Revista chemistry teste

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Bem - Vindos Na nossa primeira edição vamos mostrar o que tem de mais atual e que está sendo discutido no mundo dos Games, Entretenimento, Design e Mídias Sociais. Chemistry é uma revista do mundo geek escrita por mulheres, para mulheres, editada por um Homem. Depois de conferí-la, que tal nos contar o que achou?

Felipe Tessarolo Editor - Chefe

Game Hitman Go..........pg4 E.T. .......................pg 15 Social Media Entretenimento Design Tech


prova que as melhores ideias são as mais simples.

A

penas nesta sexta-feira (11) tomei conhecimento da existência de Hitman GO e estou há mais de quarenta minutos imitando o Silvio Santos quando assiste uma boa peripécia do Ivo Holanda: “Bem bolado, bem bolado” Desenvolvido pela Square Enix Montreal – o primeiro projeto finalizado e original do estúdio, é importante dizer – o novo game do agente 47 é bem diferente dos que nos acostumamos a acompanhar na franquia Hitman. Você ainda controla o careca, ainda mata guardas, mas o plot twist desta brincadeira é que todo

o conceito da série foi transportado para um jogo de tabuleiro, em que os movimentos são limitados por vias desenhadas no cenário, fazendo com que o foco seja no raciocínio e não no stealth ou tiroteios em ambientes 3D. Hitman GO será lançado já na próxima semana para celulares e tablets (primeiro no iOS e logo depois nos dispositivos Android), custando US$ 4,99 (menos de R$ 11). O jogo vem com 68 fases desbloqueadas progressivamente e mais conteúdo já está sendo desenvolvido.


Swiss Style Design reúne pôsteres cinematográficos ao Estilo Suíço

U

m projeto sem fins lucrativos, que se propõe a ser uma vitrine para todos os apaixonados pelo Estilo Suíço. Esta é a proposta do Swiss Style Design, que reúne uma interessante coleção de pôsteres cinematográficos criados segundo os “grids” do estilo internacional, com foco na leitura, objetividade e no aspecto clean. A ideia é reunir trabalhos de designers ao redor do mundo, que desejem enviar suas obras. De “Titanic” a “O Iluminado”, passando por “Superman”, “Cães de Aluguel” e “Transformers”, vale acompanhar este projeto.


Fotografar seu prato finalmente vai fazer algum sentido

S

e depender das tecnologias de reconhecimento de imagem, aquele monte de fotografias de refeições que pipocam no Instagram poderão ter uma real utilidade em breve. A SRI, empresa responsável pela tecnologia por trás da Siri da Apple, está desenvolvendo a Ceres, uma ferramenta capaz de reconhecer os ingredientes da sua refeição e estimar a quantidade de calorias contida neles. Ou seja, além de reconhecer o que tem no seu prato, a Ceres seria capaz também de medir a quantidade de cada item, e com isso calcular quantas calorias você está ingerindo. A tecnologia ainda está em desenvolvimento, e a expectativa é que a Ceres possa chegar ao consumidor dentro de um ano. Se associada à apps de rastreamento de dieta,

como o Lifesum, a Ceres da SRI pode ser uma incrível ferramenta para quem quer fazer uma dieta específica, seja para perder peso ou aumentar a massa muscular.


Matéria de Capa

Breaking Bad e as novas regras da televisão

T

odo mundo tem um amigo que um dia (ou todos os dias) repetiu exaustivamente que você deve assistir “Breaking Bad”. E não é uma simples recomendação, inclua aí doses de histeria: “assista logo!”, “é a melhor série!”, “quem não vê está por fora!”, “se você não assistir sua vida não terá sentido!”, e outras alegações do tipo. Um comportamento talvez, só talvez, um pouco exagerado, e que virou motivo de piada, tipo fã do Iron Maiden, mas que tem fundamento. O fato é: Quando o último episódio da série for

exibido, em 29 de setembro de 2013, não importa se você acompanhou ou não a saga de Walter White e sua família – e nem qual seja o aguardado destino dos personagens – o sarrafo das produções televisivas terá atingido o seu ápice. Pode-se até argumentar que muitos outros programas ainda estão em andamento, e tantos ainda virão, mas o ciclo narrativo e técnico do show da AMC terá impactado as indústrias criativas de forma indelével. Enquanto Hollywood tornou-se conservadora, tentando ser a prova de


