Crescer: Centro de Atenção à Saúde e Desenvolvimento de Crianças Especias

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CRESCER: Centro de Atenção à Saúde e Desenvolvimento de Crianças Especiais na Microrregião de Curitibanos - SC

Gabriela Pedroso


Gabriela Pedroso Trabalho Final de Graduação I, submetido como requisito parcial necessário à obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, outorgado pela Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS Orientadora: Andréia Saúgo UFFS | 2018

O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos. (Eleanor Roosevelt) Imagem 1

Figura 1


SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO: 1.1 Introdução 1.2 Objetivos 1.3 Metodologia

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REFERENCIAL TEÓRICO: 2.1 Introdução 2.2 Panorama histórico 2.3 Conceitos e direitos das pessoas com deficiência 2.4 Classificação das deficiências e síndromes 2.5 Tratamentos e Terapias alternativos 2.6 Arquitetura da saúde humanizada 2.7 Psicologia ambiental 2.8 Arquitetura, acessibilidade e ergonomia

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O LUGAR - CONTEXTUALIZAÇÃO: 3.1 A Microrregião de Curitibanos 3.2 O Municipio de Curitibanos 3.3 Instituições de Interesse e Público-alvo 3.3.1 Hospital Regional Hélio Anjos Ortiz 3.3.2 Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE 3.4 O Recorte 3.4.1 Morfologia Urbana 3.4.2 Levantamento Fotográfico 3.4.3 Índices Urbanísticos 3.4.4 Síntese das Análises 3.5 Resultado da Entrevista e questionário

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ESTUDOS DE CASO E REFERÊNCIAS PROJETUAIS: 39 4.1 Estudo de Caso: Hospital Infantil Nelson Mandela 4.2 Referencia Projetual: Centro de Reabilitação Infantil da Teleton 4.3 Referencia Projetual: Hospital Sarah Kubitschek Salvador

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A PROPOSTA: 5.1 Intevenções e Diretrizes Urbanas 5.2 Diretrizes Projetuais 5.3 Programa e pré-dimensionamento 5.4 Zoneamento 5.5 Esboço da proposta

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 6.1 Lista de figuras

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1. Apresentação Figura 2


1.1 Introdução A partir do último censo brasileiro (IBGE, 2010), se percebe que 23,9% da população possui algum tipo de deficiência ou incapacidade. Investir em programas de prevenção, tratamentos adequados e precoces são essenciais para diminuir a incidência e melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. Entretanto, a dificuldade de acesso e identificação de anomalias ainda no primeiro ano de vida fazem com que esse processo seja muitas vezes falho e ineficaz (VAN SCHAIK, SOUZA, ROCHA; 2014). O presente trabalho final de graduação tem como proposta um Centro de Atenção à Saúde e Desenvolvimento de Crianças Especiais, situado no município de Curitibanos-SC, com atendimento a demanda da Microrregião de Curitibanos. Afim de compreender as necessidades e especificidades em relação a saúde e desenvolvimento do público infantil, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e crescimento. É sabido que a infância é principal fase de desenvolvimento e formação dos seres humanos, e proporcionar um tratamento e diagnóstico prévios são essenciais.

O projeto contará com um centro de saúde especializado, promovendo tratamentos e terapias alternativos integrados a arquitetura como espaço curativo, além de acompanhamento gestacional e precoce em situações de suspeita, promoção de campanhas de conscientização da população, assistência social familiar e integração comunidade + cidade através de espaços livres. A intenção projetual surgiu da união das potencialidades proporcionadas por Curitibanos, tanto por sua localização no centro do estado, facilitando seu acesso, como sua referência no atendimento regional, dado por duas instituições destacadas nesse trabalho, o Hospital Regional Hélio Anjos Ortiz fundado em 1946 e a APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, criada em 1977. A busca pela complementação dessas duas instituições importantes na região, aliado a problemática das pessoas com deficiências, principalmente o público infantil, resultaram na proposta.

1.2 Objetivos Geral: O presente trabalho final de graduação visa elaborar o anteprojeto arquitetônico do Centro de atenção à saúde e desenvolvimento para crianças especiais, a partir de espaços que compreendam suas necessidades, aliando a arquitetura ao processo curativo. Inserido no contexto da microrregião de Curitibanos e implantado na cidade de Curitibanos-SC.

Específicos:

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Compreender a demanda, o público-alvo e suas necessidades

Proporcionar a aproximação entre o Hospital Regional e a APAE

Criar um ambiente agradável, dinâmico e acessível, para que as crianças se sintam à vontade

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Promover uma arquitetura subjetiva, capaz de provocar sentimentos e emoções

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Aproximar a comunidade através de espaços livres externos

Propiciar tratamentos e terapias alternativos aliados a arquitetura humanizada

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1.3 Metodologia O processo de desenvolvimento do presente trabalho será estruturado em 3 etapas principais: a pesquisa bibliográfica, para compreensão e embasamento do tema proposto; a análise do contexto de intervenção em escalas distintas, compreendo suas características e necessidades; e, por fim o desenvolvimento da concepção arquitetônica através dos estudos realizados. As quais abrangem especificadamente:

Pesquisa Bibliográfica: Levantamento do panorama histórico brasileiro Aproximação dos conceitos e direitos das pessoas com deficiência, bem como suas especificidades Estudo da arquitetura hospitalar vinculada ao processo de cura, através da psicologia ambiental Estudo da acessibilidade ligada a arquitetura

Análise do local de intervenção: Estudo e Análise do contexto regional, observando suas necessidades e potencialidades Diagnóstico da cidade de Curitibanos, considerando a legislação, a infraestrutura e morfologia urbana e as questões ambientais Estudo da área de recorte, compreendendo suas características e potenciais ligações entre as instituições destacadas, através de levantamento de campo e visitas no local Identificação das demandas do município através de entrevistas com o público-alvo e questionário abrangente ao público geral Justificativa da inserção do objeto arquitetônico na cidade a partir dos estudos e diagnósticos

Concepção projetual: Definição do terreno, compreendendo seu entorno e condicionantes Concepção de diretrizes projetuais e conceito geral da proposta Elaboração do programa, zoneamento e pré-dimensionamento observando as demandas do município e região atendida Representação da espacialização da proposta 5


Compreensão do usuário

1

Pesquisa de campo (estudos de caso)

Pesquisa qualitativa

2

Pesquisa quantitativa

Análise urbana

3 Compreensão das análises para elaboração do projeto 6


2. Referencial Teรณrico Figura 3


2.1 Introdução Segundo VAN SCHAIK et. al (2014), o processo de desenvol-vimento e crescimento das crianças acontece espontaneamente nos primeiros anos de vida, entretanto, no caso das consideradas “deficientes” esse processo ocorre mais lentamente e de maneira distinta, precisando de estímulos diferenciados. Ações que priorizem uma atenção primária à saúde (APS) e um diagnóstico precoce favorecem para otratamento adequado e eficaz.

Criança com crescimento normal

Criança abaixo do peso ou crescimento

Essa preocupação com a APS se iniciou com a discussão na Reunião de Cúpula em Favor da Infância em Nova York no ano de 1990 e na Conferência Internacional de Nutrição em Roma, em 1992. A partir de então houve um aumento na taxa de vida infantil no mundo, mas no Brasil, somente em 2002 o Ministério da Saúde começou a distribuir uma cartilha de conscientização da população, observando:

Investigação da possibilidade de deficiência

Diagnóstico precoce

Tratamento adequado

Crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida

“Princípios como longitudinalidade, integralidade, intersetorialidade, acolhimento, equidade, acesso universal, resolutividade, responsabilização, atuação em equipe e ações coletivas para a promoção da saúde, passaram a ser orientadoras da formulação de práticas de cuidado à criança“. (VAN SCHAIK et. al, p.234, 2014).

Apesar do grande avanço na descoberta e tratamento precoce em crianças com deficiência, ainda há um grande caminho a ser percorrido. Atualmente, se a criança não apresentar alterações de peso ou altura abaixo do considerado para sua idade, e também a família não notar ou desconfiar de alterações no seu desenvolvimento, este passara despercebido, deixando de receber um tratamento prévio. (VAN SCHAIK et. al, 2014). Portanto, um diagnóstico precoce e um tratamento adequado a necessidade da criança são fundamentais para seu desenvolvimento e crescimento posterior, influenciando diretamente em sua qualidade de vida como adulto.

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Expansão das Instituições de Educação Especial Pavilhão-Escola Bourneville (Localizado no Hospício Nacional de Alienados, Rio de Janeiro -RJ)

Instituto dos Surdos Mudos (atual Instituto Nacional de Educação de Surdos, Rio de Janeiro - RJ)

Primeiro espaço destinado apenas a crianças consideradas anormais na época, observando a educação como parte do tratamento, que era realizado somente sob internação e diagnóstico de problemas psiquiátricos.

Foi criado com a finalidade de oferecer educação regular básica, intelectual, moral e religiosa aos surdos de ambos os sexos.

1854

Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atual Instituto Benjamin Constant, Rio de Janeiro - RJ) O instituto tinha o objetivo de ensinar crianças cegas a ler, escrever e alguns conhecimentos básicos do ensino regular, tornando seus alunos mais independentes.

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1857

A partir da década de 1920 se iniciou a disseminação de instituições de educação especial, principalmente privadas. O ensino público atendia somente deficientes mentais, que só eram aceitos senão atrapalhassem o ensino de sua classe. Nessa época o atendimento prestado buscava a cura e não o conhecimento aprofundado das patologias.

1889

Proclamação da República Com a instituição da república os Institutos pouco mudaram e permaneceram como pequenas iniciativas, pois tinham um atendimento restrito, já que se destinavam somente a cegueira e surdez.

1903

1906

Atendimento de Alunos com deficiência na Escola Pública (Rio de Janeiro - RJ) Nesse ano as escolas públicas começaram a receber alunos com deficiência intelectual mediantes uma seleção realizada pelas próprias escolas.

1920

Fundação Hospital Hélio Anjos Ortiz (Curitibanos - SC)

1926

Instituto Pestalozzi (Canoas, RS) Promovia a assistência, educação e institucionalização das pessoas com deficiência intelectual. Sua fundadora, Helena Antipoff, foi responsável por introduzir o termo “excepcional” ao invés de retardo mental.

1946


2.2 Panorâma histórico Desde de sua origem, os seres humanos possuem características próprias que os distinguem. A diversidade é manifestada na distinção de gênero, nas etapas da vida e também na fragilidade do ser - fator que delimita ou difere o desempenho em certas atividades consideradas comuns.

Como consequência, as pessoas com deficiência enfrentaram a exclusão, o abandono, entre outras formas de discriminação pelo seu desempenho diferenciado do considerado «normal». Da invisibilidade até a convivência em sociedade houve um longo trajeto de lutas e conquistas, onde as principais estão representadas abaixo:

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI)

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)

Lei N°10.048 e 10.092

Surgiu por iniciativa de uma mãe de uma criança com deficiência intelectual, na busca de um espaço que prestasse atendimento em serviços de saúde, educação e assistência social.

1950

1954

Asseguram o atendimento prioritário para pessoas com deficiência em locais públicos e estabelecem normas gerais de acessibilidade física.

