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‘Antologia de Educação Artística e Sustentabilidade’

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A ‘Antologia de Educação Artística e Sustentabilidade - orientações para estratégias de educação ambiental através das artes’, recentemente editada pela Associação de Professores de Educação e Comunicação Visual (APECV), integra dois artigos de colaboradores do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode: Paulo Esteireiro e João Pedro Pereira. Esta edição pretende mostrar que as artes, pelo seu carácter agrupador de disciplinas e poder de pensar, a longo prazo, futuros difíceis de imaginar a olho nu, são talvez uma das melhores aliadas das ciências e dos objetivos para o desenvolvimento sustentável.

‘Contributos da Educação Musical na Educação para a Sustentabilidade’ é o artigo da autoria de Paulo Esteireiro que se foca em dois campos distintos: uma revisão da literatura sobre o papel da música na transição para culturas de sustentabilidade e a identificação de alguns projetos escolares de destaque, onde se tem procurado envolver as artes, incluindo a música, na educação das crianças e jovens para a sustentabilidade, em atividades extracurriculares e interdisciplinares.

‘Pré-Produção de um Filme de Animação Sobre o Ambiente’, da autoria de João Pedro Pereira, descreve todo o processo decorrente da atividade lecionada,

no ano letivo 2019/20, aos alunos do Curso Livre de Cinema de Animação do Conservatório, cujo produto final resultou no filme de animação ‘Migrantes do Espaço’, premiado em alguns concursos nacionais e internacionais. Neste filme, uma grave crise ambiental irá colocar a existência da raça humana no planeta terra em risco, o que provocará um êxodo migratório pelo espaço em busca de um lar que a aceite. Mas esta é uma realidade que continuará a ser negada até que os humanos realmente despertem para ela.

A ‘Antologia de Educação Artística e Sustentabilidade’ contou com a participação de 35 professores e investigadores, sendo que o prefácio e organização foi da responsabilidade de Teresa Eça, presidente da APECV.

Esta publicação está disponível, de momento, numa versão digital, no sítio oficial da Associação de Professores de Educação e Comunicação Visual (https:// www.apecv.pt/pt-pt/antologia_Edu. Artistica_Sustentabilidade), mas está a ser preparada a sua edição seriada impressa para breve.

Alunos de acordeão do Conservatório alcançam o ouro

Maria Inês Vieira Ornelas e Lucas Ismael Azevedo Faria, alunos de acordeão do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, voltam a integrar concurso internacional na Austrália e passam do bronze para o ouro. Lucas Faria recebeu 92.6 pontos e dividiu a medalha de ouro com um concorrente da China, enquanto Inês Ornelas, com 95.4 pontos, foi a vencedora absoluta desta categoria sendo declarada como ‘Laureat’ (Laureada).

O concurso internacional ‘Australian Accordion Teachers Championships and International Festival’, organizado pela Associação de Professores de Acordeão da Austrália – AATA, decorreu entre os dias 20 e 27 de agosto e juntou 169 acordeonistas, de 17 países, em 35 categorias. Decorreu em formato online e o júri internacional, composto por eminentes professores, intérpretes nacionais e internacionais na área do acordeão, avaliou as performances com a pontuação entre os 0 e 100 pontos. Os nossos jovens regressaram a esta competição, depois da medalha de bronze que obtiveram no ano passado, integrando a categoria AI 15 (idades correspondidas até aos 15 anos).

É meritória a lista de participações e vitórias internacionais que estes alunos obtiveram no último ano, elevando o nome de Portugal e da Madeira pelo mundo fora. Após serem medalhados no

‘BCA International and National Graded Anniversary Festival 2021’, organizado pela Escola Britânica de Acordeonistas – BCA, alcançaram o mais alto lugar do pódio no ‘Festival Internacional / Concurso de Acordeão e Ensembles de Acordeões - Ritmos Modernos’ (Ucrânia), trouxeram o ouro no ‘The Czech Accordion OnLine Competition’ (Rep. Checa) e venceram no ‘Akordeon Art Plus 2021’ (Bósnia).

Os jovens frequentam, atualmente, o 3º ano do curso do Ensino Artístico Especializado do Conservatório e iniciaram o seu percurso artístico nos Cursos Livres desta instituição. A responsabilidade pedagógica e artística destas participações foi do professor Slobodan Sarcevic.

As performances dos nossos alunos podem ser visualizadas através da página oficial do concurso, em: https://www.facebook.com/groups/accordionsydney.

Mostra de Teatro Juvenil

Neste mês de dezembro, o Curso Profissional de Teatro do Conservatório – Escola das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode, realizou a primeira ‘Sub-18 [Mostra de Teatro Juvenil]’, um conjunto de espetáculos que pretendeu dar a conhecer os trabalhos que os alunos estão a desenvolver no âmbito das disciplinas de Interpretação e Voz.

Iniciou-se nos dias 3 e 4 de dezembro, no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos, com os alunos do 2.º ano. Apresentaram a peça ‘E Nós?’, a partir do original ‘Nós numa Corda’, de Miguel Castro Caldas, trabalho que contou com a orientação do professor João Paiva.

Na semana seguinte, no dia 9, foi a vez dos alunos do 1.º ano do curso, com ‘O Domador de Sonhos’. Este trabalho, foi realizado igualmente no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos, com a orientação do professor Diogo Correia Pinto.

Foram levados a palco três textos diferentes para um público adolescente, num total de 6 apresentações. A enaltecer que esta ‘Mostra Teatral’ teve um carácter solidário.

Para finalizar, no dia 17 de dezembro, entraram em cena os alunos do 3.º ano com a peça ‘OS Anjos Tossem Assim’, de Sandro William Junqueira. Desta vez, a apresentação decorreu na Casa da Cultura de Câmara de Lobos, bem no centro da vila, sob a direção da professora Diana Pita.

