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MAR18
ANOS 90
Os drones da Dolce Gabbana
ROSA E VERMELHO A COMBINAÇÃO DA HORA
KATE MOSS A TOP DOS ANOS 90 COMPLETA 44 ANOS
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sumário COMPANY
EDIÇÃO MARÇO | 2018
NA CAPA 16 ANOS 90 14 Os drones da Dolce Gabbana 10 CAPA Kate Moss 05 Rosa&Vermelho
TENDÊNCIAS 16 ANOS 90 05 Rosa&Vermelho
MODA 06 Moncler Genius 14 Os drones da Dolce Gabbana 18 As clubbers da Prada
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MOSCHINO
INVERNO | 2019
TENDÊNCIA Saia Vinil
Prada
R$ 856,28
Argola de Prata Cartier R$ 256,85
ALERTA TRENDY
A gente já te mandou a letra em outubro que a combinação rosa e vermelho no look é uma das tendências mais bombadas, né? Pois pode seguir nessa pegada, a dupla continua firme, forte e linda!
Óculos de Sol
Versace
R$ 1886,99
Chinelo Slide Colcci R$ 149,50
Doudoune
Moncler
Clutch Rosa
R$ 5895,99
Fendi R$ 658,99
Bota de Couro
Dior R$ 3569,99
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MODA
Moncler GENIUS
coleções que reinventam o doudone
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Criadas em 1954 com a intenção servir de uniforme exclusivo dos funcionários da empresa, as doudounes eram originalmente chamadas de boîte bleue, que significa caixa azul, por conta de sua modelagem quadrada. Elas eram tão resistentes ao frio que passaram a ser usadas como roupa de ski, o que acontece até hoje. Foi justamente um alpinista francês, o premiado Lionel Terray, que popularizou a marca ao adotar a peça em suas aventuras no alto das montanhas europeias. Por conta desse grande reconhecimento, o estilo Moncler masculino adotado por Terray chamou atenção de dirigentes olímpicos e a grife
chegou a ser a fornecedora oficial de equipamentos esportivos da equipe francesa de esqui alpino durante as Olimpíadas de Inverno em 1968. Foi nessa mesma ocasião que ela passou a adotar a logomar tricolor. Nos anos 80, com novas cores e modelagens, a Moncler ganhou um toque mais contemporâneo e que conquistou não só os desbravadores dos alpes, mas também os moradores das cidades que estavam à procura de novas combinações para suas roupas de inverno. Acima de tudo, a moda Moncler ganhou força pelo fato de trabalhar com produtos de qualidade e trazer novidades para a moda inverno, tornando-se assim um dos clássicos franceses.
Com as temperaturas baixando e as viagens de inverno planejadas para curtir a neve, chega também a hora de investir em casacos quentes e resistentes, mas sem deixar de priorizar o estilo – o que é exatamente a proposta da moda Moncler. As doudounes, jaquetas acolchoadas forradas de plumas, se tornaram a marca registrada da grife que conquistou os franceses e já faz parte do inverno parisiense há mais de meio século. Sua origem se deu em uma cidade dos alpes franceses, Monestier-de-Clermont, de onde se origina a abreviação Moncler. Foi lá que, em 1952, André Vincent e René Ramillon fundaram a empresa. Na abertura da edição de outonoinverno 2018/19 da Semana de Moda de Milão, a marca francoitaliana Moncler apresentou o resultado do projeto “Moncler Genius“, que consiste em coleçõescápsulas mensais assinadas por grandes criadores – que a gente já tinha te adiantado nesse post!
A estratégia pretende atingir os millennials e lançar novidades em ritmo mais acelerado do que a grife costuma fazer. Veja também: Troye Sivan estrela a nova campanha da Valentino Os clássicos doudones da Moncler foram reinterpretados por Pierpaolo Piccioli (da Valentino), Kei Ninomiya (da Noir), o inglês Craig Green, a irlandesa Simone Rocha, o japonês Hiroshi Fujiwara (da Fragment), Francesco Ragazzi (da Palm Angels), Sandro Mandrino e o stylist Karl Templer. Confira: Rainha Elizabeth 2ª vai na Semana de Moda de Londres! Karl, que desenvolveu a coleção 1952, foi denunciado por assédio sexual pelo “The Boston Globe” na semana passada (o relatório também envolveu o fotógrafo Patrick Demarchelier). A colab do stylist foi apresentada no evento mas seu nome não apareceu e nem foi citado em nenhuma comunicação da marca. É provável que ela acabe não sendo comercializada.
