PERMEABILIDADE URBANA : O ESPAÇO PÚBLICO COMO RESSIGNIFICADOR SOCIAL
GABRIELLA REIS DE OLIVEIRA
PERMEABILIDADE URBANA: O ESPAÇO PÚBLICO COMO RESSIGNIFICADOR SOCIAL
Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos São João da Boa Vista, SP, 2018.
GABRIELLA REIS DE OLIVEIRA RA 610153
PERMEABILIDADE URBANA: O ESPAÇO PÚBLICO COMO RESSIGNIFICADOR SOCIAL
Trabalho apresentado como requisito da disciplina Trabalho Final de Graduação, do curso de Arquitetura e Urbanismo, ao Centro universitário da fundação de ensino Octávio Bastos, sob a Orientação do Prof. Msc. José Arimathea Pereira Junior.
São João da Boa Vista, SP 2018
GABRIELLA REIS DE OLIVEIRA
PERMEABILIDADE URBANA: O ESPAÇO PÚBLICO COMO RESSIGNIFICADOR SOCIAL
Data da Aprovação: _____/_____/_____
PROF. MSc. JOSÉ ARIMATHEA PEREIRA JÚNIOR
ASSINATURA PROF. MSc. JOSÉ ARIMATHEA PEREIRA JÚNIOR
PROF. ME. LEANDRO LETTI DA SILVA ARAÚJO
ASSINATURA PROF. ME. LEANDRO LETTI DA SILVA ARAÚJO
PROFª. ME. LUCIANA VALIN GONÇALVES DIAS
ASSINATURA PROFª. ME. LUCIANA VALIN GONÇALVES DIAS
Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos São João da Boa Vista, SP, 2018.
Fotografia 01 - Criança brincando na água após a chuva Fonte: Própria (2018)
Dedico este trabalho aos meus avós Paulo e Maria, aos meus colegas de graduação, à minha família, minha base, ao meu exímio orientador José Arimathea e aos moradores da Zona Sul de Poços de Caldas.
AGRADECIMENTOS
A
gradeço primeiramente à Deus pela vida, pela saúde e pelas dádivas. Aos meus avós, Cida e Paulo, por terem me preparado profissionalmente, apoiado com paciência e amor este sonho, por toda a confiança e impulsionamento que foram essenciais a minha caminhada. Obrigada aos docentes e membros da instituição UNIFEOB pelo conhecimento agregado durante os últimos cinco anos, pela formação do pensamento crítico, aquisição de experiências e entendimento de diversos assuntos ligados a cultura, sociedade, à urbanidade e à arquitetura. Também quero agradecer aos meus amigos e colegas de graduação que sempre acreditaram em meu potencial, pela troca de conhecimento e por nossa conexão e afinidade, que tem elevado minhas experiências à um nível muito maior que o esperado. Ao transporte que tem oferecido segurança e ótimos serviços durante esses anos, aos meus ex patrões pela paciência e amparo quando necessário, atividades extracurriculares e também aos meus mentores extraclasse pelo conhecimento agregado à faculdade. Por fim, agradeço muitíssimo ao meu orientador, José Arimathea por sua instrução e por compartilhar de seus amplos conhecimentos. A todos que me inspiraram por minha trajetória, muito obrigada!
‘‘É lógico. As necessidades de muitos são maiores que as necessidades de poucos. Ou de um.’’ (SPOCK)
SUMÁRIO 01 APRESENTAÇÃO 1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................22 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................23 OBJETIVO.............................................................................................................................25 METODOLOGIA....................................................................................................................26
02 REPERTÓRIO BIBLIOGRÁFICO 2.1 CRESCIMENTO URBANO E SEGREGAÇÃO ESPACIAL....................................................29 2.1.1 Conceito de segregação...................................................................................................31 2.1.2 Espacialidade e desigualdade..........................................................................................31 2.1.3 Padrões segregatícios......................................................................................................35 2.1.4 Expansão urbana e mobilidade........................................................................................36 2.1.5 Uma cidade dentro da cidade...........................................................................................39 2.1.6 Do direito a cidade............................................................................................................39 2.1.7 Sustentabilidade urbana...................................................................................................40 2.1.7.1 Teoria de ecossistemas..............................................................................................40 2.1.8 Insustentabilidade urbana.................................................................................................41 2.2 ESPAÇO PÚBLICO .................................................................................................................42 2.3 PARQUES URBANOS.............................................................................................................44 2.3.1 Tipos de parque: Contexto brasileiro................................................................................44 2.3.2 Administração de espaços públicos..................................................................................45 2.3.3 Apropriação de parques e administração de interesse....................................................45 2.3.4 Redes verdes....................................................................................................................48 2.3.5 Acessibilidade em espaços públicos.................................................................................50 2.3.6 Do interesse imobiliário.....................................................................................................50 2.3.7 Da relevância dos parques................................................................................................51 2.3.8 Permeabilidade urbana......................................................................................................52
03 ESTUDOS DE CASO 3.1 3.2 3.3 3.4
PARQUE CANTINHO DO CÉU.................................................................................................58 PARQUE IBIRAPUERA............................................................................................................74 PARQUE DA JUVENTUDE ......................................................................................................86 ESTRATÉGIAS DOS ESTUDOS DE CASO ............................................................................94
04 DIAGNÓSTICO 4.1 POÇOS DE CALDAS ........................................................................................................99 4.1.1 Contextualização histórica ...........................................................................................99 4.1.2 Análise socioeconômica.............................................................................................101 4.1.3 Aspectos populacionais.............................................................................................105 4.1.4 CRAS..........................................................................................................................105 4.1.5 Renda: Aspecto direcional .........................................................................................106 4.1.6 Dados gerais ..............................................................................................................107 4.2 ÁREA DE TRABALHO ....................................................................................................110 4.2.1 Da escolha da área: Zona Sul....................................................................................110 4.2.2 Panorama geral: Zona Sul..........................................................................................114 4.2.3 Pontos positivos e pontos negativos .........................................................................114 4.2.4 Permeabilidade urbana: Riscos de alagamento .......................................................116 4.2.5 Áreas de lazer: Recognição ......................................................................................120 4.2.6 Área de intervenção...................................................................................................122 4.2.7 Recorte ......................................................................................................................128 4.2.8 Análise do levantamento fotográfico..........................................................................130 4.2.9 Pesquisa de interesse ...............................................................................................132 4.2.10 Paisagismo observado...............................................................................................135 4.2.11 Áreas de intervenção direta e indireta....................................................................... 137 4.3 LIMITAÇÕES: AEROPORTO.......................................................................................... 146 4.3.1 Aeroporto Embaixador Walther Moreira Salles ........................................................ 147 4.4 LEGISLAÇÃO ................................................................................................................. 148 4.4.1 Zoneamento ambiental do município........................................................................ 148 4.4.2 Plano diretor.............................................................................................................. 149
05 PROPOSTA 5.1 PARTIDO URBANÍSTICO...............................................................................................154 5.2 VISITA TÉCNICA.............................................................................................................156 5.3 DIRETRIZES PROJETUAIS............................................................................................160 5.4 DESENVOLVIMENTO DAS DIRETRIZES...................................................................... 162 5.4.1 Programa de necessidades ...................................................................................... 164 5.4.2 Conceituando CIE:Centro de iniciação ao esporte....................................................166 5.4.3 Anteprojeto ................................................................................................................168 5.5 PROJETO: Desenhos em escala reduzida.....................................................................170 5.5.1 Estrutura: Detalhe construtivo....................................................................................208 5.5.2 Catálogo Paisagístico.............................................................................................. 212 5.5.3 Estratégia Acústica ................................................................................................... 223 5.5.4 Estratégias Bioclimáticas .......................................................................................... 226 5.5.5 Parque ecológico.......................................................................................................228 5.5.6 Conclusão: Finalizações...........................................................................................231
06 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 6.1
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................252
07 ANEXOS
Fotografia 01 - Criança brincando na água após a chuva ................................................................................................... 04 Fotografia 02 - Detalhe de vegetação ............................................................................................................................... 24 Fotografia 03 - Quadro organizacional .............................................................................................................................. 27 Fotografia 04 - Alternativas da segregação metropolitana .................................................................................................32 Fotografia 05 - Centro de Poços de Caldas ........................................................................................................................33 Fotografia 06 - Bairro Primavera em Poços de Caldas .......................................................................................................33 Fotografia 07 - Casa Urbana ..............................................................................................................................................34 Fotografia 08 - Córrego Jardim Kennedy II em Poços de Caldas ........................................................................................35 Fotografia 09 - Relato em transporte público ......................................................................................................................37 Fotografia 10 - Feiras em Poços de Caldas: um universo de tradição .................................................................................38 Fotografia 11 - Esquema de espaços livres públicos ..........................................................................................................42 Fotografia 12 - Campo de golfe: Poços de Caldas ....................................................................................................... ......43 Fotografia 13 - Parque Walther World em Poços de Caldas ...............................................................................................46 Fotografia 14 - Custo de áreas no tecido urbano ................................................................................................................48 Fotografia 15 - Custo de áreas no tecido urbano ................................................................................................................48 Fotografia 16 - Ligação entre Parques livres urbanos ........................................................................................................49 Fotografia 17 - Parque ecológico da zona sul ....................................................................................................................52 Fotografia 18 - Fluxograma geral dos estudos de caso ......................................................................................................56 Fotografia 19 - Mobiliário urbano no Jardim Kennedy II ......................................................................................................57 Fotografia 20 - Parque cantinho do céu: Intervenção na Orla da represa abre vista para a paisagem .................................58 Fotografia 21 - Logotipo Boldarini arquitetos associados ...................................................................................................59 Fotografia 22 - Marcos Boldarini ........................................................................................................................................59 Fotografia 23 - Cidade de São Paulo: Bairro Cantinho do céu ............................................................................................59 Fotografia 24 - Cidade de São Paulo: Bairro Cantinho do céu ............................................................................................60 Fotografia 25 - Bacia hidrográfica da represa Billings ........................................................................................................60 Fotografia 26 - Croqui esquemático em estrutura de arame do bairro cantinho do céu .......................................................61 Fotografia 27 - Localização do cantinho do céu entre a represa Billings .............................................................................61 Fotografia 28 - Implantação cantinho do céu ......................................................................................................................62 Fotografia 29 - Plano de massas .......................................................................................................................................62 Fotografia 30 - Proposta de reassentamento .....................................................................................................................63 Fotografia 31 - Mapeamentos ............................................................................................................................................64 Fotografia 32 - Zoom de equipamentos urbanos ................................................................................................................64 Fotografia 33 - Zoom de equipamentos urbanos ................................................................................................................65 Fotografia 34 - Corte ..........................................................................................................................................................65 Fotografia 35 - Corte ..........................................................................................................................................................65 Fotografia 36 - Equipamentos públicos .............................................................................................................................66 Fotografia 37 - Área de primeira categoria .........................................................................................................................67 Fotografia 38 - Área de primeira categoria .........................................................................................................................67 Fotografia 39 - Sistema de esgotamento sanitário .............................................................................................................67 Fotografia 40 - Sistema de distribuição de água .................................................................................................................67 Fotografia 41 - Sistema de coleta de lixo ............................................................................................................................67 Fotografia 42 - Necessidade de remoção ..........................................................................................................................68 Fotografia 43 - Modelos de UHS ........................................................................................................................................68 Fotografia 44 - Modelos de UHS ........................................................................................................................................68 Fotografia 45 - Modelos de UHS ........................................................................................................................................68
Fotografia 46 - Modelos de UHS ........................................................................................................................................68 Fotografia 47 - Modelos de UHS ........................................................................................................................................68 Fotografia 48 - Sistemas Viários ........................................................................................................................................68 Fotografia 49 - Geotecnia ..................................................................................................................................................68 Fotografia 50 - Urbanismo .................................................................................................................................................69 Fotografia 51 - Benfeitorias do projeto básico e obras ......................................................................................................69 Fotografia 52 - Atividade cultural no cantinho do céu ........................................................................................................69 Fotografia 53 - Cinema ao ar livre ......................................................................................................................................69 Fotografia 54 - Implantação com análises de ventilação ...................................................................................................70 Fotografia 55 - Implantação com análises de insolação ....................................................................................................70 Fotografia 56 - Abacateiro .................................................................................................................................................70 Fotografia 57 - Detalhamento dos blocos intertravados de concreto .................................................................................71 Fotografia 58 - Detalhamento dos blocos intertravados de concreto .................................................................................71 Fotografia 59 - Corte esquemático deck com bancos de madeira .....................................................................................71 Fotografia 60 - Bancos de concreto: Maior durabilidade ...................................................................................................71 Fotografia 61 - Bancos de concreto: Maior durabilidade ...................................................................................................72 Fotografia 62 - Descrição de serviços ................................................................................................................................72 Fotografia 63 - Proposta de decks .....................................................................................................................................72 Fotografia 64 - Parque Ibirapuera ......................................................................................................................................73 Fotografia 65 - Oscar Niemeyer ........................................................................................................................................74 Fotografia 66 - Desenho Ipê .............................................................................................................................................74 Fotografia 67 - Octávio e D. Leonina .................................................................................................................................75 Fotografia 68 - Esboço Oscar Niemeyer ............................................................................................................................75 Fotografia 69 - Cidade de São Paulo: Parque Ibirapuera ..................................................................................................75 Fotografia 70 - Cidade de São Paulo: Parque Ibirapuera ..................................................................................................75 Fotografia 71 - O planetário ...............................................................................................................................................76 Fotografia 72 - Mapa de terrenos devolutos 1941 .............................................................................................................76 Fotografia 73 - Loteamentos de várzea .............................................................................................................................76 Fotografia 74 - Ibirapuera 1933 .........................................................................................................................................76 Fotografia 75 - Mapa de vias .............................................................................................................................................77 Fotografia 76 - Auditório ....................................................................................................................................................77 Fotografia 77 - Dados Viários ............................................................................................................................................78 Fotografia 78 - Implantação ...............................................................................................................................................78 Fotografia 79 - Mapa Ibirapuera .........................................................................................................................................79 Fotografia 80 - Ilustração ‘’Park Map’’ Ibirapuera ..............................................................................................................80 Fotografia 81 - Anteprojeto Ibirapuera ..............................................................................................................................80 Fotografia 82 - Palácio das indústrias ................................................................................................................................81 Fotografia 83 - Palácio das exposições .............................................................................................................................81 Fotografia 84 - Palácio das nações ...................................................................................................................................81 Fotografia 85 - Palácio dos estados ..................................................................................................................................81 Fotografia 86 - Museu de arte moderna ............................................................................................................................81 Fotografia 87 - Palácio da agricultura ...............................................................................................................................81 Fotografia 88 - Auditório ...................................................................................................................................................81 Fotografia 89 - A grande marquise ...................................................................................................................................81 Fotografia 90 - Pavilhão Japonês .....................................................................................................................................81 Fotografia 91 - Planetário .................................................................................................................................................81 Fotografia 92 - Pau-ferro ....................................................................................................................................................83 Fotografia 93 - Sete-capote ...............................................................................................................................................83 Fotografia 94 - Risadinha ...................................................................................................................................................83 Fotografia 95 - Tamareira das canárias .............................................................................................................................83 Fotografia 96 - Cisne Negro .............................................................................................................................................83
Fotografia 97 - Periquito Tuim .........................................................................................................................................83 Fotografia 98 - Implantação com análises de ventilação .................................................................................................83 Fotografia 99 - Implantação com análises de insolação ..................................................................................................84 Fotografia 100 - Croqui Niemeyer ....................................................................................................................................84 Fotografia 101 - Parque Ibirapuera ..................................................................................................................................84 Fotografia 102 - Conheça o Parque da Juventude ..........................................................................................................85 Fotografia 103 - Logomarca Aflalo e Gasperini ...............................................................................................................86 Fotografia 104 - Croqui Aflalo e Gasperini ......................................................................................................................86 Fotografia 105 - Aflalo e Gasperini arquitetos .................................................................................................................86 Fotografia 106 - Cidade de São Paulo: Parque da Juventude (Carandiru) .....................................................................87 Fotografia 107 - Cidade de São Paulo: Parque da Juventude (Carandiru) .....................................................................87 Fotografia 108 - Antiga penitenciaria do Carandiru .........................................................................................................87 Fotografia 109 - Croqui pavilhões ....................................................................................................................................88 Fotografia 110 - Croqui pavilhões ....................................................................................................................................88 Fotografia 111 - Croquis de implantação .........................................................................................................................88 Fotografia 112 - Implantação ...........................................................................................................................................89 Fotografia 113 - Programa de necessidades ...................................................................................................................89 Fotografia 114 - Evolução da implantação .......................................................................................................................90 Fotografia 115 - Croqui sobreposto .................................................................................................................................90 Fotografia 116 - Proposta em maquete eletrônica: Recuperação de edifícios ................................................................90 Fotografia 117 - Equipamentos, arte pública e flora ........................................................................................................91 Fotografia 118 - Equipamentos urbanos ..........................................................................................................................91 Fotografia 119 - Biblioteca ...............................................................................................................................................92 Fotografia 120 - Implantação com estudos de ventilação ................................................................................................92 Fotografia 121 - Implantação com estudos de insolação .................................................................................................92 Fotografia 122 - Construção Parque da Juventude .........................................................................................................93 Fotografia 123 - Construção Parque da Juventude .........................................................................................................93 Fotografia 124 - Famalicão ..............................................................................................................................................93 Fotografia 125 - Criança jogando futebol .........................................................................................................................95 Fotografia 126 - Localização no País e no Estado ..........................................................................................................98 Fotografia 127 - Panorama de Poços de Caldas MG ......................................................................................................98 Fotografia 128 - A origem da região de Poços de Caldas - Fases da cadeia vulcânica ..................................................99 Fotografia 129 - Cassinos ..............................................................................................................................................100 Fotografia 130 - Mapa da região urbana homogênea ................................................................................................... 103 Fotografia 131 - Mapa das áreas de ponderação ......................................................................................................... 104 Fotografia 132 - Mapa de crescimento anual ................................................................................................................ 104 Fotografia 133 - Pirâmide etária .................................................................................................................................... 105 Fotografia 134 - Moradia social ..................................................................................................................................... 105 Fotografia 135 - Mapa de rendimentos ......................................................................................................................... 106 Fotografia 136 - Atividades econômicas ....................................................................................................................... 107 Fotografia 137 - Tabela climática .................................................................................................................................. 107 Fotografia 138 - Relevo topográfico .............................................................................................................................. 108 Fotografia 139 - Mapa de relevo ....................................................................................................................................108 Fotografia 140 - Depois da chuva no Jardim Kennedy II ...............................................................................................109 Fotografia 141 - Mapa de zoneamento ......................................................................................................................... 110 Fotografia 142 - Zoom zona sul: Mapa de zoneamento ............................................................................................... 111 Fotografia 143 - Localização na zona sul ..................................................................................................................... 111 Fotografia 144 - Cartão Postal fotográfico represa Saturnino de Brito ......................................................................... 112 Fotografia 145 - Aeroporto em 1954 ............................................................................................................................. 112 Fotografia 146 - Modelos de UHS ..................................................................................................................................113 Fotografia 147 - Terreno da fábrica em 1965 ................................................................................................................113 Fotografia 148 - Recrutamento da empresa de mineração ...............................................................................................114
Fotografia 149 - Inauguração da COHAB ..........................................................................................................................115 Fotografia 150 - Mapeamento de bairros ............................................................................................................................116 Fotografia 151 - Inundação no Jardim Kennedy II ..............................................................................................................117 Fotografia 152 - Mapeamento de riscos de inundação .......................................................................................................118 Fotografia 153 - Residência em área de alagamento .........................................................................................................121 Fotografia 154 - Mapeamento de áreas de lazer ................................................................................................................123 Fotografia 155 - Local de intervenção .................................................................................................................................124 Fotografia 156 - Implantação com entorno imediato ...........................................................................................................125 Fotografia 157 - Mapa de Cheios e vazios .........................................................................................................................126 Fotografia 158 - Mapeamento de vias ................................................................................................................................127 Fotografia 159 - Uso e ocupação do solo ...........................................................................................................................128 Fotografia 160 - Mapa de levantamento fotográfico ...........................................................................................................129 Fotografia 161 - Fotos de visita ‘‘in loco’’.............................................................................................................................130 Fotografia 162 - Lago do Parque ecológico ........................................................................................................................130 Fotografia 163 - Vestiário do campo externo ao Parque ecológico ....................................................................................130 Fotografia 164 - Vandalismo no quiosque da lanchonete ...................................................................................................130 Fotografia 165 - Estada de barro para o bairro Jardim Esperança .....................................................................................131 Fotografia 166 - Jovens fazem trabalho no Parque ecológico ............................................................................................132 Fotografia 167 - Fluxograma sintetizado da pesquisa de interesse.....................................................................................133 Fotografia 168 - Crianças brincam no Parque ecológico ....................................................................................................134 Fotografia 169 - Mapa de Massa arbórea e hidrografia ......................................................................................................135 Fotografia 170 - Palmeira Leque ........................................................................................................................................ 135 Fotografia 171 - Palmeira Leque Chinesa ..........................................................................................................................135 Fotografia 172 - Capim Palmeira ........................................................................................................................................135 Fotografia 173 - Babacu ......................................................................................................................................................135 Fotografia 174 - Pinheiro Europeu ......................................................................................................................................135 Fotografia 175 - Yuca Pinchuda ..........................................................................................................................................135 Fotografia 176 - Mapa de análise público e privado ...........................................................................................................136 Fotografia 177 - Intervenção direta .....................................................................................................................................137 Fotografia 178 - Intervenção indireta ..................................................................................................................................137 Fotografia 179 - Hierarquia viária ........................................................................................................................................138 Fotografia 180 - Transporte público ....................................................................................................................................138 Fotografia 181 - Cheios e vazios ........................................................................................................................................138 Fotografia 182 - Uso e ocupação do solo ...........................................................................................................................139 Fotografia 183 - Hierarquia viária ........................................................................................................................................140 Fotografia 184 - Transporte público ....................................................................................................................................140 Fotografia 185 - Cheios e vazios ........................................................................................................................................140 Fotografia 186 - Uso e ocupação do solo ...........................................................................................................................141 Fotografia 187 - Hierarquia viária ........................................................................................................................................142 Fotografia 188 - Transporte público ....................................................................................................................................142 Fotografia 189 - Cheios e vazios ........................................................................................................................................142 Fotografia 190 - Uso e ocupação do solo ...........................................................................................................................143 Fotografia 191 - Hierarquia viária ........................................................................................................................................144 Fotografia 192 - Transporte público ....................................................................................................................................144 Fotografia 193 - Cheios e vazios ........................................................................................................................................144 Fotografia 194 - Uso e ocupação do solo ...........................................................................................................................145 Fotografia 195 - Localização do aeroporto .........................................................................................................................146 Fotografia 196 - Plano básico aeródromo.................................... .......................................................................................147 Fotografia 197 - Áreas de preservação permanente...........................................................................................................149 Fotografia 198 - Áreas de preservação de nascentes........................................................................................................149 Fotografia 199 - Partido .....................................................................................................................................................154 Fotografia 200 - Página com palavras ..............................................................................................................................155
Fotografia 201 - Gina Beatriz Rende .............................................................................................................................156 Fotografia 202 - Maria Fernandes Caldas .....................................................................................................................156 Fotografia 203 - Visita técnica ........................................................................................................................................157 Fotografia 204 - Parque municipal Antônio Molinari ......................................................................................................158 Fotografia 205 - 12 critérios para determinar um espaço público ..................................................................................160 Fotografia 206 - Diretrizes iniciais - Situação atual ........................................................................................................161 Fotografia 207- Croqui implantação ..............................................................................................................................163 Fotografia 208 - Atletismo ...............................................................................................................................................167 Fotografia 209 - Ginástica ...............................................................................................................................................167 Fotografia 210 - Futebol de salão ...................................................................................................................................167 Fotografia 211 - Plano de organização ...........................................................................................................................168 Fotografia 212 - Croqui caminhos entre parque e bairros ..............................................................................................169 Fotografia 213 - Croquis edifícios ...................................................................................................................................169 Fotografia 214 - Implantação artística ............................................................................................................................170 Fotografia 215 - Planta de situação ................................................................................................................................172 Fotografia 216 - Implantação técnica ..............................................................................................................................174 Fotografia 217 - Planta de locação: Recepção ...............................................................................................................176 Fotografia 218 - Recepção: Planta de pavimento térreo ................................................................................................178 Fotografia 219 - Recepção: Planta de cobertura.............................................................................................................179 Fotografia 220 - Recepção: Cortes .................................................................................................................................180 Fotografia 221 - Recepção: Fachadas ............................................................................................................................181 Fotografia 222 - Recepção: Maquete eletrônica .............................................................................................................182 Fotografia 223 - Apoio: Planta de pavimento térreo .......................................................................................................184 Fotografia 224 - Apoio: Planta de cobertura ...................................................................................................................185 Fotografia 225 - Apoio: Cortes ........................................................................................................................................186 Fotografia 226 - Apoio: Fachadas ..................................................................................................................................187 Fotografia 227 - Apoio: Maquete eletrônica....................................................................................................................188 Fotografia 228 - Guarita: Planta de pavimento térreo ....................................................................................................190 Fotografia 229 - Guarita: Cortes......................................................................................................................................191 Fotografia 230 - Guarita: Fachadas.................................................................................................................................192 Fotografia 231 - Guarita: Maquete eletrônica..................................................................................................................193 Fotografia 232 - Planta de locação: CIE (Centro de iniciação ao esporte).....................................................................194 Fotografia 233 - CIE: Planta de pavimento térreo............................................................................................................196 Fotografia 234 - CIE: Planta de cobertura ......................................................................................................................197 Fotografia 235 - CIE: Cortes ...........................................................................................................................................198 Fotografia 236 - CIE: Elevações .................................................................................................................................... 199 Fotografia 237 - CIE: Maquete eletrônica .......................................................................................................................200 Fotografia 238 - Planta de locação: Palco de eventos ...................................................................................................202 Fotografia 239 - Palco de eventos: Plantas de pavimentos ............................................................................................204 Fotografia 240 - Palco de eventos: Elevações ...............................................................................................................205 Fotografia 241 - Palco de eventos: Maquete eletrônica .................................................................................................206 Fotografia 242 - Detalhe construtivo...............................................................................................................................208 Fotografia 243 - Zoom pilar árvore .................................................................................................................................209 Fotografia 244 - Lago com árvores ................................................................................................................................210 Fotografia 245 - Aroeira pimenteira ...............................................................................................................................212 Fotografia 246 - Árvore de sabão ..................................................................................................................................212 Fotografia 247 - Caliandra ..............................................................................................................................................213 Fotografia 248 - Capim gordura ......................................................................................................................................213 Fotografia 249 - Capim macega estaladeira....................................................................................................................214 Fotografia 250 - Capim Palmeira.....................................................................................................................................214 Fotografia 251 - Cássia ...................................................................................................................................................215 Fotografia 252 - Cipreste Italiano .....................................................................................................................................215 Fotografia 253 - Cipreste português ................................................................................................................................216
Fotografia 254 - Coroa-de-cristo .........................................................................................................................................216 Fotografia 255 - Corticeira ..................................................................................................................................................217 Fotografia 256 - Guapuruvu ................................................................................................................................................217 Fotografia 257 - Ipê amarelo ...............................................................................................................................................218 Fotografia 258 - Ipê rosa .....................................................................................................................................................218 Fotografia 259 - Jacarandá ..................................................................................................................................................219 Fotografia 260 - Jerivá .........................................................................................................................................................219 Fotografia 261 - Palmeira Juçara ........................................................................................................................................220 Fotografia 262 - Pinheiro Bravo ..........................................................................................................................................220 Fotografia 263 - Quaresmeira .............................................................................................................................................221 Fotografia 264 - Sagu de jardim ..........................................................................................................................................221 Fotografia 265 - Sibipiruna ..................................................................................................................................................222 Fotografia 266 - Palco de eventos.......................................................................................................................................223 Fotografia 267 - Barreira Topográfica .................................................................................................................................224 Fotografia 268 - Barreira arquitetônica + arbórea................................................................................................................224 Fotografia 269 - Barreira arquitetônica ...............................................................................................................................224 Fotografia 270 - Dois aspectos de barreiras .......................................................................................................................224 Fotografia 271 - Palco de eventos ......................................................................................................................................225 Fotografia 272 - Telha sanduíche........................................................................................................................................226 Fotografia 273 - Vidro insulado............................................................................................................................................226 Fotografia 274 - Lanternim...................................................................................................................................................226 Fotografia 275 - Carta solar.................................................................................................................................................227 Fotografia 276 - Rosa dos ventos........................................................................................................................................227 Fotografia 277 - Alunos visitam o Jardim Botânico..............................................................................................................229 Fotografia 278 - Conclusão projetual: Parque ecológico de poços de caldas ....................................................................230 Fotografia 279 - Lago com deck .........................................................................................................................................232 Fotografia 280 - Quadra esportiva ......................................................................................................................................234 Fotografia 281 - Ciclovia .....................................................................................................................................................236 Fotografia 282 - Mobiliário + edifício ...................................................................................................................................238 Fotografia 283 - Detalhe quiosques ....................................................................................................................................240 Fotografia 284 - Descanso ..................................................................................................................................................242 Fotografia 285 - Detalhe CIE ..............................................................................................................................................244 Fotografia 286 - Entrada de serviços ..................................................................................................................................246 Fotografia 287 - Implantação existente................................................................................................................................248 Fotografia 288 - Implantação proposta................................................................................................................................249 Fotografia 289 - Logo ..........................................................................................................................................................257
Tabela 01 - Programa de necessidades do parque municipal cantinho do céu....................................................................66 Tabela 02 - Matriz de proximidades cantinho do céu............................................................................................................66 Tabela 03 - Matriz de proximidades Ibirapuera......................................................................................................................79 Tabela 04 - Matriz de proximidades Parque da juventude.....................................................................................................89 Tabela 05 - Evolução da população de Poços de Caldas...................................................................................................101 Tabela 06 - Levantamentos populacionais por área de ponderação...................................................................................104 Tabela 07 - Relação de espaços públicos na zona sul........................................................................................................120 Tabela 08 - Ficha técnica Aeroporto Walther Moreira Salles...............................................................................................146 Tabela 09 - Anexo II - Parâmetros urbanísticos de ocupação e parcelamento do solo.......................................................148 Tabela 10 - Pré-dimensionamento.......................................................................................................................................165 Tabela 11 - Modelos de Layout para CIE’s..........................................................................................................................166
Este trabalho tem como desígnio a elaboração de um projeto de reestruturação do Parque Ecológico da cidade de Poços de Caldas, localizado na Zona Sul. Os estudos apontados procedem à partir do histórico de desenvolvimento da Zona Sul e as relações dos espaços públicos desta região para com seu entorno, um questionamento quanto a manutenção das áreas de lazer públicas criadas pelo município. Atrelado às problemáticas do crescimento do espaço urbano, os padrões segregatícios e a falta de atenção para com os espaços livres públicos deste zoneamento em especificidade para a população de baixa renda, o objetivo é desenvolver a requalificação do espaço em questão em prol de melhorias diversas para os bairros adjacentes, buscando a democratização do acesso às estruturas de lazer, esporte, cultura e educação com a implantação de um elemento unificador da sociedade sulista. A concepção do projeto urbanístico preludia teoricamente através da necessidade dos espaços públicos como indutores da produção de uma sociedade ativamente saudável e qualitativa através das práticas de descanso e contemplação, principalmente pela caracterização da população iminente. Adota-se a premissa de que espaços públicos de qualidade são imprescindíveis a vida de uma comunidade devido caracterização de integração social e manifestação de grupos sociais. Busca pontuar também os problemas ocasionados pela oferta de espaços públicos alheios a população inserida que ocasiona abandono das mesmas pelo poder público e degradação ambiental das áreas verdes. O projeto virá a promover a apropriação do Parque ecológico analisando a demanda real consentida pela população ao empregar mais que um parque, mas sim dar um novo significado às áreas de lazer da Zona Sul de Poços de Caldas, através dos conceitos de permeabilidade e integração.
Palavras-Chave: Permeabilidade. Parque Urbano. Espaço Público.
The purpose of this work is the elaboration of a project for the restructuring of the Ecological Park of the city of Poços de Caldas, located in the South Zone. The studies pointed out proceed from the historical development of the South Zone and the relations of the public spaces of this region to its surroundings, a questioning about the maintenance of the public leisure areas created by the municipality. Linked to the problems of urban space growth, segregation patterns and the lack of attention to public spaces of this zoning in specific to the low income population, the objective is to develop the requalification of the space in question in favor of diverse improvements for the neighborhoods, seeking democratization of access to leisure, sports, culture and education structures with the implementation of a unifying element of southern society. The conception of the urban project preludes theoretically through the need of the public spaces as inductors of the production of an actively healthy and qualitative society through the practices of rest and contemplation, mainly by the characterization of the imminent population. The premise is that quality public spaces are essential to the life of a community due to the characterization of social integration and the manifestation of social groups. It also seeks to point out the problems caused by the supply of public spaces outside the inserted population that causes abandonment of the same by the public power and environmental degradation of the green areas. The project will promote the appropriation of the Ecological Park by analyzing the real demand consented by the population to use more than one park, but to give a new meaning to the leisure areas of the Southern Zone of Poços de Caldas, through the concepts of permeability and integration.
Keywords: Permeabillity. Urban Park. Public place.
1
O objetivo do plano de trabalho, é apresentar o desenvolvimento da temática abordada na confecção do TFG (Trabalho final de graduação) a fim de organizar as etapas de sua elaboração. Indubitavelmente pode-se afirmar que o crescimento urbano tem provocado muitas consequências desde a industrialização nos séculos XVII e XVIII. Logo houve grande atratividade para os centros urbanos, e com a cidade das rosas não foi diferente. Poços de Caldas, fundada em 6 de Novembro de 1872, hoje se encontra entre as 15 mais populosas cidades do estado de Minas Gerais obtendo cerca de 166.000 habitantes. Ao longo dos anos, seu crescimento se espraiou, formando malhas urbanas que ligam a cidade à outras através dos setores periféricos. Este quadro é vislumbrado na Zona Sul da cidade, local composto por aproximadamente 15 bairros e rodovias que interligam Poços de Caldas aos municípios de Caldas – MG sendo ela a Avenida Geraldo Martins Costa; de Águas da Prata – SP, sendo ela a SP-342; e de Andradas – MG, a via BR-146 interligada pela Avenida Alcoa. A região Sul é portadora da maior parcela de ocupação urbana, tendo 19,01% da população total da cidade, a maior densidade demográfica do território e aproximadamente 30.000 (trinta mil) habitantes. (IBGE, 2017). Em tal plano, há um domínio forte da economia local, sendo portador de comércio extenso, agências bancárias, o Aeroporto Municipal, grandes multinacionais além de áreas de lazer como o Parque Ecológico Municipal, uma vasta ciclovia, quadras de
futebol, pistas de skate, complexo Aquático Maria Cristina Bianchi, Poliesportivo Juca Cobra e academias ao ar livre. Tantas áreas possíveis para lazer, sofrem esquecimento por parte da Prefeitura Municipal, que não prove manutenção de tais espaços (alguns desativados) em causa da marginalização dos habitantes. Consequentemente, os mesmos sofrem com a violência e o vandalismo, produto da segregação espacial que tem afastado a classe proletária de seus direitos ao lazer e descanso. Ao considerar tal imbróglio, fora escolhido um destes espaços, o Parque ecológico fomentado em 2016, para criar o projeto em questão que buscará fazer do antigo espaço do golfe clube um elemento unificador da sociedade fragilizada, tornando-o de antigo elemento privatizado segregado e imposto sem infraestrutura adequada, em um parque urbano de lazer e conservação com real âmbito ecológico, focado na mitigação dos problemas socioeconômicos locais, através de edificações que iram estruturar as atividades esportivas, de manifestação cultural e lazer em busca do posicionamento de apropriação da população. Se buscará a colaboração para carreira esportiva, em suma de jovens e crianças com tempo ócio em conjunto com o paisagismo nativo e exótico do município, com finalidade educacional apoiada pelo instituto federal, materializando o âmbito ecológico. O intuito é unir os bairros fragmentados através do espaço público, tanto espacialmente como sentimentalmente, conservando a identidade histórica do espaço e sua funcionalidade futura.
