Eurek4

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#tecno #cool #inova #collab

edição

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EXPEDIENTE

SOBRE

Coordenação geral Prof. Dr. Alisson Coelho

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omo prever o futuro? É possível vê-lo nas estrelas? Nas cartas? Na palma da mão? Bom, talvez não seja possível prever o que virá. Talvez, as transformações sejam tão aceleradas e dinâmicas que não sejam tangíveis.

Nós, no entanto, acreditamos que o futuro está sendo escrito pelas pessoas. Pelos desbravadores, pelos inovadores. Entendemos que o futuro será tão brilhante quanto as melhores ideias que colocamos em prática.

Para nós, entender o futuro passa por conhecer quem está construindo o amanhã inovando para transformar o mundo em que vivemos.

Foi pensando nisso que criamos o Eurek4, um jornal dedicado a pensar a ciência, a tecnologia e a inovação.

Queremos apresentar a você leitor o futuro visto pelos olhos de quem o está construindo.

Esse foi o desafio proposto aos alunos de Projeto em Jornalismo Gráfico da Universidade Feevale.

Criar uma mídia que apresentasse algumas das mentes mais inovadoras e o que elas estão fazendo para construir o amanhã.

Amanda, André, Gabi, Kassi, Maca, Marina e Weslei convidam você, leitor, a um mergulho nesse futuro em criação constante, apresentando personagens, empresas e iniciativas que moldarão o amanhã.

Boa viagem.

Prof. Dr. Alisson Coelho

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Planejamento gráfico, diagramação final e criação de capa Gabrielle Pacheco Coordenação de pautas Marina Klein Telles Reportagens, revisão e pré-diagramação Amanda Ferreira André Viera Gabrielle Pacheco Kassiane Michel Mariane Rambo Marina Klein Telles Weslei Fillmann Fotografias Amanda Ferreira Gabrielle Pacheco Kassiane Michel Tratamento de imagens Kassiane Michel Amanda Ferreira Foto de capa Kassiane Michel Redes sociais Amanda Ferreira

O Eurek4 é uma produção dos acadêmicos do curso de Comunicação Social Jornalismo da Universidade Feevale, na disciplina de Projeto III - Jornalismo Impresso 2019/2.

INDEX 10 | TECNOLOGIA IMERSIVA Realidades aumentada e virtual alteram limites entre real e imaginário

18 | ALÉM DA MODINHA Empresas buscam mudar a cultura de consumo através da sustentabilidade

cool

tecno 22 | MULHERES NO COMANDO Presença feminina em cargos de liderança tende a aumentar cada vez mais

14 | BRASIL GAMER País experimenta crescimento inédito na indústria de jogos

29 | CLEBER PRODANOV O que a Feevale tem feito para estimular o pensamento criativo na instituição

33 | ONDE TUDO COMEÇOU Testing Company foi uma das primeiras a ingressar no Feevale Techpark e segue até hoje no local

inova

38 | ESCRITÓRIO COMPARTILHADO? Coworkings aumentam a produtividade e diminuem custos

10 | CRESCIMENTO ACELERADO Programas de investimento facilitam desenvolvimento de startups

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TECNO

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I NDÚSTRIA DO F UTURO Por Marina Klein Telles

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A Quarta Revolução Industrial está chegando ao Brasil, e ela veio para unificar os mundos físico, digital e biológico

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Indústria 4.0 faz parte de um conceito recentemente desenvolvido pelo governo alemão, apresentado pela primeira vez em 2011. O objetivo da incorporação desse sistema na matriz industrial mundial é tornar os processos organizacionais e produtivos mais eficientes, autônomos e customizáveis. Ficou complicado? Relaxa que já te explico.

A humanidade já vivenciou três revoluções industriais. Cada uma delas impactou o estilo de vida da sociedade à sua maneira. Na primeira com a descoberta da mecânica e o início da produção em massa, na segunda com a descoberta da eletricidade e a criação das linhas de montagem e na terceira com o surgimento da tecnologia da informação. A quarta revolução industrial não seria menos impactante: utiliza tecnologia para fundir o físico, o digital e o biológico. >>

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Essas tecnologias são manufatura aditiva – 3D, a inteligência artificial – IA, a Internet das Coisas – IoT, Biologia Sintética – SynBio e os Sistemas Cyber-Físicos – CPS. Através da fusão delas com o que conhecemos hoje, e das transformações que vêm com essa adesão tecnológica, criaremos a indústria do futuro.

TECNOLOGIAS 3D Edição de material para fabricar objetos, formados por várias peças, constituindo uma linha de montagem.

IA Busca simular a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões e resolver problemas, através de softwares e robôs.

SynBio Convergência tecnológica das áreas biológicas permitindo a construção de novos circuitos genéticos em laboratório de forma sintética.

CPS Todo o objeto físico, sejam robôs, máquinas, linhas de produção e seus processos se tornam digitais.

IMPACTOS NO BRASIL No Brasil, os impactos da migração para o conceito 4.0 podem significar redução de custos industriais em pelo menos R$73 bilhões ao ano, segundo dados da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI. Além de uma transformação nas plantas fabris sobre o consumo de energia, manutenção de máquinas, o controle sobre o processo produtivo, a personalização da produção, dentre outros.

Organizações como o Sebrae vêm estimulando o processo de implantação da Indústria 4.0 no Brasil. E é sobre isso que fomos conversar com o presidente do programa Avança Novo Hamburgo e também diretor administrativo da Master - empresa que

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produz máquinas e equipamentos - André da Rocha.

Segundo ele, as mudanças trazidas pelo novo modelo industrial serão significativas em muitos aspectos: “A mão de obra precisará ter maior conhecimento da tecnologia de informação, de manipulação e análise de dados para automação.”

Além disso, André fala sobre o tripé no qual está fundamentada a quarta revolução industrial. Eles lembram alguns conceitos já conhecidos, o CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes), que seriam após a chegada da I4.0: Conhecimentos, habilidades e capacidade de (re)aprender e realizar. O empreendedor ainda afirma que a indústria estará mais próxima do seu cliente o que exigirá maior velocidade de resposta e mais assertividade nas ações empresariais. “A digitalização dos processos aumenta a velocidade e facilita o acesso às informações, e é isso que está sendo procurado e desenvolvido pela maioria das empresas do mercado”.

A mão de obra precisará ter maior conhecimento da tecnologia.

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TECNO

Por Amanda Ferreira

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H I-TECH T RADUZIDO

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Machine Learning

deep Learning

Inspirado no cérebro humano, aprende com a quantidade de dados.

Executando uma tarefa continuamente, melhora o resultado gradualmente.

deep fa k e

Refere-se ao aprendizado da máquina, tendo autonomia para modificar o comportamento da tecnologia com base na experiência. Tem autonomia para reinventar-se.

Troca o rosto do indivíduo em vídeo e pode sincronizar o movimento da boca por meio da inteligência artificial.

b i g DATA Internet of Things (Iot)

Análise e interpretação de dados variados e de grande volume.

Digital Twins

Consiste em conectar objetos do cotidiano com a internet, promovendo interação e comunicação constante para as pessoas.

chatbots

Programação que simula os seres humanos na conversação.

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auto maç ão

Cria uma versão digital de um objeto real, mostrando perspectivas e informações importantes sobre ele.

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Um glossário para quem quer entender tudo sobre termos tecnológicos

Sistema de autoavaliação do funcionamento dos mecanismos, fazendo correções nos robôs sem a interferência humana

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TECNO

NA V ELOCIDADE DA LUZ

Por Kassiane Michel e Marina Telles

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NASA Space Apps Challenge é uma competição internacional que acontece simultaneamente em várias cidades do mundo.

