TFG - EIXO CULTURAL - Requalificação do bairro Fundinho de Uberlândia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO ARQUITETURA E URBANISMO

GABRIELA GUEDES COSTA

UBERLÂNDIA 2018

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

Trabalho apresentado pela aluna Gabriela Guedes Costa para conclusão do curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, no Centro Universitário do Triângulo, Sob orientação do Prof. Ms. Clayton França Carili.

UBERLÂNDIA 2018

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INTRODUÇÃO

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INTERVENÇÕES URBANAS

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1.1 Requalificação da Paisagem - Revitalização, Renovação e Gentrificação 1.2 Perspectiva Histórica das Intervenções Urbanas 1.3 Centro Histórico - Conceito e Definição

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LAZER NOTURNO

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2.1 Lazer e Lazer Noturno - Conceito e Definição 2.2 A Importância do Lazer Noturno 2.3 Variáveis que afetam o Lazer Noturno

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ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE UBERLÂNDIA

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3.1 Evolução Urbana da Cidade de Uberlândia 3.2 Memórias do Bairro Fundinho 3.4 O Processo de Degradação da Área Central e Porquê Intervir

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

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4.1 Requalificação da Praça Diogo Vasconcelos 4.2 Requalificação da Rua Oscar Freire 4.3 Revitalização do Centro Histórico de Curitiba 4.4 Revitalização do Bairro Wynwood

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SUMÁRIO

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DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE ESTUDO

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5.1 Localização e Caracterização da Área 5.2 Análise Morfológica 5.3 Análise Bioclimáticas

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PROJETO

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6.1 Conceito 6.2 Plano de Ações 6.3 Setorização 6.4 Proposta Projetual 6.5 Mobiliário Urbano

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS

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LISTA DE FIGURAS 13 FIGURA 01: Centro Histórico de Recife - PE 14 FIGURA 02: Fachadas revitalizadas do bairro Pelourinho, Salvador, Bahia 15 FIGURA 03: Protesto contra a gentrificação do bairro Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo 19 FIGURA 04: Evento Fundinho Festival de Jazz e Blues na Pç. Clarimundo Carneiro, Uberlândia 20 FIGURA 05: Frequentadores dos bares no Largo do Guimarães - RJ 21 FIGURA 06: Festival de cerveja nos bares Meatpack e WhataFuck em Curitiba - PR 22 FIGURA 07: Jovens ocupando a praça Roosevelt - SP 23 FIGURA 08: Frequentadores do bar Zona Lazt - BH 25 FIGURA 09: Congado em frente a Igreja do Rosário, Uberlândia 26 FIGURA 10: Esquema de localização da cidade de Uberlândia 26 FIGURA 11: Mapa de São Pedro de Uberabinha 28 FIGURA 12: Dados demográficos de 2010 fornecidos pelo IBGE 28 FIGURA 13: Terminais do SIT 29 FIGURA 14: Planta do Patrimônio da Matriz de Uberlândia 29 FIGURA 15: Antiga Igreja Matriz N. Senhora do Carmo, demolida em 1943 30 FIGURA 16: Mapa da cidade de Uberlândia 1915 30 FIGURA 17: Arquitetura eclética do bairro Fundinho 31 FIGURA 18: Bairro Fundinho nas décadas 1920/1930 32 FIGURA 19: Esquema de localização das imagens históricas 32 FIGURA 20: Coreto antigamente 32 FIGURA 21: Cruzamento da Av. João Pinheiro com a R. Goiás 33 FIGURA 23: Antiga estação rodoviária 33 FIGURA 24: Av. Afonso Pena, 1950 33 FIGURA 25: R. XV de Novembro 33 FIGURA 26: Largo do comércio 37 FIGURA 27: Largo da Ordem, Curitiba 38 FIGURA 28: Evento na praça Savassi 39 FIGURA 29: Esquema de localização da Praça Diogo Vasconcelos 40 FIGURA 30: Praça da Savassi 41 FIGURA 31: Projeto Praça Diogo Vasconcelos 41 FIGURA 32: Cruzamento da praça Savassi 42 FIGURA 33: Mobiliário urbano de inox e concreto 42 FIGURA 34: Jardineira com assento 42 FIGURA 35: Evento realizado durante a copa de 2014 42 FIGURA 36: Bares bem movimentados FIGURA 37: Imagem eletrônica ilustrativa do projeto de iluminação pública, arborização e mobiliário 43 urbano 43 FIGURA 38: Imagem eletrônica ilustrativa do projeto 43 FIGURA 39: Calçadão conectado a Praça da Savassi 44 FIGURA 40: Fachada da loja SCHUTZ na R. Oscar Freire 45 FIGURA 41: Esquema de localização da rua Oscar Freire 46 FIGURA 42: Rua Oscar Freire 46 FIGURA 43: Esquema de Iluminação 44 FIGURA 44: Poste de iluminação na Rua Oscar Freire FIGURA 45: Imagem 1 - Postes e cabeamentos aéreos. Imagem 2 - Postes e cabeamentos subterrâne- 44 os.

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FIGURA 46: Calçada da Rua Oscar Freire FIGURA 47: Rua Oscar Freire FIGURA 48: Levantamento de como era o paisagismo da rua Oscar Freire e seu entorno FIGURA 49: Como ficou o projeto de paisagismo da rua Oscar Freire e seu entorno FIGURA 50: Restaurante na R. Oscar Freire FIGURA 51: Lixeira e bancos na Rua Oscar Freire FIGURA 52: Esquema de Valet/ Carga e Descarga FIGURA 53: Lojas da Oscar Freire FIGURA 54: Fachada de imóvel n°58 na R. São Francisco FIGURA 55: Esquema de localização do centro de Curitiba FIGURA 56: Localização dos locais de intervenções no Centro Histórico de Curitiba FIGURA 57: Rua São Francisco revitalizada FIGURA 58: Rua Riachuelo revitalizada FIGURA 59: Praça Bolso do Ciclista na Rua São Francisco FIGURA 60: Rua São Francisco revitalizada FIGURA 61: Calçadas R. São Francisco FIGURA 62: Iluminação do Centro Histórico de Curitiba FIGURA 63: Fachadas revitalizadas na Rua Riachuelo FIGURA 64: Proposta de cores para fachada, Rua Mateus Leme,38 FIGURA 65: Proposta de cores para fachada, Rua Duque de Caxias,14 FIGURA 66: Largo da Ordem, Histórico de Curitiba FIGURA 67: Entrada Wynwood Walls FIGURA 68: Esquema de localização de Miami FIGURA 69: Entrada Wynwood Walls FIGURA 70: Galeria no bairro Wynwood FIGURA 71: Escultura e grafite no bairro Wynwood FIGURA 72: Evento Gallery Night Art Walk FIGURA 73: Evento Gallery Night Art Walk FIGURA 74: Grafite feito pelo artista brasileiro Eduardo Kobra em Wynwood Walls FIGURA 75: Vista superior do bairro Fundinho FIGURA 76: Esquema de localização da cidade de Uberlândia FIGURA 77: Esquema de localização da região central da cidade de Uberlândia FIGURA 78: Esquema de localização de alguns patrimônios históricos FIGURA 79: Mapa de Uso e Ocupação do Solo FIGURA 80: Mapa de Gabarito FIGURA 81: Mapa de Espaços Construídos FIGURA 82: Mapa de Espaços Privados FIGURA 83: Mapa do Sistema Viário FIGURA 84: Mapa de Morfologia Urbana FIGURA 85: Mapa de edificações e Espaços Tombados FIGURA 86: Teatro Rondon Pacheco FIGURA 87: Oficina Cultural de Uberlândia FIGURA 88: Palácio dos Leões FIGURA 89: Igreja do Rosário FIGURA 90: Biblioteca Pública Municipal FIGURA 91: E.E Enéas de Oliveira Guimarães

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FIGURA 92: Palacete Naghettini FIGURA 93: Igreja Nossa Senhora das Dores FIGURA 94: Casa da Cultura FIGURA 95: Mapa de Edificações e Espaços Inventariados FIGURA 96: Pç. Coronel Carneiro, 72 FIGURA 97: Colégio Ressurreição Nossa Senhora FIGURA 98: MUnA - Museu Universitário de Arte FIGURA 99: R. Tiradentes, 194 FIGURA 100: R. Tiradentes, 77 FIGURA 101: R. Marechal Deodoro da Fonseca, 52 FIGURA 102: R. Quinze de Novembro, 46 FIGURA 103: R. Barão de Camargos, 614 FIGURA 104: R. Bernardo Guimarães, 89 FIGURA 105: Av. Afonso Pena, 73 FIGURA 106: Pç. Rui Barbosa FIGURA 107: R. Santos Dumont, 738 FIGURA 108: R. Santos Dumont, 610 FIGURA 109: R. Afonso Pena, 191 FIGURA 110: Av. João Pinheiro, 263 FIGURA 111: Mapa de percepção ambiental FIGURA 112: Mapa de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas FIGURA 113: Mapa de Estacionamentos e Espaços Vazios FIGURA 114: Mapa Bioclimático FIGURA 115: Cartas Solares FIGURA 116: Mapa de Gabarito com Esquema Climático FIGURA 117: Área de intervenção FIGURA 118: Ilustração do conceito e partido FIGURA 119: Tabela Plano de Ações FIGURA 120: Ferramentas de intervenções FIGURA 121: Setorização FIGURA 122: Fluxo de automóveis FIGURA 123: Traçado Urbano existente FIGURA 124: Biblioteca Municipal JK FIGURA 125: Praça Cícero Macedo FIGURA 126: Fachada GAU atualmente FIGURA 127: Fachada GAU atualmente FIGURA 128: Estacionamentos na área atualmente FIGURA 129: Detalhe laje nervurada FIGURA 130: Execução da laje nervurada FIGURA 131: Detalhe textura em concreto FIGURA 132: Alvenaria com blocos de concreto FIGURA 133: Terreno de intervenção atualmente FIGURA 134: Ferramentas de intervenções

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introdução A requalificação urbana é de grande importância para os espaços urbanos e também para a população, pois ela busca trazer qualidade de vida a quem ocupa. Assim a requalificação proporciona a recuperação e construção de equipamentos e infraestruturas, trazendo a valorização do espaço público através de melhorias urbanas. Ela inclui processos de mudanças em uma área urbana com o conceito de dar uma nova função, diferente daquela preexistente. O objetivo deste trabalho é propor a requalificação da área central da cidade de Uberlândia, pois é caracterizada por abrigar espaços urbanos e construções de grande valor histórico para a cidade. Sendo assim, transformar essa área em um local que traga cultura e lazer para a população, dando a ideia de um Eixo Cultural. O projeto contribuirá para a produção de espaços voltados para cultura e lazer, visando que se torne um atrativo turístico para a cidade de Uberlândia. Logo o projeto busca preservação da história e a valoriza-

ção do espaço público, trazendo qualidade de vida para a população. A metodologia foi realizada por meio de pesquisas em livros, artigos, publicações em sites e etc. Foram feitas visitas ao local, para que pudesse ser analisado e compreendido o espaço do projeto. Também foi realizada a análise de quatro projetos, em busca da melhor compreensão do tema e enriquecimento do projeto. São eles: Requalificação da Pç. Diogo de Vasconcelos - BH, Requalificação da R. Oscar Freire - SP, Revitalização do Centro Histórico de Curitiba - PR, Revitalização do Bairro Wynwood - Miami. Finalizando, o trabalho se estrutura em 6 capítulos. O primeiro capítulo se refere a análise dos tipos de intervenções urbanas. O segundo aborda o que é o lazer noturno, sua importância e suas variáveis. O terceiro é uma compreensão e análise aprofundada na história da área do projeto. O quarto capítulo são as referências projetuais. Os capítulos cinco e seis apresentam o diagnóstico e o desenvolvimento do projeto.

