CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E MEMÓRIA DE GOIÂNIA: PROJETO DE INTERVENÇÃO NA PRAÇA CÍVICA
Gabrielle Ribeiro
RESUMO
Universidade Federal de Goiás Faculdade de Artes Visuais Arquitetura e Urbanismo Trabalho de Conclusão de Curso - Volume I Discente | Gabrielle Ribeiro Costa Orientadora | Adriana Mara Vaz de Oliveira Goiânia, 2019
Este volume é a primeira fase do Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Nele contém um estudo sobre os processos de intervenção em edifícios históricos e como esse recurso permite a valorização da memória e história do centro urbano estudado, além da proposta projetual que associa essas pesquisas. O objeto de intervenção é o antigo edifício da Chefatura da Polícia, inserido no conjunto da Praça Cívica, em Goiânia-GO. A construção é tombada como patrimônio arquitetônico Art Déco e, atualmente, passa por um processo de subutilização e degradação. São apresentadas neste trabalho, sugestões de projeto para valorizar os potenciais sociais, econômicos e funcionais do edifício, tornar acessível o saber histórico e educacional através de ambientes de pesquisa, bem como constituir um equipamento cultural capaz de reforçar a memória e a identidade da cidade. Palavras chave: patrimônio arquitetônico; intervenção; história; memória; Setor Central; Goiânia.
CITAÇÃO
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO
Inquietações
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Evidências
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O CENTRO, A PRAÇA, O EDIFÍCIO REFERÊNCIAS
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Abordagem Teórica
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Museu Rodin Bahia
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Biblioteca Mário de Andrade
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FRAGMENTOS
Percurso de reconhecimento do Centro
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PROJETO
Percepções
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Programa de Necessidades
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Processos e composições
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Plantas
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Fachadas
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Cortes
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Perspectivas
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PROPOSTAs
FIGURA 1 VISTA FACHADA SUL, 2019 FOTO POR GABRIELLE RIBEIRO
REFERÊNCIAS
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INQUIETAÇÕES
INQUIETAÇÕES
INQUIETAÇÕES Inquietações geradas no decorrer do curso me aproximaram de debates diversos relacionados à pré-existências, cultura e memória da cidade. A arquitetura é um meio de propagação de experiências e histórias ao longo das gerações. Assim, construções históricas representam, de certa forma, a memória coletiva de uma sociedade no período de ocupação e apropriação do ambiente. Em contraste a elas, a arquitetura contemporânea destaca diferentes traços na paisagem. Com novos materiais e técnicas de construção, os edifícios possuem outras particularidades que também são importantes para o desenvolvimento da urbanidade. Os centros históricos das cidades, hoje amplamente transformados, são exemplos claros dessa dualidade entre arquiteturas e evidenciam a continuidade da cidade atual sobre a aquela de outros tempos. Então, a temática da intervenção é o elo que une a memória à preservação por meio da arquitetura, de modo que manifestações contemporâneas e históricas coexistam para relembrar a diversidade no visível e no invisível. A partir dessas reflexões pude perceber que destacar essa importância da arquitetura, preservando-a, garante não só a integridade de uma construção relevante e o reaproveitamento de um espaço construído, mas também o acesso à memória da cidade. Sendo assim, a proposta é elaborar um plano de intervenção, pautado na experiência do ser e estar no centro de Goiânia, que valorize a memória a partir de um edifício conceituado como patrimônio histórico. Esse local seria um espaço destinado para exposição e pesquisa que, concentrando acervos históricos e registros pessoais, documentem a trajetória urbana de Goiânia.