Há aproximadamente três anos (2015), a sede do Campo de Golfe do Município de Poços de Caldas migrou para um residencial cuja população possui a renda de classe média alta. Tal acontecimento teve como premissa a reclamação dos golfistas devido ao grande deslocamento, a invasão de usuários de drogas, proveniente dos bairros adjacentes, a reclamação dos moradores locais que tinham suas casas atingidas pelas bolas de golfe que eram arremessadas a cada tacada, além de um anseio dos frequentadores por um local maior e um público mais seleto de acordo com o site oficial do residencial Serras altas¹. A sede anterior, com entrada pela Avenida Alcoa e intermediação pelos bairros Parque Esperança e Jardim Kennedy II, foi devolvida para a prefeitura desde a inauguração da Golf Estate em maio de 2015 no Residencial Serras Altas e esteve abandonado por 10 meses até sua inauguração em novembro de 2016. A secretaria de esportes, ainda no governo do Prefeito Eloísio Lourenço, mostrou-se malsucedido mediante o uso dos moradores. Os quiosques antes utilizados pelos golfistas se encontram saqueados e deterio-rados, os lagos e regos d’água encontram-se poluídos e desconexos, a grama é incor-reta para o uso atual, muitos animais abandonados têm ocupado o local em busca de abrigo, usuários de drogas invadido os espaços para tráfico e uso dos entorpecentes, andarilhos tem ocupado os quiosques, além de um galpão antes usado para guardar os equipamentos dos golfistas ao norte do terreno.
Ademais os problemas com grandes formigueiros, epidemia de carrapatos e uso de pastagem para equinos. Toda estrutura antes usada pelo golfe, foi remodelada de forma equivocada para fornecer um pseudo-espaço de lazer para a Zona Sul. Tomando-se todas as adversidades que envolvem o espaço de 300.000 (trezentos) metros de extensão, pretende-se reduzir o assolamento social através de Centros esportivos e locais de apoio, além da reestruturação paisagística e urbanística do Parque Ecológico, implantação de policiamento e locais educacionais.² Anseia-se tornar o espaço economicamente viável, como o Parque Municipal Antônio Molinari localizado na Zona Leste, que sedia diversos eventos, promove empregos e tem grande frequência da cidade em questão e região, visto que há problemas de mobilidade devido a distância. Ambientalmente, a maior parcela da área do Parque é composta por zonas de preservação natural, além dos pontos de córrego, vertente de proteção ambiental que clama por um planejamento para sua salvaguarda. Com o déficit de equipamentos públicos na Zona Sul e a reabilitação de uma área de importância histórica com potencial econômico, deseja-se modificar o local defasado para seu uso atual, em prol de iniciativas comunitárias para esta área que tem crescido por si só, acentuando sua independência ao ofertar um local de sociabilidade à população.
¹SERRAS ALTAS. Golfe Clube. Disponível em <https://www.serrasaltasresidencial.com/golfe-clube-1>. Acesso em: 02 mar. 2018. ²PREFEITURA DE POÇOS DE CALDAS. Zona Sul ganha Parque Ecológico. Disponível em <http://www.pocosdecaldas.mg.gov.br/site/?page_id=30064>. Acesso em: 02 mar.2018.
Fotografia 02 - Detalhe da vegetação Fonte: GOMES (2018)
1.3 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Atender a Zona sul do município de Poços de Caldas com um equipamento urbano de lazer, cultura e esportes através da reestruturação do parque ecológico municipal ao propor um espaço livre público atrativo e qualitativo beneficiando diretamente a população de baixa renda e consequentemente, beneficiar indiretamente toda a cidade e região.
OBJETIVO ESPECÍFICO 1. Promover a acessibilidade dos bairros adjacentes Jardim Kennedy II, Santa Teresa, São Bento e Jardim Esperança para facilitar a permeabilidade no Parque ecológico. 2. Capacitar e entreter as pessoas através de um parque institucional com áreas ecológicas e esportivas, suprindo a desativação dos equipamentos públicos existentes na região. 3.
Propor espaços para confraternização e manifestação cultural em prol do lazer.
4. Adequar o paisagismo ao uso real com espécies nativas e utilizar do mesmo para conter a umidez do solo pantanoso, reduzindo impactos de cheias. 5.
Assegurar o espaço contra roubo, tráfico e invasão com práticas sociais.
6. Promover equipamentos de atratividade para que todo o município usufrute do parque urbano bem como o Parque Antônio Molinari. 7. Propor estacionamentos para recepção de pessoas que venham das zonas norte, leste, oeste e central. 8. Tornar o Parque ecológico um elemento unificador da sociedade sulista, a fim de promover interação entre os bairros fragmentados através de um espaço de lazer, descanso e oportunidades. 9. Manter o âmbito ecológico do parque já implantado acentuando sua identidade histórica através de parcerias públicas com instituições educacionais, aproveitando ao máximo os recursos existentes.
1.4 METODOLOGIA Do processo de escolha da temática até a finalização da análise em questão, seguese a seguinte metodologia: Reconhecimento da Problemática A partir do pensamento crítico, ao observar a sociedade em que vivemos, escolhe-se um problema arquitetônico ou urbano que se possa resolver aplicando as técnicas utilizadas durante o período acadêmico. Será abordado por fim, a utilização do Parque Ecológico Municipal como equipamento urbano de remodelação social na zona sul. Embasamento Teórico e Metodológico O trabalho foi embasado a partir da visita ao setor de planejamento da cidade de Poços de Caldas para compreensão do desenho urbano municipal e também obtenção dos mapas diretores com a revisão do plano diretor. Em seguida, análises ‘‘In loco’’ para a compreensão da área de estudo, acerca do crescimento urbano e as práticas urbanísticas implantadas na Zona Sul. Destaca-se a realização de pesquisas legislativas quanto aos zoneamentos e demais circunstâncias, que são imprescindíveis a análise do objeto de estudo.
Criminalidade e Marginalização dos habitantes: Tratando-se dos aspectos econômicos e relatos de criminalidade, são pontuados os locais de maior índice de consumo e tráfico de drogas lícitas, a partir de entrevistas constatar vítimas de vandalismo e pesquisas para embasamento de problemas sofridos pela população. Destacam-se os espaços públicos invadidos e degradados e as questões de infraestrutura defasada, que repercute em desigualdade social em conjunção ao sentimento de afastamento do centro. Descarte de entulhos e saneamento: Do âmbito de direitos ao saneamento básico, pontua-se o descarte de entulhos em vazios urbanos, a falta de manutenção municipal e a falta de manutenção dos esgotos dos bairros que entornam o objeto de estudo. Enchentes: Etapa de suma importância para a conceituação do trabalho destacam-se estudos da bacia hidrográfica do Ribeirão da Várzea de Caldas que causa enchentes nas áreas envoltórias ao objeto de estudo. Pontuam-se as áreas de preservação natural degradadas, as vias sem escoamento, o descarte de entulho nas ruas e nos córregos e a habitação irregular que tem causado perdas materiais e imateriais aos moradores e ações para se mitigar tais acontecimentos.
Análise de Recognição
Estudos de Caso
Em conjunção a etapa anterior [embasamento teórico e metodológico] as constatações realizadas da área de estudo, referem-se a segregação espacial e econômica através do desenho urbano e a decorrência de dificuldades pontuais sofridas pelas áreas periféricas, que são pontuadas em especificidade como:
Selecionam-se estudos de caso com assuntos similares ao objeto de estudo do TFG (Trabalho Final de Graduação), com intuito de referenciar ideologias e conceitos aplicados a espaços já construídos. No quadro atual, foram escolhidas revitalizações de espaços deteriorados ou de uso diferente em prol da comunidade a fim de demonstrar a importância do espaço público como ressignificador social no meio em que vivemos e como a arquitetura modifica a sociedade brasileira com a criação de parques urbanos e intervenções pontuais de melhoria socioambiental.
Mobilidade: Os bairros são acessados pela Avenida Geraldo Martins Costa e Avenida Alcoa, duas vias estruturais que conduzem totalmente a acessibilidade entre periferia e centro, além de sua característica intermunicipal.
COMPLEXO CANTINHO DO CÉU: No Residencial dos Lagos, no complexo Cantinho do céu localizado em São Paulo, fora proposta uma urbanização da área de déficit de infraestrutura a fim de requalificar a área carente do município com intervenções pontuais. A oferta de espaços públicos pelo escritório Boldarini Arquitetura e Urbanismo, teria como enfoque reduzir os riscos para os moradores, pontos de parque para caminhabilidade destinados ao pedestre e ciclistas, lazer, recreação entre outros locais para que a sociedade pudesse se apropriar da área e melhorar a qualidade de vida das pessoas. (BOLDARINI, 2013)
ÁREA DE ESTUDO (DIAGNÓSTICO) Destaca-se a análise mapeada dos bairros de intervenção direta e indireta no objeto de estudo a fim do entendimento do contexto atual e colheita de informações populacionais, através de experiências pessoais e também dos usuários. Visita-se o Museu histórico e geográfico de Poços de Caldas a fim de pontuar os valores históricos da zona sul e do Golfe Clube. Identifica-se o início da criação de unidades habitacionais na área sul e o da formação de sua identidade no decorrer das décadas. PESQUISA DE INTERESSE
PARQUE IBIRAPUERA O Parque Ibirapuera, também localizado em São Paulo, foi criado na década de 20. Deu início ao seu legado devido a sua região alagadiça, que para reverter tal quadro, sua arborização se iniciou com abertura de visita ao público. (LOFEGO, 2004). Uma intervenção pontual na cidade que propõe arte, lazer e cultura além da preservação ambiental. Abriga o Museu de arte moderna, o Museu Afro Brasil, o Pavilhão da Bienal, ciclovias, lagos, entre outros equipamentos públicos que fortalecem a sociabilidade dos moradores e seus visitantes. Tem uma eficiência ambígua entre o interesse público e o privado, no qual mantém o espaço sempre frequentado e tem desempenhado fortemente sua função social através da recreação e da agricultura no decorrer dos anos. (MAGALHÃES, 2017) PARQUE DA JUVENTUDE: O Parque da Juventude, localizado em São Paulo, é um projeto que veio a substituir a penitenciária do Carandiru. Com a desativação do presídio, o Governo do Estado de São Paulo promoveu um concurso para um projeto arquitetônico que modificasse o espaço para a sociedade proporcionando lazer, cultura e esporte através de bibliotecas, quadras esportivas, áreas para apresentações artísticas, ciclovia, playground além de áreas caninas mostrando que o espaço antes lembrado como um local de dor, sofrimento e tristeza hoje abrange um princípio ressignificador que mantém a história do Carandiru e à renova com espaços de sociabilidade e diversão. (COTRIM, 2015)
Serão criados formulários de opinião einteresse, em contraponto a oferta de espaços públicos sem consulta da população, tão aplicado pelo poder público. Buscam-se informações sobre a opinião dos moradores locais e adjacentes quanto aos problemas e suas considerações da área de estudo. PROPOSTA Considerando os resultados das etapas anteriores, utilizando os referenciais teóricos de mitigação dos impactos da segregação espacial e econômica, a proposta é estruturada por zoneamentos e considerações de acessibilidade unido a fomentação de práticas sociais, institucionais, de lazer e ambientais, dando um novo uso à área em questão, partindo da acessibilidade como estrutura de trabalho como disposto na fotografia 03 . Fotografia 03 - Quadro organizacional
Aspectos Socioeconômicos
Aspectos Ambientais
Dinâmica Urbana
Mobilidade em Geral Fonte: FREEPIK, (2018), adaptado pelo autor.
2
2.1.1
CONCEITO DE SEGREGAÇÃO
Segregação é o conceito de afastar, separar pessoas dos acessos sociais, econômicos, de lazer culturais, empregatícios, habitacionais ou da proibição de permear ou de acessar o espaço público. (CONCEITO.de, 2013) “O uso diferenciado da cidade demonstra que esse espaço se constrói e se reproduz de forma desigual e contraditória. A desigualdade espacial é o produto da desigualdade social. ” (VIEIRA E MATARAZZO, 2003, pág. 68, apud CARLOS, 1992, pág. 23)
De acordo com Vieira e Matarazzo (2003) a segregação social e espacial são consequências diretas do crescimento urbano. A teoria específica da segregação urbana surgiu na década de 30, instituída pela escola de Chicago acerca do estudo da produção do espaço na cidade. A mesma buscou analisar a morfologia do conceito segregatício imposto pelo estado e pelas políticas habitacionais através da fragmentação territorial pela separação de classes econômicas. A teoria utilizada pelos autores, abrange as definições de Manuel Cantells, também autor, onde ele pauta que a segregação é processual. Ela se inicia na gestão pública, seguida pelas políticas habitacionais e também pela iniciativa privada de gentrificação dos centros dos municípios, em prol de uma mascarada expulsão da classe mais baixa para as zonas periféricas. A segregação é tão acentuada que acontece naturalmente devido ao controle da alta sociedade sobre a ocupação territorial e do desenvolvimento urbano capitalista. “[...] O processo de segregação socioespacial é o resultado das desigualdades existentes nas relações sociais entre diferentes classes sociais que resultam num acesso diferenciado à cidade, seja na sua localização espacial ou no acesso dos bens de consumo coletivo [...]” (VIEIRA e MATARAZZO, 2003, pag. 68)
2.1.2
ESPACIALIDADE E DESIGUALDADE
Para compreender os parâmetros atuais de uma cidade, é necessário pontuar alguns fatos indubitavelmente importantes que condensaram sua evolução. Segundo Maricato (2000), a urbanização está ligada a diversos fatores que compõem a sociedade através do rápido crescimento das zonas urbanas da cidade, tomando como partido a metrópole de São Paulo. Historicamente, entre os séculos 20 e 50, a urbanização tornou-se acentuada no Brasil, fato que ocasionou o crescimento da população nas centralidades. Mediante tal rapidez de ocupação, as condições de infraestrutura tiveram que acompanhar este acontecimento. Considera-se a urbanização brasileira um fato proveniente da revolução industrial e do incentivo à produção e valorização do mercado nacional. A aglomeração nos centros e o êxodo rural devido à industrialização foi tão intensa de modo que os grandes centros vieram a encher, coincididamente, espraiando seus territórios até as extremidades dos municípios, adotando um crescimento periférico que tem alcançado as fronteiras intermunicipais. (MARICATO, 2000) “As reformas urbanas realizadas em diversas cidades brasileiras entre o final do século XX, lançaram as bases do urbanismo moderno “à moda” da periferia. Eram feitas obras de saneamento básico e embelezamento paisagístico, implantaram-se as bases legais para um mercado imobiliário de corte capitalista, ao mesmo tempo em que a população excluída desse processo era expulsa para as menores franjas da cidade.” (MARICATO, 2000, pág. 22)
No decorrer do crescimento, a periferia cada vez mais afastada, foi induzida a habitar próxima as áreas industriais pela influência de mão de obra mais barata, símile ao trabalho escravo
a partir da década de 30. O consumo, uso e ocupação das centralidades e o êxodo rural na década de 40 até a década de 80, trouxeram uma grande ocupação da alta e média sociedade no centro das cidades, vertente da verticalização destas áreas e seus sub centros, para abrigar a população migratória contrapondo ao real destino das mesmas, que deveriam beneficiar a todas as classes, independente do poder monetário. A classe mais baixa, sem condições de arcar com as terras de áreas habitação nobre centrak, preludiaram a criação dos conjuntos habitacionais que tomaram as zonas periféricas das cidades. Na década de 80, as concentrações das COHAB's vieram a ocupar várzeas, zonas de bacias hidrográficas, áreas de risco, morros entre outras terras longínquas, conceituando por fim os problemas socioespaciais mediante a desigualdade social que o espraiamento, provido de problemas do planejamento urbano equivocado, tem ocasionado como diversas tragédias urbanas, como descreve Maricato a seguir: “(...) Enchentes, desmoronamentos, poluição do ar, impermeabilização do solo, desmatamento, congestionamento habitacional, retorno de epidemias, violência. ” (MARICATO, 2000) No contexto da desigualdade socioespacial, a segregação urbana acontece primordialmente em questão da dificuldade de acesso à moradia própria no centro e no subcentro. Tal solo não é acessível à população de baixa renda, onde o estado é o principal responsável pela fragmentação do território urbano. A estrutura da cidade promove a segregação do espaço tendo em vista a mobilização do transporte público, dos equipamentos urbanos entre outros itens. A ocupação periférica deu um novo significado ao centro através das décadas, sendo o mesmo detentor de boa infraestrutura, melhorias constantes e saneamento de qualidade, que em contraponto, acaba retirando o olhar das áreas suburbanas que recebem pouca manutenção relacionada ao saneamento básico, fato que nega à periferia, o direito à cidade. (ROCHA, 2011)
Maricato (2000) mostra o aumento do desemprego à medida que a urbanização evolui. Quanto mais as cidades crescem, maior se torna a mobilidade e mais difícil é obter emprego em outras regiões. “As áreas mais violentas são aquelas em que predomina uma conjunção de determinados indicadores: níveis baixos de renda e escolaridade, maior proporção de negros entre os moradores, maior desemprego, maior número de moradores de favelas, piores condições de moradia e urbanísticas. ” (MARICATO, 2000, pág. 28)
Os pontos negativos da periferia têm sobressaído pelos positivos, que, se caracterizam como moradia popular acessível mediante o “exílio urbano”; o aumento da mobilidade através de transportes públicos pela população de renda baixa e a caracterização de mobilidade “a pé” da classe baixíssima. Para entender o modo que a cidade cresce, Villaça (2001) enfatiza a territorialidade imposta pela cidade na fotografia 04. “Torna-se cada vez mais acentuada a divisão de nossas metrópoles em duas cidades divorciadas uma da outra a dos mais ricos e a dos mais pobres (...)” (VILLAÇA, 2001, pág. 311)
Fotografia 04 - Alternativas de segregação metropolitana
Fonte: VILLAÇA (2001)
Villaça (2001) utiliza a cidade de São Paulo como referência para explanar a evolução da centralidade em busca do crescimento. As indústrias e os bairros tendem a ocupar radialmente. Para Minas Gerais, os bairros declarados subcentros são ocupados pelos burgueses. A preferência da habitação burguesa tende a se iniciar do centro, logo após, pela entorno em busca de relação direta com a centralidade. As ocupações das periferias são as mais recentes, tendo grande percentual de vazios urbanos, deficit de infraestrutura e maior porcentagem de ocupação. A segregação social está diretamente relacionada à urbanidade. A classe média-alta ocupa zonas de centro e subcentro para reduzir seu deslocamento em prol de sua produção, consumo e lazer. Acerca das vantagens e desvantagens da urbanização, definem-se duas categorias de locais: a separação de classes e a concentração de grupos sociais em territórios fragmentados, sendo a cidade controlada pelo tempo e pelo capitalismo ( fotografias 05 e 06). A grande indagação composta por Villaça, acentua a formação urbana em questão do controle de uma massa rica que goza da baixa mobilidade, busca ocupar áreas fora de risco ambiental, com pluralidade de serviços e afastados das COHAB's. É no centro onde a mobilidade é privilegiada, onde a administração pública se localiza, o comércio é forte e as áreas são atraentes, enquanto a periferia sofre com a desvalorização imobiliária, a baixa qualidade de vida e se sustenta à própria sorte. “Na ausência de alternativa habitacional regular, a população apela para seus próprios recursos e produz a moradia como pode. ” (MARICATO, 2000) “Na maioria das cidades brasileiras, observa-se uma tendência de produção e reprodução do espaço urbano repletos de diferenças étnicas, sociais e econômicas, formando unidades de vizinhança que agrupam domicílios com características particulares, conforme a organização social do território de cada cidade. A intensidade desse processo de diferenciação intraurbana é distinta entre as metrópoles brasileiras, disseminando-se entre as cidades médias em menor escala; a razão disso advém de suas trajetórias produtivas, políticas e da singularidade da produção espacial de cada cidade. Em particular, o peso das classes sociais menos favorecidas na estrutura social urbana tem grande importância na concentração espacial da pobreza e em certa medida, na segregação residencial dos moradores em cada bairro da cidade.’’ (ROCHA, 2011, pág. 01)
Fotografia 05 - Centro de Poços de Caldas
Fotografia 06 - Bairro Primavera em Poços de Caldas
Fonte: BORGES (2018)
Fonte: CASAGRANDE (2012)
FotograďŹ a 07 - Casa urbana Fonte: IMESI (2018)
2.1.3
PADRÕES SEGREGATÍCIOS
Segundo Caldeira (2000), os padrões segregatícios relacionamse as questões históricas e culturais. A criação de dois espaços distintos opostos em um mesmo território – centro e periferia – dividem-se em três padrões de segregação socioespacial, sendo o primeiro por tipo de moradia, onde há miscigenação de classes, mas a burguesia ergue seus muros impedindo a sociabilidade entre a sociedade plural; E o segundo tipo pela separação de grupos sociais, que inibem a conectividade e interação com outras classes que sejam diferentes. O terceiro tipo se caracteriza pela localização, onde a classe média e alta ocupa os centros e subcentros do município enquanto a classe baixa ocupa a periferia e locais irregulares, como na fotografia 08. Fotografia 08 - Córrego Jardim Kennedy II em Poços de Caldas
Fonte: Própria (2018)
Do divórcio entre as duas zonas de separação, nasce também a falta de interação e às barreiras socioespaciais da interação dos segregados para com o restante da cidade e a limitação do acesso ao espaço público. A classe baixa, marginalizada pelo comando capitalista do crescimento urbano e pela obrigatoriedade de ocupar áreas de menor valor monetário, basicamente sem fiscalização municipal, vem a acentuar a pobreza e gerar muitos problemas como a violência, a criminalidade e a inseguridade municipal. (CALDEIRA, 2000) O acesso aos equipamentos públicos, áreas institucionais e de lazer pela população periférica foi dificultado em causa das longas distâncias e dificuldades sociais que uma região com renda per capta por núcleo familiar permeia R$ 250,00 mensais. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2015)
A alta sociedade tem se enclausurado em condomínios e edifícios verticalizados por um produto que o poder privado junto ao poder estatal e tem fortalecido a marginalização dos moradores de áreas longínquas, que acarreta a expansão individual da cidade. (CALDEIRA, 2003)
2.1.4
EXPANSÃO URBANA E MOBILIDADE
Na era da modernidade, atrelada pela revolução industrial do século XIX, foi onde o fordismo impôs a mobilidade através de um planejamento urbano fragmentado e evoluiu o território através da descentralização das cidades relacionada às possibilidades de ocupação com baixo investimento e expansão imobiliária. O parcelamento do solo em macrozoneamentos está, indiretamente, ligado à maneira de como os recursos públicos são utilizados em prol da cidade, demonstrando um “controle social” através da elite e do poder municipal. (FERRARI JÚNIOR, 2004) A expansão do território urbano relaciona-se com a revolução industrial e a cultura da mobilidade urbana; a cidade cada vez mais modernista; acerca da ocupação das áreas periféricas descentralizadas. Tal zoneamento se caracteriza pela interligação do solo fragmentado através de grandes rodovias, geralmente interurbanas, que conectam o território da zona urbana ao decorrer de sua expansão, tornando a população dependente do transporte. Através dos dados de expansão territorial, a ocupação de tais locais periféricos descentralizados prejudica diretamente à população de baixa renda. A dependência do transporte público ou transportes não automotores (bicicletas, a pé), torna-se expressiva para a realização de atividades sociais e econômicas, enquanto a cidade cresce juntamente com o aculturamento de locomoção coletiva. (CALDEIRA, 2003)
Os grandes percursos a serem percorridos, tornam-se barreiras segregatícias, onde o poder público é responsável por prover vias de qualidade para locomoção e boas condições de transporte coletivo (fotografia 09), que em contraponto às desvantagens, propicia a movimentação sustentável, onde oferta a diminuição da poluição atmosférica, uma estratégia governamental para a redução de carros privativos que causariam alta poluição ambiental. (BERTOLUCCI, 2015) Segundo Caldeira (2003), o aculturamento dos transportes coletivos iniciaram no fim da década de 30, onde os centros se ocuparam em sua totalidade e se iniciou o crescimento da cidade proximamente das estações ferroviárias, pois, a cultura da locomoção por ônibus ainda não era necessária. Em torno da década de 60, a iniciativa privada em prol da urbanização periférica de áreas irregulares de várzea, topos de morro, APP's (áreas de preservação permanente) entre outras localidades, foi responsável pela possibilidade do crescimento extenso e fragmentado do município, oportunizando os acessos de mobilidade longa através do transporte coletivo, outro padrão segregatício da urbanização. Para obter moradia era difícil. Em razão do BNH (Banco nacional da habitação), ser relacionado apenas para a população de classe média e o preço da terra era alto, as pessoas de classe baixa que desejavam construir seus imóveis, iam para as zonas mais longínquas – onde o pedaço de terra era bem mais em conta – e auto construíam suas casas irregularmente, fato que acarretou o nascimento de favelas e sociedades fragilizadas com baixa infraestrutura, falta de saneamento, problemas de moradia e deficit de serviços. (CALDEIRA, 2003) “Precisando de menos infraestrutura e sendo, portanto, mais flexíveis, os ônibus passaram a circular por ruas não asfaltadas de bairros distantes do centro da cidade. ” (CALDEIRA, 2003, pág. 219)
Fotografia 09 - Relato em transporte público Fonte: MENDONÇA (2018)
Fotografia 10 - Feiras em Poços de Caldas: um universo de tradição Fonte: VISITE POÇOS DE CALDAS (2018)
2.1.5
UMA CIDADE DENTRO DA CIDADE
Segundo Corrêa (1986) quando houve o êxodo rural, as áreas que recepcionaram os migrantes, foram as periferias urbanas. As pessoas queriam morar em território urbano, deixando de lado atividades econômicas e de lazer fato que tornou muitos dos bairros suburbanos, em “bairros dormitórios”. Devido à locação de muitas indústrias nessas áreas, as pessoas eram levadas a construir longe do centro, onde foram desenvolvidas coincididamente, atividades mercantis, instalação de escolas entre outros itens de infraestrutura urbana, como estratégia do poder privado para manter a classe baixa em DI (distritos industriais), longe do centro. A mobilização do mercado imobiliário na década de 80 alavancou a construção de imóveis ilegais na periferia, onde a mesma tem se fortalecido economicamente desde então para depender o menos possível das centralidades urbanas, consolidando por fim, a centralidade espacial. A tática de sobrevivência quanto ao crescimento urbano, busca transformar a sociedade periférica é através de manifestações de reinvindicação infraestrutural e saneamento básico, administrando em segundo plano, uma nova centralidade espacial nas zonas mais externas ao centro. Esta centralidade não se define apenas pela noção geográfica de centro, mas sim nos locais onde ocorrem atividades multifuncionais correlacionadas à construção de vias de fluxos distintos, edificações e pela capacidade produtiva de uma comunidade (fotografia 10). Mesmo que o centro urbano reúna todos os órgãos municipais, as zonas muito longínquas acabam se tornando parcialmente independentes economicamente, assegurando parte dos direitos sociais à classe baixa. (HASSENPFLUG, 2007). Dos direitos sociais, a Constituição Federal de 1988 assegura a todo cidadão os direitos de garantias fundamentais e de ordem social onde o artigo 6º e 7º se compromete a garantir o direito à educação, à saúde, à alimentação, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, à assistência aos desamparados entre outros direitos. (SENADO FEDERAL, 1988)
2.1.6
DO DIREITO A CIDADE
Segundo Lefebvre (1991), o direito a cidade se aplica ao corresponder as necessidades individuais ou coletivas de uma sociedade a fim de qualificar sua vivência no meio urbano dignamente. Em conjunção ao estatuto da cidade e através do estudo utópico da filosofia urbana, o autor determina a “função social” do indivíduo correlacionada com a administração pública, que garante a qualidade ambiental e de vida. Neste contexto de pesquisa, o direito a cidade se relaciona a tópicos diretos do estatuto da cidade que são eles: saneamento básico e ambiental, o direito à moradia, ao transporte, ao trabalho, ao lazer e enfaticamente ao ordenamento do solo que busca evitar a degradação ambiental, deterioração do espaço público, infraestrutura contra a ocupação de áreas de risco entre outros itens que, em contraponto ao quadro atual brasileiro das periferias, necessita de uma transformação da região urbanizada ou uma revisão de planejamento consciente e coerente. (ESTATUTO DA CIDADE, 2004)
2.1.7
SUSTENTABILIDADE URBANA
O crescimento urbano necessita ser repensado quanto ao conceito da sustentabilidade urbana. Como analisado anteriormente, esta temática se relaciona com o direito a cidade e é de suma importância para entender o território urbano, as características da sua expansão e a que se refere a qualidade de vida quando analisada no contexto da sociedade. Bem como o assunto anterior, a sustentabilidade urbana está conectada as necessidades e as relações humanas através da igualdade de usufruto de todas as classes sociais do espaço urbano. (DEMANTOVA e RUTKOWSKI, 2007) Para contextualizar seu significado e as suas atribuições na cidade, Costa (2003) aplica definições dois conceitos de sustentabilidade urbana sendo o primeiro alinhado ao pensamento futurístico, onde são constatados problemas no espaço urbano que são analisados à partir de sua reversibilidade para resoluções futurísticas, onde a preocupação de reduzir impactos e modificar o espaço para as necessidades futuras são primordiais; e o segundo conceito, onde são pensadas estratégias em prol dos “recursos naturais” que podem se esgotar ou que vão contra a legislação ambiental, assim, são aplicadas técnicas de remediação dos impactos que a ocupação do solo desordenada pode causar momentaneamente e futuramente. Aplicado a conceitos urbanos, a sustentabilidade é desenvolvida ambientalmente, economicamente e socialmente. Ao se deparar com espaços de degradação ambiental, é necessário empregar estratégias embasadas em tais conceitos em prol da retificação do planejamento urbano, tornando-o mais sustentável com menos intervenções e regulamentações na natureza contra o uso e apropriação indevida dos recursos naturais, onde arquitetos urbanistas, engenheiros, ecologistas, biólogos entre outros profissionais devem buscar que, no espaço público de convivên-
cia, haja locais acessíveis e salubres sem riscos ambientais, fomentando alternativas menos poluentes para a sociedade, como por exemplo, bolsões respiratórios, que geralmente são áreas de preservação ou com grande massa arbórea, que promove qualidade socioambiental à uma região, seja ela carente ou não. A sustentabilidade urbana também une a unidade institucional mediante a atribuição dos direitos sociais do cidadão à cultura e a recreação em prol das necessidades populacionais, citadas no estatuto da cidade. Tal conhecimento promove apropriação do espaço público onde a comunidade vive, podendo reduzir os custos públicos e privados das áreas comuns através da preserva dos usuários para com o espaço ofertado pela iniciativa pública e pela natureza, além de potencializar a paisagem natural urbana em prol das gerações futuras e da reforma do desenho urbano de áreas degradadas ou de crescimento não fiscalizado. (COSTA, 2003)
2.1.7.1
TEORIA DE ECOSSISTEMAS
Os ecossistemas apontados por Demantova e Rutkowski (2007), equiparam o espaço urbano ao ecossistema biótico pela vida em conjunto e pela biodiversidade, relacionada a sociedade ao unir o espaço físico e a sociologia no estudo do espaço. A teoria dos ecossistemas considera o terreno como “parte da natureza”. Desta forma, é necessário regulamentar os limites da ocupação em relação ao meio ambiente e tornar a população consciente e aculturada quanto a natureza e ao urbanismo. Tais ecossistemas vêm a melhorar a qualidade de como se vive no meio urbano: o ar, os ruídos... itens imprescindíveis a saúde pública. Conscientiza-se a população em relação ao consumismo e a produção de lixo, além da preservação dos recursos públicos e naturais.
Os ecossistemas relacionam-se geralmente ao espaço verde, que proporciona preservação ecológica, redução da poluição ambiental e a potencialização de áreas de biodiversidade. A teoria busca estudar as intervenções em zonas urbanas, principalmente aquelas entornadas de rodovias que provém ruídos nos ‘‘bairros dormitórios’’. As estratégias voltadas ao ecossistema empregam modificações do espaço público, sendo algumas delas: Os “caminho verdes” ou “caminhos azuis”, onde são ofertados espaços de massa arbórea, rios, lagos, parques ou praças e também instrui a criação da terra para cultivação, onde a biodiversidade é aplicada em reversibilidade ao desmatamento ou a poluição urbana, os “caminhos de parques” que reforçam a caminhabilidade; o saneamento básico de água e esgoto entre outros tipos de estratégias ecossistêmicas. ‘‘Existem áreas dentro da cidade, como depósito ou áreas abandonadas de jardim que também podem conter populações significantes de plantas e animais e deve-se aproveitar tal potencial para a execução de projetos.’’ (DEMANTOVA e RUTKOWSKI, 2007)
Os ecossistemas provem a preservação ecológica por meio da natureza e da interação humana por atribuições da biodiversidade e da regulamentação do solo, ao ofertar espaços institucionais que beneficiam a sociedade e modificam a paisagem urbana. Defendem a modificação espacial do território urbano, não como um todo, mas em sua dimensão fragmentada. Acerca da qualidade de vida, é possível mudar comportamentos das pessoas através da infraestrutura do espaço público como as ruas, as calçadas, com a implantação de arborização e espaços de preservação. É quando o desenho urbano e a ocupação edificada fazem as pazes com a natureza.