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intervenções urbanas

Figura 01. Centro Histórico de Recife - PE. Fonte: YouTube, editado pela autora.

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1.1 REQUALIFICAÇÃO DA PAISAGEM - REVITALIZAÇÃO, RENOVAÇÃO E GENTRIFICAÇÃO Os centros das cidades são identificados como lugares mais dinâmicos da vida urbana, caracterizado pelo fluxo de pessoas e a grande concentração de atividades em um mesmo local. No entanto, devido o crescimento urbano acelerado essa ideia de centro começou a se expandir por uma rede de subcentros como, centro histórico, centro de negócios, centro tradicional, centro de mercado, centro principal ou apenas, centro. Esse processo alavancou a deterioração das áreas centrais, onde esses subcentros passaram a competir com o centro principal. Os conceitos de deterioração e degradação urbana estão frequentemente associados á perda de sua função, ao dano ou a ruína das estruturas físicas, ou ao rebaixamento do nível do valor das transações econômicas de um determinado lugar. Deteriorar é equivalente a estragar, piorar e inferiorizar. Já a palavra degradação significa aviltamento, rebaixamento, desmoronamento. (CASTILHO, 2004)

A recuperação dos centros significa melhorar a imagem da cidade, promover a reutilização de seus edifícios levando a valorização do patrimônio histórico, aprimorar o uso da infraestrutura já existente, impul-

sionar o comércio e também gerar novos empregos. É importante relacionar o processo de requalificação a evolução urbana. A arquitetura e urbanismo tem produzido muito sobre intervenções urbanas, objetivando a revitalização e requalificação das cidades. A necessidade de intervenção em centros urbanos não é apenas para que se conserve o que já é existente, mas também pela necessidade de restaurar a identidade dos espaços e das pessoas com que se relaciona. Segundo Marques (2014, p.6), “existem termos específicos para diversas formas de intervenções urbanas, são eles: Requalificação, Revitalização, Renovação e Gentrificação”. Os processos de intervenções em centros urbanos podem ser divididos em três períodos principais: Renovação Urbana, relativo as décadas de 1950 e 1960; Preservação Urbana, desenvolvido nas décadas de 1970 e 1980; e Reinvenção Urbana, nascido por volta da década de 1990 e prolongado até os dias atuais. (VARGAS e CASTILHO, 2015, p.5)

A Renovação Urbana ocorre entre o período de 1950 até 1970. Esse tipo de intervenção parte dos princípios modernistas

Figura 02. Fachadas Revitalizadas do Bairro Pelourinho, Salvador, Bahia. Fonte: VIVA Salvador

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e está ligada a ideia de demolição do que se considera antigo e ultrapassado, substituindo por novas construções com características diferentes, visando uma renovação do espaço. A Revitalização Urbana se sobressai entre a década de 1970 até 1990 e vem em direção oposta aos ideais do movimento anterior. Tem como prioridade a recuperação de áreas degradadas mantendo a identidade original do espaço e sua importância histórica, assim influenciando na melhoria do ambiente urbano e nas condições socioeconômicas. A Gentrificação Urbana abrange o período de 1980 até 2000, ela é a junção dos empreendedores imobiliários com o setor publico, tendo o incentivo direto da indústria

de comunicação, buscando a atender pessoas e grupos de diversos tipos. Ela faz com que o território se transforme em mercadoria para ser consumida por pessoas de renda elevada. Essa intervenção urbana busca recuperar a economia da cidade, investindo em determinadas áreas, dando a elas um caráter nobre. De acordo com Monteiro (2002) “Pode ser dito que gentrificação é a conversão de uma área antiga, em um bairro mais afluente, pela reforma das habitações, resultando em um aumento do valor dos imóveis, e a expulsão da população original mais pobre”. Não se tem apenas um conceito ou teoria para os tipos de Requalificações Urbanas, a paisagem vai sendo modificada e reutilizada de acordo com a necessidade de cada local. O processo de requalificação da

Figura 03. Protesto contra a gentrificação do bairro Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo. Fonte: Dzeitrs, editado pela autora.

paisagem traz diversos privilégios pois busca oferecer novos usos ao espaço, e assim recuperando áreas, prédios, oferecendo pos-

sibilidades de crescimento, ou até mesmo o aumento da visibilidade e do turismo.

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1.2 PERSPECTIVA HISTÓRICA DAS INTERVENÇÕES URBANAS Com o tempo passou a se compreender que a urbanização é como um processo, onde as cidades são resultados de transformações que aconteceram ao longo do tempo. Como exemplo a revolução industrial, onde a indústria acelerou o crescimento das cidades, provocando um grande impacto sobre o urbano. A revitalização de centros urbanos surge em contrapartida a renovação urbana que predominaram as intervenções urbanísticas entre as décadas de 1930 e 1970, marcadas pelo urbanismo modernista. A configuração da paisagem urbana no princípio do século XX, não levavam em consideração, ou se preocupavam com a beleza, buscavam mais a funcionalidade e por conta disso acabavam causando uma poluição visual, causada pela modernidade, telefones, eletricidade, mobiliário urbano e etc. e também cada vez mais a presença de automóveis. (MARQUES, 2014, p.7)

Mas foi com a solidificação de uma sociedade capitalista, voltada para a indústria e consumo que se aumentou os problemas enfrentados pelas cidades. E assim começaram a visar procedimentos e ideias que melhorassem as condições de vida. O planejamento da cidade tinha como objetivo oferecer grandes soluções a todos os problemas urbanos, ou pela construção radical para o embelezamento das cidades ou pela construção de cidades-jardins completamente novas. Segundo Relph (1985), citada por Marques (2014, p.9) destaca como soluções da época: •Determinação de padrões de construção que visavam melhorar o desenvolvimento das habitações; •Arranjos das cidades que primava á revitalização das fachadas e tentando diminuir o caráter industrial; •Criação de cidades modelos (séc.

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XIX) , que contassem em áreas separadas, com casas, parque, biblioteca, lojas, teatros e circuito ferroviário. Foi a partir da Segunda Guerra, que surgiram leis que ressaltavam a criação de planos oficiais de urbanização. Segundo Relph (1987), citada por Marques (2014, p.9) destaca-se três medidas que se tornaram padrões nesses planos, foram eles: Unidade de Vizinhança, que ordenava que as escolas e outras instituições deveriam estar localizadas nas áreas centrais das cidades, e o comércio na periferia, as avenidas deveriam ser conforme o número de habitantes e conter 10% de área livre; Princípio de Radburn, que adota os mesmo princípio da unidade da vizinhança, mas adaptando-as para veículos; Zoneamento das Áreas, que fundava-se em situar as diferentes áreas da cidade segundo as funções que desempenhavam, para controlar seus usos e determinar padrões específicos de construção. Essas idéias foram sendo adequadas e até hoje podemos captar suas influências. No Brasil podemos destacar quatro períodos na evolução do urbanismo segundo Pereira (2009), citada por Marques (2014, p.10). São eles: A primeira República (1880 – 1830): Buscava-se a cidade bela e limpa, e assim era feito a expulsão de negros e índios. As intervenções da época eram consideradas higienistas, que iam desde o controle de epidemias quanto a exclusão social, assim enviando os pobres para os morros e lugares distantes. Período Vargas (1930 – 1950): Foi um período populista, incentivado a ocupação de áreas desocupadas, com o intuito de romper com os desequilíbrios regionais estimulando a migração. A Era do desenvolvimento (a partir de


1950): Foi marcada por uma acelerada modernização, apoiada sobretudo na internacionalização da economia e na industrialização. Nessa fase a urbanização se torna intensa, e gera problemas como crescimento desordenado, migrações descontroladas, provocando o aumentando das desigualdades sociais e

econômicas. Apenas no fim do século 20 que surge a preocupação com as questões ambientais, e assim essas idéias começam a serem desenvolvidas no Brasil, como reflexo das influencias internacionais.

1.3 CENTRO HISTÓRICO - CONCEITO E DEFINIÇÃO Na antiguidade as cidades eram produtos das sociedades que as construíram fisicamente e culturalmente. De fato desde as pequenas aglomerações urbanas a atuais metrópoles, as cidades sempre concentraram importantes funções sociais, econômicas, patrimoniais e cívicas. Todo esse conjunto de atividades que constituem a vida urbana desempenhadas pelas cidades tinham o seu eixo de origem na área mais central, assim definido como centro histórico. A definição de Centro, implica a presença de uma cidade de diversidade étnica, portadora de processos históricos (CARRION, 1998). O conceito de Centro Histórico está associado á origem do núcleo urbano, consequentemente, á valorização do passado (CARRION, 1998). Os centros Históricos além de serem as partes mais antigas da cidade, é composto por testemunhos de várias épocas, mantendo vivo o passado e mostrando a sequencia dos fatos que estruturaram as identidades das cidades (BARATA SALGUEIRO, 2005). Contudo, o centro histórico de uma cidade é definido como o lugar central em relação ao restante da área construída, sendo definido pelo seu “poder de atração sobre os habitantes e turistas, como foco polarizador

da vida econômica e social” (CAVEM, 2007). Este núcleo corresponde assim ao centro funcional tradicional das cidades, que mesmo apesar de ter perdido alguma atratividade e se tornado menos acessível que outras áreas novas, segundo Cavém (2007) ele sempre irá permanecer como a parte antiga da cidade, e isso explica que o elemento mais marcante de um centro histórico na atualidade seja a sua imagem representativa. Gaspar (1985) afirma que em uma cidade, independente da sua dimensão, sempre possuirá uma área mais sensível e que melhor transpassa o próprio valor da cidade. Os núcleos históricos ao serem uma parte integrante do centro urbano antigo das cidades, constituem-se como vários elementos urbanos de valor histórico, devido a sua homogeneidade é considerado representativo de valores culturais, urbanísticos e arquitetônicos, no qual é importante preservar a memória (DGOTDU, 2005). Segundo Barata Salgueiro (1999), a memória coletiva é como um quadro de referências, sendo ele fundamental para o equilíbrio psicológico necessário para reagir as constantes mudanças que parecem nas cidades.

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lazer noturno

Figura 04. Evento Fundinho Festival de Jazz e Blues na Pç. Clarimundo Carneiro, Uberlândia. Fonte: Fundinho Festival, editado pela autora.