De referir que esta ‘Mostra de Teatro Juvenil’ está integrada na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, visando desenvolver nos alunos competências na área da solidariedade e entreajuda. Os Departamentos Sociocultural e Científico e de Teatro do Conservatório realizaram uma recolha de alimentos, antes do início das várias sessões, associada à campanha ‘Cozinha Solidária’, do Centro Social e Paroquial de Santa Cecília.

Previamente, apelou-se ao público que participasse nessa recolha, deixando no local, antes dos espetáculos, alguns alimentos não perecíveis.

Masterclass de bandolim

No passado dia 4 de outubro, decorreu no Conservatório uma masterclass de bandolim orientada por Ekaterina Mochalova, aclamada executante russa, professora na Academia Russa de Música de Gnesins, em Moscovo. Dando seguimento à parceria entre o Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira e a Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA) / Orquestra Clássica da Madeira (OCM), o Conservatório recebeu Ekaterina Mochalova, a brilhante executante russa de bandolim e domra (instrumento de cordas folclórico bielorrusso, russo e ucraniano), que já tocou como solista com numerosas orquestras sinfónicas, de câmara e de instrumentos folclóricos. Natural de Vitebsk – Bielorússia, Ekaterina cresceu imersa na música e formou-se com louvor, primeiro na Escola de Música de Vitebsk e, posteriormente, na Academia Russa de Música de Gnesins (Moscovo), onde foi aluna do famoso músico russo de bandolim e domra, o professor Vyacheslav Krouglov.

Nesta masterclass de bandolim, pretendeu-se que os jovens alunos do Conservatório tivessem contacto com uma especialista desta área e que recebessem conselhos desta artista reconhecida e com mais experiência.

Esta foi a 2.ª parceria do atual ano letivo entre a ANSA/OCM e o Conservatório, que tem visto assim alargada e enriquecida a sua oferta formativa, devido ao apoio da ANSA/OCM.

Ekaterina Mochalova

Ekaterina Mochalova, executante russa de bandolim e domra (instrumento de cordas folclórico bielorrusso, russo e ucraniano), tocou como solista com numerosas orquestras sinfónicas, de câmara e de instrumentos folclóricos, tais como a ‘Orquestra de Câmara Solistas de Moscovo’, liderada por Yuri Bashmet; ‘Virtuosos de Moscovo’, liderado por Vladimir Spivakov; ‘Orquestra Nacional Russa Ossipovs’, liderada por Vladimir Andropov; ‘Orquestra de Câmara de Hong Kong’; o ensemble ‘O Telemann Consort’, com o qual participou no Festival Internacional de Bandolim de Osaka (Japão), no ’Sulle vie del Prosecco’ (Itália), no ‘Tamburica-Fest’ (Sérvia) e no ‘Festival Musical Internacional Yuri Bashmet’, entre muitos outros.

Ekaterina é vencedora de 20 competições russas e internacionais, e entre os prémios arrecadados estão primeiros prémios na ‘IX Competição Internacional de Bandolim de Osaka’, na ‘XXIII Competição de Bandolim do Japão’, no ‘1º Concurso Musical AllRussian’, na ‘Competição Internacional de Necheporenko’ e uma medalha de ouro nos ‘10.º Jogos Delfos da Rússia’.

Desde 2014, é professora na Academia Russa de Música de Gnesins e solista principal da ‘Orquestra de Instrumentos Folclóricos Russos de Ossipov’.

Em 2018, tornou-se candidata à Crítica de Arte com a tese ‘A arte de Interpretar o Bandolim e a Domra - formas de desenvolvimento e colaboração’. É regularmente convidada para membro de júri de diversas competições musicais, seminários e workshops. Em 2011, juntamente com o seu professor Vyatcheslav Krouglov, fundou o Festival Internacional ‘Strings of Young Russia’, em Moscovo, que visa desenvolver a arte dos instrumentos de cordas dedilhadas.

Concerto de abertura do ano letivo

O Conservatório realizou o concerto de abertura do ano letivo, protagonizado pela Orquestra Académica do Conservatório, no pretérito dia 19 de setembro. Além da abertura do ano letivo, o concerto marcou também a celebração de 20 anos da Orquestra Académica do Conservatório, que iniciou a sua atividade em setembro de 2001.

Foi em setembro de 2001, com a instituição dos Cursos Profissionais de Instrumento no Conservatório, que foi criada a Orquestra Académica do Conservatório. Surgiu aliada à disciplina curricular de Orquestra, cadeira prática que serve de principal viveiro de alunos para a Orquestra Académica, mas que engloba também estudantes do Ensino Artístico Especializado e, mais recentemente, dos Cursos Livres em Artes.

Durante estes 20 anos de atividade, constituíram a Orquestra Académica do Conservatório cerca de 240 alunos, distribuídos pelos vários naipes, sendo que, em média, por ano letivo, a mesma tem sido constituída por cerca de 50 a 70 alunos, formando uma constituição de características sinfónicas: 3 flautas, 3 oboés, 3 clarinete, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, harpa, tímpanos, percussão e naipe de cordas com primeiros violinos, segundos violinos, violas de arco, violoncelos e contrabaixos.

O repertório da Orquestra Académica é gerido, anualmente, pelo professor desta disciplina de Orquestra, com objetivos pedagógicos formativos, permitindo que os alunos, durante os 3 anos que frequentam esta disciplina, possam experienciar todos os tipos de repertório escrito para este tipo de formação: música sinfónica, bailado, música operática, música sacra, obras concertantes, música de filmes, contos musicais e obras corais-sinfónicas. Para além da missão formativa dos alunos, a Orquestra Académica também tem o desígnio de contribuir para a formação de públicos, através de concertos comentados, e ou de concertos formativos para crianças das escolas da nossa Região.

A atividade artística e pedagógica da Orquestra Académica teve como professores responsáveis o maestro Rui Massena (de 2001 a 2003), o prof. Robert Bramley (de 2003 a 2015) e o prof. Francisco Loreto (de 2015 até ao presente).