2.1.8
INSUSTENTABILIDADE URBANA
De acordo com Nigro (2012), em revés ao tópico anterior, a insustentabilidade urbana baseiase na deficiência da oferta de qualidade de vida para os moradores da cidade, onde a ambiência é inadequada nas comunidades mais fragilizadas, em decorrência do crescimento urbano sem planejamento. As comunidades que ocupam irregularmente ou ocupam áreas socialmente debilitadas, sofrem com a falta de infra-estrutura básica, sendo assim, consequentemente, sofrem com a baixa qualidade ambiental. O padrão capitalista de ocupação do solo “a modo da periferia”, pode ser aplicado na problemática socioespacial do desenho urbano desordenado. Na era do “Ter é ser”, o cidadão de classe baixa é negado ao espaço ecológico e ao espaço público, vivendo com alta densidade de ocupação e baixa oferta de qualidade de equipamentos acerca do crescimento urbano individualista. A falta de ações governamentais sobre o impedimento de ocupação de áreas problemáticas e o processo de favelização referente a segregação de classes, tornam as áreas de baixa renda fragilizadas alheias ao restante do tecido urbano, vítimas de condições precárias de moradia e de vida; efeitos sociais negativos devido a dificuldade do acesso à cidade, ao emprego, a saúde e à recreação ao segregar as pessoas em áreas de risco social e ambiental. Sendo um assunto delicado, mas imprescindível para o objeto de estudo, as consequências da insustentabilidade urbana tornam-se agravantes, pareados a segregação urbana que permite a exposição de uma sociedade vulnerável à violência, inseguridade e à criminalidade, sendo um assunto reversível fisicamente mas dificilmente transformado socialmente.(NIGRO,2012) “Como metáfora, a favela, semelhante ao rumor, quando vista sob enfoque sistêmico, simboliza a fragilidade de uma cidade que não oferece cuidados necessários aos seus integrantes e o pior simboliza a falência das trocas no espaço público. ” (NIGRO, 2012, pág. 81)
Os espaços públicos são conceituados como áreas não edificadas, geralmente arborizadas, de uso comunitário ofertado através do crescimento urbano e do mercado imobiliário. Os loteamentos podem pertencer apenas ao poder público ou ser atribuído como “sistema”, nome que se dá quando o lote é pertencente ao poder público e ao privado, onde os bens disponíveis são ofertados à população como locais comuns, em prol da sua qualidade de vida e como reestruturador e conservador ambiental (fotografia 11). (DEGREAS e RAMOS, 2015) Fotografia 11 - Esquema de espaços livres públicos
Fonte: MACEDO (2014)
Em suma, os espaços livres comuns são compostos por loteamentos arborizados que vem a qualificar o meio urbano edificado proporcionando qualidade ambiental, incentivo à caminhabilidade, ao lazer, ao esporte, à promoção da integração social, à estimulação do comércio independente, além de reestruturar o espaço abandonado, subutilizado ou que é vítima da degradação ambiental. (SILVEIRA et al, 2016) Sua funcionalidade beneficia a população envoltória através da preservação ambiental, dos recursos naturais, da fauna, da flora, auxilia na drenagem do solo, garante o lazer e recreação da população, propõe mobiliários urbanos, detém a espacialidade direcionada à manifestações populares de cultura e arte, manifestações políticas, eventos e a garantia da atratividade, devido ao fornecimento espacial de um local que busca ofertar os direitos sociais de lazer de modo agradável. (SILVEIRA et al, 2016) São atribuídos em diversas dimensões e tipologias e podem desempenhar uma vasta pluralidade de serviços, inclusive a acessibilidade por pequenas áreas fragmentadas devido a demarcação de seu espaço ser geralmente efetuada por vias rápidas. Um espaço público também pode ofertar áreas institucionais, propondo a valorização da região onde está inserido e do seu contexto ecológico, que funciona como um ‘‘bolsão’’ respiratório, que purifica o ar, melhora a qualidade ambiental e também a qualidade de vida das pessoas que vivem em seu entorno em causa da massa arborizada e os espaços de transição (fotografia 12). (SILVEIRA et al, 2016) ‘‘[...] o espaço público está em contínua redefinição, com centenas de soluções diferentes. Às vezes é palco de conflito e de controle, mas também é o lugar essencial do diálogo, do intercâmbio e das relações entre as pessoas. É o espaço urbano por excelência, sempre diverso, sempre em evolução. E todos os cidadãos e cidadãs de qualquer idade e cidade devem poder desfrutar plenamente desses espaços urbanos.’’ (MONTANER e DIAS, 2017)
Fotografia 12 - Campo de Golfe: Poços de Caldas Fonte: ADRIANO (2007)
Produto da era industrial. Alinhado as temáticas anteriores, os parques urbanos surgiram através da industrialização acerca da oferta de espaços recreativos à população e também em contra medida da poluição causada pela era industrial no século XIX. É um espaço com associação física e mental atribuído por seus valores ambientais em prol da qualidade de vida e seu forte potencial de modificar a sociedade. (MACEDO e SAKATA, 2002) ‘‘[...] Ao estabelecer-se a importância dos parques para os problemas de saúde pública - do corpo e da mente reduzindo questões estéticas a um plano secundário, inaugurou-se uma nova e primordial função urbana: a de importante espaço funcional a serviço do tempo livre. Os parques públicos, alçados a essa nova condição funcional, passaram a ganhar destaque no processo de urbanização em curso.’’ (ALVAREZ, 2008, pág. 73)
2.3.1
TIPOS DE PARQUES: BRASILEIRO
CONTEXTO
Macedo e Sakata (2002) referem-se que a medida que a cidade contemporânea cresce, se mostra mais necessitada de espaços livres públicos voltados para o lazer como fuga da urbanização. A ocupação de grandes aglomerações no meio urbano acarretou os espaços públicos de lazer, que se tornaram carro chefe em meio aos centros e bairros elitizados com âmbito esportivo e cultural bem como o parque Ibirapuera, que sedia atividades culturais através de teatros, impulsiona a caminhabilidade e ao esporte, perdendo a característica essencialmente contemplativa comum aos séculos que antecederam a guerra mundial. Kliass (1993) define os parques como “espaços públicos com dimensões significativas e predominância de elementos naturais, principalmente, de cobertura vegetal, destinados à recreação. Os
parques são comumente destinados às práticas recreativas e contemplação da sociedade, tendo no século XX, expandido seus usos e serviços ofertados à um macro dimensionamento, criando novos tipos de parques urbanos na era contemporânea, sendo alguns deles: Parque ecológico: Popularmente formalizado na década de 80, os parques ecológicos são definidos por seu âmbito de conservação de recursos ambientais. Podem conter lagos, bosques, grande proporção arbórea, proteção a fauna e a flora e da biodiversidade que a dimensão ecológica necessita para manter seres viventes. Pode obter caráter institucional para educação ecológica geralmente são espaços gerenciados pelo poder estadual. Integra o lazer da população mediante a oferta de mobiliários urbanos, espaços esportivos e afins à natureza e estudos científicos.
Parque temático: Surgido na década de 50, este tipo de parque conectado ao âmbito imaginativo, propõe espaços dotados de brinquedos eletrônicos destinados ao lazer de uma grande parcela de pessoas em quesitos mais específicos onde cenograficamente são simuladas histórias através de seus brinquedos, possuem um forte potencial econômico mediante o turismo e quase sempre são geridos pela iniciativa privada, bem como exemplo, o Parque temático Walter World em Poços de Caldas. (fotografia 13)
Outros parques: Outras definições de parques podem ser exploradas onde demonstram uma variedade de serviços como a arte da pescaria, playgrounds, implantação de quiosques e restaurantes, ocupação de várzeas que correlacionam áreas verdes a margens de rios (assim como o parque do cantinho do céu), ser considerados “parques” qualquer área de lazer e recreação que tenham vegetação a partir de 10 mil metros quadrados ou até mesmo qualquer tamanho de áreas de lazer com massa arbórea destinada a manifestação pública e lazer (mesmo que este tipo esteja mais correlacionado à praças e bosques do que a parques).
2.3.2
ADMINISTRAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS
De acordo com Macedo e Sakata (2002), os Parques urbanos geralmente são de gerenciamento público através do município, do estado ou do governo federal. Muitas vezes a administração de âmbito público apresenta diferenciais entre os mesmos, onde o governo municipal consegue efetuar uma manutenção maior que os demais enquanto os governos estaduais e federais tem dificuldades para ter uma administração qualitativa de suporte aos espaços públicos, que compromete a infraestrutura dos mesmos e a qualidade de vida de seu entorno. Esta coordenação defasada, acarreta muitos pontos negativos sendo alguns deles a degradação do espaço, invasão, violência, poluição ambiental, vandalismo, projetos defasados ou incompletos e inseguridade dos logradouros onde a implantação de tais parques, além de acarretar os problemas físicos antes listados, geram problemas sociais como a segregação socioespacial, a marginalização dos habitantes da área envoltória, desvalorização imobiliária entre outros problemas acerca da má administração. Outro tipo de administração de espaços públicos é a parceria público privado onde o poder público não consegue fornecer manutenção a eles sozinho. Arcar com a manutenção de grandes parques pode ser difícil em meio a contexto urbano expandido de uma cidade. Portanto, a PPP vem a auxiliar no custeio e na manutenção qualitativa espacial de grandes parques. No Brasil não há relatos positivos do êxito neste tipo de administração, pois o enfoque da parceria é por fim, o retorno lucrativo dos investimentos empregados. (PIVA, 2016)
2.3.3
APROPRIAÇÃO DE PARQUES E ADMINISTRAÇÃO DE INTERESSE
De acordo com Cardoso et. al (2015) a preservação de um parque necessita de mais que apenas a administração e manutenção pública ou privada, mas sim uma participação coletiva da comunidade inserida em volta do mesmo. Ao embasar a apropriação das COHAB’s que habitam no raio do parque urbano inserido em Belém, os autores analisam o contexto de um espaço público dentro de áreas carentes sem influência de especuladores ou investidores, mas sim através de uma teoria nomeada ‘‘stakeholders’’. Esta abordagem visa a participação dos interessados, ou seja, a comunidade que usufrui dos parques, na preservação ambiental e física dos espaços associando medidas contra invasões e depreciação do espaço urbano auxiliado pelas secretarias de desenvolvimento municipal que buscam a ‘‘interação da sociedade com o governo’’. ‘‘[...]o parque é importante por dois principais motivos: o primeiro consiste na preservação de área verde em núcleo urbano e o segundo se caracteriza pelos benefícios dessa preservação, que são a amenização do calor, a infiltração da água da chuva, a possibilidade de educação ambiental que o parque proporciona e a conservação da área verde para a manutenção de ar puro, especialmente para as pessoas que moram nas proximidades’’ (CARDOSO et al., 2015, pág. 83)
Fotografia 13 - Parque Walter World em Poços de Caldas Fonte: CANAL UNIVERSO (2017)
2.3.4
REDES VERDES
Este capítulo vem a conceituar a temática principal deste trabalho. Alinhado a infraestrutura urbana e a continuidade do seu tecido, é necessário pensar nas redes infraestruturais oferecidas na cidade, sendo elas a rede de água, a de eletricidade e a viária. Mascaró (2016) conceitua os espaços verdes na cidade. Relaciona os tipos de locais e como eles se dividem no território quanto a economia das redes. A concentração de parques centrais – as massas verdes – em grande perímetro é dotado de maior economia na implantação dos mesmos conforme a fotografia 14.
edificadas que reduzem a criação de novas redes, permitindo maior permeabilidade de acessos dos moradores da cidade que buscam lazer em todas as localidades. Fotografia 15 - Custo das áreas dentro do tecido urbano
Fotografia 14 - Custo das áreas dentro do tecido urbano
Fonte: MASSARÓ (2016), pág. 177.
Fonte: MASSARÓ (2016), pág. 176.
Além deste fato, os parques centrais custeiam 50% do valor de áreas fragmentadas. A rede para diversos espaços é maior referente a necessidade de prover diversas redes, o aumento de percursos entre outros itens. Já as áreas concentradas, possuem maior permeabilidade do solo que causa a diminuição de enchentes e de enxurradas em razão de sua grande extensão perimetral, geralmente envoltos por rios e massas
O autor também relata sobre a interligação de espaços de lazer na extensão total da cidade, nomeada pelo mesmo de “núcleos” (fotografia 15). Esta tática é considerada em relação a união de espaços públicos no tecido da cidade onde ambos são núcleos de espaços verdes e conversam entre si através das redes de infraestrutura, principalmente pela rede viária, que conecta as zonas periféricas e centrais através dos mesmos com interesses comuns, mencionados como internúcleos, viabilizando por fim, a implantação de grandes parques urbanos. (MASCARÓ, 2016) Na fotografia 16 pode verificar-se que no contexto da cidade aqui em foco, Poços de Caldas, a conexão da rede verde é relevante devido a união de dois parques concentrados. Alavanca a relação dos grandes espaços públicos da cidade e devido a distância entre os mesmos, a união da economia e do uso das áreas, será maximizado correspondendo à 0,65% do território total da cidade. (GOOGLE EARTH, 2018)
1
LEGENDA 1
PARQUE ANTÔNIO MOLINARI (Zona Oeste) 300.000 metros quadrados
2
PARQUE ECOLÓGICO MUNICIPAL (Zona Sul) 100.000 metros quadrados DISTÂNCIA ENTRE ELES 20 quilômetros
Fotografia 16 - Ligação entre parques livres urbanos Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
2
2.3.5
ACESSIBILIDADE PÚBLICOS
EM
ESPAÇOS
Não há restrição na atribuição de acessibilidade e seu significado. Além do contexto de acesso físico, problema relacionado a desigualdade socioespacial, metaforicamente, a sociedade também necessita da acessibilidade por meio da apropriação do espaço urbano. ''A apropriação inclui o afetivo, o imaginário, o sonho, o corpo e o prazer que caracterizam o homem como espontaneidade, como energia vital''. (SERPA, 2007, pág. 38)
As centralidades possuem uma grande pluralidade de serviços e economia em constante movimento e as mesmas possuem apropriação acentuada dos espaços livres públicos fato que acontece pelo uso da população de todas as partes da cidade. Tal uso acaba influenciando na capacidade dos espaços públicos de atender a toda a população e também ao longo deslocamento das pessoas que moram nas periferias até as áreas centrais, em busca de equipamentos de lazer e esportes. A acessibilidade também está atrelada a democracia dos espaços e que todas as pessoas de um município tem direitos sobre os mesmos, onde o conceito de apropriação torna-se defasado no sentido afetivo. Mesmo que o poder municipal proveja transporte público a um preço reduzido, as pessoas, no contexto afetivo, consideram-se exclusas e segregadas dos centros urbanos e talvez, a implantação de áreas recreativas mais próximas dos zoneamentos municipais, sejam a alternativa mais clara para aproximar o cidadão de seus direitos acerca da opinião regional e o oferecimento de locais que possam atender as necessidades comuns das periferias com a mesma qualidade que um espaço da área central. (SERPA, 2007)
2.3.6
DO INTERESSE IMOBILIÁRIO
Para Serpa (2007) os parques urbanos requalificam os bairros depreciados dentro do tecido urbano. Ao ocupar em grande quantidade, com as aglomerações, nasce o interesse do mercado imobiliário. Neste âmbito, a criação de um parque em meio a massa edificada, caracteriza os bairros quanto à qualidade, atratividade, e interesse das pessoas de habitar próximas de um espaço de lazer. O autor utiliza a implantação de parques em áreas residenciais defasadas como um processo de gentrificação. Mesmo que a temática abrangida por ele seja a requalificação do espaço urbano acerca da substituição de moradores de classe populares por de classe média ou alta, também menciona pesquisas realizadas na Bahia referentes à implantação de parques institucionais em bairros carentes, sem retirar a população inserida através, de pesquisas regionais que pontuem os serviços que as pessoas buscam nos espaços de lazer e qual a inserção que deve efetuar-se em um projeto âmbito público, para que a mesma não se sintam segregadas e se apropriem do local. Comumente, os espaços verdes localizam-se em bairros privilegiados pela classe dominante, fato que dificulta a apropriação e o usufruto pela população periférica. O poder público tenta prover mais transportes coletivos que acessem as áreas de lazer, porém, esta tática tem se ultrapassado mediante o crescimento e a independência das áreas suburbanas. O fato é que a classe popular geralmente não possui aculturamento de frequência de espaços públicos. Mas, seria isso culpa da própria população? Ou dos longos percursos a serem percorridos pelas pessoas que o desejam frequentar? “(...) Poucos se beneficiam dos novos parques e praças. A população de baixa renda não dispõe de carro particular nem de transporte público eficiente. Assim, os novos equipamentos - em geral distante dos bairros periféricos – vêm a segregar ainda mais os humildes. ” (SERPA, 2007, pág. 51)
Serpa (2007) define um parque urbano como um local de interações sociais. Não deve haver diferenciação quando o assunto é seu uso. Exemplificadas pelo autor, as áreas periféricas não vislumbram o interesse imobiliário devido a marginalização de seus moradores e a falta de infraestrutura da área como um todo. Porém, na Bahia, uma experiência foi realizada com a inserção de um parque institucional de requalificação urbana em local de habitação de várzea. Estudos posteriores à implantação do dito Parque Baiano, demonstraram uma melhora no aculturamento, no comportamento e no quesito “socioprofissional” dos moradores da periferia. A requalificação vem a ser mais que um aspecto físico ou de gentrificação. Num contexto mais apurado de seu significado como explanado anteriormente, é uma experiência sensitiva relativa à apropriação dos espaços ofertados como tática de preservação. Criar conjuntos habitacionais com provimento de comércio e serviços os expurgando de lazer, é isolar a população periférica da totalidade do desenho urbano. O interesse imobiliário não foca em áreas periféricas onde o metro quadrado é 40% mais barato que o das regiões centrais, e assim, a periferia luta sem investimento privado, pela sua independência recreativa também. (SERPA, 2007)
2.3.7
DA RELEVÂNCIA DOS PARQUES
Para Zannin (2013) a implantação de Parques urbanos na cidade profere diversos pontos positivos. Além de sua relevância ecológica, sensorialmente esses espaços provem bom humor, longevidade, qualidade de exercícios físicos, redução do sedentarismo, redução do estresse do dia-a-dia, potencializa a auto-estima, saúde, educação esportiva,
manifestações culturais entre outras atividades que contribuem para a produção de uma sociedade mais qualitativa. ''O incentivo ao esporte, promovendo competições, é também uma estratégia eficaz contra a violência, as atividades extraclasse ocupam o jovem em seu tempo livre ao mesmo tempo em que lhe proporciona lazer. Isso nos leva a concluir que o ócio sem atividade é um poderoso gerador da violência. “ [...] O lazer é um veículo de grande força no caminho contra a violência e na formação do indivíduo como cidadão da sociedade.”(BARROS, 2006, Pág. 07)
Uma das maiores relevâncias da implantação de um parque, é a capacidade que o mesmo tem de modificar a sociedade e seu comportamento. Para uma população que tem ou não a cultura de praticar atividades esportivas, este espaço provém qualidade ambiental atrelada ao incentivo à caminhabilidade e à prática de exercícios. Também enfoca que espaços que garantem as necessidades dos usuários possuem maior frequência e manutenção. A beneficiação social e espacial da implantação de um parque acontece desde que ele atenda as necessidades e as características individuais das comunidades, prezando a sua conservação ambiental e a acessibilidade de todas as classes sociais . A proliferação de edificações e a evolução do território urbano clama por áreas permeáveis e de lazer. Os parques atendem as aglomerações urbanas com espaços arborizados com funcionalidades de conservação natural de recursos, prática de exercícios físicos e oferta de espaços contemplativos. Os parques urbanos (fotografia 17), provem conforto ambiental, qualidade de vida, valorização imobiliária, movimentação econômica, preservação ambiental entre outros fatores. (ZANNIN, 2013)
2.3.8
PERMEABILIDADE URBANA
O conceito de permeabilidade é descrito como acessível, transitável, penetrável, que permite passagem, que escoa e tem facilidade de se permear. (CONCEITO.de, 2013) ''Há quem enxergue a cidade como uma série de terrenos privados, entre os quais passam vias urbanas''. (wikihaus, 2011)
Aplicando este conceito ao espaço permeável, em arquitetura e urbanismo este termo é largamente utilizado como metáfora de permeabilidade, onde o espaço público se mistura com as ruas e acessos. A permeabilidade urbana traz uma nova ideologia na formação das cidades, estruturando as mesmas com base na integração física e visual das pessoas com os tais espaços, do exterior para o interior, seja de uma área livre ou edificação. Ela visa permitir a livre transição de um local para o outro, onde o fluxo e a circulação de pessoas é facilitado e estimulado mediante diversos quesitos. Geralmente, a concepção de permear espaços visa reduzir obstáculos físicos e busca promover acessibilidade rápida e direta. Também é auxiliada pela permeabilidade visual, onde elementos construtivos como cobogós, muxarabis e brises além de átrios e vidros, efetuam funções de contato visual do exterior para o interior de edificações substituindo paredes maciças, por elementos que permitem relação total entre o indivíduo e o meio em que ele se insere. (WIKIHAUS, 2011) ''Mesmo parques [...] Apesar de serem espaços abertos, às vezes possuem muitos canteiros funcionando como barreiras, em vez da grama se encontrando direto com o calçamento do passeio público por toda extensão do parque.'' (wikihaus, 2011)
As construções e os espaços permeáveis colaboram para construir uma cidade melhor e atrai mais pessoas à visitação e usufruto dos parques urbanos.
Fotografia 17 -Parque ecológico da zona sul Fonte: PREFEITURA DE POÇOS DE CALDAS (2018)
3
Utilizando uma metodologia investigativa, os estudos de caso têm como objetivo explorar referênciais de embasamento teórico e projetual. Neste capítulo, tais referenciais são relacionados diretamente a temática em questão; a oferta de um parque urbano como modificador da sociedade. Foram selecionados três locais para o estudo pragmático a fim de efetuar-se uma investigação abrangente de ideologias e soluções que acarretaram diversas contribuições para o anteprojeto. As principais cogitações para tal apuramento fora a localização e suas propostas (fotografia 18). O primeiro estudo de caso é o Parque Cantinho do Céu. Foi selecionado por partir de um projeto social reestruturador de uma área carente. A problemática abrangida baseiase na melhoria da qualidade de vida das pessoas com o fornecimento de saneamento básico, mobilidade e a oferta do espaço público com intuito de potencializar a cultura, o lazer e a educação da comunidade do cantinho do céu. O segundo estudo de caso é o Parque Ibirapuera, referência por sua iniciativa de conservação de espécies de plantas nativas brasileiras, fortalecimento do turismo em São Paulo e a movimentação da economia, além de ser ícone de lazer e sociabilidade. Inspirase no mesmo por suas ações sustentáveis de preservação da biodiversidade além da parceria público e privado, que possibilita manutenção de museus, pavilhões, estufas entre outros espaços fortalecedores da sociedade como um todo. Por fim, o terceiro estudo de caso é o Parque da Juventude e fora escolhido devido a ressignificação de um espaço antigamente utilizado como penitenciária. Demonstra técnicas de preservação de APP's (Área de preservação permanente), desenvolvimento de acessos além do fornecimento de espaços em prol da comunidade como escolas técnicas, bibliotecas e áreas contemplativas. Une a história do Carandiru com o novo destino, um parque urbano institucional, aproveitando estruturas para o projeto atual. Fotografia 18 - Fluxograma geral dos estudos de caso
Estudos de Caso
Lazer
Acessos
Parque Urbano
Fonte: FREEPIK (2018), adaptado pelo autor.
Social
Fotografia 19 - Mobiliário Urbano no Jarfdim Kennedy II Fonte: Própria (2018)
Fotografia 20 - Parque Cantinho do céu: Intervenção na Orla da Represa abre vista para a paisagem. Fonte: BOLDARINI ARQUITETURA E URBANISMO (2011)
3.1 CANTINHO DO CÉU O PARQUE
Fotografia 22 - Marcos Boldarini
NOME
Parque Cantinho do céu
ENDEREÇO
Grajaú, São Paulo - SP
ÁREA CONSTRUÍDA
150 hectares (intervenção)
ÁREA PAISAGÍSTICA
30 hectares
ÁREA DO TERRENO
200 hectares
AUTORES
Boldarini Arquitetura e Urbanismo
ANO
2008 - 2011
POPULAÇÃO BENEFICIADA
9.800 pessoas Fonte: ARAÚJO (2012)
CONTRATANTE
Prefeitura Municipal de São Paulo e Secretaria de Habitação
EQUIPE BOLDARINI4 TITULARES: Marcos Boldarini Lucas Nobre
Marcos Boldarini, formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela FAU Bras Cubas em 1998. É proprietário do Escritório Boldarini Arquitetos Associados (fotografia 21), criado no ano de 2000 com especialização em saneamento básico, desenho urbano, paisagismo e edificações, em suma destinada a projetos de interesse social. O projeto de urbanização do cantinho do céu ganhou o 3º lugar na Bienal de Arquitetura do Quito - Equador além de ser apresentado na 5º Bienal Internacional de Arquitetura e urbanismo em Roterdã, Holanda, como representação brasileira em 2012³. É considerado ‘‘O arquiteto do povo’’, segundo a revista AU (2012). Fotografia 21 - Logotipo Boldarini Arquitetos Associados
PR
COLABORADORES: Rodrigo Garcia Renata Sério Marcelo Venzon
OGRAM MANACIAIS A
O programa Mananciais é uma iniciativa do governo tem como objetivo reestruturar os locais com déficit de infraestrutura urbana na cidade de São Paulo. Vem a ter como ponto principal, a requalificação das áreas de mananciais ocupadas irregularmente pela população paulista visando também, ofertar recuperação ambiental das áreas de preservação natural propondo a diminuição da segregação e da desigualdade social implícita pelo espaço urbano fragmentado. O programa fez intervenções em 81 (oitenta e uma) áreas de mananciais no estado de São Paulo e investiu mais de 2 (dois) bilhões de reais nas áreas de reurbanização. (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2013)
Fonte: BOLDARINI (2018) ³ MELENDEZ, Adilson. Boldarini Arquitetura e Urbanismo: Cantinho do céu. Disponível em <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/boldarini-arquitetura-urbanismoparque-publico-19-01-2011> Acesso em 13 mar. 2018. 4 BOLDARINI ARQUITETURA E URBANISMO. Boldarini Arquitetos Associados. Disponível em <http://www.boldarini.com.br/escritorio/> Acesso em 13 mar. 2018.
Fotografia 23 - Cidade de São Paulo: Bairro Cantinho do céu
As ações do programa se definem pelas seguintes diretrizes - Implantação de redes de água e coleta de esgoto - Drenagem de águas pluviais e dos córregos - Coletas de lixo - Melhorias das vias para veículos e pedestres com pavimentação e abertura de ruas e vielas. - Eliminação de áreas de risco - Iluminação pública Fonte: GOOGLE EARTH: São Paulo (2018).
- Criação de áreas de lazer e centros comunitários - Reassentamento de famílias e criação de novas unidades habitacionais
Fotografia 24 - Cidade de São Paulo: Bairro Cantinho do céu
- Educação e preservação ambiental - Acompanhamento social junto a população local - Regularização fundiária através da legislação de proteção de mananciais (HOFFMAN, 2015)
LOCALIZAÇÃO A cidade de São Paulo (fotografia 23) é a capital do também estado de São Paulo. Fundada em 1554 hoje é portadora do 10º maior PIB mundial com uma população de aproximadamente 12,04 milhões de pessoas e considerada grande potência econômica no Brasil. Seu crescimento acelerado teve como consequência o espraiamento da população, em suma migratória.Trata-se de um aglomerado urbano que tem se expandido cada vez mais ao longo das décadas. (SAMPAIO, 2014)
Fonte: GOOGLE EARTH: São Paulo (2018).
O Cantinho do céu ocupou uma região de várzea da represa Billings. A ocupação irregular causa muitos problemas relacionados a segregação urbana e também a qualidade de vida da população que tem se espraiado devido ao preço da terra nas regiões próximas ao centro.
HISTÓRICO
UM ASSUNTO SOCIOAMBIENTAL
O bairro Cantinho do céu ou ‘‘favela cantinho do céu’’ teve um passado violento e marginalizado. Com uma população de aproximadamente 445 mil habitantes localizada ao extremo sul de São Paulo, possui uma área de 92km² e renda média de R$ 1.629,00. O assentamento cantinho do céu é composto pelos residenciais Jardim das Gaivotas, Residencial dos lagos e o Cantinho do céu. Sua ocupação se iniciou em 1989 com ocupação clandestina da bacia Billings (fotografia 25) . A represa Billings é dividida em 8 braços devido a sua forma. O cantinho do céu através das décadas veio ocupando suas margens e isto ocasionou grandes problemas para a população . A mesma, em 2007, passou pelo programa mananciais como área de recuperação ambiental. (HOFFMAN, 2015)
Da concepção do partido arquitetônico, pelo programa mananciais desenvolvido pelo governo do estado de São Paulo, a revitalização de bairros habitados às margens de mananciais, vem a reestruturar a maneira de se morar. Direcionado as zonas periféricas, de ocupação irregular e de problemas infra-estruturais, o projeto do escritório Boldarini arquitetos associados, vem a modificar a comunidade envoltória da represa Billings utilizando a urbanização da área de 1.500.000 m² e mais mais de 10 mil famílias que vem ocupando o local desde 1980. O partido é a implantação de um parque municipal com diversos equipamentos de lazer e esportes, modificando a sociedade marginalizada do extremo sul de São Paulo. O enfoque é a área de preservação natural, mantendo suas espécies nativas e propor o saneamento básico através da arquitetura do espaço público.
Fotografia 25 - Bacia Hidrográfica da represa Billings
Fotografia 26 - Croqui esquemático em estrutura de arame do bairro Cantinho do céu
Fonte: NISHIMURA et. al. (2010)
Fonte: Própria (2018)
O Cantinho do céu, por se situar nas margens da represa Billings (fotografia 27), seguimentou a implantação do parque através da formação geográfica natural, aproveitando-se das margens como uma conexão. A proposta da área de preservação ambiental, como acentua Hoffman, esta ‘’Entre a casa e a água’’ como objeto de melhoria da periculosidade das residências que habitavam as bordas irregularmente e enfatiza a abordagem da área.
O parque se tornou um condensador de atividades locais onde a segregação espacial é amenizada pela oferta de um parque municipal juntamente com a preservação dos recursos naturais e oferta de novos loteamentos habitacionais (fotografia 28).
Fotografia 28 - Implantação Cantinho do céu
Fotografia 27 - Localização do Cantinho do céu entre a represa Billings
Fonte: MATSUNAGA (2015), pag. 67.
Fonte: BOLDARINI (2013).
A implantação do Parque Municipal Cantinho do céu, mediante a devolução da área de preservação natural da represa Billings, mostra os princípios abordados na sua reurbanização: a estrutura viária de facilitação da mobilidade dos moradores e a extensão da área arborizada com equipamentos públicos de lazer e esporte. Como estratégia, Boldarini considerou todos os usos que a população poderia fazer num espaço tão grande. Mediante o direito a cidade, a oferta de espaços públicos a comunidade do cantinho viria a potencializar tanto a vida da população quanto a qualidade da infraestrutura do próprio bairro.
Mais que a implantação de um Parque, o projeto de Boldarini envolve o desenho urbano e a infraestrutura da área distante do centro. A segregação espacial que a cidade de São Paulo tem induzido a desigualdade social entre a população e o programa Mananciais, possibilitou ao cantinho do céu uma reestruturação com a implantação do vulgo parque e de toda a reformulação do saneamento básico, aí a importância do planejamento das cidades e o fornecimento de soluções para áreas carentes.
Preservação da vida, mediante a correção de todas as situações de risco identificadas.
Dos 50 metros de recuo de Áreas de proteção permanente, abaixo nota-se as residências removidas/realocadas no processo de urbanização do cantinho do céu e implantação do Parque Municipal, processo essencial para a implantação do projeto.
Complementação e adequação da infraestruturaurbana, com melhoria sanitárias, ambientais e de mobilidade em todo o assentamento. Toda a malha viária reestruturada mantendo-se o traçado original iniciado em 1980. As vias interligam-se e agora o extremo sul possui um novo eixo de mobilidade para o centro, mostrando que a mesma é indispensável para a produção da sociedade (empregabilidade e saúde).
Universalização do acesso à infraestrutura e aos serviços urbanos e provisão adequada de equipamentos comunitários e áreas de lazer e esportes.
A fim de suprir o déficit de equipamentos urbanos de lazer e cultura, a implantação de quadras, decks entre outros locais de estar juntamente com o zoneamento tímido paisagístico o parque efetua coincididamente com a malha viária, um papel socioespacial, viabilizando a gestão dos fluxos de automóveis e empregando a caminhabilidade no residencial.
Fotografia 29 - Planos de Massas
Construções consolidadas
Vias Locais
Construções removidas/reassentadas
Vias Locais
Área Verde - Conservação/Lazer
Linhas de transmissão de alta tensão Residencial dos Lagos - Ampliação
Vias Propostas Retorno para veículos
Linhas de transmissão de alta tensão
Ligação/Acessos Ligação propostas via represa
Área Verde - Preservação
Locais de estar do Parque Fluxos Principais Escoamento de Águas Pluviais
Fonte: BOLDARINI (2013). Fotografia 30 - Proposta de reassentamento
EIXOS DE CONEXÃO A proposta de reduzir o tempo de mobilidade do extremo sul para o centro metropolitano era um dos fatores primordias para se sanar nesse local. As horas de locomoção que a população tinha que percorrer era um problema social que assolava a comunidade. A fim de diminuir a taxa de desemprego e otimizar as viagens a região central, cria-se esse eixo de interligação com novas propostas de reassentamento da população (fotografia 30) .
Densidade Hab. BAIXA MÉDIA ALTA
Fonte: BOLDARINI (2013).
Fotografia 31 - Mapeamentos
Transporte coletivo
Fotografia 32 - Zoom: Esquipamentos Urbanos Fonte: BOLDARINI (2013)
APP Proposta Parque Ecológico
Áreas Verdes Hortas Comunitárias
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008).
‘‘O grande diferencial do projeto é a possibilidade de criar um parque linear de aproximadamente 7km de extensão que atue como espaço de transição entre a ocupação, o espaço público da rua e a proximidade com o reservatório.’’ (BOLDARINI, 2013)
Nota-se a permeabilidade dos espaços, onde a transição do espaço público para o privado acontece espontaneamente. Ter um local assim, proporciona mais qualidade de vida a população que pode ter uma vida mais ativa utilizando os espaços abertos de integração social e estar. As crianças tem onde brincar, os adultos onde descansar e tudo isso pertinho de casa.
Fotografia 33 - Zoom: Esquipamentos Urbanos Fonte: BOLDARINI (2013).
Fotografia 34 - Corte Fonte: BOLDARINI (2013)
Fotografia 35 - Corte Fonte: BOLDARINI (2013).
Fotografia 36 - Equipamentos públicos
Pista Campo Área de de Infantil Skate Futebol
Mirante
Capoeira/ Retorno Dança de Rua Auto
Deck
Retorno Praça Auto
Área de Estar
Área de Pingue Área -Pongue Infantil
Academia da Passeio/ Terceira Ciclovia Idade
Deck
Passarela
Deck
Fonte: BOLDARINI (2013)
Tabela 1 - Programa de Necessidades do Parque Municipal Cantinho do céu PROGRAMA DE NECESSIDADES Setor/Função 1- Quadra de Volei 2 - Playground 3 - Deck 4 - Academia 5 - Mirante 6 - Ciclovia 7 - Passarela 8 - Campo de Futebol 9 - Pista de Skate/Praça 10 - Área de Capoeira/Dança 11 - Área de Pingue-Pongue 12 - Parque
Qnt. 2 2 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Área (m²)
162 200 800 24 100 2.000 2.000 6.400 3.600 120 100 300.000
Descrição
Espaço para prá ca de esportes . Espaço para crianças brincarem em seus horários de lazer. Locais a beira da represa Billings para tomar banhos de sol. Direcionada a exercitação sica de idosos. Local para apreciação da paisagem da represa Billings Área para incen vo da caminhabilidade e do ciclismo. Espaço de acesso dos pedestres e para se caminhar. Área de esporte e lazer para jogos de futebol. Área de esporte e lazer para skate, pa ns, bicicletas e outros Espaço para lazer, esporte e cultura de manifestações ar s cas. Espaço com mesas de pingue-pongue para a população. Extensão da área de Preservação Natural às margens da Billings
Fonte: Própria (2018) Tabela 2 - Matriz de Proximidades Programa de Necessidades
MATRIZ DE PROXIMIDADES 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 P = PERTO
2 P
P P P P P P P P P P P
P L L P P P P L P P L = LONGE
Fonte: Própria (2018)
3 P P P L P P L L P P P
4 P L P L P L L L P P P
5 P P L L L L P P L L P
6 P P P P P P P P P P P
7 P P P P P P P P P P P
8 P P L L P P P P L L P
9 P P L L P P P P L L P
10 P L P P L P L L L P P
11 P P L P L P P L L P P
12 P P P P P P P P P P P
Fotografia 39 - Sistema de esgotamento sanitário
Os diagnósticos e estudos destinados ao programa de necessidades partem do pensamento crítico e observação do comportamento da região do cantinho do céu. Para se nortear o projeto e entender o problema a fim de saná-lo pontualmente, é necessário entender a realidade do residencial e toda a implantação a ser realizada. Não haveria parque sem antes criar acessos articulados com a urbanização existente e a compreensão do desejo da população. Para isso, foram feitos os seguintes estudos (fotografia 37 à 51) para a área de à análise:
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 40 - Sistema de distribuição de água
Fotografia 37 - Área de Primeira Categoria
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 38 - Área de Primeira Categoria
Fotografia 41 - Sistema de coleta de lixo
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 47 - Modelos de UH’s
Fotografia 42 - Necessidades de Remoções
04
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 43 - Modelos de UH’s
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 48 - Sistema Viário
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 44 - Modelos de UH’s
01
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008) Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008) Fotografia 45 - Modelos de UH’s
02
Fotografia 49 - Geotecnia
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 46 - Modelos de UH’s
03
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 50 - Urbanismo
Fotografia 52 - Atividade cultural no cantinho do céu
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
Fotografia 51 - Benfeitorias do projeto básico e obras
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2012)
Fotografia 53 - Cinema ao ar livre
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2008)
‘‘O planejamento social é uma das etapas mais importantes de um projeto de reurbanização da complexidade do cantinho do céu, à medida que as remoções foram necessárias para liberar a área destinada ao parque e às obras de infra-estrutura. Os moradores devem receber informações quanto às remoções e seus procedimentos a fim de não gerar situações de instabilidade nas famílias que vivem em situação precária e com alto grau de vulnerabilidade social. Os valores pagos pelas prefeituras precisam garantir moradia digna as famílias reassentadas para que elas não voltem a ocupar as áreas irregulares agravando a condição de desigualdade sócio ambiental em que vivem.’’ (ABCP, 2013)
Fonte: PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO (2012)
Fotografia 55 - Implantação com análises de insolação
N A ventilação predominante na cidade de São Paulo é incidente do Leste para o Sudeste. A maior parte da extensão do parque recebe ventilação direta sendo o setor Leste o mais beneficiado pelo vento. Fotografia 54 - Implantação com análises de ventilação
NE
NO
SI
L
O
SV
SE
SO S Fonte: BOLDARINI (2013), adaptado pelo autor.