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2.1 LAZER E LAZER NOTURNO - CONCEITO E DEFINIÇÃO Para o entendimento da conceituação de lazer noturno é preciso abordar a princípio os conceitos de lazer. Nas sociedades industriais o conceito de lazer era quase inexistente. Foi apenas com a revolução industrial e a conquista dos trabalhadores pela redução da carga horária de trabalho, que o tempo livre para diversão e descanso passou a ser valorizado e encarado como mercadoria (SANTOS, 1999). Com tal redução do tempo de trabalho as pessoas buscavam outras formas de utilizar o tempo livre além do descanso. O lazer é um conjunto de ocupações ás quais o individuo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. (DUMAZEDIER, 2000, p.34)

O lazer é o espaço de tempo que as pessoas têm de folga para fazer o que bem lhes, agrada, uma vez já cumpridas suas obrigações e as necessidades de vida e se carac-

teriza pela livre escolha, não obrigatoriedade, desinteresse e satisfação pessoal (SOARES JR. e CARNEIRO, 2009). Dumazedier (2000) e Trigo (1998) ainda descrevem que lazer são as horas destinadas a atividades não profissionais, momentos de diversão, sociabilidade, passeios ou, simplesmente, contemplação, somente possível no tempo livre dos indivíduos. Uma das primeiras e definitivas instituições a buscar uma ocupação para o tempo livre das pessoas foi a chamada indústria cultural, que começa a trazer grandes transformações para a cidade e seus usuários. Musica, cinema, arte, tudo é transformado em mercadoria para a satisfação dos indivíduos (SOUZA, 2006). A partir de 1950, o lazer não aparece apenas como atividade gratuita, espontânea e prazerosa, mas como consumo, transformando a indústria do lazer em uma potência comercial (BARRAL, 2006). Assim, percebe-se que cada vez mais, as pessoas tem valorizado o lazer, e o considerado de grande valor em suas vidas.

Figura 05. Frequentadores dos bares no Largo do Guimarães - RJ. Fonte: Mochila Brasil

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Figura 06. Festival de cerveja nos bares Meatpack e WhataFuck em Curitiba - PR. Fonte: Bem Parana

A definição de lazer noturno está baseada no conceito de lazer, porém se refere a atividades de divertimento e entretenimento que ocorrem no período estipulado como pós-trabalho ou descanso. É ou anoitecer que as ruas e fachadas ganham iluminação, as mesas ocupam as calçadas e com o aumento de fluxo de pessoas na rua o lazer noturno vai ganhando vida. A noite faz-se na conjugação da oferta e da procura. Soa artificial desconecta-las. Não é possível imaginar, por exemplo um Irish pub, sem a gente que o frequenta e sustenta a cultura que lhe é própria. Mas o observador rapidamente se apercebe que a oferta da noite é fisicamente diversificada. Há discotecas, bares, pubs, cafés. Espaços abertos para a rua, outros para o lado da falésia, outros ainda em lugares mais recônditos, fora da vista de quem anda na rua em que a noite rola. Há também diversificação funcional, mesmo especialização, pelo menos em alguns casos. Espaços mais voltados para a dança; outros proporcionando sociabilidades, ás vezes

amenas, outras exaltadas, em torno da bebida, outros ainda mais ruidosos, fazendo a musica o seu leitmotiv. (FERREIRA, 2007, p.4)

O lazer noturno está fortemente associada a atividades de serviço. Segundo Souza (2006) o lazer como atividade econômica pode ser caracterizado como serviço, entretanto chegar a uma única definição de serviço é uma tarefa difícil. Uma das definições que se aplica a este estudo é a de que “serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico” (KOTLER, 2000, p.448). Logo o lazer no período da noite é fortemente presentado por um mercado turístico e de entretenimento , pois está associados a estabelecimentos que proporcionam diversão, lazer e prazer aos clientes através da musica, comida, bebida, shows e diversos outros atrativos.

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2.2 A IMPORTÂNCIA DO LAZER NOTURNO A vida noturna das grandes cidades sempre despertou atração nas pessoas e isso é retratado em filmes, poemas e musicas que envolvem o ambiente noturno. Em alguns lugares percebe-se que a vida noturna é tão importante para a economia da cidade que expressões como “a cidade nunca dorme” ou a denominação de bairro ou rua boêmia se tornam a identidade de determinados locais (VIEGAS-LEE e ROCHA, 2004). A procura da noite tornou-se frequente na vida da cidade moderna. A noite é cartão de visita em muitas delas e também e simbolo de modernidade para muitas cidades que se regeneram a partir da definição de novas funções para os seus antigos e decadentes centros históricos (FERREIRA, 2007). Atualmente, a cultura depende cada vez mais dos ideais e da maneira de como o lazer é praticado, e é através das atividades de lazer que se compreende o conjunto de valores e o modo de como são vividos pelas várias classes ou categorias sociais (DUMAZEDIER, 2000). O ambiente noturno, os bares, a bebida, a iluminação indireta e outras características estimulam a auto apreciação, a necessidade de aprovação social, de status,

prestígio e consideração, além do desejo da força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. O lazer noturno se apresenta como estilo de vida, de movimento, de alegria, de animação, de provocação de estímulos. Inclusive, muitas Reuniões e movimentos políticos surgiram em uma mesa de bar (BARRAL, 2006; KOTLER, 2000; SANTOS, 1999). Tanto Almeida (2003) e Ferreira (2007) entendem que o lazer noturno transformou a “noite” em uma categoria primordialmente espacial, com um circuito que passam por distintos lugares, tais como festas, bares, boates, restaurantes, shoppings, cinemas, lojas de conveniência e etc. Esse fluxo de pessoas em busca de ambientes de lazer no período da noite representa cada vez mais uma parcela considerável do setor de comércio e serviço das grandes cidades, e assim como a venda de produtos, a venda de serviço ajuda a manter a atividade do mercado. Nos locais que apresentam uma grande concentração de comércio geralmente percebe-se a presença de outras atividades, se aproveitando desse ambiente, tais como infraestrutura, estacionamento, serviço de manobrista, táxis, que tendem a surgir no entorno desses locais (JACOBS, 2000).

Figura 07. Jovens ocupando a praça Roosevelt - SP. Fonte: Ujs.org

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Figura 08. Frequentadores do bar Zona Lazt - BH. Fonte: OCluster

2.3 VARIÁVEIS QUE AFETAM O LAZER NOTURNO Os aspectos físicos do ambiente e sua estrutura espacial influenciam nas atividades em intensidades e modos diferentes e podem afetar a maneira como os espaços são socialmente definidos e utilizados (GEHL, 1987). Entre as características das configurações do espaço urbano que podem influenciar na satisfação e preferencia de locais de lazer noturno, se enfatiza a importância de fatores como acessibilidade, aglomeração de atividades e percepção de segurança no uso e apropriação dos espaços. Através dessa configuração é possível compreender como os espaços se relacionam entre si e de que forma isso acontece (HILLER e HANSON, 1984). Além das características de configuração urbana, outras diversas características do espaço são consideradas relevantes para a satisfação e preferencia dos usuários. Em relação a qualidade visual, existe um certo grau de interesse relacionado á avaliação positiva do meio pelo individuo, inclusive em centros comerciais, onde o interesse representa uma dimensão avaliativa na qualidade visual relevante (WEBER 1995). Segundo Gehl (1987) um ambiente se

torna agradável sob todos os aspectos quando é protegido do crime, tráfego, clima e possui qualidades estéticas. São vários os fatores que contribuem para a qualidade dos locais, tais como composição, estrutura do local, organização e uso do espaço, um bom planejamento e adequação das ruas e calçadas, estacionamentos, elementos como vegetação, mobiliário, marcos visuais e etc. O espaço construído é um aspecto fundamental do ambiente e tem impactos nos meios biológicos, social e psicológico, instruindo o que é possível fazer e apontando para novas atividades possíveis de serem desenvolvidas em um lugar (LYNCH, 1997). A influência das características configuracionais e formais do espaço urbano é importante para a avaliação de desempenho dos espaços de lazer noturno. São muitas variáveis que interferem na satisfação e preferencia de seus usuários, como acessibilidade e potencial de locomoção, segurança, características do entorno e das edificações, características internas das edificações, iluminação, adequação e também o conforto térmico e acústico.

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A CIDADE DE UBERLÂNDIA

Figura 09. Congado em frente a Igreja do Rosário, Uberlândia. Fonte: Breves Instantes, editado pela autora.

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3.1 EVOLUÇÃO URBANA DA CIDADE DE UBERLÂNDIA A cidade de Uberlândia está localizada na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, no Estado de Minas Gerais, possuindo uma área total de 4.115 quilômetros quadrados de área urbana e 3.896 quilômetros quadrados de área rural. O município teve sua origem relacio-

nada às primeiras Bandeiras. No início de século XIX, aproximadamente em 1818, quando os mineradores e tropeiros passavam pela região com destino a Goiás e Mato Grosso. Com o fim da mineração ocuparam o território e desenvolveram outras atividades como agropecuária e agricultura.

Figura 10. Esquema de localização da cidade de Uberlândia. Elaborado pela autora. Desenho 1 - Minas Gerais, Desenho 2 Mesorregião Alto Paranaíba.

Por volta de 1835 a cidade teve seu surgimento na Fazenda “Tenda” localizada entre o Rio Uberabinha e Córrego São Pedro, que foi emancipada no ano de 1888. Uberlândia é uma cidade que como muitas nasceu no entorno de uma capela. “Á medida que ocorria o reconhecimento das categorias eclesiásticas para uma construção, quais sejam capela, paróquia e matriz, o reconhecimento civil do povoamento era simultâneo, ou seja, a construção da capela sinalizava o povoado, a paróquia designava o arraial e, por fim, a matriz designava a freguesia”. (...) “Com o adensamento e crescimento do primeiro núcleo “urbano”, a freguesia ganhava o status de vila” (DANTAS, 2008, p. 23-24). Figura 11. Mapa de São Pedro de Uberabinha 1856. Fonte: Prefeitura de Uberlândia editado pela autora.

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O principal marco da primeira fase de urbanização do município foi a construção da estação da estrada de ferro Mogiana, inaugurada em 1895. A estação revigorava a possibilidade da cidade ser conhecida não somente regionalmente. A cidade era construída por vielas irregulares, esburacadas, sem calçamento, repleta de animais soltos, casas envelhecidas e abandonadas. Visando isso inicia-se a expansão rumo ao que foi denominado de “cidade nova”, onde o objetivo segundo Soares (2008) era que a visão da cidade refletisse a modernidade e ordem, em um espaço urbano simples e higienizado, que não se assimilhasse ao velho Fundinho, antigo, de ruas estreitas e tortuosas. As mudanças visavam, sobretudo, a adequar a forma urbana às possibilidades de acumulação do capital, de modo que a cidade simbolizasse o progresso, indicativo das novas atividades econômicas implementadas pela atividade comercial. Para atingir esse objetivo, era necessário criar uma nova concepção de cidade e de sociedade pela qual seriam impostos a seus personagens novos valores, atitudes e comportamentos, que, sem dúvida, criariam uma nova urbanidade. (SOARES, 2008, p. 143).