Esse ano ela chegou a Novo Hamburgo. O evento aconteceu na Universidade Feevale em parceria com o Hub One, entre os dias 18 e 20 de outubro. Os participantes receberam desafios da Agência Espacial Americana para buscar soluções para problemas mundiais.

No início da competição, as equipes devem escolher um dos desafios propostos pela Nasa. Os seis desafios propostos pela Nasa nesta edição do hackathon foram: Oceanos da Terra, Nossa Lua, Planetas próximos e distantes, Para as estrelas, Vivendo em nosso mundo e Invente seu próprio desafio. Para que a partir deles, “possam oferecer soluções, com a perspectiva de que elas tenham impacto global”, explicou Marcelo Almeida, integrante da ExoHub, empresa responsável pela organização da edição do evento em Novo Hamburgo.

Q u em esteve l á?

A competição é um hackathon que reúne desenvolvedores, engenheiros, designers e cientistas em uma maratona de desenvolvimento tecnológico. O objetivo é promover soluções de forma empreendedora. “Segue o desenvolvimento de startups. Com metodologias ágeis e pensamento de modelo de negócios, para que as pessoas possam desenvolver ideias e encontrem uma solução ao final de 72 horas”, como apontou Almeida.

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Competição dá 72 horas para criar uma solução de impacto mundial com ajuda da Nasa

De Novo H a mbur g o para o Un i v er so

Em 2018, o Brasil participou da competição pela primeira vez com quatro cidades inscritas. Neste ano, o número aumentou para 35. São mais de 300 cidades concorrendo ao redor do mundo. Em 2019 a equipe vencedora do hackathon em Novo Hamburgo foi a Chon, que desenvolveu um jogo de tabuleiro de mesmo nome que ensina astrofísica para crianças e adolescentes. Conforme os participantes criam um novo planeta, eles aprendem astronomia, física, biologia e os cálculos necessários para fazer a atmosfera do planeta ser adequada aos seres que ali irão viver. O jogo pode ser baixado online gratuitamente. >>

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M ENTES

R EVOLUCIONÁRIAS Muito mais que inventores, grandes mentes que mudaram o mundo

Por Kassiane Michel e Weslei Fillmann

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omputador, internet, celular, televisão…

Apesar desses inventos estarem presentes em nosso dia a dia, eles só surgiram graças à grandes ideias. Que tal conferir alguns exemplos de inventores que mudaram o mundo com as suas criações? Leia e inspire-se com essas ideias:

Hedy Lamarr 8

Foto: Clarence Bull/Wikipedia

TEM A SENHA DO WI-FI? É graças a essa atriz de Hollywood que você pode fazer essa pergunta! Ela inventou um aparelho capaz de alternar as frequências de rádio, para que as conversas dos aliados na Segunda Guerra Mundial não fossem interceptadas. A ideia foi usada como base, em 1998, para a criação do Wi-Fi e das redes telemóveis. >>

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Foto: ITU Pictures Flickr/Divulgação

Analista de sistemas da marinha americana, criou a linguagem de programação Flow-Matic, já extinta, que serviu como base para a COBOL, utilizada até hoje em processamento de bancos de dados comerciais. Também criou o termo “bug”.

Tim Berners-Lee

QUANDO ERA TUDO MATO

REVOLUÇÃO NA TELECOM Sua pesquisa serviu como base para invenções como o fax portátil, o telefone de toque, os painéis solares, os cabos de fibra óptica e a tecnologia por trás do identificador de chamadas e da chamada em espera. A física teórica foi a primeira mulher negra a receber um PhD do Massachussets Institute of Technology (MIT), em 1973.

Shirley Jackson

Foto: Autor desconhecido/Divulgação

Esse pode dizer de verdade que está na internet desde que ela começou! Cientista da computação, criou o termo World Wide Web, popularmente conhecido como o “www” dos sites. Isso foi em 1989, como um projeto paralelo no tempo livre enquanto trabalhava na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear.

Foto: Autor desconhecido/Divulgação

Grace Hopper

Foto: James S. Davis/Wikipedia

MÃE DO SOFTWARE

AGRADEÇA A ELE!

Esse matemático criou um sistema que decodificou as conversas nazistas na Segunda Guerra Mundial. Ficou conhecido principalmente por criar a Máquina de Turing, que funcionava se adaptando aos problemas que era desafiada a fazer, reconhecendo quando um procedimento lógico poderia ser comprovado ou não. A função originou os sistemas de computadores atuais.

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T ECNOLOGIA I MERSIVA

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Por Marina Telles e Amanda ferreira Foto por Kassiane Michel

Realidades virtuais, aumentada e mista permitem vivenciar experiências por meio da inovação

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os últimos 20 anos, os avanços tecnológicos têm colaborado para a criação de um ambiente virtual imersivo. A partir da Realidade Virtual - VR, é possível transformar o mundo real em conteúdo online. Isso permite que novas experiências sejam vivenciadas por meio da tecnologia. Com a VR, é possível visualizar um ambiente em 360°, utilizando um óculos característico e movendo o corpo.

Majoritariamente empregada na área dos jogos digitais, essa tecno-

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logia também está sendo testada na saúde. Nesse caso, os óculos de realidade virtual são utilizados para retirar a atenção do paciente no tratamento da dor, para impulsionar a reabilitação (fisioterapia e terapias ocupacionais) ou para aprender a lidar com fobias. Na educação, o método visa educar de forma lúdica e atrair a atenção dos alunos, estimulando o aprendizado por meio da experiência. >>

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é possível transformar o mundo real em conteúdo online. Isso permite que novas experiências sejam vivenciadas por meio da tecnologia.

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No Brasil, daqui quatro ou cinco anos, talvez se tenha uma distribuição de hardwares voltados para o VR muito mais ampla, que possa se equiparar ao mercado internacional.

No Brasil, o consumo é comum no sistema Business to Business - B2B. Sendo assim, a realidade virtual é vendida de empresas para empresas, com finalidade de uso para área de cursos e marketing digital organizacionais. Enquanto em países como os Estados Unidos e a China, além do mesmo uso brasileiro, comercializam através do Business to Consumer - B2C, onde empresas de VR vendem diretamente para usuário finais, tornando esses hardwares parte do cotidiano.

DO TECH PARK PARA O EXTERIOR

Criada em 2017, no Feevale Techpark, a Mespper é uma startup que desenvolve softwares que permitem ir além da criação de ambientes imersivos. Idealizador e fundador da empresa, Messias de Paula Pereira, 39 anos, diz que o empreendimento “hoje tem a missão de deixar quaisquer arquivos de conteúdos que são utilizados no celular de uma forma mais interessante em realidade virtual”.

Após ser selecionada no concurso Qualcomm & Pico XR, a startup conseguiu firmar contrato com 9DVR Factory, distribuidora de máquinas imersivas para eventos e parques, e entrará no mercado chinês. Pereira explica que seu objetivo é se tornar referência no mercado chinês até 2021 e que pretendem se “tornar referência em um mercado que tem hardware, esperando que no futuro isso se torne uma realidade no Brasil”. >>

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O VIRTUAL FAZ PARTE DO REAL

REALIDADE MISTA Com a Realidade Mista MR, há uma sobreposição da realidade aumentada no mundo real. Interagindo com os equipamentos de realidade virtual, a MR pode inserir elementos gráficos e digitais sobre uma tela de visualização.

Essa tecnologia é empregada nos estudos de medicina como forma de ensinar a realização de cirurgias e uso de instrumentos cirúrgicos. No entanto o acesso a esses materiais é caro e ainda passa por fase de testes.