LEGENDA Ventilação predominante
Fonte: BOLDARINI (2013), adaptado pelo autor.
O paisagismo da área do Parque Munici-pal é composto por hortas comunitárias, bosques, praças entre outraszonas de preservação natural à beira da represa Billings. Entre as espécies implantadas no Parque, destacam-seas seguintes espécies: O abacateiro, alfeneiro, aroeira-mansa, árvore-polvo, capitão-do-mar, carambola,cheflera, coco-da-bahia, crindiúva, eucalipto, figueira-benjamin, jaqueira, jerivá, mangueira, suinã, taboa e tapiá-guaçu. (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2013) Fotografia 56 - Abacateiro
De acordo com a carta solar, o sol da manhã bate na fachada leste onde se encontra a ciclovia, quadras, a passarela e os demais equipa-mentos públicos. O deck localiza-se ao sol poente tal como o mirante em razão da belíssima vista da represa ao entardecer. Tal análise proporciona o maior entendimento do pensamento arquitetônico da alocação dos elementos do Parque Municipal cantinho do céu. Fonte: WILLEMS (2013).
O parque renovado tem como sistemas construtivos principais a utilização de madeira para a passarela e os decks mesmo que o uso da mesma em reurbanizações não seja comumenete, blocos intertravados de concreto devido a área alagadiça da orla e o terreno acidentado. As quadras utilizam da grama sintética para o uso específico do esporte e do lazer além da implantação de bocas-delobo, objeto da reurbanização do cantinho do céu, em estruturas metálicas para o escoamento das águas pluviais. Fora utilizada também tinta colorida para dar vida às ‘‘fachadas’’ do Parque e trazer vitalidade e alegria aos espaços públicos.
Uma das preocupações neste projeto, é a durabilidade de seus itens e também a economia. Os mobiliários implantados foram elaborados em materiais robustos produzidos exclusivamente para a reurbanização da orla da represa Billings.
Fotografia 59 - Corte Esquemático Deck com bancos de madeira
Fotografia 57 - Detalhamento dos blocos intertravados de concreto
Fonte: BOLDARINI (2013).
Fotografia 60 - Bancos de Concreto: Maior durabilidade
Fonte: BOLDARINI (2013).
Fotografia 58 - Detalhamento dos blocos intertravados de concreto
Fonte: BOLDARINI (2013).
Fonte: BOLDARINI (2013).
Fotografia 61 - Bancos de Concreto: Maior durabilidade
Fotografia 63 - Proposta de Decks
Fonte: BOLDARINI (2013).
Fonte: BOLDARINI (2013).
Fotografia 62 - Descrição de Serviços
Fonte: BOLDARINI (2008).
O cantinho do céu fica na zona sul de São Paulo, item comumente com o objeto do TFG (trabalho final de graduação). Utilizado com reestruturador social o Parque cantinho do céu sem dúvida é um grande referencial partindo da modificação socioambiental a partir do desenho urbano e remodelação dos acessos do bairro para com a centralidade. Tal ponto será abordado no Parque ecológico Poços de Caldas a fim de modificar os bairros carentes que o entornam. Carentes de espaços de lazer, cultura e educação o parque ecológico será também um ressignificador da área, idealizando-se centros culturais, mobiliários urbanos e efetuando conexão dos bairros diretamente com o objeto de estudo. O direito a cidade começa na região onde se mora. A infraestrutura e saneamento básico são direitos a serem conquistados mediante uma má gestão, e essa morfologia prova a necessidade do pensamento do macro para o micro: Os bairros como problema segregador social e o parque e seus itens como solução.
FotograямБa 64 - Parque Ibirapuera Fonte: GRUPO SULMINAS (2011)
3.2 PARQUE IBIRAPUERA
Fotografia 65 - Oscar Niemeyer
NOME
Parque Ibirapuera
ENDEREÇO
Av. Pedro Álvares Cabral Vila Mariana, São Paulo - SP
ÁREA DO TERRENO
1.548.000 m²
IDEALIZAÇÃO
Prefeito Pires do Rio
INICIATIVA
Manuel Lopes de Oliveira (Manequinho Lopes)
AUTORES
Oscar Niemeyer (Arquitetura) Octávio Mendes (Paisagismo)
ANO
21 de Agosto de 1954
RESPONSÁVEL
Ciccilio Matarazzo
CONTRATANTE
Comissão dos festejos de comemoração do IV Cente nário da cidade de São Paulo
Fonte: ACERVO AGÊNCIA DO ESTADO/AE (2012)
Octavio Mendes Oscar Niemeyer Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer (fotografia 65) Filho nasceu em 15 de Dezembro de 1907 na cidade do Rio de Janeiro, bairro Laranjeiras. Casou-se no ano de 1928 aos 21 anos com Anita Baldo, juntos durante 76 anos até seu falecimento em 4 de Outubro de 2004. Em 1929, um ano depois após seu casamento, entro para a Escola de Belas Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro formando-se em 1934 como engenheiro arquiteto. Estagiou com Lúcio Costa e teve oportunidade de trabalhar com o famoso arquiteto Le Corbusier em 1936. No ano de 1940 foi convidado pelo prefeito Juscelino Kubitschek para projetar os edifícios em Brasília, sendo alguns deles o palácio do planalto, o congresso nacional entre outros, um grande conjunto arquitetônico do profissional. Em 1951 projetou o conjunto de edifícios do Parque Ibirapuera em homenagem aos 400 anos da cidade de São Paulo sendo eles: O Palácio das Nações (Museu Afro Brasil), das indústrias (Fundação Bienal), Palácio das Artes (OCA), da agricultura (Museu da arte contemporânea da USP), Palácio dos Estados e a marquise. Em 2007 recebeu a medalha do mérito cultural do Brasil em seu centésimo aniversário. Faleceu em 5 de Dezembro de 2012 por insuficiência respiratória. (FRAZÃO, 2015)
Fotografia 66 - Desenho Ipê
Fonte: Própria (2018)
Octávio Augusto Teixeira Mendes (fotografia 67) nasceu em 21 de Março de 1907 na cidade de Piracicaba, estado de São Paulo. Era pianista e cursou a faculdade de agronomia Escola Superior de Agronomia Luiz de Queirozda Universidade de São Paulo (ESALQ-SP) no ano de 1939. Após formado, fez mestrado em arquitetura, planejamento e preservação na Universidade Columbia em Nova York - EUA, no ano de 1950. Voltou para o Brasil. Do pedido original efetuado a Burle Marx, Octávio fez o projeto paisagístico do Parque Ibirapuera substituindo o artista. Teve grandes projetos efetuados e trabalhou para o poder público até sua aposentadoria. O engenheiro faleceu em 26 de Outubro de 1988. (MENDES, 2005)
Fotografia 69 - Cidade de São Paulo: Parque Ibirapuera Fotografia 67 - Octávio e D. Leonina
Fonte: GOOGLE EARTH: São Paulo (2018). Fotografia 70 - Cidade de São Paulo: Parque Ibirapuera
Fonte: SOCIEDADE DE VETERANOS DE 32/MMDC, (2018).
LOCALIZAÇÃO
Também localizado na cidade de São Paulo, o Parque Ibirapuera esta situado no bairro de Vila Mariana na região centro-sul e é zona privilegiada do município. Seus serviços disponíveis são ricos em cultura, lazer e movimentação popular potencializado pelo plano de Avenidas imposto por Prestes Maia. (FRAIDENRAICH, 2018)
Fonte: GOOGLE EARTH: São Paulo, 2018.
Fotografia 68 - Esboço Oscar Niemeyer
O Parque Ibirapuera é o parque urbano mais visitado da américa latina. É tombado desde as suas edificações até seu paisagismo, devido à sua qualificação histórica e social na cidade de São Paulo.
Fonte: Própria (2018)
Fotografia 72 - Mapa de terrenos devolutos 1941
HISTÓRICO Localizado na Vila Mariana na cidade de São Paulo (região de várzea) o local da implantação do parque passou por muitos questionamentos entre o poder público e privado. Eram terras indígenas de uso agrícola em 1906 nas quais foram devolvidas à prefeitura municipal. Quando devolutas, foram regidas como vazio urbano de posse pública e mantidas em segundo plano com uma proposta de parque urbano já naquela época. No ano de 1920, o poder público incentivou a criação de loteamentos, idealização que passou por adversidades à concretização por problemas políticos. Em 1926 o prefeito Pires do Rio decidiu tornar o parque público realidade devido à grande área pública e privilegiada afim de livrá-la de loteamentos e exploração futuras. Para a cidade que mais crescia no Brasil, aumentar as áreas verdes e centralizar os locais para festejos era essencial para obter um refúgio em meio a metrópole lotada .Em 1927, Manequinho Lopes iniciou o plantio de eucaliptos australianos devido ao terreno alagadiço, para que as árvores removessem a umidade contida no solo. O funcionário público deu início ao que hoje é considerado um dos parques de conservação mais famosos do mundo por sua grande diversidade de plantas. Oscar Niemeyer, arquiteto exímio, foi convocado para unir arquitetura ao paisagismo antes encomendade para o artista Burle Marx, mas feito pelo engenheiro agrônomo Otávio Mendes para a criação de ambientes vertentes da arquitetura moderna brasileira para concentração das festividades de São Paulo, tendo sua idealização em 1951. Em 1954 o Parque Ibirapuera foi inaugurado, tendo seu nome em homenagem à sua identidade indígena histórica do Tupi guarani, Ibirá-puera = Pau podre ou árvore apodrecida. (ANDRADE, 2004)
Fonte: BARONE (2017).
Fotografia 73 - Loteamentos da Várzea
Fonte: BARONE (2017).
Fotografia 74 - Ibirapuera 1933
Fotografia 71 - O planetário
Fonte: Própria (2018)
Fonte: BARONE (2017).
Fotografia 75 - Mapa de vias
Fotografia 76 - Auditório
Fonte - Própria (2018)
Fonte: BARONE (2017).
UM ASSUNTO MODERNISTA Em busca de um parque urbano em meio a metrópole de São Paulo sob o comando de Francisco Matarazzo, o partido do conjunto arquitetônico e paisagístico do Ibirapuera era criar um parque de conservação natural e criar edifícios para a concentração de festividades no município, idealizando a arquitetura moderna na década de 90 tão bem empregada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Os edifícios se localizam nas extremidades do parque e estruturam o espaço significamente. Desde então, o parque é referência arquitetônica e urbanística considerado ’Um marco da modernidade’’. (MACEDO, 2005) (ESCOBAR, 2005).
‘’Prestes Maia desenvolveu, na década de 30, um plano de avenidas para a cidade de São Paulo, referenciandose nas lições do urbanismo francês na definição dos traçados de eixos e rotatórias. A proposta foi implantada parcialmente em São Paulo e consiste basicamente num sistema radio-concêntrico de vias para automóveis, associado a um partido urbanístico no qual as principais avenidas radiais conduzem a áreas verdes.’’ (MACEDO et. al, 2005)
O plano de Avenidas, criado por Prestes Maia, antecedeu a implantação do Ibirapuera. Seu formato quadrilátero levemente orgânico, intermedia o traçado urbanístico que fora pensado para os acessos ao parque urbano que se implantaria futuramente. Devido a sua planície, foi possível implantar lagos artificiais. O plano de avenidas foi necessário para remover as vielas estreitas e propor saneamento de qualidade no qual o partido urbanístico se caracterizaria na união entre as vias radiais e a arborização. As Avenidas dão acesso aos portões do Parque e também fazem parte do traçado radial de Prestes, intencionalmente, dirige-se as vias de acesso do entorno para o parque dando um significado mais pontual e direto ao desejo de sociabilidade que Ibirapuera impõe.
Fotografia 77 - Dados Viários
Fonte: PARQUE IBIRAPUERA: CONSERVAÇÃO (2017).
Fotografia 78 - Implantação
Fonte: EDITORA DE ARTE FOLHAPRESS (2017).
Estruturado pelo plano de Avenidas, o parque foi pensado para ser acessado por seus quatro lados. Composto por dez portões, o Ibirapuera conta com um sistema de entrada muito eificaz, principalmente os seus bolsões de estacionamentos, que possibilitam a frequência de pessoas com seus automóveis sem dificuldades para estacionar. Os sanitários são dispostos nas extremidades do parque tendo suprimento dos mesmos por toda sua extensão. Ao Norte e a Oeste o espaço conta com áreas de alimentação, pensando já na permanência de seus convidados. O conjunto arquitetônico de palácios de Niemeyer se encontra ao setor Norte, sendo envolto pelos dois lagos do Ibirapuera. O traçado urbanístico do famoso parque mundialmente, se desdobra através de eixos entre a Avenida Pedro Álvares Cabral e a Avenida 23 de Maio. Tal eixo delimita as entradas principais do local em disposição elementar ortogonal. O plano de avenidas torna a mancha verde o ponto principal desse acesso sendo o parque carro chefe de toda essa acessibilidade trazendo conceito de cidade jardim no qual uma massa arbórea é associada aomeio urbanístico onde o parque quase que inteiramente verde, desemprenha um papel mais que sustentável. (MACEDO, 2005) (ESCOBAR, 2005)
1 - Pavilhão Bienal 2 - Museu da Aeronáutica 3 - Quadras de Tênias 4 - Quadras Poliesportivas 5 - Antiga Prefeitura 6 - Propan 7 - Planetário 8 - Escola de Astrofísica 9 - Casa Japonesa 10 - Heliponto 11 - Sanitários 12 - Caixa d’água 13 - Playground 14 - Lanchonete 15 - Praça da Paz 16 - Praça de Jogos 17 - Praça do Viveiro 18 - Viveiro de Mudas 19 - Palco 20 - Ciclovia
Fotografia 79 - Mapa Ibirapuera
21 - Ciclovia 22 - Pista de Cooper 23 - Guarita 24 - MAM 25 - Depósito 26 - Restaurante 27 - Obelisco 28 - Posto da Guarda Civil Metropolitana 29 - Posto da Polícia Municipal 30 - Área para Reprodução de Aves Aquáticas 31 - ASSUAPI 32 - Estufas 33 - Administração do Viveiro 34 - Casa da Leitura
Cimentado
Mosaico Preto
Canteiro
Edifícios
Asfalto
Área Ocupada
Lago
Marquise
Pedrisco
Piso de cimento
Espelho
Pergolado
Fonte: TOLEDO (1997)
Tabela 3 - Matriz de Proximidades - Ibirapuera
MATRIZ DE PROXIMIDADES 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
P P L L L L L L L P P L L L L L L L P L P L P L L L L L L L L L L 1
P = PERTO
2 P P L L L L L L L P P L L L L L L L L L P L P P L L L L L L L L L 2
3 P L
4 L L L
L L L L L L L P P L L L L L L L P L P L P L L L L L L L L L L 3
L L L L L L P L P P L P P P P P P L L L L L L P P P L L L L 4
5 L L L L P P P P P P L L L L L L L L L L P P L L P L L L L P L L L 5
L = LONGE
Fonte: Própria (2018)
6 L L L L P P P P P P L L L P L L L P L L P L L L P L L L P P L L L 6
7 L L L L P P P P P L L L L L L L L L L L P L L L L L L L L P L L L 7
8 L L L L P P P P P L L L L L L L L L L L P L L L L L L L L P L L L 8
9 L L L L P P P P P L L L P P L L L P L L P L L L L L L L L L L L L 9
10 L L L L P P P P P L L L L L L L L L L L P L L L L L L L L L L L L 10
11 P L P P L P P P P P P P P P P P L P P P P P P P P L L L L P L L L 11
12 P P P P L L L L L L P L L L P P P P L L P L P P L L P P P L P P P 12
13 L L L P L L L L L L L L L P P P L P P P L L L L L L L L L L L L L 13
14 L L L P L L L P P L L L P P L P L L L L L L L L L L L L L L L L L 14
15 L L L P L L L P P L L L P P L L L P L L L L L L L L L L P L L L L 15
16 L L L P L L L L L L P P P L P L L P P P L L L L L L P P P L L L L 16
17 L L L P L L L L L L L L P P L L P L L L P L L L L L L L L L P P P 17
18 L L L P L L L L L L L P L L L L P L L L P L L L L L L L L L P P P 18
19 L L L P L P L P P L L L P P P L L L L L L L L L L L L L P L L L L 19
20 P L P L L L L L L L P L P L L P L L L P L L L L L L P P L L L L L 20
21 L L L P L L L L L L P L P L L P L L L L L L L L L L L L L L L L L 21
22 P P P L P P P P P P P P L L P P L P P L L P P P P L L L P L L L L 22
23 L L L L P L P L L L P L L L L L L L L P L L L L P P L L L P L L L 23
24 L P P L L L L L L L P P L L L L L L L L L P L P L L L L L L L L L 24
25 L P P L L L L L L L P P L L L L L L L L L P L P P L L L L L L L L 25
26 L L L L P P P P P L P L L L L L L L L L L P L L P L L L P P L L L 26
27 L P L L L L L L L L P L L L L L L L L L L P P P L L L L L L L L L 27
28 L L L P L L L L L L P P P L P P L L P L P L L L L L L P P L L L L 28
29 L P P P L L L L L L P P P L P P L L P P P P P P L L P P P L L L L 29
30 L L L P L P L L L L L P P L P P L L P P L L L L L L L P P L L L L 30
31 L L L L P P P P P P P L L L L L L L L L L P P L L P L L L L L L L 31
32 L L L P L L L L L L L P L L L L P P L L L P L L L L L L L L L L L 32
33 L L L P L L L L L L L P L L L L P P L L L P L L L L L L L L L P L 33
34 L L L P L L L L L L L L P P L L P L L L L P L L L L L L L L L P L 34
Fotografia 80 - Ilustração ‘‘Park Map’’Ibirapuera
Fotografia 81 - Anteprojeto Ibirapuera
Fonte: SÃO PAULO MAGAZINE (2010). Fonte: NIEMEYER (1952).
‘‘ Manequinho Lopes, como ficou conhecido, desempenhou significativo papel na história do Parque do Ibirapuera, uma vez que a implantação de seu viveiro no Parque pode ser considerada a primeira grande realização para sua construção.’' (MACEDO, 2005) (ESCOBAR, 2005)
O programa de necessidades do Parque Ibira-puera, desde o início de seu planejamento, continha projetar um parque inteiramente verde para lazer da população, contenção do crescimento central de São Paulo e a concentração das festividades do Município a fim de propiciar a relação entre o setor público e privado para sua manutenção. Sendo assim, Oscar Niemeyer e outros diversos arquitetos foram convocados para compor o mesmo com edifícios, denominados palácios, para sediar os eventos e ao mesmo tempo ser um marco da arquitetura modernista da década de 50. Em 1926, antes das criações de Niemeyer, Manequinho já plantava as espécies nativas brasileira dando início às primeiras árvores do Parque do Ibirapuera, participação de tão suma importância que deu origem ao viveiro Manequinho Lopes. (MACEDO, 2005) (ESCOBAR, 2005)
Em 1951 foram aprovados os cinco edifíci-os que compunham o conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer. Era composto pelo Palácio das Indústrias, o Palácio das Exposições, Palácio das Nações, o Palácio dos Estados e Palácio da Agricultura além da grande marquise que os une. Desde então diversas outras obras compuseram o grande parque urbano tornando o local um ‘’point’’ de eventos, exposições, feiras entre outros acon-tecimentos.
Fotografia 87
Fotografia 82
PALÁCIO DAS INDÚSTRIAS
PALÁCIO DA AGRICULTURA
Inaugurado em 1954 no parque, o Palácio das Indústrias foi criado para poder sediar eventos permanentes. Possui 36.000m² de área para exposições. Hoje o edifício abriga a sede da Fundação Bienal de São Paulo, sendo sendo portadora de grandes eventos como a São Paulo Fashion Week além das bienais Internacionais que são sediadas no Brasil (MACEDO, 2012)
O edifício projetado por Niemeyer concedido em 1954, foi feito para abrigar a secretaria da agricultura do estado de São Paulo sendo o pavimento térreo destinado à implantação da secretaria além de na cobertura, conter 17 apartamentos para hóspedes. Os pilotis em formato de ‘’V’’, segundo Niemeyer, seriam a solução para abertura de espaço no pavimento térreo.O local chegou a abrigar o Detran mas hoje ocupa o MAC (Museu de arte Contemporânea. (MACEDO, 2012)
Fonte: DORNICKE (2009)
Fonte: MINISTÉRIO DA CULTURA (2017).
Fotografia 83
PALÁCIO DE EXPOSIÇÕES
Fonte: GARCEZ (2013).
Fotografia 88
Projetado em 1951, o Palácio de Exposições foi historicamente projetado para ser um planetário. Já em 1954 destinou-se para exposições. Livre de qualquer tipo de pilar, o edifício possui 76 metros de diâmetro e 18 metros de altura. Já teve usos diversos como a sede do museu do folclore, o museu da aeronáutica e hoje abriga a OCA ou Pavilhão Lucas Nogueira Garcez onde é contido o museu da aeronáutica. (MACEDO, 2012)
O auditório compõe o conjunto arquitetônico juntamente com a OCA, sendo considerados os dois edifícios mais importantes do Parque. Projetado em 1954 o mesmo foi entregue apenas em 2005 devido a indagação de áreas permeáveis que as construções ocupariam. É um dos mais famosos itens da arquitetura moderna regida por Niemeyer. (MACEDO, 2012) Fonte: GUIMA (2013)
Fotografia 84
PALÁCIO DAS NAÇÕES
Fotografia 89
Fonte: SANTANA (2017)
A GRANDE MARQUISE A grande marquise interliga o conjunto arquitetônico de Niemeyer desde 1954. A estrutura abriga atividades esportivas além de feiras e exposições.(MACEDO, 2012)
O pavilhão das Nações, inaugurado em 1954, abrigou muitas exposições na IV Centenário de São Paulo. Nomeado Pavilhão Manoel da Nóbrega, o edifício era a antiga sede da prefeitura Municipal até 1993. Em 2004 instalouse no edifício o museu de arte afro-americana finalizado em um centro de artes. (MACEDO, 2012) Fonte: FINNOTI (2012)
Fotografia 85
PALÁCIO DOS ESTADOS
Fotografia 90
PAVILHÃO JAPONÊS
Similar ao Palácio das Nações, em 1954 o edifício sedeou exposições diversas do Brasil e também expôs a II Bienal de Artes Plásticas. Hoje, nomeado Pavilhão engenheiro Armando Arruda Pereira contrariando a função do parque abriga repartições públicas em seu interir. (MACEDO, 2012)
Fonte: DORNICKE (2009)
Baseado no palácio Katsura, o pavilhão japonês foi concebido também no IV centenário em 1954. Fora feito pela colônia japonesa em memória a cultura e a história do país asiático. (ILHA, 2017)
Fonte: MHIJB (2011)
Fotografia 86
Fonte: GUIA DA SEMANA (2014)
AUDITÓRIO
Fotografia 91
MUSEU DA ARTE MODERNA
PLANETÁRIO
Esta obra idealizada por Oscar Niemeyer em 1954 fora reformada por Lina Bobardi em 1982. Busca preservar e estudar a arte moderna possuindo um acervo de aproximadamente 4.000 peças. (MACEDO, 2012)
Projetado por Eduardo Corona, Roberto G. Tibau e Antônio Carlos Pitomba, o planetário foi concebido ao Ibirapuera em 1957. Fechou suas portas em 1999 mas reabriu após restauração em 2013. (PAIXÃO, 2013)
Fonte: SANTS (2011)
ESTACIONAMENTO
Interno
VISITANTES
200 mil pessoas (fim de semana)
TOMBAMENTOS
IPHAN (Instituto do patrimônio histórico e artístico nacional )
CONDEPHAAT (Conselho de defesa do patrimônio histórico, arqueológico, artístico e turístico do estado de São Paulo)
COMPRESP ( Conselho Municipal de Tombamento e preservação do patrimônio histórico cultural e ambiental da cidade de São Paulo )
ADMINISTRAÇÃO
Secretaria do meio ambiente do governo do estado de São Paulo
ENTRADA
Gratuito
FUNCIONAMENTO
06:00hrs às 22:00hrs
TRILHAS
Trilha do Lago Trilha dos monumentos Trilha aventura ambiental
Manequinho Lopes, entomologista e jornalista foi o iniciante das plantações de espécies arbóreas nativas na várzea de Ibirapuera. Faleceu em 1938 e em sua memória, a área de preservação do Parque foi batizada com seu nome. O parque, desde seu pensamento , foi idealizado com o propósito sustentável de conter o crescimento urbano e como área verde de conservação natural. Suas características consistem em manter diversas espécies de plantas que vem a diminuir os impactos causados pela poluição da metrópole. O parque é considerado marco paisagístico unindo o paisagismo consciente, a urbanização e os equipamentos públicos de esporte, lazer e cultura. Da sustentabilidade urbana, o local c o n t a c o m u m a á r e a g e r e n c i a d a p e l a U M A PA Z (Universidade Livre do Meio Ambiente) um dos departamentos da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo. A compostagem é uma das iniciativas sustentáveis da mesma, atividade que diminui o descarte de lixo em aterros sanitários proporcionando nutrientes para as plantas do local.
‘‘UMAPAZ tem por objetivo o fomento e a facilitação da formação de pessoas para a convivência socioambiental sustentável e pacífica, transdisciplinariedade e interculturalidade, cultura de paz e não-violência e acesso universal a informação.’’ (BEUTTENMULLER, 2013)
(BEUTTENMULLER, 2013)
‘‘É um instrumento legal que permite calcular e determinar medidas compensatórias a um empreendimento ou intervenção em área municipal que implique em supressão arbórea ou que, ainda, possa causar dano ou impacto ao meio ambiente. Esta compensação pode se dar através do fornecimento de mudas de árvores que serão destinadas à arborização urbana. Tais mudas são armazenadas no Viveiro Manequinho Lopes e são redistribuídas pelas subprefeituras, para a utilização na arborização da cidade.’’ (BEUTTENMULLER, 2013)
A fauna e a flora contida no Parque Ibirapuera, conta com estufins que são estruturas para reprodução de espécies que necessitam de proteção, as estufas que abrigam plantas que necessitam de proteção dos fenômenos climáticos (chuva, sol), áreas de pesquisa das espécies, a serraria de proteção as árvores e edificações exímias,o bosque dos eucaliptos originalmente plantados por Manequinho Lopes para drenar o solo alagadiço da década de 50 além de seus lagos artificiais apenas para uso contemplativo.
BEUTTENMULLER, Agni Gustavo. Prefeitura de São Paulo: Desvendando o Ibirapuera. 2013. Disponível em <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/ upload/chamadas/trilha_virtual1_1282337821.pdf> Acesso em: 21 mar 2018.
5
São oferecidos ainda cursos de jardinagem com disponibilização de oficinas, cursos de recursos paisagísticos e preservação para o ensino de qualquer pessoa que se interesse por plantas.
‘‘Um parque não são somente árvores, edifícios, alamedas e serviços. É muito mais do que isso. É uma ideia: uma ideia de preservação do meio-ambiente, um lugar de encontro com a natureza e de socialização. Ele tem um desígnio – e um desenho que contribui para que o desígnio se torne realidade. Ele também é um lugar de história e histórias. Revelar esse desenho e contar essas histórias é uma maneira de entrar na sua intimidade, aprender a conhecer a sua personalidade e, sem dúvida, de apreciá-lo pela sua generosidade – e, quem sabe, suscitar a generosidade dos seus usuários para que ele continue cumprindo cada vez melhor o seu papel ambiental e social.’’ (MAGALHÃES, 2015)
Fotografia 92 - Pau-ferro
Fonte: SEMENTE CAIÇARA (2013). Fotografia 93 - Sete-Capote
A ventilação predominante na cidade de São Paulo éincidente do Leste para o Sudeste. Porém no Ibirapuera a incidência dos ventos vem do Sul para o Norte. Ao sul concentra-se uma grande área de arborização consequentemente imagina-se que seja para contenção e direcionamento dos ventos que incidem desta área. Fotografia 98 - Implantação com análises de ventilação
Fotografia 95 - Tamareira das canárias
Fonte: BRAGA (2017).
Fotografia 96 - Cisne Negro
LEGENDA Ventilação predominante
Fonte: COSTA, (2018). Fonte: BEPPLER (2009).
Fotografia 94 - Risadinha
Fonte: MATHIAS (2013).
Fotografia 97 - Periquito Tuim
De acordo com a carta solar, o sol da manhã bate na fachada Leste onde as estradas principais do Ibirapuera se localizam. Apenas no sol da manhã os edifícios do conjunto arquitetônico recebem insolação direta, tendo esse pensamento, pode-se notar que o sol do meio dia se
Fonte: R7 (2011). Fonte: CAPRI (2016).
Fotografia 100 - Croqui Niemeyer
posiciona em encontro com o lago central que efetua o conforto térmico da área e o sol poente recebe o sol poente onde se concentra a maior parte da vegetação que refresca seus ambientes. Fonte: Própria (2018) Fotografia 99 - Implantação com análises de insolação
N Fotografia 101 - Parque Ibirapuera
NE
NO
SI
L
O
SV
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SO S
Fonte: MARTINS (2018). Fonte: COSTA (2018), adaptado pelo autor.
O parque Ibirapuera conta com uma grande quantidade de edificações e monumentos em sua extensão. As obras de Niemeyer em questão, gozam de um sistema estrutural específico em razão da singularidade das formas arquitetônicas orgânicas e grandes vãos. No conjunto projetado pelo arquiteto, foram utilizados concreto armado com ferragem reforçada. Os edifícios que possuem fachada virada para o leste utilizam de brises móveis e beirais para proteção. A alvenaria de seus edifícios quase sempre é auxiliada por diversos pilares, bem como o palácio da agricultura e a marquise que une suas edificações exímias. Outro sistema construtivo exclusivo de Niemeyer na década de 50 fora a estrutura da OCA, que sua casca se apoia em arcos estruturais que saem diretamente do solo e suas lajes flutuantes. (ANDRADE, 2004).
O Parque Ibirapuera é uma referência em espaço de cultura, lazer e sociabilidade. Toda sua estruturação partiu da premissa de uma resolução infraestrutural, portanto, espera-se que esse estudo venha a agregar no ante-projeto como pode-se transformar um espaço arbóreo com uma boa infra estruturação de vias, acessos e atratividade. O Ibirapuera também busca ensinar a população a proteger e manipular diversas espécies da fauna e da flora brasileira, quadro similar ao atual Parque ecológico municipal de Poços de Caldas. Deseja-se transformar o espaço com o desenho urbano e paisagístico e empregar edifícios de uso comunitário, não tão específico como o vulgo objeto de estudo, porém, em minha visita ao local, pude perceber como as pessoas podem se apropriar de espaços como a marquise além de movimentar a economia com a permissão de exibições e feiras de microempreendedores; com a parceria do setor público e do setor privado; desenvolvendo um forte espaço de uso público.
Fotografia 102 - Conheça o Parque da Juventude Fonte: DIB (2011)
3.3 PARQUE DA JUVENTUDE
Fotografia 104 - Croqui Aflalo & Gasperini
NOME
Parque da Juventude
ENDEREÇO
Av. Cruzeiro do Sul, nº 2630 Carandiru, São Paulo - SP
ÁREA DO TERRENO
232.933 m²
ÁREA CONSTRUÍDA
34.360 m²
ADMINISTRAÇÃO
Secretaria do Estado do meio ambiente
AUTORES
Escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos
ANO
1999 - 2007
CONCURSO
Concepção do Parque da Juventude na antiga penitenciaria do Carandiru
CONTRATANTE
Secretaria da Juventude, esportes e lazer do Estado de São Paulo
Composto pelos sócios Gian Carlo Gasperini, Roberto Aflalo e Luiz Felipe Aflalo. Gian Carlo Gasperini diplomou-se em 1949 pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil (atual UFRJ) e obteve título de doutor pela FAU/USP em 1973. Roberto Aflalo Filho graduou-se pela FAU/USP em 1976 e é mestre pela Universidade Harvard, em Cambridge, EUA (1980). Luiz Felipe Aflalo Herman formou-se em 1978 pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Brás Cubas. Os três são titulares do escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos. Fundado em 1962 atua em todo o país e inclusive no exterior. (SERAPIÃO, 2008) Fotografia 103 - Logomarca Aflalo & Gasperini
Fonte: AFLALO & GASPERINI (2018).
Fonte: AFLALO & GASPERINI (2018), adaptado pelo autor
Fotografia 105 - Aflalo e Gasperini Arquitetos
Fonte: BARRETTA (2018).
Também localizado na cidade de São Paulo, o Parque da Juventude esta situado no bairro de Carandiru na Zona Norte do município e implantado no local da antiga penitenciária do Carandiru (o maior complexo penitenciário da américa latina). (LEAL, 2017)
Fotografia 106 - Cidade de São Paulo: Parque da Juventude (Carandiru)
Fonte: GOOGLE EARTH: São Paulo, 2018. Fotografia 107 - Parque da Juventude (Carandiru)
suicídios e motins. Tais problemas, em 1992 vieram a desencadear o vulgo ’’Massacre do Carandiru’’ que para conter tais fatos usou da ferramenta do extermínio dos 111 presos ali contidos para resolver os problemas que assolavam o local pelo cúmulo de poder do estado. Após tal episódio, o estado decidiu por fim desativar as instalações da penitenciaria a fim de dar fim aos atos recorrentes e proporcionar um novo espaço público para a população envoltória do bairro Carandiru. Dois dos prédios do Carandiru foram implodidos cada em 7 segundos com desejo de dar fim ao local. Porém, em 1999 o governo do estado de São Paulo abriu um concurso para que arquitetos pudessem projetar um parque para a zona Norte, envolta por grandes Avenidas. O escritório vencedor do concurso, Aflalo e Gasparini, decidiu então se aventurar à participação de tal evento. Apropriando-se do antigo edifício retrato de fatos tão deprimentes, a real intenção do estado era proporcionar ao local um equipamento diferente de seu uso antigo. (AFLALO, 2008) Fotografia 108 - Antiga penitenciária do Carandiru
Fonte: GOOGLE EARTH: São Paulo, 2018.
Fonte: GROSSO, [s.d].
HISTÓRICO A casa de detenção de São Paulo ou Carandiru, teve sua inauguração em 1920 que não utilizava do método de tratamento de prisioneiros mas sim sua correção através de encarceramento individual e tradições nunca utilizadas no Brasil. Ao atingir sua capacidade máxima em 1940 causou problemas de gerenciamento e de finanças, ocasionando rebeliões, suicídios e motins.
UMA MEMÓRIA O partido arquitetônico do Parque da Juventude já tinha suas pré-definições. Já estava no
no edital o programa de manter os edifícios que não foram demolidos pelas implosões em busca da preservação da memória do temido Carandiru. Outro partido utilizado pelos arquitetos foi estipular os novos edifícios com a mesma materialidade concebida na antiga penitenciaria. ‘‘Inicialmente, a proposta da equipe previa manter quatro pavilhões da Casa de Detenção e construir um volume para o teatro. Como o projeto foi contratado pelo governo em duas fases - primeiro os parques Esportivo e Central, depois o Institucional -, quando se chegou ao contrato da última etapa a idéia já era manter quatro blocos, mais o teatro.’’ (AFLALO, 2008)
Fotografia 109 - Croqui Pavilhões
Bem como o Ibirapuera, o Parque da Juventude tem um formato quadrilátero definido por Avenidas que o entornam. A área sudeste é composta por residências e as demais áreas, o zoneamento de intervenção. Ao se observar os croquis nota-se a relação dos novos acessos, os edifícios a se manter em grafite mais escuro e as áreas de topografia mais alta. A intenção dos arquitetos era trabalhar com o conceito de praças que iriam compor o parque unindo as duas extremidades do Carandiru ao Norte, Nordeste, Sudeste e ao Sul em um eixo horizontal. Outro item crucial ao partido foi projetar a partir da estação carandiru de metrô transformando toda a comunidade. Fotografia 111 - Croquis de Implantação
Fonte: AFLALO & GASPERINI (2018).