Com esses objetivos em mente, até a década de 1930, os governadores locais cuidaram para que os primeiros equipamentos urbanos de infraestrutura fossem instalados, tais como: fornecimento de água, coleta de esgoto, calçamento, iluminação, limpeza, escolas, arborização. Cafés, confeitarias, bares, cinema, clube social, rodoviária, agência bancária, jornal e estação radiofônica também passariam a compor a vida cotidiana da cidade a partir desse momento. Na década de 1940, uma nova área central seria estruturada para a cidade. As atividades comerciais eram concentradas no bairro fundinho e depois se deslocaram para

as avenidas Afonso Pena, Floriano Peixoto e João Pinheiro. Essa área central começou a ser ocupada pela elite política e econômica da época. A população carente foi cada vez mais obrigada a abandonar a área central e migrar para os bairros periféricos que começavam a ser loteados pelas empresas imobiliárias. Economicamente as atividades de comércio e atacadista se consolidaram e Uberlândia se tornou um importante mercado de dimensão nacional e logo foi inaugurado o mercado municipal em 1944. Logo a cidade passou por uma das fases mais intensas de seu processo de crescimento urbano e econômico, segundo Soares (2008), ocorreu por conta da implantação de estradas que ligavam o Centro-Oeste ao Centro-sul e também a construção de Brasília, em que Uberlândia serviu como mercado, fornecendo mão de obra para construção civil. Além disso, também se favoreceu por conta do governo JK, onde as políticas era a de interiorização do país. Nessa fase o núcleo central se expande e um novo plano urbanístico é desenvolvido para o município. As décadas seguintes continuaram a ter profundas transformações. A população do município cresceu em uma escala preocupante, e assim gerando problemas de infraestrutura nos bairros periféricos, desemprego e violência. A partir de 1980, essa aceleração do crescimento populacional que, segundo dados do IBGE - de uma população de 111.466 habitantes residentes na zona urbana em 1970, Uberlândia passou a abrigar, em 1991, uma população urbana de 367.061 habitantes - começa a se evidenciar a área urbana central congestionada em vários aspectos, surgimentos de grandes conjuntos habitacionais na periferia separados do centro por inúmeros vazios criados pela especulação imobiliária, além de uma expansão ho-

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rizontal muito acelerada. Os dados do IBGE de 2010 (Figura 12) mostram que essa população continua crescendo acelerada, pois de 1991 a 2010 a população quase dobrou a sua quantidade. Em 1994, foi aprovado o Plano Diretor, pensado como uma solução para resolver os problemas da malha urbana da cidade . Segundo Soares, ele foi dividido em duas partes: a primeira apresentando um diagnóstico contendo dados em relação aos aspectos históricos, físico-ambientais, demográficos, infraestrutura, sociais e econômicos e na segunda proposta, diretrizes e ações que norteariam as ações para o planejamento municipal. Algumas das propostas de estruturação urbana inseridas no Plano Diretor que foram implantadas podemos destacar a implantação do Sistema Integrado de Transportes de Uberlândia-SIT (Figura 13); elaboração e aprovação da Lei de Parcelamento e Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo (Lei

Figura 12. Dados demográficos de 2010 fornecido pelo IBGE. Fonte: IBGE editado pela autora.

n. 245/00); implantação parcial do Eixo Estrutural Sudeste, que coincide com a avenida João Naves de Ávila, ligando o centro à região dos bairros Santa Mônica, Segismundo Pereira, Santa Luzia, São Jorge e Laranjeiras; implantação do Eixo Estrutural Oeste, formado pelas avenidas Getúlio Vargas e Imbaúbas, ligando o centro à região dos bairros Luizote de Freitas e Mansur; despoluição e recuperação de trechos do Rio Uberabinha e implantação do Projeto do Parque Linear em suas margens; implantação do geoprocessamento que auxilia no tráfego viário.

Figura 13. Terminais do SIT. Fonte: SETTRAN, 2011.

A cidade de Uberlândia teve uma grande jornada, desde o seu início até os dias de hoje, mas ainda possui muitos problemas urbanos, e assim os desafios continuam. O crescimento urbano acelerado deve ser trata-

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do com extrema importância, pois questões como o trânsito, violência, desemprego, falta de moradia, falta de saneamento básico, baixa qualidade da educação, são as principais questões que se impõem aos futuros gestores e à população do município.


3.2 MEMÓRIAS DO BAIRRO FUNDINHO O surgimento da cidade de Uberlândia teve seu início no bairro Fundinho, que se formou em torno da antiga Igreja Matriz de N. Sra. do Carmo, figura 15. Sua inserção segue como muitos arraiais na região em que a capela, ocupa o centro do espaço e é rodeada por casas,como mostra na figura 14. Acompanhando o traçado vernacular, do Largo da Matriz seguiam as demais ruas que o conectavam aos outros locais importantes, como: Largo da Capela de N. Sra do Rosário, Largo do Comércio, Largo das Cavalhadas e o Cemitério (figura 16). Por vários anos essa área centralizou as principais atividades de comércio e serviço do lugarejo, e o polo original permaneceu praticamente sem modificação até o final do século XIX.

Figura 14. Planta do Patrimônio da Matriz de Uberlândia. Fonte: Revista Uberlândia (1940, pg. 6) apud Mesquita (2006, pg. 27) editado pela autora.

Figura 15. Antiga Igreja Matriz N. Senhora do Carmo, demolida em 1943. Fonte: Arquivo público de Uberlândia apud Attux (2008, pg. 103).

Em 1895, foi instalada a estação da estrada de ferro Mogiana, e assim originou novas perspectivas de desenvolvimento para o arraial. Assim para fazer a conexão do antigo núcleo até a Praça da Estação, abriram-se

seis avenidas paralelas e ruas transversais, assim o traçado urbano formou-se em forma de grelha. Por as novas ruas por serem mais largas e os quarteirões mais regulares, originou-se um contraste do antigo núcleo.

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Figura 16. Mapa da cidade de Uberlândia 1915. Fonte: Arquivo público de Uberlândia apud Attux (2008, pg. 104).

A transferência das atividades comerciais para essa nova área de expansão, formada a partir de 1940, favoreceu a preservação das características originais do antigo núcleo, que com o tempo passou a ser chamado de Fundinho. Nas primeiras décadas

do século XX, a arquitetura da cidade passou obter características do neoclássico e também do ecletismo como mostra na figura 17, substituindo a arquitetura e as técnicas tradicionais que era empregado nas construções, como madeira e barro.

Figura 17. Arquitetura eclética do bairro Fundinho. Fonte: Arquivo público de Uberlândia apud Attux (2008, pg. 105).

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Segundo Attux (2008), a década de 1960 viveu uma grande expansão de vida urbana no Brasil. Uberlândia se beneficiou por sua posição geográfica na rota de ligação entre o Estado de São Paulo e Brasília. Nesse período aumentou o processo de substituição das antigas estruturas arquitetônicas ecléticas pela introdução da arquitetura moderna, a verticalização da área central e uma grande expansão do perímetro urbano. As mudanças que aconteceram nesse período do bairro Fundinho não interferiram em sua verticalização ou modificação da malha urbana. As antigas construções eram reformadas ou substituídas por novas, que aplicavam novos materiais e novas técnicas, assim sofrendo influências estéticas. Com o crescimento econômico e demográfico, a cidade tomou um novo ritmo de construção, assim foram trocadas as antigas casas por novos edifícios, modernos e verticalizados. Por o bairro fundinho estar localizado em uma área privilegiada por estar próximo ao centro, ele passou a sofrer uma forte especulação imobiliária, e assim deu início a um novo processo de verticalização. Em 1980, a memória da cidade já estava bastante ameaçada, então veio a preocupação na preservação do patrimônio, e assim foram feitos alguns tombamentos de imóveis, quase todos situados no Fundinho. Com a recessão econômica, a partir do final da década de 1990, o ritmo de construção dos condomínios verticais diminuiu. Em 2002, a aprovação da Lei

Municipal de Parcelamento e Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, em atendimento ao Plano Diretor elaborado em 1994, delimitou a área do Bairro caracterizando-a como área de revitalização, e pela primeira vez estabelecendo índices distintos da área central, com a preocupação principal de evitar sua verticalização. No entanto, a lei não determina a sua preservação propriamente dita e os índices se mostram bastantes permissivos e insuficientes para o controle da área (ATTUX, 2008, p.106).

A paisagem é marcada por características arquitetônicas e técnicas construtivas, as mudanças como reformas e adaptações marcam grande parte das construções, onde as características originais foram sumindo, após várias interferências. Com o tempo foi se intensificando o processo de substituições de usos, o bairro que acomodava grande parte de residencias passaram a ser substituídas por lojas de comércio sofisticado, restaurantes, galerias e etc. O bairro Fundinho não apresenta fortes características de degradação física ou socioeconômica. Contudo, o processo de substituição dos usos e a demolição das poucas estruturas coloca em risco esse patrimônio, logo o interesse por sua preservação tem chamado acentuado pelos próprios moradores, do município e também de alguns setores da sociedade que reconhecem seu valor histórico e cultural e a importância da preservação (ATTUX, 2008).

Figura 18. Bairro Fundinho nas décadas 1920/1930. Fonte: Arquivo público de Uberlândia apud Attux (2008, pg. 107).

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A seguir estão algumas imagens que mostram como eram alguns locais onde será implantado o projeto. O registro dessas memórias históricas, culturais e sociais foram fornecidas pela prefeitura de Uberlândia na cartilha Uberlândia - Lugares e Memórias. Figura 19. Esquema de localização das imagens históricas. Elaborado pela autora.

1 - Coreto antigamente, localizado na Pç. Clarimundo Carneiro - Fundinho. Figura 20. Coreto,antigamente. Fonte: Arquivo público de Uberlândia, Cartilha - Lugares e Memórias.

2 - Av. João Pinheiro esquina com a R. Goiás, meados da década de 1920. Figura 21. Cruzamento da Av. João Pinheiro com a R. Goiás. Fonte: Arquivo público de Uberlândia, Cartilha - Lugares e Memórias.

3 - Av. João Pinheiro esquina com a R. Santos Dumont, meados da década de 1930. Figura 22. Cruzamento da Av. João Pinheiro com a R. Santos Dumont. Fonte: Arquivo público de Uberlândia, Cartilha - Lugares e Memórias.

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4 - Estação rodoviária, atualmente Biblioteca Municipal. Figura 23. Antiga estação rodoviária. Fonte: Arquivo público de Uberlândia, Cartilha - Lugares e Memórias.

5 - Trecho da Av. Afonso Pena próximo a R. Goiás. Década de 1950. Figura 24. Av. Afonso Pena, 1950. Fonte: Arquivo público de Uberlândia, Cartilha - Lugares e Memórias.

6 - R. XV de Novembro com a Av. João Pinheiro. Figura 25. R. XV de Novembro. Fonte: Arquivo público de Uberlândia, Cartilha - Lugares e Memórias.

7 - Largo do comércio, atual Pç. Dr. Duarte, início do século XX. Figura 26. Largo do comércio. Fonte: Arquivo público de Uberlândia, Cartilha - Lugares e Memórias.