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE (Curitibanos – SC)

1961

Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD)

Lei de Diretrizes e Bases – LDB (Lei Nº 4.024/61)

É uma entidade sem fins lucrativos que surgiu como um centro de reabilitação para crianças e adolescentes com deficiências físicas, afim de reinserí-los na sociedade.

Garantia do atendimento educacional às pessoas com deficiência à educação, preferencialmente no ensino regular.

1977

1988

Constituição Federal Reconhece e assegura os direitos das pessoas com deficiências, entre eles “cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência” (Art 23º, inciso II).

2000

Garantia pela lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) da promoção de igualdade, exercício dos direitos e liberdades, visando sua inclusão e cidadania.

2007

2015

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Contou com participação de 192 países que discutiram e elaboraram o documento afim de proteger os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência. Instituído no Brasil pelo Decreto Legislativo nº 186/2008 e Decreto nº 6.949/2009.

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2.3 Conceitos e Direitos das Pessoas com Deficiência O termo atualizado para denominação correta é “Pessoa com Deficiência” (PCD), entretanto, ao longo do tempo diversas terminologias foram utilizadas, mas não são consideradas adequadas pelo Estatuto da pessoa com deficiência (2015). A denominação faz parte de um processo de luta pela garantia dos direitos e visa enfatizar a pessoa e não a deficiência. Salienta-se que nesse trabalho será adotado o termo “especial” quando se tratar de crianças. Os seres humanos possuem características singulares que os diferem entre si, conformando uma sociedade diversificada. Antigamente, essa pluralidade tinha limites entre o considerado “normal” e “anormal”, que resultou em discriminação e exclusão dos que não se encaixavam nos padrões de normalidade. As pessoas com deficiência sofreram e ainda sofrem um processo de aceitação e compreensão da sociedade, que ainda é muito preconceituosa. Entretanto, nota-se que é um processo ainda em curso e que já avançou e trouxe diversas melhorias e garantias nos direitos das PCDs, e consequente aumento na qualidade de vida. Segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº13.146/2015):

DIVERSIDADE “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.” (Estatuto da Pessoa com Deficiência, p. 08, 2015)

Então, é identificado como “pessoa com deficiência” aquela que, em caráter permanente, demonstrar a perda total ou parcial de sua estrutura ou função gerando incapacidade para o desenvolvimento de certas atividades consideradas “normais” para os seres humanos, podendo ser congênita (nascida com o indivíduo) ou adquirida. E segundo o art. 5º do decreto 5,296/2004 são classificadas em: auditiva, física, intelectual, visual e múltipladeficiência (Cartilha dos Direitos das Pessoas com Deficiências, p.6, 2013).

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INTEGRAÇÃO

SUPERAÇÃO

No que tange a saúde, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência garante seu acesso sem discriminação e especializado em suas necessidades. Propiciando serviços específicos, entre eles diagnóstico e intervenção precoce, afim de reduzir e prevenir deficiências adicionais. Além disso, delimita que os serviços devem ser ofertados o mais próximo possível de seu usuário. E descreve que os profissionais devem ser qualificados, recebendo toda a instrução necessária para atender as especificidades. Além disso, garante o direito à vida, a educação, a acessibilidade, ao trabalho, a assistência social, ao lazer, cultura e turismo, ao transporte, a família, a liberdade e a informação (Cartilha dos Direitos das Pessoas com Deficiências, p.9-13, 2013)

No Brasil existem diversas organizações em prol das pessoas com deficiência, garantindo seus direitos e melhores condições de inclusão social, entre elas estão o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE) e também a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Pessoa com deficiência, responsável por sua inclusão em todos os aspectos da sociedade. Além disso, existem organizações filantrópicas que desempenham questões de saúde, educação e assistência dos indivíduos de maneira especializada, destaca-se a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de abrangência nacional.


2.4 Classificação das Deficiências e Síndromes Com o avanço da medicina são descobertas novas síndromes, deficiências e doenças cotidianamente. Atualmente, segundo a cartilha desenvolvida pela Coleção Paraná Inclusivo (2016), as deficiências e síndromes estão divididas em: I - Auditiva: Quando ha ́ a perda parcial ou total da audição, podendo ser ocasionada por genética ou lesão no aparelho auditivo. São classificadas conforme a capacidade de detecção de níveis de decibéis, subdivididas em: - Leve: dificuldade de entendimento da fala humana; - Moderada e Severa: faz-se necessário o uso de aparelho auditivo e uso da língua de sinais; - Profunda: para a comunicação ha ́ a necessidade de técnicas de leitura labial e língua de sinais. II - Visual: Perda da capacidade visual ou redução da mesma de modo definitivo, sem que possa haver o melhoramento clínico ou cirúrgico. A deficiência possui distinção entre: - Baixa visão: subdivide-se em leve, moderada ou profunda, a baixa visão pode ser compensada com o uso de lentes e lupas, auxiliadas com bengalas e treinos de orientação para mobilidade; - Próximo a ̀ cegueira: quando ha ́ a capacidade de distinguir luzes e sombras. Utiliza o recurso de braile e de voz para comunicação e de bengalas e treinamentos para locomoção; - Cegueira: quando ha ́ a perda total da visão, onde todas as alternativas acima são necessárias para comunicação e mobilidade. III - Física: Alteração parcial ou completa de um ou mais componentes do corpo humano, o que compromete a mobilidade e coordenação motora. - Paraplegia: perda total das funções motoras; - Monoplegia: funções motoras parciais ocorrendo em apenas um membro; - Tetraplegia: perda total das funções nos membros superiores e inferiores; - Hemiplegia: não ha ́ função motora em um lado do corpo; - Ostomia: comunicação de órgão interno com o exterior do corpo cujo objetivo e ́ eliminar dejetos do organismo; - Amputação: quando ocorre a remoção de uma parte do corpo humano; - Paralisia cerebral: lesão ocasionada pela falta de oxigenação do cérebro durante o período gestacional, parto ou até dois anos de idade (através de traumatismos ou doenças graves), comprometendo a força, equilíbrio e coordenação motora do indivıduo; - Nanismo: alteração genética que altera crescimento. IV - Intelectual: Quando há redução dos padrões intelectuais abaixo da média, nela pode ser classificado com níveis leve, Moderado, severo ou profundo grau de limitação. Através dela são associadas a limitações de adaptação, como comunicação, sociabilidade, cuidados pessoais, autonomia e segurança. V - Psicossocial: Quando há alteração nos processos cognitivos e afetivos, comprometendo o comportamento, autonomia, entendimento da realidade e de relações sociais. Abrange os transtornos globais de desenvolvimento (Síndromes de Asperger, Rett, Willians, autismo, entre outros), além dos diversos transtornos mentais. VI - Múltipla: E assim denominada quando a mesma pessoa apresenta duas ou mais deficiências citadas anteriormente. Estes comprometimentos ocasionam atrasos no desenvolvimento global e capacidade adaptativa.

O cenário Brasileiro atual conta com 23,9% (mais de 45 milhões de pessoas) da população com algum tipo de deficiência - conforme o gráfico abaixo, onde 84,3% residem no meio urbano (IBGE, 2010). Esse dado ressalta a importância da existência de espaços adequados para o atendimento de suas necessidades em diferentes esferas. Além, do processo social de inclusão na sociedade de maneira mais igualitária e eficaz, afim de garantir qualidade de vida e acessibilidade.

1,4%

Intelectual ou mental

7%

Motora

5,1%

Auditiva

18,6%

Física

23,9%

Pelo menos uma das deficiências População por tipo de deficiência

Cartilha do Censo 2010 – Pessoas com Deficiência, 2012

A região sul é que apresenta maior porcentagem de pessoas com deficiência no Brasil com 8,4% do total. Já em relação a tipologia das deficiências, a que aponta maior número de declarantes é a visual com 18,6% ressalta-se que pessoas com dificuldade visual e dependência de mecanismos para enxergar são enquadradas nesse grupo, sendo que 23,9% declara possuir pelo menos uma das deficiências investigadas.

5,2% 6,3% 5,7%

5,8% 8,4%

Pessoas com deficiência por região no Brasil Cartilha do Censo 2010 – Pessoas com Deficiência, 2012 12


São conhecidas como terapias alternativas ou integrativas aquelas que são complementares aos tratamentos convencionas oferecidos pela medicina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a utilização desses métodos alternativos na busca de resultados favoráveis e menos agressivos, tratando principalmente por meio de incentivos psicológicos a busca pela cura, de dentro para fora.

Assim, buscam uma abordagem natural de estímulos para prevenção e recuperação da saúde. É importante ressaltar que esses métodos não são substitutos dos tratamentos tradicionais prescritos pela medicina, e sim complementares. A seguir encontra-se uma breve descrição das terapias estudadas, as quais foram divididas em campos de tratamentos comuns, sendo eles: Psicológicos, Físicos e Medicações.

Psicológicos: Biodança

Arte Terapia

Auxilia na integração e desenvolvimento humano através da música como instrumento de movimento e emoção. Utiliza a música e exercícios estruturados a fim da diminuição do estresse, melhorando a renovação orgânica e a comunicação e interação social.

É um processo terapêutico que usa a arte como mediador entre o indivíduo e sua interação. Trabalha diversos conhecimentos, como educação, saúde, arte e ciências, visando processos de autoconhecimento e transformação.

Musicoterapia

Hipnoterapia

É uma técnica que utiliza a música e seus elementos no desenvolvimento (som, ritmo, melodia e harmonia), facilitando a comunicação, aprendizagem e expressão de quem o faz. Afim de atender necessidades físicas, emocionais, sociais e cognitivas de forma individual ou em grupo.

Consiste num conjunto de técnicas através do relaxamento e concentração que induzem a pessoa em um avançado estado de consciência, afim de encontrar e tratar comportamentos indesejados.

Pet terapia

Meditação

É uma técnica terapêutica que utiliza os animais como apoio no tratamento de pessoas com patologias, estimulando aspectos físicos e emocionais, melhorando a qualidade de vida e acelerando o processo de tratamento.

É uma prática que visa facilitar o processo de autoconhecimento, aprimorando as relações pessoais, sociais e ambientais, entre o interior e exterior do indivíduo. Assim, amplia capacidades de atenção, observação e concentração, regulando o corpo e a mente.

Terapia comunitária

Reiki

Atua no espaço aberto a comunidade como construtor de laços sociais, emocionais e na troca de experiências e prevenção de doenças. Visa diminuir o isolamento social através da interação entre o grupo, fortalecendo os laços sociais. A técnica divide-se em 5 passos: acolhimento, escolha do tema, contextualização, problematização, rituais de agregação e conotação positiva, funcionando como promotores da saúde e integração.

É uma concentração energética por meio do toque ou aproximação das mãos sobre o receptor. Objetiva o fortalecimento de locais bloqueados, eliminando toxinas e promovendo o equilíbrio do funcionamento corporal, reestabelecendo o fluxo e energia vitais.

Yôga Trabalha a unificação do ser humano em si mesmo através de aspectos físicos, mentais, emocionais, enérgicos e espirituais. Atua no processo de fortalecimento do corpo e da mente através de posturas psicofísicas e técnicas de respiração, concentração e relaxamento.

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2.5 Tratamentos e Terapias Alternativos Físicos: Massoterapia e Quiropraxia

Acupuntura e Auriculoterapia

A massoterapia trabalho com massagem que estimula os tecidos musculares na amenização das dores. Visa o equilíbrio do corpo através do toque das mãos.