Fotografia 110 - Croqui Pavilhões
Fonte: AFLALO & GASPERINI (2018). Fonte: AFLALO & GASPERINI (2018)
O parque abrange uma infinidade de usos em prol da comunidade. Diversas áreas institucionais, esportivas e de lazer abrangem o completo projeto efetua.
IMPLANTAÇÃO Fotografia 112 - Implantação
O parque esportivo é composto por quadras de futebol, basket, vôlei e tênis. Local destinado ao lazer em suma das crianças, que podem andar de bicicleta, fazer uso dos mobiliários, andar de skate nas pistas e se socializar. E
C
O parque Central é composto por praças com mobiliários urbanos que interliga os eixos da sua implantação. É demarcado por uma massa arbórea densa com o paisagismo belo de Rosa Kliass formada basicamente por eucaliptos.
D
B
O parque institucional é composto pelos pavilhões antigos do carandiru reformulados para a recuperação da memória local. Abriga o centro de inclusão digital, a escola técnica do Centro Paula Souza, o Instituto de Promoção da Saúde, centro da cultural entre outros.
A
A
PARQUE ESPORTIVO
B
PARQUE CENTRAL
C
PARQUE INSTITUCIONAL
D
APP
E
MURALHA
Nossa proposta era criar um oásis urbano , onde os visitantes pudessem sentar à sombra das árvores para ler um livro ou descansar” diz José Luiz Brenna, co-autor do paisagismo. Em meio as APP’s encontram-se trilhas para caminhada. Um memorial histórico do Carandiru, é a muralha. As ruínas do antigo presídio podem ser contempladas e tal local permite vislumbre de todo o parque. Adicionou-se marquises com espaços para restaurantes e também playgrounds.
Fonte: AFLALO & GASPERINI ARQUITETOS (2008).
Fotografia 113 - Programa de Necessidades
Tabela 4 - Matriz de Proximidades Parque da juventude
MATRIZ DE PROXIMIDADES 1 10 4 6 1 5 11
12
2 3
8 7
1 PRAÇA
7 BOCHA
2 PAVILHÃO 4
8 ESTACIONAMENTO
3 PAVILHÃO 7
9 METRÔ
4 PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES
10 CÓRREGO CARAJÁS
5 TEATRO
11 PARQUE CENTRAL
6 PLATÉIA AO AR LIVRE
12 PARQUE ESPORTIVO
Fonte: AFLALO & GASPERINI ARQUITETOS (2018).
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
P P L P L L L L L L L
2 P P L L L L L P L L L
P = PERTO
3 P P L P L L L L L L L
4 P L L P L L L L L L L
5 P P P L P L P L L L L
6 L L L L P L P L P L L
7 L L L L L L P L L P L
8 L L L L P L P L L L L
9 L P L L L L L P L L L
10 L L L L L P L P L L L
11 P L P P L L P L L L P
L = LONGE
Fonte: Própria (2018) continua
12 P L P P L L L P L L P
Fotografia 114 - Evolução da Implantação
novas tecnologias e designs. Efetua atualizações no projeto mantendo suas características originais. Os edifícios abandonados ou em más condições que são retrofitados podem abranger outros usos, não necessariamente seu uso anterior, técnica excelente para a reconversão de tais pavilhões do Carandiru. Tal reconverção passa por diversas alterações sendo elas hidráulica, elétrica, vedação, circulação entre outros fatores imprecindíveis a renovação dos espaços antigos. O processo criativo do escritório Aflalo & Gasperini demonstrou êxito ao preservar dois dos edifícios originais do antigo presídio além de suas ruínas, modificando o bairro para sempre. (KANTOR, 2016)
Fotografia 115 - Croqui Sobreposto
Fonte: AFLALO & GASPERINI (2010).
Fotografia 116 - Proposta em Maquete eletrônica: Recuperação dos edifícios
Fonte: AFLALO & GASPERINI ARQUITETOS (2007).
RETROFIT A técnica retrospectiva do RETROFIT tem como propósito revitalizar edifícios antigos trazendo Fonte: AFLALO & GASPERINI (2010).
‘‘O Parque da Juventude está implantado num local onde outrora, em meados do século passado, existiam campos agrícolas. A urbanização destes terrenos levou à construção de um parque verde, que complementa as atividades que o rodeiam, designadamente os principais equipamentos escolares e desportivos da cidade e os espaços habitacionais. Este parque é muito frequentado por jovens e residentes, que no seu interior disfrutam dos prados e sombras, que convidam ao encontro e ao lazer, bem como dos campos de jogos, sempre disponíveis para a prática desportiva. De destacar também a arte pública que está presente no Parque, que lhe confere um cariz de modernidade, nomeadamente o Anti-monumento à Guerra e as esculturas, e que complementam a vegetação num conjunto equilibrado e acolhedor.’’ (PARKS AND GARDENS, 2018)
lixeiras, diversos bancos espalhados por sua extensão, bicicletários, Toda a infraestrutura recebe manutenção devido a parceria PPP (Parceria público e privado) essencial para manter a organização e mantimento dos itens. Pensando na permanência das pessoas no local, o escritório buscou alocar tais equipamentos para potencializar o uso das áreas esportivas, institucionais e contemplativas. Fotografia 118 - Equipamentos Urbanos
Fotografia 117 - Equipamentos, arte pública e flora
Fonte: EVELYN (2010).
UM ESPAÇO PARA A EDUCAÇÃO Construções
Áreas Verdes
Vias de acesso
Fonte: PARKS AND GARDENS (2018), adaptado pelo autor.
Muitos equipamentos urbanos servem a população do Carandiru e seus visitantes. Bebedouros,
‘‘ O programa é constituído por um pavimento térreo com recepção, acervo, auditório, módulos para leitura para crianças e adolescentes e áreas de multimídia. O terraço existente neste pavimento foi coberto por uma estrutura tencionada que abrigará uma cafeteria, áreas de estar e espaço para performances. No pavimento superior, encontram-se além do acervo, um módulo restrito para leitura de adultos, áreas de multimídia e outros espaços para leitura. Foram implantados mobiliários especiais como mesas para deficientes visuais e mesas ergonômicas para deficientes físicos. Os terraços do pavimento superior foram cobertos por uma estrutura de madeira e policarbonato para performances e área de estar. Mais que uma biblioteca bonita e diferente, a nova instituição tem a missão de ser a central das 961 bibliotecas públicas paulistas – espalhadas em 602 dos 645 municípios do Estado.’’ (CALLIARI, 2007)
Fotografia 119 - Biblioteca
A insolação predominante é do Leste para o Oeste. A área de parque esportivo recebe a insolação da manhã e da tarde é controlada nos edifícios pela técnica de brises. Para melhorar o conforto térmico, os pátios centrais foram cobertos coincididamente gerando átrios. A App auxilia no refrescamento dos ambientes através da convecção. Já a iluminação, em busca de economizar 50% do consumo de energia, foram utilizadas técnicas para entrada de luz natural e geradores de energia através do projeto auxiliar luminotécnico. (AFLALO, 2008)
Fotografia 121 - Implantação com análises de insolação
Fonte: AFLALO & GASPERINI (1999).
N NE
NO A incidência dos ventos no Município de São Paulo é do Leste para o Sudeste. Tal ventilação proporciona conforto térmico através das áreas de preservação natural. As fachadas dos edifícios implantados e mantidos pelos arquitetos gozam de uma infra estruturação de brises para controle da ventilação que possuem.
SI
L
O
SV
SE
SO
Fotografia 120 - Implantação com análises de ventilação
S Fonte: AFLALO & GASPERINI ARQUITETOS (2008).
LEGENDA Ventilação predominante
Fonte: AFLALO & GASPERINI ARQUITETOS (2008).
O pensamento inicial dos arquitetos, fora manter os materiais ja utilizados no projeto da penitenciaria. O concreto, o ferro e as estruturas metálicas foram largamente utilizados compostos com madeira, placas de vidro, sistema sem aluzinco e caixilhos de alumínio.
O uso da técnica do retrofit foi potencializado pelo uso de painéis pré-fabricados desenvolvidos sob medida, devido a rapidez de sua instalação, correção de irregularidades na estrutura e bela aparência devido a sua materialidade em concreto e acabamento com jateamento de vidros que torna a aparência dos edifícios similiar ao granito. Este tipo de painél pode ser amplamente usado em sua diversidade de cores e exposição externa. O revestimento do novo edifício, a biblioteca, fora feito com a técnica do ‘’Drywall’’, que juntamente com os painéis tem uma excelente eficiência termoacústica, supranecessária ao espaço. (CABRAL, 2016) Fotografia 122 - Construção Parque da Juventade
Bem como o Parque Ecológico de Poços de Caldas, o Parque da Juventude já tinha um uso em seu passado. Mediante o concurso aberto pelo estado, pode-se modificar o espaço ja existente implementando áreas em prol da comunidade. Deseja-se utilizar o referencial do mesmo para a parceria pública e privada para manter o local em exímias condições e possibilitar a colocação de áreas educacionais como as escolas técnicas, escolas de inclusão digital, bibliotecas entre outros equipamentos de esporte, lazer e cultura. Mesmo que não haja edificações simbólicas a se manter no antigo Golfe clube, deseja-se levar em consideração os prédios propostos, seus usos, materialidade e significância. Tal estudo de caso possibilitou uma visão ampla da modificação de uma área urbana, sem a da transfiguração viária e remoção de elementos históricos, alterando apenas o espaço entre os antigos prédios da penitenciaria. Do direito a educação, ao lazer e ao esporte, buscarei referenciar as edificações dentro do novo parque urbano educativo direcionadas a comunidade. Fotografia 124 - Famalicão
Fonte: AEC (2007).
Fotografia 123 - Construção Parque da Juventade
Fonte: DIAS (2008). Fonte: AEC (2007).
ESTRATÉGIAS Das estratégias utilizadas pelo referencial de projetos, requisitos pontuais serão cogitados na implantação do parque ecológico. As premissas consideradas em parques urbanos institucionais vem a potencializar a implantação de áreas de lazer, esporte e reabilitação ambiental acerca dos benefícios da sociedade através da oferta do espaço público em meio ao território urbano.
ESPAÇO SEMI-PÚBLICO
SUSTENTABILIDADE URBANA
Os estudos de caso trazem os microempreendedores como estratégia primária. Os parques são mantidos por esta parceria e esse fato agrega segurança, manutenção e eventos de várias escalas garantindo a frequência da população ao desenvolver o potencial econômico e social de um local preservando bens culturais, sociais e ambientais.
A sustentabilidade urbana está diretamente ligada a conscientização da população quanto aos equipamentos públicos de modo que a cidade se desenvolva sustentavelmente em todas as áreas de sua localidade. O saneamento básico, a coleta de lixo, entre outros direitos do cidadão que estão ligados à situação da população mais vulnerável da zona urbana.
PARQUE INSTITUCIONAL Os parques estudados caracterizam-se por seu âmbito plural de atividades esportivas, de lazer e também educacionais. A implantação de centros culturais e pavilhões induzem o aprendizado e a cultura em prol da sociedade através do espaço público comum. Busca a caracterização de preservação da fauna e da flora além da promoção de direito à cultura e ao lazer sem percorrer grandes distâncias.
CONECTIVIDADE E PERMEABILIDADE O parque urbano se caracteriza também pelos seus acessos. A facilitação da entrada ao espaço público garante o maior usufruto do mesmo sem percorrer grandes distâncias, ainda mais quando se lida com a classe mais baixa de renda. A possibilidade de ir ao local de lazer a pé ou de locomoções não mecânicas garante o direito a cidade por todos.
MATERIAIS ROBUSTOS Devido aos espaços de parques e praças serem abertos, a utilização de materiais como o ferro, concreto e a madeira possibilitam uma durabilidade maior e também uma resistência prolongada aos fenômenos da natureza. Isto garante que haja menor degradação dos mobiliários e não dependa de tanta manutenção quanto outros materiais de menos durabilidade.
PERMANÊNCIA DAS PESSOAS Pensando na permanência das pessoas no parque urbano, a implantação de restaurantes, lanchonetes, quiosques, bancos, mesas com cadeiras entre outros equipamentos e serviços proporcionará a prolongação das visitas das pessoas.
ACOMPANHAMENTO SOCIAL
PAISAGISMO E CONSERVAÇÃO
Todos os bairros da zona Sul possuem unidade do CRAS (Centro de referência e assistência social) que mantêm a sociedade organizada por cadastros. Tais informações são analisadas para o acompanhamento das pessoas em alto grau de vulnerabilidade social e financeira. Esse órgão compete à garantia dos direitos do cidadão e do amparo a classe de baixa renda. Busca a inclusão de todos em seu meio de convivência através de atendimento psicológico, preparação para o mercado de trabalho além do fator de educação social, que diminui a criminalidade acerca do aconselhamento. Poderia haver uma central de cursos do CRAS como estratégia de reeducação da comunidade.
Manter os pinheiros nativos das zonas adjacentes aos bairros e efetuar o plantio de novas espécies arbóreas de plantas rasteiras, arbustos, árvores de pequeno, médio e grande porte com enfoque no cultivo comunitário. Plantar eucaliptos para reverter a situação do solo alagadiço para que a árvore diminua a umidade do solo aumentando sua permeabilidade e efetuando a recuperação ambiental.
Garantir espaços para manifestações culturais, para fornecimento de cursos e manifestações artísticas nas proximidades da região a fim de aproximar a cultura e o lazer das pessoas que moram na periferia de Poços de Caldas.
EQUIPAMENTOS URBANOS A instalação de equipamentos públicos nos parques urbanos garante a frequência e permanência das pessoas no local. Ter onde se sentar, descansar e contemplar a paisagem é essencial à um espaço público acerca da sociabilidade e do oferecimento de serviços públicos para com a população.
CULTURA E LAZER
Fotografia 125 - Criança jogando futebol Fonte: IMESI (2018)
4
Fotografia 126 - Localização no País e no Estado Fonte: Própria (2018), sem escala.
Fotografia 127 - Panorama de Poços de Caldas MG Fonte: THE BRAZILLIANS NEWSPAPER (2018)
4.1.1
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Segundo Gonçalves 2010, Poços de Caldas (fotografia 127), localizada na região sul de Minas Gerais, foi criada em 6 de novembro de 1872 após a desocupação de 96 hectares de território para a criação da cidade. É um município que intermedeia os estados de Minas Geras e São Paulo. Formou-se numa região vulcânica de aproximadamente 96 milhões de anos composta por diversos vulcões, vertente das águas de termalismo e inativos há cerca de 500 anos (fotografia 128). Sitiada por planaltos ricos em minérios como a bauxita e urânio, por volta do século XVIII foi explorada por desbravadores que buscavam ouro e “águas milagrosas”, fato que desencadeou o achado dos poços sulfurosos e preludiou a ocupação de garimpeiros na região. Fotografia 128 - A origem da região de Poços de Caldas - Fases da cadeia vulcânica
Fonte: HENRIQUE (2018)
Famosa por suas águas sulfurosas, outrora chamadas de águas medicinais, iniciou a sua jornada econômica pelos cassinos, que tiveram sua decaída na década de 40 em questão do impedimento dos jogos de azar no Brasil. Foram desativados os cassinos: Palace Casino, Casino Gibimba, Casino Ao Ponto, Líder Casino, o Casino da Urca entre outros, posteriormente remodelados para novos usos. (CARUSO JÚNIOR, 2011)
FotograďŹ a 129 - Cassinos Fonte: ASCOM (1946)
Devido a exclusão dos cassinos (fotografia 129), sua economia buscou outra trajetória, focando-se no turismo intensificado no século XIX e na agropecuária. A exploração das águas curativas de propriedades vulcânicas, tornou Poços de Caldas uma das cidades mais desenvolvidas do estado, sendo assim, necessário uma infraestrutura mais bem elaborada para receber os turistas, em suma de alta renda. Hoje, a cidade das rosas conta com uma extensão de 544,4 km, cerca de 166 mil habitantes, 148 bairros e ainda é considerada uma “Capital regional” por atender também, economicamente, o seu entorno imediato. (IBGE, 2017)
4.1.2
ANÁLISE SOCIOECONÔMICA
Poços de Caldas, localizada entre as dez cidades de maior rentabilidade de Minas Gerais, possui um PIB (Produto interno bruto) de R$ 1,059 bilhão e renda per capita de R$ 8,325 mil. Sendo uma das melhores cidades para se viver, possui o IDH (Índice de desenvolvimento humano) de 0,83. Seu território de 554,4 km² não possui urbanização em sua totalidade sendo a mesma correspondente a 85,51 km² e a zona rural 458,91 km². Apesar da discrepância da relação entre os zoneamentos antes apontados, apenas 3,5% da população total do município reside na área rural. De acordo com a revisão do plano diretor de Poços de Caldas (2006), a economia da cidade foi impulsionada com a formação de termas de poços de água sulfurosa no ano de 1826, nomeados ‘‘os poços de caldas’’ fato que preludiou o nome do município. Devido a esse acontecimento e também por sua reputação que nascia, deu-se início a formação da cidade. Em 1872 fora idealizada a malha viária e expandindo as possibilidades de exploração de suas terras em busca de atrair empresas de mineração à se alocar na mesma. Como toda cidade cresce em torno de uma igreja, ao redor da Matriz localizada no centro iniciou a criação das primeiras casas da cidade.
Como o progresso não pode parar, foi criada em 1886 a linha férrea possibilitando a vinda de grandes nomes do governo brasileiro como Getúlio Vargas, imigrantes estrangeiros e também alavancou a produção agrícola da cidade com a produção de café. Em 1915 deu-se início ao turismo na cidade com a criação dos seus balneários e dos famosos cassinos, que preludiaram também a criação de seus pontos turísticos como as praças, o Palace hotel, os jardins entre outros locais. A cidade teve um abalo econômico em 1940 que prejudicou suas atividades turísticas econômicas. A economia foi restaurada após a implantação de empresas multinacionais acerca da exploração do solo mineral em meados dos anos 70. A ocupação do território Poços Caldense tem crescido significativamente em causa destas empresas. Nos últimos dezoito anos, a população expandiu aproximadamente 19% desde a última pesquisa do IBGE, como se nota na tabela 5. Tabela 5 - Evolução da população de Poços de Caldas
ANO
POPULAÇÃO
1960
38.853
1970
57.565
1980
86.972
1991
110.123
2005
135.627
2018
166.085
Fonte: IBGE (2018), adaptado pelo autor.
De acordo com o diagnóstico preliminar da revisão do plano diretor de Poços de Caldas (2006), a cidade possui apenas 51,6% de moradores locais desde sua fundação e os demais 48,4% são migrantes de outras cidades que nela se estabeleceram. A população é dividida por regiões urbanas homogêneas (RUH), que setorizam o município em 148 bairros listados a seguir:
RELAÇÃO DE BAIRROS QUE COMPÕEM A REGIÃO HOMOGÊNEA RUH I Residencial Campo da Cachoeira Vila Rabelo Barreira Velha Castro e Gaica Chácara Panorama Chácara Praia do Sol Chácara São Francisco Gato Preto Jóia Vale do Sol Estância Novo Bortolan Chácara Alvino H. Oliveira RUH II Parque Véu das Noivas Vale das Antas Vila Olímpica I Vila Olímpica II RUH III Jardim dos Manacás Jardim Elvira Dias Residencial Paineiras Residencial São Bernardo Residencial São Luiz Jardim Dr. Ottoni Country Clube I Country Clube II Parte Av. João Pinheiro/ Padre Cletus Vila Togni I Vila Togni II Vila Togni III Vila Moema Vila Maria RUH III-A Maria Imaculada Campo das Antas Campo das Aroeiras RUH IV Serra Azuis Jardim Esmeralda Vila Rica II Vila Radio Jardim Santa Margarida Chácara Santa Bárbara Parte Chácara dos Cravos Jardim América Jardim Santa Helena Vila Cruz Gama Cruz Jardim São Jorge I Jardim São Jorge II Vila Flora Vila Rica I Jardim Elizabeth Vila Guaporé RUH V Jardim do Ginásio Marçal Santos João Pinheiro São Domingos Parte da área central Parte da Chácara dos Cravos Av. Champagnat Rua Agnelo Leite Ribeiro Parte da Av. João Pinheiro Bairro Kennedy
RUH VI Jardim Europa Residencial Pitangueiras Jardim São Geraldo Campo da Mogiana Jardim Novo Mundo I Jardim Novo Mundo II RUH VII Vila Bela Jardim Planalto I Jardim Planalto II Nossa Senhora da Saúde Parte do Santa Augusta
RUH VIII Santa Ângela IV Jardim Vitória IV Residencial Morumbi Parte Jardim Santa Augusta I Jardim Santa Augusta II Jardim Santa Ângela I Jardim Santa Ângela II Jardim Santa Ângela III Santa Maria Jardim Vitória I Jardim Vitória II Genaro Pepe São Conrado RUH IX Bairro dos Funcionários Nossa Senhora de Fátima Parte do Vila Nova Parte da área central RUH X Vila Ana Pereira Bela Vista Jardim Quisisana I Jardim Filipino Parte da área central Parte Centenário Vila Líder Jardim Quisisana II Vila Floresta Condomínio Vale do Imperador Condomínio Quisisana RUH XI Jardim Vitória III Residencial Colinas do Sul Jardim Bandeirante São Jose Jardim Contorno Parte Centenário
RUH XII Jardim Daniele Jardim São Bento Jardim Paraíso Jardim Kennedy I Jardim Kennedy II Jardim Esperança Jardim Aeroporto RUH XIII Fazenda Baeta Parque das Nações Cohab Eng. Pedro A. Junqueira São Sebastião I São Sebastião II RUH XIV Parte Jardim dos Estados Cristiano Ozório Parte da área Central RUH XV Jardim Cascatinha Bairro São Benedito Jardim Santa Rita Parte do Bairro Aparecida Parte Vila Nova Parte Jardim São Paulo Parte Parque Vivaldi Leite Ribeiro Jardim Santa Maria RUH XVI Parte Parque Vivaldi Leite Ribeiro/Serra Arai Parte Vila Caio Junqueira Castanheiras Jardim Del Rey I Jadim Del Rey II RUH XVII Jardim Brasil Santana do Pedregal Santa Rosalia I Santa Rosalia II Jardim dos Estados/Justino Ribeiro Santa Rosalia III RUH XVIII Campo do Retirinho Residencial Monte Verde Residencial Monte Verde II Vila Jose Carlos São João Parte Vila Nova
Parte Jardim São Paulo Parte Bairro Boa Esperança Parte do Bairro Aparecida Parte Jardim Nova Aparecida Vila Menezes Bem Bastos Jardim Regina Monte Almo Santa Emilia
RUH XIX Jardim Ipê Jardim Santa Lucia Jardim São Paulo/Parque Gloria Parte Jardim Nova Aparecida Parte Vila Caio Junqueira Parte Parque Vivaldi Leite Ribeiro RUH XIX-A Jardim das Acácias Parte Parque Nova Aurora Residencial Mantiqueira RUH XX Jardim das Hortênsias Jardim das Azaléias Jardim Amarilis Bianucci
RUH XXI Residencial Torre Parque Primavera I Parque Primavera II RUH XXII Colinas Remanescente Colinas Jardim Philadelphia I Residencial Santa Clara Residencial Santa Clara II Jardim Monte Verde Augusto de Almeida I Chácara Alvorada Dom Bosco Estância São Jose Jardim Formosa Quinta Santa Filomena Augusto de Almeida II Parte Boa Esperança Retirinho RUH XXIII Jardim Philadelphia II Campos Elíseos I Campos Elíseos II Condomínio Vila Verde Parte Estancia Pocos de Caldas
RUH XXIII-A Rancho Azul RUH XXIV Jardim Itamaraty I Jardim Itamaraty II Jardim Itamaraty III Parque Pinheiros Parte Estância Poços de Caldas RUH XXV Chácara Pocos de Caldas Condomínio Morada dos Pássaros Santa Terezinha RUH XXVI Nova Califórnia RUH XXVII Vila Brasil Nossa Senhora Aparecida RUH XXVIII Distrito Industrial RUH XXIX Pontal de Santa Clara
Fotografia 130 - Mapa de Regiões urbanas homogêneas
N
Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006).
104 Nas áreas de ponderação, fotografia 131, é possível visualizar e analisar a cidade por bairros que se interligam e entram em contextos similares. Fotografia 131 - Mapa de Áreas de Ponderação
AP 3151800001003: REGIÃO URBANA HOMOGÊNEA XIV, XV, XVI, XVII (parte da XVIII). AP 3151800001004: REGIÃO URBANA HOMOGÊNEA XVIII, XIX, XIX-A e XX. AP 3151800001005: REGIÃO URBANA HOMOGÊNEA VIII, XIX e X. AP 3151800001006: REGIÃO URBANA HOMOGÊNEA XI, XII e XIII AP 3151800001007: REGIÃO URBANA HOMOGÊNEA XXI, XXII, XXIII, XXIV, XXV e XXVI.
Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006).
Para entender quais grupos são pertencentes a qual área de ponderação, a revisão do plano diretor de Poços de Caldas os determina por códigos (tabela 06). Cada código corresponde a um conjunto de RUH (regiões urbanas homogêneas) da cidade e separa as partes censitárias para controle administrativo da população : AP 3151800001001: REGIÃO URBANA HOMOGÊNEA IV, V, VI e VII. AP 3151800001002: REGIÃO URBANA HOMOGÊNEA I, II, III, III-A, XXVII e XXVIII. Fotografia 132 - Mapa de crescimento anual por região urbana homogênea
No figura 132, pode se verificar o crescimento demográfico territorial num contexto geral onde a menor expansão é verificada nas imediações da serra de São Domingos ao norte e a maior ao sul, obtendo a mais elevada quantidade de habitantes no território urbano e a mais alta taxa de crescimento anual. O centro tem baixo acréscimo de população devido à ocupação quase que total de seu território, onde a única alternativa viável de avultação habitacional nos últimos anos, tem sido verticalizar os imóveis para abrigar uma maior parcela de novos habitantes. A tabela 6 à seguir, demonstra a complementação da fotografia 132 onde pode-se verificar as análises proferidas neste parágrafo. Tabela 6 - Levantamentos populacionais por áreas de ponderação
ÁREA AP 3151800001001 AP 3151800001002 AP 3151800001003 AP 3151800001004 AP 3151800001005 AP 3151800001006 AP 3151800001007
POPULAÇÃO 14.540 17.333 23.295 16.950 19.346 25.930 18.233
PORCENTAGEM 10,7% 12,8% 17,2% 12,5% 14,3% 19,1% 13,4%
Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006).
N
Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006).
105
4.1.3 ASPECTOS POPULACIONAIS Segundo o IBGE (2018), a cidade possui uma densidade demográfica de 278,54 hab/km. A população em suma é composta por jovens e adultos onde a faixa etária de maior número de ocupantes tem entre 25 e 29 anos (fotografia 133). Fotografia 133 - Pirâmide Etária
PIRÂMIDE ETÁRIA 100 ou mais 95 a 99 90 a 94 85 a 89 80 a 84 75 a 79 70 a 74 65 a 69 60 a 64 55 a 59 50 a 54 45 a 49 40 a 44 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 15 a 19 10 a 14 5a9 0a4 Fonte: IBGE (2018), adaptado pelo autor.
O crescimento populacional da cidade tem sido acentuado principalmente da população mais jovem. A pirâmide indica a alta população infantil e de moradores com idades mais avançadas, sendo as pessoas entre 25 a 64 anos a população mais ativa do município. Como consequência, o aumento desta faixa etária ocasionou alta procura de empregos em Poços de Caldas e ao mesmo tempo, a quantidade de pessoas desempregadas também teve aumento. (IBGE, 2018) O acréscimo da população economicamente ativa foi de 108%, enquanto o município só conseguia prover empregos para 51% da mesma. Através deste problema, surgiram programas públicos que amenizariam a situação das pessoas com baixa renda como, por exemplo a política municipal de habitação, ofertando casas próprias
a classe de baixa renda e com acompanhamento do CRAS (Centro de referência de assistência social) em prol do auxílio das famílias vulnerabilizadas socialmente e economicamente. (REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS, 2006)
4.1.4 CRAS O CRAS (Centro de referência de assistência social) é um órgão público criado para auxiliar a população de vulnerabilidade social inserida em um município. Como o próprio nome ja indica, vem a ofertar assistência social às famílias de baixa e baixíssima renda contando com diversos profissionais da área social como psicólogos, professores, assistentes sociais e psicopedagogos em prol do auxílio da comunidade nas moradias sociais (fotografia 134). Garante os direitos dos cidadãos quanto aos benefícios governamentais como bolsa família, aposentadoria, assistência a mobilidade, garantia de escolaridade além de oferecer às famílias orientações para o mercado de trabalho, cestas básicas, palestras contra drogas e contra a depredação do patrimônio público entre outros auxílios substanciais para a vivência da população socialmente crítica. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2015) Fotografia 134 - Moradia Social
Fonte: BLOG DO PÁVULO ( 2013)
106
4.1.5 RENDA: ASPECTO DIRECIONAL De acordo com a Revisão do plano diretor de Poços de Caldas (2006), o desenvolvimento econômico da cidade evolui em padrões segregatícios. Com o crescimento populacional acelerado e o lento acompanhamento do mercado para comportar a empregabilidade, as famílias com renda de um à três salários mínimos aumentou. A separação de classes por território é vislumbrada no contexto do município como indagado anteriormente. Fotografia 135 - Mapa de rendimentos
N
(salário mínimo, 2000)
Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006).
Como se observa na fotografia 135, nos setores sul e leste nota-se a concentração da população de baixa renda, já na região oeste há uma mistura de classes. No contexto central, como apontado por Villaça (2001), a classe burguesa tende a ocupar as centralidades das cidades devido ao fácil acesso aos equipamentos urbanos. À oeste, a ocupação se dá ao longo da Avenida João Pinheiro, onde a população mais rica se concentra em áreas mais afastadas, porém de interligação rápida com o centro, próximas ao Shopping Center municipal e também ao novo Golfe clube. A concentração de classes e a discrepância de rentabilidade em Poços de Caldas, definem padrões segregatícios vistos em grandes metrópoles. As pessoas mais pobres se localizam longe do centro, fato que dificulta os acessos à cidade e são estas mesmas áreas, vítimas de preconceito e vulnerabilidade socioeconômica.
107
4.1.6 DADOS GERAIS
,
, (CLIMATE DATA ORG, 2018) Fotografia 137 - Tabela Climática
Caldense na fotografia 136. A atividade industrial detém a maior parcela de participação na economia municipal sendo a classe trabalhadora atriz principal de seus lucros seguida dos serviços turísticos. Fotografia 136 - Atividades econômicas
Fonte: CLIMATE-DATA.ORG (2018).
RELEVO
Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006), adaptado pelo autor.
De acordo com os dados de relevo da Prefeitura de Poços de Caldas (2011) a topografia da cidade é definida pela formação de rochas vulcânicas com topo circular. Sitiada por montanhas, as mesmas podem atingir até 1800 metros, fato que define suas lindas paisagens fronteadas por serras.
108 O solo é predominantemente argiloso e rico em minério. O relevo da cidade também possui reservas de solos minerais radioativos, ferrosos e não ferrosos. A composição do relevo topográfico é definida como plano, ondulado e montanhoso como indica o gráfico abaixo (fotografia 138): Fotografia 138 - Relevo Topográfico
RELEVO TOPOGRÁFICO
36% 7%
57%
Montanhoso
Ondulado
Plano
HIDROGRAFIA A hidrografia da cidade de Poços de Caldas é separada por cinco bacias controladas pelas ‘‘fraturas geográficas’’ do solo vulcânico oclusas pelo planalto da mesma. As bacias são localizadas no território como: 1) A bacia do Vai e volta à Oeste 2) A bacia do Ribeirão da Serra à Nordeste 3) A bacia do Ribeirão Ponte Alta à Leste 4) A bacia do Ribeirão das Vargens de Caldas à Sul e 5) A bacia do Cipó à Sudeste. A bacia do ribeirão das Vargens de Caldas apresenta menos fraturas geológicas que as demais bacias, como se vê na fotografia 139, fato que ocasiona que a mesma seja a de alta periculosidade quanto à recarga de aquíferos e habitação, sendo necessárias ações mitigadoras de implantação de novos loteamentos contra riscos de cheias (fotografia 140). (REVISÃO DO PLANO DIRETOR, 2006)
Fonte: PREFEITURA DE POÇOS DE CALDAS (2011), adaptado pelo autor.
N
Fotografia 139 - Mapa de relevo
BACIA RIBEIRÃO DA SERRA
BACIA DO VAI E VOLTA
BACIA RIBEIRÃO PONTE ALTA
BACIA DO CIPÓ
0
2
4
quilômetro
Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006).
BACIA DO VARGENS DE CALDAS
LEGENDA FRATURAS GEOLÓGICAS FRATURAS GEOLÓGICAS PRINCIPAIS DE RECARGA DE AQUÍFEROS (segundo Estudo Hidrogeoambiental da COMIG) PERÍMETRO URBANO ATUAL PERÍMETRO proposto para PROTEÇÃO DAS FONTES TERMAIS (segundo estudo hidrogeológico - COMIG) - Processo DNPM LOTES VAGOS MALHA URBANA EXISTENTE
Fotografia 140 - Depois da chuva no Jardim Kennedy II Fonte: Própria (2018)
110
4.2 ÁREA DE TRABALHO 4.2.1
DA ESCOLHA DA ÁREA: ZONA SUL
Em relação aos estudos dos tópicos anteriores, pôde-se identificar diversos problemas que assolam a população de baixa renda dentro do município de Poços de Caldas. Devido à marginalização dos habitantes e sendo a população que vive mais longe do centro, nada mais plausível que escolher a área sul como objeto de análise e proposta de projeto. O território de Poços de Caldas é seccionado quanto aos macrozoneamentos. Nesta área nota-se que o ordenamento do solo se caracteriza em cinco tipos:
ZAR - Zona de Adensamento restrito ZAM - Zona de Adensamento médio ZI - Zona Industrial ZPP - Zona de preservação permanente ZPAM - Zona de preservação ambiental Descrito pela Lei Municipal complementar nº 74 de 2006 sancionada pelo então prefeito Navarro, o macrozoneamento (fotografia 141) é de suma importância para se definir à ocupação das áreas urbanas, áreas à se preservar e impõe regularizações mediante o crescimento urbano Poços Caldense.
Fotografia 141 - Mapa de Zoneamento Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006), sem escala.
N
(Escala 1 : 30.000)
111 REPRESA SATURNINO DE BRITO
SANTA TEREZA
JARDIM KENNEDY
AEROPORTO WALTHER MOREIRA SALES
JARDIM KENNEDY
N
Por se tratar de uma zona de recarga de aquíferos, a Zona sul (fotografia 143) necessita de grandes áreas permeáveis e cuidados com a ocupação do seu território como medida mitigadora de enchentes e de perdas materiais e imateriais da população urbana. De acordo com o diagnóstico da revisão do plano diretor de 2006, a zona sul é detentora de 19,01% da população total da cidade que corresponde a aproximadamente 30.000 moradores na mesma. Tal população é dividida em 15 bairros por toda a sua extensão e vem crescendo no decorrer dos anos.
Fotografia 143 - Localização da Zona Sul Fotografia 142 - Zoom Zona Sul: Mapa de Zoneamento Fonte: REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006). Sem escala.