FIGURA 2 VISTA FACHADA LESTE DA CHEFATURA DA POLÍCIA, 2019 FOTO POR GABRIELLE RIBEIRO
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EVIDÊNCIAS
EVIDÊNCIAS
EVIDÊNCIAS
FIGURA 3 VISTA FACHADA OESTE, 2019 FOTO POR GABRIELLE RIBEIRO
Estando em Goiânia, capital planejada do estado de Goiás, pude conhecer e participar, como espectadora, de alguns processos de ocupação, desocupação e abandono de edifícios históricos relevantes, principalmente no centro da cidade. Esses ambientes construídos não apropriados, vazios, agravam a degradação da ambiência urbana, com o aumento do vandalismo, da ocupação indevida e da desvalorização do patrimônio histórico edificado. Em paralelo a isso, nos últimos anos, propõem-se alterações e requalificações em vários locais do centro, como na Praça Cívica. Essas intervenções mostraram-se pouco eficazes, em decorrência do pouco planejamento e muito interesse político. Isso me incentivou a destacar essa localidade no meu trabalho, de modo que se possa repensar os usos e conexões presentes, que são tão significativos para a identidade da cidade, além de evidenciar a urbanidade que emana a vivência pura e rotineira do cidadão goianiense. Uma sugestão crítica para a retomada cultural do centro de Goiânia. Assim, o objetivo maior é propor diretrizes que requalifiquem a ambiência do Setor Central como espaço de cultura e memória, abrindo espaço para pesquisa e debate acerca dos valores da cidade. Outro objetivo é apresentar e valorizar a história de Goiânia como herança às novas gerações que a desconhecem. Nesse sentido, objetiva-se ampliar os pontos de cultura existentes, impulsionando a vida social do centro. Diante dessa percepção escolhi um edifício para fazer uma intervenção arquitetônica com o intuito de que ela reverbere para o contexto em que está inserida e contribua para o exercício da memória do centro histórico, promovendo o sentimento de pertencimento da população goianiense. A escolha da área de intervenção foi pautada no recorte urbano descrito acima, principalmente por sua relevância histórica na construção de Goiânia: o centro. A resposta formal dos eixos estruturantes da cidade, concebidos a partir de princípios urbanos clássicos, gera um ponto focal em que é abrigado o centro administrativo, cujos edifícios “Art Déco” representam a modernidade do estado goiano. Esse ponto focal é conhecido atualmente como Praça Cívica, inaugurada em 1935, que é considerado o marco inicial da construção da capital goiana. Perante o contorno definido, o edifício a ser intervindo faz parte desse conjunto, conhecido como antigo edifício da Procuradoria Geral do Estado de Goiás.
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O CENTRO, A PRAÇA, O EDIFÍCIO
O CENTRO, A PRAÇA, O EDIFÍCIO
FIGURA 4 VISTA AÉREA DE GOIÂNIA (GO), 1959 FONTE : IBGE FOTO POR TIBOR JABLONSKY
No início do século XX começaram a surgir intenções de transição da capital do estado de Goiás para um novo centro. A antiga capital, Cidade de Goiás, já se apresentava desarticulada em função de suas condições desfavoráveis de topografia, clima, difícil acesso, entre outras características. O novo centro urbano, deveria então, desenvolver funções econômico-sociais e político-administrativas e contribuir para o crescimento da região central do país. A partir da solicitação de Pedro Ludovico, representante político da época, foi escolhido o terreno para a construção da nova capital, considerando os fatores que invalidaram a Cidade de Goiás como centro político. Com isso, o urbanista Attilio Corrêa Lima, inspirado em modelos europeus e norte-americanos, elaborou o plano urbanístico de Goiânia. Para a época, esse plano foi inovador, representante da modernidade e instaurador de um novo cenário de urbanidade, além de ter sido utilizado com estratégia desenvolvimentista (DOSSIÊ DE TOMBAMENTO, 2010). A estrutura da proposta considera o centro cívico e administrativo como elemento fundamental na composição do traçado. Para ele convergem o conjunto de vias radiais que formam os eixos de distribuição da cidade. O centro, então, é visto como marco fundador da nova estrutura urbana, de modo que o seu desenho estabelece as primeiras zonas de ocupação de Goiânia, industrial ao norte, comercial e de serviços ao centro junto da praça, e residencial ao sul (MAPA I). Apesar da inovação do plano, o urbanista ainda valoriza as formas tradicionais de planejamento urbano, saindo do espaço público da rua, para o lote, para a quadra, respeitando a relação entre a escala do pedestre, a imponência das vias e o destaque da Praça Cívica. A Praça Cívica foi inaugurada no dia 5 de julho de 1942. Seu entorno foi zoneado para atividades administrativas de todas as instâncias. Todo o conjunto arquitetônico foi integrado por meio de áreas de convivência entre os edifícios institucionais, equipada com fontes luminosas e outros mobiliários urbanos como o Coreto. A Avenida Goiás, eixo norte-sul da cidade, desagua na praça e cria uma perspectiva de amplitude da área administrativa.