Dia Mundial da Música

O Conservatório, comemorou o Dia Mundial da Música com um concerto, em parceria com a Igreja de São Pedro, no dia 1 de outubro. O evento, contou com a atuação do ‘Estúdio de Música Antiga’ do Conservatório.

A 1 de outubro de 1975 é celebrado o primeiro Dia Mundial da Música criado pelo Conselho Internacional da Música (CIM), parceiro oficial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) desde 2012, com a principal intenção de promover a arte da música em todos os sectores da sociedade. Este ano, assistese à sua 46.ª comemoração.

O ‘Estúdio de Música Antiga’ é uma oferta formativa que o Conservatório disponibiliza aos seus alunos para a prática da música de conjunto, que tem a particularidade de abordar a interpretação de repertório musical antigo, especialmente o repertório do período barroco, de um ponto de vista historicamente informado, adequando-se às mais recentes tendências em relação à execução desta tipologia de música. Desta forma, esta classe de conjunto, formada no ano letivo de 2019-2020, integra alunos que tocam instrumentos de cordas, de sopro e de teclas, relacionados com a música do séc. XVII e primeira metade do séc. XVIII.

Atualmente, o ‘Estúdio de Música Antiga’ apresenta-se numa formação típica do estilo de ‘Concerto’ e ‘OuvertureSuite’, com um tutti formado por duas flautas bisel, seis violinos, duas violas d’arco, dois violoncelos, um contrabaixo, mandola, cravo e percussão, entre os quais se destacam um concertino de dois violinos, viola d’arco e violoncelo. O agrupamento, desde a sua formação, é orientado pelo professor e cravista Giancarlo Mongelli.

O programa deste concerto visou apresentar uma amostra significativa dos dois estilos musicais mais importantes do período barroco: o estilo italiano de carácter polifónico e o estilo francês, baseado em ritmos de dança. Ao primeiro estilo pertence a ‘Concerto -Sonata II em sol menor ‘Armonico Tributo’’, de G. Muffat, que pertence também ao estilo denominado “da Chiesa” (de Igreja) devido ao facto de a textura musical, de condução polifónica, ser apropriada aos momentos litúrgicos ou devocionais. Ao segundo estilo pertence a ‘Ouverture-Suite em ré menor’, de J.C. Pez, que se caracteriza por uma série de danças fortemente marcadas ritmicamente, introduzidas por uma abertura musical de carácter solene e celebrativo.

Revista Portuguesa de Educação Artística

Teresa Eça, ex-Presidente da International Society for Education through art (InSEA) é a nova diretora da Revista Portuguesa de Educação Artística, a revista científica dedicada à educação e às artes publicada pelo Conservatório. Esta publicação tem como principal propósito divulgar os resultados de investigações e projetos realizados nas diferentes áreas artísticas, desde que direcionados para a educação. Integram também a direção desta revista Carlos Gonçalves, do Instituto de Etnomusicologia – Estudos de Música e Dança (FCSH/UNL) e Paulo Esteireiro, do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (FCSH/UNL).

A Revista Portuguesa de Educação Artística (RPEA), semestralmente aceita propostas de artigos inéditos sobre qualquer tema do domínio da educação artística, resultantes de investigação original ou de cariz ensaístico, preferencialmente nas áreas da Educação Musical, Dança, Teatro, Artes Plásticas, Musicologia e História da Arte. São bemvindos os artigos provenientes de todos os Países de Língua Oficial Portuguesa e, em caso de especial relevância, poderão ser aceites trabalhos em língua inglesa. As propostas devem ser enviadas para o e-mail: paulo.esteireiro@edu.madeira. gov.pt.

A RPEA é Indexada e Referenciada pelas seguintes bases de dados internacionais de publicações periódicas científicas:

ERIH PLUS - European Reference Index for the Humanities and Social Sciences

LATINDEX - Sistema Regional de Informação para as Revistas Científicas de América Latina, Caribe, Espanha e Portugal

DOAJ - Directory of Open Access Journals

REDIB - Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico https://www.redib.org/pt-pt

MIAR - Matriz de Información para el Análisis de Revistas

OAJI - Open Academic Journals Index

SIS - Scientific Indexing Services.

CAPES - Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

RCAAP - Repositórios Científicos de Acesso Aberto e Portugal

A RPEA oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.

Assim, todos os artigos são disponibilizados de forma aberta, livre e sem custos para o utilizador. Para mais informações sobre as normas de publicação, consultar o site: http://rpea.madeira.gov.pt.

Teresa Eça, Presidente da Associação Portuguesa de Professores de Expressão e Comunicação Visual (APECV)é a nova diretora da Revista Portuguesa de Educação Artística, a revista científica dedicada à educação e às artes publicada pelo Conservatório.

Simpósio e Congresso de Musicologia

O Conservatório, esteve representado, no passado dia 9 de novembro, no XI Simpósio Internacional de Musicologia e III Congresso da Associação Brasileira de Musicologia, que decorreu na Universidade Federal de Góias (Brasil), através do investigador Paulo Esteireiro. Na sua apresentação, o investigador do Conservatório abordou os principais

períodos e alguns dos acontecimentoschave da história da música na Madeira. Além disso, referiu igualmente os avanços realizados nas últimas décadas nos estudos musicológicos da região, fazendo um balanço sobre o estado atual da musicologia na Madeira.

O XI Simpósio de Musicologia – Musicologia e Diversidade - teve como finalidade proporcionar reflexões sobre os caminhos plurais da musicologia na contemporaneidade, ampliar o intercâmbio entre núcleos e centros de estudos; incentivar a produção científica e artística no que diz respeito ao campo

Esteireiro foi convidado pela organização do Simpósio para falar numa sessão plenária, sobre o seu recente livro “História da Música na Madeira”, divulgando assim esta edição junto da comunidade de musicologia do Brasil.

musicológico; e tornar oportuna a divulgação das pesquisas existentes na área da musicologia, num âmbito nacional e internacional.