Enquanto a VR possibilita sensações utilizando o ambiente virtual sem conexão com o espaço físico, a Realidade Aumentada - AR aplica o virtual no mundo real.

Com essa característica, ela permite uma interação entre os mundos, criando um novo espaço. Isso pode ser feito utilizando objetos como um smartphone. Com isso, envolve o uso da imaginação e da interação entre o usuário, o mundo no qual ele está inserido e as possibilidades do mundo virtual sobrepondo a sua realidade.

Jogos como o Pokémon Go, por exemplo, utilizam-se da AR. Com o auxílio do GPS e da câmera, se torna possível ir a lugares e visualizar objetos ou seres que não fazem parte do mundo real, mas que podem ser aplicados a ele. Um modelo mais interativo de realidade virtual utiliza aplicativos de lojas no qual, ao apontar a câmera do smartphone para uma mercadoria, se tem conhecimento de seu preço e suas aplicações.

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APLICABILIDADES DA TECNOLOGIA Cinema e entretenimento 360°

Realidade Virtual

Redes sociais

Ferramenta educacional

Games

Realidade aumentada

Tratamento médico

Turismo Comércio

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B RASIL G AMER

Por Mariane Rambo e Weslei Fillmann Foto por Kassiane Michel

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número de gamers têm aumentado e o Brasil se transformou em um dos países que mais consomem jogos eletrônicos. Segundo o relatório Dreamhack Newzoo de 2019 o país ocupa o 13º lugar no ranking global, e é o primeiro entre os países latino-americanos. Para Sandro Manfredini, presidente da Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais, Abragames, "o tamanho da nossa população, por si só, contribui bastante para este dado". O mesmo relatório estima que no Brasil existam mais de 75 milhões de jogadores.

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Consoles, computadores e celulares: o país se tornou uma potência no mercado de jogos Além do aumento no consumo de produtos gamers, o mercado de produção de jogos também cresceu. De acordo com o dado mais recente divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, o número de empresas desenvolvedoras de jogos eletrônicos foi de 754, em 2016, para 956, no ano seguinte.

Para o presidente da Abragames, as expectativas são otimistas para o mercado gamer brasileiro. "A admiração vem aumentando bastante pela qualidade do que produzimos aqui", afirma.

Para se manter nesse mercado e lucrar, as empresas precisam ser inovadoras. Everton Baumgarten, Creative Design e Lead Gamer Desing da empresa Izyplay, incubada no Hub One da Universidade Feevale, comenta que "a inovação é levar a coisa a sério". Para ele é necessário gostar de jogar, mas é preciso ter visão de negócio e maturidade financeira para não falir. >> 2019.2

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TECNO

HAJA BATERIA Os mobiles se tornaram os queridinhos do público nos últimos anos. Segundo a pesquisa Games Brasil 2019, a maioria dos jogadores costumam jogar no celular, chegando a 83% do número total de jogadores. A empresa de análises App Annie divulgou em 2019 uma pesquisa sobre o investimento em games mobile no Brasil. Os dados mostraram que o gasto com aplicativos de jogos nas lojas da Apple e da Google representa 75% de todos os produtos oferecidos. Enquanto isso, o Brasil aparece em nono lugar na lista com crescimento de 60% no mercado de games nos últimos dois anos.

Para Manfrendini, a indústria de jogos eletrônicos teve um crescimento significativo nos últimos anos por causa do desenvolvimento de jogos para celular. "Ficou muito mais acessível e conveniente, especialmente se somarmos o fato do surgimento dos jogos gratuitos". Segundo Alessandro Peixoto de Lima, professor de Jogos Digitais na Universidade Feevale, jogos de consoles e de computador são legais, mas boa parte dos jogadores do Brasil não são dessa origem, mas sim portável.

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A admiração vem aumentando bastante pela qualidade do que produzimos.

QUEBRANDO TABUS Pelo 4º ano consecutivo, mulheres são a maioria entre os gamers. Segundo a pesquisa Games Brasil 2019, o número de jogadoras têm aumentado nos últimos anos e elas representam atualmente 57% do público. Para a gamer, Melissa Barcellos, isso se deve pela quebra de preconceitos.

"A cada dia as mulheres vão ganhando mais visibilidade no mundo por derrubarem preconceitos que vem se construindo há décadas e jogar é um deles. Ainda conheço jovens que dizem que jogar é coisa de menino."

Outro fator, que segundo Melissa atraiu mais jogadoras foi os jogos apresentarem cada vez mais imagens de mulheres fortes,

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como a Lara Croft, do jogo Tomb Raider, Chun-Li do Street Fighter, Ellie do jogo The de Last of Us, entre diversas outras personagens.

Mesmo estando em maior número, elas ainda sofrem discriminação por conta do sexo. Segundo a jogadora Ana Soboleski, 20 anos, “há muita resistência e sexismo vindo dos jogadores”. Patrícia Klack, jogadora há 13 anos, acredita que a representatividade feminina seria fundamental para a quebra de preconceitos. “É importante também que existam e sejam divulgadas figuras públicas femininas, streamers, youtubers, que mostrem ser possível incluir as mulheres nesse meio”. A gamer Letícia Castilhos, 21, afirma que os jogos deveriam ter penalidades mais severas para esse tipo de comportamento. “Eu já reportei alguém por ter sido extremamente tóxico com mulheres e até hoje não recebi não recebi nenhum feedback de report, então, acho que começa por aí.”

A cada dia, as mulheres vão ganhando mais visibilidade.

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JOGAR, FALAR E TRANSMITIR

As streams tem se destacado no mundo gamer e conquistado cada vez mais fãs, segundo a NewZoo são mais de 20 milhões de pessoas assistindo e comentando as transmissões.

A streamer Bruna Kindlein, que tem 22 anos e transmite jogos de RPG, como o World of Warcraft, comenta que as plataformas de streaming estão crescendo muito, e isso só traz vantagens na divulgação para influenciadores, pois boa parte trabalha com esse público.

Porém, ela garante que nem tudo está perfeito ainda, pois há muito o que melhorar. "Principalmente para quem ainda está em crescimento, as plataformas poderiam dar mais destaques a quem começou agora, como um incentivo". >>

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Por Amanda Ferreira e Marina Telles Fotos por Amanda Ferreira

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Muito além da amizade, os bichanos tornamse funcionários em empresas da atualidade

E STAGIÁRIO

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reparar um espaço aconchegante para receber animais de estimação é um dos diferenciais que vem sendo adotados por empresas atualmente. Pet Friendly são espaços que trabalham a experiência do dono com o animal, permitindo que ambos estejam confortáveis e possam compartilhar bons momentos juntos.

Proporcionando momentos de descontração e integração, os bichanos também ganham espaço dentro dos negócios tornando-se membros dos times.

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Laura Prodanov, fundadora da Somos Numa, tem o Otto, seu cachorro, como estagiário: “A gente brinca que ele é o estagiário de Relações Públicas, pois ajuda nessa socialização com toda e qualquer pessoa que chegue até a nossa sala”.

Essa ação torna-se importante porque 61% dos brasileiros considera os pets parte da família, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Consumidor (SPC Brasil). Além disso, 48% dos entrevistados já deixaram de frequentar lugares onde animais não eram aceitos.

combinação do presente Pet friendly, o Hub One de Criatividade e Inovação permite que desenvolvedores de startups, clientes e frequentadores sejam acompanhados pelos pets, desde que sejam responsáveis pelo bem-estar do animal. “É só trazer o animalzinho, desde de que ele não seja agressivo com os outros animais e que se responsabilize pela parte de higienização”, explica Débora Martins, responsável pela unidade Novo Hamburgo do Feevale Techpark. >>

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A NIMAL

Comoissoinfluenciano teu dia a dia?