FIGURA 5 PLANO URBANISTICO DO NÚCLEO INICIAL DE GOIÂNIA FONTE : IMAGEM DE DIVULGAÇÃO [ALVARES, 1942]
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O CENTRO, A PRAÇA, O EDIFÍCIO
O CENTRO, A PRAÇA, O EDIFÍCIO
Diante desse cenário, a identidade da cidade compreendia uma série de manifestações arquitetônicas, devido às diferentes ocupações ao longo do período de construção da cidade. Os estilos residenciais principais desse início foram as casas-tipo, neocoloniais, normandas e art déco. Este último foi eleito como o estilo representativo adotado preferencialmente nos edifícios institucionais da Praça Cívica. O Art Déco contrastava a realidade arquitetônica da região goiana com novos materiais, técnicas e ocupações que mudaram o caráter construtivo da capital, exibindo o retrato de uma nova visão de mundo (DOSSIÊ DE TOMBAMENTO, 2010). Os primeiros edifícios públicos construídos foram o Grande Hotel e o Palácio do Governador, ambos seguiram orientação Déco. Vários exemplares dessa arquitetura foram registradas e 19 delas, construídas entre 1930 e 1950, são objetos tombados, pela União e pelo Estado, por serem representantes desse estilo e por sua relevância na história da cidade. O edifício escolhido para o projeto de intervenção, encontrado ao lado direito na Praça Cívica, está incluído nessa lista de objetos tombados. A construção que foi iniciada em 1937 e finalizada em 1942, possui fachada sóbria, quase clássica, com “formas compactas, linhas retas e utilização de jogos de volumes” (COELHO, 1997), além disso, sobrevergas nas janelas, capitéis quadrados nas colunas da fachada e as esquadrias das portas são desenhadas com tema floral. É conhecida por seu uso original como Chefatura da Polícia e Cadeia Pública de Goiânia, mas ao longo dos anos, abrigou outros órgãos públicos como a Procuradoria Geral do Estado, a Superintendência de Planejamento (SUPLAN) e a Empresa de Obras Públicas (EMOP). Inicialmente era constituída por um só corpo, atualmente dois blocos anexos fazem parte do seu conjunto, eles foram construídos na década de 1960. É possível perceber alterações na planta e materiais de acabamento, como piso, pinturas e cobertura, além disso, a maioria dos danos apresentados são relativos à falta de manutenção no edifício, refletidas em infiltrações, telhas quebradas, trincas, trechos de alvenaria exposta, manchas, revestimentos quebrados ou soltos, entre outros. O edifício que se encontrava abandonado até o mês de setembro de 2019, está em processo de revitalização com projeto da Secretaria de Cultura do Estado de Goiás. Isso mostra que apesar do tombamento da construção, isso não garante a sua conservação ao longo dos anos.
FIGURA 6 VISTA AÉREA DA PRAÇA CÍVICA EM GOIÂNIA (GO), 1957 FONTE : IBGE FOTO POR TIBOR JABLONSKY
“Atualmente estão em franca execução numerosas obras de grande fôlego, empreitadas por firmas de São Paulo, mediante concorrência pública: asfaltamento de algumas das principais vias públicas, numa área de 100.000 metros quadrados, com a instalação de esgoto de águas pluviais. construção de vários edifícios: Fórum, Chefatura de Polícia, Grupo Escolar Modelo, 1° Pavilhão da Penitenciária.” (TEIXEIRA, Pedro Ludovico, 1939)
FIGURA 7 VISTA AÉREA EM 1963 FONTE : ACERVO SECULT GO FOTO POR HÉLIO DE OLIVEIRA
FIGURA 8 PERSPECTIVA, DÉCADA DE 1940 FONTE : ACERVO MIS GOIÁS AUTOR DESCONHECIDO
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REFERÊNCIAS
“Como abordar um problema que supõe intervir em uma estrutura formal que há de mudar inevitavelmente, mas que com o tempo necessita expressar-se como uma permanência?” (GRACIA, Francisco de, 1992) Diante desse questionamento muitos arquitetos têm dificuldade de tratar da dialética entre a nova arquitetura e a cidade histórica construída. No início do século XX foram geradas contribuições teóricas relevantes acerca dos valores relacionados aos objetos patrimoniais, assim como definições sobre critérios de atuação e preservação e a delimitação do seu entorno (IPHAN, 2000). Dessa forma, o tecido urbano passa a ter mais importância no meio dos princípios de preservação, como composição representativa de diversos conjuntos patrimoniais, o que impulsionou essa questão da coexistência entre o antigo e o novo. Os núcleos urbanos possuem, cada um em sua especificidade, morfologias, escalas compositivas e qualidades históricas e estéticas que inventam diferentes perspectivas sobre a paisagem da cidade. Ao longo do tempo, com o desenvolvimento de outras formas de