Turismo (2013). Em 2016, a Organização Mundial

e desenvolver o turismo no estado (TRIGO, 1995).

do Turismo (2017) aponta a queda do Brasil para a 37º posição, ficando


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atrás de países como o Vietnã, África do Sul e Marrocos. Em contrapartida à queda do recebimento de turistas nos últimos anos, o Brasil é conhecido como portador da mais significativa biodiversidade do mundo: em território nacional vivem aproximadamente 1/5 das espécies animais e vegetais do planeta, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o setor turístico brasileiro apontou um crescimento de 18,5% em 5 anos e gerou uma média de 3 milhões de empregos diretos em 10 anos. Em

2012, o turismo brasileiro

participou da economia

nacional com aproximadamente 77 bilhões de dólares, apontando ser um setor de grande lucro para o país. A geração de emprego através do turismo representa 8,3% dos empregos no país; só em 2012 gerou com uma média de 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos em hotelarias, agências de viagem, companhias aéreas, marítimas e terrestres, transporte local – táxis e ônibus – e centros de lazer (BRASIL, 2013). O Plano Nacional do Turismo (2013) confirma a contribuição significante do turismo para o desenvolvimento das classes sociais brasileiras. Em 2005, as classes “D” e “E” formavam a maioria da população brasileira, com quase 93 milhões de indivíduos; a classe “C” era a segunda maior classe, com quase 63 milhões e a classe “A” e “B” com menos de 27 milhões, representavam a menor quantidade populacional. Em 2010, esses dados mudaram drasticamente, melhorando a distribuição populacional pelas classes sociais. Houve um abandono de aproximadamente 45 milhões de pessoas das classes “D” e “E”, que ascenderam para as outras classes. A classe “C” passou a ser dominante, totalizando mais de 101 milhões de brasileiros. As classes “A” e “B” também sofreram um acréscimo de 15 milhões de indivíduos, com uma média de 42 milhões. A busca pelo retorno econômico através do turismo é uma das metas a serem alcançadas nos últimos anos no Brasil, então a organização de novos eventos e equipamentos turísticos são bem-

vindos ao país. Alguns grandes eventos já foram selecionados para acontecerem no território brasileiro, como o Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos, na tentativa de promover o país e resgatar a economia pelo turismo.


Fig. 03: Interação entre criança e animal em um zoológico. Fonte: <https://bit.ly/2F7Vo8P>.


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LAZER COMO EDUCAÇÃO A MUDANÇA DOS PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS O lazer e a educação escolar são assuntos que se relacionam

próprios valores lógicos e morais. A Escola de Genebra defende a ideia

entre si, de modo que se completam. Ambos estão envolvidos com

de superar o ensino para a aprendizagem, senão o ensino se torna

a experiência e a melhoria da formação intelectual dos indivíduos,

monótono e não ajuda no desenvolvimento intelectual dos jovens,

de modo estratégico, é possível utilizar o lazer como uma maneira de

sendo necessário potencializar as experiências pessoais (CASTRO,

educação.

1986).

A pedagogia tradicional das escolas se justifica como uma solução para vencer a barreira da ignorância e criar uma sociedade democrática, sobretudo em países em desenvolvimento. A educação tradicional e pública se tornou um direito de todas as camadas sociais, onde o professor transmite conhecimento através de lições e os alunos obedecem e absorvem o conteúdo. Este método de aprendizado recebeu várias críticas e descontentamentos pelo seu processo de ensino, por ser extremamente rígido e por tratar os alunos de forma universal, sem pensar nas especificidades individuais dos estudantes, dando origem a um processo de reforma dos métodos educacionais, a que chamamos de Pedagogia Nova.

EDUCAÇÃO ESCOLAR E POTENCIALIDADE DOS ESPAÇOS O ensino da biologia na educação básica é indispensável para o conhecimento e divulgação de pesquisas de ponta da área para os alunos. A discussão entre professor-aluno sobre as pesquisas biológicas reforça o aprendizado e revisa as metodologias que são ensinadas. Sair do espaço escolar para visitar espaços “não formais de ensino“ amplia e potencializa a proposta pedagógica, fazendo com que o aluno entenda, na prática, as teorias aprendidas. Essa ideia de concretizar o conhecimento fora da sala de aula é adepto pela didática de diferentes profissionais na área educativa, pois inserem o contexto social - de uma visita ao espaço público como jardins

O novo método defende que é preciso implantar o ensinamento

botânicos, museus marinhos e zoológicos - e o relacionam com a

através de experiências, oferecendo o respeito pela individualidade de

dinâmica de aprendizagem, fazendo com que os alunos compreendam

cada membro da sociedade. Assim, a pedagogia supera os processos

o que aprendem na escola através de métodos práticos e vivenciados

apenas de aprendizagem e parte para os princípios psicológicos, da

na natureza.

espontaneidade, “(...) de uma pedagogia centrada na ciência lógica para uma pedagogia de inspiração

experimental

baseada nas

contribuições da biologia e da psicologia (...)” (SAVIANI, 2003).

Desta forma, conclui-se que espaços de caráter ambiental possuem grande importância na aprendizagem, reforçando que os conceitos da biologia se realizam nas salas de aula, enquanto que

É importante entender que o ensino é um método de preparação

o processo de aprendizagem é concluído fora do local de ensino,

do estudante para experimentar as vivências e despertar sua

despertando a elevação sociocultural dos estudantes e incentivando

curiosidade sobre o universo ao redor e, assim, gerar o aprendizado,

a formação humana dos indivíduos (BRITO, 2012).

respeitando o intelecto de cada indivíduo para que construa seus


Fig. 04: Filhote de elefante em zoolรณgico. Fonte: <https://bit.ly/2P7DZBI>.


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ANIMAIS COMO ESPETÁCULO HISTÓRICO A primeira evidência histórica concreta da utilização de animais

época do Vaudeville teve sua época de ouro até meados da década

como entretenimento acontece no século II a.C., quando o Império

de 20, quando o lazer dos circos foi sendo gradativamente substituído

Romano fazia espetáculos em que animais, principalmente leões,

pela tecnologia do rádio e da televisão.

lutavam com homens que eram condenados à morte. Chamado de damnatio ad bestias (em latim para condenação por animais), era um dos entretenimentos mais cruéis da época, atraindo espectadores principalmente da classe baixa. Esse famoso evento romano acontecia principalmente na maior arena de entretenimento de Roma, o Circus Maximus.

A mídia da segunda metade do século XX também apresentava entretenimento com animais. Diversos filmes com animais, principalmente cachorros, foram criados, conquistando destaque no cinema e na televisão. Com o desaparecimento do circo, surgem os primeiros parques temáticos com exibição de animais, como o Sea World e o Animal Kingdom, parte do complexo da Walt Disney World.

Já na Idade Média, a população europeia começa a ver nos

Atualmente, a exibição de animais se mostra como uma oportunidade

animais selvagens seu exotismo, usando gaiolas para expô-los,

de encontro e aproximação com a natureza, envolvendo proteção e

facilitando o olhar e a curiosidade do espectador. Esta prática europeia

cuidado da fauna e flora (LIBRARY INDEX, 201-).

foi chamada de ménagerie, palavra francesa que significa habitação de animais selvagens, onde deriva-se o termo “zoológico”. Na época, a exposição mais longa durou centenas de anos na Inglaterra, que continha uma coleção com animais capturados da natureza ou de presentes oferecidos para a realeza britânica. Alguns empresários europeus viajavam com sua coleção de animais para o interior rural, prática que deu origem aos circos. Os circos eram transportados em vagões de trem e se adaptaram para grandes espetáculos rapidamente no século XIX, com os domadores de animais selvagens. Nos Estados Unidos, na mesma época, o entretenimento era conhecido como Vaudeville, onde os animais eram domesticados para fazerem truques variados. Assim, os espetáculos começam a incluir, também, atos de malabarismo, mágica e dança. A

ZOOS: ENTRETENIMENTO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL Os zoológicos, na contemporaneidade, são considerados espaços educacionais e de entretenimento, contudo a visão dos zoos nem sempre foi de lazer e educação, visto que seu passado está mais ligado a um local de coleções particulares de animais. A mais antiga coleção de animais datada deriva-se de um registro arqueológico de 2.300 a.C, todavia as mais famosas coleções derivam dos antigos faraós egípcios, que também possuíam coleção de animais, no século IV a.C. Alexandre da Macedônia colecionava animais diversificados, que coletava em cada viagem que fazia, como uma conquista.