Influencia bastante, me deixa mais tranquila e feliz sabendo que meu pet está junto comigo curtindo o Hub e não sozinho em casa.

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Quais os aspectos positivos de trabalhar na companhia dos bichanos?

Todos! Traz alegria e descontração, e principalmente ajuda na socialização, fazendo com que a gente converse mais com os vizinhos ou as visitas, e passe a conhecer mais pessoas por causa dele.

Como o espaço de traba lho é preparado para receber os “amigos de quatro patas”?

O chão é fácil de ser limpo, mas também não é gelado para eles deitarem.

As portas são de vidro, então mesmo que a gente deixe fechada, ele pode ficar vendo o movimento do lado de fora. Temos um terreno ao lado que serve pra ele fazer suas necessidades, passear, pegar um sol e correr atrás dos passarinhos!

Para incentivar outras empresas a adotarem o pet friendly, que recado você deixaria?

Que incentivar o espaço pet friendly só tem a acrescentar na felicidade dos colaboradores do espaço e também na socialização, como eu disse anteriormente.

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Desdequandovocêleva o seu pet para o trabalho?

Desde que o Hub abriu, no final de 2018.

parceria de trabalho

Acompanhada por Otto, seu cachorro, Laura Prodanov, 26, administra a Somos Numa, instalada no Hub One da Feevale.

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A LÉM DA M ODINHA Empresas apostam na consciência de produção e consumo como revolução na maneira de fazer moda

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Por Gabrielle PACHECO Fotos por Amanda Ferreira e Gabrielle Pacheco

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abe o conceito de comprar novas roupas, acessórios e calçados a cada lançamento de coleção, sem se preocupar com quem fez as peças ou mesmo como é realizado o descarte de resíduos? Parece que o futuro aponta para outro caminho. Pelo menos, é isso que diz o Índice de Transparência da Moda, realizado pelo movimento internacional Fashion Revolution. O dossiê investiga diversas marcas que têm como modo de produção o fast fashion - coleções com qualidade mais baixa para diminuir o tempo de vida útil e, assim, aumentar o consumo, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Na contramão dessa realidade e de olho nas tendências de mercado, duas marcas despontam como agentes de mudança: Dobra e Nastra. >>

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Sabrina e Laíssa, do setor de desenvolvimento da Dobra

MOVIDOS PELA INOVAÇÃO Um produto que una sustentabilidade, estilo, praticidade e resistência de uma só vez. Assim é a proposta da Dobra, e-commerce de Montenegro (RS) que iniciou como um projeto de faculdade - uma carteira dobrável - e, depois disso, foi só sucesso. A matéria-prima? Uma espécie de papel chamada tyvek, totalmente reciclável. “Uma das características dele é ser resistente à água, porém transpirável”, explica Laíssa Zenker, responsável pelo desenvolvimento junto com a colega Sabrina Azevedo.

Para elas, a produção responsável é o futuro não só da moda, como da indústria geral. “Nós, enquanto consumidores, temos um poder muito forte de apoiar as marcas que estão fazendo um trabalho legal, portanto, temos a responsabilidade de guiar o mercado”, afirma Laíssa. Sabrina diz que a Dobra busca incentivar esse espírito engajado entre os clientes através de ações que, muitas vezes, podem passar despercebidas. “Desde a embalagem que se transforma em algo novo [a caixa em que as carteiras chegam pode virar um cofre] até o cartão que vem junto ao produto, com sementes que podem ser plantadas”, pontua.

SELO DE COMPROVAÇÃO

Elas contam que a empresa está em processo de verificação do Sistema B. Mas o que é isso? Segundo a própria Dobra, “uma rede global incrível de empresas certificadas que se comprometem a usar o negócio como força pra fazer o bem, muito além do simples lucro”. Na prática, eles tiveram de ajustar diversos processos internos. “Um deles é a separação do lixo, algo super simples e que a gente não fazia, mas começamos a fazer na sede nova”, considera Laíssa.

Sabrina ressalta que isso vai muito além da sustentabilidade. “É sobre a forma como trabalhamos, pois todo mundo recebe o mesmo salário e temos liberdade, somos amigos do cliente, tudo muito humano”, acrescenta.

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fun facts - Existem estampas da Dobra que são criadas a partir de colaborações. “É possível nos enviar uma arte, que passará por um processo de controle. Se for aprovada, a pessoa ganha 5% de cada venda”, explica Sabrina. Artistas já conseguiram pagar vestido de noiva e até intercâmbio com o dinheiro das collabs - Eles contam com uma rede de costureiras locais. “Com a renda das carteiras, uma delas está construindo sua casa. Esse é o nosso maior retorno. Tem uma que disse que está deixando de trabalhar com outras empresas, porque ela ama o trabalho da Dobra, se sente bem conosco”, comenta Sabrina - Sabrina e Laíssa nos adiantaram algumas novidades: jaqueta reversível - ainda em fase de prototipagem; clutch, ou seja, uma carteira maior e com mais repartições, e uma possível mochilinha, feita de tyvek reciclado >>

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consumo consciente Aline Fenker é a fundadora da Nastra Shoes, que busca trazer a moda agênero e sustentável através de calçados diferenciados e exclusivos, com numeração maior que a tradicional - do 33 ao 44. Confira a entrevista exclusiva que fizemos com ela: Como funciona a proposta da Nastra Shoes?

Fazer sapatos sem distinção de gênero, com uma numeração democrática e inclusiva e um diferencial estético. São edições limitadas, então eu produzo dois pares por numeração de cada modelo. Utilizo materiais cujo impacto ambiental seja menor, ou seja, couro excedente de produção de outras marcas e um tecido feito 100% de garrafas PET recicladas.

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Como é feita a obtenção da matéria-prima - tanto tecidos quanto componentes?

Quando é couro, existem dois canais diferentes: pode ser adquirido diretamente no curtume. Uma empresa pode desenvolver um couro azul, por exemplo, e pode ser aprovado ou não. Caso não seja, será descartado, mesmo sendo perfeito. Pode ocorrer de a empresa encomendar, utilizar e sobrar dois metros. Essa quantidade, para uma indústria grande, não significa nada, mas eu, enquanto microempresária, consigo fazer a grade de numeração de um modelo inteiro, então é muito couro. Já o tecido feito 100% com garrafas PET recicladas é adquirido em um fornecedor do Rio Grande do Sul, por meio de uma parceria com cooperativas de catadores de garrafas PET. >>

é extremamente importante começarmos a rever nossa forma de consumo.

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Como é feito o descarte dos materiais? Existe algo que vá para reciclagem ou que possa ser reutilizado em outras peças?

Um dos conceitos da Nastra é reaproveitar ao máximo todo o excedente que a marca gera. Por isso, desenvolvemos pequenos brindes para serem feitos com o material que sobra. Quando sobram tecidos, fazemos porta-documentos, como um presente aos clientes, e na sobra de couro, portamoedas. Mesmo assim, sobram couros bem pequenos, que por enquanto ainda não tenho como aproveitar de forma viável, mas a ideia é fechar o ciclo de utilização do material.

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Essa quantidade, para uma indústria grande, não significa nada, mas eu (...) consigo fazer a grade de numeração de um modelo inteiro.

Acredita que a sustentabilidade seja o futuro da moda? Por quê?