Nesta edição, focou-se também a “Música Crítica e questões musicológicas no presente”, discutindo, além dos aspectos ligados à construção do conhecimento musicológico desenvolvido de forma crítica, a inserção do musicólogo no contexto geral dos fenómenos musicais, abarcando ainda a sua mediação em veículos de comunicação massificados como jornais, revistas, notas de programa, e um semnúmero de medias digitais e/ou físicas.

Breve nota biográfica de Paulo Esteireiro:

Paulo Esteireiro é Diretor de Serviços de Investigação, Comunicação, Edições e Formação no Conservatório – Escola das Artes da Madeira e investigador integrado do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (UNL/FCSH). É licenciado, mestre e doutorado em Ciências Musicais pela Universidade NOVA de Lisboa.

Entre as suas publicações destacam-se História da Música na Madeira, As Artes Performativas no Funchal, Estudos sobre Educação e Cultura, Uma História Social do Piano, Músicos Interpretam Camões, 50 Histórias de Músicos na Madeira, Regionalização do Currículo de Educação Musical e três livros de composições para Braguinha.

É coordenador da Coleção Madeira Música, da coleção Contributos e Ideias para a Educação Artística e do projeto editorial Antologia da Música na Madeira. É autor de um largo número de artigos e capítulos de livros, em publicações científicas nacionais e internacionais na área da musicologia e da pedagogia. Realiza regularmente comunicações e conferências em congressos especializados de artes e educação (Portugal, Espanha, Itália, Escócia, Áustria, Estónia, Polónia, Suécia e Brasil).

Ação de Divulgação no núcleo do Caniço

O Núcleo do Caniço do Conservatório, realizou uma ação de divulgação das suas atividades e oferta formativa, no passado dia 20 de outubro de 2021, no Caniço Shopping. A atividade contou com a participação de alunos da Escola Básica do 1º ciclo do Caniço (Vargem).

Esta atividade de divulgação pretendeu, sobretudo, angariar novos alunos para o novo Núcleo do Caniço, com novas instalações desde setembro. Nesta ação, 12 turmas da Escola Básica do 1º ciclo do Caniço (Vargem) conheceram a maioria dos instrumentos lecionados neste núcleo do Conservatório.

Foram apresentados 12 instrumentos, pelos alunos do 3.º grau da turma do regime articulado do Núcleo do Caniço.

Foram estipulados 6 pontos, em diferentes lugares do centro comercial Caniço Shopping, onde em cada um se apresentaram instrumentos durante 5 a 6 minutos. O circuito foi feito em simultâneo pelas 12 turmas confirmadas, divididas em 6 grupos de alunos.

A distribuição dos pontos foi a seguinte: ponto 1 – guitarra e braguinha; ponto 2 – violino e violoncelo; ponto 3 – piano e contrabaixo; ponto 4 – trompete e trombone; ponto 5 – oboé e fagote; ponto 6 – percussão e saxofone.

Atualmente o núcleo do Caniço está a funcionar em novas instalações, que contam com 8 salas, onde são lecionados os seguintes instrumentos: bateria (percussão), braguinha, clarinete, contrabaixo, fagote, guitarra, oboé, piano, trompete, viola de arco, violino e violoncelo. A sua comunidade educativa é, atualmente, composta por 75 alunos, 19 docentes e 2 funcionários.

Cartaz cultural de Novembro

O Conservatório, teve um intenso cartaz cultural durante o mês de novembro. No total, foi possível assistir a 14 concertos de alunos, em vários espaços do Funchal: sete recitais, sendo três deles em Hotéis do Grupo Porto Bay e quatro no Conservatório, dois concertos a convite, duas atuações de coros, uma Jam Session de Jazz e dois espetáculos com estreia mundial. Durante o mês de novembro, executaram-se três recitais nos hotéis do Grupo Porto Bay (Porto Mare e Cliff Bay), com alunos do Curso Profissional de Instrumentista (CPI), em contexto de Formação em Contexto de Trabalho (FCT). Estes, decorreram nos dias 4 e 25, no Hotel The Cliff Bay, e no dia 18, no Hotel Porto Mare, todos com início pelas 17h30. Resultado duma parceria entre o Conservatório e o Grupo Porto Bay, em que os alunos deste curso têm a possibilidade de se apresentar em palco em contexto público (sendo isso uma mais-valia na sua formação profissional). As FCT´s fazem parte do plano de estudos (teórico-prático) dos Cursos Profissionais e são obrigatórias para estes alunos.

Também em contexto de FCT, aconteceram outros quatro recitais com alunos do CPI, às sextas-feiras, pelas 20h30, nos dias 12, 19 e 26 no Salão Nobre do Conservatório e, no dia 23, no Auditório do Polo do Bom Jesus. Estes são concertos muito frequentados pelos turistas dos hotéis de proximidade, que já procuram a agenda do Conservatório para assistir a estes recitais.

O Si Que Brade, sob a direção artística do professor Roberto Moritz, das agendadas atuações nos dias 10 e 17 de novembro no Instituto do Vinho e do Bordado da

Madeira, realizou apenas a segunda prevista, a convite de uma entidade de turismo e com acesso condicionado a um grupo de espetadores estrangeiros.

Nos dias 14 e 15 de novembro, o Teatro Municipal Baltazar Dias foi palco da estreia mundial de ‘O Conto da Ilha Desconhecida’, baseado na obra de José Saramago, com libreto e música original, encomendada ao compositor Sérgio Azevedo, e produção da Câmara Municipal do Funchal.

Este concerto, inserido na Feira do Livro, foi protagonizado pela Orquestra Académica do Conservatório, sob orientação do professor e maestro Francisco Loreto. Contou também com a participação de alunos do Curso Profissional de Artes do Espetáculo - Interpretação (teatro) e encenação da professora Diana Pita.

