gabriela estefam: portfolio (2016)

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gabriela estefam portfolio


cursos e atividades 2013 curso de história da arte

fevereiro a junho - 32h - curso livre @ mis-sp 2014 curso de software de vídeo: final cut x

julho - 24h - curso livre @ mis-sp 2014 organização xi svm

comissão organizadora: líder da frente de fotografia evento interno @ fau mackenzie 2014 filming architecture

outubro - 16h - participação em workshop dir. gabriel kogan e pedro kok

formação e experiência 2014 - presente arquitetura e urbanismo graduanda pela universidade mackenzie 2016 - presente secretaria do verde e meio ambiente - pmsp

estágio profissional - depave.1, coordenadoria norte 2015 - 2016 iniciação científica pivic “o registro da arquitetura sob as lentes: os espaços capturados e os espaços vivenciados” pivic mackenzie 2015, apoio santander universidades 2016 monitoria em urbanismo II fevereiro a junho @ graduação fau mackenzie disciplina coordenada por prof. dra. viviane rubio

2014 fotografia de arquitetura

abril - 16h - curso interno @ fau mackenzie dir. rafael schmidt

competências autocad revit sketchup rhinoceros illustrator photoshop indesign lightroom pacote office iwork para mac português inglês espanhol italiano

2015 “vale do anhangabaú: oportunidades urbanas”

outubro - 32h - participação em workshop associação entre mackenzie e universitá di ferrara 2016

“arquitetura contemporânea internacional”

julho - 16h - curso livre @ escola da cidade dir. gabriel kogan 2016 “arquitetura & cinema”

outubro - 22h - curso livre via centro pesquisas urbanas dir. gabriel kogan e rodrigo vilella

contato gabi.estefam@gmail.com +55 11 942 733 422 rua rubi, 79 - aclimação são paulo, sp, brasil


sum+33: complexo híbrido

trabalho em desenvolvimento (agosto.2016 - presente)

a proposta de um edifício híbrido nasce na contramão da cidade moderna. a segmentação funcional e o território espraiado com longos percursos se mostraram ineficientes na prática. brasília, a grande obra de arquitetura e urbanismo do século XX, falhou em muitos aspectos. é insustentável continuar pensando na cidade a partir de carros, de pólos monofuncionais e de grandes distâncias a serem percorridas. com o novo plano diretor de são paulo e com a recente implantação de ciclovias, começam a borbulhar discussões sobre mobilidade e o que é ser pedestre em uma grande cidade. richard rogers colabora para a discussão já em 1995: precisamos pensar cidades compactas. a questão se abre, então: o que é uma cidade compacta? como agrupar funções, priorizar o pedestre, pensar na mobilidade como um sistema? a resposta pode começar com um edifício híbrido.


o projeto começa a ser desenvolvido com a produção de um vídeo (leitura sensível do cotidiano) de observação do terreno, seu entorno e as pessoas que estudam, trabalham e circulam por ali. o processo parte para a modelagem física, explorando possibilidades de ocupação, com um paralelo teórico embasado principalmente em alguns artigos escritos por toyo ito (do livro tarzans in the media forest), em jan gehl (cidade para pessoas) e em rem koolhaas (especificamente bigness). a partir destes estudos determina-se um volume a ser desenvolvido, com diretrizes de projeto e partido e s t r u t u ra l j á e s t a b e l e c i d o s . n o s m o m e n to s subsequentes desenvolve-se programa, distribuição e circulações e resoluções técnicas para água, escoamento e maquinários de manutenção. para efeitos de explicação, as coisas são ordenadas. no entanto, não existe uma hierarquia no processo, tudo se descobre e se faz paralelamente.

exercício para a disciplina de projeto VI - mackenzie
 projeto de um edifício híbrido
 habitação, escritórios, comércio e galeria de arte local: estação sumaré do metrô sp x rua capote valente



modu.le.lar

design de móvel em madeira

modu.le.lar é um projeto desenvolvido para duas crianças: joão e mariah. o pedido, feito pela mãe, era de um móvel que pudesse receber brinquedos, cestos de lego, livros e outros objetos e que ficasse ao alcance das crianças. pensando na filosofia montessoriana discutida no projeto de interiores do quarto das mesmas crianças, buscouse desenhar um móvel com possibilidade de interatividade e adaptação, com peças de fácil manuseio e com cores atrativas. o móvel pode ser usado no chão ou nas paredes. a ideia é que ele possa ser reposicionado a cada ano, cada vez mais alto, acompanhando o crescimento e a altura que as mãos de joão e mariah alcançam. duas divisões formam três nichos. todos recebem canaletas coloridas fixas que servem para receber as placas de madeira verticalmente ou horizontalmente. na posição vertical as placas fecham o nicho e fica à mostra a pintura de lousa, onde se pode desenhar e identificar o que está dentro. na posição horizontal a placa transforma o nicho em prateleira. modu.le.lar é um móvel para joão e mariah brincarem com as peças, mudando a configuração das placas e interagindo com o espaço e com os seus objetos não só na hora de brincar, mas na hora de guardar também.