Do mundo todo, não? Nós chegamos num nível onde consumimos mais recursos naturais do que a Terra consegue renovar, estamos nos aproximando do colapso ambiental. Portanto, é extremamente importante começarmos a rever nossa forma de consumo, mas, ao mesmo tempo, eu me sinto muito de mãos amarradas, porque meu processo produtivo depende muito de grandes empresas. Se elas não começarem a pesquisar novos materiais e como diminuir o impacto ambiental delas, lá na ponta da cadeia produtiva, pessoas como eu também não vão ter muitos recursos para tornar o produto mais sustentável. Sinto que ainda não consigo fazer tudo que poderia para ter um produto mais sustentável, algo que me frustra bastante.

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M ULHERES NO C OMANDO

Por Amanda Ferreira e Kassiane Michel Fotos por Amanda Ferreira e Gabrielle Pacheco

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Com a sétima maior proporção de empreendedoras, o Brasil tem histórias inspiradoras de mulheres à frente de negócios

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ntre 49 países pesquisados, o Brasil tem a sétima maior proporção de empreendedoras iniciais. Isso se deve às 24 milhões de mulheres que realizaram alguma ação nos últimos 12 meses para ter o seu próprio negócio. Essas informações foram reveladas em um levantamento realizado pelo Sebrae, em 2018. Apesar disso, as empresas de inovação e de base tecnológica tiveram apenas 10% do público feminino na liderança, conforme a Associação Brasileira de Startups, em 2018.

Buscando um lugar no mercado, muitas jovens criam seu próprio negócio com base em suas experiências. Esse é o caso de Renata Arteiro e Mônica Bortolotti, fundadoras da Talenttare Conteúdo e Criatividade e de Aline Fenker, idealizadora da Nastra Shoes. Renata e Mônica empreenderam no momento que surgiu o questionamento “depois de formadas, faremos o quê?”. Aline criou a marca após perceber que nem todos os clientes tinham suas necessidades supridas no setor calçadista. >>

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MERCADO DE TRABALHO

No cenário do empreendedorismo, a designer de calçados tem desafios constantes. Em feiras, Fenker conta que sempre sentiu “dificuldade de ser atendida”, ela “entrava nos estandes e ninguém atendia, ninguém dava bola”, conclui. Em comparação aos homens, diz que “aquele perfil de homem mais velho recebia todas as atenções”. Nas reuniões, quando acompanhada de seu único funcionário – um homem, ela conta que os clientes normalmente pensam que ele é o dono. Antes, a situação a incomodava, agora Aline leva na brincadeira. Na comunicação, as jornalistas tiveram dificuldades no início do negócio. Renata acredita que isso se deva à pouca idade e ao restrito conhecimento do público acerca dos serviços digitais, na época.

Em contraponto, as três empreendedoras têm visões otimistas sobre o futuro.

“A mulher tem muito ainda a crescer, tanto empreendendo quanto ocupando grandes cargos de tomadora de decisões em empresas”, comenta Renata. Dentro do Parque Tecnológico da Feevale, Aline comenta que vê “mais mulheres circulando por lá e liderando negócios” nos últimos tempos. Como forma de dar espaço para o sexo feminino, desde o segundo ano de existência, 2014, a Talenttare só contrata funcionárias. “Enxergar que a mulher tem muito poder, que ela tem muitos diferenciais também e que muitas vezes não são explorados no mercado de trabalho” é essencial para Arteiro.

Nastra: Aline (ao fundo) e Izadora Bueno

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Enxergar que a mulher tem muito poder, muitos diferenciais também.

ONDE TUDO COMEÇOU No início da trajetória empresarial, Nastra e Talenttare tem um marco em comum: o Feevale Techpark. No parque tecnológico, as marcas desenvolveram todo o planejamento do negócio. “Nós pouco entendíamos sobre planejamento financeiro, negócios, vendas e afins. Todo o apoio que tivemos do parque foi necessário para o andamento da empresa”, revela Renata. Para Aline o período de pré-incubação foi essencial porque nele desenvolveu “o plano de negócio da empresa que é o alicerce básico para qualquer pessoa que quer começar um negócio, um empreendimento”. >>

INCENTIVO A MULHERES DA TECNOLOGIA Sul em agosto deste ano. Sabendo que é uma área majoritariamente masculina, o grupo busca “atualizar as referências de pessoas bem-sucedidas na tecnologia e no empreendedorismo”, explica Jaqueline Dahmer Steffenon, 22, que é diretora geral da Girls in Tech. Dessa forma, conseguindo encorajar “mulheres que almejam essa carreira e que, muitas vezes, nem se imaginam fazendo parte”, complementa.

Instalada da SAP Next-gen, o networking é importante pois realiza eventos e diversos meetups – encontros informais. “Participar desses meetups permitem uma renovação de energia, um ambiente cheio de mulheres de diversas áreas, com um objetivo em comum, permite uma troca de ideias e sonhos incrível”, conta Jaqueline.

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[buscamos] atualizar as referências de pessoas bemsucedidas na tecnologia.

Foto: Arquivo/GiT

Fundada em 2007, a Girl in Tech – GiT é uma iniciativa global que engaja e incentiva mulheres ao empreendedorismo, principalmente na área da tecnologia. Essa organização, criada pela americana Adriana Gascoigne, está presente em mais de 20 países. No Brasil, está ativa desde 2013, quando chegou à São Paulo, e dois anos após no Rio de Janeiro.

Com o intuito de impulsionar as mulheres na tecnologia, a GiT iniciou as atividades no Rio Grande do

Girls in Tech: iniciativa mundial presente no Rio Grande do Sul

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E MPREENDEDOR DO S ÉCULO XXI

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Por Weslei Filmann e André Viera Fotos por Amanda Ferreira e Gabrielle Pacheco

Avanços na tecnologia e a integração com as universidades vem alterando a maneira do empresário pensar o seu negócio

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egundo pesquisa feita pelo Sebrae-RS, com base nos anos de 2016 e 2018, o aumento no número de empresários foi de 26,3%, passando de 1,9 milhão para 2,4 milhões de pessoas. Esse número representa 4,5% de todos os empreendedores do Brasil. Segundo o diretor-superintendente da entidade, André Vanoni de Godoy, o gaúcho aproveita momentos de oportunidade, como na época em que houve leve crescimento da economia.

A Feevale não ficou atrás das tendências do setor, pois, com a criação do Techpark, a universidade ficou mais próxima desse mundo, auxiliando novos empreendedores a criarem, aprimorarem e colocarem em prática as suas ideias.

A Packbrand, empresa que trabalha na gestão de marcas e na comunicação, está instalada no Feevale Techpark. Segundo sua fundadora, Rosana Silveira, essa interação com o meio acadêmico fortalece o crescimento das empresas, pois fica mais fácil a comunicação com profissionais que possuem experiência e podem dar dicas para o futuro dos negócios.

Já Emerson Reis, da Mog Comunicação, considera que o auxílio do Feevale Techpark foi essencial para a empresa, pois mostrou onde precisavam ser feitas melhorias.. Ele também ressaltou que, para um negócio crescer, é preciso tratar ele como um filho, mas sendo um pai consciente. >>

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Porém, algumas situações impedem o crescimento que é esperado de uma startup ou até o desenvolvimento de uma empresa tradicional. Momentos de crise, como a que o Brasil passa desde 2013, proporcionam mudanças radicais na gestão dos negócios.

Segundo Laura Prodanov, fundadora da Somos Numa, a crise afeta de formas boas e ruins diversos setores. No caso da sua empresa, é mais difícil ser afetada pela crise justamente por seus produtos, veganos, não terem um mercado consolidado.

Apesar das dificuldades que os empreendedores passam, é necessário continuar.