O segundo concerto da série ‘Jam Sessions Jazz’, promovido pelos alunos do Curso Profissional de Instrumentista de Jazz do Conservatório (CPIJ), manteve a essência do ano anterior, pretendendo ser um espaço onde os músicos exploram, criam e partilham ideias musicais e contactos, tendo um conhecimento de standards de jazz para que se torne fluido o jogo do improviso. Estas jam sessions têm como objetivo primordial dar aos alunos um espaço onde desenvolvam as competências mencionadas, tal como a sua própria linguagem musical de formação em contexto de trabalho. Este segundo concerto decorreu no pretérito dia 19, no Café do Museu. A iniciativa e coordenação deste projeto foi dos professores de jazz do Conservatório, com destaque para Alexandre Andrade, Filipe Freitas e Francisco Andrade, e contou com a parceria da Associação Melro Preto.

Para além do Concerto de Encerramento das comemorações do Voto a São Tiago Menor, que decorreu na Sé do Funchal a 5 de novembro, os coros Infantil e Juvenil, sob a orientação da maestrina Zélia Gomes, executaram mais dois concertos na Igreja do Colégio e Igreja de São Martinho, a 27 e 28 de novembro, respetivamente. Estes concertos comemorativos integraram o aniversário dos 34 anos do Coro Infantil e dos 30 anos do Coro Juvenil. Os concertos contribuíram para a solenização das missas em que se integraram.

A bolinha de sabão

A bolinha de sabão é uma história original da Equipa de Animação que estreou, em formato presencial, no dia 24 de novembro, na EB1/PE/ Creche da Nazaré, com a presença de, aproximadamente, 60 crianças do préescolar. A mesma foi apresentada em simultâneo nas plataformas digitais do Facebook e do Youtube, pela página da Direção de Serviços de Educação Artística. Apresentada em formato vídeo, com uma animação dinâmica e com ilustrações apelativas e coloridas, cativou a atenção das crianças e adultos presentes.

A apresentação da história inserese no projeto Histórias de (En)cantar, projeto base da Equipa de Animação, na continuidade ao trabalho intensivo e permanente, desenvolvido por esta equipa, nas áreas das expressões musical e dramática. Esta história foi criada com o objetivo de sensibilizar todas as crianças da RAM para os hábitos de higiene, nomeadamente, para a importância da lavagem das mãos, como forma de proteção na luta contra o COVID19, bem como promover a consciência individual e a responsabilidade pessoal e social na luta contra o atual estado pandémico, pondo em prática as medidas de prevenção necessárias.

Deste modo, através das artes e da educação – campos propícios à abordagem das mais diversas temáticas de forma animada e criativa - procura-se contribuir para a formação das nossas crianças, disponibilizando mais uma ferramenta pedagógica que se espera cative a atenção dos mais pequenos. Por outro lado, a partir desta ferramenta, quer da temática, quer das personagens, que o educador poderá explorar outra temáticas que vá ao encontro das necessidades das suas crianças.

Sobre a história: A Lara, uma criança de cinco anos, atenta ao que a rodeia, constata que os hábitos das famílias se alteraram com o aparecimento do coronavírus. Este assunto despertalhe a atenção e em conversa com os seus amigos pássaros acerca, decide embarcar numa aventura que se vai revelar fantástica e vai até à Ilha dos Amendoins, na tentativa de arranjar a forma de salvar as pessoas daquele vírus. Por entre alguns percalços, consegue chegar à ilha. Lá, residia uma enorme família de elefantes...procura a matriarca desta família e expõe-lhe a situação que tanto a aflige e pede-lhe ajuda para combater o vírus. Prontamente, a matriarca disponibiliza-se para a ajudá-la e com a sua manada, prepara o lançamento de “uma chuva” de água e sabão, transformadas em muitas bolinhas de sabão. No final desta história, a personagem principal, a Lara, deixa uma mensagem especial às crianças: Com o meu sabão não há vírus que se prenda à mão!

Masterclasse de violoncelo

A 3 de setembro, decorreu no Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, uma masterclasse de violoncelo orientada por Alexander Chaushian, músico de renome internacional, diretor artístico do Festival Internacional de Música de Câmara Pharos, em Chipre, e do Festival de Música de Yerevan, na Arménia.

Dando seguimento à parceria entre o Conservatório com a Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA) / Orquestra Clássica da Madeira (OCM), o Conservatório recebeu Alexander Chaushian, professor de violoncelo no Royal College of Music, em Londres, que se apresenta regularmente em locais como o Wigmore Hall e Queen Elizabeth Hall, em Londres, Konzerthaus Vienna, Suntory Hall Japan e Carnegie Hall, em Nova York, e Symphony Hall, em Boston.

Alexander Chaushian

Foto: sion-violon-musique.ch

O aclamado violoncelista arménio Alexander Chaushian é director artístico do Festival Internacional de Música de Câmara Pharos no Chipre, e do Festival de Música de Yerevan na Arménia.

Ao longo da sua distinta carreira, Chaushian tem actuado em todo o mundo, colaborando com os mais conceituados maestros, orquestras e artistas aclamados pela crítica, em festivais e nas mais importantes salas de concerto.

As suas apresentações incluem concertos com a Real Filarmónica, a Academia de St Martin-in-the-Fields, Orchestre de la Suisse Romande, e os Boston Pops. Também trabalha regularmente com Orquestra Filarmónica da Arménia, e mais recentemente interpretou a Rapsódia do Concerto de Khachaturian com a orquestra sob a direcção de Vassily Sinaisky. Após os seus estudos iniciais na Arménia, Alexander Chaushian estudou no Reino Unido na Escola Yehudi Menuhin e na Guildhall School of Music and Drama, Londres. Prosseguiu os seus estudos avançados no Hochschule für Musik Hanns Eisler, Berlim.