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KM
M KATE MOSS A modelo Kate Moss completa 44 anos nesta terça-feira (16) e faz jus àquela história de que os 40 são os novos 20, sabe? Primeiro porque a inglesa desmente a regra de que as tops não têm mais vez quando começam a envelhecer e, segundo,
porque tem vivido um novo auge na carreira. De lá para cá, Kate se consagrou como uma das maiores modelos Esta fase mais madura mostra como a modelo sobrevive como ícone na moda há quase 30 anos com um incrível poder de reinvenção.
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MODA Ela brilhou em 2014 Em 2014, quando completou quatro décadas de vida e 25 anos de carreira, Kate foi considerada mais uma vez a modelo mais endinheirada da Inglaterra com uma fortuna estimada em 55 milhões de libras (aproximadamente R$ 220 milhões). A modelo ganhou também uma linha de taças de cristal feitas com o molde do seu seio, além de exposições e lançamento de livros sobre sua vida e carreira. Entre as campanhas, Kate retomou sua parceria com a grife Topshop e lançou coleção que sumiu das prateleiras em minutos – um feito e tanto no mundo fashion comparado apenas ao furacão Kate Middleton e a quase obsessão das pessoas pelas roupas da princesa. Protagonizou ao lado de Cara Delevingne – modelo queridinha da nova geração – campanha de fragrância da Burberry, grife que a dispensou após os escândalos com uso de droga em 2005. Kate foi escolhida também como rosto de ensaios para linha da amiga e estilista Stella McCartney, da grife Rimmel e da marca de luxo especializada em couro Matchless. Posou pela 35ª vez para a capa da revista britânica Vogue , além de ter se tornado colunista e colaborada da publicação, que é considerada um dos mais importantes e respeitados veículos de moda do mundo – com certeza, um posto que não é para qualquer um. De lá para cá, Kate se consagrou como uma das maiores modelos de todos os tempos e inclusive é apontada como uma das responsáveis por criar a moda como a conhecemos hoje. Isso quer dizer que se você vir modelos magras demais usando uma calça jeans despretensiosa na passarela de grandes grifes pode ser “culpa” de Kate Moss. Exagero? Não para a jornalista americana Maureen Callahan. Em seu livro Champagne 12
Supernovas , lançado no ano passado nos Estados Unidos e que deve ganhar tradução para o português e chegar ao Brasil ainda neste ano, a escritora analisa a vida, as polêmicas e o trabalho de Kate Moss e dos estilistas Alexandre McQueen e Marc Jacobs como as três figuras mais importantes da moda das últimas décadas e responsáveis por reinventar a moda no início dos anos 1990. “Você goste ou não, estes três tiveram uma enorme influência na moda, possivelmente a maior nos últimos 50 anos”, escreveu a crítica do site The Telegraph. Segundo ela, eles introduziram os estilos que hoje
conhecemos como street wear e grunge, nada mais do que a moda de rua representada na passarela. Além da polêmica onda chamada de “heroin chic”, (heroína chic, em livre tradução para o português), que foi o surgimento das modelos pálidas, excessivamente magras, tentavam uma resistência às modelos curvilíneas e mais “luminosas” como Cindy Crawford. E foi aqui que os ossos aparentes da estrutura natural de Kate Moss, as sardas, os dentes separados e a expressão de estar sempre de ressaca caíram como uma luva e fez dela a precursora deste movimento. Uma espécie de “antimodelo”.
O livro a descreve como uma menina de comportamento temperamental, filha de pais separados, que começou a fumar e beber aos 12 anos, ia muito mal nos estudos e largou a escola na adolescência. No início da carreira, ela era dispensada com frequência dos trabalhos pela aparência “heroin chic” e ficava na gaveta de “talvez” da agência. Kate finalmente foi vista aos 16 anos quando caiu
nas graças da fotógrafa Corinne Day, que a clicou nua em uma praia para a revista The Face . Na capa, Kate aparece sorridente com um adorno de penas na cabeça, imagem que se tornou icônica no mundo da moda. A grande chance Depois disso, Kate era a segunda opção para um anúncio de jeans da Calvin Klein. A modelo oficial desistiu do trabalho e a inglesa protagonizou sua primeira
grande campanha acompanhada de seu primeiro contrato milionário para ser garota-propaganda da marca. Aqui, suas curvas enxutas, a cara lavada e os cabelos desarrumados começaram a virar moda e identidade de uma geração que deixou as ruas e passou a ser representada nos anúncios publicitários e páginas de revistas.