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Na idade média, colecionar animais, principalmente exóticos, era coisa dos nobres, pois denotava extravagância e poder. Até este momento, todos os conjuntos que possuíam animais eram particulares, apenas pessoas autorizadas tinham acesso às restritas coleções de alto prestígio. Somente no século XVIII que a população da Inglaterra começou a pagar para ver os animais em cativeiro e se tornou muito popular por toda a Europa. A partir da segunda metade do século XX têm início as manifestações ambientalistas populares, que se expressam a respeito da condição de vida dos animais, pois os espaços eram pensados apenas no entretenimento da população e o bem- estar do animal era ignorado. Isso impulsionou a mudança dos zoológicos a se tornaram lugares melhores, com o habitat mais parecido com o natural, mais espaço para os animais e melhores condições de vida em cativeiro. Atualmente, os zoos são pensados como apoios da conservação da biodiversidade, utilizando animais extintos para preservação. Promover suporte de pesquisas científicas e proporcionar a consciência da humanidade sobre a natureza através da educação ambiental também são critérios importantes que estes espaços e, deste modo, o zoológico abandonou seu caráter de um espaço precário que se destinava unicamente a curiosidade dos visitantes e se tornou uma estrutura de pesquisa, ensino ambiental e entretenimento que visa à saúde, conforto e conservação dos animais (BRITO, 2012).


Fig. 05: Leรฃo em um espaรงo grande e confortรกvel em um zoolรณgico. Fonte: <https://bit.ly/2SO3Tsn>.


Fig. 06: Lago de jardim, fragmento de pintura do Antigo Egito. Fonte: <https://peregrinacultural.wordpress.com/tag/egito/page/3>.


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O AQUÁRIO HISTÓRICO DOS AQUÁRIOS DOMÉSTICOS Os primeiros relatos de peixes em cativeiro acontecem no

científicos, principalmente biológicos. Os aquários e oceanários

Antigo Egito, com jardins que possuíam reservatórios de água com

tentam propor uma percepção sobre o mar e sua biodiversidade,

peixes, com canais ligados diretamente ao Rio Nilo. No século I, em

gerando assim o desenvolvimento da educação popular na área.

Roma, os aquários eram tratados como manifestação de poder. Os tanques artificiais que mantinham os animais não haviam nenhuma estrutura para mantê-los saudáveis neste ambiente, como oxigênio, bactérias aquáticas e plantas , então o número de mortes era muito alto. A criação e reprodução de peixes em cativeiro como animais de estimação se iniciam no século X, na China. O hábito de criar peixes se espalhou por todo o mundo, iniciando pelo Japão no século XV, na Europa no século XVII e nos Estados Unidos no século XIX. Com a alta demanda de mercado por peixes, começa o desenvolvimento de novas técnicas de melhoria dos aquários, para perpetuar a qualidade de vida dos animais. O estudo do ciclo aquático determinou a importância da vida vegetal nos aquários, mostrando que a inserção de plantas era o ideal para recriar o ciclo de oxigênio nos tanques, gerando o equilíbrio natural entre fauna e flora áquea. Assim, o processo antiquado de troca de água constante - para evitar o acumulo de sujeira e melhorar

O mar é o lugar do desconhecido, pois ainda não temos conhecimento claro sobre o que acontece no mundo marinho, como um todo. Percebe-se que os oceanos foram motivo de medo e muitos mistérios por muito tempo entre os homens, como a época das navegações, já que era um caminho que levava ao desconhecido, com grandes naufrágios e monstros desconhecidos narrados pelos marinheiros. A partir do século XIX, com a implantação das ferrovias, o litoral se tornou mais acessível e as praias de tornaram destino de lazer, tornando o mar menos amedrontador. As pesquisas científicas sobre o universo marinho foram impulsionadas pelas teorias darwinistas sobre evolução das espécies, que utilizava espécies marinhas para estudo e o mar se tornou mais conhecido, mas ainda assim as profundezas do oceano eram místicas para a época. Somente a partir do século XX que melhoram as condições e técnicas de exploração.

a oxigenação do ambiente - passa a ser substituído pela combinação

Os aquários passaram a ter grande importância científica

de plantas, melhorando a qualidade de vida dos peixes. Esta forma

em meados de 1840, quando os estudos da fauna e flora marinha

de manutenção permanece até hoje, desde pequenos aquários até

eram feitos e mantidos nos aquários. Apenas estudiosos conheciam

grandes tanques.

as técnicas ideais de manutenção dos tanques, além de possuir

OS MISTÉRIOS DO MUNDO MARINHO

muitos equipamentos e motores para fluxo e limpeza da água, o que não tornava viável para uso doméstico, por ser muito caro e pela

Contemporaneamente, os chamados “aquários” são instituições

complexidade em trabalhar. Em contrapartida, os aquários possuíam

voltadas ao conhecimento e educação que estão ligados a estudos

alta capacidade de entretenimento do homem, pois a exploração e


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estudo do mar faz com que haja mais conhecimento, e as demandas

decorrer do século XX, com a modernização e as novas tecnologias,

sociais queriam ter acesso a essas informações. Desta maneira foi

surgem formas inéditas de pesquisa da vida marinha, através de

criado os primeiros tanques para exposição de peixes vivos em

equipamentos de mergulho. Os Aquários, que eram áreas de estudo,

Londres, na Inglaterra, em 1853, no Jardim Zoológico Regent’s Park,

passam a ser considerados obsoletos pelos cientistas, contudo acentua

abrindo as portas para uma nova experiencia ambiental de caráter

precisamente o caráter singular do aquario como um espaço de lazer e

educacional e lazer.

educação da população. Então, o que antes era voltado para o campo os

cientifico, com destaque ao comportamento animal e ao estudo do

projetos destes espaços passam a ser mais elaborados, pensando em

ambiente marinho, começa a ter estrutura de exposição voltada ao

ambientes com pouca iluminação e design que se assemelhasse aos

entretenimento e aprendizagem, ou seja, esses locais repletos de

espaços aquáticos, mas sempre mantendo o caráter educativo. No

informação e conhecimento se tornam locais populares de educação.

Com a rápida popularização do aquário pela Europa,

Fig. 07: Ilustração dos primeiros aquários como exposição. Fonte: <http://www.uklaomao.com/em/posts/217.htm>.


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O primeiro Aquário no Brasil surge em 1904, no Rio de Janeiro,

era um espaço de pesquisa se tornou um local de entretenimento e

com aproximadamente 11 tanques, do qual não se tem muitas

educação. Assim, os tanques passam a ter um design mais elaborado

informações pois ele foi demolido alguns anos depois. O primeiro

para dar enfoque apenas aos animais- dispensa-se a informações sobre

aquário que se tornou famoso em escala nacional é o Aquário de Santos

plantas e corais - com cenários marinhos que provoquem o bem-estar

com início de funcionamento em 1945, pela grande diversidade de

ao olhar dos visitantes. Ainda nos dias atuais, percebe-se que não há

animais, incluindo tubarões e pinguins. Existem dezenas de aquários

conhecimento total da fauna e flora marinha, o que torna o interesse da

espalhados pelo Brasil atualmente, sendo que se caracterizam por

população ainda maior, pela busca ao interesse do desconhecido. Por

espaços que atraem muitos visitantes pelo seu estilo educacional

fim, o aquário não é apenas um espaço decorativo de entretenimento,

e turístico. Desde o seu surgimento até o presente momento, os

mas também de difusão do conhecimento científico e tecnológico

aquários passaram por modificações estruturais e visuais, o que antes

(SALGADO; MARANDINO, 2014).

Fig. 08: Aquário Municipal de Santos. Fonte: <http://blogdameschini.com.br/aquario-municipal-de-santos>.


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DIRETRIZES PARA A CRIAÇÃO DE UM AQUÁRIO

→→

Circulação:

Corredor principal entre 5 a 6 metros de largura;

Corredores secundários entre 3 a 4 metros de largura;

espaços, para que seja um local de qualidade arquitetônica e estética.

