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HISTÓRIA, ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO EDIFICADO: DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES. Prof º. Ms. Gabriel FRECHIANI DE OLIVEIRA – Universidade Federal de Sergipe Soraia DIAS DE BRITO E SILVA – Universidade Estadual do Piauí RESUMO Este simpósio tem finalidade abordar a relação entre a Arqueologia, História e patrimônio, no sentido de promover uma troca de experiências entre os participantes. A História e Arqueologia são importantes para a preservação e a conservação do patrimônio cultural, assim complementando o estudo das sociedades humanas dentro de um processo diacrônico. O significado de patrimônio vem desde épocas muito antigas, e tem origem grega pater, que significa “pai” ou “paterno”, dessa forma patrimônio refere-se com aquilo que é deixado pelos pais para os filhos, assim patrimônio pode ser conceituado como um bem que é transmitido, segundo as leis, dos pais e das mães aos filhos, tendo sua origem ligada às estruturas familiares, econômicas e jurídicas de uma sociedade estável, enraizada no espaço e no tempo. O processo de constituição de um patrimônio é feita de várias formas, não se limita apenas a edifícios individuais, mas sim compreende as várias edificações na malha urbana como casas, bairros, aldeias e cidades inteiras podem constituir um patrimônio, tudo varia de acordo com sua criação, preservação e conservação. Um desafio grandioso quando falamos da preservação de um patrimônio histórico, pelo fato da ideia de preservação não ser antiga. A história e arqueologia histórica podem contribuir para o processo de investigação científica sobre o patrimônio edificado, indo além da narrativa histórica e buscando outras fontes de conhecimento. Temos por ponto de partida a Revolução Francesa (1789-1799), onde os revolucionários preservaram algumas construções da monarquia francesa no intuito de servir como um local de recordação do Antigo Regime, no caso o Palácio de Versalhes. Em contrapartida, a Bastilha onde a prisão foi totalmente destruída pela população revoltada, sendo um dos símbolos do poder de Luís XVI. No Brasil, observaram-se as primeiras iniciativas no estudo do patrimônio com a chegada da família real portuguesa (1808-1820), logo, instalando instituições de ensino superior (Faculdade de medicina na Bahia) e centros de pesquisa (jardim Botânico, Museu Nacional e Biblioteca Real no Rio de Janeiro) e, em especial, a Escola de Artes. Dessa forma especialistas do exterior foram atraídos para trabalharem no Brasil, e assim iniciando o estudo acerca fauna, flora e sua relação com os homens. Com o advento da Independência do Brasil (1822) e o Segundo Reinado (1840), observou o interesse do governo brasileiro em pesquisar acerca da história do Brasil, incentivando várias missões científicas e patrocinando pesquisadores nacionais a estudarem no exterior e retornarem ao Brasil. Assim, despontando instituições como o Museu Paulista e o Museu Emílio Goeldi nas últimas décadas do século XIX. Essa necessidade de construir uma identidade nacional observou essa preocupação no concurso acerca de “Como se deve escrever a história do Brasil” pelo IHGB. A principal justificativa desse simpósio é discutir acerca da necessidade de políticas e formas de preservação e conservado patrimonial, no intuito de salvaguardar esses registros para as gerações futuras. Outro ponto importante é necessidade de fomentar políticas para fomentar o processo de socialização desse patrimônio, não enclausurando apenas nos edifícios.


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