Segundo Evandro Wolfart, diretor técnico da Dublauto Gaúcha, os trabalhos feitos pela empresa antes do surgimento da crise impediram que ela falisse nos últimos 6

anos. Nos últimos anos, ele conheceu o trabalho realizado pela Feevale com o techpark e transferiu a matriz criativa da empresa para Campo Bom. Lá, ele conseguiu o que queria, “ficar mais próximo das pesquisas”.

Problemas aparecem na vida de quem empreende. Devido a isso, empresas instaladas no Techpark dão algumas dicas. A Rosana destacou a percepção de seu talento, que pode te levar ao longe. Definir a sua visão de mundo, melhorar sua comunicação e seu objetivo são peças que, unidas, podem alavancar uma ideia. Já a Laura ressalta a importância de se conhecer os profissionais do mercado, que podem auxiliar no desenvolvimento de sua ideia e indicar o que pode ser aprimorado. E o Jonathan Tebaldi, da Criativando, indica que, se você deseja entrar no mercado como um empresário, busque um ramo que não vai se enfraquecer rapidamente, o chamado produto “modinha”.

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Criatividade, busca por conhecimento e foco são as chaves para um negócio de sucesso.

Por que empreender?

Andrei de Oliveira, do ExoHub: “Empreender é muito necessário para o desenvolvimento do país.”

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A forma tradicional de emprego mudou muito ao longo dos anos, a ideia de estabilidade no trabalho vem se perdendo conforme as novas tecnologias aparecem. A economia atual incentiva o surgimento de novas empresas, voltadas a resolver problemas presentes na sociedade, e claro, visando melhorar a própria realidade desses empreendedores.

Entender o mundo que vivemos, encontrando soluções para as dificuldades do dia a dia, é o passo inicial para quem decide começar um negócio. Ver uma pessoa estudando para um exame importante, perceber suas dificuldades, e entender que muitos estudantes passam pelo

mesmo. Pensar em como uma empresa poderia ajudar essas pessoas, facilitando o processo de aprendizagem, esse é um questionamento de quem deseja empreender, deseja fazer a diferença no mundo.

O empreendedorismo cresceu muito nos últimos anos aqui no Brasil, consequência da crise econômica e, também, da era da informação que vivemos, nunca foi tão fácil identificar oportunidades de negócio. O termo “empreendedorismo” nunca foi tão discutido, influenciando cada vez mais pessoas a se arriscarem em novos negócios. Essa popularização passa a falsa ideia de que empreender é algo fácil, mas não é bem assim. >>

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empreendedorismo na prática

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e tive que aprender de tudo um pouco, perder a timidez pois sou CEO. No início tivemos que fazer de tudo, nos dividirmos para fazer a plataforma”.

Apesar das dificuldades, empreender gera muitos benefícios, tantos financeiros quanto pessoais. Pensando nisso, nosso empreendedor entrevistado deixou uma mensagem, sua opinião sobre o porquê uma pessoa deve entrar no mundo do empreendedorismo.

Empreender pelo desejo de causar um impacto positivo na vida das pessoas.

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Por que empreender?

Carlos Pirovani: “ Acho que pelo desejo de causar um impacto positivo na vida das pessoas, resolvendo um problema. É uma jornada extremamente desafiadora, e isso é uma das coisas que me motiva. Hoje sou uma pessoa realizada, ralo muito, mas vejo todos os dias o que a estuda.com gera de valor para o aluno, e para o professor na escola, isso é muito gratificante para mim, saber que estamos ajudando a melhorar a educação no Brasil, empreendendo por propósito”.

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Carlos Pirovani é fundador e CEO da estuda.com, uma plataforma educacional de avaliação e gestão do conhecimento, desde 2013 no mercado, hoje conta com mais de 2 milhões e 600 mil estudantes. Mesmo depois de algumas conquistas ele trabalha com as dificuldades, entende a necessidade de aprender e se adaptar a todo momento, adquirindo conhecimentos diversos: “Começamos eu, meu sócio, meu irmão e um amigo, que ajudavam no cadastro e categorização de questões. Meu background é tecnologia

Além de orientar o desenvolvimento das startups, a Feevale integra o trabalho com os acadêmicos

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Feevale, nas últimas duas décadas, aumentou sua integração com o mercado e o suporte de pequenas equipes que querem levar novos produtos ao público. Por quatro anos, uma pessoa fica responsável pela coordenação de todas as áreas da universidade. Até 2021, Cleber Prodanov segue como reitor na Feevale.

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c leber p rodanov

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Por Kassiane Michel e Weslei Fillmann Foto por Kassiane Michel

ComoaUniversidadetrabalhaoempreendedorismo e inovação com os acadêmicos?

A Feevale já vem trabalhando essa questão com os acadêmicos há muito tempo. Neste ano, porém, nós lançamos o Feevale Way, uma forma de ensino que utiliza metodologias ativas e apresenta uma reformulação completa de todos os cursos de graduação da Instituição. Essa aprendizagem combinada proporciona aos alunos uma experiência que vai além da sala de aula, com atividades que vinculam as práticas ao mercado de trabalho, por meio de currículos atualizados. É um novo caminho que a Feevale proporciona na formação de seus alunos. Um caminho mais objetivo, seguro e conectado com o século XXI.

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Como a Universidade Feevale quer ser lembrada pelos acadêmicos que se formarem nela?

Queremos que a Universidade Feevale seja lembrada como uma instituição de ensino que os preparou para os desafios do mercado, a partir de tecnologias educacionais dinâmicas e voltadas à solução de problemas reais. Queremos que, como profissionais preparados para um mundo hiperconectado, eles possam resolver problemas complexos e sempre se renovarem e transformarem a sociedade. Esperamos, enfim, que eles façam a inovação acontecer e contribuam para o desenvolvimento do país. >>

A inovação está presente até no conceito de campanha da Feevale - inovação para transfor mar o mundo.Dessa maneira,quais são os métodos de atualização adotados para se manter à frente quando o tema é inovar?

A Universidade Feevale vem buscando priorizar as práticas interdisciplinares e vinculadas à realidade do aluno, as parcerias com grandes empresas e marcas, as atividades autônomas e um maior contato com o mercado de trabalho. Tudo isso, com a infraestrutura inovadora que a Feevale oferece, como laboratórios especializados e de última geração e o Feevale Techpark, um ambiente que abriga empresas intensivas em conhecimento, centros de pesquisa, organizações voltadas ao desenvolvimento científico, tecnológico e econômico e prestadores de serviços avançados.

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Por Weslei Fillmann Foto por Weslei Fillmann

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engajamento da Feevale na área de inovação vai em todos os níveis. Programas que levam para os ensinos fundamental e médio projetos de criação, aprimoramento e consolidação de um produto são a marca dos novos objetivos da Feevale para os próximos anos. Uma das pessoas responsáveis por essa iniciativa é a Diretora de Inovação da Feevale Daiana de Leonço Monzon. Para entendermos como funciona o trabalho da diretora e o que é planejado para o futuro das áreas de inovação da Feevale, conversamos com a Daiana.

Qual a aplicação do Startup Teens?

A gente diz que ele é nossa startup da diretoria de inovação, porque a gente escreveu ele todo, validou o problema, a solução, testou, criou o MVP (Mínimo Produto Viável) e tirou do papel para ver se dava certo. Em 2016, a gente aplicou o Startup Teens junto com a escola de aplicação da Feevale com cerca de 60 crianças, para que a gente pudesse entender se essas crianças seriam capazes de transformar uma ideia em negócio na idade deles, porque a gente tá pegando oitavo e nono ano, final do ensino fundamental. Nos surpreendemos, pois essas crianças tem muito mais criatividade, eles não tem o receio que um adulto tem de dar algum problema específico, pois eu fiz desse jeito e sei que vai dar errado.