A acupuntura é uma prática que constitui no estimulo na pele por meio de agulhas metálicas finas manipuladas por meio de estímulos elétricos, auxiliando no diagnostico, prevenção e tratamentos de doenças.

A quiropraxia é dedicada ao diagnostico, tratamento e prevenção de disfunções mecânicas neuromusculoesqueleticos. O tratamento baseiase em primeiramente eliminar ou reduzir os sintomas, depois estabilizar e por fim manter e progredir para a melhoria do bem-estar.

Já a auriculoterapia é uma terapia que realiza estímulos através de agulhas na orelha, afim de aliviar ou tratar problemas físicos ou psicológicos.

Osteopatia

Reflexoterapia

É um método de diagnóstico e tratamento manual dos problemas nas articulações e tecidos, utilizado principalmente na coluna cervical e membros superiores, melhora de forma gradual a mecânica das articulações, órgãos e tecidos.

Através do conhecimento da reflexologia realiza através de massagens em pontos específicos nos pés ou mãos, tratar dores e doenças. Esse processo faz com que os reflexos provocados cheguem até as áreas a serem tratadas, promovendo uma melhoria dos sintomas.

Medicamentos Naturais: Mente

Corpo

Homeopatia e Fitoterapia Enquanto a fitoterapia é baseada no uso de plantas para a cura e tratamentos, onde são preservados todas as substancias originais da planta, podendo resultar em chás, pomadas, inalantes, comprimidos.

Tratamentos naturais

A homeopatia é um tratamento que utiliza manipulações individuais baseadas nas queixas do paciente, utilizando substancias naturais de origem natural, podendo ser animal, vegetal ou mineral.

Aromaterapia Equilíbrio do ser

É uma pratica terapêutica que utiliza as propriedades de óleos essenciais puros no restabelecimento do equilíbrio e harmonia do corpo humano. Atua no sistema físico, emocional ou mental a fim da melhoria da saúde física e bem-estar.

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Por um longo período de tempo, ainda mesmo hoje, a sociedade viu o edifício hospitalar como um local triste, de doenças e morte. Entretanto, sua real função advém de seu nome “hospitalis” do latim, que significa ser hospitaleiro, hospedar e acolher. Por isso, durante a idade média, servia para acolher doentes e viajantes pobres, onde o processo de cura era esquecido. Assim, a concepção do hospital como um local de tratamento e cura é muito recente, posterior a Revolução Industrial, onde buscou-se melhoria nas condições sanitárias dos espaços, a qual foi intensificada durante o século XIX (LUKIANTCHUKI, 2010). A partir do momento que foi percebido como um espaço integrante do processo de tratamento em busca da cura, houve um crescente aprimoramento do ambiente. Onde, a distribuição espacial e os fluxos tornam-se as maiores preocupações dentro de um programa hospitalar. No século XX, o ambiente hospitalar passa a ser organizado segundo as especializações de suas áreas internas, observando os cuidados e apoios necessários aos pacientes. Entretanto, no final deste mesmo século percebe-se que o local para tratamento necessita de humanização e aproximar-se de seus pacientes (SILVA, 2001). Um grande percursor da humanização dos espaços de saúde no Brasil foi João Filgueiras lima, Lelé, onde afirmava por meio da beleza e funcionalidade que:

“Ninguém se cura somente da dor física, tem de curar a dor espiritual também. Acho que os centros de saúde que temos feito provam ser possível existir um hospital mais humano, sem abrir mão da funcionalidade. Passamos a pensar a funcionalidade como uma palavra mais abrangente: é funcional criar ambientes em que o paciente esteja à vontade, que possibilitem sua cura psíquica. Porque a beleza pode não alimentar a barriga, mas alimenta o espírito” (LIMA, p.50, 2004)

"[...]O que torna estes espaços humanizados é o fato de eles estabelecerem uma forte e boa ligação com o seu usuário. No caso dos ambientes hospitalares, este aspecto deve ser mais forte ainda, pois os espaços são projetados para receber pessoas geralmente em estágio de recuperação, onde o fator emocional muito influi. Sendo assim, o ambiente deve propiciar ao indivíduo, sensação de bem-estar e tranquilidade, o que, consequentemente, lhe proporcionará a sensação de segurança e confiabilidade." (CIACO, p.68, 2010)

Segundo Costa (2001) a humanização do espaço visa aproximar o paciente do edifício, baseado nos preceitos do lar, diminuindo a escala e aproximando as relações humanas. É necessário também uma personalização dos espaços, para que seus usuários se identifiquem com o local. Pois, estar em um espaço que se sintam à vontade e se identifiquem auxiliam no processo de cura físico e emocionalmente. Assim, alguns aspectos são fundamentais na arquitetura afim da melhoria da qualidade de vida em espaços clínicos, entre eles a Iluminação, cor e textura, e conforto termo acústico.

Segurança Conforto Identificação

Ambiente inserido

Ambiente Humanizado Relação do usuário

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2.6 Arquitetura da Saúde Humanizada Cor e Textura:

Iluminação:

As cores são compostas de luz e estas as determinam, sendo natural ou artificial, a luz modifica a forma como a cor é representada em um ambiente. E são consideradas como sensações individuais, pois cada indivíduo as vê de uma forma e desenvolve preferência por certas cores. São responsáveis por provocar sensações de aumento ou diminuição dos espaços, bem como sensações de alegria ou tristeza. Pode ser divisora de ambientes, diminuir assimetrias, enfatizar um objeto, provocar ritmo, entre outras sensações (MARTINS, 2004).

Segundo Martins (2004), a iluminação artificial é um elemento bastante marcante em ambientes de saúde, e sabe-se de sua influência física e cognitiva. É preciso um processo conjunto na distribuição e escolha da iluminação com as cores e os espaços, tornando-as adequadas a escala do usuário e suas necessidades. Além disso, o clima tropical do Brasil proporciona um melhor aproveitamento da luz natural no ambiente, que pode e deve ser utilizada nesse tipo de espaço, devido aos inúmeros benefícios que ela traz a saúde, o sol é fonte de vitamina D e traz sensações de calor e aconchego aos usuários, além de estabelecer uma ordem cronológica ao dia. Portanto, a luz natural é tida como complementação à noite e em dias chuvosos, mas nunca como substituta.

As texturas trazem sensações distintas a cada pessoa, e trazem a distinção ou destaque de um objeto ou forma, provocando a curiosidade e desenvolvendo o tato de seus usuários, principalmente crianças em fase de experimentação. Além disso, podem remeter a texturas conhecidas e naturais ou a texturas novas, criadas, promovendo a criatividade e estimulando a sensibilidade através do tato (MARTINS, 2004).

Conforto Termo acústico: A sensação de conforto varia conforme o clima e altitude atmosférica em cada região, além da adaptação de cada indivíduo. Para Martins (2004), o conforto está diretamente relacionado com a temperatura, a umidade e velocidade do ar, que podem ser explorados através de estratégias bioclimáticas em um projeto, sendo elas:

Explorar sentidos

- Controle do acúmulo de calor - Dissipação da energia térmica interna - Movimentação do ar, retirando a umidade excessiva

Conforto bioclimático

Forma e escala

Cores e texturas

- Priorização da iluminação natural - Controle do ruído

Aproximação do usuário

Dessa forma, entende-se a importância da humanização em espaços físicos de tratamento da saúde, pois influenciam diretamente no processo terapêutico do paciente e melhoram a qualidade de trabalho dos profissionais. Assim, propiciar o espaço além do convencional, pensando na escala dos usuários, princípios bioclimáticos, texturas e formas, resulta em um ambiente muito mais humano e próximo do paciente, melhorando a eficácia dos tratamentos ofertados (SILVA, 2001).

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2.7 Psicologia Ambiental Cavalcante e Elali (2011) apud. Bernardino (2017) consideram a psicologia ambiental como um campo voltado a compreensão das relações entre pessoa e ambiente. Assim, é uma subárea da psicologia que trata do comportamento das pessoas em relação ao ambiente à sua volta e de como aspectos físicos e sociais influenciam em suas ações. A influência pode acontecer de maneira consciente ou inconsciente, fazendo com que o indivíduo capte e entenda as reações que o ambiente lhe provoca, seja ele natural ou construído.

Para Bernardino (2017), além de aspectos emocionais ligados ao ambiente, outros sentidos humanos também são essenciais para sua compreensão, sendo eles: o equilíbrio, a visão, audição, tato e paladar/olfato. -O equilíbrio promove a orientação do corpo na postura correta para sua locomoção. - A visão é a percepção através da luz, grava tudo aquilo que os olhos vêem, as mais diversas formas, cores, luzes e sombras. -O sistema auditivo capta os sons do ambiente e alerta o corpo através das vibrações sentidas.

‘’A Psicologia Ambiental trata das inter-relações pessoaambiente, entendendo que há um intercâmbio dinâmico entre os usuários e o meio. Em outras palavras, tanto os indivíduos agem sobre o ambiente, modificando-o, quanto há efeitos nas condutas humanas decorrentes do ambiente, ou seja, o ambiente construído influencia o comportamento do usuário.’’(ELY, 2011 apud BERNARDINO, pág. 03, 2017).

A arquitetura exerce um papel subjetivo, e objetos simples podem carregar valores e lembranças individuais de cada um. Tomando como exemplo o lar, ele é dotado de diversas características e objetos personalizados que exprimem a essência daqueles que vivem ali, mesmo não possuindo as melhores condições ambientais. (BERNARDINO, 2017).

-O tato é a experimentação através do toque e promove sensações distintas, conformes as texturas e temperaturas captadas. - O olfato e paladar, tem uma maior aproximação do corpo, através dos cheiros e gostos, podem trazer boas ou más sensações ao ambiente. O odor, é o sentido mais marcante humano e pode evocar lembranças muito mais profundas que a visão e o som, por exemplo.

Tratando-se de “crianças especiais”, as percepções através dos sentidos são extremamente importantes e devem ser exploradas afim de atender a todas as especificidades abarcadas.

Scardua (2011) apud. Bernardino (2017) ressalta que estudos mais recentes da neuropsicologia demonstram reações semelhantes a indivíduos expostos à ambientes comuns, como a calmaria da natureza ou a barulhenta cidade. Já as paisagens naturais tendem a melhorar o humor e a saúde humana, acelerando o processo de cura. Enquanto o barulho e intenso movimento das cidades apresentam um agravamento no caso de estresse. Assim, aliado a humanização dos ambientes de saúde, a busca pela naturalidade, seja no ambiente ou nos tratamentos, favorece a qualidade de vida dos pacientes e promove uma melhor conexão entre o edifício e a paisagem.

17


2.8 Ergonomia e Acessibilidade aliadas à Arquitetura Ao longo da história, o ser humano foi adaptando e modificando o ambiente a sua volta para que pudesse viver nele com êxito. Assim, surgiram as cidades, as casas e demais objetos criados, a fim de torna-los mais adequados a sua utlização. Onde, quanto mais um ambiente se adequa ao seu usuário, mais confortável ele é, assim como o contrário. (CAMBIAGHI, 2011) A partir da teoria estudada até então, se percebe a importância e a influência que o ambiente proporciona às pessoas que o utilizam, principalmente se tratando da área da saúde. Nesse sentido, os seres humanos possuem características únicas e distintas entre si, e se tratando de pessoa com deficiência, em especial crianças, padrões estabelecidos pela antropometria não se aplicam. Segundo Carletto e Cambiaghi (2007), os estudos antropométricos não consideram as variações dos biótipos que possuem características especificas, como deficiências. Adotaremos como princípio o desenho universal, que consiste em projetar ou criar espaços/produtos acessíveis a qualquer pessoa, independente de idade, características pessoais ou habilidades.