Intimidade exposta
A naturalidade, falta de produção e de roupa e a facilidade em mostrar a intimidade são também características de Kate que foram muito exploradas no início dos 1990. Esse comportamento era totalmente o oposto dos excessos de maquiagem, batom, ombreiras, rebuscamento e modos da moda da década de 80. Um exemplo do estrelato da inglesa na época é este ensaio clicado no flat em que Kate, com 19 anos, vivia em Londres . As fotos foram publicadas na Vogue britânica.
Rainha dos anos 1990
Na onda das comemorações pelo aniversário, ela posou nua e estrelou a capa dos 60 anos da Playboy em edição publicada em 2013. Ficar sem roupa, aliás, não é nenhum problema para Kate, que já estrelou vários ensaios com looks mínimos desde o início da carreira aos 14 anos, quando foi descoberta em um aeroporto.
Heroin chic
Em meados dos anos 2000, Moss estava no auge de sua fama e fortuna. Tornou-se o rosto de Dior e firmou sua parceria e amizade de muitos anos com John Galliano, que ficou à frente da direção criativa da marca de outubro de 1996 a março de 2011. Começava aí o que se tornaria a onda “heroin chic”.
Coelhinha
Em 2014, Kate celebrou seus 40 anos com capa e recheio da edição de janeiro/fevereiro da Playboy, comemorativa de 60 anos da revista. A top foi fotografada pela dupla Mert Alas e Marcus Piggott com styling de Alex White. uma marca de massa global. Tornou-se o rosto de Dior e firmou sua parceria e amizade de muitos anos com John Galliano, que ficou à frente da direção criativa da marca de outubro de 1996 a março de 2011. Começava aí o que se tornaria a onda “heroin chic”. Você precisa de um ícone global para celebrar isso”, disse o diretor editorial da revista, Jimmy Jellinek, ao Los Angeles Times. “Começou com Marilyn Monroe há 60 anos. Agora nós temos Kate Moss!”. 13
MODA
\\OS DRONES DA D&G Antes do outono-inverno 2018/19 da Dolce & Gabbana começar, rolou um pedido: “Desliguem seus acessos pessoais à internet” (os chamados “personal hotspots”, que transformam qualquer celular em um roteador). Em um espaço repleto de millennials influencers superconectados (estrelas do último desfile da D&G), a tarefa não foi rápida; mas depois de mais de uma hora de atraso, a surpresa: drones! Os objetos voadores causaram apresentando novos modelos de bolsas – e precisaram do wi-fi da D&G dominando o espaço pra funcionar! Esse “anjos hi-tech” de “fashion devotion” (devoção fashion) – o tema do desfile é a religiosidade católica – se juntaram às figuras renascentistas estampadas nas peças do desfile! Jaquetas bomber de seda (com asas de querubins saindo das costas) e saias com gravuras religiosas aparecem ao lado dos tecidos brocados, das rendas e de paetês. Depois de roupões
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de zebra e volumosos vestidos com babados e transparências, o encerramento: uma peça com a imagem de Virgem Maria combinada com botas de caubói e um robe tipo de padre! A semana da moda de Milão teve um desfile especial neste domingo (25) com a Dolce e Gabbana utilizando drones no lugar de modelos em alguns momentos. No começo da apresentação da marca, os dispositivos voadores entraram carregando uma nova coleção de bolsas outono/inverno. Depois dos aparelhos tecnológicos, foi a vez de modelos de verdade mostrarem as novas peças de roupas da grife. Outro destaque da apresentação foi uma vestimenta que lembrava gatos. Dolce & Gabbana é uma marca italiana internacionalmente famosa, criada pelo estilista siciliano Domenico Dolce, (Polizzi Generosa, 13 de agosto de 1958) e pelo vêneto Stefano Gabbana, (Milão, 14 de novembro de 1962), em Milão, na Itália. Sua primeira loja foi aberta nos Estados Unidos em 1985
na cidade de Houston. Hoje as lojas estão espalhadas ao redor dos principais centros da moda do mundo, como Nova Iorque, Londres, Milão, Paris, entre outras. É uma das mais renomadas grifes de moda do mundo, junto com Armani, Versace, Chanel, Gucci, Prada e Louis Vuitton. Em 2013 a dupla foi acusada de sonegação fiscal na Itália. Foram condenados a pagar 500 mil euros como a primeira parcela de uma multa que pode chegar a 10 milhões de euros. Em abril de 2014, os estilistas da marca Dolce&Gabbana foram condenados a 18 meses de prisão por fraude fiscal. O crime remonta a 2010 e os criadores teriam lucrado cerca de 200 milhões de euros. A marca possuí mais de 100 lojas próprias e 11 outlets espalhadas por todo o mundo estando presente em cidade como Paris, Nova Iorque, Roma, Lisboa, São Paulo, Milão, Madrid, Montreal, Toronto, Las Vegas, Londres, Los Angeles, Rio de Janeiro, Tóquio, Recife entre outras A grife italiana chegou ao Brasil .