Além dos polos de inova ção, como a Feevale realiza atividades que promovemoempreendedorismo?

Nós temos vários parceiros, um deles é o Sicredi, que nos contatou para que pudéssemos trabalhar nas suas unidades de negócio, suas cooperativas espalhadas pelo Rio Grande do Sul, para que pudéssemos levar inovação e empreendedorismo para essas comunidades. O Sicred convidou os cooperados, pessoas que tem conta corrente dentro do banco, para estar nesses cursos e também conhecerem mais sobre empreendedorismo e

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Pensar em reinvenção, pensar em matriz produtiva local.

inovação. Eu acho que esse é um dos nossos papéis, chegar e entender a necessidade desta comunidade e poder levar conteúdo e subsídio para que ela possa se desenvolver de uma maneira melhor.

Além destes trabalhos que estão sendo realizados, existe algum plano, planejamento, alguma expansão para os próximos anos?

Sim, nós estamos fazendo para 2020 a busca de muitas empresas, não só da região. Uma delas é a Vale do Rio Doce, empresas do Brasil inteiro que queiram trazer os seus "gargalos" para dentro da universidade, no Feevale Teckpark, para que possamos pensar em soluções para esses problemas. Pensar em reinvenção, pensar em matriz produtiva local.

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D AIANA M ONZON

A Feevale, além de trabalhar na integração com as empresas de tecnologia e inovação de todo o Brasil, desenvolve a criatividade desde cedo

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g Por Kassiane Michel Foto por Kassiane Michel

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Feevale Techpark antecipa tendências de empreendedorismo

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parque tecnológico já existe há 15 anos. Desde sua criação, vem trazendo um novo jeito de empreender para a região do Vale do Sinos. O ambiente segue três principais conceitos: inovação, desenvolvimento tecnológico e empreendedorismo. Para saber mais sobre o espaço e suas iniciativas, entrevistamos o coordenador do Feevale Techpark, Gustavo Piardi.

Quais os diferenciais do Techpark em comparação a outros polos tecnológicos?

A gente atua em cinco áreas: indústria criativa, tecnologia da informação e comunicações, saúde e biotecnologia, materiais e nanotecnologia e energias renováveis e meio ambiente. São áreas onde a gente entende que a região tem empresas e tem capacidade de produzir novos empreendimentos. É um aspecto bem técnico. Já como característica mais qualitativa, nós temos um o jeito diferente de acolher o empresário, a gente consegue acompanhar realmente muito mais de perto as empresas.

cado que está em transformação, essa transformação acontece de forma muito rápida. Inovação e tecnologia, vão

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essa vai ser a nova base de sustentação dos negócios. Hoje o diferencial vai estar na capacidade de inovar, ou seja, na capacidade de se reinventar a cada x período de tempo.

No final de 2018 foi inaugurado o Hub One Feevale.Qual é a finalidade desse novo espaço?

O principal diferencial desse prédio é colocar todos os seus habitantes em contato. Quem está aqui dentro está em contato com tudo que precisa ter num ecossistema de inovação. O aluno está tendo a oportunidade de trabalhar direto com as empresas e as empresas estão tendo a oportunidade de trabalhar direto com os alunos. Se não fosse um espaço com esse conceito, a gente estaria falando das mesmas salas de aula tradicionais e as empresas os mesmos negócios tradicionais.

Quem está aqui dentro está em contato com tudo que precisa ter num ecossistema de inovação.

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estar presentes em quase todas essas transformações. A gente busca ter isso bem claro, principalmente nas empresas que estão começando, porque

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O Techpark tem como principais características a inovação e a tecnologia.Qual aimportânciadessascaracterísticas no mundo do empreendedorismo?

Atualmente a gente tem um mer-

Qual conselho você daria a quem deseja fazer a diferença e criarumnovoproduto/negócio?

Quem sabe se tornar uma das empresas incubadas no Techpark?

Tudo o que puder ser investido no autoconhecimento vai fazer a diferença. A matéria prima para construir novos negócios existe e vai depender muito de quantas pessoas se identificam com aquilo. Hoje há muito mais pessoas criando um negócio porque acreditam. E quanto mais tu acredita, mais vai fazer a diferença.

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Por André Viera Foto por André Viera

Como o processo de incubação auxilia empresas que estão entrando no mercado

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grave crise econômica pela qual passa o pais afeta diretamente a taxa de desemprego. Essa situação negativa incentiva muitas pessoas a buscarem alternativas para gerar renda, a principal delas é a possibilidade de ter o próprio negócio. Pensando em ajudar esses novos empreendedores, o Feevale Techpark possui a incubadora, um espaço onde novas empresas recebem ajuda na sua criação e desenvolvimento, trabalhando aspectos técnicos e comerciais, para que se desenvolvam com maior facilidade. E o melhor, qualquer pessoa pode fazer isso.

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A incubação das empresas possui duas etapas. No começo, quando ainda é só uma ideia, acontece a pré-incubação, onde novos empreendedores recebem monitorias com especialistas da Universidade Feevale.

Um momento onde duvidas são respondidas, surge uma nova visão do projeto, aspectos necessários para a concepção de uma empresa.

Na etapa seguinte, empresas aprovadas recebem salas, são “incubadas”, como um bebê recebem atenção especial, para que seu desenvolvimento aconteça da melhor forma.

Além de um espaço físico mais acessível que o normal, utilizam de todo conhecimento disponível pelos profissionais, e também de espaços compartilhados entre as empresas

foi importante (...) ter o apoio de membros da incubadora e, também, uma estrutura para poder iniciar.

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Incubadora: as empresas ficam lado a lado, favorecendo a troca de experiências

instaladas, o que favorece a troca de experiências e ideias. O processo completo de incubação dura 2 anos.

Nícolas Pohren é sócio-fundador da empresa az.leads, dedicada a construir uma base de dados de todas as empresas brasileiras, que está incubada no Techpark há mais de 1 ano. Para ele o principal benefício que sua empresa teve foi na parte comercial e de marketing: - “Para nós que éramos totalmente técnicos, nunca tínhamos feito nenhum tipo de empreendimento, o que ajudou no começo foram as mentorias”.

A incubação é um processo muito benéfico para novas empresas. A Fábrica de Aplicativos, primeira plataforma de criação de aplicativos sem programação da América Latina, que foi incubada em 2013 pelo Cietec, Centro de inovação vinculado à Universidade de São Paulo. Hoje trabalha em mais de 80 países, tendo mais de 14 milhões de acessos em seus aplicativos criados. Hugo Yang, CEO da empresa, exalta os benefícios da incubação para sua empresa: - “Foi importante em um momento de extrema incerteza ter o apoio dos membros da incubadora e também uma estrutura para poder iniciar a operação”. >>

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P RIMEIROS P ASSOS

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uem compartilhou essa história com a gente foi a gestora Joana Faller. Ela era graduanda no curso de Administração quando criou a empresa junto aos seus dois sócios Cristiano Baumgartner e Adriano Baumgartner.

A Testing Company tem seu foco em gestão e teste de softwares de qualidade.

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Conheça a Testing Company, uma das primeiras “filhas” do Feevale Techpark Como surgiu a Testing Company?

Nossa história começou em 2010, eu e meus sócios visualizamos uma necessidade de mercado e a partir dela criamos o negócio. A partir do conhecimento da estrutura do Techpark, a gente fez todo o processo, que é bem bacana pois ajuda o empreendedor a compreender o mercado.

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Como foi o desenvol vimento da empre sa para alcançar os resultados que tem hoje?

Não foi fácil, eu vejo que precisa muita resistência da parte do empreendedor.