Diversidade de usuários

1,82

1,67

1,61

1,49

1,35 1,43

1,33

1,25

1,15 Criança

Ÿ

Uso equiparável – para pessoas com diferentes capacidades.

Ÿ

Uso flexível – com leque de preferências e habilidades.

Ÿ

Simples e intuitivo – fácil de entender.

Ÿ

Informação perceptível – comunica eficazmente a informação necessária por meio da visão, audição, tato ou olfato.

Ÿ

Tolerante ao erro – que diminui riscos de ações involuntárias.

Ÿ

Com pouca exigência de esforço físico.

Ÿ

Tamanho e espaço para o acesso e o uso inclusive para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. (P.M. São Paulo, 2009)

Especificamente para edifícios, o acesso universal é reconhecido pela NBR 9050/2015 que trata de “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos” e define a acessibilidade como:

“A ideia do Desenho Universal é, justamente, evitar a necessidade de ambientes e produtos especiais para pessoas com deficiências, assegurando que todos possam utilizar com segurança e autonomia os diversos espaços construídos e objetos.” (Carletto; Cambiaghi, p.10, 2007).

Homem Mulher

Sendo assim, o desenho universal traz 7 princípios que devem ser utilizados no planejamento de ambientes acessíveis, são eles:

Adulto

“[...]possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. ” (NBR 9050, p.02, 2015)

Além disso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, regulamentado pela Lei 13.146/201,5 no art. 53 traz a acessibilidade como direito das pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência, realizando de forma independente sua cidadania e participação social. Assim, a arquitetura está aliada a autonomia e bem-estar da pessoa com deficiência, promovendo um acesso universal e compreendendo as necessidades básicas do ser humano e suas diversas características.

Desenho Universal – Silvana Cambiaghi, 2011 18


3. O Lugar: Contextualização Figura 4


3.1 A Microrregião de Curitibanos O local a ser apresentado corresponde a compreensão de escalas distintas, onde se inicia pelo panorâma do estado, depois a microrregião e por fim o município de inserção do objeto arquitetônico. A microrregião de Curitibanos faz parte do Estado de Santa Catarina pertencente à mesorregião Serrana. Sua população segundo o IBGE (2010) é de 122.656 habitantes, distribuídos em uma área total de 6.505,934 km², dividida em doze municípios. A cidade de Curitibanos é o centro de apoio da microrregião, contando a maior população e oferecendo serviços de saúde, comércio e emprego principalmente, devido a sua localização de fácil acesso no dentro do estado e também por ser uma das mais velhas e consolidadas da região.

BRASIL

SANTA CATARINA

MICRORREGIÃO DE CURITIBANOS

Figura 5

20


3.2 A cidade de Curitibanos Curitibanos é uma das cidades mais antigas de Santa Catarina, por conta de sua localização foi palco de diversas batalhas e guerras e também de passagem. Os primeiros habitantes de suas terras foram os índios Botocudos. Mais tarde, por volta de 1700 foi pouso de tropeiros que viram um potencial de sua área plana e centralizada no estado, fundando a primeira vila chamada de ‘’Fazenda dos Curitibanos’’, entretanto, seus habitantes mais antigos não reagiram bem ao novo povoado, iniciando uma incansável batalha. Cem anos mais tarde, pioneiros da região conseguem estabelecer um pequeno povoado, que em 1869 recebe o título de município, sendo a 11ª cidade do Estado a se emancipar, era distrito de Lages. (COSTA, 2013)

Área: 952,283 km² Habitantes: 38.890 Densidade: 39,67 hab./km² Eleitores: 29.626

Está localizado no Planalto Catarinense, distante cerca de 300 km da capital Florianópolis. Possui uma altitude média de 987m e um clima subtropical úmido, com vegetação predominante de mata de Araucárias. É banhada pelo Rio Marombas, Rio Canoas e Rio Correntes.

IDH: 0.721 PIB R$: 589.848.079,00

A Vila de Nossa Senhora da Conceição de Curitibanos é emancipada e passa a se chamar Curitibanos

Tropeiros utilizam estas terras para descansar

PANORÂMA HISTÓRICO

1679

Bandeirante de Curitiba - PR passa pela região e a nomeia de Campo dos Curitibanos

21

1700

1840

Revolução Farroupilha, palco de batalhas e da morte de mais de 100 soldados

1869

Guerra do Contestado, contra a ferrovia São Paulo - Rio grande e insatisfações do governo

1893

1914

Revolução Federalista contra a república de Júlio de Castilhos

Figura 6


SC

Lebon Régis

- 12 0

Frei Rogério

SC - 451

Brunópolis Campos Novos BR -

São Cristovão do Sul Ponte Alta Lages

470

BR - 470

500

0

500

Figura 7 - Mapa Satélite de Curitibanos

1000

1500

2000 m

SC -

Área de Intervenção Rodovias

120

Legenda Centro urbano

São José do Cerrito 22


09

7 27

17

19

6

12

2

11 13

19

6 13

5 10

18 21

20 18

8

8 22

28

16

17

1

23

15

12

25

14

11 9 14 7 3 8 11

24 2

1

4 9

26 12

22 6 25

3 16 5

10 5

10 15

2

Legenda Equipamentos Urbanos Equipamentos Ensino Equipamentos Saude Vias Principais Principal Secundário Hidrografia Rodovias Sistema viário Parques e Praças públicos Maciços de Vegetação Área de Intervenção 500

0

23

14

500

1

4 3 20 21

1000

1500

2000 m 2 4 7

23

Figura 8 - Mapa dos Principais Equipamentos


Relação de Equipamentos no Município Aeroporto Municipal Lauro Antônio da Costa Corpo de Bombeiros Câmara de Vereadores Terminal Urbano Cemitério Municipal Centro Comunitário Correios CRAS - Centro de Referência de Assistência Social Delegacia Regional de Policia Civil Estádio Municipal Ortigão Fórum Ginásio de esportes Onofrão Museu Antonio Graneman Prefeitura de Curitibanos Quartel da Policia Militar Rodoviária Municipal Secretaria de Assistência Social Secretaria de Educação e Cultura Secretaria de Esportes e Lazer Secretaria de Indústria e Comércio Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Secretaria de Obras Secretaria de Saúde Tribunal de Justiça Eleitoral Vara do Trabalho Posto de Saúde Bom Jesus Posto de Saúde Cohab I Posto de Saúde Eugênio de Cavalli Posto de Saúde Getúlio Vargas Posto de Saúde São Francisco Posto de Saúde São José Posto de Saúde São Luiz Posto de Saúde Nossa Senhora Aparecida Posto de Saúde Centro Unidade de Saúde Pronto Acolhimento - 12h Centro de Atenção Psicossocial - CAPS Hospital Hélio Anjos Ortiz

1

1

2

2

3

3

4

4

5

5

6

6

7

7

8

8

9

9

101

101

11

11

12

12

13

13

14

14

15

15

16

16

17

17

18

18

191

191

20

20

21

21

22

22

23

23

24

24

25

25 26

1 2

27 28

Universidade do Contestado - UNC Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Serviço Social do Comércio - SESC Serviço Nacional de Aprendizagem - SENAI Núcleo Municipal Teresa Lemos Preto Núcleo Municipal Rotary Núcleo Municipal Getúlio Vargas Núcleo Municipal Alírio Luiz Almeida Escola Marechal Eurico Gaspar Dutra Associação de Pais e Amigos do Excepcionais - APAE Escola de Educação Basica Santa Teresinha Escola de Educação Básica Altir Webber de Melo Colégio Santa Teresinha Colégio Profissional JK Colégio Maria Imaculada Colégio Casimiro de Abreu CEI São Luiz CEI São José CEI São Francisco de Assis CEI Santa Rita de Cassia CEI Oscar Ferreira CEI Norma Berneck CEI Itaxir Perin CEI Irmã Irene CEI Alfredo Lemser CEI Bom Jesus CEI Bernado V. M. Berneck Centro de educação profissional - CEDUP

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

24


Instituições Potenciais

Figura 9

Figura 10

HOSPITAL

Por ser um dos municípios mais antigos de Santa Catarina e se localizar no centro do estado - o que facilita seu acesso e também serve como passagem, Curitibanos auxiliou e auxilia sua região na prestação de diversos serviços. Se destacam nesse trabalho duas instituições que motivaram a escolha do tema e objeto arquitetônico, sendo elas:

Ÿ

O Hospital Regional Helio Anjos Ortiz (1946)

Ÿ

Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (1977)

APAE

APAEs e Hospitais em Santa Catarina A partir da potencialidade das instituições presentes na cidade de Curitibanos e de sua referência em serviços, buscou-se identificar no estado de Santa Catarina quais municípios possuem ou não as entidades de interesse. Dos 295 municípios, 114 não possuem APAE, destes, 7 ficam na microrregião de Curitibanos. Em relação à hospital, 157 não possuem, destes, 8 são da microrregião. Oque demonstra dependência desses municípios aos vizinhos, principalmente a Curitibanos que é a cidade mais próxima.

Legenda Microrregião de Curitibanos Possuem Hospital Não possuem Hospital Não possuem APAE Município de Curitibanos

25

Figura 11


3.3 Instituições de Interesse e o público-alvo Perfil do Público Alvo na Microrregião Pessoas com Deficiência em relação à População Total - Microrregião de Curitibanos*

Pessoas com Deficiência até 14 anos - Microrregião de Curitibanos*

Pessoas até 14 anos por tipo de deficiência - Microrregião de Curitibanos*

6% 11%

12% 19% 17% 81%

Legenda População sem deficiência População com alguma deficiência

94%

60%

Legenda

Legenda

População sem deficiência

Deficiência Mental / Intelectual

População com alguma deficiência

Deficiência Visual Deficiência Auditiva

*Gráficos gerados a partir de dados do IBGE, 2010.

Figura 12

Deficiência Motora

Existem na Microrregião: Afim de compreender o público-alvo da microrregião, buscou-se dados referentes a população com deficiência (IBGE, 2010), em destaque para os usuários de até 14 anos - identificados neste trabalho como público infantil. É percebido pelos gráficos acima que dos 122.626 habitantes da microrregião de Curitibanos, 29.393 relatam possuir pelo menos uma das deficiências investigadas. Destes, 2.136 possuem até 14 anos. A maior incidência de deficiência nessa faixa etária é a visual, seguida da auditiva devido as considerações do IBGE em: Não consegue de modo algum, grande dificuldade e alguma dificuldade, e por fim a motora (fisica) e mental (intelectual).