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3.3 O PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DA ÁREA CENTRAL E PORQUE INTERVIR As cidades se encontram em um constante processo de reestruturação. A partir de 1920, as metrópoles e, a partir de 1970 as cidades médias passaram pela descentralização das atividades de comércio e serviços, pois foram surgindo novas centralidades impulsionando a degradação das áreas centrais, assim esvaziando suas funções típicas. Em Uberlândia, a descentralização não retirou a força do núcleo central, percebendo que nessa área há um grande fluxo de pessoas pela concentração de comércio de baixa renda por um lado, e de grifes por outro. Assim diante da tendência de descentralização, se faz necessário promover a requalificação/ revitalização destas áreas por meio de eficientes instrumentos urbanísticos (ALVES, 2013). A partir de 1970, a cidade de Uberlândia, passou por diversas transformações que colaboraram para o crescimento populacional acelerado. A infraestrutura já instalada fez com que empresas e industrias se atraíssem, trazendo investimentos e proporcionando desenvolvimento no setor de comércio e serviço. Mais tarde, a partir das décadas de 1980 e 1990, com a intensificação do processo de globalização, percebe-se uma reestruturação na Divisão Social e Territorial do Trabalho, refletindo na estrutura comercial da cidade. Entre as modificações ocorridas no espaço urbano de Uberlândia, estão as novas formas de organização espacial das atividades de comércio e serviços (GARCIA, 2011). Até o final da década de 1980, Uberlândia tinha como característica a concentração de todas as atividades de comércio e serviço na área central, além das residências mais elegantes. As transformações que aconteceram a partir dessa década refletiram em amplos setores da cidade, em especial a

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área central, que perdeu sua exclusividade das atividades terciárias mas ainda aglomera a maior parte dessas atividades. Devido ao crescimento populacional e espacial da cidade, aparecem novas estruturas comerciais fora da área central, iniciando o processo de descentralização das atividades, passando para os subcentros, eixos comerciais, shopping centers e áreas especializadas. Essas novas centralidades também faz com que outros pontos urbanos sejam valorizados. Segundo Garcia (2011) Uberlândia atrai interesses devido a sua relevância regional. A cidade é constituída como maior polo atacadista distribuidor da América Latina, sendo encarregada pela distribuição de mercadorias para todo Brasil. Segundo o Banco de Dados Integrados - BDI da prefeitura municipal de Uberlândia, em 2010 foi registrado um total de 5084 empresas formais por subsetores de atividade econômica, destacando a construção civil, indústria de alimentos, bebidas e álcool etílico, indústria de têxtil, indústria de metalurgia, indústria do papel, papelão, entre outras. Também estabeleceu-se como polo universitário. Conforme dados da Associação Industrial e Comercial de Uberlândia - ACIUB-, a cidade conta com mais de 40.000 alunos matriculados nos cursos de graduação nas várias instituições de ensino situadas em Uberlândia. Percebe-se que Uberlândia apresenta uma diversidade em suas atividades econômicas que impactam no espaço urbano, e consequentemente na base comercial da cidade, incluindo a área central. Apesar das circunstâncias referente a decadência da área central de Uberlândia, ainda mantém sua grande importância da cidade. De um lado, é habitual as pessoas com rendas mais baixas se deslocarem dos bair-


ros periféricos populares para ir ao centro, em busca de produtos mais baratos que são comercializados em camelódromos, feiras ou até mesmo lojas de departamento. De outro, em busca de mercadorias e atividades mais luxuosa, as classes com rendas mais altas, vão ao centro em busca de Grifes. Um outro motivo que também faz com que as pessoas se desloquem para área central e independente da classe socioeconômica, são os serviços especializados. A cidade de Uberlândia é considerada como cidade de porte médio, o processo de descentralização é visível, porém, atividades de varejo, finanças e de gestão continuam centralizadas. Mas com a intensa especulação imobiliária que existe na cidade e a consequente valorização de outros setores da área urbana essas atividades tendem a se deslocarem para outras áreas. O surgimento de novas centralidades que atenda a demanda do crescimento populacional e espacial da cidade se insere nas mudanças provocadas pela acumulação capitalista de Uberlândia.

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

Figura 27. Largo da Ordem, Curitiba. Fonte: Arte Brasileira UTFPR, editado pela autora.

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1 Figura 28. Evento na praรงa Savassi. Imagem editada pela autora. Fonte: The City Fix

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requalificação da PRAÇA DIOGO VASCONCELOS

( PRAÇA DA SAVASSI )

FICHA TÉCNICA Local: Belo Horizonte, MG Período da Obra: março 2011 a maio 2012 O processo Licitatório: 2008 Orgãos Contratante: Sudecap - Superintendência de Desenvolvimento da Capital/ Prefeitura de Belo Horizonte Projeto Arquitetônico: B&L – Begiatto & Leal Arquitetura Construção: Construtora Itamaracá Custo da Obra: R$11,8 milhões A Praça Diogo Vasconcelos também conhecida como Praça da Savassi está localizada na cidade de Belo Horizonte - MG. A Praça se encontra no Centro Sul da cidade e é

identificada no encontro das avenidas Cristovão Colombo e Getúlio Vargas. Também passam pelo cruzamento as ruas Pernambuco e Antônio de Albuquerque.

Figura 29. Esquema de localização da Praça Diogo Vasconcelos. Elaborado pela autora. Desenho 1 - Brasil, destacando Minas Gerais. Desenho 2 - Minas Gerais, destacando Belo Horizonte. Desenho 3 - Belo Horizonte, destacando Centro Sul. Onde está localizada a Praça Diogo Vasconcelos.

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Figura 30. Praça da Savassi. Fonte: SkyscraperCity

Concluída em 2012, a Requalificação da Praça Diogo de Vasconcelos, teve como princípio a melhoria urbanística a partir de um projeto que privilegiasse o pedestre. Medidas como, ampliação dos passeios públicos, criação de calçadões como extensão da

praça, fechamento de bolsões de estacionamento e utilização de travessias elevadas com piso e cores diferenciadas foram adotadas. Além da intervenção na praça, também foi incluso serviços de drenagem e melhoria das ruas do entorno.

DIRETRIZES DO PROJETO A praça inicialmente havia sido planejada para favorecer o transito de automóveis, e após a requalificação o objetivo principal foi favorecer o pedestre, indicando uma mudança de prioridades na politica pública. As medidas de intervenção foram: • Implantação de calçadões nos trechos fechados ligando à Praça • Implantação de quatro fontes • Implantação de marco escultórico no centro do cruzamento entre as avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas • Alargamento e execução de calçadas • Elevação de pista com execução em pavimentação em blocos de concreto intertravado, no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo • Execução de canteiros e jardineiras • Implantação de rampas nas calçadas • Execução de sistema de drenagem

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• Execução de mobiliário urbano (lixeiras, bancos, telefones públicos, arvoreiros, bicicletário, cachepôs, bases para bancas de revistas, totem de iluminação e semáforos) • Relocação de mobiliário urbano, inclusive postes semafóricos • Instalação de novo posteamento para iluminação pública • Execução de arborização • Execução de sistemas de irrigação • Adequação das redes de drenagem • Adequação das redes de serviços públicos e privados, como telefonia e televisão por cabos O projeto desenvolvido propôs manter o cruzamento principal, mas dar a ele tratamento diferenciado com uso de pisos intertravados em diversas cores, de forma com que o motorista reduzisse a velocidade no cruzamento. Outras medidas propostas


no projeto e que resultaram na segurança e conforto dos pedestres foram a extinção dos bolsões de estacionamentos, substituídos

por bancos e, a mudança da inclinação do solo, que deixaram a praça e os cruzamentos no mesmo nível.

Figura 31. Projeto Praça Diogo Vasconcelos. Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte editado pela autora.

praça central

áreas verdes

fontes

calçadão

avenidas

espaço construído

Figura 32. Cruzamento da praça Savassi. Fonte: SkyscraperCity, editada pela autora.

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MOBILIÁRIO URBANO Nos quarteirões fechados foram implantados bancos de concreto e inox, os de concretos estão localizados ao centro da rua e os de inox aos cantos próximo aos comércios, conforme ilustra a figura 33. O mobiliário urbano proposto da total flexibilidade ao comerciante para a utilização do mobiliário particular. As fontes localizadas no cruzamento possuem assentos, junto com as jardineiras que se encontram próximas, como mostra a figura 34. Além dos bancos o mobiliário também é composto por lixeiras, telefones públicos, arvoreiros, bicicletário, cachepôs, totem de iluminação e semáforos.

Figuras 33. Mobiliário urbano de inox e concreto. Fonte: Portal PBH

Figura 34. Jardineira com assento. Fonte: Autora

VALORIZAÇÃO DO COMÉRCIO LOCAL Como o projeto foi feito para privilegiar o pedestre e assim aumentar o convívio entre a população para a realização de eventos, a revitalização da praça trouxe grande valorização ao comércio local, principalmente o comércio noturno que já era bem forte nessa região da cidade. Figuras 35. Evento realizado durante a copa de 2014. Fonte: Globo Esporte

Figura 36. Bares bem movimentados. Fonte: TheCityFix

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ILUMINAÇÃO Foi também feito um projeto de iluminação pública, conforme ilustra a figura 37 e assim foi instalado um novo sistema de posteamento, para que o pedestre possa caminhar com maior conforto e segurança. Figura 37. Imagem eletrônica ilustrativa do projeto. Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte

ARBORIZAÇÃO No projeto foram removidas algumas árvores e plantadas outras novas para que houvesse uma arborização complementar.

Foi executado também canteiros e jardineiras, além das fontes no cruzamento da praça.

Figuras 38. Imagem eletrônica ilustrativa do projeto. Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte

RESULTADOS A requalificação proposta e implantada na Praça da Savassi contribuiu para a melhoria do acesso e uso da Praça pelos pedestres, aumentou a segurança no trânsito com as mudanças implantadas na pista de veículos, que proporcionaram redução de velocidade e melhor sinalização, além de valorização dos imóveis da região. Com a nova Praça, houve aquecimento no mercado de bares e restaurantes da região, sobretudo à noite, com a instalação de novos serviços de alimentação e casas noturnas. Figura 39. Calçadão conectado a Praça da Savassi. Fonte: Autora

CONTRIBUIÇÃO Esse projeto contribuiu para a melhor percepção e compreensão de como é possível favorecer o comércio local através de medi-

das que buscam privilegiar o pedestre, como criação de calçadões, inserção de mobiliários urbanos e paisagismo.

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2 Figura 40. Fachada da loja SCHUTZ com grafite do artista Eduardo Kobra na Rua Oscar Freire. Imagem editada pela autora. Fonte: Vogue

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requalificação da rua oscar freire FICHA TÉCNICA Local: São Paulo, SP Data Projeto: 2001-2005 Projeto: Vigliecca & Associados Autor: Hector Vigliecca Projetos Complementares: Neuton Karasawa [Trânsito e transporte], Rodolfo Gaiser e Christina Ribeiro [Arborização urbana], Schréder [Iluminação], Pavimentação [Braston] Contratante: Associação de Lojistas / Prefeitura Municipal de São Paulo Área: 13.000m² A rua Oscar Freire está localizada na zona oeste da cidade de São Paulo - SP, entre os bairros Cerqueira César (Jardins) e Pinheiros. É considerada uma das ruas mais impor-

tantes de lojas de rua da cidade. A rua possui um comprimento de 2.600m com inicio na Alameda Branca, e final na Avenida Doutor Arnaldo.

Figura 41. Esquema de localização da rua Oscar Freire. Elaborado pela autora. Desenho 1 - Brasil, destacando o estado de São Paulo. Desenho 2 - Estado de São Paulo, destacando a cidade de São Paulo. Desenho 3 - Cidade de São Paulo, destacando o oeste da cidade. Onde está localizada a rua Oscar Freire.

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O Espaço público na Rua Oscar Freire apresentava barreiras para a livre circulação dos pedestres, era poluído visualmente pelo grande número de cabos elétricos e não havia ordenamento para o conflito entre pedestres e automóveis, considerando tanto a travessia nas esquinas como as áreas destinadas aos estacionamentos. Foi então que em 2006, através de uma iniciativa da Associação de Lojistas da Oscar Freire, em parceria

com a Prefeitura Municipal de São Paulo, que o espaço público dos cinco principais quarteirões da Rua Oscar Freire foram totalmente reconfigurados com a implantação parcial do projeto de Hector Vigliecca & Associados, resolvendo se os problemas de acessibilidade, enterrando a fiação elétrica e equipando as calçadas com mobiliário urbano, iluminação e paisagismo adequados.

Figura 42. Rua Oscar Freire. Fonte: Um Bilhete Por Favor

ILUMINAÇÃO Para a Iluminação foram propostas luminárias que criassem “ambientes” (Figura 43), dando condições adequadas para os pedestres e automóveis, com o intuito de valorizar a iluminação própria das vitrines. Figura 43. Esquema de Iluminação. Fonte: Vigliecca & Associados.