O artigo 6º do Macrozoneamento da Lei complementar n. 74 de 2006 as características da zona sul (fotografia 142) são: Artigo 6º-A. O município de Poços de Caldas fica dividido em Zonas, conforme delimitações [...] com as seguintes características: I. ZONA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - ZPP: Compreende as áreas urbanas e rurais, públicas ou privadas, nas quais não será permitida a ocupação, em função de suas características físicas e ambientais [...] II. ZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL - ZPAM: Compreende as áreas de preservação ambiental de alto grau, localizadas dentro do perímetro urbano, admitindose parcelamento do solo com lotes mínimos de 20.000 m² (vinte mil metros quadrados), com limitações ao uso e rigoroso controle das intervenções antrópicas, exigindose, em ambos os casos, licenciamento ambiental;[...] IV. ZONA DE ADENSAMENTO RESTRITO - ZAR: Compreende áreas com restrição ao adensamento, caracterizadas como áreas de recarga de aquíferos hídricos e termais ou com necessidade de manutenção e/ou diminuição de volumes de escoamento superficial , nas quais a ocupação e a expansão urbanas deverão ser desestimuladas, observando-se, no mínimo, os seguintes parâmetros: a) adoção de coeficiente de aproveitamento máximo dos terrenos igual a 1,20; taxa de ocupação máxima de terreno de 50%; c) taxa de permeabilidade mínima de 30%;[...] V. ZONA DE ADENSAMENTO MÉDIO - ZAM: Compreende as áreas cuja restrição ao adensamento deve-se as limitações do sistema viário e à topografia acidentada [...] VIII. ZONA INDUSTRIAL - ZI: Compreende as áreas onde estão instaladas todas as indústrias de médio e grande portes, bem como as áreas destinadas a implantação de novas unidades; [...]
4500m
Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
112 BREVE HISTÓRICO Muitos fatos preludiaram a formação da zona sul. Um deles, foi a grande enchente de 1926 no município de Poços de Caldas, onde a represa Saturnino de Brito foi projetada pelo engenheiro sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito em 1930 acerca da contenção de enchentes na cidade e para evitar novos acontecimentos símiles. Localizada na Avenida Vereador Edmundo Cardillo, a mesma compõe o conjunto de três grandes represas da cidade e também é um ponto turístico atrativo, devido ao casarão tombado (fotografia 144) situado à beira da represa desde sua inauguração em 1936, onde hoje funciona um restaurante. (CARUSO JÚNIOR, 2011)
à implantação do mesmo na área sul. O Aeroporto, no governo de Francisco de Paula Assis Figueiredo; nos campos de Caldas cuja avenida de acesso interliga Caldas e Andradas; foi aberto no dia 06 de agosto de 1937 e inaugurado oficialmente no dia 02 de abril de 1938. A ideologia do projeto seria torná-lo um receptor regional com vôos não só particulares, mas também interestaduais. Fotografia 145 - Aeroporto em 1954
Fotografia 144 - Cartão postal fotográfico represa Saturnino de Brito
Fonte: ACERVO MEMÓRIA DE POÇOS DE CALDAS (2011)
Fonte: ACERVO MEMÓRIA DE POÇOS DE CALDAS (2011)
Outro fato, foi a instalação do aeroporto Walther Moreira Salles. No ano de 1932, devido ao alto índice de turistas na cidade, foi instalado um ‘‘campo de aviação’’ provisório na estrada de Caldas onde hoje se localiza o clube hípico da cidade. Posteriormente, com necessidade de maior segurança para os aviões, foi idealizado o Aeroporto dentre duas vias de acesso; entre os estados Minas Gerais e São Paulo; fato promissor
Foi um grande acontecimento para o município e seus habitantes. O aeroporto é detentor da pista mais alta do Brasil, pois está à altura de 1.260 metros do eixo zero (localizado na antiga estação férrea central), além de possuir uma extensão de 1.250 metros e largura de 93 metros. O aeroporto contava com uma estação de passageiros como pode se ver na fotografia 145. A mesma, construída em 1937 foi tombada pelo DPHTAM (Diretoria do patrimônio histórico, turístico e artístico Municipal) como patrimônio da cidade durante o governo do prefeito Sebastião Navarro pela lei 4.936 no ano de 1991. (PREFEITURA DE POÇOS DE CALDAS, 2018)
113 Outro fato desencadeador da iniciação da ocupação da área sul de Poços de Caldas, foi a instalação de uma grande empresa multinacional. O interesse da mesma nas terras ricas em minério da cidade das rosas se iniciou no ano de 1956 e em 1962 começaram-se as obras para a instalação da grande mineradora. Um fator de suma importância para esta empresa, era sua localização. A primeira área de exploração de inserção foi estudada proximamente a represa do Bortolan, mas o local não agradou aos investidores. Posteriormente, decidiram estudar a região sul da cidade por causa da proximidade com os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, do aeroporto (fotografia 146), por estar próximo ao Ribeirão das Antas e também pelo percentual de áreas planas da cidade (fotografia 147). (WILLIANS et. al, 2001)
Fotografia 148 - Recrutamento da empresa de mineração
Fotografia 146 - Aeroporto em construção para observação dos grandes pastos
Fonte: ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE POÇOS DE CALDAS (1970).
Fonte: MEMORIAL COMPANHIA GERAL DE MINAS (2001), pág. 113. Fotografia 147 - Terreno da Fábrica em 1965
Do progresso industrial, a cidade alavancou sua economia com recrutamento de centenas de pessoas para trabalhar na mineradora instalada (fotografia 148) pois, os residentes da cidade até então não comportaram a oferta. Migrantes de diversos municípios locais foram contratados mediante a necessidade de mão de obra, não sendo exigida experiência na área, causando um crescimento populacional acentuado em Poços de Caldas, fato que preludiou necessidade de urbanização da zona sul e a expansão da malha urbana. (MACHADO e FERREIRA, 2017) ‘‘O maior acréscimo de população ocorreu entre 1960 e 1996, quando se observa uma elevação de 213,65% no total de habitantes do município. Este período coincidiu com uma fase de grandes transformações na estrutura demográfica do país, como o aumento da expectativa de vida, a expansão do consumo e da urbanização nacional, relacionadas a eventos como a modernização do campo e a transformação do país em um ‘‘Newly Indutrialized Countries’’. (OLIVEIRA, 2014)
Fonte: MEMORIAL COMPANHIA GERAL DE MINAS (2001), pág. 77.
114
4.2.2 PANORAMA GERAL: ZONA SUL Fotografia 149 - Inauguração da COHAB
4.2.3
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Para se compreender a viabilidade projetual, foram pautados itens positivos e negativos quanto à zona sul. Mediante visita de campo e as análises proferidas, pôde-se obter os seguintes resultados:
1- Independência econômica 2- Área de habitação social 3- Pluralidade de serviços 4- Preservação de recursos naturais 5- Área de crescimento demográfico 6- Forte área institucional Fonte: ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE POÇOS DE CALDAS (1981).
De acordo com o acervo particular do Museu histórico e geográfico de Poços de Caldas (fotografia 149), os primeiros relatos de habitações na Zona Sul foram à década de 70 quando algumas pessoas começaram a lotear o bairro Jardim Kennedy I. Do sonho do prefeito Ronaldo Junqueira e a implantação de indústrias na região sul, as primeiras habitações sociais foram fomentadas em 1981 através da criação do Conjunto Habitacional José Affonso Junqueira preludiando ‘‘uma nova cidade dentro de Poços de Caldas’’ . Com um grande potencial construtivo e implantação de milhares de moradores, a zona sul cresceu demasiadamente. A medida que mais pessoas se mudavam para a periferia, maior eram suas necessidades, portanto, surgiram os primeiros núcleos escolares, hospitais, áreas de esporte e mesmo sem infraestrutura adequada segue expandindo seu território desde então. Hoje conta com cerca de 15 bairros (fotografia 150) que setorizam uma população aproximada de 30.000 pessoas, sendo sua implantação, resultante de habitações sociais construídas nos últimos 40 anos. Por se situar a aproximadamente à dez quilômetros de distância do centro, a área desenvolveu uma forte independência econômica que conta com ensinos fundamental, médio e superior, agências bancárias, supermercados, microempreendedores tais como lojas diversas, padarias, salões de beleza, academias, mecânicas etc, além de sua gama industrial.
1- Vazios urbanos inutilizados 2- Administração precária 3- Longos percursos do centro 4- Urbanização irregular: alagamentos 5- Invasões de áreas públicas 6- Falta de manutenção pública
Ao visitar a região sul, vê-se muitas categorias de comércio. Nascida mediante uma ideologia de beneficiação social, oferece diversos serviços para que a população não necessite se deslocar ao centro. Seus bairros entornam as matas de preservação natural em razão das diretrizes de conservação ambiental. Está em crescimento imobiliário constante e tem atraído muitos moradores a se instalarem na mesma. Em contraponto, muitas áreas de posse pública estão inutilizadas, a administração dos recursos básicos como pavimentação, coleta de lixo e conservação dos espaços públicos são precárias. Muitas áreas de várzea foram ocupadas contra as diretrizes do direito da cidade, a marginalização dos habitantes de baixa renda e falta de fiscalização dos espaços públicos tem trazido problemas a população como tráfico de drogas e roubos, que coincididamente causam insegurança à mesma. Um forte potencial para tampouco atenção.
12
15
11
14
10 9 13
BAIRROS
8
6
7 5 4
3
1
2
1 - Vila Matilde 2 - São Sebastião 3 - Conjunto Habitacional José Affonso Junqueira 4 - Parque das Nações 5 - Loteamento Futuro 6 - Jardim Kennedy I 7 - Jardim Aeroporto 8 - Residencial Jardim dos Pássaros 9 - Jardim Kennedy II 10 - São Bento 11 - Santa Tereza 12 - Tiradentes 13 - Parque Esperança 14 - Jardim Paraíso 15 - Jardim Contorno Limites Área de Intervenção
Fotografia 150 - Mapeamento de bairros Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
500m
116
4.2.4 PERMEABILIDADE DO SOLO: RISCOS DE ALAGAMENTOS Com base no plano diretor e no mapa a seguir (fotografia 152), é possível identificar as áreas de alagamento da Zona Sul. Poços de Caldas, com seu crescimento urbano acelerado, sofreu ocupação em áreas de risco e de recarga de aquíferos, caso que pode ser vislumbrado no bairro Jardim kennedy II e no entorno do Jardim Esperança. A população tem sofrido com as enchentes devido à ocupação de várzea de córregos dos bairros. O Jardim Esperança possui uma topografia íngrime, enquanto o Jardim Kennedy possui um terreno plano e assolado pelas áreas de risco de movimentação de massa. O planejamento destas áreas compõe a Lei complementar nº 74 do ano de 2006, seção IV, artigo 27, parágrafo IX e define diretrizes específicas para a ocupação do bairro que mais sofre com enchentes: SEÇÃO IV DO SANEAMENTO BÁSICO - Artigo 27: São diretrizes do abastecimento de água: [...] IX. Estudar a mudança para montante da captação do ribeirão das Várzeas de Caldas, com o objetivo de melhorar a qualidade da água captada, facilitar o escoamento deste ribeirão nas imediações do Jardim Kennedy e, eventualmente, utilizar seu barramento para o controle das cheias.
Como a própria lei informa, a área sofre com desventuras devido a ‘’permissão’’ de ocupação do poder público. Muitas casas em proximidade da área de risco e de alto risco, foram desapropriadas pelos decretos nº 8.320/06 à 9.768/10 da secretaria municipal do governo . Mas em virtude da má administração do poder público, muitas estão sendo vendidas novamente enquanto as moradias de várzea avançam o perímetro de risco. Mesmo com políticas habitacionais, muitos loteamentos são desregulares, ou seja, as leis de zoneamento informadas anteriormente, não se aplicam nos bairros. As áreas que deveriam comportar 30% de parcelas permeáveis, possuem bem menos ou nenhuma permeável de acordo com visitas de campo. O governo informa que as enchentes (fotografia 151) são ocasionadas por acúmulo de lixo (fotografia 153), porém as áreas de recursos hídricos não deveriam ser ocupadas ou a secretaria de habitação deveria fiscalizar o que se constrói nos lotes. (RIBEIRO, 2017) Fotografia 151 - Inundação no Jardim Kennedy II
Fonte: RIBEIRO (2017).
LEGENDA
Fotografia 152 - Mapeamento de riscos de inundação Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor através da 500m
REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE POÇOS DE CALDAS (2006).
Fotografia 153 - Residência em área de alagamento Fonte: Própria (2018)
120
4.2.5 ÁREAS DE LAZER: RECOGNIÇÃO Na periferia, quando não há espaço de lazer e esportes, a própria sociedade tende a apropriar-se das ruas para se confraternizar. A déficit de espaços adequados para tais finalidades torna a população descentralizada exclusa de seus direitos sociais. Geralmente, na região periférica, a tipologia iminente de implantação dos espaços livres públicos pelo governo são as praças, mas há dificuldade quanto à apropriação das mesmas devido a limitada dimensão de projetos implantados e baixa manutenção. Dos locais fomentados e da pouca utilização das praças, a população transforma a maneira de ter lazer e esportes em seu contexto afastado da centralidade, onde a produção cultural é executada cotidianamente pela classe proletária através da conformação do espaço livre público imposto pela cidade. (ALVAREZ, 2008) Na zona sul foram levantados os espaços de lazer e esportes implantados pela prefeitura municipal e suas secretarias (fotografia 154), e a análise evidencia os aspectos apontados no parágrafo anterior onde o lazer é direito da classe trabalhadora, mas o padrão de oferta dos espaços é sempre o mesmo sem atender as necessidades reais da população inserida. Toda comunidade tem a mesma identidade? Tabela 7 - Relação de espaços públicos na zona sul
ESPAÇOS PÚBLICOS
BAIRROS
SITUAÇÃO
DIMENSÃO
e e Santa Tereza
Jardim Aeroporto
Fonte: Própria (2018)
Nota-se na tabela 7 que são poucas as áreas de lazer descoincidentes da oferta de praças. As localidades que exigem maior manutenção do poder público foram inativas por falta de recurso ou por falta de investidores. Alguns bairros citados no panorama geral não aparecem na listagem, ao contrário da estrutura organizacional do ministério do esporte, que oferte os direitos da acessibilidade às áreas recreativas e a participação geral dos moradores nos espaços públicos.
4
5
1
8
6
3
7 2
9
10
11 17 16 13
14
15
18
12 21
ÁREAS DE LAZER Limites
20
Áreas de Lazer dos bairros
19 400m
Fotografia 154 - Mapeamento de áreas de lazer Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
122
4.2.6
ÁREA DE INTERVENÇÃO
PARQUE ECOLÓGICO MUNICIPAL Atrelado a diversos estudos, a área de intervenção escolhida para a implantação do projeto foi o Parque Ecológico Municipal (fotografia 155). Com uma extensão de aproximadamente 30 hectares, o mesmo faz parte da história do município e apresenta um grande potencial de utilização em prol da sociedade atual. Nem sempre esta área foi um parque. Em 1932 foi idealizado o Golf Club pelo exímio ex presidente Getúlio Vargas. O local possuía PPP (Parceria Público Privado) entre a prefeitura e os sócios do clube. As antigas terras do campo foram devolvidas ao poder público mediante solicitação dos golfistas e novos hectares foram cedidos à eles em um residencial de alto padrão na região oeste da cidade, próximo ao Shopping Center. Em 2014 o novo Clube de Golfe, nomeado Serras Altas, com aproximadamente a mesma extensão do antigo localizado na zona sul, foi construído por investidores e desenhado por Eduardo Caballero. Fortes empresários do município exigiram essa migração e fatos polêmicos assolaram a população desde então. (JORNAL DO GOLFE, 2012) De acordo com o site do SERRASALTAS (2017), a sociedade do golfe desejava um espaço com mais buracos de tacadas. Porém, o que fica explícito para quem lê seu artigo, o contexto desta mudança está atrelado à segregação do espaço urbano. Enfatizando a mudança para um loteamento de alto padrão, a administração do clube ansiava focar no investimento para especuladores imobiliários referente a qualidade de vida potencializada que a área nobre traria. Sem pensar nos problemas que um trâmite dessa magnitude ocasionaria à Zona Sul, o processo de migração foi rápido. Tão rápido que o local esteve abandonado por quase um ano.
600m
Fotografia 155 - Local da intervenção Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
124
4.2.7
RECORTE
Dentre as áreas de lazer pontuadas e mapeadas na região sul, o parque ecológico demonstrou alto potencial em causa de sua localização central e influência na vida da população. Para se analisar o contexto de inserção do parque, determinou-se um raio de aproximadamente 600 metros do centro de do terreno, como se vê na fotografia 156, em busca da assimilação do entorno imediato e indireto aplicado a sua acessibilidade.
Os parques são contextualizados em prol da prática de embelezamento e otimização do espaço central de uma cidade em busca de aumentar o valor dos imóveis próximos, geralmente, encorajados pela burguesia que, nesse caso em especificidade, se discorda com o histórico de inserção de diversas tipologias de parques urbanos. Até mesmo o Golfe clube, em busca de melhor infraestrutura e acessibilidade, mudou seu território para uma área privilegiada, bem como o parque já inserido na cidade de Poços de Caldas, o Parque Antônio Carlos Molinari.
Fotografia 156 - Implantação com entorno imediato
‘‘Apesar de que essas atuações tratassem de posturas concretas de dotar de verde a cidade, se limitaram em grande parte ao centro e às partes elevadas. Da mesma forma, as áreas de várzeas não se viram objeto de interesses claros de transformações pensadas em intervenções de conjunto, mas de obras restritas às chaves do saneamento, arborização e embelezamento. A ideia de parque moderno - pensado como elemento estruturador do planejamento da cidade e com a nítida intenção de que fossem usados por toda a população, para o deleite, passeio e recreação ativa - não estava ainda colocada.’’ (OLIVEIRA, 2010)
Fonte: Própria (2018). Sem escala.
Como a caracterização de muitos parques urbanos inseridos no Brasil, o parque ecológico municipal é circundado por diversos bairros que se caracterizam em suma, por ‘‘bairros dormitório’’. Mesmo que a intenção real do poder público para o local não fosse a criação de um parque na área periférica da cidade de Poços de Caldas, a devolução do grande terreno para o município demonstrou alternativas limitadas à novas parcerias entre os setores público e privado.
Adota-se uma analogia de que, por falta de alternativas concretas de ocupação do terreno de 300 mil metros quadrados entornados por grandes áreas de preservação natural, a oferta do parque ecológico atual demonstra-se como uma fuga da problemática real enfrentada pela zona sul através do deficit de espaços públicos de lazer e cultura adequados, juntamente com o abandono da área e a solicitação incansável da população por uma resolução do problema após o trâmite de interesse da classe de renda alta relativa ao antigo Golfe Clube da cidade. Indubitavelmente, o ganho desta área para a população é caracterizado como um produto da segregação socioespacial e socioeconômica, encarado pela fragmentação do território através da divisão de classes econômicas. O objetivo, portanto de adotá-lo como objeto de estudo visa entender a proposta da Secretaria de esportes analisando a oferta dos espaços e a infraestrutura precária fornecida à população de baixa renda; a conformidade para com o ‘‘projeto’’ executado no terreno. Para entender o contexto de inserção para fomentação do projeto, mapeamentos foram realizados.
CHEIOS E VAZIOS ÁREA DE INTERVENÇÃO
LEGENDA Área edificada
Fotografia 157 - Mapa de cheios e vazios Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
200m
HIERARQUIA VIÁRIA ÁREA DE INTERVENÇÃO
LEGENDA Vias Estruturais Vias Coletoras Vias Locais Acesso Específico Fotografia 158 - Mapeamento de vias Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
200m
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ÁREA DE INTERVENÇÃO LEGENDA APP
Estação de Passageiros (tombado)
Jardim Kennedy II
Área Privada
Quiosques
Edifícios Privados (Aeroporto)
Jardim Esperança
Acessos
Depósito
Vestiários
Área de jogos
Recepção
São Bento/Santa Tereza Recorte
Fotografia 159 - Uso e ocupação do solo Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
200m
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Fotografia 160 - Mapa de levantamentos fotográficos Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
ÁREA DE INTERVENÇÃO
13
14
12
15 11
16 17
19
9 10
3
6 7 5
8
2 1 4
100m
LEGENDA 5
Lago
2 Quiosque 04
6
Lago
3 Lago
7
4 Vestiário
8
1
Entrada Secundária
13
Lago
17 Área de Criquete
10 Quadras Esportivas
14
Depósito
18 Entrada Principal
Quiosque 03
11 Quiosque Lanchonete
15
Recepção
19 Estacionamento
Trilha de caminhada
12 Quiosque 01
16
Piscina
9
Quiosque 02
18
130
4.2.8
CAPTAÇÃO DE PROBLEMAS DA ÁREA DE RECORTE
A análise ‘‘in loco’’ do Parque ecológico municipal apresenta valor imprescindível quanto ao reconhecimento da problemática. Foram levantadas todas as edificações existentes, pertencentes ao antigo Golfe Clube. De acordo com o Jornal da EPTV edição de 21 de setembro de 2015, as instalações do antigo Golfe Clube durante seus dez meses de abandono obteve muitos problemas. Instalações elétricas foram roubadas e as edificações saqueadas, pichadas e vandalizadas (fotografias 163 e 164) onde a constatação foi reconhecida pela dita visita. Outros relatos são problemas alarmantes para a saúde, segurança e permanência dos visitantes e moradores. Em plena luz do dia, pessoas usam drogas ilícitas, as construções antigas estão abandonadas e depredadas, todos os lagos estão poluídos com muito lodo (prejudicial aos peixes que ali habitam), muito entulho é visto próximo as áreas de preservação permanente e muitas pessoas nadam nos lagos poluídos do local (fotografia 162). Para chegar mais rápido ao Parque, os moradores ‘‘criaram’’ vias de acesso específico’’ (fotografia 165) que não existem nos mapas diretores. Ter de dar a volta nos bairros para chegar até o espaço público demanda muito tempo e essa criação a própria sorte da comunidade, acarreta problemas como assaltos nas estradas escuras, violência entre outros aspectos de acessibilidade defasada e perigosa. Ao observar a frequentabilidade da população foi relatado que a demanda da oferta de um Parque urbano para a Zona Sul é alta e muitas pessoas de diversas idades e gêneros visitam o lugar com frequência (fotografia 166), principalmente pelo déficit de diversidade de equipamentos de lazer na região e pela unidade do Parque Municipal Antônio Carlos Molinari estar há 20 quilômetros de distância de suas residências. Em busca da certificação de tipologias da população e sua posição quanto ao objeto de estudo, desenvolveu-se uma pesquisa de opinião e interesse para a criação de uma proposta adequada que não seja alheia à população inserida; como as praças e academias ao ar livre impostas. Fotografia 162 - Lago do Parque ecológico
Fotografia 163 - Vestiário do campo externo ao Parque ecológico
Fonte: Própria (2018).
Fonte: Própria (2018).
Fotografia 164 - Vandalismo no quiosque da lanchonete
Fonte: Própria (2018).
Fotografia 165 - Estrada de barro para o bairro Parque Esperança
Fonte: Própria (2018).
Fotografia 166 - Jovens fazem trabalho escolar no Parque ecológico Fonte: Própria (2018).
132 4.2.9 PESQUISA DE INTERESSE Aproximadamente 100 pessoas foram entrevistadas (fotografia 167) a fim de saber suas opiniões sobre a infraestrutura do Parque ecológico e expectativas para o espaço. A demanda é mais alta em bairros que possuem acesso facilitado ao mesmo. A idade dos frequentadores é predominantemente 19 à 35 anos (fotografia 168). A maioria das pessoas não se sentem seguras no local e pedem melhorias nos equipamentos oferecidos atualmente onde pode-se conferir a pesquisa completa em APÊNDICE I - QUESTIONARIO PÚBLICO, no capítulo ‘‘anexos’’. Fotografia 167 - Fluxograma sintetizado da pesquisa de interesse
IDADE
BAIRROS QUE MAIS ACESSAM O PARQUE
10 à 18
GÊNERO
Jd. Esperança
36 à 50
COHAB
48,8%
Jd. Kennedy
51 à 70 70+
52,2%
19 à 35
USOS (vezes/semana)
INFRAESTRUTURA Ruim
Não usa
Ótimo Regular
1à2
Bom
SEGURANÇA NO PARQUE ECOLÓGICO
USO DE PARQUES URBANOS NA CIDADE
48,9% Ecológico
51,1% Municipal
ACESSOS
41,1% Os acessos são declarados bons pela população que o usufrui atualmente.
Fonte: Freepik (2018), adaptado pelo autor.
3à5
58,9%
Fotografia 168 - Crianças brincam no Parque ecológico Fonte: Própria (2018).
MASSA ARBÓREA E HIDROGRAFIA ÁREA DE INTERVENÇÃO
Fotografia 169 - Mapa de Massa arbórea e hidrografia. Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
LEGENDA Massa arbórea existente Cursos d’água
200m
135 Fotografia 174 - Pinheiro Bravo
4.2.10 PAISAGISMO OBSERVADO Ao efetuar análises ‘‘in loco’’ ao Parque ecológico municipal foi possível vislumbrar um paisagismo iminente (fotografia 169). Dentre as espécies identificadas, puderam-se notar diversos tipos de plantas em variadas dimensões. Na maioria do território encontram-se coníferas e palmeiras cuja locação de pinheiros é extensa. A inserção das grandes coníferas forma um tipo de cerca no parque. Estas árvores estão inseridas no local desde sua implantação e as mesmas são adeptas a climas tropicais e não necessitam tanto de água. As palmeiras se intercalam entre os pinheiros em um belo contraste paisagístico, possui tolerância a mudanças climáticas e é presente em áreas úmidas. A grama inserida aparenta ser a tipo bermuda que na época do golfe clube, era a melhor opção para o deslizamento das bolas. (Fotografias 170 à 175) Fotografia 170 - Palmeira Leque
Fotografia 171 - Palmeira Leque Chinesa
Fonte: Própria (2018) Fotografia 175 - Yuca Pinchuda
Fonte: Própria (2018)
Fonte: Própria (2018)
Fotografia 172 - Capim Palmeira
Fotografia 173 - Babacu
Fonte: Própria (2018)
Fonte: Própria (2018)
Fonte: Própria (2018)
PÚBLICO E PRIVADO ÁREA DE INTERVENÇÃO
Fotografia 176 - Mapa de análise público e privado. Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
LEGENDA Público Privado Semi-público
200m
137 4.2.11
ÁREAS DE INTERVENÇÃO DIRETA E INDIRETA Fotografia 177 - Intervenção Direta
Observam-se nos mapas aéreos apresentados anteriormente, que o posicionamento do parque em relação a zona sul é centralizado. O mesmo intervém diretamente e indiretamente em diversos bairros, sendo a acessibilidade e a mobilidade da população item imprescindível da utilização do mesmo. O parque intervém diretamente nos bairros 01) Jardim Kennedy II, 02) São Bento, 03) Santa Tereza e 04) Jardim Esperança (fotografia 177). Também interliga ao Aeroporto Municipal Walther Moreira Salles, porém, como é uma propriedade privada, a análise do mesmo não é necessária (fotografia 176). Outros bairros também são indiretamente atingidos sendo eles, bem como citado na fotografia 150 da página 115, o 11) Vila Matilde, 14) São Sebastião, 12) Conjunto Habitacional José Affonso Junqueira, 10) Residencial Jardim dos Pássaros, 05) Tiradentes, 13) Parque das Nações, 08) Jardim Kennedy I, 09) Jardim Aeroporto, 07) Jardim Paraíso e 06) Jardim Contorno, sendo 14) o novo residencial sendo implantado. (fotografia 178) Para fomentar uma resolução plausível para a problemática apontada, é preciso analisar a inserção do Parque neste contexto urbano mediante estudos em especificidade das áreas de intervenção direta em busca do entendimento das necessidades da população quanto ao acesso e usufruto do espaço livre público para identificar os eventuais problemas e benefícios da sua oferta e a demanda atual; evitar a imposição de espaços sem a participação efetiva da população como se demonstra nos próximos tópicos. Os itens necessários a se pontuar nas análises são o uso e ocupação iminente nos bairros, hierarquia viária de acessos e mobilidade por transporte público dos bairros que conectam com o parque ecológico. É importante pautar qual o impacto que o parque causará, se há demanda para sua oferta, a característica da população e os pontos a se modificar mediante a implantação de um projeto de reestruturação urbana para o parque ecológico da zona sul.
03 02
04 01
Fonte: Própria (2018). Sem escala.
Fotografia 178 - Intervenção Indireta
06
05 07
09
08
10 14 13
11
12
15
Fonte: Própria (2018). Sem escala.
138
Fotografia 179 - Hierarquia Viária
BAIRRO SÃO BENTO Analisando as fotografias de 179 à 182, este bairro é declarado dormitório devido ao seu contexto praticamente habitacional. Nota-se poucos núcleos de comércio e serviços, nenhum institucional e nem áreas de lazer. O transporte público é mais fraco nesta área e há poucas ruas onde o ônibus transita. É detentor de uma boa densidade habitacional e possui potencial de crescimento populacional como pode se notar na disposição de vazios urbanos. Em visitas de campo, vislumbra-se habitações sociais implantadas mediante financiamentos MCMV (Minha casa minha vida). Os lotes são geralmente padrões obtendo aproximadamente 10x25 metros. O bairro conecta diretamente com o bairro Santa Teresa ao Leste, com o Parque ecológico ao Sul, enquanto ao Norte e Oeste é envolto pela Avenida Geraldo Martins Costa. Fotografia 180 - Transporte público
TRANSPORTE PÚBLICO
LEGENDA Vias Estruturais Vias Coletoras Vias Locais
Fonte: Própria (2018) Fotografia 181 - Cheios e vazios
LEGENDA
LEGENDA Área edificada
Percurso do Transporte Coletivo
Fonte: Própria (2018)
CHEIOS E VAZIOS
Fonte: Própria (2018)
200m
139 Fotografia 182 - Uso e Ocupação do solo
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO SÃO BENTO
BA RO
IR SA A
NT ZA
RE
TE LEGENDA Residencial Vazios urbanos Comércio/serviços Misto (comércio e residencial) Áreas Verdes Igrejas
Divisão de lotes Institucional Rios/Córregos Lazer PSF CRAS
PARQUE ECOLÓGICO Fonte: Própria (2018)
140
Fotografia 183 - Hierarquia Viária
BAIRRO SANTA TEREZA Analisando as fotografias de 183 à 186, o bairro Santa Tereza é totalmente composto de residências, o que o caracteriza como bairro dormitório. A mobilidade é interrompida devido a grande área de preservação natural que se encontra entre seus loteamentos, vê-se que este fato proporciona maiores percursos de ônibus que facilita o embarque em todas as quadras. O bairro depende de alguns serviços dos bairros vizinhos São Bento e Jardim Esperança. A linha de ônibus é a mesma que a do São Bento onde as ruas se completam entre as malhas viárias. Há um espaço de lazer no final do mesmo onde é disposta para os habitantes de ambos os bairros, porém, ao visitar o local alguns mora-dores foram quastionados quanto ao uso desta área, e a resposta foi negativa. As pessoas não utilizam o recurso de lazer imposto pois não são atraídos.
LEGENDA Vias Estruturais Vias Coletoras Vias Locais
Fonte: Própria (2018) Fotografia 184 - Transporte público
LEGENDA Percurso do Transporte Coletivo
Fonte: Própria (2018)
TRANSPORTE PÚBLICO
Fotografia 185 - Cheios e vazios
LEGENDA Área edificada
Fonte: Própria (2018)
CHEIOS E VAZIOS
141 Fotografia 186 - Uso e Ocupação do solo
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO SANTA TEREZA
RO
IR
BA O
SÃ O
NT
BE
LEGENDA Residencial Vazios urbanos Comércio/serviços Misto (comércio e residencial) Áreas Verdes Igrejas
Divisão de lotes
JARDIM ESPERANÇA
Institucional Rios/Córregos Lazer PSF CRAS
Fonte: Própria (2018)
PARQUE ECOLÓGICO
142
Fotografia 187 - Hierarquia Viária
BAIRRO JARDIM KENNEDY II Em análise às fotografias de 187 à 190, por ser o bairro mais antigo da zona sul, o Jardim Kennedy possui um território misto e oferece diversos serviços a população. O transporte público evolui por uma rua coletora onde todas as quadras conseguem acessar o mesmo. Nota-se loteamentos próximos ao córrego das antas onde foram desapropriados mediante decretos públicos mas os mesmos tem sido apropriados novamente irregularmente. De acordo com o uso e ocupação pode-se notar que em suma também se caracteriza como ‘bairro dormitório’’ apesar de sua gama de serviços. Uma das duas entradas do Parque ecológico municipal se encontra no Jardim Kennedy II, item imprescin-dível a pontuar. Ao norte vislumbra-se a Avenida Geraldo Matins Costa, ao Sul o Aeroporto Walther Moreira Sales, ao Leste o Parque Ecológico e à Oeste a empresa mineradora implantada na década de 70.
LEGENDA Vias Estruturais Vias Coletoras Vias Locais
Fonte: Própria (2018) Fotografia 188 - Transporte público
TRANSPORTE PÚBLICO
Fotografia 189 - Cheios e vazios
LEGENDA
LEGENDA Área edificada
Percurso do Transporte Coletivo
Fonte: Própria (2018)
CHEIOS E VAZIOS
Fonte: Própria (2018)
143 Fotografia 190 - Uso e Ocupação do solo
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO BA
JARDIM KENNEDY II
RO IR SÃ O
COSTA
BE O
NT
RTINS ALDO MA R E G A ID AVEN
ICO
LÓG
CO
EE
QU
PAR
SA
PRE
EM ERA
MIN LEGENDA
DO
S
RA
E LL
A IR
SA
E
ER
R MO
H LT
A
TO
W
Comércio/serviços Misto (comércio e residencial) Áreas Verdes Igrejas
Divisão de lotes Institucional
R PO
Rios/Córregos
O ER
Fonte: Própria (2018)
Residencial Vazios urbanos
Lazer
A
PSF
250m
CRAS
144
Fotografia 191 - Hierarquia Viária
BAIRRO JARDIM ESPERANÇA Analisando as fotografias de 191 à 194, o bairro Jardim Esperança conecta ao Norte uma grande área verde envolta pela Avenida Geraldo Martins Costa, ao Sul pela Avenida Alcoa, Leste pelo bairro vizinho Jardim Paraíso e ao Oeste conecta-se ao bairro São Bento. É composto também por habitação social e uma característica fortemente residencial, ou seja, outro bairro dormitório mesmo que possua um contexto misto de ocupação. Concentra, praticamente, suas atividades comerciais pela avenida central. O mesmo detém uma forte pluralidade de serviços e atende a região por este fator. O transporte público vem desde o bairro inicial Jardim contorno e abrange poucas áreas referente a sua extensão. Nota-se grandes áreas verdes que permeiam os loteamentos e sua densidade se divide entre as mesmas. Neste bairro em questão, a densidade aparenta ser maior que nos demais estudados.
LEGENDA Vias Estruturais Vias Coletoras Vias Locais
Fonte: Própria (2018) Fotografia 192 - Transporte público
TRANSPORTE PÚBLICO
Fotografia 193 - Cheios e vazios
200m
CHEIOS E VAZIOS
LEGENDA
LEGENDA Área edificada
Percurso do Transporte Coletivo
Fonte: Própria (2018)
200m
Fonte: Própria (2018)
200m
145 LEGENDA
JA IM RD
Fotografia 194 - Uso e Ocupação do solo
PA RA
Divisão de lotes
Comércio/serviços Misto (comércio e residencial) Áreas Verdes Igrejas
Rios/Córregos
Institucional Lazer PSF CRAS
EN IDA
AL
CO A
O ÍS
Residencial Vazios urbanos
PA
UE
AV
RQ
EC
OL
ÓG
ICO
200m
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO JARDIM ESPERANÇA
Fonte: Própria (2018)
146
Tabela 8 - Ficha Técnica Aeroporto Embaixador Walther Moreira Salles
FICHA TÉCNICA 4.3 LIMITAÇÕES: AEROPORTO 4.3.1
AEROPORTO EMBAIXADOR WALTHER MOREIRA SALLES
O aeroporto de Poços de Caldas denominado Aeroporto embaixador Walther Moreira Salles, inaugurado em 1937, funciona como aeródromo para aeronaves de médio porte e jatos utilizados como serviço de táxi aéreo. Além da pista, contém um heliporto, a antiga sede da casa de passageiros e o aeroclube, onde se pode alugar os aviões para passeios pelo valor de aproximadamente R$ 120,00. O mesmo é de responsabilidade do município, a navegação é de responsabilidade da INFRAERO. Dentro do aeroclube é possível estudar na Escola de pilotagem fundada em 17/09/1943, onde desenvolve a carreira de pilotos de aeronaves privadas ou comerciais com cursos homologados pela ANAC (Agência Nacional de aviação civil). (AEROPORTOS DO BRASIL, 2018) Há fronteira entre o aeroporto e o parque ecológico, onde o acesso para ambos é o mesmo, por isso é necessário entender as possibilidades de construções de objetos dentro a área do aeródromo. Fotografia 195 - Localização do aeroporto
Fonte: WIKIMAPIA (2018)
ENDEREÇO
Av. Alcoa, 6600 km 07
COORDENADAS
215016S / 0463358W
CATEGORIA
PUB
OPERAÇÕES
VFR/DIURNA/NOTURNA
DISTÂNCIA E DIREÇÃO
4S
ELEVAÇÃO
1260 M (4134 FT) (O 2º de maior altitude)
COMUNICAÇÃO
Rádio
SERVIÇOS
S1 Hangar
CATEGORIA DE AERÓDROMO
RFFS REQ-2
DIMENSÕES
1515X30 M
TIPO DE PISO
ASPH
Fonte: WIKIMAPIA (2018), adaptado pelo autor.