2.136 Crianças com deficiência

A maioria possui: Deficiência Visual e Auditiva

77% dos usuários

26


3.3.1 Hospital Regional Hélio Anjos Ortiz

Imagens Externas

Em uma área de 60 mil metros quadrados está inserido o Hospital Regional Hélio Anjos Ortiz, onde garante o atendimento de mais de 40 mil pessoas por ano (IBGE 2016). Para se ter uma noção do que esse número representa para a região, ele é maior que a população residente em Curitibanos e mais que o dobro da população dos outros quatro municípios da região.

sso Ace blico pú

APP córr

ego

sso s A c ei o n á r i o c fun

O Hospital iniciou suas atividades em 1984 com a desativação do Hospital Frei Rogério, que atuava desde 1946. Foi transferido em regime comodato todos os bens e quadro administrativo da época. Para viabilizar o seu funcionamento, o governo do estado o incorporou à Fundação Hospitalar de Santa Catarina, possibilitando a transferência de recursos. * Atualmente, possui capacidade de 160 leitos, destes 8 são UTI adulto, 10 UTI neopediátrica, 28 maternidade, 6 neonatal, 5 canguru, 45 cirúrgia, 24 particulares, 10 pediatria e 24 psiquiatria. Conquistou em 2001 o Título de "Hospital Amigo da Criança" concedido pela Unicef/Ministério da Saúde. *

Figura 13

Suas especialidades são em anestesiologia, angiologia e vascular, cardiologia, cardiologia pediátrica, cirurgia geral, aparelho digestivo, ginecologia e obstetrícia, nefrologia, neurologia clinica, oftamologia, ortopedia e traumatologia, otorrinolaringologia, pediatria, pneumologia, psiquiatria, radiologia e urologia.*

Acesso funcionários Figura 14

Além disso, o atendimento de saúde também é feito pelas seguintes instituições: Ÿ 08 Unidades Básicas de Saúde; Ÿ 01 Unidade de Saúde com Pronto Acolhimento,

funcionamento 12h; Ÿ 01 Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I; Ÿ 01 Unidade Básica do SAMU; Ÿ 01 Corpo de Bombeiros.

Figura 15 *Informações fornecidas pelo Hospital Hélio Anjos Ortiz. 27


Atendimento infantil

Figura 16 Figura 17

Figura 18 28


3.3.2 Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Fundada em 06 de abril de 1977, a Escola Especial Hugo Miguel Sulzbach mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, localizada em Curitibanos-SC, no bairro Nossa Senhora Aparecida, em uma área edificada de aproximadamente 4.000m², tem como missão promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência, promovendo a inclusão social e melhoria na qualidade de vida de seus usuários. Além de Curitibanos, atende também os municípios vizinhos de São Cristovão do Sul, Brunópolis, Frei Rogério, Ponte Alta do Norte e demais comunidades do interior.*

Serviços Prestados:

Perfil dos Usuários: A APAE de curitibanos atende pessoas com atraso no desenvolvimento, deficiência intelectual ou múltipla, ou com transtorno invasivo do desenvolvimento, desde o nascimento, não havendo limite superior de idade. É importante ressaltar que pessoas com deficiência que não se encaixem nesse perfil, não são alunos da APAE, mas podem receber um acompanhamento de sua condição.* Origem dos 243 alunos atendidos pela APAE de Curitibanos*: Ÿ

Curitibanos – 176 alunos

Ÿ

Atendimento Educacional

Ÿ

São Cristóvão do Sul – 30 alunos

Ÿ

Assistência Social

Ÿ

Frei Rogério – 10 alunos

Ÿ

Atendimento na área de saúde, habilitação e reabilitação (são realizados através de parcerias com clinicas e também no SUS):

Ÿ

Brunópolis – 16 alunos

Ÿ

Ponto Alta do Norte – 11 alunos

- Estimulação Essencial

Os quais, estão distribuídos da seguinte forma:

- Atendimento Psicológico - Atendimento Neurológico

41%

- Atendimento Psiquiátrico - Atendimento Odontológico

59%

Sexo Masculino Sexo Feminino

- Atendimento Fisioterapêutico - Atendimento Fonoaudiológico - Atendimento Terapia Ocupacional - Atendimento Assistência Social

Idade Abaixo de 12 anos

As atividades da entidade diretamente desenvolvidas com as pessoas com deficiência são realizadas por uma equipe pedagógica (direção, coordenação pedagógica e profissionais especializados nas áreas da educação especial, artes, educação física e informática), uma equipe da área da saúde (psicólogos, neurologista, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e assistentes sociais), além dos profissionais da área administrativa e uma equipe de apoio (cozinheira, auxiliar de cozinha, serventes, serviços gerais e motoristas). *

92

12 à 17 anos

36 108

18 à 59 anos Acima de 60 anos

07 20

*Informações fornecidas pela APAE Curitibanos. 29

40 60 80 100 Quantidade de alunos

120


Atividades no jardim

Figura 22 Figura 20

Equoterapia Fisioterapia Figura 23 Figura 21

Equoterapia

Ginásio de esportes

Educacão + Saúde

Secretaria+ Administrativo

Acesso Serviços Acesso comum

Jardim+ Playground Figura 19 30


SC 120

3.4 O Recorte A escolha do terreno aconteceu de maneira a encontrar uma área que pudesse compreender o Centro de Atenção à Saúde e Desenvolvimento de Crianças Especiais integrando o Hospital e a APAE, e sendo de fácil acesso aos municípios da microrregião. Assim, foi localizado um vazio urbano e possível área de expansão do município, o qual se encontra próximo as instituições de interesse. O terreno possui uma área de aproximadamente 15.000m², fica localizado no Bairro Bosque em Curitibanos, Santa Catarina. É circundado pela Av. Lions, ruas Ari Silveira de Souza, Heraclides Viera Borges e Antônio Rossa. Atualmente, está em desuso e possui vegetação rasteira e algumas árvores, entre elas uma araucária de grande porte.

HOSPITAL

LT R. A

SC - 451

INO

G.

Para compreensão do local a ser inserida a edificação foi estabelecido um recorte para a análise do entorno. Compreendendo as instituições de interesse e escolas próximas. Visando identificar as potencialidade e problemáticas a serem trabalhadas na etapa de projeto.

IAS FAR

AV. R

OTAR

Y

APAE

Legenda Áreas de Expansão Urbana AV.

Área de Intervenção Rodovias

LIO NS

Principais Vias Acessos ao município

BR - 470

0

500

1000

1500

2000 m

31

SC -

120

500

Figura 24-Mapa de Contextualização do Recorte


3.4.1 Análise Morfologia Urbana Cheios e Vazios*

200

0

200

Uso e Ocupação do Solo*

400

Legenda

200

200

400

Legenda

Área não construída

Residencial

Área construída Área de Intervenção

A partir deste mapa é possível identificar uma certa similaridade nos grãos dispostos, apresentando em sua maioria uma dimensão pequena. Nas vias principais é notável o aumento no grão, possuindo um uso diferenciado. A região mais oeste conta com grande vazio ocasionado principalmente pelo córrego ali presente.

0

Gabaritos*

0

200

200

400

Legenda 1 Pavimento

Comercial

Industrial Serviços

Institucional

Religioso

3 Pavimentos

Misto

Área de Intervenção

4 Pavimentos

2 Pavimentos

Área de Intervenção

A análise do uso e ocupação do solo demonstra um entorno predominantemente residencial, com a presença diversificada de alguns comércios, industrias, instituições, serviços e igrejas, as quais se encontram nas vias de maior fluxo, consideradas principais e secundárias.

Em relaçao ao gabarito dessas edificações, em sua maioria são de apenas 1 pavimento, gerando um entorno bastante horizontal. Existem algumas de 2 e raras de 3 e 4 pavimentos. *Mapas gerados a partir da base de dados IBGE,2010. 32


Pavimentação Viária*

200

0

200

Fluxo viário*

400

Legenda

0

200

200

400

Legenda

0

200

Fluxo Leve

Passeio em apenas um lado da via

Sem Pavimentação

Fluxo Moderado

Passeio em ambos os lados da via

Lajota sextavada

Sem Passeio

Asfalto

Fluxo Intenso Pontos de ônibus

Área de Intervenção

Área de Intervenção

Há uma predominância de um fluxo mais leve, sendo de intensidade maior nas vias principais e de escoamento. Sua movimentação está ligada ao uso existente.

400

Legenda

Paralelepípedo

A maior parte das vias possuem algum tipo de pavimentação, sendo as mais antigas em paralelepípedo e asfalto e as mais novas em lajota sextavada. Próximo a área de intervenção as vias não receberam pavimentação, com exceção da Av. Lions.

33

200

Passeios*

Área de Intervenção

Em relação aos passeios, no entorno imediato do terreno há ausência na maior parte. A Av. Lions tem um fluxo mais intenso e dificulta a passagem de pedestres pela inexistência de calçada. *Mapas gerados a partir da base de dados IBGE,2010.


3.4.1 Análise Morfologia Urbana Drenagem Urbana*

0

200

200

Energia elétrica e iluminação*

Abastecimento de água*

400

Legenda Topografia Área de APP Córrego Sentido topografia Bocas de lobo Área de Intervenção

Quanto a drenagem urbana, as vias pavimentadas com maior tendência a alagamentos por conta da topografia recebem bocas de lobo com grelha para a contenção das águas pluviais. A área de recorte não conta com problemas de alagamento atualmente.

200

0

200

400

Legenda

200

0

200

400

Legenda

Possuem abastecimento de água Não possuem Abastecimento de água Área de Intervenção

Em relação ao abastecimento de água, a maior parte do recorte é atendida. As áreas que não possuem são as que não foram edificadas ainda, incluindo o terreno de intervenção.

*Mapas gerados a partir da base de dados IBGE,2010.

Posteamento em 1 lado da via Posteamento em ambos os lados da via Sem posteamento Área de Intervenção

Quanto ao fornecimento de energia elétrica e iluminação pública, a maioria do recorte está atendida em pelo menos um lado da via. As vias principais possuem melhor iluminação, sendo em ambos os lados da via. E as que não estão edificadas não possuem posteamento. 34


3.4.2 Levantamento fotogrรกfico

Figura 25

1

Figura 30

1 6

Figura 26

6

100

7 Figura 27

150

8

4

Figura 31

2 3 Figura 28

3 7

2

Figura 29

4

Figura 32

5

5 35

100

0

100

200

300

400

8 *Imagens registradas pela autora


3.4.3 Índices Urbanísticos

Z R P 2 – Z O N A R E S I DE NC I A L P R ED O MI N A N T E 2 T e s t ad a e á r e a m í n i ma

R e c uo s

Taxa de O c up a çã o

Índice de A p r o v e i ta me n t o

G a bar it o

Taxa de p e r me a bi l i dad e

T = 1 2. 0 0m A = 3 6 0m ²

F r o n t al – 5 , 0 0 m L a t . / fu nd os – 1,50m E s q u i na – 2 , 0 0 m

70%

2,8

Térreo + 3 p av i m en t o s

10%

T = 2 5 .00 A = 9 00 ,0 0 m²

F r o nt al – 5 , 0 0 m L a t ./ fu nd os – 1 , 5 0m E s q ui na – 5 , 0 0 m

2,8

E m b as a ment o 2 p a v i men t o s T o r re 1 0 p a v i men t o s

70%

P e r mi ss í v ei s

U s o 1 e 2 – R e s i d en ci al U s o 4 – C o m ér c i o Vi c i n a l U s o 1 0 - E d u c a c i o n al Uso Uso Uso Uso

5 – C o m ér c i o Va r e j i s t a 1 1 – I n s t i t uci o n a l 1 2 – S a ú de 1 3 – R e li g i o so

U s o 1 4 – R e c re aç ão e L a z e r U s o 1 6 – P r e s t aç ão de S e r v i ço s Uso 17 – Hotéis

Terreno de Intervenção

O uso 12- Saúde é permissível, ou seja, precisa de aprovação do orgão municipal. Esta categoria abrange: Ÿ Asilos

-

Ob j e t ivo : Te m p o r o bje t o d es t in a r pr i o r i t a ri a me n t e a i ns t a la ç ã o d e res idênc i as , v i s an d o u m a de ns am ent o b as ea do n o di m en s i o n am e nt o d a s r e des d e i nf r a e s t ru t u r a urb an a , d o s is te m a v iá r i o e c o n f i gu raç ão d a p a i s a g em . P e r mi t ido s

Os índices urbanísticos ao lado estão representados de acordo com o Plano Diretor e Uso e Ocupação do Solo Urbano de Curitibanos, caracterizando o terreno de intervenção como Zona Residencial Predominante 2 - ZRP2.