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CABOS ESCONDIDOS Foi feita a substituição do sistema de postes e redes aéreas para redes subterrâneas (Figura 45), um sistema mais seguro e de tecnologia mais avançada para o caso de queda de tensão ou cortes de energia. Também foram previstas nas tubulações subterrâneas espaços livres para futuras conexões e novas redes. As subestações de energia construídas foram inseridas nas áreas destinadas às vagas de estacionamentos, para minimizar o impacto na circulação de pedestres em caso de reparos e ainda evitar a quebra da pavimentação das calçadas. Figura 44. Poste de iluminação na Rua Oscar Freire. Fonte: Mapio

Figura 45. Imagem 1 - Postes e cabeamentos aéreos. Imagem 2 - Postes e cabeamentos subterrâneos. Fonte: Vigliecca & Associados.

PAVIMENTAÇÃO URBANA A pavimentação das calçadas foi utilizado um material monocromático, como mostra na figura 46 e sem desenhos decorativos, para dar maior destaque as lojas. As calçadas oferecem a resistência adequada ao fluxo de pedestres, ao acesso de veículos aos estacionamentos, e possuem um baixo custo de manutenção. Figura 46. Calçada da Rua Oscar Freire. Fonte: Visite São Paulo

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PAISAGISMO Como se trata de um local onde se tem um grande fluxo de pedestres, a vegetação proposta foi aérea, descartando jardineiras. A espécie de árvore selecionada foi o Ipê Roxo nativo do Brasil, com copa pouco densa, para não impedir a visualização das lojas, e de floração marcante que criam em uma época do ano uma identidade para a rua. Figura 47. Rua Oscar Freire. Fonte: Marriot

Figura 48. Levantamento de como era o paisagismo da rua Oscar Freire e seu entorno. Fonte: Vigliecca & Associados.

Figura 49. Como ficou o projeto de paisagismo da rua Oscar Freire e seu entorno. Fonte: Vigliecca & Associados.

Figura 50. Restaurante na R. Oscar Freire. Fonte: Hotel Unique

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MOBILIÁRIO URBANO O mobiliário urbano possui bancos, quiosques, lixeiras e outros elementos que complementem o espaço público. Nas esquinas das ruas que cruzam com a Rua Oscar Freire foram propostos a instalação de painéis digitais como suporte publicitário e informativo. Figura 51. Lixeira e bancos na Rua Oscar Freire. Fonte: Portal AECweb

REORGANIZAÇÃO DOS ESTACIONAMENTOS As vagas foram inseridas no perfil mais estreito da calçada, no centro das quadras, deixando as áreas mais próximas as es-

quinas disponíveis para locação de mobiliário urbano. Desta forma as vagas foram reduzidas de 600 para 340 vagas.

Figura 52. Esquema de Valet/ Carga e Descarga. Fonte: Vigliecca & Associados.

Figura 53. Lojas da Oscar Freire. Fonte: Viagem e Turismo

CONTRIBUIÇÃO Esse projeto contribuiu para a percepção da locação de mobiliários urbanos, paisagismo e iluminação. Por se tratar de uma rua

comercial, tudo foi pensado de uma forma em que o elemento principal para os comerciantes seja o destaque, as vitrines.

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3 Figura 54. Fachada imóvel n° 58 na rua São Francisco. Imagem editada pela autora. Fonte: Gazeta do Povo

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REVITALIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO DE CURITIBA FICHA TÉCNICA Local: Curitiba, PR Período da Obra: 2009-2012 Contratante: Prefeitura de Curitiba/ Serviço Social do Comercio (Sesc)/ Federação do Comercio (Senac)/ Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Sebrae) Projeto: IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) Custo da Obra: R$22 milhões O Centro Histórico de Curitiba, também chamado de Setor Histórico de Curitiba, está localizado na cidade de Curitiba, capital

do estado do Paraná. O Centro Histórico possui grandes edificações de importância histórica e cultural para a cidade.

Figura 55. Esquema de localização do centro de Curitiba. Elaborado pela autora. Desenho 1 - Brasil, destacando o estado do Paraná. Desenho 2 - Paraná, destacando Curitiba. Desenho 3 - Curitiba, destacando Centro. Onde está localizado o Centro Histórico

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Figura 56. Localização dos locais de intervenções no Centro Histórico de Curitiba. Fonte: Circulando Curitiba

Na repaginação de Curitiba, a ideia é a união de pessoas de diversas classes e culturas, circulando pelo centro para apreciar serviços, comércio, lazer e arquitetura. Foram feitas melhorias nas calçadas, iluminação, asfaltamento e higienização nas fachadas e vitrines com o intuito de fazer o comércio crescer.

O projeto teve o como principal objetivo o resgate da memória da cidade, na valorização de seus centros históricos e no embelezamento do espaço. A revitalização do centro histórico tem ligação direta com projetos turísticos que lidam com a tríade do mercado: cultura, entretenimento e gastronomia.

Figura 57. Rua São Francisco revitalizada. Fonte: Circulando Curitiba

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RUA RIACHUELO A transformação da Riachuelo foi uma das etapas do processo de revitalização do entorno do antigo paço municipal, região central de Curitiba, que contempla quatro eixos: turístico histórico, conceito, gastronômico e serviços. A meta da proposta foi de aumentar o movimento de pessoas na região, que durante anos foi deteriorada pela falta de segurança e de investimentos.

Figura 58. Rua Riachuelo revitalizada. Fonte: Circulando por Curitiba

Figura 59. Praça Bolso do Ciclista na Rua São Francisco. Fonte: Revista One Curitiba

RUA SÃO FRANCISCO A revitalização da Rua São Francisco foi voltada para o setor gastronômico, com alguns restaurantes, um deles acolhe espetáculos, onde durante o dia funciona como bar. Foi mantido o piso em pedra e parte das calçadas, elementos de valor histórico, considerados típicos do século 19. A iluminação foi reforçada, com utilização de arandelas fixadas nas paredes das edificações.

Figura 60. Rua São Francisco revitalizada. Fonte: Circulando Curitiba

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CALÇADAS PADRONIZADAS

Figura 61. Calçadas R. São Francisco. Fonte: Circulando por Curitiba

Para o piso dos passeios públicos foi escolhida uma placa de concreto prensado, de alta resistência e antiderrapante, a fim de se obter calçada confortável e acessível, pensando no cadeirante, nos carrinhos de bebês e nos idosos. O concreto recebeu ainda pigmento avermelhado, para eliminar o aspecto acinzentado de calçada comum. Em alguns pontos, a pista de rolamento foi elevada, para que ficasse no mesmo nível da calçada. Foram colocadas floreiras quando a calçada vira as esquinas. Neste ponto, as calçadas são alargadas ( e criaram-se anteparos para vagas de estacionamento. As flores, por sua vez, são mudadas de acordo com as estações do ano.

CABOS ESCONDIDOS Dentro dos serviços de melhoramento das ruas, foram criadas galerias de dutos para fiação e cabeamentos, que passarão pelas duas laterais da Riachuelo. Os cabos de fibra óptica, TV a cabo, telefonia e iluminação pública, foram todos enterrados, menos a tubulação de energia de baixa e alta tensão, porque a companhia local não aprovou o enterramento, por questões de política da empresa.

A iluminação de pedestre, cuja luminária se volta para a calçada, também tem rede de alimentação subterrânea. Por fim, as luminárias vivificam o estilo “vintage” da nova Riachuelo; moderna, mas com desenho antigo, colonial (tipo lampião), usa lâmpadas de alta eficiência energética, e cria ambientação noturna mais romântica e condizente com as fachadas.

Figura 62. Iluminação do Centro Histórico de Curitiba. Fonte: Parana em Foco

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FACHADAS Para resolver a pintura das fachadas, foi feito parceria com uma fornecedora de tintas, onde cada proprietário contratou apenas a mão de obra. A empresa parceira também ofereceu treinamento para pintores, além de outros materiais como pincel e roupa de trabalho. Foram 65 imóveis contemplados. Para decidir as cores certas, foi feita uma prospecção em todos os imóveis que são considerados patrimônio histórico, e buscou-se chegar o mais próximo possível da cor original dos edifícios. Figura 63. Fachadas revitalizadas na Rua Riachuelo. Fonte: Pinterest

PROPOSTAS DE CORES PARA FACHADAS

Figura 64. Proposta de cores para fachada, Rua Mateus Leme,38. Fonte: IPPUC

Figura 65. Proposta de cores para fachada, Rua Duque de Caxias,14. Fonte: IPPUC

Figura 66. Largo da Ordem, Histórico de Curitiba. Fonte: Pinterest

CONTRIBUIÇÃO Esse projeto contribuiu para análise de como é possível a higienização e revitalização de fachadas em centros históricos, e

também a valorização do turismo, fortalecendo setores da gastronomia, cultura e entretenimento.

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4 Figura 67. Entrada Wynwood Walls. Imagem editada pela autora. Fonte: Alamy

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revitalização do bairro wynwood FICHA TÉCNICA Local: Miami, Florida Data do projeto: 2009 Idealizador do Projeto: Tony Goldman Wynwood é um bairro em Miami, no estado da Flórida nos Estados Unidos. O Bairro possui galerias de arte, museus, ate-

liês e teatros, e tudo isso envolvendo a arte urbana.

Figura 68. Esquema de localização de Miami. Elaborado pela autora. Desenho 1 - Estados Unidos, destacando o Estado da Flórida Desenho 2 - Flórida, destacando a cidade de Miami. Onde está localizado o Bairro Wynwood.

Wynwood nasceu na década de 50 com a chegada de imigrantes porto-riquenhos a região. Com o passar do tempo o Wynwood foi abandonado e degradado, mas agora totalmente revitalizado, com obras de arte urbana dos mais famosos grafiteiros do mundo inteiro. A ideia foi de Tony Goldman que em 2009 transformou o bairro em um espaço

de arte contemporânea. O bairro é dividido em três distritos: Fasion District, Tecnology District e o Art District. O Art District possui mais de 70 galerias, 12 estúdios de arte, cinco museus, sete complexos de arte e cinco feiras de arte. Hoje, o Wynwood Art District é considerado uma das maiores instalações de arte de rua do mundo.

Figura 69. Entrada ao Wynwood Walls. Fonte: South Florida

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Figura 70. Galeria no bairro Wynwood. Fonte: Plnning

WYNWOOD WALLS O Wynwood Walls faz parte do bairro Wynwood e é uma galeria de arte a céu aberto com portão de entrada e saída. O projeto reuniu vários artistas famosos, de diversas partes do mundo, com um objetivo: revitalizar o bairro e torná-lo atraente e convidativo. Uma nova metrópole de arte e cultura, diferente de tudo que havia em Miami. Cada grafite possui uma plaquinha de identificação (obra e autor). Figura 71. Escultura e grafite no bairro Wynwood. Fonte: NbcMiami

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WYNWOOD ART WALK No segundo sábado de cada mês, as galerias, estúdios de arte, espaços alternativos, lojas e showrooms abrem suas portas para o Wynwood Art Walk. DJs tocam nas calçadas, as comidas e bebidas são oferecidas pelos food trucks, que se concentram numa grande praça.

Figura 72. Evento Gallery Night Art Walk. Fonte: Dicas da Florida

ARTISTAS EM WYNWOOD WALLS Os artistas estão divididos em Walls Artists, que trabalham nas paredes, e Doors Artists, nas portas. Artistas como Invader, Shepard Fairey, Barry McGee, Kenny Scharf, FUTURA 2000, FAILE, BÄST, Aiko, Sego, Saner, Liqen, Ben Jones, Vhils e tantos outros deram sua contribuição para a revitalização dessa região. O Brasil também está lá representado por nomes como Os Gêmeos, Eduardo Kobra e Nunca.