De acordo com a Lei da Aeronáutica Portaria nº 957/GC3 é instituído o Plano básico da zona de proteção do aeródromo regulamentado pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), onde se exige um projeto que iniba instalação de obstáculos dentro de tal plano. Cada aeródromo possui suas especificidades, e coincididamente, precisa de um projeto específico, no qual se observa no plano básico de proteção do aeródromo de Poços de Caldas feito pela Prefeitura de Poços de Caldas na fotografia 196.(ALVES, 2018) ‘‘1. RESTRIÇÕES ALTIMÉTRICAS: Os aeródromos são enquadrados, basicamente, segundo: - O código de referência do aeródromo e o tipo de operação da pista (VFR, IFR-não precisão, IFR-precisão [...] 2. PLANO DE ZONA DE PROTEÇÃO:O plano contém as superfícies: Aproximação, decolagem, transição, horizontal interna e cônica. Nos casos de pistas de aproximação de precisão também serão consideradas as superfícies: Pouso interrompido, Aproximação interna e transição interna.’’ (ALVES, 2018, pág. 1)
147
PLANO BÁSICO DE PROTEÇÃO DO AERÓDROMO Aeroporto Embaixador Walther Moreira Salles Dentro do cone de aproximação do aeródromo as edificações são regularizadas para evitar acidentes aéreos e inserção de obstáculos na área de aterrissagem ou decolagem. Nota-se na fotografia 196 que o cone está fora da região do Parque ecológico se verifica a legenda Poços de Caldas golf clube porém, compreende a área de ruído/transição, item imprescindível para o projeto. Fotografia 196 - Plano básico do aeródromo
Fonte: PREFEITURA DE POÇOS DE CALDAS (2005).
148
4.4 LEGISLAÇÃO 4.4.1 ZONEAMENTO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE POÇOS DE CALDAS A lei complementar nº 92 vem a regulamentar o uso e a ocupação do solo no território do município de Poços de Caldas. Para fomentação do projeto arquitetônico algumas legislações devem ser analisadas, principalmente o gabarito. O capítulo 3 - uso e ocupação do solo, Seção 3 - dos parâmetros urbanísticos, Subseção 3 - do gabarito das edificações descreve o seguinte: Do Gabarito das Edificações Art. 11. Gabarito - GA é a altura máxima que a edificação pode atingir em determinada Zona. § 1º. Os valores máximos do gabarito estão definidos por Zona, na Lei complementar 74/2006 e no anexo II desta lei complementar, e serão medidos com relação ao ponto médio do passeio lindeiro à testada do lote. § 2º. No caso de lotes em aclive ou declive acentuados, será considerado o ponto médio do plano de fachada da edificação. § 3º. No caso de lotes com mais de uma testada, será considerado o gabarito máximo de cada via até a profundidade média do lote. § 4º. O gabarito não poderá ser ultrapassado por nenhum elemento construtivo da edificação, inclusive caixa d’água e casa de máquinas. § 5º. O disposto no § 4º não se aplica aos terrenos situados em ZPE-3, cujo gabarito poderá ser ultrapassado [...]
Assim como disposto na fotografia 142 anteriormente, a área de intervenção encontra-se dentro da ZAR (zona de adensamento restrito) onde o gabarito máximo é de 16 metros além de outras informações como a TO (taxa de ocupação) de 50% e CA (coeficiente de aproveitamento) de 1,2; e também a ZPP (Zona de proteção permanente) onde é vetada a construção porém, cumprem-se normativas quanto a intervenção nestes locais, onde é disposto no capítulo IV - dos usos, seção V - do licenciamento de empreendimento de impacto, subseção I - dos empreendimentos de impacto urbanístico e subseção II - dos empreendimentos de impacto ambiental onde é descrito: Dos empreendimentos de impacto urbanístico Art. 35. São considerados empreendimentos de impacto urbanístico: I. os destinados a uso não residencial nos quais a área edificada seja superior a 20.000m² (vinte mil metros quadrados) II. as edificações destinadas ao uso residencial que tenham mais de 250 (duzentos e cinquenta) unidades; III. os condomínios com área superior a 35.000m² (trinta e cinco mil metros quadrados); IV. os empreendimentos privados destinados especificamente à recepção de público com qualquer finalidade, com área descoberta para tal atividade superior a 10.000m² (dez mil metros quadrados); V- outros empreendimentos que estejam sujeitos a elaboração de Estudo de impacto de vizinhança - EIV, definidos por lei municipal específica; VI- helipontos e aeródromos. [...] Dos empreendimentos de impacto ambiental
Tabela 9 - Anexo II - Parâmetros urbanísticos de ocupação e parcelamento do solo
Taxa de Altura Testada Coeficiente de Tamanho Taxa de Zoneament Permeabilidad máxima da mínima de lote Aproveitament mínimo de Ocupaçã o e edificação (m) o (CA) lote (m²) o (%) (%) (m) (G)
(A)
-
-
95
-
ZPAM
0,10
20.000
0,5
90
-
ZPE –1
1,50
450
70
10
9,0
12
ZPE-2
2,0
300
80
10
12,0
12
ZPP (B)
16,0
(G)
(C)
12
ZPE-3
3,0
360
80
10
ZAR
1,2
450(D)
50
30
16,0
ZAM
3,0
300
80
10
16,0
12 12
ZAP
6,5
250
85
10
48,0
10
(A)
ZEIS-1 ZEIS-2
Parâmetros da zona mais permissível do entorno imediato 2,0
2.000(H)
70
10
-
ZRPA
-
-
10
90
-
ZR
-
20.000F)
30
80
-
ZI
(E)
Fonte: LEI COMPLEMENTAR Nº 92 (2007), adaptado pelo autor.
20 (G) (G)
Art. 38. São considerados empreendimentos de impacto ambiental: I. os assim classificados por força de legislação Federal ou Estadual; II. as atividades não residenciais localizadas em ZPP, ZPAM, ZRPA e ZR.[...]
Portanto, ao que se compreende nas intervenções das zonas de proteção permanente, é vetada a construção de qualquer edificação. Dentro das imediações do parque ecológico municipal, corre o Ribeirão das Várzeas de Caldas, onde parte do mesmo é destinada à mata ciliar de proteção da bacia hidrográfica. Definindo a área de projeto, é necessário respeitar a vegetação ripária com metragem definida pelo ministério do meio ambiente (fotografia 197).
149 Fotografia 197 - Áreas de preservação permanente
4.4.2 PLANO DIRETOR A lei complementar nº 74 da revisão do plano diretor instituída em 2006, objetiva regulamentar o desenvolvimento municipal de Poços de Caldas nos mais variados âmbitos, bem como urbanísticos, ambientais, sociais, infraestruturais entre outros. Alinhado ao capítulo anterior, o plano estabelece no capítulo 8 - do meio ambiente, seção 1, artigo 22, parágrafo II - referente a ações imediatas de preservação dos recursos hídricos o seguinte: Do Meio Ambiente
Fonte: CARTILHA DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO (2018).
O Ribeirão das Várzeas de Caldas se enquadra dentro do dimensionamento de menos de 10 metros de largura, onde a mata ciliar deve corresponder a 30 metros (fotografia 197). Porém, devido ao histórico de alagamento do bairro Jardim kennedy II e a intervenção de passagem por pontes elevadas entre a vegetação do entorno, será considerada a mata ciliar de 50 metros (fotografia 198). Não haverá construção na área de ZPP, apenas intervenção indireta com mitigação de cheias compensatória através do aumento da vegetação ripária. Quanto as nascentes e aos olhos d’água, adota-se o raio de 50 metros de mata ciliar. (CARTILHA DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO,2012). Fotografia 198 - Áreas de preservação de nascentes
Art. 22. São diretrizes da política do meio ambiente, observados os conceitos e critérios estabelecidos no diagnóstico do Plano diretor: II. referentes a ações imediatas de preservação dos recursos hídricos: a) promover ações em conjunto com outros municípios, principalmente aqueles pertencentes à bacia hidrográfica do Planalto de Poços de Caldas, no sentido de preservar os rios com relação à poluição e assoreamento; b) aprofundar estudos sobre a Poligonal de proteção dos aquíferos termais definida pelo Estado Hidrogeoambiental das Estâncias Hidrominerais, elaborado pela Companhia Mineradora de Minas Gerais - COMIG em 2001, para fiscalizar os rebaixamentos de lençol freático, em especial na área central, na construção de subsolos de edificações; c) recuperar córregos e dar tratamento urbanístico adequado às suas margens, com especial atenção à preservação da mata ciliar; d) controlar rigorosamente a execução de novos loteamentos, principalmente em áreas de proteção de mananciais e cabeceiras, a fim de não agravar o quadro de impermeabilização que tem efeito negativo sobre a drenagem; e) adotar parâmetro urbanísticos que visem ampliar as condições de permeabilidade nas Bacias do Ribeirão da Serra, do córrego Vai-e-Volta e córrego das Pitangueiras, principais bacias de recarga de aquíferos termais; [...]
O município é rico em bacias hidrográficas e estabelece diretrizes informativas quanto a relação dos projetos urbanísticos, seus impactos e ações sob as mananciais já existentes. A ZAR possui possibilidade de loteamento, e com a situação precária atual do parque ecológico, defender o mesmo com as legislações ambientais municipais vêm a proteger o local da degradação, exploração e auxiliará na permeabilidade do ribeirão em tempo de cheias. Fonte: CARTILHA DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO (2012).
151
CONSIDERANDO O DIAGNÓSTICO s resquícios do legado do antigo Golfe Clube de O Poços de Caldas ainda repercute na zona sul, agora, negativamente. O espaço momentaneamente está a mercê de traficantes de drogas e invasores, seus espaços estão deteriorados e o Parque não apresenta nenhuma atratividade para o público que, em busca de espaços de lazer, se sujeitam a utilizar o espaço inseguro, sem infraestrutura de qualidade e visivelmente sem um projeto adequado. A proposta vem a demonstrar as potencialidades deste grande espaço provando que, com a arquitetura, o urbanismo e o paisagismo, atrelados à uma série de equipamentos sociais, culturais, esportivos e de lazer podem trazer à comunidade qualidade de vida, redução da segregação sociespacial e socioeconômica com práticas em prol da interação e da educação dos moradores dos bairros quanto a apropriação de espaços livres públicos. Área predominantemente residencial com poucos equipamentos de lazer diferenciados, a periferia tem deficiência de manutenção pública em diversos quesitos como pavimentação, inundações, coleta de lixo de vazios urbanos e calçamentos, além do zoneamento da zona sul obter o menor rendimento do município. Declarada área de vulnerabilidade social, a reestruturação do parque ecológico pode trazer oportunidades nas vidas dos moradores e um olhar mais atento do poder público quanto à infraestrutura urbana e as necessidades básicas da população, utilizando o princípio de descentralização, citado no plano diretor, de equipamentos do centro da cidade para áreas periféricas.
5
O partido urbanístico parte da iniciativa de oferecer novas áreas esportivas e de lazer para a população através de materiais robustos de fácil acesso e também de fácil manutenção. Conta também com o significado ambíguo da permeabilidade, que é definida pela permeabilidade do solo: Uso de técnicas paisagísticas e ambientais para fomentar a ampliação da mata ciliar permeável do Ribeirão das Várzeas de Caldas, assim, reduzindo as cheias que assolam a população dos bairros, por onde o mesmo passa; e a permeabilidade do espaço público: Utilizam-se técnicas urbanísticas, paisagísticas e arquitetônicas para ofertar acessibilidade de todos os bairros para com o parque ecológico, através de pontes elevadas e ciclovias e, ao mesmo tempo, busca evitar a invasão de pessoas no Aeroporto Walther Moreira Salles através da implantação de novos acessos mais atrativos para pedestres e ciclistas, não para veículos automotores.
PARTIDO ARQUITETÔNICO
Fotografia 199 - Partido
ESPAÇOS PARA A COMUNIDADE
PERMEABILIDADE DO SOLO
PERMEABILIDADE DE ESPAÇOS Fonte: Freepik (2018), adaptado pelo autor.
O partido arquitetônico, é composto por dois edifícios para o parque ecológico. Um será a substituição da antiga recepção, que será térrea com acesso da Avenida Alcoa e programa de necessidades baseado na anterior. Os materiais de uso desejado será o concreto, alvenaria convencional, madeira e grandes aberturas para manter o contraste estilístico com as demais edificações dos bairros. O outro edifício, o centro de iniciação ao esporte, irá fornecer estrutura para diversas modalidades esportivas para os moradores do município e região com programa de necessidades inspirado pelo projeto do ministério do esporte de CIEs, que adéqua espaços para influenciar crianças e jovens à prática de atividades físicas além de proporcionar atividades extra curriculares, ajudando com o problema de violência e falta de oportunidades em comunidades carentes. Também térreo, a estrutura será realizada com alvenaria e estruturação metálica.
O Parque Municipal Antônio Molinari fica localizado na cidade de Poços de Caldas à região Oeste. O mesmo é endereçado na Rua Senador Salgado Filho S/N no bairro Country Club e às margens da Avenida João Pinheiro, importante via estrutural de acessos do município. Segundo informações coletadas na visita de campo realizada em 17 de Setembro de 2018, o Parque municipal foi fundado em outubro de 1985, durante a gestão do prefeito José Aurélio Vilela. O projeto do espaço de lazer foi elaborado por Gina Beatriz Rende (fotografia 201), arquiteta formada em 1990 pela UFMG (Universidade federal de Minas Gerais), em 1981 trabalhou na secretaria de planejamento de Poços de Caldas onde teve a oportunidade de participar da oferta do parque (POÇOS-NET, 2014); e também por Maria Fernandes Caldas (fotografia 202), também arquiteta, formada em 1981 pela PUCMG (Pontífica universidade católica de Minas Gerais) localizada em Poços de Caldas, onde alguns anos depois, pôde colaborar para o projeto do mesmo. (ESCAVADOR, 2018) Fotografia 201 - Gina Beatriz Rende
Fonte: CIDADE ARQUITETURA, 2012
Fotografia 202 - Maria Fernandes Caldas
Fonte: O TEMPO: CIDADES, 2018.
O parque possui cerca de 10 (dez) hectares e durante quase 30 (trinta) anos foi o único parque da cidade, até o nascimento do parque ecológico na zona sul. Para se aprimorar as noções do que a população está acostumada a utilizar e adaptar o novo espaço para parâmetros de seus usuários, fez-se uma apuração do programa de necessidades básico observado durante a visita técnica relatada na fotografia 203 de A à H. O parque conta com duas entradas pequenas de aproximadamente 2 (dois) metros de largura, onde, nestas entradas encontra-se uma guarita com banheiro e sala de vigilância. Possui um açude na entrada (fotografia 204), onde o mesmo abriga peixes e recebe visita de garças e outros pássaros. Entornando sua extensão, há uma pista de caminhada e corrida, espaço animal exclusivo, bicicletário e 2 (duas) academias ao ar livre, sendo uma delas em madeira. Há uma grande área de descampado, onde pessoas tomam banho de sol, um almoxarifado e áreas para prática de xadrez. Há poucas árvores ao meio do terreno onde ao centro, encontra-se o clássico playground em madeira e 10 (dez) quiosques com mesas e bancos para proteção do sol e descanso. Possui também um pequeno viveiro para pássaros, pista de bicicross, pista de skate, duas quadras poliesportivas e uma quadra de areia para prática de vôlei. O estacionamento do local fica ao redor onde em média, cabem 100 carros estacionados em vagas simples. Observando-se o paisagismo iminente, as árvores em sua maioria são pinheiros e palmeiras além da grama aparentar ser do tipo amendoim devido a caracterização de pequenas flores em meio as folhas. Muitos eventos acontecem no espaço, e por isso, existe um palco para realização de shows gratuitos e eventos do município em prol do lazer, da cultura e do esporte.
Fotografia 203 - Visita técnica (de A à H)
A - Área de descampado
C - Quadra de areia
D - Playground / Quiosques
E - Palco de eventos
F - Academia ao ar livre
G - Pista de Bicicross Fonte: Própria (2018).
B - Pista de corrida e caminhada
H - Guarita, Entrada e Almoxarifado
Fotografia 204 - Parque municipal Antônio Molinari Fonte: Própria (2018).
Fotografia 205 - 12 critérios para determinar um espaço público
5.3 DIRETRIZES PROJETUAIS As diretrizes projetuais são resultados de todos os estudos e análises efetuados no decorrer dos capítulos deste trabalho. Imprescindível para a consideração de diversos aspectos quanto a demanda da implantação do Parque ecológico municipal, foi a consultoria pública. ‘‘Os espaços públicos foram impostos em sua morfologia e funcionamento, sem participação efetiva dos cidadãos em seu planejamento e tomada de decisões, resultando muitas vezes em espaços alheios ao interesse da população. [...] Como consequência, é comum serem vistos quadros de exclusão social, grandes contrastes urbanos, má administração dos seus serviços, má manutenção, pouca criatividade nos projetos, má qualidade de materiais, projetos fora de contexto, entre muitos problemas.’’ (SILVEIRA et. al, 2016, pág. 16)
Às duas questões mais abordadas pelos moradores, foi a acessibilidade e a oferta de áreas esportivas seguidas pela securidade do espaço. Muitas pessoas preferem frequentar o Parque Antônio Carlos Mollinari devido às atratividades que existem por lá. A proposta visa, com todas as considerações acarretadas, manter o parque urbano, porém, com um significado diferente. Deseja-se propor uma área verde dotada de conservação de diversas espécies de vegetação, juntamente com o atendimento das necessidades da população. O espaço irá oferecer áreas contemplativas próximas aos lagos artificiais já inseridos através de decks permeáveis, ofertará espaços para comércio alimentício e de microempreendedores locais, que têm ocupado as praças dos bairros, sem grande frequência, destinando um espaço adequado ao desenvolvimento econômico da população. Também ofertará uma nova recepção de visitantes, acessos interessantes e diretos dos bairros adjacentes como atrativo, novas pistas de caminhada, ciclovias adequadas, um anfiteatro para manifestações culturais compartilhando seu uso com o espaço Tatersal que atualmente sedia shows e eventos além de um CIE (Centro de iniciação ao esporte) a fim de atender a população, em suas solicitações e incentivar práticas esportivas. Desta forma, considera-se os ‘‘Doze critérios para determinar um espaço público’’ como prelúdio do pensamento crítico em razão das problemáticas.
Fonte: GEHL et. al, (2006)
Segundo Gehl et. al (2006) as condições de infraestrutura de um espaço público podem ser classificadas com os quesitos vistos na fotografia 205. A aplicação dessas diretrizes projetuais são necessárias a espaços públicos sem qualidade de infraestrutura existentes e também a espaços que vão ser construídos. Portanto, a regência da proposta (fotografia 206), também segue tal ideologia em prol da fomentação de um projeto utilizável, qualitativo e atrativo.
Fotografia 206 - Diretrizes iniciais - Situação atual
AMPLIAÇÃO DA MATA CILIAR EXISTENTE.
MUDANÇA DE LOCAL DAS QUADRAS ESPORTIVAS CONTIDAS NO PARQUE PARA AMPLIAÇÃO DO ESTACIONAMENTO.
INSERÇÃO DE UM NOVO PAISAGISMO EM RAZÃO DE REDUZIR OS IMPACTOS DAS ENCHENTES DO JD. KENNEDY
REMOÇÃO DOS EDIFÍCIOS INSERIDOS NO PARQUE DEVIDO AO ALTO GRAU DE DEGRADAÇÃO.
INTERLIGAÇÃO DE BAIRROS PELO PARQUE A FIM DE EVITAR INVASÕES PELO AEROPORTO.
CRIAÇÃO DE UMA NOVA RECEPÇÃO PARA MELHORIAS DE ACESSO.
NOVO PROJETO DE PISTA DE CAMINHADA/CORRIDA A SE ADEQUAR À INSERÇÃO DE OUTROS EQUIPAMENTOS.
IMPLANTAÇÃO DE GUARITAS PARA CONTROLE DE ACESSO E DIMINUIR OS USUÁRIOS DE DROGAS. CRIAÇÃO DE PASSARELA E DECK PARA CONTEMPLAÇÃO PELOS LAGOS EXISTENTES Fonte: Própria (2018), Sem escala.
PROPOR PLURALIDADE DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE LAZER E ESPORTE.
5.4 DESENVOLVIMENTO DAS DIRETRIZES O desenvolvimento de um projeto para o parque ecológico, emerge a partir da participação popular e também em relação às potencialidades físicas e econômicas do local onde se insere. Após todas as análises efetuadas no diagnóstico da área de intervenção direta e indireta, adotam-se os princípios de manter-se a infraestrutura existente do mesmo a fim de adequar o novo projeto ao antigo estabelecimento do golfe clube, o qual tem grande importância histórica para a cidade de Poços de Caldas e também para o legado dos bairros sulistas.
- Qualidade ambiental Ampliar a área de preservação permanente com espécies de vegetação ripária nativa do município a fim de auxiliar no escoamento da água da chuva. Preservar a vegetação nativa e exótica existente no parque ecológico. Implantar viveiro com árvores frutíferas nativas para abrigar as aves que existem no parque.
COMO SE ORGANIZA? - Opinião pública Após a formulação de um questionário público disposto neste caderno como APÊNDICE I, conceitua-se a iniciativa de tornar o parque um local de manifestação cultural, esportiva e contemplativa que possa atender primordialmente, as milhares de pessoas que vivem na zona sul e assim, concomitantemente, atender o município e sua região com equipamentos que realmente sejam utilizados pela população. DA PERCEPÇÃO DOS PROBLEMAS LOCAIS
Projetar nova pista de corrida e caminhada que envolva toda a extensão do parque respeitando a vegetação exótica centenária. Projetar banheiros (áreas de apoio) para os usuários do local. Inserir equipamentos esportivos e de lazer, como quadras esportivas, pistas de skate e bicicross, playgrounds entre outros espaços para que haja manifestações culturais com mais frequência e a população tenha pluralidade de espaços de lazer nas horas vagas.
- Caminhabilidade Evitar o trânsito dentro do aeroporto a fim de prover segurança dos acessos entre bairros. Efetuar caminhos efetivos de interligação de bairros através do parque ao criar um bosque com vigilância e securidade. Criar passarelas sob o córrego do Ribeirão das Várzeas de Caldas. Melhorar os acessos principais do parque para descentralizar as atividades totais do mesmo. Criação de pistas de correr e caminhar para que o visitante explore o local em sua totalidade.
Projetar guaritas, recepção e paisagismo em prol da segurança dos frequentadores. Consequentemente, aumentará o volume de visitantes. Projetar locais para sediar eventos e espaços pra alimentação. Implantar mobiliários urbanos pois o mesmo apresenta deficit de locais contemplativos e de descanso, como bancos e quiosques. Estrutura esportiva para eventos de atletismo e de diversas modalidades esportivas. Toda e qualquer implantação edificada ou paisagística deva ser de fácil inserção e manutenção.
Fotografia 207 - Croqui implantação Fonte: Própria (2018).
Através das diretrizes projetuais e o pensamento urbanístico, desenvolvem-se os primeiros esboços da implantação e do ordenamento dos edifícios e dos equipamentos urbanos para compor o Parque ecológico (fotografia 207). Através da percepção e da pesquisa pública, estabelece-se que uma área de esportes irá induzir pessoas a praticarem atividades, visto que muitos locais existentes anteriormente foram desativados. Os edifícios existentes serão demolidos pois, sua situação precária e falta de função não irão agregar nada ao espaço. Mantém-se a área de descampado devido aos estudos expostos anteriormente sobre o aeroporto e suas limitações. A disposição e os acessos, são preliminarmente dispostos a fim de induzir a visitação ao parque todo, que, na atualidade, concentra suas atividades ao leste. Após conversar com pilotos no Aeroporto Walther Moreira Salles, os mesmos informaram que há projeto para murar toda a extensão do aeródromo, e isto se implanta na proposta também. Tendo em vista todo o anteprojeto, dá-se início a quantificação dos equipamentos de acordo com o Parque municipal e a dimensão preliminar dos edifícios que existirão, como se nota no programa de necessidades a seguir.
5.4.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES O programa de necessidades dos edifícios fora definido com embasamento teórico no livro Neufert A arte de projetar em arquitetura e nos prédimensionamentos estabelecidos pelo ministério do esporte. Os espaços exigidos para inserção no parque ecológico foram definidos como: 5.4.1.1 CIE (Centro de iniciação ao esporte) - ADMINISTRAÇÃO: Espaço direcionado para setor administrativo do centro de iniciação esportiva onde serão comportados os arquivos de alunos e professores, sede de matrículas e gestão do local.
5.4.1.2 ÁREAS EXTERNAS - PISTA DE SKATE: Área pública destinada à prática de skate através de obstáculos. - PLAYGOUND: Local público destinado à prática de lazer de crianças. - ACADEMIA AO AR LIVRE: Espaço público de exercícios físicos dotado de aparelhos para musculação. - PISTA DE BMX: Pista destinada a prática de bicicross (corridas com bicicleta). - ÁREAS DE APOIO: Vestiários e sanitários em pontos estratégicos do parque. - GUARITAS: Locais destinados a vigilância das entradas do parque ecológico.
- SALA DOS PROFESSORES: Espaço destinado para descanso, confraternização pedagógica e estar dos professores.
- PALCO: Local destinado a apresentações esporádicas de músicos locais em eventos públicos.
- ENFERMARIA: Sala destinada a alunos e funcionários como ação primária para casos emergenciais que necessitam de cuidados médicos.
5.4.1.3 NOVA RECEPÇÃO
- COPA: Local destinado para refeições dos funcionários do CIE e também para descanso.
- SECRETARIA: Local destinado a setorização de serviços administrativos, arquivos e outros serviços - ALMOXARIFADO: Local de armazenamento.
- DML: Local destinado para depósito de material de limpeza com tanque para lavagem. - GINÁSIO POLIESPORTIVO: Área de diversas modalidades esportivas com capacidade para 122 pessoas. - VESTIÁRIOS: Local destinado para troca de roupas de alunos e funcionários, podendo conter chuveiros. - SANITÁRIOS PÚBLICOS: Banheiros destinados a usuários do espaço (01 vaso a cada 80 homens e 60 mulheres; 01 lavatório a cada 60 pessoas). - SALA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO: Sala composta de equipamentos que exercitam a força, a velocidade, o equilíbrio, agilidade e coordenação, símile a academias.
- SALA DE VIGILÂNCIA: Espaço para seguranças e vigilantes. - COPA: Local destinado para refeições dos funcionários e também para descanso. - SALA DE MANUTENÇÃO: Espaço destinado à equipamentos de manutenção para os edifícios e paisagismo. - SANITÁRIOS PÚBLICOS: Banheiros destinados a usuários do espaço (01 vaso a cada 80 homens e 60 mulheres; 01 lavatório a cada 60 pessoas). Com todo o programa de necessidades definido são feitos os dimensionamentos mínimos, para se obter os espaços segundo a tabela 10.
Tabela 10 - Pré-dimensionamentos
AMBIENTES
QUANTIDADE
ÁREA
ÁREA TOTAL
Administração
01
40m²
40m²
Sala de professores
01
30m²
30m²
Enfermaria
01
30m²
30m²
Copa ADM
01
20m²
20m²
DML
01
10m²
10m²
Ginásio poliesportivo
01
818m²
818m²
Vestiários
02
55m²
110m²
Sanitários públicos
02
17,50m²
35m²
Sala Condicionamento físico
01
200m²
200m²
Sanitáriosda SCF
02
22,80m²
45,60m²
Almoxarifado
01
10m²
10m²
Copa Sala dos Professores
01
22,80m²
45,60m²
DML boca de elefante
01
48m²
48m²
AMBIENTES
QUANTIDADE
ÁREA
ÁREA TOTAL
Pista de Skate
01
102,75m²
102,75m²
Playground
01
138,75m²
138,75m²
Academia ao ar livre
01
231,38
231,38m²
Pista de BMX
01
150m²
150m²
Áreas de apoio
06
52,60m²
315,60m²
Guaritas
03
24,60m²
73,80m²
Palco de Eventos
01
112,50m²
112,50m²
QUANTIDADE
ÁREA
ÁREA TOTAL
Secretaria
01
30m²
30m²
Almoxarifado
01
12m²
12m²
Copa
01
15m²
15m²
Sala de vigilância
01
15,35m²
15,35m²
Sala de manutenção
01
12m²
12m²
Sanitários públicos
02
25,30m²
50,60m²
AMBIENTES
Fonte: Própria (2018)
5.4.2 Conceituando CIE : Centro de iniciação ao esporte O CIE (Centro de iniciação ao esporte) é uma iniciativa do Ministério do Esporte. Seus objetivos são implantar em áreas de vulnerabilidade social e econômica, equipamentos de incentivo à prática esportiva nas cidades brasileiras através de recursos públicos. Outro foco deste programa, é o nascimento de atletas em diversas cidades do território brasileiro, aumentando a possibilidade de carreira e maior pluralidade de modalidades esportivas praticadas por crianças e jovens nos CEIs através de infraestruturação adequada. (MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2017) Esta categoria de obra pública faz parte do PAC 2 (Programa de aceleração do crescimento), segunda categoria, que implanta recursos públicos através do banco CAIXA para transporte, cultura, área social entre outras categorias, focalizando o desenvolvimento urbano das cidades, bem como o programa Minha Casa, Minha vida. São mais de 137 (centro e trinta e sete) unidades espalhadas pelo Brasil, havendo no estado de Minas Gerais 10 (dez) unidades. Pelo âmbito de ‘‘obra pública’’ o Ministério do Esporte dispõe alguns manuais para a inserção dos centros esportivos. Os projetos fornecidos por um arquiteto urbanista e engenheiro civil, devem estar de acordo com os modelos pré-estipulados de CIEs, dentro do caderno técnico-operacional do programa de centro de iniciação ao esporte, instituído em abril de 2014, onde a padronização dos edifícios devem acompanhar as diretrizes projeto arquitetônico, estrutural, eólico, ambiental entre outros. (MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2015)
Tabela 11 - Modelos de Layout para CIEs
Modelos dos CIES
Equipamentos
Área do Área a ser Terreno construída
Ginásio Poliesportivo (arquibancada para 122 ou 177 lugares) MODELO I
Área de Apoio (administração, sala de professores/técnicos, vestiários,
2.500m²
1.600 ou 1.800 m²
chuveiros, enfermaria, copa, depósito, academia, sanitário público.) Ginásio Poliesportivo (arquibancada para 122 ou 177 lugares) Área de Apoio (administração, sala de MODELO II
professores/técnicos, vestiários,
3.500m² 2.750 m²
chuveiros, enfermaria, copa, depósito, academia, sanitário público.) Quadra Externa Descoberta Ginásio Poliesportivo (arquibancada para 122 ou 177 lugares) Área de Apoio (administração, sala de MODELO III Fotografia 208 à 210
professores/técnicos, vestiários,
7.000m² 3.750 m²
chuveiros, enfermaria, copa, depósito, academia, sanitário público.) Estruturas de atletismo
Fonte: Ministério do esporte: Centro de incentivo ao esporte (2018).
Como objetivo do TFG (trabalho final de graduação), toma-se como referência de projeto, o modelo III do CIE, para oferta de um equipamento esportivo de inserção no Parque ecológico municipal, devido à alta proporção de solicitação de áreas esportivas da própria população. Em análise ao manual dos Centros de iniciação ao esporte, embasa-se o projeto arquitetônico com o programa de necessidades similar ao proposto pelo ministério do esporte, em prol da capacitação de atletas e oferta de qualidade de infraestrutura para os praticantes da cidade e da região. Tal programa de necessidades foi fomentado para atender a todo o território nacional, tornando a proposta plausível à adequação para implantação neste contexto.
Fotografia 208 - Atletismo Fonte: MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2018.
Fotografia 209 - Ginástica Fonte: MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2018.
Fotografia 210 - Futebol de salão Fonte: MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2018.
5.4.3 ANTEPROJETO O anteprojeto se desdobra a partir de um eixo central de interligação entre as duas entradas principais do parque ecológico. Através do conceito de permeabilidade dos espaços disposto anteriormente, os acessos diretos entre bairros irão facilitar a caminhabilidade e acarretar a indução de pedestres a adentrarem o novo espaço através de caminhos com melhor infraestrutura e maior segurança no trânsito, visto que muitos moradores dependem dos bairros adjacentes para efetuar suas atividades. Ao norte a APP (Área de preservação permanente), delineia o terreno enquanto ao sul o Aeroporto Walther moreira Salles está instalado. As alternativas de mobilidade são facilitadas pelo eixo leste e oeste e ramificadas ao norte com intervenções mínimas na mata ciliar, que serão repostas em sua ampliação. Focando na descentralização de atividades da área leste do parque, a disponibilização dos atrativos de interesse popular serão colocados da seguinte forma, onde se verifica através da fotografia 211: No item 1 (um) serão implantados uma guarita de vigilância, áreas de apoio (banheiros), playgrounds, locais de descanso caracterizados como quiosques, a praça de eventos com estruturação para foodtrucks e será permeado pela pista de caminhar e correr. No item 2 (dois) vislumbra-se a área contemplativa do parque, onde serão mantidos os lagos artificiais e adequados decks de visitação que comportarão em seus arredores, descampados para sediar feiras livres e comércio informal. Será inserido um palco de eventos nas margens dos lagos um pergolado, com estrutura para cobertura com lona transparente, pois atualmente os shows do parque não possuem local adequado para eventos; áreas de apoio (banheiros) e playgrounds.
O item 3 (três) se denomina como ‘‘descampado’’, onde o paisagismo será ameno em razão do plano de segurança de vôos, boa oportunidade para aperfeiçoar a área de críquete. Por último o item 4 (quatro) contará com 6 (seis) quadras esportivas, 2 (duas) quadras de futebol society externo e 3 (três) quadras de tênis, além de um campo de futebol com estrutura de atletismo pois há apenas uma no município. A área esportiva será auxiliada pelo CIE onde as práticas competitivas serão resgatadas na região, incentivando o esporte competitivo e treinamento de futuros atletas. Também será criada uma nova recepção na entrada pela avenida Alcoa em substituição da antiga e a reformulação do estacionamento. Figura 211 - Plano de organização
4
2
3 1 1 - Lazer ativo 2 - Área contemplativa 3 - Descampado 4 - Área esportiva Eixo da pista de caminhar Fonte: Própria (2018)
Figura 212 - Croqui caminhos entre parque e bairros.
Figura 213 - Croquis edifícios.
Fonte: Própria (2018)
Os primeiros croquis dos edifícios (fotografias 212 e 213), foram conceituados pelos princípios de linearidade, clareza, simetria e ritmo. Para executar o conceito, os prédios serão trabalhados com volumetrias alternadas em diversas dimensões geométricas e perpendiculares para ornar com as construções dos bairros, sem causar grande choque no cotidiano da população. Buscará efetuar conexão direta entre a vegetação e a construção, com a implantação de aberturas que permitirão luz natural e feição de jardins centrais. A utilização de materiais robustos será priorizada nos projetos das edificações, onde a madeira, o concreto e o aço serão componentes largamente utilizados devido à sua durabilidade e difícil degradação. Todo Pinus pinaster que precisar ser retirado para a implantação dos imóveis, será utilizado na ornamentação dos mesmos em busca de economia na proposta. A madeira também irá compor os caminhos/pontes, entre os bairros e o parque, na criação do bosque da pedra do dente. Fonte: Própria (2018)
N
PAISAGISMO - ESPÉCIES ESPÉCIES NATIVAS AROEIRA PIMENTEIRA
ESPÉCIES EXÓTICAS CAPIM GORDURA
Schinus terebinthifolius
Melinis minutiflora
ÁRVORE DE SABÃO
CAPIM MACEGA ESTALADERA
Sapindus saponaria L.