Evitar o cruzamento de percurso público com o percurso de

Neufert (2004) e Trevisan (2017) apontam alguns espaços importantes

serviços;

Para a criação de um projeto em grande escala, é necessário pensar nos programas mínimos e na forma adequada de organizar os

para um aquário e sua organização, além de regras para manter os animais em uma condição de vida adequada. São eles:

→→

Tanques:

Separar animais pela condição geográfica e climática (água

→→

Entrada:

doce ou salgada, clima temperado ou tropical etc.);

Bilheteria e banheiros;

Não dispor a água em superfícies metálicas;

Área administrativa perto da entrada;

Tanques de exposição, quarentena e reserva;

Fácil acesso ao estacionamento;

Tanques de reserva com pelo menos 1/3 do volume total de

Pensar no tipo de transporte que o estacionamento atenderá

água dos tanques de exposição;

(carros, ônibus de excursão ou bicicletas); →→

Praças de alimentação com acesso interno e externo:

Opcional a inserção de máquinas de café ou quiosques

espalhados dentro do Aquário; →→

Espaços sem vista do público:

Entrada de funcionários;

Vestiários, refeitório e outras áreas para funcionários;

Entrada para o depósito;

Depósito de armazenamento de comida, areia, pedras etc.;

Frigorífico para estoque de alimentos frescos;

Acesso técnico (entrada para laboratórios);

Área de desinfecção;

Saída de lixo;

Depósito geral (equipamentos de limpeza geral e tanques);

Frigorífico para cadáveres de animais (para estudos científicos

ou descarte); •

Tratamento veterinário, área de quarentena e criação/

reprodução de animais; •

Laboratórios para testes de água e preparação de rações;

Filtragem de água (para a que vem da rua) e circulador (para a

água interna); •

Evitar cantos com ângulos agudos (causam a pouca circulação

de água, que pode gerar bactérias); •

Preferência em não manter animais mamíferos em tanques

fechados, pois causam estresse e diminuem a vida das espécies; →→

O espaço público:

Centro expositivo dos animais;

Pouca iluminação (evitar reflexão nos vidros, que prejudica a

vista para os animais); •

Espaços adaptados para pessoas com deficiência física;

Evitar ventilação cruzada, minimizando a proliferação de

bactérias; •

Espaços de aprendizagem, com palestras, vídeos ou interações;


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REFERÊNCIAS PROJETUAIS


→→

Objeto: Antalya Aquarium

→→

Local: Antalya, Turquia

→→

Ano do projeto: 2010

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Execução: 2011/2012

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Proprietário: Antalya Aquarium Company

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Autores do projeto : Bahadir Kul Architects

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Materialidade: Vidro e concreto

Fig. 09: Antalya Aquarium. Fonte: <https://www.archdaily.com/477163/antalya-aquarium-bahadir-kul-architects>.


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ANTALYA AQUARIUM O Antalya Aquarium é um complexo de espaços de entretenimento e educação. Possui o maior aquário de túnel do mundo, com comprimento de mais de 130 metros, dezenas de aquários temáticos e áreas anexas, como o Snow World, Ice Museum e Wild Park. A arquitetura foi pensada no sentido de respeitar a topografia, utilizando a ideia da leveza das ondas para dar forma ao edifício. A sensação de estar embaixo d’água é trazida pelos arquitetos através da silhueta das ondas na fachada e o térreo livre.

Fig. 11: Programa do Aquário. Fonte: <https://bit.ly/2kePjKx>.

A proximidade com o mar facilita o transporte de água salgada para os tanques marinhos, criando um ambiente mais natural para os animais e protegendo a biodiversidade local, além da valorização do centro de Antalya. O térreo é formado por equipamentos de acesso público, com restaurantes e cafeterias, loja de souvenirs e o grande aquário Fig. 10: Através da imagem satélite (Google Maps), foi destacada a cidade de Antalya, na Turquia, marcado com linha preta. O Aquário, marcado no mapa,

de túnel. O primeiro pavimento é formado por diversos aquários temáticos, enquanto o segundo pavimento agrega outros tipos de

apresenta certa proximidade do oceano, facilitando a captura de água salgada

entretenimento e educação, como o cinema multidimensional, área

para os tanques marinhos. Mapa sem escala.

dos répteis, entre outros.


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PLANTAS 01 – Sala de Mecânica 02 – Mecânica Ar Condicionado 03 – Caverna 04 – Visão para o Aquário 05 – Túnel 06 – Saída 07 – Sala Mecânica 08 – Café/Restaurante 09 – Área para Bilheteria 10 – Bilheteria 11 – Vestiário 12 – Escritório 13 – Banheiros 14 – Tanque de Água Salg. 15 – Filtros 16 – Reserv. Água Incêndio 17 – Sala Técnica 18 – Limpeza da Água 19 – Ala Mecânica 20 – Anfiteatro 21 – Fonte 22 – Informações

1 – Área de Exposição 2 – Hall de Entrada 3 – Hall 4 – Tanques Marinhos 5 – Snow World 6 – Saída Snow World 7 – Bilheteria 8 – Entrada Snow World 9 – Café/Restaurante 10 – Sala Mecânica 11 – Rampa de Acesso 12 – Cavernas 13 – Animais de Toque 14 – Recifes 15 – Tubarões 16 – Vista dos Tubarões 17 – Área Mecânica 18 – Serviços 19 – Cachoeira Mecânica 20 – Banheiros 21 – Centro de Aquecimento 22 – Área Mecânica 23 – Painel de Controle 24 – Sala Técnica 25 – Refeitório de Funcionários

TÉRREO

sem escala

sem escala

PRIMEIRO PAVIMENTO

Fig. 12 e 13: Plantas do Antalya Aquarium. Fonte: <https://www.archdaily.com/477163/antalya-aquarium-bahadir-kul-architects>.


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1 – Terraço 2 – Banheiros 3 – Wild Park/Cinema 4 – Fonte 5 – Anfiteatro 6 - Estacionamento

sem escala

SEGUNDO PAVIMENTO

Fachada Leste

Fachada Sudoeste

Figs. 14, 15 e 16: Plantas e fachadas do Antalya Aquarium. Fonte: <https://www.archdaily.com/477163/antalya-aquarium-bahadir-kul-architects>.


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DE ST

AQ

UE

Fig. 17: As cavernas coloridas, localizadas no primeiro pavimento, chamam a atenção pela artificialidade das cores e da forma. Fonte: <http://www.antalyaaquarium.com/discover/aquarium/fotos>.

Fig. 18: As áreas temáticas são o diferencial, pois os cenários artificiais chamam a atenção para o entretenimento. Fonte: <https://www. archdaily.com/477163/antalya-aquarium-bahadir-kul-architects>.


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Fig. 19: A baixa luminosidade nos corredores destaca as cores e luzes

Fig. 21: A forma quadrilátera do edifício de adapta à topografia,

dos tanques, facilitando a visualização interna dos animais. Fonte:

aparenta simplicidade na forma e oferece flexibilidade ao design.

<https://bit.ly/2w3cr4S>.

Fonte: <https://bit.ly/2nTUv8j>.

Fig. 20: A informação sobre os animais é inserida e disposta em grandes

Fig. 22: O túnel inserido dentro do tanque destaca o mundo aquático

totens, próximos aos tanques, que facilitam a leitura das informações

em uma amplitude maior do que apenas a visualização pela lateral,

dos animais. Fonte: <https://bit.ly/2w3cr4S>.

provocando sensação de grandeza. Fonte: <https://bit.ly/2w3cr4S>.


→→

Objeto: Primorsky Aquarium

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Local: Russkiy, Rússia

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Ano do Projeto: 2010

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Inauguração: 2016

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Proprietário: Governo Russo

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Autores do Projeto: OJSC Primorgrajdanproekt

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Materialidade: Aço e vidro

Fig. 23: Primorsky Aquarium. Fonte: < https://www.archdaily.com/268822/in-progress-primorsky-aquarium-ojsc-primorgrajdanproekt>.


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PRIMORSKY AQUARIUM Com sua forma que se assemelha a uma concha de moluscos, o Aquário abriga mais de 130 tanques que representam todos os oceanos e zonas aquáticas do planeta, como as do Lago Baikal, Mar de Bering, Mar do Japão, Rio Amur, entre outros. Possui a área de exibição de golfinhos, o dolphinarium, conta com 9 laboratórios, sendo 2 destes voltados para atividades escolares e de educação científica para crianças. Além disso, são oferecidas aulas sobre ciência para estudantes, aulas especiais para pessoas com deficiência incluindo interação com animais selecionados, exposições, shows, palestras, workshops, ações sociais, centro de voluntários com organizações ecológicas, entre outros.

Fig. 24: Através da imagem satélite (Google Maps), foi destacada com linha preta a Ilha Russkiy, na Rússia. O Primorsky Aquarium foi destacado com marcador vermelho. Mapa sem escala.

Ordenado pelo Presidente da Rússia Vladimir Putin, o Primorsky Aquarium foi construído para ser um dos maiores complexos científicos para a Rússia, Inaugurado em 2016, atualmente é o terceiro maior Aquário do mundo, com mais de 37 mil m². Em seu entorno é possível encontrar um belo local de passeio com estátuas de animais marinhos, amplo estacionamento, playground para crianças, fundação de pesquisa, banheiros, dentre outros. A ilha Russkiy possui poucas áreas construídas, sendo bem afastada da cidade.

Fig. 25: Primorsky Aquarium. Fonte: <https://bit.ly/2Pr23eK>.