Desde então, Chaushian ganhou inúmeros prémios de prestígio, incluindo o 12.º Concurso Internacional Tchaikovsky em Moscovo, e no Concurso ARD na Alemanha. Como um ex-aluno dos ‘Jovens Artistas de Concerto’, com sede em Nova Iorque, tem-se apresentado extensivamente nos EUA. Atualmente, é professor de Violoncelo no Royal College of Music, em Londres.

‘Mútuas Colaborações’

Peça experimental apresentada nos jardins do Conservatório Decorreu no dia 8 de outubro, nos jardins da Sede do Conservatório, a apresentação da peça experimental ‘Mútuas Colaborações’, obra em que a ação de cada intérprete influencia a de todos os outros. Nesta peça, foi utilizado o sistema computacional ‘Puffin’, que foi desenvolvido por Raul Masu, como parte da sua pesquisa de doutoramento. A apresentação integra o projeto mais amplo ‘As Nossas Árvores’ e contou com a participação de 4 alunos dos Cursos Profissionais do Conservatório. De outubro a fevereiro, após um evento

mensal que apresenta cada árvore, a documentação artística ficará disponível online num mapa-roteiro acessível a todos.

Ao desvendar a importância destes seres vivos fantásticos, torna-se visível tudo aquilo que é de valor potencial. Assim, fortalecem-se as relações que tanto os

‘As Nossas Árvores’ é um projeto que nasceu do grupo Equilíbrio, uma rede de capacitação estratégica em arte e ecologia. Durante 2021, foram selecionadas 5 árvores no Funchal, sobre as quais 5 artistas desenvolveram trabalhos criativos em colaboração com comunidades locais.

locais como os visitantes têm com o património arbóreo madeirense nas suas dimensões ecológicas e culturais.

A peça ‘Mútuas Colaborações’, obra experimental integrada no projeto ‘As Nossas Árvores’, teve como ponto de partida a Sumaúma, que se pode admirar da Ponte do Ribeiro Seco, em frente ao Conservatório, e existe num ecossistema de 263 espécies, vizinhas umas das outras, na Quinta Magnólia. Esta foi uma proposta feita pelo italiano Raul Masu ao Conservatório, Escola Profissional das Artes da Madeira, vizinha da Quinta Magnólia, e na qual 4 jovens dos Cursos Profissionais de Instrumentista participaram – Gabriela Assunção (violino), Consthança Silva (violino), Gabriel Marcos (viola d’arco) e Matias Assunção (violoncelo) –, no formato de formação em contexto de trabalho. Os ensaios e trabalhos de grupo foram realizados durante o mês de setembro e este concerto foi a apresentação do projeto final. Porque “uma árvore não existe isolada, vive num ecossistema complexo de interrelações com o ambiente próximo”, esta peça representou as múltiplas inter-relações através da criação de uma situação musical em que a ação de cada intérprete influencia a de todos os outros. ‘Puffin’ é um sistema computacional através do qual as notas que um intérprete toca num teclado são transformadas numa partitura para os outros três músicos. A forma musical resultante é uma espécie de cânone em que os instrumentistas, por sua vez, imitam o que o teclado terá executado anteriormente. O teclista passa, portanto, a cocriador e orquestrador. Cada um dos quatro instrumentistas passa alternadamente pelo teclado. Durante os ensaios, criaram a peça de forma colaborativa. Além dessa representação metafórica da ecologia, a peça também incorpora algumas reflexões dos performers sobre a sua própria relação com a árvore.

Sobre o projeto ‘As Nossas Árvores’

Ao longo de 6 anos (2022-2027), 24 árvores (tanto do Funchal como de outras localidades da Madeira) inspirarão 24 projetos criativos que, através do trabalho de 24 artistas, envolverão várias comunidades locais num esforço de valorização do património arbóreo madeirense, particularmente nas suas dimensões ecológicas e culturais. Consoante a qualidade e a adequação do trabalho que desenvolvem, por ano, serão selecionados 4 artistas; 1 natural da Madeira e residente na Madeira, 1 natural da Madeira, mas residente fora da Madeira; 1 não natural da Madeira, mas residente na Madeira; e 1 não natural da Madeira, e residente fora da Madeira. Cada artista, escolherá uma árvore e, em colaboração com um parceiro (individual ou coletivo; local ou estrangeiro) específico, desenvolverá uma relação de cocriação com uma comunidade local que, por sua vez, está relacionada geográfica- e culturalmente com a árvore escolhida.

Cada artista terá um período de 3 meses para desenvolver atividades participativas, paralelas ou integradas no seu próprio trabalho criativo. Trimestralmente, cada trabalho é apresentado publicamente e, após um processo cuidado de digitalização, tanto do processo como do produto artístico, cada peça fica disponível, em formato digital, numa app móvel e uma web app.

Mais informações em https://equilibrio. website/2020/12/09/partilha-dasnossas-arvores/.

Raul Masu

Raul Masu é um pesquisador da interação humano-máquina; um músico que brinca com computadores interativos e que explora as potencialidades do som. A sua pesquisa concentra-se nas interações dentro de performances que envolvem várias pessoas. Ele está particularmente interessado nos aspectos éticos e ambientais da pesquisa em tecnologia musical e tem uma forte inclinação para o Software Livre. Atualmente é aluno de Doutoramento em Media Digitais no Departamento de Informática da Universidade NOVA de Lisboa, e afiliado ao ITI / LARSyS. O Raul tem uma licenciatura em Música Eletrónica (BA) e um Diploma em Composição (Diploma de 10 anos - equivalente ao nível de Mestre) pelo Conservatório de Música Bonporti (Trento). Após a sua graduação, trabalhou como assistente de pesquisa no Laboratório de Interação (Universidade de Trento).