fundamental box

projeto de habitação cúbica

“projetar uma habitação em formato cúbico, com arestas de 6m, utilizando métodos construtivos limpos e leves” - assim foi colocada a proposta para desenvolvimento do projeto. com a leitura dos textos “abc of incremental housing” (elemental architecture) e “cidade para pessoas” (jan gehl) e dos projetos centro cultural gabriela mistral (cristian fernandez arquitectos), sebrae em brasília (luciano margotto + alvaro puntoni) e loja forma (paulo mendes da rocha), surgem esboços de um conceito e a definição de uma proposta cromática alinhada ao uso e exposição dos materiais construtivos. decide-se desenhar dois tipos de unidade, o cubo “a” e o cubo “b”. o conceito é o mesmo: o usuário decidirá sobre seu espaço e, para isso, lhe são fornecidos pontos de água, esgoto e elétrica e não existirão barreiras físicas e compartimentação espacial. o projeto define o fundamental - o restante é decisão do residente. para ambos, a estrutura principal é em aço e coloca-se um mezanino estruturado em madeira atirantado ao piso e teto. os fechamentos são em vidro - com caixilharia de alumínio para maior leveza, painel wall e chapas pivotantes de aço corten perfurado, que funcionam como segunda pele e, ao serem manipuladas, como brise-soleil.

exercício para a disciplina de projeto V - mackenzie
 projeto de habitação em um cubo de arestas 6m sem local de implantação


a diferença entre os cubos está na flexibilidade e pode ser percebida observando as époras dispostas ao lado. o cubo “a” traz os pontos de hidráulica e esgoto em canos expostos em um determinado ponto da planta. é neste eixo que as áreas molhadas podem ser conectadas. paralelamente aparecem trilhos embutidos no chão (piso elevado) e no teto (forro metálico) e assim o mezanino atirantado se torna móvel, permitindo que o usuário mude sua posição conforme for conveniente. o cubo “b” traz os pontos de hidráulica e esgoto concentrados em uma parede. o mezanino atirantado é fixo e sua posição é escolhida para que sirva também como um apoio à parede hidráulica, reduzindo o pé direito das áreas molhadas para três metros ao invés de seis, como é no restante da casa. as unidades habitacionais serão multiplicadas e articuladas entre si, configurando uma quadra. a flexibilidade e a existência de dois tipos de unidade são convenientes para a multiplicação e construção em massa do projeto.


fundamental box x 138

projeto de quadra com habitações cúbicas

da unidade habitacional cúbica, uma quadra. como objetivo geral, a quadra pretende estimular uma cidade para pedestres, com paisagem agradável, em que os meios de mobilidade são o transporte público e os modais ativos. seguindo o conceito de flexibilidade proposto na unidade habitacional a construção é parcial e chega até um certo ponto. o desenho é dado, as unidades são organizadas, a infra-estrutura é disposta. os espaços são livres e pouco compartimentados para que se desenvolvam conforme forem usados.

circulações verticais

módulo: conjunto de habitações + circulações + volume técnico

exercício para a disciplina de projeto V - mackenzie
 desdobramento do exercício anterior
 projeto de quadra com habitações cúbicas

a quadra como um todo: circulações verticais, conjuntos de habitações e volumes técnicos


a circulação térrea é pensada priorizando a fruição pública, buscando trazer as pessoas para dentro da quadra e estimulando o caminhar com as conexões principais e secundárias entre os blocos.

as instalações de água (caixas d’água, boilers e tubulação) são organizadas em dois volumes horizontais, que dão unidade ao conjunto e servem, cada um, metade das unidades. a estrutura destes é em pilares, vigas e treliças.

a volumetria é pensada para a escala humana. a não verticalização propõe uma aproximação da dimensão do corpo e, uma vez que alguns cubos estão soltos do chão, desenha-se uma paisagem mais permeável e agradável.

alinhados aos pilares saem tubos de água. se desejado, a tubulação “individual” pode sair pela lateral do volume e correr até as coberturas das unidades, ficando exposta.

a circulação vertical funciona através de escadas e passarelas no perímetro interno dos blocos de unidades habitacionais.