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PLANTAS

Pela dificuldade do idioma encontrado nas plantas baixas dos pavimentos, não foi possível estabelecer os usos dos espaços, mas é possível analisar e perceber a complexidade dos espaços. Os caminhos horizontais, representados por flechas, possuem sinuosidade em todos os pavimentos. Um espaço com grandes tanques, sendo o central destinado para exposição e shows com golfinhos.

Fig 26: Plantas esquemáticas do Primorsky Aquarium. Fonte: <http:// otlyachkina.com/portfolio.html


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ENTENDENDO O AQUÁRIO

Fig. 27: A exibição e show com golfinhos é uma das maiores atrações do Aquário. O local oferece um grande tanque para os animais e grande espaço para o público, estruturas treliçadas e encanamento aparente no teto. Fonte: <http://primocean.ru/en/present-and-future.html>.

Fig. 28: Seu interior se destaca pelo uso de tons azuis, com detalhes

Fig. 29: O percurso entre entorno até o Aquário é marcado por

que se assemelham ao movimento da água. Fonte: <http://primocean.

diversas esculturas de animais marinhos. Fonte: <http://primocean.

ru/en/present-and-future.html>.

ru/en/present-and-future.html>.


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para crianças, fazendo uso de cores vivas e elementos temáticos que facilitam o entendimento da criança e despertam sua curiosidade, e; laboratórios com grande quantidade de equipamentos modernos e equipe especializada para ensinar e apresentar novos conceitos da ciência.

Fig. 30. Área educativa. Fonte: <https://bit.ly/2GXIjLF>.

O Aquário é repleto de atividades e espaços voltados à educação, na maior parte para crianças e jovens. Alguns destes espaços são o anfiteatro, com suporte a vídeos e palestras, num local que oferece conforto e qualidade para o público; salas de ensino

Fig. 32. Área para crianças. Fonte: <https://bit.ly/2Htgoo1>.

Fig. 31. Anfiteatro. Fonte: <https://bit.ly/2HjScqu>.


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A maneira como as atrações são organizadas de maneira temática variam conforme os tipos de animais e plantas que são expostos em cada área. Os cenários recriam espaços diferenciados, parecidos com o habitat natural, chamam a atenção dos visitantes pela experiência vivida em cada área, levando os mesmos a se sentirem imersos naquele habitat, ao presenciarem também sua fauna e flora típicas. O mesmo não ocorreria se os cenários fossem de cores sólidas, ou com fundo não condizentes com o que é apresentado na sala.

Fig. 34. Área expositiva. Fonte: <http://primocean.ru/en/exhibits.html>.

Fig. 33. Tanques expositivos. Fonte: <http://primocean.ru/en/index.html>.

Fig. 35. Tanque de pinguins. Fonte: <http://primocean.ru/en/exhibits.html>.

Alguns aspectos deste empreendimento a serem incorporados ao projeto são a forma do Aquário como um conceito de concha, o local como um complexo de pesquisa e conhecimento e treinamento de animais como entretenimento, sem maus tratos.


→→

Objeto: National Aquarium

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Local: Baltimore, EUA

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Ano do Projeto: 1975

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Inauguração: 1981

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Proprietário: National Aquarium Inc.

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Autores do Projeto: Peter Chermayeff LLC

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Materialidade: Concreto, aço e vidro

Fig. 36: Baltimore Aquarium. Fonte: < https://www.citypeek.com/baltimore/event/july-4th-pier-party-baltimores-national-aquarium >.


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BALTIMORE AQUARIUM Fig. 38: Mulher no National Aquarium. Fonte: <https://bit.ly/2t9x7Ge>.

Localizado no porto de Baltimore, Maryland, o National Aquarium possui mais de 20 mil animais. O Aquário é dividido em três anexos conectados entre si, sendo que cada um destes proporciona uma experiência distinta relacionada a florestas tropicais, oceanos e animais exóticos. Além das exibições de animais, o local conta com cinema multidimensional, anfiteatro, lojas de souvenirs e restaurantes, dentre outros. O Aquário é a maior atração turística do estado, voltado ao público e sem fins lucrativos. O objetivo dos proprietários é disseminar Fig. 37: Pela imagem satélite (Google Maps), foi destacado em linha preta a cidade

conhecimento e questionar os problemas ambientais que estes

de Baltimore e o National Aquarium, com marcador vermelho. Mapa sem escala.

habitats naturais estão sofrendo.

Pavilhão de Vidro

Fig. 39: Fonte: <https://www.flickr.com/photos/aeleazer1/19677452291>.

Maravilhas Azuis Píer 4


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PROGRAMA E ESPACIALIZAÇÃO

Fig. 40: Desenho esquemático. Fonte: <http://aqua.org/~/media/Files/guidemap-reroute.pdf>.

Percebe-se que a organização do programa se divide nos três anexos, porém apenas um deles possui entrada. Os anexos são divididos entre terrários (Pavilhão de Vidro), animais aquáticos (Maravilhas Azuis) exposição de galerias, cinema e anfiteatro (Píer 4).


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DES TA QUES Fig. 42: O anfiteatro, localizado no Píer 4, exibe uma apresentação de golfinhos. O espaço é branco, com apenas o tanque em azul, destacando-o no ambiente. Fonte: <https://en.wikipedia. org/wiki/National_Aquarium_(Baltimore)>.

Fig. 41: Os materiais construtivos utilizados são de caráter

Fig. 43: O lobby de entrada do Aquário, no Pavilhão de Vidro,

moderno, sendo utilizado fechamento de vidro, estrutura metálica

concentra enormes tubos brilhantes com bolhas de água, organizados

e concreto aparente na fachada. Fonte: <https://donnphoto.

de modo aleatório, brincando com o espaço e o deixando diferente e

wordpress.com/2014/11/18/baltimore-national-aquarium-in-and-

descontraído. Fonte: <http://richardbarron.net/traveller/2013/07/28/

out-dec-2013/>.

the-metro-july-2013/national-aquarium-01/>.


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AQUAPARK SHINAGAWA

Fig. 44: Aquapark Shinagawa. Fonte: <http://allcanwear.org/shinagawa-aqua-stadium-aquarium-tokyo/>.


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Fig. 45: Show de golfinhos. Fonte: <https://bit.ly/2RBv6x1>.

Fig. 47: Tanques Expositivos. Fonte: <https://bit.ly/2IVZyxy>.

O Aqua Park se localiza na cidade de Tóquio, no Japão e foi criado pela empresa Epson, famosa por suas impressoras e cartuchos, por este motivo o Aquário possui muitas cores em seu interior e exterior, atualmente administrada pela empresa Maxell. Nota-se que o local faz bastante uso do cenário marinho em seu programa, em prol da diversão; o efeito de cores e luzes remetem as ruas de Tóquio à noite.

Os destaques do espaço são o diverso uso de cores, uso de espelhos para ampliar as áreas e o terinamento de golfinhos como atração. Fig. 48: Carrossel temático. Fonte: < https://bit.ly/2JNroNJ>.

Fig. 46: Tanque de água-viva.Fonte: <http://avax.news/pictures/153146>.

Fig. 49: Entrada do Aquário. Fonte: <https://bit.ly/2Qh9SUR>.


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GEORGIA AQUARIUM

Fig. 50: Georgia Aquarium. Fonte: <https://en.wikipedia.org/wiki/Georgia_Aquarium>.


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O Aquário é localizado no centro da cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, e possui um dos maiores tanques com animais, em escala mundial. Apesar do estado da Geórgia possuir cidades litorâneas, Atlanta se encontra no interior do estado, não possuindo vínculo com praias ou grandes rios. Ainda assim, sua forma se assemelha a um navio, transferindo a imagem do oceano até a cidade, se destacando no centro e sendo um importante marco turístico. Através das imagens, percebe-se a baixa luminosidade dos corredores, evidenciando os tanques. Fig. 51: Tanque expositivo. Fonte: <https://bit.ly/2QAphPR>.

A forma, a baixa luminosidade e o efeito de cenário são aspectos interessantes deste Aquário que podem ser incorporados no projeto.

O Aquário também realiza grandes eventos, como festas e casamentos, incluindo “casamentos embaixo d’água”, além de proporcionar eventos para crianças e passeios escolares noturnos.

Fig. 52: Show de golfinhos. Fonte: <https://bit.ly/2Rvoilv>.

Fig. 53: Espaço de eventos. Fonte: <https://wedwi.re/2RxLqQ7>.

Fig. 54: Mesas ao lado de tanque expositivo. Fonte: <https://wedwi.re/2RxLqQ7>.


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AQUA RIO

Fig. 55: AquaRio. Fonte: <https://bit.ly/2OoGTNb>.