Figura 73. Evento Gallery Night Art Walk. Fonte: Wynwood Miami

Figura 74. Grafite feito pelo artista brasileiro Eduardo Kobra em Wynwood Walls. Fonte: Flickr

CONTRIBUIÇÃO Esse projeto contribuiu para perceber como é possível a valorização da arte urbana tornando-a um atrativo turístico, onde não

necessariamente ela precisa estar presente apenas nas ruas nas ruas, mas sim dentro e fora de galerias de arte.

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diagnóstico da área de estudo

Figura 75. Vista superior bairro Fundinho, Uberlândia. Fonte: Google Earth, editado pela autora.

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5.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA Uberlândia se localiza no oeste do estado de Minas Gerais, no qual é situado na região sudeste do país, como mostra a figura 76. Possui uma extensão de aproximadamente 586.528,293m² (IBGE, 2010), fazendo divisa a sudoeste com São Paulo, a sudeste com Rio de Janeiro, a oeste com Goiás e Distrito Federal, ao norte com a Bahia.

Inserido nas doze mesorregiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, onde a cidade está inserida, Uberlândia é um de seus principais municípios, portanto o segundo maior do estado, com uma população estimada de 654.681 habitantes (IBGE, 2014) instalada em uma área de aproximadamente 4.115km² (IBGE, 2010).

Figura 76. Esquema de localização da cidade de Uberlândia. Elaborado pela autora. Desenho 1 - Brasil, destacando Minas Gerais. Desenho 2 - Minas Gerais, destacando a Mesorregião do Alto Paranaíba. Desenho 3 - Mesorregião do Alto Paranaíba, destacando Uberlândia. Desenho 4 - A cidade de Uberlândia.

A área do projeto está situada na região central da cidade como mostra a figura 77. Esse espaço foi escolhido pelo seu grande potencial, tanto por possuir uma grande quantidade de edificações históricas, mas também devido ao fluxo de pessoas e ao comércio noturno. O projeto tem a proposta de introduzir cultura e lazer para as pessoas que ali passam e frequentam a qualquer hora do Figura 77. Esquema de localização da região central da dia. cidade de Uberlândia. Elaborado pela autora.

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A ÁREA DO PROJETO A área escolhida para o projeto possui uma grande quantidade de edificações históricas, pois as mesmas se encontram nas primeiras ruas traçadas pela cidade. É de fácil percepção que grande parte das edificações foram descaracterizadas. Além do seu valor histórico o local possui um grande fluxo de pedestres, mas a prioridade do traçado urbano são para os automóveis. Entre os comércios que mais se destacam além das lojas são restaurantes, bares e casas noturnas, sendo um espaço que é ocupado tanto durante o dia quanto durante a noite. O projeto vai além de preservar a

história da cidade e se adequar ao que já é existente, mas também atender a população que busca por arte, cultura e lazer. No perímetro do projeto temos como referência a Pç. Rui Barbosa, Igreja do Rosário, Palácio dos Leões, Casa da Cultura, Oficina Cultural, Biblioteca Municipal, Pç Adolfo Fonseca e etc como mostra na figura 78, entre também outros locais como bares e casas noturnas. Vivemos em um mundo de rotinas e a ideia é que esse espaço proposto sirva para tirar as pessoas dessa monotonia.

Figura 78. Esquema de localização de alguns patrimônios históricos existentes como referência da localização da área do projeto. Elaborado pela autora.

O projeto tem como metas oferecer a população espaços urbanos destinados a lazer e cultura, restauração e preservação do patrimônio histórico, implantação de calçadões em pontos estratégicos priorizando o

pedestre, melhoria do traçado urbano, implantação de equipamentos urbanos, propostas de utilização dos espaços vazios e o maior objetivo é que o centro seja ocupado a qualquer hora do dia

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5.1 ANÁLISE MORFOLÓGICA Foi realizado um estudo para analisar o uso e ocupação dos lotes com o perímetro de 200 metros a partir dá área escolhida para implantar o projeto. Percebe-se que ao se tratar de um setor central existe uma grande

quantidade de lotes voltados para o comércio e serviço, localizados no centro e no bairro Fundinho. Já no bairro Lídice estão presentes em grande parte residências.

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Figura 79. Mapa de Uso e Ocupação do Solo. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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A área mais verticalizada da cidade é o centro, onde também se encontra os prédios mais altos. Como podemos observar no mapa possui uma concentração de edifícios de alto gabarito, porém não é predominante.

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Figura 80. Mapa de Gabarito. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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Analisando os espaços construídos, percebemos que se trata de uma área que é densamente ocupada, notamos também que devido as praças o local possui alguns espaços vazios. Já no bairro Lídice essa ocupa-

ção se torna menor, pois possui uma grande quantidade de residências. Ao contrário do centro, onde possui uma dificuldade maior para encontrar áreas não ocupadas.

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Figura 81. Mapa de Espaços Construídos. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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Observando o mapa de espaços privados, podemos percebemos que grande parte das quadras são privadas. Ao analisar vemos que as quadras são irregulares e as ruas tortuosas, pois se trata do ponto de início da ci-

dade. O espaço possui um grande número de praças, como mostra alguns vazios no mapa. São elas Pç. Rui Barbosa, Pç. Tubal Vilela, Pç. Clarimundo Carneiro, Pç. Adolfo Fonseca, Pç. Cícero Macedo e Pç. Coronel Carneiro.

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Figura 82. Mapa de Espaços Privados. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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Observando o mapa a predominância das vias são de vias locais, mas também possui um conjunto de vias arteriais de grande importância no sistema viário que são as avenidas João Pinheiro, Afonso Pena, Floria-

no Peixoto e Cesário Alvim. Onde tais possui a uma função de articulação do trânsito nessa área central da cidade, dando também acesso a outros bairros.

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Figura 83. Mapa do Sistema Viário. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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No mapa de análise morfológica podemos observar que as divisões dos lotes são bem irregulares, assim eles não seguem nenhum padrão. Compreende-se que existem diversos tipos de lotes, alguns com as metragens quadrada bem altas e outras bem baixas, dando esse aspecto de assimetria.

A topografia da área do projeto é consideravelmente plana, mas ao sul do diagnóstico onde está localizado o bairro Lídice ela já aparece bem íngreme. A noroeste ela também se mostra íngreme, porém menos do que no sul.

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Figura 84. Mapa de Morfologia Urbana. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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Foi feito um levantamento de edificações e espaços tombados na região central. Como é ilustrado no mapa abaixo, a maior concentração dessas edificações está na área de escolha do projeto, pois o objetivo é man-

ter o patrimônio e a história da cidade. Está nessa área a Igreja do Rosário, Teatro Rondon Pacheco, Palácio dos Leões, Biblioteca Municipal, Oficina Cultural, Casa da Cultura, entre outros.

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Figura 85. Mapa de edificações e Espaços Tombados. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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Foram realizadas algumas visitas ao local para ser feita uma análise ambiental e

visual, e também registrar em fotografias o estado atual das edificações tombadas.

01 - Teatro Rondon Pacheco

02 - Oficina Cultural de Uberlândia

03 - Palácio dos Leões

04 - Igreja do Rosário

Figura 88. Fonte: Autora

Figura 89. Fonte: Autora

05 - Biblioteca Pública Municipal

06 - E.E Enéas de Oliveira Guimarães

Figura 86. Fonte: Autora

Figura 90. Fonte: Autora

07 - Palacete Naghettini

Figura 92. Fonte: Autora

08 - Igreja Nossa Senhora das Dores

Figura 93. Fonte: Autora

Figura 87. Fonte: Autora

Figura 91. Fonte: Autora

09 - Casa da Cultura Figura 94. Fonte: Autora

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Além do levantamento de edificações tombadas, também foi feito um levantamento de edificações inventariadas, pois as mesmas possuem tanto uma importância arquitetônica para a cidade quanto visual

para a população. Algumas edificações estão muito descaracterizadas e deterioradas, enquanto outras possuem um ótimo estado de conservação.

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Figura 95. Mapa de Edificações e Espaços Inventariados. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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Além das edificações tombadas também foram registradas em fotografias as

edificações inventariadas.

01 - Pç. Coronel Carneiro, 72

02 - Colégio Ressurreição Nossa Senhora

03 - MUnA - Museu universitário de Arte

04 - R. Tiradentes, 194

05 - R. Tiradentes, 77

06 - R. Marechal Deodoro da Fonseca, 52

07 - R. Quinze de Novembro, 46

08 - R. Barão de Camargos, 614

Figura 96. Fonte: Autora

Figura 98. Fonte: Autora

Figura 100. Fonte: Autora

Figura 102. Fonte: Autora

Figura 97. Fonte: Autora

Figura 99. Fonte: Autora

Figura 101. Fonte: Autora

Figura 103. Fonte: Autora

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09 - R. Bernardo Guimarães, 89 Figura 104. Fonte: Autora

10 - Pç. Rui Barbosa

Figura 106. Fonte: Autora

14 - Afonso Pena, 191 Figura 109. Fonte: Autora

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10 - Av. Afonso Pena, 73 Figura 105. Fonte: Autora

11 - R. Santos Dumont, 738 Figura 107. Fonte: Autora

12 - R. Santos Dumont, 610 Figura 108. Fonte: Autora

15 - Av. João Pinheiro, 263 Figura 110. Fonte: Autora


Foi elaborado um mapa de percepção ambiental de acordo com a metodologia de Kevin Lynch, onde foi destacado dentro da

área de projeto os percursos, limites, nós, setores e marcos.

Figura 111. Mapa de percepção ambiental. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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Como o objetivo do projeto é que o centro seja frequentado tanto durante o dia quanto durante a noite foi feito um levantamento que envolve atividades noturnas. No

mapa, constam os locais como bares, casas noturnas e restaurantes. Assim podemos analisar e traçar intervenções que reforcem esse tipo de comércio na região.

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Figura 112. Mapa de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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Também, foi feito um levantamento onde foi destacados os estacionamentos e espaços vazios nessa área da cidade. Em alguns locais esses espaços estão muito pró-

ximos, em outros estão cortando a quadra. Esse diagnóstico foi feito para levantar propostas de aproveitamento desses espaços considerados vazios.

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Figura 113. Mapa de Estacionamentos e Espaços Vazios. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

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5.3 ANÁLISE BIOCLIMÁTICA Foi elaborado um mapa climático para poder analisar como funciona as correntes de vento e a incidência solar durante o ano. De acordo com o Instituto de Meteorolo-

gia da UFU, no período de março a novembro as correntes de ar estão sentido a noroeste - NO, já nos meses de dezembro a fevereiro estão no sentido nordeste - NE.

Figura 114. Mapa Bioclimático. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

Como foi ilustrado no mapa acima, no verão o sol nasce no leste, passa pelo norte e se põe no oeste. No inverno ele nasce no leste, passa pelo sul e se põe no oeste.

As cartas solares abaixo deixa mais claro, onde de março a setembro o sol segue as orientações do verão, e de setembro a fevereiro ele segue as orientações do inverno.

Figura 115. Cartas Solares. Programa Solar. Modificado pela autora.

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Como a área de escolha é o local mais verticalizado da cidade, os ventos dominantes são barrados pelas edificações, principalmente de dezembro a fevereiro, pois passam primeiro pelas edificações mais altas. Em relação a incidência de sol, durante o inverno é o período onde as edificações mais altas recebem uma incidência solar maior, assim as edificações mais baixas não recebem tanta incidência solar.