falhas com uma obsessão crescente por franquias e blockbusters, os canais de televisão assumiram um comportamento rebelde e arriscado. Claro que números importam, mas as emissoras pagas decidiram que, muitas vezes, o buzz e a influência valem mais do que métricas quantitativas de audiência. Uma das consequências disso como marca é que, em uma época de fragmentação do público, os canais de TV estão conseguindo estabelecer conexão e fidelidade com o espectador, algo que os grandes estúdios de cinema – exceto a Disney/Pixar – não tem. Ninguém espera ansiosamente para ver o próximo filme da Warner Bros. ou da Paramount, por exemplo, esse sentimento depende muito mais do elenco e profissionais envolvidos, mas certamente tem muita gente na expectativa pelo que a HBO, AMC ou Showtime farão a seguir. Outro ponto que também era tido como

exclusivo de Hollywood, e que agora migra para a televisão, é a força dos criadores. Os diretores de cinema sempre foram vistos como as estrelas do show, mas na TV os responsáveis por séries também tem conquistado o status de celebridade, contando com liberdade para controlar todo o processo de produção e sendo reconhecidos por isso. Cresce também o intercâmbio entre meios, com diretores e atores de filmes atuando na televisão,


antes considerada lugar de profissionais de segundo escalão. Aliás, os estúdios é que estão atrás dos ícones das séries para trabalharem em seus filmes. O abismo criativo das histórias serializadas A televisão é uma mídia que, desde sua origem, necessita de uma narrativa que possa se estender indefinidamente. Faz parte do negócio. Uma empresa investe milhões, emprega milhares de pessoas, abre divisões corporativas e coloca sua reputação em risco confiando apenas em uma hora de vídeo ou num novo quadro de programa. O criador, por sua vez, mergulha num abismo criativo, se comprometendo de que a história vai continuar pelo maior tempo possível. A quebra dessa estrutura formal é um dos grandes trunfos de “Breaking Bad”. Concebida desde o início como uma trama com começo, meio e fim, menor quantidade de episódios, mais tempo

dedicado ao roteiro e produção e, principalmente, mais risco criativo na tela. Uma série com essa proposta pode fazer sempre a história caminhar pra frente, com grandes acontecimentos e mudanças entre os personagens, sem a necessidade de passar anos andando de lado pois a emissora não tolera desagradar a audiência. Alguém lembrou de “Dexter” e seu declínio criativo nos últimos anos? Assim como “The Sopranos”, cada episódio de “Breaking Bad” é um trabalho de arte em si. David Chase, em 1999, fez o que era normal: Tinha todo o arco de uma temporada descrito em uma lousa, mas precisava montar uma sala de roteiristas para


desenvolver cada episódio. Essa linha de produção é comum na televisão. Episódios saem como carros em uma fábrica. Enquanto um está sendo filmado, outro já está sendo escrito e produzido por diferentes equipes. Chase quebrou esse padrão, decidindo que queria manter o controle de todo o processo e colocar suas ideias em todos os capítulos. Toda discussão de Gilligan com seu grupo de escritores – sete no total – passa por duas perguntas: 1. Para onde os personagens estão indo?; e 2. O que acontece depois?; É como um jogo de xadrez: “Se movermos esse personagem daqui para lá, quais serão os movimentos das outras peças?”, disse Gilligan num recente Writer’s Panel. Toda ideia supõe uma ação, assim como suas consequências. Lembra do que eu falei sobre andar pra frente e não de lado? O modo como “Breaking Bad” lida com o ritmo da trama é um dos elementos chave da genialidade da série. Corta

caminhos quando você acha que ainda tem muito pra acontecer, deixando para o espectador juntar as peças; ou segura a onda quando parece que o confronto é inevitável, introduzindo flashbacks ou flashforwards de maneira intrigante. O fim é difícil, mas inevitável Restam apenas cinco episódios para o fim – e estes três últimos exibidos foram particularmente brilhantes – um momento difícil para criadores e fãs, mas ainda assim inevitável, nas palavras do próprio Vince Gilligan. Não é exagero dizer que ele deixará um legado no mesmo nível, ou ainda maior, do que David Chase fez com “The Sopranos”. A próxima década do audiovisual terá “Breaking Bad” no seu encalço, com comparações e lembranças, para o bem ou para o mal. Caberá aos estúdios, emissoras e criativos seguirem essa trilha, onde a ousadia é premiada com sucesso e a certeza de que os espectadores estão preparados para ela.