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Localizado no Rio de Janeiro, o AquaRio foi implantado no projeto Porto Maravilha, que visava a melhoria do porto da cidade, incluindo a inserção de equipamentos culturais na área. Seu entorno é organizado com diversos mobiliários como lixeiras, bancos, bicicletários e postes, oferecendo comodidade e segurança. O acesso para o Aquário pode ser feito por VLTs, ligando os atrativos do Porto Maravilha à cidade. Dentre as diversas atividades oferecidas, os espaços recreativos para crianças possuem interatividade com o local através de brincadeiras e percursos diferenciados, além da possibilidade de

Fig. 58: Reservatório de água. Fonte: <https://bit.ly/2OoGTNb>.

crianças dormirem dentro do local, promovendo uma experiência única. Um dos tanques possui acesso com vista interna, com vista que remete a uma bolha, além de relacionar o pavimento superior e inferior através do tanque.

Fig. 59: Ala técnica. Fonte: <https://bit.ly/2OoGTNb>.

As áreas técnicas, conhecidas como sala de máquinas, são restritos e separados das demais áreas do Aquário. Os equipamentos, sistemas estruturais, elétricos e hidráulicos são posicionados de modo Fig. 56: Crianças brincando. Fonte: <https://bit.ly/2OoGTNb>.

Os aspectos interessantes são a relação da criança com o espaço, a visão interna do tanque e o aproveitamento da área não-edificada do lote como um espaço de convívio que integra ao aquário.

que fiquem expostos, para facilitar a manutenção dos mesmos. É possível notar que existem algumas aberturas, pela possibilidade de ventilação nestas áreas, diferente das áreas públicas de exposição, no qual a ventilação cruzada não é indicada pois causa proliferação de bactérias que podem ser prejudiciais aos animais. Os laboratórios funcionam como áreas de teste de água, como pH e filtragem, além de medicamentos e substâncias químicas específicas para os tanques. Então é necessário um espaço com armários e estantes, com mesas de trabalho. Estas áreas são restritas, recebendo apenas profissionais capacitados, diferente de outras áreas como vestiários e refeitórios,

Fig. 57: Visão do tanque pelo seu interior. Fonte: <https://bit.ly/2OoGTNb>.

que são acessíveis para funcionários de todo o local.



A CIDADE


Fig. 60: Balneário Camboriú. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


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BALNEÁRIO CAMBORIÚ A CIDADE E SUA HISTÓRIA Balneário Camboriú é um município litorâneo, localizado no

construído o primeiro hotel. A Segunda Guerra Mundial estagnou a

estado de Santa Catarina. Conhecida como a Capital Catarinense do

cidade, que se tornou observatório pelo exército brasileiro. Com

Turismo, possui belas praias e várias atividades de lazer, além do design

o final da Guerra, o turismo toma forma e se impulsiona ao longo da

contemporâneo de edifícios e projeto urbano que chama a atenção. O

década de 1960 como um grande local turístico brasileiro. Finalmente,

litoral catarinense foi inicialmente povoado por índios, principalmente

em 1964 a cidade de Camboriú se desmembra e surge o município de

os tupis-guaranis, na região do Rio Camboriú, pelo clima agradável e

Balneário Camboriú.

pela “fartura” na pesca – por este motivo que o rio Camboriú se deriva de termos indígenas, que significa fartura de robalo (tipo de peixe comum do rio catarinense). A colonização se iniciou lentamente nas proximidades do rio, tendo seu início em 1826, quando Baltazar Pinto Correa recebeu terras para o cultivo de café, mas a cidade também se destacou economicamente com a exploração de minerais de jazidas, sendo estas localizadas no atual Bairro dos Pioneiros, onde, posteriormente, foi povoado por alemães e formou, assim, o Arraial do Bom Sucesso. Em meados de 1840, foi construída a primeira Igreja, a Nossa Senhora do Bom Sucesso, sendo utilizado o óleo de baleia como um dos materiais construtivos, o que tornou a igreja um ponto turístico e, futuramente, levou ao seu tombamento como patrimônio histórico. A fundação de uma igreja é o que impulsiona a formação de uma cidade (ALENCAR, 2008) e foi desta maneira que o arraial de Bom Sucesso é declarado como distrito e, em 1884, declarado como município de Camboriú. Ainda que a cidade se desenvolvesse na sua porção interna, a orla começou a ser valorizada só na década de 1920, com o surgimento das primeiras casas de veraneio. Na mesma década é

O TURISMO A cidade se destaca como um destino turístico não só pelas lindas praias, mas pelo comércio e pelo grande acervo de atividades de lazer, festivais e principalmente pela segurança. Além disso, a cidade oferece grande quantidade de equipamentos e serviços, como bancos, hotéis, casas de câmbio, rodoviária e transporte urbano. O acervo de atrações é bastante variado. A praia central – da barra norte à barra sul - é a mais movimentada da cidade, com prédios de arquitetura variada com comércio e serviços no térreo, ciclofaixa na avenida, grande local de caminhada no calçadão, bancos com bibliocaixas – caixas para doar e pegar livros - campos de vôlei e bocha na praia, chuveiros, iluminação farta, limpeza e segurança o dia todo. Além disso, são oferecidos importantes serviços turísticos como passeios de barco pirata pelo mar, visita à Ilha das Cabras, molhe na Barra Sul com restaurante flutuante e playground, voos de parapente no Morro do Careca, prática de surf, bondinho, Parque Unipraias, entre outros. Já na Barra Norte da praia central, encontra-se um posto policial, bombeiros, academia pública, exposição de arte local, sanitários públicos e um deck para pedestres que leva para a Praia do


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Buraco. Além da praia, o Cristo Luz é localizado em um dos pontos mais altos da cidade, a aproximadamente 150 metros de altitude. É um dos pontos turísticos mais visitados por oferecer uma bela vista, incrível jogo de luzes a noite que reflete em toda a cidade, além de restaurantes no local. A Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso foi a primeira igreja a ser construída no local e atualmente foi tombada como patrimônio histórico. Localizada no Bairro da Barra, possui bom estado de conservação e recebe turistas de intenções religiosas, históricas ou culturais. Os espaços culturais da cidade possuem, em sua maioria, design moderno, ótima conservação e estão sempre em manutenção, na proposta de oferecer melhores espaços culturais para seus habitantes. Dentre as áreas culturais mais populares, destacam-se o Teatro Municipal, a Fundação Cultural, a Vila do Artesanato, a Biblioteca Pública e Arquivo Histórico. O Zoológico Municipal Cyro Gevaerd foi inaugurado na década de 1980, hoje com a administração do Instituto Catarinense de Conservação da Fauna e Flora (ICCO) e possui mais de mil espécies de animais, com berçário, aquário, museu arqueológico e oceanários, artesanatos históricos e outras áreas educacionais e ambientais.


Fig. 61: Barco Pirata. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


Fig. 62: Ilha das Cabras. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


Fig. 63: Molhe da Barra Sul. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


Fig. 64: Academia pĂşblica e gratuita para moradores. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


Fig. 65: Deck que liga a Praia Central à Praia do Buraco. Percebe-se a limpeza, conservação e respeito à vegetação costeira. Acervo Pessoal.


Fig. 66: Foto noturna do Cristo Luz. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


Fig. 67: Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso. Fonte: <http://www.freewords.com.br/conheca-balneario-camboriu-uma-linda-cidade/>.


Fig. 68: Teatro Municipal Bruno Nitz. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


Fig. 69: Anexo ao teatro, a Fundação Cultural. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.


Fig. 70: Vila do Artesanato. Fonte: <https://bit.ly/2PfI9Yv>.


Fig. 71: Biblioteca Pública e Arquivo Histórico Municipal. Fonte: <http://www.secturbc.com.br/turismo/pt-br/downloads/fotos-de-divulgacao>.



A ÁREA


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A ÁREA E SEU ENTORNO O bairro Nova Esperança é um local de desenvolvimento e

Balneário Camboriú

expansão da cidade. Este bairro, que ainda possui grandes vazios, é capaz de ser potencializado por equipamentos de larga escala, como é previsto em leis municipais. A área de projeto se encontra neste bairro, na proposta de impactar positivamente com um equipamento turístico. Além disso, a área de projeto possui proximidade com o zoológico, deste modo anexando equipamentos de lazer e educação biológica em um espaço da cidade. Deste modo, foi estabelecido uma área de entorno, onde foi realizado os estudos e levantamentos urbanísticos de zoneamento, hierarquia viária, uso e ocupação do solo, tipologias arquitetônicas, mobilidade, dentre outros estudos relevantes para o melhor conhecimento da área.

Área de Estudo

Área de Projeto Fig. 72: Desenho esquemático.


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ZONEAMENTO

Fig. 73: Mapa de Zoneamento.