Os artigos científicos de Raul são publicados internacionalmente nas áreas de Tecnologia Musical (por exemplo, NIME, Audio Mostly) e HCI (por exemplo, CHI, DIS, Personal and Ubiquitous Computing Journal). Como músico, compôs, programou e executou obras apresentadas em vários contextos, como performances (instrumentais ou eletrónicas) e instalações. Estes incluem o projeto Moving Digits do programa da Europa Criativa (Tallin, Düsseldorf, Madeira), o centro Witte de With de arte contemporânea (Roterdão), o Centro Italiano di Cultura (Tóquio), e a Queen Mary University (Londres).

Desde 2020, Raul é um dos agentes ambientais e éticos da conferência internacional de música computacional NIME. Puffin foi desenvolvido por Raul Masu como parte da sua Pesquisa de Doutoramento com o apoio do ARDITI – Agência Regional para o Desenvolvimento e Tecnologia no contexto do projeto M1420-09-5369FSE-000002 – PhD Studentship.

O Festival da Canção Infantil da Madeira

Estão selecionadas as 10 canções a integrar o 41.º Festival da Canção Infantil da Madeira Um júri, constituído por 5 elementos das áreas da música e da escrita, chegou a um veredicto final após a análise da letra e música das canções a concurso. Os autores das canções finalistas tiveram até ao dia 13 de dezembro para a entrega, à organização, da partitura com melodia e harmonia cifrada e respetivos arranjos vocais.

O espetáculo está agendado para o dia 23 de abril de 2022, no Centro de Congressos da Madeira.

Eis as dez canções a concurso ao 41.º Festival da Canção Infantil da Madeira, em 2022:

N.º CANÇÃO AUTOR DA LETRA AUTOR DA MÚSICA

1Maravilhas da Natureza Adriana Faria Márcio Faria

2Estrela Fada José Carlos Mota Cristina Abreu e Marco Vieira 3 Atenção! Protege-te! Adriana Faria e Vânia Silva Márcio Faria

4Brincar é mesmo assim! Lisandra Tavares Lisandra Tavares

5Ilha da Fantasia João Manuel Pereira Telmo Rodrigues

6Salvar o Planeta Terra Vânia Correia Vânia Correia

7A Maior Corrida Maria Leonor Mêna Vânia da Silva

8Um Mundo de Amor sem Fim Cândida Inácio Emanuel Inácio

9Com Admiração Rita Ferreira Rita Ferreira

10 Sou Criança Preciso de Ti Adriana Faria Márcio Faria

Sobre o Festival da Canção Infantil

Com mais de quatro décadas de existência, este é o festival infantil português com mais edições anuais consecutivas, a acontecer ininterruptamente desde 1982. Idealizado por Manuela Aranha, as três primeiras edições deste evento estiveram a cargo da Direção Regional dos Assuntos Culturais tendo, em 1985, passado para a tutela da Secretaria Regional de Educação, através da Direção Regional de Juventude.

A partir da nona edição passou para a Direção Regional da Educação, através do Gabinete Coordenador de Educação Artística, posteriormente designado de Direção de Serviços de

Educação Artística e Multimédia. Desde 2019, passou a ser organizado pelo Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira. É um festival acarinhado pelo público madeirense e que conta com importantes parceiros, públicos e privados, para que se possa, ano após ano, espalhar a sua magia na plateia e no ecrã televisivo.

O festival possibilitou, até hoje, que cerca de 550 crianças da Região fossem solistas e dessem voz às canções de inúmeros autores de letras e músicas. Ao longo destes anos, foram milhares as crianças e jovens intérpretes que passaram pelo palco deste festival, quer como solistas, integrando os diferentes coros ou outros momentos artísticos, com um espólio que já ultrapassa as 630 canções infantis. Acreditamos, por isso, que nestes 40 anos de Festivais, a Madeira foi a região do País onde se criaram e interpretaram o maior número de canções para a infância. Os resultados estão à vista de todos com o número de crianças e jovens madeirenses que participam em festivais e programas de televisão nacionais e que ganham bons prémios.

Coros do Conservatório celebraram aniversários

O Conservatório, protagonizou no fim de semana de 27 e 28 de novembro, dois concertos seguidos de solenização da eucaristia, em comemoração dos aniversários do Coro Infantil e do Coro Juvenil. O breve concerto do Coro Infantil, comemorativo do seu 34.º aniversário decorreu no sábado, dia 27 de novembro, na Igreja do Colégio – São João Evangelista. Cantando a 2 e 3 vozes, estas crianças compartilharam os seus talentos com um programa de repertório diversificado de Música Sacra, abarcando diversos compositores e proporcionando aos ouvintes sentimentos e emoções. No final, o objetivo de deixar nos presentes uma mensagem positiva de esperança, amor e paz foi alcançado.

O Coro Infantil do Conservatório ‘nasceu’ em outubro de 1987, na dependência da Secretaria Regional de Educação. Atualmente, é composto por 58 crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos.

Participa, anualmente, em inúmeras atuações organizadas por entidades públicas e privadas, bem como em espetáculos produzidos pela SRE

ou pelo Conservatório e em programas de rádio e televisão, destacando-se a participação anual no Festival da Canção Infantil da Madeira, onde faz o suporte coral de todas as canções concorrentes. Desde 1990, a direção artística é da responsabilidade da maestrina Zélia Ferreira Gomes.

O Coro Juvenil, por sua vez, comemorou o seu 30.º aniversário, igualmente com um breve concerto seguido de missa, no dia 28 de novembro, na Igreja Paroquial de São Martinho. No programa, antes da celebração eucarística, o destaque foi para temas inspiradores, de motivação pessoal e social.

Ambos os eventos contaram com acompanhamento ao piano da professora e pianista Lénia Franco. O Coro Juvenil do Conservatório foi constituído em janeiro de 1991, também na dependência da Secretaria Regional de Educação.

Atualmente, é constituído por 39 jovens com idades compreendidas entre os 13 e 18 anos. O seu repertório incide na música erudita, tradicional e ligeira cantando à capella, com playback e com acompanhamento de piano ou orquestra. Possui também um grande repertório de Natal e música sacra.