Saccharum angustifolium (Nees) Trin.
CALIANDRA
CAPIM PALMEIRA
Calliandra brevipes Benth.
Molineria Capitulata
CÁSSIA
Cassia spectabilis DC.
CIPRESTE ITALIANO Cupressus sempervirens
CORTICEIRA
CIPRESTE PORTUGUÊS
Erythrina crista - galli L.
Cupressus lusitanica
GUAPURUVU
COROA-DE-CRISTO
Schizolobium parahyba (Vell.) Blake
Euphorbia milii
IPÊ AMARELO
JACARANDÁ
Handroanthus alba (Cham) mattos
Jacaranda mimosifolia D. Don
IPÊ ROSA
MATA CILIAR
Handroanthus heptaphylla (Vell.) mattos
Vegetação existente
JERIVÁ Syagrus romanzoffiana (Cham) Glassman
PALMITO JUÇARA Euterpe edulis
QUARESMEIRA
PINHEIRO BRAVO
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.
Pinus pinaster (*Vegetação existente)
SIBIPIRUNA Caesalpinia peltophoroides (Benth.) G. P. Lewis
SAGU-DE-JARDIM Cycas revoluta
Fotografia 214 - Implantação / paisagismo do Parque ecológico Fonte: Própria (2018).
0
20
50
ESCALA GRÁFICA
100
200 Fotografia 215 - Planta de situação do Parque ecológico Fonte: Própria (2018).
Fotografia 216 - Implantação / paisagismo do Parque ecológico Fonte: Própria (2018).
Fotografia 218 - Recepção: Planta de pavimento térreo B
6,00
5,40
A
4,45
5,40
4,00
1,00
+0,15
P2
5,00
MANUTENÇÃO
1,90
5,00
2,90
+0,15
J3
1,90
3,00
3,00
4,00
J6
BANHEIRO MASCULINO
1,00
4,45
N
P2 3,95
3,75
P3
17,45
J6
20,35 4,46
PROJEÇÃO DA LAJE
5,60
9,60
PROJEÇÃO DA LAJE
PROJEÇÃO DA COBERTURA
P2
+0,15
7,70
+0,15
BANHEIRO FEMININO
COPA
PROJEÇÃO DA COBERTURA
J2
3,00
P3
4,45
J1
3,00
P1 ADMINISTRAÇÃO
P2 ALMOXARIFADO
J5
65
J1
5,
3,70
3,45
+0,15
3,40
0,60
+0,15
C
J4
2,38
P2
3,70
C
45° SALA DE VIGILÂNCIA +0,15
0,20
PROJEÇÃO DO PÓRTICO DE ENTRADA
1,00
10,40
5,40 16,80
A
B
Planta de Pavimento Térreo ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 219 - Recepção: Planta de cobertura B
6,40 1,00
5,40
A
N
6,40
20,15
13,05
LAJE IMPERMEABILIZADA i=3%
Telha Sanduíche
(i=3%)
Telha Sanduíche
17,40
LAJE IMPERMEABILIZADA
1,00
15,75
5,40
C
C
1,00
10,40
5,40 16,80
A
B
Planta de Cobertura Escala 1:100 ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 220 - Recepção: Cortes Pórtico em Ripado de madeira 3 cm
0,90
4,80 2,20
2,40
3,45
3,85
3,11
4,00
0,55
1,65
0,80
0,93
Telha Sanduíche I = 3%
Corte A:A
0,60
Telha Sanduíche I = 3%
1,10
3,45
1,00
3,60 2,45
2,10
3,85
4,80 4,00
0,55
1,35
Pórtico em Ripado de madeira 3 cm
Corte B:B
Telha Sanduíche I = 3%
0,40
0,60
Telha Sanduíche I = 3%
1,75
Pórtico em Ripado de madeira 3 cm
4,00
3,45
Laminado de PVC
2,10
2,35
3,43
3,85
3,60
4,80
Beiral de madeira
Laminado de PVC
Corte C:C ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 221 - Recepção: Fachadas
Fachada Leste
Fachada Oeste
Fachada Sul Escala 1:100
Fachada Norte Escala 1:100
ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m 2m
3m
Fotografia 222 - Recepção: Maquete eletrônica Fonte: Própria (2018).
Fotografia 223 - Apoio: Planta de pavimento térreo
B
5 3
0,35
9,40 9,10
4,25
1,65
1,65
2,35
3,80
A
P4 6,10
6,10
P4
2,10
J7
1,65
2,10
1,65
54
+0,15
J7
BANHEIRO FEMININO
+0,15
A
BANHEIRO MASCULINO
6,50
3,05
4,45
4,45
4,25
2,35 PROJEÇÃO DA LAJE
2,55
4,00
2,55
B
PROJEÇÃO DO ORNAMENTO EM RIPADO DE MADEIRA
5 1
Planta de Pavimento Térreo - Apoio
ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
52
Fotografia 224 - Apoio: Planta de cobertura
B
5 3 9,40
6,85
A
9,95
Telha Sanduíche
(i=3%)
Telha Sanduíche
A
4,70
(i=3%)
4,70
3,10
54
B
5 1
Planta de Cobertura - Apoio
ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
52
0,17
Fotografia 225 - Apoio: Cortes
Ripado de de madeira 3 cm
1,15
1,90
2,20
Ripado de de madeira 3 cm
3,35
3,20
4,40
0,75
3,08
1,60
0,70
0.90
Telha Sanduíche I = 3%
Corte A:A - Apoio
0,90
Telha Sanduíche I = 3%
3,35
3.20
3,25
4,40
1,05
Ripado de madeira 3 cm
Corte B:B - Apoio
ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 226 - Apoio: Fachadas
Fachada 1 - Apoio
Fachada 3 - Apoio
Fachada 4 - Apoio
ESCALA GRÁFICA
Fachada 2 - Apoio Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 227 - Apoio: Maquete eletrônica Fonte: Própria (2018).
Fotografia 228 - Guarita: Planta de pavimento térreo e cobertura
D
5 7
+0,15
P5 58
1,60
Banheiro
4,20
J8
1,10
2,10
P5 VIGILÂNCIA +0,15
2,50
0,80
C
4,00
56
1,80
1,30
2,90
C
J9
PROJEÇÃO DO RIPADO EM MADEIRA
5 5 D
Planta de Pavimento Térreo - Guarita 5 7
D
0,65
Cobertura em madeira
C
7,95
5 5 D
Planta de Cobertura - Guarita
ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
56
4,50
(i=10%)
C
3,75
Telha Ondulada
58
4,20
3,35
1m
2m
3m
Fotografia 229 - Guarita: Cortes
3,00
2,25
2,60
0,25
2,25
1,55
Telha Ondulada I = 10%
0,20
Ripado de madeira 3 cm
Corte C:C Ripado de madeira 3 cm
Ripado de madeira 3 cm
4,75
0,40 1,65
0,65 2,20
0,95
2,85
0,751,00 2,10
1,55
Telha Ondulada I = 10%
ESCALA GRÁFICA
Corte D:D Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 230 - Guarita: Fachadas
Fachada 5 - Guarita
Fachada 7 - Guarita
Fachada 6 - Guarita
Fachada 8 - Guarita ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 231 - Guarita: Maquete eletrônica Fonte: Própria (2018).
Fotografia 232 - Planta de locação - CIE (Centro de iniciação ao esporte) Fonte: Própria (2018).
Fotografia 233 - Centro de iniciação ao esporte: Planta de pavimento térreo A
C
44,00
2,00
2,85
6,00
1,20
J21
J20
PROJEÇÃO DO MUXARABI EM MADEIRA
3,30
25,40
3,50
3,30
0,20
PROJEÇÃO DE DETALHE ORNAMENTAL EM AÇO CORTEN
J22 COPA +0,15
BANHEIRO MASCULINO
BANHEIRO FEMININO
+0,15 5,30
P4
P7
P7
6,50
20,00
3,30
+0,15 5,30
ADMINISTRAÇÃO +0,15
16,00
ALAMBRADO DE PROTEÇÃO
J19
P9
23,70
7,00
PROJEÇÃO DO MUXARABI EM MADEIRA
J18
P13 ENFERMARIA
20,40
+0,15
J23
2,00
GINÁSIO POLIESPORTIVO +0,15
J17 1,80 8,00
4,00
J16
DML BOCA DE ELEFANTE
P12
41,85
+0,15
J16
P8
P9
P10
P10
P11
4,75
6,70 PROJEÇÃO DO MUXARABI EM MADEIRA
P11 8,35
36,45
6,70
6,00
6,70
VESTIÁRIO FEMININO
2,55
0,65
VESTIÁRIO MASCULINO
J14
COPA +0,15
J14
ALMOXARIFADO
DML +0,15
C
+0,15
2,21
J13 J15
N
SALA DE PROFESSORES
ÁREA DE VENTILAÇÃO
+0,15
+0,05 +0,15 1,75
+0,15
1,75
3,40
0,90
2,75
B +0,15
J12
+0,15
15,75
2,00
B
J12
ESPAÇO EXTERNO PARA DANÇA 3,50
+0,05 7,00
2,40
3,00
6,70
P7
PROJEÇÃO DA COBERTURA
6,70
P7
J11 4,00
SALA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO +0,15
P6
R0,3
29,40
0,50
MUXARABI DE MADEIRA
2,00
3,70
0
J10
0,15
12,95
PROJEÇÃO DA COBERTURA
7,00
29,80
6,05
44,00 A
Planta de Pavimento Térreo - Centro de Iniciação ao esporte (CIE) ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
1,15
N
Fotografia 234 - Centro de iniciação ao esporte: Planta de cobertura
36,80 7,20
11,95
C
44,00
6,20
20,50
4,65
1,00
0,15
Telha Galvanizada (i=5%)
Laje Alveolar com capeamento impermeabilizado
Lanternim
Telha Galvanizada (i=5%)
Telha Galvanizada (i=5%)
Muxarabi em madeira
23,90
0,15
A
11,95
Telha Galvanizada
41,70
41,70
(i=5%)
Painel ornamental em aço corten
C
B 15,80
B
17,80
Laje Impermeabilzada
2,00
Laje Alveolar com capeamento impermeabilizado
7,00
29,80 44,00
7,35
A
ESCALA GRÁFICA
Planta de Cobertura - Centro de Iniciação ao esporte (CIE) Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 235 - Centro de iniciação ao esporte: Cortes Telhado em estrutura metálica
8,15
7,30
6,90
3,12
Muxarabi em madeira
Beiral em laje de EPS
1,05
4,10
4,55 3,50
3,85 2,10
0,60
0,75
1,00
5,30
1,40
1,95 4,55
4,75
4,70
8,10
0,75
0,60
12,00
Laje Alveolar com capeamento em concreto impermeabilizado
Corte A:A
Laje Alveolar com capeamento em concreto impermeabilizado
Laje Alveolar com capeamento em concreto impermeabilizado
Beiral em laje de EPS
0,75
4,10
5,30
1,90
0,60
1,80
1,80
2,00
1,00
3,70
0,80
4,70
1,80
1,50
5,30 0,80
Forro em gesso
2,80
2,10
2,70
0,75
0,60
0,60
Jardim de Inverno
Corte B:B
Laje Alveolar com capeamento em concreto impermeabilizado
5,30
4,20 3,15
0,60
0,45
2,20
2,60
2,60
4,80
4,65
1,60
1,20
0,75
1,10
0,75
0,55
0,60
Beiral em laje de EPS
Corte C:C
ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m
2m
3m
Fotografia 236 - Centro de iniciação ao esporte: Fachadas
Fachada Sul
Fachada Leste
Fachada Oeste
Fachada Norte
ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018).
1m 2m
3m
Fotografia 237 - Maquete eletrônica - CIE (Centro de iniciação ao esporte) Fonte: Própria (2018).
Figura 239 - Palco de eventos: Plantas de Pavimento 1,43
0,37
4,35
8,35
1,20
Sobe 01 02 03 04
8,20
PROJEÇÃO DO PERGOLADO DE MADEIRA
7,50
PALCO DE EVENTOS +0,70
P.D = 4,70 cm
PROJEÇÃO DO PERGOLADO DE MADEIRA
1,50
4,65
8,35
1,20
15,70
Planta de Pavimento Térreo - Palco de Eventos
1,43
0.37
3,35
N
1,00
8,55
1,20
Desce 01 02 03 04 FLOREIRA
7,50
7,20
LOCAL DESCOBERTO PARA PERGOLALDO DE MADEIRA
FLOREIRA
15,70
Planta de Cobetura - Palco de Eventos
N
ESCALA GRÁFICA
Fonte: Própria (2018)
1m
2m
3m
Figura 240 - Palco de eventos: Fachadas
Fachada Leste - Palco de Eventos
Fachada Oeste - Palco de Eventos
Fachada Norte - Palco de Eventos
Fachada Sul - Palco de Eventos
ESCALA GRร FICA
Fonte: Prรณpria (2018)
1m
2m
3m
Fotografia 241 - Palco de eventos: Maquete eletrônica Fonte: Própria (2018).
5.5.1 ESTRUTURA A estrutura das edificações do parque ecológico foram pensadas para pactar com o método construtivo comum na zona sul. Através dos conceitos de robustez e clareza, os edifícios de apoio, as guaritas e a recepção utilizam o método de alvenaria com tijolos de 08 (oito) furos, reboco e texturização de concreto aparente com uma ornamentação por ripas de madeira reutilizadas do próprio terreno. O palco de eventos é como um pergolado de madeira com estruturação para possíveis coberturas temporárias. Os quiosques são feitos em madeira, com sua forma convencional como os utilizados no parque municipal Antônio Molinari. Tais edificações até agora explanadas, com exceção dos quiosques, obterão fundação em radier, uma laje em concreto armado de contato direto com o solo, onde a mesma recebe a carga dos pilares e paredes. Esta fundação é definida em causa da umidez do solo, topografia plana e bom desempenho em obras de pequeno porte. (PRACONSTRUIR, 2017) As coberturas utilizadas nestes locais serão telhas sanduíche de 40mm. Esta cobertura possui diversas vantagens sendo algumas delas a sua baixa inclinação, baixo custo, sua composição obter materiais recicláveis, longa vida útil e boa eficiência termoacústica. O CIE (centro de iniciação ao esporte) utilizará outros tipos de estratégias construtivas. Devido à disponibilização de grandes vãos em sua estrutura, esta edificação utilizará de métodos específicos para sua implantação. A área poliesportiva utilizará a alvenaria comum em conjunto com telhado em estrutura metálica com tesouras treliçadas e cobertura de telhas galvanizadas de 60mm, auxiliada com lanternim para iluminação e eficiência térmica.
As demais coberturas serão efetuadas em laje protendida alveolar de 40cm, feita em concreto protendido de alta resistência. Suas vantagens envolvem rapidez na execução da obra, pouco escoramento, leveza das lajes e boa aparência. Esta dimensão de laje pode atingir até 14 (quatorze) metros de vão livre auxiliando também na redução de altura de vigas e pé direito alto. (PREMONTA, 2014) Figura 242 - Detalhe construtivo
Fonte: Própria (2018)
Devido à inserção de uma laje em balanço externa à sala de condicionamento físico, foi implantado um pilar árvore, popularmente conhecido por ‘‘árvore estrutural’’, feito de coluna metálica com concreto armado. (PORTAL METÁLICA, 2018) A fundação sugerida para o CIE são sapatas profundas com estaqueamento em concreto. O senso comum do local indica solo fofo e úmido portanto, já que não fora feita sondagem do solo, apenas indica-se em corte o tipo de fundação. A ornamentação do CIE é feita pelo concreto aparente, muxarabis de madeira que são painéis ripados que auxiliam na insolação e ventilação locais, além de seu belo efeito decorativo. Também seram utilizadas chapas em aço corten de efeito ornamental apenas, as quais possuem diversas vantagens como resistência a corrosão, alta resistência mecânica (por sua leveza), alta duração, sua estética é diferenciada, é um material reciclável e a sua instalação é rápida. (TUDO CONSTRUÇÃO, 2018)
Fotografia 243 - Zoom pilar árvore Fonte: Própria (2018).
Fotografia 244 - Lago com árvores Fonte: Freepik (2018).
212
PAISAGÍSTICO Figura 245 - Aroeira Pimenteira
01 Nome Popular: Aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira ou poivre-rose Nome científico: Schinus terebinthifolius Classificação superior: Schinus Porte: 5 à 9 metros Família: Anacardiaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: ArqBlog, 2016. Figura 246 - Árvore de sabão
02 Nome Popular: Árvore-do-sabão, fruta-do-sabão ou sabão-de-soldado. Nome científico: Sapindus saponaria L. Classificação superior: Sapindus Porte: 5 à 9 metros Família: Caryophyllaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: Viva Floresta, 2018.
213
PAISAGÍSTICO 03
Figura 247 - Caliandra
Nome Popular: Esponjinha-vermelha, Calliandra. Nome científico: Calliandra brevipes Benth Classificação superior: Calliandra Porte: 2 metros Família: Fabaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: Uma flor por dia, 2014.
04
Figura 248 - Capim gordura
Nome Popular: Capim gordura Nome científico: Melinis minutiflora Classificação superior: Melinis Porte: 1 metro Família: Poaceae Classe: Monocotiledónea / Magnoliopsida
Fonte: Modos de olhar, 2018.
214
PAISAGÍSTICO Figura 249 - Capim macega esaladeira
05 Nome Popular: Capim Macega, macega, macega-brava ou cana-brava. Nome científico: Saccharum angustifollium (Nees) Trin Classificação superior: Erianthus Porte: 1,50 metros Família: Poaceae Classe: Equisetopsida C. Agardh
Fonte: Pedruzzi, 2008. Figura 250 - Capim Palmeira
06 Nome Popular: Curculigo, capim-palmeira Nome científico: Molineria capitulata Classificação superior: Molineria Porte: 0,90 à 1,80 metros Família: Hypoxidaceae Classe: Monocotiledónea / Magnoliopsida
Fonte: Tatiana, 2016.
215
PAISAGÍSTICO 07
Figura 251 - Cássia
Nome Popular: Chuva-de-ouro, Canafístula, Cássiafístula, Cássia-imperial. Nome científico: Cassia spectabilis DC Classificação superior: Cassia Porte: 4,70 à 12 metros Família: Fabaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: Mercado livre, 2014.
08
Figura 252 - Cipreste italiano
Nome Popular: Cedro-bastardo, cipreste-comum, cipreste-de-itália, cipreste-do-mediterrâneo etc. Nome científico: Cupressus sempervirens Classificação superior: Cupressus Porte: 15 metros Família: Cupressaceae Classe: Conifers
Fonte: Planta mundo, 2011.
216
PAISAGÍSTICO Figura 253 - Cipreste português
09 Nome Popular: Cipreste-Português, pinheirinho, cedrode-goa, cedro-de-portugal, cedro-de-buçago etc. Nome científico: Cupressus lusitanica Classificação superior: Cupressus Porte: 20 â 30 metros Família: Cupressaceae Classe: Pinopsida
Fonte: Pictureicon, 2017. Figura 254 - Coroa-de-cristo
10 Nome Popular: Coroa-de-cristo, colchão-de-noiva, doisirmãos, bem-casados, coroa-de-espinhos, martírios etc. Nome científico: Euphorbia milii Classificação superior: Euphorbia Porte: 2 metros Família: Euphorbiaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: Uma flor por dia, 2015.
217
PAISAGÍSTICO 11
Figura 255 - Corticeira
Nome Popular: Corticeira, eritrina-crista-de-galo, bicode-papagaio, sapatinho-de-judeu, flor de corau etc. Nome científico: Erythrina crista-galli L. Classificação superior: Erythrina Porte: 10 metros Família: Fabaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: LOF, 2016.
12
Figura 256 - Guapuruvu
Nome Popular: Guapuruvu, Bacurubu, Bacuruva, Bacuruvu, Badarra, Birosca, Faveira, Ficheira etc. Nome científico: Schizolobium parahyba (vell.) Blake Classificação superior: Schizolobium Porte: 12 à 30 metros Família: Fabaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: Metaphyta, 2012.
218
PAISAGÍSTICO Figura 257 - Ipê amarelo
13 Nome Popular: Ipê-amarelo, ipê, aipê, ipê-branco, ipêmamono, ipê-mandioca, ipê-ouro, ipê-pardo etc. Nome científico: Handroanthus albus (Cham) mattos Classificação superior: Handroanthus Porte: 4 à 10 metros Família: Bignoniaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: R7, 2011. Figura 258 - Ipê rosa
14 Nome Popular: Ipê-rosa, ipê-roxo-bola, ipê-rosa-defolha-larga, pau-d'arco-roxo, ipê-de-minas, piúna etc. Nome científico: Handroanthus heptaphylla (Vell.) mattos Classificação superior: Handroanthus Porte: 8 à 12 metros Família: Bignoniaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: Infobit, 2018.
219
PAISAGÍSTICO 15
Figura 259 - Jacarandá
Nome Popular: Jacarandá, jacarandá-mimoso Nome científico: Jacaranda Classificação superior: Jacarandeae Porte: 2 à 30 metros Família: Bignoniaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: Mercado livre, 2018.
16
Figura 260 - Jerivá
Nome Popular: Jerivá, baba-de-boi, coco-catarro, coqueiro, coqueiro-jerivá, coquinho-de-cachorro etc. Nome científico: Syagrus romanzoffiana Classificação superior: Syagrus Porte: 6 à 15 metros Família: Arecaceae Classe: Liliopsida
Fonte: Sítio da mata, 2018.
220
PAISAGÍSTICO Figura 261 - Palmito Juçara
17 Nome Popular: Palmito-Juçara, Içara, palmito-doce, palmiteiro e ripeira. Nome científico: Euterpe edulis Classificação superior: Euterpe Porte: 5 à 10 metros Família: Arecaceae Classe: Liliopsida
Fonte: Floresta Brasil, 2018. Figura 262 - Pinheiro bravo
18 Nome Popular: Pinheiro-bravo, pinheiro-marítimo, pinheiro-das-landes Nome científico: Pinus pinaster Classificação superior: Pinus Porte: 25 à 40 metros Família: Pinaceae Classe: Pinopsida
Fonte: Museu virtual de manteigas, 2018.
221
PAISAGÍSTICO 19
Figura 263 - Quaresmeira
Nome Popular: Quaresmeira, flor-de-quaresma, quaresmeira-roxa. Nome científico: Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn Classificação superior: Tibouchina Porte: 9 à 12 metros Família: Melastomataceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: JL ecológico, 2017.
20
Figura 264 - Sagu-de-jardim
Nome Popular: Cica, palmeira-sagu, sagu, sagu-dejardim Nome científico: Cycas revoluta Classificação superior: Cyca Porte: 3 à 3,60 metros Família: Cicadaceae Classe: Cycadopsida
Fonte: Sítio da mata, 2018.
222
PAISAGÍSTICO Figura 265 - Sibipiruna
21
Nome Popular: Sibipiruna, coração-de-negro, sebipira e sibipira. Nome científico: Caesalpinia peltophoroides (Benth.) G. P. Lewis Classificação superior: Caesalpinia Porte: 28 metros Família: Fabaceae Classe: Magnoliopsida
Fonte: Nativas do Brasil, 2017.
A referência do catálogo foi baseada nos livros plantas para jardim no Brasil, por Lorenzi (2015). O paisagismo foi selecionado de acordo com levantamentos efetuados no bairro do jardim dos estados, município de Poços de Caldas, onde identificaram-se espécies nativas e exóticas do mesmo. Desta forma, a arborização que já se comporta bem na região e é conhecida pela população, será de melhor adaptação ao contexto atual, tornando o paisagismo do Parque ecológico mais sortido e dinâmico. (TAVARES et. al, 2015) Exceto as árvores nativas e exóticas implantadas no novo projeto, foram aproveitados os pinheiros centenários, determinados como Pinus Pinaster, do antigo Clube de golfe. Este tipo de pinheiro foi largamente utilizado devido a sua característica de cercamento de áreas, ou seja, a divisão entre bairro, clube, de caminhos para o golfe e separação do aeroporto através de arborização. Contornar os pinheiros existentes foi uma das sacadas projetuais para o terreno. Na ampliação da APP (Área de preservação permanente) selecionou-se vegetação ripária muito utilizada em matas ciliares, sendo algumas delas: Peroba Poca, Ingá, Palmito-Juçara, Pau-formiga, Pau viola, gabiroba, cedro do brejo, Araribá, Angico branco entre outros com categorização B na tática de recuperação de matas ciliares imposta por Martins (2011), sendo B áreas com inundação temporária, caráter do local de intervenção.
Fotografia 266 - Deck com árvores Fonte: Freepik (2018).
5.5.3 ESTRATÉGIA ACÚSTICA
Figura 267 - Barreira topográfica
BARREIRA SONORA : Arborização e muros Ao se inserir todos os equipamentos de esporte e lazer dentro do parque, a questão de acústica é relevante à se apurar. Visto que o palco fica próximo ao bairro Jardim Kennedy II e a edificação não se caracteriza como concha acústica, por causa da simplicidade das apresentações sediadas pelo local, então consideram-se as barreiras acústicas. De acordo com Souza, Almeida e Bragança (2012), explana-se que a intensidade sonora de qualquer tipo, pode ser amenizada de acordo com a disposição de barreiras, como elementos topográficos (árvores, taludes, arbustos) ou arquitetônicos (muros, paredes, edifícios). Observa-se nas imagens ao lado, a percepção dos tipos de barreiras indagados pelos autores onde a fotografia 267 demonstra exemplificação da barreira por talude, a fotografia 269 a barreira por parede e a fotografia 268 que demonstra a consideração subjetiva de inibição de ruídos, onde o aspecto visual ajuda na percepção do ruído auxiliado pela massa arbóreas que reflete o barulho do local para si mesmo. (SOUZA, ALMEIDA E BRAGANÇA, 2012)
Figura 268 - Barreira arquitetônica + arbórea
Figura 269 - Barreira arquitetônica
Figura 270- Dois aspectos da barreira
‘‘A barreira acústica é o tratamento dado ao meio, tendo dois aspectos importantes para serem considerados no projeto, a fim de que se integre ao entorno: - redução da captação sonora pelo ouvinte; e - intensificação sonora na região voltada para a fonte. Para proposição de uma barreira acústica, o arquiteto deve observar estes dois aspectos.’’ (SOUZA, ALMEIDA E BRAGANÇA, pág. 73, 2012) Fonte: Bê-á-bá da acústica, 2012. (De 266 à 269)
FotograďŹ a 271 - Palco de eventos Fonte: Freepik (2018).
5.5.4 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS As estratégias bioclimáticas são aplicadas na arquitetura como soluções construtivas que aproximam-se da sustentabilidade. Busca-se adequar a edificação ao meio inserido, aproveitando os recursos da natureza, como a iluminação e a ventilação natural, em conjunto com a escolha de materiais construtivos de categorização reciclável ou reutilizável. Esta tecnologia busca sustentar-se em 03 (três) fatores que são: O conforto ambiental, a economia de energia e escolha de materiais que não agridam o meio ambiente. (PORTOBELLO, 2017) Visto que a caracterização do parque em questão é ecológica, fez-se utilização destas estratégias, principalmente por ser uma obra pública, onde as edificações com tecnologia bioclimática prolongam a vida útil das mesmas e sua eficiência energética, onde se listam algumas destas técnicas à seguir:
02 - MUXARABI - Ventilação cruzada - Feito de materiais reutilizados - inibição da chuva - Insolação indireta - controle da ventilação 03 - VIDRO INSULADO - Alta resistência - Boa iluminação - Bloqueio da radiação solar - Conforto ambiental - Conforto acústico Figura 273 - Vidro Insulado
01 - TELHA SANDUÍCHE Fonte: GLASSEC VIRACON, 2016.
- Isolamento acústico - Feita de materiais recicláveis - Inoxidável - Baixo Custo - Baixo condutor térmico
04 - LANTERNIM
Figura 272 - Telha sanduíche TELHA SUPERIOR
- Eficiência em iluminação - Troca térmica - Ventilação natural - Economia de energia - Isolamento da chuva Figura 274 - Lanternim
EPS
TELHA INFERIOR
Fonte: ISOBRATEC, 2012. Fonte: NOBRE, 2013.
Fotografia 277 - Alunos visitam Jardim Botânico Fonte: PREFEITURA DE POÇOS DE CALDAS, 2018.
Fotografia 278 - Conclusão: Parque ecológico de Poços de caldas Fonte: Própria (2018).
5.5.6 CONCLUSÃO A proposta do projeto urbanístico e arquitetônico consiste por fim, na adequação da estrutura do Parque ecológico de Poços de Caldas. Muito utilizado pela comunidade carente da zona sul, o espaço que antes estaria sem recurso atrativo algum para os cidadãos, agora contará com um conjunto de 05 (cinco) edificações em prol do esporte, do lazer e da segurança, visando mais que um espaço arborizado para os bairros. O pensamento que norteou o projeto se endossa em respeitar o legado e a história do antigo golfe clube adequando toda a infraestrutura existente e sua concepção ecológica, à um complexo urbano que vem a propor espaços de descanso e educação. Um espaço antes privado da população mas que agora, efetuará o papel de integrador dos bairros fragmentados com a característica de lazer que é familiar à mesma. Concomitantemente, busca a securidade do pedestre, ao evitar a passagem pelo aeroporto, com caminhos atrativos e seguros em meio a natureza, incentivando a caminhabilidade através dos 12 (doze) critérios, para um espaço público de qualidade, que oferecerá a população o que ela precisa, não o que lhe é imposto.
Fotografia 279 - Lago com Deck Fonte: Própria (2018).
Fotografia 280 - Quadra esportiva Fonte: Própria (2018).
Fotografia 281 - Ciclovia Fonte: Própria (2018).
Fotografia 282 - Mobiliário + edifício Fonte: Própria (2018).
Fotografia 283 - Detalhe quiosques Fonte: Própria (2018).
Fotografia 284 - Descanso Fonte: Própria (2018).
Fotografia 285 - Detalhe CIE Fonte: Própria (2018).
Fotografia 286 - Entrada de serviços Fonte: Própria (2018).
IMPLANTAÇÃO EXISTENTE N 0
100
300
ESCALA GRÁFICA
Fotografia 287 - Implantação existente Fonte: GOOGLE EARTH (2018).
IMPLANTAÇÃO PROPOSTA N 0
100
300
ESCALA GRÁFICA
Fotografia 288 - Implantação proposta Fonte: GOOGLE EARTH (2018), adaptado pelo autor.
6
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ECOPARQUE
PARQUE ECOLÓGICO DE POÇOS DE CALDAS Fotografia 289 - Logo. Fonte: Própria (2018).
7
PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA Fomentar projetos para comunidades de baixa renda exige um grande processo de pensamento. O comportamento, a característica e os costumes de um bairro variam muito dentro de um município, portanto, é importante ofertar espaços que sejam usados pelos moradores para evitar o abandono ou a degradação dos espaços públicos. Para as milhares de pessoas que habitam a zona sul, como explanado anteriormente, a oferta de equipamentos de lazer de qualidade têm sido precária. Então, para a elaboração de qualquer proposta para o parque ecológico, a consulta pública foi item primordial e essencial para se considerar a demanda correta que a oferta deve suprir. Conferem-se à seguir alguns questionamentos norteadores da reestruturação do antigo Golfe clube e o que os frequentadores almejam do projeto a se inserir na temática deste TFG. Aproximadamente 100 (cem) pessoas foram consultadas sobre suas expectativas para o terreno do antigo Golfe Clube.
100
I. GÊNERO Houve um grande equilíbrio entre homens e mulheres moradores da zona sul, porém a maior parcela é do sexo feminino.
II. FAIXA ETÁRIA Foi obtido êxito em atingir diversas faixas etárias com esta pesquisa, mas, confirmando as informações anteriormente ditas no diagnóstico de Poços de Caldas, a maior parcela da população permeia a idade de 19 à 35 anos. Este fato delineia muito os tipos de solicitações para com a infraestrutura do parque.
2,2%
1,1%
III. MORADORES DA ZONA SUL 2,2%
Dentre as pessoas questionadas 88,9% são moradores da zona sul, sendo apenas 11,1% residentes em outros bairros da cidade. Nota-se uma grande pluralidade na divisão dos moradores por bairro, porém, os que mais se destacam na pesquisa são o Jardim Kennedy e o Parque esperança, com coincidência, os dois bairros portadores das entradas principais do Parque ecológico.
4,4% 5,6% 1,1% 1,1% 2,2% Parque das Nações Vila Matilde São Sebastião Jardim Contorno
3,3%
2,2%
Jardim Danielle
7,8%
IV. HOUVERAM EQUIPAMENTOS DE LAZER E CULTURA QUE FORAM DESATIVADOS OU ESTÃO TEMPORARIAMENTE FECHADOS. QUESTIONA-SE QUAIS ERAM OS MAIS UTILIZADOS PELA POPULAÇÃO. A zona sul é conhecida por sua autonomia. Considerada quase uma cidade adjacente ao município de Poços de Caldas, os moradores possuem de tudo. Porém, quanto a equipamentos de lazer e cultura, muitos destes foram fechados ou desativados temporariamente. Para fomentar o projeto dentro do parque, buscase suprir a maior falta que os moradores sentem em relação aos demais espaços que não existem ou existem mas estão fechados. Nota-se que a maioria utilizam a ciclovia para caminhadas, o complexo aquático e também o clube do sesi, ambos com características similares por seu âmbito esportivo. A porcentagem que não utilizava não mora na área ou não possui interesse.
Complexo Aquático
Campo de Futebol
Ciclovia
V. OPINIÃO SOBRE A INFRAESTRUTURA DO PARQUE ECOLÓGICO.
VII. SOBRE A SEGURANÇA NO PARQUE ECOLÓGICO
Fora solicitada a opinião da população sobre a infraestrutura atual do parque ecológico. A maioria considera regular.
A maior parcela de pessoas não se sentem seguras no local devido ao alto índice de usuários de drogas que frequentam o mesmo.
VI. UTILIZAÇÃO DO PARQUE ECOLÓGICO
VIII. QUAL PARQUE DA CIDADE DE POÇOS DE CALDAS É MAIS UTILIZADO?
Fez-se uma apuração sobre a frequência das pessoas ao parque. A maior porcentagem não utiliza o parque devido à falta de estrutura adequada e déficit de atratividade. A outra parcela maior utiliza pelo menos uma ou duas vezes na semana, pois levam os filhos ou vão praticar esportes no mesmo. Ninguém usa todos os dias.
Os dois parques possuem quase a mesma porcentagem de frequência. As pessoas que vão ao parque municipal afirmam que o mesmo possui maior infraestrutura de lazer e esportes enquanto os frequentadores do parque ecológico relatam ser mais perto de casa, por esta razão, utilizam na zona sul, mas que acrescer equipamentos seria mais atrativo.
51,1%
IX. ITENS A SE ACRESCENTAR PELA POPULAÇÃO PARA COM O PARQUE ECOLÓGICO O parque precisa, de acordo com os moradores do município:
Quadra de Basket
Muitas vezes, comunidades fragilizadas sofrem com espaços públicos de lazer, sem infraestrutura adequada e impostos contra sua necessidade. O parque ecológico de Poços de Caldas, antes era ocupado pelo Golfe clube implantado em 1937 e hoje clama por um planejamento e reestruturação de seus espaços. Esta monografia tem portanto, o objetivo de pautar os problemas relacionados a este espaço urbano e visa expor um projeto arquitetônico, urbanístico e paisagístico conjunto a diversas análises municipais, reduzindo a memória segregatícia que os habitantes da zona sul possuem do antigo espaço para seu novo uso. Através do conceito de permeabilidade, busca-se ofertar à população, mediante consulta pública, um parque urbano de real âmbito ecológico composto por diversos recursos de educação, lazer e cultura desenvolvido fundamentalmente diante da necessidade de ofertar um espaço unificador dos bairros fragmentados através da acessibilidade, da recuperação das áreas ambientais degradadas e da integração social.