os volumes, além de organizarem essas instalações, podem receber outras instalações. para garantir essa flexibilidade, os fechamentos são em painel wall, podendo ser retirados ou alterados conforme necessidade.

os acessos às unidades suspensas estão a 2,5m e 4,5m do chão. a circulação no perímetro reforça o desenho das células habitacionais dentro do organismo-quadra, estimulando a relação entre as unidades e seus respectivos habitantes. essa organização simples e funcional cria um segundo nível de passeio, reaproximando o corpo humano da escala dos cubos suspensos, gerando uma segunda camada de movimento na quadra.

as unidades de uso público dispostas na quadra (em azul, diagrama superior), além de ampararem algumas necessidades dos habitantes do conjunto, também atraem usuários externos, reforçando a ideia de uma quadra aberta e permeável, reafirmando a rua e os vazios urbanos como espaços a serem apropriados e usados, estimulando os pequenos comércios e o convívio entre os habitantes e a população local.


ensaio sobre o vazio

recinto

"eu diria que a linha na maioria das vezes estimula o vazio. não estou certa de que a palavra estimular esteja correta. algo assim. se qualquer modo, o que importa na minha obra é o vazio, ativamente o vazio.” - mira schendel a cidade de kowloon, em hong kong, “nasceu” murada em 1898 abrigando 700 habitantes e foi destruída em 1990, após atingir caos construtivo e abrigar 50.000 pessoas em 2,7 hectares. na época, a área de 213m x 126m possuía apenas um único grande vazio, próximo ao extremo leste da quadra. essa cidade foi escolhida como cenário especulativo para o recinto, sendo usada como ponto de partida para explorar e questionar as sensações e relações do corpo humano com o vazio. a partir da modelagem da cidade e de sua observação, desenhou-se um vazio quadrado e alguns acessos, fundando o desenvolvimento formal do recinto.

processo de modelagem virtual a reconstrução da cidade de kowloon e o desenho de um vazio central que pode ser acessado por quatro caminhos

plantas esquemáticas do projeto em azul os volumes cheios e em branco os vazios


amarrações de tijolo utilizadas no projeto
 à esquerda, trama restrita
 à direita, trama semi permeável


os tijolos utilizados no projeto são de cerâmica, trazem as dimensões de 5cm x 10cm x 20cm e são amarrados com argamassa simples recuada. são pensadas 3 amarrações para o projeto e, com elas, três “níveis” de permeabilidade, criando uma dinâmica de luz e texturas ao longo do recinto. os muros travam uns aos outros, uma vez que cada volume compositor do cheio é composto de 4 planos que se interseccionam nas extremidades.

após remodelagem, a matriz da cidade, caótica e sem respiros, recebeu um plano de 50m x 50m. então, a subversão: a construção do cheio para contemplação do vazio. kowloon passa por uma redução abstrata - de cidade é suprimida para a escala do vazio que a compunha (um plano quadrado de 50m x 50m). as edificações são transformadas em volumes de quatro planos, todos com a mesma altura, dando rigidez à escala e unidade ao conjunto, valorizando os vazios criados no interior da composição. quatro acessos são definidos e conduzem ao vazio central através de rasgos na composição, variando de 60 a 90cm de largura, a fim de proporcionalmente reforçar a opressão da escala humana. aqui, se faz presente a ideia de “filtro”: de um campo externo, o visitante é conduzido por esse espaço linear denso e então encontra o vazio, podendo contemplá-lo em meio aos planos e texturas.

exercício: recinto em um plano de 50m x 50m materialidade obrigatória: blocos de cerâmica
 disciplina de projeto v - mackenzie


a importância da escala humana

série de fotos desenvolvida para trabalho de iniciação científica


a pesquisa, iniciada em fevereiro/2015 e bonificada em seu desempenho pelo santander universidades em dezembro/2015, discute a importância da escala humana na fotografia de arquitetura através do conceito de “momento decisivo” de cartierbresson e se pautando em algumas das discussões colocadas por cristiano mascaro em seu mestrado. paralelo à produção escrita, uma série de fotografias é desenvolvida. são feitas viagens à itália e ao inhotim no período, experimentando e estudando como se daria o produto final prático. o museu da memória e direitos humanos em santiago do chile, projeto do estúdio américa, é definido como projeto âncora. as fotos são pensadas de acordo com as discussões teóricas resultantes do artigo. para cada um dos tópicos dos resultados existe uma composição de fotos que o explicita. o produto final fotográfico é um fotolivro, impresso, encadernado à mão, disponível em uma cópia. o projeto foi concluído em abril/2016 e apresentado à banca, com sucesso, em setembro/2016. ao lado esquerdo, as composições “livre” e “pisada”. à direita, a fotografia “escola”.


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