A gente precisou de muito foco para ir, ano após ano, se mantendo e crescendo no mercado. Tivemos várias ações, um bom planejamento, e continuamos trabalhando várias questões para buscar novos

horizontes e nos manter em crescimento.

Qual foi a importância do Techpark para desenvolver da empresa?

As empresas precisam enxergar que elas não são organismos fechados e que elas estão dentro de um ecossistema. Dentro disso, eu percebo que o Techpark ajuda o empreendedor a enxergar que ele não está trabalhando sozinho, ajuda a ver o mercado, as situações e até os desafios de outros ângulos.

as empresas precisam enxergar que elas não são organismos fechados.

Qual conselho você daria para quem quer começar a empreender? É nunca pensar que a sua ideia é única, e que por isso você vai guardar ela e fazer sozinho. Pois é primordial você colaborar, pedir a colaboração de outras pessoas ou buscar um apoio de uma instituição que fomente o empreendedorismo. Meu conselho é pensar que as ideias compartilhadas e aquilo que a gente pode fazer junto, agrega mais valor.

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Por Kassiane Michel Foto por Kassiane Michel

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Por Kassiane Michel e Mariane Rambo Fotos Arquivo pessoal

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C RESCI MENTO A CELE RADO

Entenda como os programas de aceleração impactam no crescimento das startups

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ocê certamente já se perguntou o que é um “Programa de Aceleração de Empresas”. Afinal, esse conceito vem sendo cada vez mais usado no Brasil. Essa prática possibilita que as empresas cresçam de forma rápida, alcançando suas metas de forma assertiva e sustentável. As aceleradoras são as responsáveis por apoiar e investir em empreendimentos para que atinjam rapidamente o crescimento. Dessa forma, as empresas de aceleração tem como principal objetivo o desenvolvimento das startups. Por meio de mentorias e investimentos, elas possibilitam que as empresas atinjam seu ponto de equilíbrio, ou seja, tornando-as autossustentáveis e na expansão dos negócios. >>

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ACELERAÇÃO NA PRÁTICA

Um exemplo disso, é a Hand Talk, que por meio da inteligência artificial realiza a tradução para a Língua Brasileira de Sinais, Libras. No início de 2019, ela foi a única empresa brasileira a ser selecionada para participar do Google I/O, evento que contou com mais de duas mil organizações de todo mundo inscritas. O prêmio foi de aproximadamente três milhões de reais, que serão investidos na melhoria do aplicativo e no lançamento da plataforma nos Estados Unidos.

Durante sua trajetória, a Hand Talk participou de diversos programas de aceleração, que segundo o assessor de imprensa da empresa, João Bogas, “foram fundamentais para entender bem o nosso mercado, definir os produtos com que íamos trabalhar, gerar uma sustentabilidade para a empresa e, principalmente, estruturar processos para permitir um crescimento escalado”.

Diversos critérios são avaliados para que uma empre-

sa receba a aceleração, entre eles, o mais comum é que os empreendedores tenham lançado algum produto no mercado, “essa ideia já tem que ter sido minimamente validada no mercado, já tem que ter um MVP, que a gente chama de Produto Mínimo Viável, um protótipo, para que a gente possa investir e acelerar o processo dela.

Então, se ela estiver em uma fase inicial demais, ou seja, ainda está na fase da ideia, não faz sentido entrar no processo de aceleração”, apontou Sandro Cortezia, fundador e CEO da aceleradora Ventiur.

O perfil do empreendedor também é importante na hora de uma empresa ser acelerada, busca-se inovação e trabalho em equipe, segundo Cortezia “é muito difícil se investir num empreendedor sozinho, não acreditamos muito no super-herói. Se ele quiser fazer tudo sozinho, então não faz sentido buscar uma aceleradora, a aceleradora quer trabalhar junto, quer atuar junto, mas claro respeitando o processo que tem que ser conduzido em essência pelos empreendedores”.>>

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GAÚCHOS NO SHARK TANK BRASIL Uma empresa que surgiu no meio da crise de 2016, encontrou no momento de dificuldade uma nova oportunidade de negócio. A Criativando, startup focada em papéis de parede que tem como diferencial a aplicação de tecnologia, participou do Shark Tank Brasil. O programa conta com um grupo de investidores brasileiros que oferecem aporte financeiros aos participantes com as ideias mais inovadoras e lucrativas. A startup gaúcha recebeu aporte da Camila Farani, uma das maiores investidoras-anjo do país.

Tebaldi aponta que a participação no programa “abriu várias portas e trouxe vários cliente, aumentou o faturamento, o número de usuários, tudo organicamente”. Praticamente metade do dinheiro da aceleração será investido na contratação de pessoas para desenvolver pesquisas e produtos novos. >>

Para se destacar num programa de aceleração, além da inovação é necessário preparo, conforme conta Jonhatan Tebaldi, CEO da Criativando , “a gente se preparou com números, com estratégia, a gente criou uma estratégia de negociação, não de ir lá buscar dinheiro, mas buscar negócio.

A gente viu o que a Criativando podia dar de negócio com cada um um deles, aonde podia dar match”.

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A gente se preparou com números, com estratégia (...) de negociação.

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Dividir o ambiente de trabalho é uma opção que pode trazer benefícios

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Espaço flexível

Para quem utiliza coworkings, também há a vantagem da produtividade.

“No primeiro mês que eu fiquei aqui [no Maze One], vi minha produtividade crescer em 30%, porque é um espaço em que tu está no meio de outras pessoas que estão trabalhando e estão no mesmo intuito” analisa Tiago Rial, 27, fundador da Fôlego Produções. Ele utiliza o local há quatro meses.

Funcionamento 24 horas também é um ponto positivo no espaço de trabalho de Tiago. Essa flexibilidade já o permitiu utilizar o local até às 3h30min e iniciar seu expediente às 5 horas da manhã. Para ele a sistemática “é legal” porque “se precisar trabalhar de madrugada, é liberado para fazer”, completa.

Coworker: a produtividade de Tiago Rial cresceu em 30%

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ais de mil espaços compartilhados de trabalho já existem no Brasil, segundo o Coworking Brasil. A opção vem como uma nova maneira de enxergar o mercado, principalmente com a forte chegada de freelancers (trabalhadores autônomos), pequenas empresas e startups.

Pensados para o trabalho autônomo, os coworkings são preparados para receber profissionais e gerar redes de conexão entre eles. De acordo com o Censo Coworking Brasil, em 2018, o país somou 214 mil pessoas alugando os ambientes.

Entre os benefícios deste método de trabalho está o custo, já que o trabalhador não precisa arcar com diversos investimentos para manter uma estrutura. Outro ponto importante é quanto a “oportunidade de estar em um espaço com mais pessoas. Onde pode-se conhecer possíveis parceiros comerciais e encontrar empresas que tenham uma solução para problemas que a sua empresa tem”, comenta Andrei de Oliveira, 41, gerente de comunidade do ExoHub. Dentro do espaço do Hub One de Criatividade e Inovação da Feevale, há um espaço compartilhado de trabalho. Na estrutura do Maze One, há 35 postos de trabalhos que podem ser locados. O ambiente é gerenciado pela ExoHub. “A gente trouxe não só a questão de coworking pra cá, mas a questão da inovação aberta”, comenta Andrei. Para ele, é necessário “fazer esse ‘link’ entre uma startup com investidor, academia, com empresas maiores e trazer saberes para esse espaço”.

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Por Amanda Ferreira Foto por Amanda Ferreira

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Pode-se conhecer possíveis parceiros comerciais e encontrar empresas que tenham uma solução para problemas que a sua empresa tem.

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