Conforme a Lei Municipal 2794/08, a cidade é dividida em duas macrozonas, a Macrozona do Ambiente Construído (MAC), que possui característica ocupacional pela predominância de edificações; e a Macrozona de Ambiente Natural (MAN), caracterizada pela presença de cursos naturais de água, enriquecidas pela preservação vegetal ao redor. A MAC é subdividida em diversas zonas de uso. Na área de estudo são encontradas: ZACC, ZACS, ZFR, ZOR, ZEE, ZEIS e ZAV. A MAN é subdividida apenas em ZAN, que corresponde à algumas áreas de preservação encontradas na área de estudo. A área de projeto se encontra na zona ZAV-II-A (Zona de Ocupação Vocacionada Qualificada e de Alta Densidade).


INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO

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Fig. 74: Mapa de Insolação e Ventilação.

O mapa de sol e ventos mostra a posição de luz e sombra

Sabendo que a ventilação cruzada para a área de tanques de

naturais na área, assim como o sentido dos ventos que cruzam o local,

exposição de animais não é indicada, a direção dos ventos na hora de

vindo da direção leste, onde está o mar. A baixa pavimentação dos

projetar esses espaços não funcionará como diretriz. Já a iluminação

edifícios faz com que a ventilação circule naturalmente pelo local,

natural pode refletir, de modo indireto, nos tanques, destacando-os

assim como a iluminação natural incide facilmente por toda a área.

entre os corredores internos.


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A área de projeto se conecta com todo seu entorno através de uma via estrutural marginal, sendo esta a Rodovia Gov. Mário Covas. Esta rodovia também é conhecida como BR-101, importante via de ligação entre estados, circundando o litoral das regiões sudeste e sul e se aproximando de grandes capitais como São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. A amplitude que esta rodovia possui é favorável ao projeto, pois possui grande fluxo de veículos, aumentando a sua visibilidade por quem passa pela rodovia. Sobre as demais vias, duas arteriais circundam a área de projeto, conectando-o à áreas residenciais.

HIERARQUIA VIÁRIA

Fig. 75: Mapa de Hierarquia Viária.


USO DO SOLO

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Fig. 76: Mapa de Uso do Solo.

A área de estudo possui grandes áreas verdes não edificadas,

neste bairro ajudará a incentivar o crescimento da área, oferecendo

assim como bairros mistos, de uso predominante para residências e

serviços e lazer, além da valorização do bairro e gerar emprego para

serviços.

os moradores.

O bairro Nova Esperança (localizado do lado oeste do mapa

O bairro da Barra (ao lado leste do mapa até a Rodovia) é

até a Rodovia) possui, ainda, muitos lotes vazios, por ser uma área

um bairro antigo da cidade e por este motivo possui mais lotes

ainda em desenvolvimento e expansão. A inserção de um Aquário

edificados.


77

Fig. 78: Tipologia - Nova Esperança (área ). Fonte: Google Street View.

Através das imagens, percebe-se que as tipologias da área de estudo são bastante variadas entre casas mais simples e algumas sem acabamento no Bairro da Barra, enquanto que no Bairro Nova Esperança possui acabamento detalhado e materiais melhores. Percebe-se também que as casas possuem muro baixo ou de grade, pois a cidade possui segurança.

Fig. 79: Tipologia - Bairro da Barra (área leste). Fonte: Google Street View.

TIPOS ARQUITETÔNICOS

Fig. 77: Tipologia - Nova Esperança (área norte). Fonte: Google Street View.


GABARITO

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Fig. 80: Mapa de Gabarito.

Através da análise do mapa de gabarito, conclui-se que os edifícios da área de estudo são, em sua maioria, de gabarito baixo. Atingindo entre um e dois pavimentos, poucos edifícios possuem três pavimentos e com raras exceções de 4 ou mais pavimentos (nestes últimos casos, são edifícios residenciais multifamiliares). Conclui-se, então, que não existem edifícios que proporcionem grande área sombreada, que possa ser relevante na criação do projeto do Aquário.


79

FIGURA FUNDO

Fig. 81: Mapa de Figura Fundo.

A área de estudo possui áreas com grandes cheios e vazios.

Com relação às áreas ocupadas, percebe-se as quadras quase

Como é possível notar no mapa, as áreas que predominam residências

cheias, não existem “miolos de quadra”, apontando que os lotes são

e serviços possuem maior ocupação, comparado às áreas que ainda

ocupados por edifícios grandes ou germinados, restando pouca área

não foram ocupadas no bairro com possíveis loteamentos – exceto

livre entre eles. O formato da quadra também influencia para que os

áreas de preservação.

miolos sejam inexistentes.


EQUIPAMENTOS

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Fig. 82: Mapa de Equipamentos.

Conforme análise do mapa, a área de estudo possui diversos equipamentos, todos – com exceção de instituições religiosas, que

esporte, desde quadras à centros poliesportivos. Os equipamentos de educação são creches e escolas de ensino fundamental.

são de caráter privado – oferecidos publicamente pelo município.

Os futuros equipamentos são uma rodoviária em projeto,

A área possui dois postos de saúde, cada um atendendo um bairro

pelo governo municipal, e um centro de eventos em execução, pelo

distinto; possui também grande quantidade de equipamentos de

governo estadual.


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VEGETAÇÃO

Fig. 83: Mapa de Vegetação.

A cidade é bem arborizada em sua totalidade, assim como a área de estudo. Foi destacado no mapa as áreas de preservação (Zona Ambiente Natural – ZAN, definida pelo zoneamento). Além destas áreas, percebe-se uma vegetação de alta densidade no entorno das mesmas, se aproximando do rio. Há uma massa densa de árvores na área de projeto, que se prolonga por uma grande área vazia.


MOBILIDADE

82

Fig. 84: Mapa de Mobilidade.

Através do mapa, nota-se que existe uma grande quantidade

Ainda pensando na mobilidade, existem projetos municipais

de pontos de ônibus espalhados pela área, facilitando a mobilidade.

para implantação de ciclofaixa no local, pois bicicletas são muito

Além da mobilidade para moradores, alguns destes pontos circula

utilizadas pelos moradores da cidade. Como já existem ciclofaixas em

uma linha especial de ônibus para estudantes, assim como ônibus

algumas avenidas da cidade, a extensão das faixas de bicicleta nestes

intermunicipal. A cidade também conta com um aplicativo de celular,

locais tornariam a mobilidade ainda melhor para quem opta por não

no qual mostra os horários, paradas e rotas de cada linha de ônibus.

fazer uso do carro.


83

ENTREVISTA COM A POPULAÇÃO Entrevista realizada online com 100 pessoas habitantes na cidade ou região de Balneário Camboriú. Informações e dados adicionais a este número não foram contabilizados. A entrevista está disponível através do link: https://goo.gl/forms/tJRLwD2gZTyw3kmt2

Gostaria de um Aquário na cidade

Se tivesse, frequentaria?

de Balneário Camboriú?

Quais benefícios um Aquário poderia trazer para a cidade? [um ou mais campos]

Com quem iria ao Aquário? [um ou mais

Se tivesse um Aquário, como chegaria

Qual o local ideal para um Aquário?

campos]

até lá? [um ou mais campos]

[um ou mais campos]

PERFIL DOS ENTREVISTADOS Idade

Sexo

Há quanto tempo mora em Balneário Camboriú


84

INFORMAÇÕES SOBRE A ÁREA CONCLUSÃO SOBRE OS LEVANTAMENTOS •

A área de projeto se localiza no Bairro Nova Esperança;

Os bairros da área de estudo são predominantemente

residenciais e de serviços; •

LEGISLAÇÕES Conforme a Lei Municipal 2794/08 de Uso e Ocupação do Solo, nas vias estruturais marginais da BR 101, será exigido o recuo frontal de 10m para implantação de rua interna de acesso ao lote.