Fotografar seu prato finalmente vai fazer algum sentido

S

e depender das tecnologias de reconhecimento de imagem, aquele monte de fotografias de refeições que pipocam no Instagram poderão ter uma real utilidade em breve. A SRI, empresa responsável pela tecnologia por trás da Siri da Apple, está desenvolvendo a Ceres, uma ferramenta capaz de reconhecer os ingredientes da sua refeição e estimar a quantidade de calorias contida neles. Ou seja, além de reconhecer o que tem no seu prato, a Ceres seria capaz também de medir a quantidade de cada item, e com isso calcular quantas calorias você está ingerindo. A tecnologia ainda está em desenvolvimento, e a expectativa é que a Ceres possa chegar ao consumidor dentro de um ano. Se associada à apps de rastreamento de dieta,

como o Lifesum, a Ceres da SRI pode ser uma incrível ferramenta para quem quer fazer uma dieta específica, seja para perder peso ou aumentar a massa muscular.


Um relógio criado para cegos está chamando a atenção também de quem tem a visão perfeita

G

rande parte dos deficientes tem um desejo em comum: ser

tratado como pessoas normais. Eles obviamente têm necessidades especiais, mas não querem ser vistos como diferentes. Por isso, quanto mais inclusivas e discretas forem as suas adaptações para a vida em sociedade, melhor é a solução. Chamado de Bradley Timepiece, em homenagem ao militar Bradley Snyder, que perdeu sua visão em um acidente no Afeganistão, o relógio permite saber o horário atual a partir de duas bolinhas magnetizadas, que giram em um mostrador metálico, com relevos para a marcação das horas. Basta checar a bolinha que roda na parte externa do círculo para saber as horas e perceber em que posição está a bolinha que gira internamente, que marca os minutos. Tudo muito simples, com reconhecimento tátil e, principalmente, silencioso.


@Instagrambrasil vai destacar talentos da fotografia mobile no país

S

omos um dos cinco maiores públicos do Instagram fora dos Estados Unidos, e temos uma Copa do Mundo batendo à porta e uma Olimpíada por vir. Não são poucos os motivos que fizeram com que o Instagram investisse mais na audiência brasileira, com alguns encontros sendo promovidos pela plataforma aqui no país. Agora, a marca quer também destacar alguns dos principais talentos entre os nossos fotógrafos ‘do cotidiano’ – acaba de ser lançado o perfil InstagramBrasil, que promete incentivar e

nutrir a comunidade de Instagrammers brazucas. A movimentação da comunidade do Instagram Brasil também trará oportunidades aos fotógrafos mobile brasileiros, como é o caso da ação em parceria com a São Paulo Fashion Week. Instagrammers como Danny Zappa, Jayelle Hudson, Flavio Samelo, Alexandre Urch, Juliana Matos e Carolina Sacco (na foto a baixo) serão convidados a comparecer aos desfiles nesta semana e instagramar o evento sob suas próprias estéticas.


Lembra do E.T. do Atari? Estão tentando encontrar o lendário aterro das cópias não vendidas

Q

uando termina uma geração de consoles? Exatamente quando uma empresa lança o sucessor da sua máquina antiga e estabelecida. Mas nem sempre foi assim. Houve uma época em que uma geração inteira de consoles caseiros desmoronou sob o peso da vergonha e da má qualidade de um único jogo: “E.T.”, para o Atari 2600. O jogo baseado no filme “E.T. – o ExtraTerrestre” era tão ruim, mas tão abismalmente despropositado, tão sem critério e sem alma e sem qualquer sombra de algo que pudesse mesmo naquela época ingênua ser considerado game design, e foi fabricado em tamanha quantidade, que sozinho causou um prejuízo tão grande a ponto de ser o estopim para a maior

crise que a indústria dos games já presenciou, até que, alguns anos depois, a Nintendo lançou o NES e teve as manhas de reacender o mercado ao garantir a qualidade dos jogos. Reza a lenda que sobraram tantas cópias não vendidas dele que a solução mais fácil foi encher alguns caminhões e enterrar tudo no deserto americano. O Polygon reporta que, após diversos atrasos e complicações, uma equipe está finalmente com toda a burocracia acertada para começar escavações com o propósito de encontrar as supostas cópias enterradas. E eles não estão fazendo isso apenas porque deu na telha: a ideia é filmar essa escavação para uma sériedocumentário dirigida por Zak Penn.



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