Ÿ Hospitais Ÿ

Casas de saúde

Ÿ Postos assistenciais/unidades sanitárias Ÿ Entre outros estabelecimentos de saúde

“[...] uma coisa é o lugar físico, outra coisa é o lugar para o projeto. E o lugar não é nenhum ponto de partida, mas é um ponto de chegada. Perceber o que é o lugar é já fazer o projeto.” ÁLVARO SIZA

Av.

Lion

s

Figura 33 - Imagem aérea do local de intervenção 36


3.4.4 Síntese das análises

Vento reinante

A partir das análises realizadas até então, percebe-se um entorno bastante residencial e tranquilo, apesar da via de principal acesso ter bastante fluxo e ruído devido a conexão. O terreno é bastante ensolarado e privilegiado em relação a visual do pôr do sol. O córrego não é visto da rua devido a extensa vegetação em seu entorno, funcionando como uma barreira na expansão urbana no sentido sudoeste. A região como um todo carece de passeios acessíveis em ambos os lados da via, e também faixas de pedestre.

Trajetória

Solar

Legenda

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Vias de fluxo intenso Vias de fluxo moderado Córrego Corredor de ruídos Barreira Rótula Ruído Intenso Visual Massa de Vegetação Áreas de Interesse Área residencial Terreno de intervenção Hospital APAE Cemitério Rodoviária Madeireira Área com caráter rural Área Institucional Área em expansão Área residencial Vento dominante

100

0

100

200

300

400 m Mapa Conceitual

Figura 34 37 Corte

Terreno de intervenção


3.5 Resultado da Entrevista e Questionários Para uma aproximação maior do tema e do usuário foi realizado duas formas de pesquisa, uma qualitativa através da vivência, entrevista e conversas com mães e pessoas com maior conhecimento do assunto da deficiência infantil, além de duas visitas e uma entrevista com a diretora da APAE, Andrea Prestes Xavier. E a quantitativa, onde através do questionário disponibilidade online, foram obtidas respostas da população em geral, afim de avaliar sua compreensão do tema. Abaixo, foram selecionado alguns dados relevantes para entendimento da pesquisa realizado com moradores de Curitibanos.

Entrevista com a Diretora da APAE: Para melhor compreensão do tema e principalmente do usuário foram realizadas as visitas à instituição e também uma entrevista estruturada, além de conversas informais com demais servidores. Num primeiro momento foi abordado como o aluno chega a instituição, que caminho ele segue até a criação efetiva do vínculo e que critérios tem que seguir.

Questionário respondido online

Equipamentos que gostariam de ter:

“Atualmente contamos com o serviço pedagógico através da escola que contem salas de aula, informática, refeitório e áreas para recreação, os serviços de saúde através do centro Interdisciplinar contando com fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e assistência social, e também a parte esportiva com o ginásio e a piscina. Somando uma área de mais de 4.400 m² construídos em um terreno de quase 18.000m².”

“Estamos sempre buscando inovação para nossos alunos e pacientes, então gostaríamos de oferecer outras terapias alternativas, que demandam um espaço adequado para elas, além de um jardim sensorial para que fortalecesse o contato com a natureza ”

O antes e depois do aluno da APAE:

Campanhas de conscientização e prevenção:

“É muito bom poder acompanhar a evolução e a conquista de cada aluno, pois quando eles chegam até nós muitas vezes os pais estão sem entender e fazemos um processo de acompanhamento psicológico bastante minucioso na fase inicial. Quando se tem o apoio da família é mais fácil e mais eficaz o tratamento e desenvolvimento. O aluno que recebe alta está apto a fazer as atividades diárias e também sai com uma qualidade de vida maior e mais independente. ”

“Primeiramente a família nos procura para passar por uma avaliação psicologia que chamamos de triagem onde se dá o diagnóstico, podendo ser aluno ou somente paciente. O aluno é matriculado na instituição e recebe acompanhamento social, pedagógico e tratamentos de saúde, já o paciente cria um vínculo e recebe um plano de tratamento conforme suas necessidades, podendo receber alta durante o processo. “

1- Tem proximidade ou conhece alguma criança com deficiência?

A infra-estrutura existente:

3- Em relação ao tratamento de saúde para crianças com deficiência do município, você considera:

2- Se sim, qual deficiência?

Síndrome de Down Autismo

56,3% Deficiência Mental Deficiência Física Deficiência Auditiva Atraso Global no Desenvolvimento 1

Figura 51

5

10

“Então, existe uma preocupação bem grande em relação a isso, pois estima-se que entre 70% e 80% dos casos de deficiência poderiam ter sidos evitados, um número bastante alto. Não é regra, mas recebemos muitas mães que engravidaram precocemente em sua adolescência e muitas não fizeram o pré-natal. Nesse sentido, a APAE busca programas de prevenção antes da gravidez, durante e também depois, prestando assistência e também campanhas em escolas. “

4- Quais são as principais necessidades quanto ao atendimento de crianças com deficiência hoje no município?

Tratamento adequados a cada caso

18,8% 9,3%

56,3% 37,5%

Terapias alternativas

15,6%

Corpo clinico especializado Regular, algumas mudanças e melhorias são necessárias Ótimo, não há no que melhorar Não sei opinar Ruim, diversos aspectos devem ser melhorados

46,1%

Espaços adequados e acessíveis

59,4% 53,1%

Educação e socialiazação inclusiva Campanhas de conscientização

6,2% 0

10

20

38


4. Estudo de Caso e ReferĂŞncias Projetuais Figura 35


4.1 Estudo de Caso: Hospital Infantil Nelson Mandela

FICHA TÉCNICA Área: 29.900 m² Localização: Joanesburgo, África do Sul Arquitetos: Sheppard Robson , John Cooper Architecture, GAPP, Ruben Ano do Projeto: 2016 Figura 37 O projeto foi fruto de um concurso em 2009 para a construção de um Hospital Infantil, a fim de atender um último pedido de Nelson Mandela (expresidente), que era de melhorar os serviços de saúde oferecidos no país. O edifício proporciona além da cura e tratamento, espaços de educação e pesquisa - centro de praticas para a medicina pediátrica no continente africano.

Conceito e Concepção projetual Acomodações Estacionamento Coração dos familiares Externo embaixo verde e parentes das árvores

Centro de energia

Entrada e saída (serviços) Hospital pediátrico

Jardim Área de Expansão

Entrada de emergência/Necrotério Entrada Prédio ambulatorial e estacionamento de diagnostico

Centro de pesquisa acadêmica

Entrada principal Pátio de entrada

Esquema da Proposta Inicial

A chave deste projeto foi aliar os tratamentos de saúde ao ambiente natural e o público infantil, promovendo espaços com alta qualidade de cura. O foco na conexão com a natural foi oque moldou o projeto, sendo o ponto de partida para a criação de ambientes seguros e acolhedores a seus usuários. Uma das premissas para alcançar seus objetivos foi de setorizar os ambientes em ‘’caixas’’ distintas, extinguindo os grandes corredores e as plantas profundas sem contatos externos. Assim, o projeto surgiu com seis alas (edifícios distintos), cada uma abrigando uma especialidade, as quais foram conectadas por uma ‘’rua’’ central atravessando todo o projeto.

Programa Foi planejado com 200 leitos e com capacidade para crescer até 300, além do cuidado intensivo com os pacientes, conta também com acomodação para os acompanhantes e familiares. Inclui instalações especializadas para o tratamento de doenças cardiovasculares, neurológicas, hematológicas, oncológicas, endócrinas, metabólicas e renais, além processos cirúrgicos pediátricos.

Figura 36 40


Eixo de Circulação

Acesso principal

Acesso pedestre Acesso veículos

Acessos e circulação*

Os acessos dividem-se entre pedestres e veículos, onde a fachada principal abriga também o acesso emergencial. O edifício conta com estacionamento externo e também no subsolo.

Forma e materiais* Departamentos Conexão Visual Externa - Maior Conexão Visual Externa - Menor Aberturas principais

Em relação a estética e materiais, o hospital é predominante-mente revestido de tijolos laranjas, fazendo referência ao solo argiloso da região. Nas extremidades dos blocos, os caixilhos em concreto formam molduras que evidenciam suas aberturas. Além disso, algumas fachadas recebem brises horizontais coloridos que diferenciam cada departamento pela cor.

Conexão com exterior* Espaços com vegetação Sentido da topografia

* Esquemas elaborados pela autora. 41

O edificio traz espaços que convidam seus usuários a contempla-los, são cinco pátios internos e três jardins externos para terapia ocupacional e também brincadeiras entre as crianças. A paisagem do entorno é predominantemente verde, devido a uma reserva próxima. Assim, os espaços externos incentivam os pacientes a os utilizarem como parte de sua recuperação, além de integra-los a ‘’natureza’’.


Materilidade Formas puras

Conexão com o Jardim

Figura 43 Figura 42

Ambientes lúdicos adequados aos usuários Escala da criança

Ambiente e mobiliários lúdicos e interativos Figura 40 Figura 39

Figura 41

Entrada Pesquisa

Atendimento de Pacientes Visuais

Atendimento Ambulatorial Estacionamento

Cuidados Graves Área de Apoio

ão Acomodaç * Esquema elaborado pela autora.

no terreno

Zoneamento Vertical*

Figura 38 42


4.2 Centro de Reabilitação Infantil da Teléton

8

4

9

4

4 A 4

3

O Centro de Reabilitação Infantil da Teléton tem trinta anos e passou por uma reestruturação dos espaços (A) e criação de novos (B e C), após doações e utilização de materiais de demolição reciclados. O fato desse projeto tratar de crianças com deficiência e por ter sido construído com muita luta, fez com que os arquitetos se sentissem na obrigação de torna-lo especial.

5

5

8 C

3 4

4 2

A proposta do projeto consiste em pavilhões com aspectos estruturais diferenciados, utilizando a criatividade e a arquitetura vernacular como fonte para a criação. Uma soma de tijolos, entulhos e concreto aliados a criatividade deram um caráter único para esta edificação.