Área de projeto sem sombreamento significativo, causado

De acordo com o Plano Diretor Municipal, esclarecido pela Lei

pelos edifícios do entorno;

2686/06 são definidas algumas diretrizes para o zoneamento da área,

como:

A diretriz do Plano Diretor define que estabelecimentos do

setor terciário são viáveis neste local; •

Adensamento ocupacional no bairro da Barra (bairro vizinho ao

Nova Esperança); •

Desenvolvimento e expansão ocupacional do Bairro Nova

Esperança (onde se localiza a área de projeto), demonstrando a importância de um investimento no setor turístico para a valorização da região; •

Grandes áreas verdes na área de entorno, além da grande

arborização em áreas que não são de preservação permanente demonstram a importância da vegetação para o município; •

Mobilidade urbana desenvolvida e integrada no entorno,

somado a priorização municipal através de novas iniciativas de mobilidade, como a ciclofaixa; •

Relação da área de projeto com outros equipamentos de lazer

e educação;

I - estabelecimento de parâmetros urbanísticos que garantam a promoção de atividades voltadas ao setor terciário especializado, pólos tecnológico, educacional, saúde e de eventos; II - controle do processo de adensamento construtivo, estabelecendo dimensões mínimas de parcelamento do solo; III - investimento na melhoria da malha viária e na mobilidade, especialmente nos acessos e transposição da BR 101; IV - reservar ou prever áreas para implantação de eixos viários;


85

A ESCOLHA DA ÁREA Pode-se citar a rodovia como uma potencialidade para a escolha

educação na mesma área. A via de acesso para o zoológico também pode fazer ligação com o projeto.

da área, pois é uma via importante de grande fluxo, que liga estados

Na área existe uma massa densa de árvores que, apesar não

das regiões sul e sudeste, desta maneira a área se torna visível por

serem uma vegetação de preservação, é interessante ser mantida.

pessoas de cidades distintas, diferente de uma via local, que atende

Ainda assim, é uma grande área livre a ser potencializada.

fluxo na escala da vizinhança. A rodovia também possui dois acessos para a Avenida Marginal Oeste e, para quem vem no sentido oposto, existe um retorno próximo que possibilita o acesso. A proximidade com o zoológico e o centro de eventos também é uma potencialidade para o projeto, relacionando espaços de lazer e

Fig. 85: Mapa da Área de Projeto.

Por fim, através de uma pesquisa realizada com 100 moradores de Balneário Camboriú e cidades vizinhas, foi possível concluir que a demanda para um Aquário na cidade é viável e de interesse pela maioria da população, principalmente pela demanda turística que pode ser oferecida em um novo espaço da cidade.


86

Fig. 86: Área de projeto vista pela Avenida Marginal Oeste. Acervo pessoal.

Fig. 87: Área de projeto vista pela Rua Alécio Domingo Linhares. Acervo pessoal.


87

Fig. 88: Ă rea de projeto vista pela Avenida Marginal Oeste. Acervo pessoal.

Fig. 89: Ă rea de projeto vista pela Rua Edgar Linhares. Acervo pessoal.



O PROJETO


90

ESTUDOS INICIAIS DIAGRAMA CONCEITUAL DO PROGRAMA

Fig. 90: Diagrama para Aquário.

ANIMAIS PROPOSTOS PARA O AQUÁRIO

Fig. 91: Diagrama de atrações. Fig. 92: Tabela do programa e sua espacialização.


91

ESTUDOS PARA PLANO DE MASSAS Através da tabela ao lado, foi definido os volumes necessários para o Aquário, assim, foram feitos alguns estudos de planos massa para organizar o programa e aproveitar o máximo do terreno.

PLANO DE MASSAS DEFINIDO


IMPLANTAÇÃO

Rodovia Gov. Mario Covas

Avenida Marginal Oeste

via de acesso ao zoo

92

Área do terreno: 138.176 m² Esturutura: Aço Materialidade: Concreto, vidro e madeira

1 - Estacionamento Público 2 - Entrada/Auditório/ Administração/Técnico 3 - Estacionamento Funcionários 4 - Passarela 5 - Tanque-Corredor 6 - Tanques Expositivos 7 - Restaurante/Loja 8 - Lagos

concreto

massa vegetal existente


93

passarela de madeira

Ru

Lin

ha

res

aA

léc

io Do m

ing oL

inh

ar es

espelho d’água na cobertura

Ru

aE dg ar


A área possui estacionamento com 190 vagas, além de 10 vagas excluivas para

A passarela que se amplia até o

ônibus. A vegetação que circunda o

volume do restaurante será usada

estacionamento

para

serve

como

barreira

colocar

algumas

mesas,

acústica aos ruídos da rodovia, além de

relacionando o exterior com o

limitar o acesso para a via lateral, evitando

interior, oferecendo, também, uma

acidentes na marginal da rodovia, além de

vista para a massa vegetal existente

proporcionar um leve sombreamento para

e para os edifícios do Aquário.

os automóveis.

Através das passarelas que passam pela vegetação existente, cria-se uma aproximação e respeito pela natureza. Mesmo que a passarela cruze algumas árvores, a inserção da árvore na passarela já é comum na cidade, refletindo a importância da preservação ambiental. O Aquário também conta com estacionamento para funcionários, com total de 26 vagas. Esse estacionamento é voltado para a área técnica e administrativa do espaço.


95

A paginação das passarelas é mantida na área interna dos volumes, deste modo mantém-se uma unidade entre passarela-edifício, através da utilização da madeira. Esta unidade também é feita no volume central, o “tanquecorredor”, quando as estruturas de aço se prolongam até uma pequena área externa do edifício, fazendo um percurso de ligação entre a área interna e externa deste conjunto. Outro elemento que mantém a unidade entre os edifícios é a cobertura de espelho d’água.


96


97

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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ENTRADA