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Sabe aquela piranha que você usa pra dividir o cabelo antes de fazer chapinha ou babyliss e que era febre nos anos 90? Ela virou protagonista dos penteados do desfile do Alexander Wang: as modelos entraram na passarela com o cabelo preso e textura molhada. Bem fácil de reproduzir em casa, né? A criação é
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do top hairstylist Guido Palau! E teve mais anos 90 nas cabeças da Semana de Moda de NY: no Prabal Gurung rolou arco de elástico com coque bagunçado; as modelos entraram na passarela com o cabelo preso e textura molhada. e as modelos do Tom Ford usaram uma faixa de cabelo bem larga no alto da testa!
TENDĂŠNCIA Mochila Moschino R$ 658,23
Adidas Superstar R$ 350,00
Brinco Calvin Klein R$ 158,25
Bandana Tommy R$ 105,36 17
MODA
‘‘AS CLUBBERS DA PRADA “Meu sonho é que as mulheres possam sair na rua e não ter medo. Queria ter a liberdade exagerada,” disse Miuccia em entrevista antes do outono-inverno 2018/19 da Prada, apresentado na Semana de Moda de Milão. A estilista fala sobre rupturas, quebra de padrões e a força feminina; passado e presente se encontram nessa coleção. O local escolhido pro desfile é o novíssimo QG da marca, localizado nas imediações da Foundazione Prada. O famoso náilon da Prada, hit das mochilas e bolsas dos anos 90, é a estrela da coleção aparecendo em casacos, vestidos, saias e coletes. A cartela de cores é dominada por tons fluorescentes que se misturam entre os tweeds, jacquards e estampas florais com uma pegada impressionista nas peças. Também tem estampas que reproduzem umas luzes tipo neon quando a gente vê passando de carro, meio borrado… A new face sudanesa Anok Yai abre a passarela recriando a imagem da campa O famoso náilon da Prada, hit das mochilas e bolsas dos anos 90, é a estrela da coleção aparecendo em casacos, vestidos, saias e coletes. A cartela de cores é dominada por tons fluorescentes que se misturam entre os tweeds, jacquards e estampas florais com uma pegada impressionista nas peças. Também tem estampas que reproduzem umas luzes tipo neon quando a gente vê passando de carro, meio borrado… Vestidos coquetel ganham franjas de plástico e são cobertos de tule bordado. As sandálias com chamas, hit da história da marca, voltam à passarela. Uma logomania tímida também. Chapéu de pescador, minióculos e crachás tipo de firma completam o styling futurista clubber.
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Prada é uma marca italiana de moda, considerada um símbolo de luxo e status. No início de sua história, a grife era especializada em malas de viagem, bolsas e artigos de couro. Porém, tudo mudou quando a direção de arte da marca passou para as mãos da neta de seu dono, Miuccia Prada, que assumiu os negócios da família em 1978, transformando a Prada numa lançadora de tendências e produtora de “conceitos”. A estilista, em sua juventude, participou de movimentos estudantis e quis trazer para suas coleções uma mulher inteligente, bem informada, ousada e inovadora, bem diferente do estilo feminino e sensual pregado pelo seu conterrâneo Gianni Versace. Logo em seu primeiro desfile de prêt-à-porter, Miuccia causou impacto e ganhou importância. A editora da em sua juventude, participou de Vogue americana, Anna Wintour, chegou a declarar que “Prada é o único motivo para alguém assistir à temporada de moda em Milão”. A estilista, em sua juventude, participou de movimentos estudantis e quis trazer para suas coleções uma mulher inteligente, bem informada, ousada e inovadora, bem diferente do estilo feminino e sensual pregado pelo seu conterrâneo Gianni Versace. Essa grife italiana de luxo também possui outras marcas, como a Miu Miu, voltada para um público mais jovem. A grife foi mencionada em obras como o livro O Diabo Veste Prada, tanto no próprio título quanto nas roupas que os personagens usaram em sua adaptação para o cinema. Também comercializa perfumes em colaboração com a companhia espanhola Puig.
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