7 B

1

6

FICHA TÉCNICA 1-Passarela de Acesso 2-Recepção 3-Sala de espera 4-Consultório 5-Fisioterapia 6-Hidroterapia 7-Sala de descanso 8-Oficinas 9-Cozinha

Figura 46

Área construída: 3.500 m² Área do terreno: 13.800 m² Localização: Assunção, Paraguai Arquitetos: Gabinete de Arquitetura Ano do Projeto: 2009-2010 (reestruturação)

Figura 45

Figura 44 43


4.3 Hospital Infantil Sarah Kubistchek

Ventos dominantes

Entrada de ar Solário Galeria Subterrânea

Figura 49

Permeado pela natureza e também pela arte, o hospital traz uma proposta diferenciada. São utilizados painéis com distintas cores, texturas e formas, estimulando os sentidos de seus usuários. Além disso, o projeto traz aspectos bioclimáticos afim de se adaptar ao clima quente de Salvador. A dimensão e a topografia do terreno escolhido favoreceram para a criação de um hospital horizontal adequado a reabilitação. O edifício é composto por um bloco horizontal disposto sobre galerias subterrâneas que funcionam como um andar técnico e como um túnel de ventilação. Um aspecto marcante nos hospitais da Rede Sarah são os sheds metálicos que denotam um estética singular, proporcionando iluminação e ventilação natural indiretamente com maior facilidade.

FICHA TÉCNICA Área construída: 27.000 m² Área do terreno: 128.400 m² Localização: Salvador, Brasil Arquitetos: João Filgueiras Lima (Lelé) Ano do Projeto: 1991

Em relação aos ambientes internos, estes estão conectados intimamente com os jardins que evolvem o edificio. Em momentos se abrem para o exterior com grandes aberturas em vidro, em outros viram correrdores externos, ou até mesmo os jardins adentram a forma do edificio, criando recortes.

Figura 47

Figura 48 44


5. A Proposta Figura 50


5.1 Intervenções e Diretrizes Urbanas

Proposta de ciclovia

Locação de equipamento institucional

Privilegiar a visual do pôr do sol

Locação de mais pontos de ônibus

Proposta de abertura de via para continuação do traçado

Espaço público aos moradores

Preservação da araucária

Proposta de arborização colorida como conexão visual Proposta de conexão

Terreno de intervenção

Proposta de sistema viário na Av.

Figura 52

Locação de travessias de pedestres

100

0

100

200

300

400 m

46


5.2 Partido e Diretrizes A intenção projetual busca a promoção de qualidade de vida através da atenção primária à saúde e desenvolvimento de crianças com deficiência, proporcionando a reintegração social ao paciente. Através de espaços que garantam o conforto e bem-estar de seus usuários, aliando a arquitetura ao processo curativo. Associando também a comunidade através dos espaços livres, possibilitando uma inclusão inversa, com participação direta ou indiretamente.

Pensando nisso, a escolha do local para implantação do centro propicia a integração das instituições destacadas (APAE e Hospital), além de ser um local de fácil acesso para os municípios vizinhos e a região de Santa Catarina. Assim, o projeto do Centro de Atenção à saúde e desenvolvimento de Crianças Especiais na Microrregião de Curitibanos visa a redução das dificuldades, recuperação das capacidades físicas, motoras e mentais, além da promoção de qualidade de vida por meio espaços naturalmente curativos e terapêuticos.

DIAGRAMA DE DIRETRIZES

e il id a d e a l ib s s e Ac ers h o u n iv n e s e d

Espaç op v e r d e ú b li c o pa comun ra a id a d e

nc i ed onal ific ida aç de ão da

Fu

oe clusã de in dos a osta ia Prop nção al e e prev munidad co

Form a seme e dimens ão lhan ento te ao rno

h Ed pe oriz ifica rcu on çã rso tal o s c com urt os

de o ão s d siç vé ico an tra bl Tr la a o pú ca ç es spa e

Ap r co oxim mu aç nid ão ad da e

47

Utiliz textu ação de c ras, ores mate iluminaçã , riais l o ocais e

iais nsor e s os ins Jard rapêutic e te

Pr ter opici ap ar êu ati ti v livr cas idad e ao es ar

da ão aç o niz açã ma ific Hu ed

ar adequ im a r e A p r o x la d o u s u á r io a esca Ap co rove pr m a itar oc na o es tu co so re nt cu za ato ra no tiv o

s do os o çã rn za exte i r lo s Va aço p es

Espa ç de es os arboriz tar, ado conte diversão s mpla e ção

Edificio

Espaço público


Para o funcionamento do Centro é necessário uma equipe de profissionais de diversas áreas afim de atender as especificidades de reabilitação, tratamentos e terapias de deficientes físicos, auditivos, visuais, mentais e intelectuais. Além disso, é preciso um trabalho conjunto entre os profissionais para um resultado mais eficaz aliado a pesquisa e prevenção de novas patologias.

15,00

Sessão para fabricação

1

70,00

70,00

Administrativo e registro

1

10,00

10,00

16,00

1

10,00

10,00

1

10,00

10,00 20,00

Consultório Otorrinolaringologista

1

12,50

12,50

Consultório Oftalmológico

1

15,00

15,00

1

12,50

12,50

1

20,00

20,00

3

12,50

37,50

1

12,50

12,50

1

60,00

60,00

Espaço de psicomotricidade e ludoterapia (estímulos através do “brincar”) Consultório Interdisciplinar para avaliação clinico-funcional Sala de triagem médica/enfermagem/curativos

1

50,00

50,00

2

12,50

25,00

2

8,00

16,00

Sala nutricionista/psicóloga

1

12,50

12,50

Sala para estimulação precoce

1

20,00

20,00

Consultório Odontológico

1

12,50

12,50

Sala Assistência Social

1

12,50

12,50

Eletromiograma (contração muscular)

1

20,00

20,00 394,50

Terapias e tratamentos alternativos Ensino e pesquisa

16,00

20,00

Área total do Grupo (m²)

15,00

Sala de incentivos naturais (aromaterapia)

1

12,50

12,50

Ateliê de Artes (arte terapia)

1

80,00

80,00

Sala Dinâmica (musicoterapia e biodança) Sala Dinâmica (Meditação, yoga, hipnoterapia e reiki) Sala para tratamentos relaxantes (massoterapia e quiropraxia, reflexoterapia, osteopatia, automassagem, auriculoterapia e acupuntura) Sala para atendimento terapêutico em grupo Sala para turbilhão (tanque com água para estímulos musculares) Piscina (hidroterapia)

1

80,00

80,00

1

80,00

60,00

2

20,00

40,00

1

50,00

50,00

2

30,00

60,00

1

100,00

100,0

Vestiários e chuveiros Sala dinâmica para contato com animais (pet terapia) Área total do Grupo (m²)

2

15,00

30,00

1

20,00

20,00

Sala de Aula (ensino de libras e braile)

2

25,00

50,00

Auditório

1

150,00

150,00

Biblioteca

1

80,00

80,00

Brinquedoteca

1

80,00

80,00

Sala para curso de pais ou tutores

1

40,00

40,00

592,50

Crianças até 14 anos diagnosticadas ou com suspeitas de deficiência

Física

1

200,00

200,0

Sala de Espera/Recepção

1

60,00

60,00

Copa e refeitório funcionários

1

50,00

50,00

Sala de reuniões

1

20,00

20,00

Sala de administração

1

12,50

12,50

Área total do Grupo (m²)

Visual

Auditiva

2

15,00

30,00

Sanitários/fraldários acessíveis

4

20,00

80,00

Área de armazenagem de equipamentos

1

20,00

20,00

DML e Depósito Geral

1

10,00

10,00

Área total do Grupo (m²)

Psicossocial

Fluxograma de Atendimento: ACESSO

Recepção e serviços

Ambulatório

Reabilitação

Consulta Médica (diagnóstico)

Tratamentos e terapias

ALTA

Organograma de funcionamento: Área Externa

Acesso público geral

ESPAÇO PÚBLICO VERDE

Acesso pacientes e funcionários

SETOR ADMINISTRATIVO

342,50

Sanitários/vestiários para funcionários

Intelectual

Tratamento e terapias especializados

400,00

Área de alimentação com cantina

OFICINA SETOR ORTOPÉDICA SERVIÇOS

140,00

Área de convivência

1

-

-

Estacionamento

-

-

-

Playground

1

-

-

Jardins sensoriais e terapêuticos

1

-

-

Abrigo de recipientes residuais

1

5,00

5,00

Área total do Grupo (m²)

Identificação do Usuário:

95,00

Área total do Grupo (m²) Administrativo e Recepção

1

1

Espaço para Cinesioterapia e Mecanoterapia

1

Área mínima Área Total (M²) (M²)

Farmácia (remédios naturais)

Sala para atendimento individual com equipamentos para prótese ocular Consultório para orientação de mobilidade e recursos de baixa visão Consultório de fisioterapia, ortopedia e neurologia Sala para preparo do paciente (Biometria, triagem)

Sala para atendimento individualizado (provas)

Serviços

Atendimento clinico

Sala para atendimento individual com cabine de audiometria – avaliação audiológica Sala para Exame complementar Potencial Evocado Auditivo Sala com atendimento individual com equipamento de amplificação sonora

Qtd.

Qtd.

Área Externa (dimensão variável)

Ambiente

Ambiente

Área total do Grupo (m²)

Foi utilizado como base para a criação do programa de necessidade e prédimensionamento o Manual de Ambiência dos Centros Especializados em Reabilitação (CER), elaborado pelo Ministério da Saúde em 2013, A RDC 50 de 2002 que regulamenta o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde e também os estudos de caso. Chegando em um programa que atendesse as necessidades de cada grupo e também pudesse desenvolver tratamentos alternativos conjuntos, trabalhando a mente e o corpo simultaneamente. Grupo

Área mínima Área Total (M²) (M²)

Grupo Oficina Ortopédica

5.2 Programa e pré-dimensionamento

5,00 1964,50

OFICINA ORTOPÉDICA

ATENDIMENTO CLINICO

TERAPIAS E TRATAMENTOS

ENSINO E PESQUISA

JARDINS SENSORIAIS E PLAYGROUND

48


5.4 Zoneamento

Área de espera e estacionamento privativo

O zoneamento foi embasado nas análises feitas no local, observando as condicionantes, deficiências e também potencialidades. As zonas foram dividas conforme atividades semelhantes e complementares do centro aliadas a conexão com os espaços externos, principalmente verdes.