-0,05

P5

P6

-0,03 P5

0,00

P5 h = 4,00 m

25

,0

0

5

67

P1

ENTRADA COM ATRATIVOS,

4,0 0

pd = 4,00 m

P4

SEMELHANTES P4

BA NH EI RO

P4 P4 P4

9, 0

0

P4 -0,05 P4

P4 38 ,9 0 1, x 2, 00 00

P4 P4 -0,05 P4

P4

17

9,0 0

P1

,64

21

,69

P4

BA NH

EI R

O

P4

1,5 0

4,2 4 18

,26

h= 2,0

0

2,5

0m

P1

BI

18

,51

LH ET ER IA

P3

P1 4,2 6

5,2 0

0

4,1

0x 1,0 2,00 0

CA P 120 ACID LUG ADE P AR ES ARA

4,3

0

P1

6

4,2

0

+0,30 0,00

5,1 2

4,1

5

2,2

5

P1

5,1

2

PA

LCO

4,1

10, 04

0x 1,0 2,00 0

5,0

7 5,0

7

DESCANSO

4,4

17, 8

4x 1,0 2,00 0

7,2

5

7

P1

CAMARIM

7,65

5,1

2

P1 10,0

9

5,0

P1

2

8,80

P1

P1 9,00

-0,05 P4 P4

-0,05

4,51

4,51

P4

4,5 4

P4

1,50

P1

P4

10,

50 x 1,0 2,00 0

P4 P4 P4 P4

ALMOXARIFADO

P4 P4 P4

1,50

P4

10,6

P4

P1

2,00

11,6 6

5

0,00 P1

4,85

CAMARA P3

DE ANIMAIS

5

12,5

1

8,41

11,3

10,70

8,40 x 2, 1,00 00 9,57

P2

10,70

10,22

11,35

P1

9,47

11,35

CAMARA DE ALIMENTOS

11,01

9,47 x 2,0 1,00 0

0,3

10,70

10,10

-0,05

P2

2,00

P3

0,15

6,85

11,00

P1

P1

11,35

9,00

CORRE DOR

11,35 0,00

2,00

98,00

ALIMENTOS

9,00 x 2,00 1,00 P3

N

PORTAS P1

0.90 X 2.10

P2

1.00X2.50

P3

1.60X2.10

P4

0.70X2.10

P5

1.80X2.50

P6

5.00X3.00

9,00

25,00

11,35

-0,05

PLANTA BAIXA ESCALA 1:250

10, 50

0,11

P1

-0,05

4,4

5,0

4

2

4,1 0

6,7

P1

4,9 3

8 8

7,6

0

5,1 6 5x 1,0 2,00 0

4,1

4,1

3,6

5

0,00

5,1

9,9

7

1,5

,2



TANQUE EXPOSITIVO

13,00

h = 4,00 m 15

1,7 1

15

TANQUE EXPOSITIVO

1,7

1

0m

,0 pd = 4

5,00

7,95

151,37

12,50 -0,03

TANQUE EXPOSITIVO

TANQUE EXPOSITIVO

0,00

h = 2,50 m

ABERTURA 5,00 X 2,50 +4,00

CORREDOR 5,00

ABERTURA 5,00 X 2,50

0,00

h = 1,00 m h = 1,00 m

131 ,

TANQUE DE

2 ,4

45 ,24

45

,24

19 ,0

0

46

21

21

,4

2

-0,03

TANQUE DE

7,75 00

00

0

4,

2,

5 ,6

40 ,7

h = 1,00 m

EL DE EVA CA DO RG R A

00

0

P1

14

EL DE EVA CA DO RG R A

2,0

21,20

0

2,

2,0

5,

80

119 ,0

0

+4,00

28,00 x 2,00 1,80 -0,03 54

84,

54

84,

ABERTURA 5,00 X 2,50

21,19

21,19

0,00

P1

19

28, 14,44

14,43 68 23,

5,00

0,00

TANQUE EXPOSITIVO

TANQUE EXPOSITIVO 23,50 x 2,00 1,80

TANQUE EXPOSITIVO

24,73

10,45 P1

2

16,7

10,40

85,00 x 2,00 1,80

h = 1,00 m

21,00

4,00

13,00

+4,00

CORREDOR

AR CONDICIONADO

h = 1,00 m 4,00

16,95 6,01

0,2 P1

10,15

3

31,88

33,1 16,00 x 2,00 1,80

79,68

TANQUE EXPOSITIVO

7,75 21,24

21,24

ABERTURA 5,00 X 2,50

PORTAS P1

,38

,38

7,99

106

106

84,28

0,00

1.60X2.10

-0,03

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO SUPERIOR ESCALA 1:250

ESCALA 1:250

42,88

20,80

16,60 x 2,00 1,80



4 ,3 12 19 ,8 1

-0,03

TANQUE EXPOSITIVO P1

19

,87

14 ,8 4

8 ,1 22

23

34

, 12

9,

41

19 ,8

1

TANQUE EXPOSITIVO

14 ,8 4

22

,1

8

19 ,87

23

9,

41

0,00

14

,8

6

TANQUE EXPOSITIVO

0 ,8 19

19 ,

14

,8

6

17

,6

5

94

19

0 ,0

,9

4

17

,6

9

17 ,6 5

5

4, 00

0 ,8

19

TANQUE EXPOSITIVO

29 3 ,9 17 ,6 9

TANQUE EXPOSITIVO

3 ,9

29

30

,7 8

TANQUE EXPOSITIVO

66

, 23

30

,7

+4,00

8

00

6

4,

,6

23

h = 1,00 m

CORREDOR

0 ,7 23

24 ,70

TANQUE EXPOSITIVO

CORREDOR

0 ,7 23

,70 24

30 ,8

-0,05

0 30

,26 P2

0 5,0

,42

9,8

3

TANQUE EXPOSITIVO

15

80

, 30

,57

15

6

,2 30

3,9 5

,71

18

0 2,0

32

17,

,57

4 7,5

30

0

2,0

R DO A V ELE CARGA DE

,91 30

0,00

0 2,0

P2

R DO A V ELE CARGA DE

16,3

8

18,50 x 2,00 1,80

AR CONDICIONADO

8 20,2

9 34,6

TANQUE DE TOQUE

P3

P2

TANQUE EXPOSITIVO

8,53

9,54

TANQUE EXPOSITIVO

4,58

TANQUE EXPOSITIVO

9,54

8,53

TANQUE EXPOSITIVO

TANQUE EXPOSITIVO

4,58

4,00

4,60

34,60 x 2,00 1,80

22,98

20,63

8,94

8,34

+4,00

6,62

TANQUE EXPOSITIVO

6,62

7,39

4,60

22,98

20,63

TANQUE EXPOSITIVO

8,94

8,34

4,00

8,14

4,60

TANQUE EXPOSITIVO 115,00 x 2,00 1,80 P2

TANQUE EXPOSITIVO

7,39

TANQUE EXPOSITIVO

25,45

4,6

8,47

0

49,33

7,12

32,02

8,14

4,60

TANQUE EXPOSITIVO

TANQUE EXPOSITIVO

7,12

h = 1,00 m

6,6

0

8,47

22,

13

TANQUE EXPOSITIVO

4,6 0

11

,74

6,6 0

4, 60

22, 1

,74

13

,2

6

TANQUE EXPOSITIVO

3

TANQUE EXPOSITIVO

11

TANQUE EXPOSITIVO

4, 6

0

89

8,

0

14 ,7

1

4,6

TANQUE EXPOSITIVO 13

,2

6

6, 60

68

9,

TANQUE EXPOSITIVO 89

8,

0

0

6,

TANQUE EXPOSITIVO

60

49,30 x 2,00 1,80

4

,6 10

68 9,

1 4,6

P2

TANQUE EXPOSITIVO

,39

0

92

16

1 8,8 4,6

4,00

4,60

TANQUE EXPOSITIVO

,8 5

9 9,3 9 9,5

14 ,7 1

4,6

4,6

16

,8 5

TANQUE EXPOSITIVO

1 8,8

TANQUE EXPOSITIVO

45

, 11

01

9,5

9

TANQUE EXPOSITIVO

4,60

4,6

TANQUE EXPOSITIVO

,45

10

9 9,3

1 4,6

10

,64

TANQUE EXPOSITIVO

10,

0

,39

92

20,3

7

5

,4

4,75

11

CORREDOR

,00

TANQUE EXPOSITIVO

51

10,

11

01 10, 10

TANQUE EXPOSITIVO

,45

0

0

4,6

TANQUE EXPOSITIVO

4,6

4,60

2 10,6

0,2

TANQUE EXPOSITIVO

h = 1,00 m

7 20,8 7

20,3 4,75

10,65

7

6

4,60

7

ARTIFICIAL

4,60

4,60

TANQUE EXPOSITIVO

2,80

10,75

0 10,6

4,91

TANQUE EXPOSITIVO

2,00

10,74 4

10,9

2,00

TANQUE EXPOSITIVO

4,51

4,60

22,00

DOR ELEVA RGA DE CA

TANQUE EXPOSITIVO

4,00

0,00

P1

16,04

-0,03

16,29

4,60

2,80

TANQUE EXPOSITIVO

8

22,17

TANQUE EXPOSITIVO

22,00 +4,00

4,51

8,54

2,00

DOR ELEVA RGA DE CA

16,34

2,00

4,63

16,29

TANQUE EXPOSITIVO

4,60

2,80

2,56

2,00

DOR ELEVA RGA DE CA

23,00

16,34

2,00

344,12

PORTAS P1

2,50 X 2,50

P2

1.60X2.10

P3

0.90X2.10

N

N

23,00

ESCALA 1:250

TANQUE EXPOSITIVO

4,60

16,04

8 11,0

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO SUPERIOR ESCALA 1:250

90

6

0,1

12

TANQUE DE

TANQUE EXPOSITIVO

0

CORREDOR

P2

10,

10,67

10,8

16,00

TANQUE EXPOSITIVO

27

7

10,5

, 18

4,00

4,60

2,00

8,8

DOR ELEVA RGA DE CA

TANQUE EXPOSITIVO 10,7

4 10,9

4,63

7 20,8

10,65

10,74

2,00

P2

0

4

10,8

4,60

4,60

5,00

TANQUE EXPOSITIVO

TANQUE EXPOSITIVO

4,6

0

10,6

10,6

,00 11

5,00

10,75

5 10,

2

4,60

4,60

0,2

TANQUE EXPOSITIVO

TANQUE EXPOSITIVO

1

,1 20

TANQUE DE

CORREDOR TANQUE EXPOSITIVO

90

10,

1

10,67

0,3

16,00

TANQUE EXPOSITIVO

4,60

10,7

m = 4,00

7

7 ,2

10,5

18

4,60

4,00

pd

TANQUE EXPOSITIVO

22,17

11,0

0 10,8

10,8

4



ENTRADA DE ALIMENTOS

P1

P1

4,10

13,05

2,81

2,80

8,4

10,09 P1

0,00 P4

PORTAS

P4

P4

P4

1,44

5,76 P1

P2

P1

COZIMENTO

7,09

P1

6,94

1,78

1,78

P4

1,44

1,55

LAVAR

BANHEIRO

BANHEIRO

P4

3,70

ENTRADA

P1 P4

0,3 10,09

12,56

8,51

5,30

2,09 2,51

8,00

MONTAGEM

5,55

6,94

P4

P3

2,00

4,10

-0,05

9,70 x 2,00 1,80

4,00 x 2,00 1,80

4,00 x 2,00 1,80

2,81 5,76 4,28

P1

BANHEIRO 2,54

0,15

P1

2,23

1,59

RESTAURANTE COM CAPACIDADE PARA 250 LUGARES

4,00 x 2,00 1,80

P4

P4

PRODUTOS DE LIMPEZA

P3

7,30

P1

P3

2,00

LAVAR

-0,05

BAR

10,00 10,10

P5

0,00

pd = 4,00 m

P3

LOJA DE SOUVENIRS

30,00

h = 2,50 m

P3

P3

P3

P3

38,00

PASSARELA DE MADEIRA

N

-0,03

PLANTA BAIXA ESCALA 1:250

P1

0.90 X 2.10

P2

1.00X2.50

P3

1.80X2.50

P4

0.70X2.10

P5

1.60X2.10



acesso

1 7 5 4 2 6 4

0

10

20

50m

N

3 4 - passarela de madeira 5 - tanque-corredor 7 - restaurante/loja



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