O traçado urbano também influencia na corrente de ventos e incidência solar, as vias que estão em sentido nordeste estão recebendo mais corrente de vento durante dezembro a fevereiro. Já as vias que estão sentido noroeste, recebem essa corrente de março a novembro. As demais vias que estão em sentido horizontal, recebe a corrente de ventos mais amena.

Figura 116. Mapa de Gabarito com Esquema Climático. Elaborado pela autora. Setembro de 2017.

Como podemos ver nos mapas e cartas solares acima, a área possui incidência solar e correntes de vento durante todo ano, porém devido a sua verticalização em algu-

mas épocas do ano esses aspectos bioclimáticos são barrados e modificados pelas edificações maiores em relação as menores .

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projeto

Figura 117. Área de intervenção do projeto. Fonte: Autora.

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6.1 CONCEITO A cidade é o reflexo de uma história, tanto sua arquitetura quanto seu traçado urbano se expõe como um espelho, transparecendo todo seu processo de mudança, sendo ele modificado pelo homem ou até mesmo pelo tempo. O espaço urbano funciona como um organismo vivo possuindo diversos elementos que sofrem transformações em diferentes proporções. O conceito do projeto está relacionado ao reflexo de alterações do es-

paço urbano, da arquitetura e das pessoas, onde juntos revelam histórias. A área onde o será desenvolvido o projeto é caracterizada por possuir edificações de grande valor histórico e um traçado urbano tortuoso, pois se trata do local onde a cidade teve seu surgimento. O partido arquitetônico foi definido através do objeto espelho e o que ele representa, pois mesmo quando quebrado, a união de todos os fragmento entre si, decorre na formação de um mosaico.

Figura 118. Ilustração do Conceito e Partido. Fonte: Autora.

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PLANO DE AÇÕES A ideia do projeto é requalificar a área central da cidade de Uberlândia, trazendo cultura e lazer para a população. O projeto traz também o objetivo de proporcionar mobilidade urbana e uma nova configuração da paisagem. A mobilidade urbana é algo bem preocupante nessa área da cidade, pois possui

um grande fluxo de pedestres, mas a prioridade é para o transporte privado. O projeto vem em contra partida priorizando o pedestre e outros tipos de transporte alternativo. A ideia é promover maior fluidez e segurança no tráfego. Logo foi elaborado uma tabela com os planos de ações necessárias para o projeto.

Figura 119. Tabela Plano de Ações. Fonte: Autora.

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PROJETO - CAIXA DE FERRAMENTAS BANCOS - Criam espaços para conversar - Confortam ‘espaços dentro do espaço’, convidando os passantes a se sentarem - Constroem grandes elementos de permanência

VASOS - Ampliam a presença do verde na cidade - Fornecem sombra e filtram a luz solar - Criam novos ambientes dentro do espaço - Servem como elementos adicionais do descanso SINALIZAÇÃO - Fornece informações sobre as linhas de ônibus - Identifica um ponto de encontro - Expõe informações sobre os projetos, convidando as pessoas a usarem o espaço e a participarem dele. TRATAMENTO DE PISO - Unifica o espaço - Identifica com clareza as transformações do lugar - Conquista áreas de leito carroçavel ocioso, mediando uma nova relação de uso do espaço viário

PAINEIS E JARDINS VERTICAIS - Ativam fachadas e muros dem janelas - Criam identidade - Ampliam a oferta do verde Figura 120. Ferramentas de intervenções. Fonte: Prefeitura de São paulo. Editado pela autora.

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ILUMINAÇÃO - Garantes espaços públicos mais seguros - Convidam ao uso noturno - Realçam detalhes nas contruções - Criam padrões luminosos de piso

PARKLETS - Devolvem o espaço do carro para as pessoas - Proporcionam mais espaços de permanência na cidade - Criam espaços para sentar e mais serviços ao ar livre - Ativam ruas e garantem um ambiente mais agradável para o pedestre

PARACICLOS - Fornecem estacionamento seguro para as bicicletas, tanto na rua como em áreas fechadas

BANHEIROS PÚBLICOS - Garantem ruas mais limpas - Permitem que os usuários aproveitem mais tempo o espaço público Figura 120. Ferramentas de intervenções. Fonte: Prefeitura de São paulo. Editado pela autora.

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SETORIZAÇÃO A área do projeto foi dividida em três setores: Cultura, Gastronomia e Entretenimento. Esses três setores foram definidos através dos diagnóstico, onde o setor de cultura está localizado na área mais antiga, se trata do local onde a cidade teve seu surgimento. Nesse espaço há um grande número de edificações antigas tombadas e inventariadas, e é nele que está a oficina cultural e a casa da cultura.

Já no setor de entretenimento está localizado o teatro Municipal Rondon Pacheco, mas o principal motivo pela escolha desse espaço foi a quantidade de estacionamentos existentes, assim os mesmos tem um grande potencial para propostas. O setor de Gastronomia está ligado a local onde possui uma maior quantidade de bares, restaurantes e casas noturnas, assim podemos prever maiores alterações no traçado urbano priorizando o pedestre.

Figura 121. Setorização. Fonte: Autora.

O objetivo dessa divisão foi traçar a área de acordo com o maior potencial e assim propor estratégias. Em relação a mobilidade urbana, foi feito um estudo do fluxo de transporte público e privado, para assim poder traçar de acordo com os setores as melhores propostas, como ruas a serem fechadas, ruas que compartilhadas entre pedestres e automóveis, travessias elevadas e etc. Essas propostas foram fundamentadas de acordo com os três setores já citados acima, visando a melhor locomoção do pedestre. O mapa a seguir

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ilustra o estudo do fluxo urbano de automóveis e o sentido das ruas existentes na área.

Figura 122. Fluxo de automóveis . Fonte: Autora.


O mapa abaixo ilustra como é o traçado urbano existente. De acordo com a análise no setor cultural e gastronomia as vias são

estreitas e tortuosas com quadras assimetricas, já no setor de entretenimento começa a se formar um traçado mais simétrico.

Figura 123. Traçado Urbano existente . Fonte: Autora.

De acordo com a implantação proposta a seguir indica a localização das três propostas arquitetonicas, 1 - Expansão da biblioteca municipal junto com o marco zero, 2 - Galeria de Arte Urbana, 3 - Caixa urbana. Além das propostas arquitetônicas também foram feitas propostas urbanas, como o fechamento parcial do cruzamento entre as ruas Goiás e Silviano Brandão e outro na rua Marechal Deodoro, localizada na entrada da galeria 1. O mapa a seguir também mostra a locação dos mobiliários urbanos como pontos de ônibus, parklets, sanitários públicos e quiosques. O mobiliário foi inserido de acordo com o potencial do local. Exemplificando os

parklets que estão localizados em frvidos lugares que possuem grande fluxo de pessoas devido a sua atividade comercial, como bares e restaurantes. Além dos fechamentos também foram feitas alterações em outras ruas que compõem o traçado urbano da área, como a implantação de ciclovia nas ruas Santos Dumont Barão de Camargos, Bernardo Guimarães, e nas avenidas, João Pinheiro e Floriano Peixoto. Após o mapa com a implantação do projeto, vem a seguir os perfis viários atuais e propostos dos locais de ciclovias, buscando sempre a priorização do pedestre e do transporte alternativo.

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Praรงa da bicota e atrรกs a igreja do Rosรกrio.

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O projeto de requalificação da biblioteca propõe uma nova configuração do entorno, como vegetação, paginação de piso e mobiliário urbano. Figura 124. Biblioteca Municipal JK . Fonte: Autora, junho 2018.

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O anexo da Biblioteca Municipal foi feito em seu subsolo, expandindo para praça em frente a edificação. Junto com a expansão foi criado o pátio do marco zero, indicando o local de nascimento da cidade. Figura 125. Praça Cícero Macedo. Fonte: Autora, junho 2018.

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A GAU - Galeria de Arte Urbana possui duas entradas, uma delas se localiza em frente ao calçadão da rua Marechal Deodoro. As ruínas existentes, como paredes laterais e apenas uma fachadas foram restauradas. Figura 126. Fachada da galeria atualmente. Fonte: Autora, junho 2018.

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A nova entrada da galeria é caracterizada por um traçado contemporâneo e de linhas retas. As paredes se tornam painéis e telas para os artistas. As artes expostas são de um artista local, conhecido como Japa. Figura 127. Fachada da galeria atualmente. Fonte: Autora, junho 2018.

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A Caixa Urbana é uma edificação que proporciona estrutura para eventos em seu exterior, como um palco voltado para os fundos da quadra e outro no terraço. Seu interior é um auditório de capacidade mediana. Para criação da galeria foram retirados os estacionamentos existentes na quadra. Figura 128. Estacionamentos na área atualmente . Fonte: Autora, junho 2018.

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SISTEMA CONSTRUTIVO LAJE NERVURADA A laje nervurada está sendo cada vez mais utilizada pois apresenta pontos muito positivos. Um deles é o fato de não apresentar vigas nas estruturas, o que reduz gastos e tempo de execução. É muito usada em grandes obras, sendo também muito resistentes

Figura 129. Detalhe laje nervurada . Fonte: Atex.

Figura 130. Execução da laje nervurada . Fonte: Atex.

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a possíveis deformações. São fabricadas in-loco, utilizando de maneira mais eficiente o espaço de concreto, o que reduz o custo de material e mão de obra. (https:// www.impermeabilizabrasil.com)


FECHAMENTOS O concreto aparente possui diversas opções de acabamentos, que variam no estilo arquitetônico, nos detalhes coloridos e nas

texturas. No projeto foi utilizado o concreto aparente de textura bruta.

Figura 131. Detalhe textura em concreto . Fonte: Pinterest

BLOCOS DE CONCRETO

Figura 132. Alvenaria com blocos de concreto . Fonte: MP Brasil

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Para a realização do projeto do Foodpark foi retirada uma antiga estrutura de uma edificação abandonada. Trazendo um ambiente mais limpo e agradável para os frequentadores. Os muros foram tomados por vegetação e no centro um grande espelho d’agua. Figura 133. Terreno de intervenção atualmente. Fonte: Autora, junho 2018.

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PARKLET

DIRETRIZES GERAIS DE IMPLANTAÇÃO - Observar a distância mínima da esquina, as limitações, acessibilidade, drenagem, inclinação da rua, entre outros, para que o local ofereça segurança e instalação aos usuários.

Figura 134. Ferramentas de intervenções. Fonte: Pref. de São paulo. Editado pela autora.

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PONTO DE ÔNUBUS

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QUIOSQUE

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SANITÁRIO

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BANCOS E FLOREIRA

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MOBILIÁRIO

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considerações finais Neste projeto foi possível compreender diversos detalhes da área central de Uberlândia, especialmente o bairro Fundinho, desde sua história até a importância deste par a cidade. Requalificar este conceituado bairro, tem o objetivo de manter a sua história e fazer com que a população ocupe, sendo um eixo que proporcione lazer e cultura a qualquer hora do dia. É de extrema importância a preservação desse patrimônio, por ser o local de surgimento da cidade, pois lá é retratado em forma física toda sua história. Esta intervenção, além do intuito de valorização estética e histórica tem também como um dos focos principais o lazer. A principal ideia é que Uberlândia se transforme em uma cidade turística usando todo o seu potencial.

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Referências bibliográficas

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REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS

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