Local de implantação do centro

Área externa verde para uso dos pacientes

Área externa pública para a comunidade em geral

Ampliação das calçadas na esquina para maior segurança do pedestre

Acesso serviços e veículos

Preservação da araucária existente

05

06 Acesso público

01

04 02

Arborização do canteiro central da Av., propiciando uma conexão entre a APAE o Hospital

07

03 Área pública de lazer com espaços de estar e lazer árborizados

Área com esplanada de recepção

Implantação da Proposta esc. 1:1000

LEGENDA 1- Área administrativa 2- Educação e Pesquisa 3- Tratamentos e terapias +Centro clinico 4- Atendimento Clinico 5- Serviços e terapias 6- Playground infantil 7- Jardim sensorial 49


5.5 Esboço da Proposta

Materiais a serem trabalhados:

Madeira: Característica da região, é um material térmico e proporciona sensação de aconchego

A volumetria partiu da materialização do zoneamento, do tipo de uso e fluxo que o Centro precisa, e também de diretrizes que foram estabelecidas à partir das análises. Buscando a valorização da esquina, a requalificação dos passeios e também a conexão com a praça, fazendo o edifício tomar forma a partir da permeabilidade, conforto, integração e fluxo. Além disso, a forma buscou-se assemelhar com seu entorno bastante horizontal e residencial, respeitando a escala da criança. Concreto: Material bruto e frio em contraste com a madeira Aberturas em tamanhos e alturas variadas, possibilitando visuais diferentes conforme o usuário

Forma inspirada na residência, proporcionando ao centro uma extensão do lar

Esplanada como um espaço de recepção ao pedestre

Possibilidade do uso da madeira e do concreto aliados a arquitetura bioclimática

Contraste entre a forma mais tradicional da «residência» com formas mais puras e retangulares

Acesso principal

Croquis da Proposta sem escala

50


6. Referências Bibliográficas AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ANVISA. RDC-5O - Normas para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília, 2002. ANÇÃO, C. D. B. Educação inclusiva: análise de textos e contextos. 2008. 124f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Curso de Mestrado em Educação. UEL, Universidade Estadual de Londrina, Londrina. ARCH DAILY. Centro de Reabilitação Infantil da Teletón. Disponível em < https://www.archdaily.com.br/br/773977/centro-de-reabilitacao-infantil-da-teleton-gabinete-de-arquitectura> Acesso em 05 mai. 2018. ARCH DAILY. Clássicos da Arquitetura: Hospital Sarah Kubitschek Salvador. Disponível em < https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura-hospital-sarah-kubitschek-salvador-joao-filgueiraslima-lele> Acesso em 11 mai. 2018. ARCH DAILY. Hospital Infantil Nelson Mandela. 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A idéia de função para a arquitetura: o hospital e o século XVIII – Vitruvius, Arquitextos 019, ano 02, São Paulo, 2001. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.019/823>. Acesso em:16 abr. 2018 SILVA, R. B.; MELLO, M. M. A Importância do Estudo da Psicologia Ambiental na Formação do Arquiteto. RENEFARA – ISSN 2236-8779, Goiana v.11, p. 383-395, 2017. Disponível em: <http://www.fara.edu.br/sipe/index.php/renefara/article/view/609>. Acesso em: 15 abr. 2018. TAKATORI, M. Vamos brincar? Do ingresso da criança com deficiência física na terapia ocupacional à facilitação da participação social . 2010. 236 f. Tese (Doutorado em Educação) - Instituto de Psicologia, USP Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. VAN SCHAIK E.E., SOUZA C.C.B.X., ROCHA, E.F. Reflexões sobre a atenção às crianças com deficiência na atenção primária à saúde. Revista Terapia Ocupacional – Universidade de São Paulo, São Paulo v.25, p. 233-241, 2014.

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6.1 Lista de figuras Figura 01. Criança com deficiência. Disponível em: <http://www.clickinmoms.com/click/photographing-children-special-needs/>. Acesso em: 28 mar. 2018. Figura 02. Criança com Síndrome de Down. Disponível em: <https://www.care-net.org/abundant-lifeblog/the-reason-why-so-many-people-want-to-eradicate-unborn-children-with-down-syndrome>. Acesso em 01 abr. 2018. Figura 03. Menina com Síndrome de Down. Disponível em: <https://organicsnewsbrasil.com.br/blogs/blog-educar-para-ser-grande/sindrome-de-dia-de-lutar-pordireitos-iguais/>. Acesso em: 15 abr. 2018. Figura 04. Criança com Deficiência. Disponível em: <http://katiesmithphotography.com/a-little-herowinston-salem-child-photographer/>. Acesso em: 18 abr. 2018. Figura 05. Mapas do Brasil, Santa Catarina e Microrregião de Curitibanos. Base cartográfica Qgis. IBGE,2010. Figura 06. Vista aérea de Curitibanos. Disponível em: <https://portalcoroado.com.br/home/2017/09/01/curitibanos-e-municipios-da-regiao-obtiveramcrescimento-populacional/>. Acesso em: 18 abr. 2018. Figura 07. Mapa de Curitibanos. Base de satélite, modificada pela autora. Google, 2017.

Figura 32. Vista do terreno de intervenção pela R. Silveira de Souza. Acervo da autora. Figura 33. Vista aérea do local de intervenção. Disponível em: <https://www.facebook.com/augustofotos>. Acesso em: 18 maio 2018. Figura 34. Mapa síntese das análises do Recorte. Base de satélite, modificado pela autora. Google, 2017. Figura 35. Criança com deficiência. Disponível em: <https://www.herfamily.ie/style/river-island-aimsdiversity-latest-kids-fashion-campaign-298103>. Acesso em: 25 maio 2018. Figura 36. Zoneamento inicial Hospital Infantil Nelson Mandela, modificado pela autora. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/883040/hospital-infantil-nelson-mandela-sheppard-robson-plusjohn-cooper-architecture-plus-gapp-plus-ruben>. Acesso em: 03 maio 2018. Figura 37. Imagem aérea Hospital Infantil Nelson Mandela. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/883040/hospital-infantil-nelson-mandela-sheppard-robson-plusjohn-cooper-architecture-plus-gapp-plus-ruben>. Acesso em: 03 maio 2018. Figura 38. Fachada principal Hospital Infantil Nelson Mandela. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/883040/hospital-infantil-nelson-mandela-sheppard-robson-plusjohn-cooper-architecture-plus-gapp-plus-ruben>. Acesso em: 03 maio 2018.

Figura 08. Mapa dos principais Equipamentos. Base cartográfica Qgis, modificado pela autora. IBGE, 2010.

Figura 39. Vista do playground Hospital Infantil Nelson Mandela. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/883040/hospital-infantil-nelson-mandela-sheppard-robson-plusjohn-cooper-architecture-plus-gapp-plus-ruben>. Acesso em: 03 maio 2018.

Figura 09. Hospital Regional Hélio Anjos Ortiz. Disponível em: <http://asemanacuritibanos.com.br/sa%C3%BAde/hospital-h%C3%A9lio-anjos-ortiz-na-expectativade-acertos-1.1990350>. Acesso em: 17 abr. 2018.

Figura 40. Vista da sala de estímulos e fisioterapia Hospital Infantil Nelson Mandela. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/883040/hospital-infantil-nelson-mandela-sheppard-robson-plusjohn-cooper-architecture-plus-gapp-plus-ruben>. Acesso em: 03 maio 2018.

Figura 10. Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Curitibanos. Disponível em: <https://www.malinski.arq.br/institucional?lightbox=dataItem-ikbieyn1>. Acesso em: 21 abr. 2018.

Figura 41. Quarto infantil Hospital Infantil Nelson Mandela. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/883040/hospital-infantil-nelson-mandela-sheppard-robson-plusjohn-cooper-architecture-plus-gapp-plus-ruben>. Acesso em: 03 maio 2018.

Figura 11. Mapa de localização de APAE’s e Hospitais em Santa Catarina. Base Cartográfica Qgis, modificado pela autora. IBGE, 2010. Figura 12. Gráficos de pessoas com deficiência na área de estudo. Base de dados IBGE, 2010. Figura 13. Imagem aérea do Hospital Hélio Anjos Ortiz. Disponível em: <http://www.hhao.com.br/Galeria.html>. Acesso em: 05 maio 2018. Figura 14. Vista do Acesso do Hospital. Acervo da autora. Figura 15. Imagem Externa do Hospital. Disponível em: <http://www.hhao.com.br/Galeria.html>. Acesso em: 05 maio 2018. Figura 16. Vista da maternidade do Hospital. Disponível em: <http://www.hhao.com.br/Galeria.html>. Acesso em: 05 maio 2018. Figura 17. Vista da pediatria do Hospital. Disponível em: <http://www.hhao.com.br/Galeria.html>. Acesso em: 05 maio 2018. Figura 18. Imagem externa, acesso pacientes. Disponível em: <http://www.hhao.com.br/Galeria.html>. Acesso em: 05 maio 2018. Figura 19. Vista aérea APAE de Curitibanos. Acervo da autora. Figura 20. Equoterapia APAE Curitibanos. Acervo APAE Curitibanos. Figura 21. Atividades no Jardim APAE Curitibanos. Acervo APAE Curitibanos. Figura 22. Sala de estímulos APAE Curitibanos. Acervo APAE Curitibanos. Figura 23. Fisioterapia APAE Curitibanos. Acervo APAE Curitibanos. Figura 24. Mapa de localização do recorte. Base cartográfica Qgis. IBGE, 2010. Figura 25. Imagem externa do Hospital. Acervo da autora. Figura 26. Imagem da Av. Lions, próximo a APAE. Acervo da autora. Figura 27. Imagem da Av. Lions, próximo ao Hospital. Acervo da autora. Figura 28. Vista da área com caráter rural. Acervo da autora. Figura 29. Imagem externa da APAE. Acervo da autora. Figura 30. Imagem canteiro Av. Lions. Acervo da autora.

Figura 42. Vista do Jardim Hospital Infantil Nelson Mandela. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/883040/hospital-infantil-nelson-mandela-sheppard-robson-plusjohn-cooper-architecture-plus-gapp-plus-ruben>. Acesso em: 03 maio 2018. Figura 43. Vista da fachada principal Hospital Infantil Nelson Mandela. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/883040/hospital-infantil-nelson-mandela-sheppard-robson-plusjohn-cooper-architecture-plus-gapp-plus-ruben>. Acesso em: 03 maio 2018. Figura 44. Perspectiva do Centro de reabilitação Infantil da Teleton. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/773977/centro-de-reabilitacao-infantil-da-teleton-gabinete-dearquitectura>. Acesso em: 07 maio 2018. Figura 45. Imagem interna da piscina, Centro de reabilitação Infantil da Teleton. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/773977/centro-de-reabilitacao-infantil-da-teleton-gabinete-dearquitectura>. Acesso em: 07 maio 2018. Figura 46. Planta baixa do Centro de reabilitação Infantil da Teleton. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/773977/centro-de-reabilitacao-infantil-da-teleton-gabinete-dearquitectura>. Acesso em: 07 maio 2018. Figura 47. Vista da fachada artística, Hospital Sarah Kubitschek Salvador. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura-hospital-sarah-kubitscheksalvador-joao-filgueiras-lima-lele>. Acesso em: 09 maio 2018. Figura 48. Imagem do jardim, Hospital Sarah Kubitschek Salvador. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura-hospital-sarah-kubitscheksalvador-joao-filgueiras-lima-lele>. Acesso em: 09 maio 2018. Figura 49. Esquema bioclimático, Hospital Sarah Kubitschek Salvador. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da-arquitetura-hospital-sarah-kubitscheksalvador-joao-filgueiras-lima-lele>. Acesso em: 09 maio 2018. Figura 50. Menina com Síndrome de Down. Disponível em: <https://saudavelefeliz.com/por-que-asindrome-de-down-acontece-010/>. Acesso em: 21 abr. 2018. Figura 51. Gráficos do questionário aplicado online com moradores de Curitibanos. Elaborado pela autora. Figura 52. Mapa de diretrizes e intervenções urbanas. Base de satélite. Google, 2017.

Figura 31. Vista do terreno de intervenção pela Av. Lions. Acervo da autora.

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