A direção artística deste grupo coral, desde a sua fundação, é da responsabilidade da maestrina e professora Zélia Maria Ferreira Gomes.

Michael Guttman orientou masterclass

No dia 29 de outubro, decorreu no Salão Nobre do Conservatório, uma masterclass de violino orientada por Michael Guttman.

Dando seguimento à parceria entre o Conservatório – Escola das Artes da Madeira e a Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA) / Orquestra Clássica da Madeira (OCM), o Conservatório recebeu Michael Guttman, violinista belga e diretor musical da Napa Valley Symphony e da Belgian Chamber Orchestra.

Michael Guttman é violinista, maestro e diretor musical de festivais de destaque em todo o mundo, incluindo Pietrasanta em Concerto, Crans Montana Classics na Suíça, Le Printemps du Violon em Paris e Made in Polin em Varsóvia.

Michael Guttman

É igualmente diretor musical da Napa Valley Symphony e da Belgian Chamber Orchestra.

Guttman, foi o mais jovem violinista admitido no Conservatório Real de Bruxelas com 10 anos. A sua estreia aos 14 anos, com Jean-Pierre Rampal, levou-o ao encontro com o seu mentor Isaac Stern, que posteriormente o recomendou estudar na Juilliard School em Nova Iorque, com Dorothy Delay e The Juilliard Quartet.

Estudou com o lendário violinista russo Boris Goldstein para o qual organizou um concurso de violino em sua homenagem com o professor Zakhar Bron em Berna, Suíça, em 2014. Como principal violinista belga, foi escolhido para representar o seu país em 1992, durante a Exposição Universal de Sevilha. Concertos no Lincoln Center, Barbican Hall, Palais des Beaux Arts em Bruxelas, Salle Pleyel em Paris e na Ásia foram seguidos de convites a festivais de prestígio como Progetto Martha Argerich, Flanders Festival, Festival de Elba de Bashmet, Folles Journées em Nantes e Tóquio e o Festival Menuhin em Gstaad. Estreou o Concerto Duplo de Philip Glass para Violino e Violoncelo com a Dallas Symphony Orchestra nos EUA e a Hong Kong Philhamonic na Ásia, ambas dirigidas por Jaap Van Zweden. Efetuou tournés com Martha Argerich, NestorMarconi, Nigel Kennedy, Boris Berezovsky, Vadim Repin, Salvatore Accardo e Natalia Guttman, entre outros.

Depois de colaborar com compositores e maestros como Lukas Foss e Noam Sheriff, desenvolveu a sua carreira de direção, e em 2017, percorreu as mais prestigiadas salas de espetáculos em Espanha, com o lendário pianista Ivo Pogorelich.

O seu encontro com Astor Piazzolla estimulou a descoberta de diferentes estilos de tango, e em 2017 criou o primeiro concerto duplo para violino e acordeão com a Orpheus Chamber Orchestra e J.P. Jofre, o famoso argentino acordeonista.

Michael Guttman toca num violino Guarneri del Gesù de 1735 que também foi usado pelo violinista e compositor italiano Giovanni Battista Viotti.

Concerto ‘Halloween Voices’

O Coro Juvenil do Conservatório levou a palco, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, no dia 30 de outubro o concerto “Halloween Voices”. Evento único e num ambiente que surpreendeu e impressionou o público, cujo programa musical foi dedicado à temática da noite em causa: o “Halloween” ou “Dia das Bruxas”, como é conhecido em Portugal. O coro apresentou um repertório preparado propositadamente para esta ocasião, sob a orientação da maestrina Zélia Gomes. Entre as várias canções exibidas, salientamos: Smooth Criminal e Thriller, ambas interpretadas pelo célebre Michael Jackson, Frozen, de Madonna, e I’m in Love with a Monster, do famoso filme da Sony Pictures Animation, Hotel Transylvania 2.

Juntaram-se ao Coro Juvenil, os Combos dos Cursos Livres em Artes do Conservatório, com direção artística dos professores e músicos Rodolfo Cró e Ricardo Dias, contribuindo assim para uma maior animação e dinamismo tímbrico.

Foi uma noite diferente e divertida para quem gosta de comemorar o Halloween e com sala esgotada.

500 anos do Voto a São Tiago Menor

O Conservatório protagonizou, a 5 de novembro, o ‘Concerto de Encerramento das Comemorações dos 500 anos do Voto a São Tiago Menor’.

O evento decorreu na Sé do Funchal e contou com a participação de mais de 100 alunos do Conservatório.

Foi no dia 11 de junho de 1521 que, juntamente com a Câmara Municipal e em contexto de peste, decidiram escolher um santo padroeiro que livrasse a Região do mal e da epidemia. O sorteio foi realizado, na Sé do Funchal, há 500 anos atrás, e a sorte recaiu sobre o Apóstolo São Tiago Menor.

Esta data foi, assim, assinalada pela Diocese do Funchal, com um calendário programado com várias atividades para conhecer a história, agradecer a intercessão e proteção deste santo padroeiro e o dar a conhecer melhor à comunidade.

Este concerto, que encerrou as comemorações, foi protagonizado pelos Coros Juvenil, Infantil e Ensemble Vocal Feminino Ninfas do Atlântico, e por alunos do Curso Profissional de Instrumentista (flauta transversal, trompa, piano e órgão) e dos Cursos Livres em Artes (flauta transversal e percussão), tendo contado com

a orientação dos professores Zélia Gomes, Anikó Harangi, Paulo Silva, Tânia Fernandes e Pedro Temtem. Foram acompanhados ao piano pela professora Lénia Franco. O programa deste concerto contou com momentos individuais, protagonizados

A Diocese do Funchal celebra, desde 11 de junho deste ano, 500 anos da escolha de São Tiago Menor como padroeiro principal do bispado.

pelas várias formações artísticas, e culminou com o ‘Hino a São Tiago Menor’, composto pelo padre Ignácio Ferreira Rodrigues, em tutti.

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