pensar e, consequentemente, de construir, novas arquiteturas entranham formas urbanas consolidadas como meio de adaptação da modernidade. Esse é um processo válido diante do seguimento da sociedade, além de serem formas de representatividade cultural do presente (ARGAN, 1939). Porém essa substituição de valores muitas vezes sucateia as ambiências naturais e tradicionais da cidade. A requalificação das edificações e espaços públicos patrimoniais, para diferentes usos, tem alguns benefícios que refletem no desenvolvimento dos centros urbanos, como: a conservação e valorização da identidade cultural e arquitetônica da região; o aproveitamento de estruturas físicas existentes, estratégia para lidar com espaços de formas mais econômica, sustentável e eficiente; a atualização e inserção de modernizações nos centros antigos, que potencializam a sincronia entre contemporaneidade e história; a proposição de novas atividades relativas às necessidades do bairro, além do controle com relação ao crescimento acelerado das cidades e as questões emergentes como o parcelamento do solo e a distribuição da densidade urbana. Portanto, uma intervenção modificadora deve reconhecer a categoria única que cada marco espacial possui e a seleção de alguns critérios vão determinar o alcance da modificação. A racionalidade envolvida no processo de composição dessa tipologia de projeto é necessária, segundo de Gracia (1992), pois altera conceitos já consolidados pela cidade, como: paisagem urbana, pré-existências ambientais, memórias coletivas e permanências. Dessa forma, o autor destaca duas condições para atuação consciente no processo dinâmico de transformação das cidades. A primeira é o reconhecimento dos limites da área atingida pelo projeto, ou seja, o arco de incidência sobre o qual a intervenção atua. A segunda condição é determinada pelo conhecimento da lógica formal do edifício e a análise deste, para que seja feita a interpretação mais adequada relativa à ação direta na construção.
REFERÊNCIAS
A partir desse processo, alguns autores como de Gracia (1992), Bollack (2013) e Solà-Morales (2006) destacam princípios que categorizam as ações com base nos níveis de intervenção nos edifícios e nas relações entre a forma existente e a nova construção. As possibilidades estão divididas em três grupos iniciais: inclusão, intersecção e exclusão. Estas podem se subdividir em outros conjuntos com características específicas, como: parasitismo, embrulhamento e justaposição. Na inclusão, a forma existente engloba o novo objeto, de modo que este utiliza da estrutura existente como proteção ou aninhamento. Normalmente a intervenção possui sua própria identidade e esse universo é destacado pela experiência em contraste com o antigo, que gera diferentes perspectivas dentro do edifício. A intersecção é gerada por um elemento modificador dos limites originais da edificação. Esse tipo de ação é uma forma de adicionar programa, infraestrutura ou acesso através do novo objeto de modo que ele permaneça dependente da estrutura existente. Os limites entre o antigo e o novo podem ser perceptíveis ou não, por meio de composições e transições entre volumes, materiais e texturas. Já a exclusão trata os dois objetos como conjuntos distintos, em que normalmente existe uma conexão através de um elemento unidor, que não altera as características originais do edifício existente. Essas são algumas formas de diálogo entre os projetos que podem ser aplicadas em sua essência ou serem alteradas devido a alguma característica específica do contexto ou da edificação. Os novos usos, novos aspectos e novas relevâncias inseridas no antigo objeto podem mudar algumas perspectivas dos edifícios a partir da memória social coletiva, construída por diversos discursos de várias camadas de representação (HUYSSEN, 2000). Assim podemos destacar essa relação intrínseca entre intervenção e memória e como esse processo influencia na valorização do patrimônio construído.
a
b
a
INCLUSÃO
INTERSECÇÃO
b a
PARASITISMO A. Edifício Existente B. Edifício Novo
b
a
b
EXCLUSÃO
b
a
EMBRULHAMENTO
b
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JUSTAPOSIÇÃO
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REFERÊNCIAS
MUSEU RODIN BAHIA FIGURA 9 CONTRASTE EDIFÍCIO PRÉ EXISTENTE E CONSTRUÇÃO NOVA FONTE : BRASIL ARQUITETURA FOTO POR NELSON KON
O museu Rodin se insere em um contexto antigo da cidade de Salvador, próximo a uma concentração de casarões dos séculos XIX e XX. O edifício foi escolhido para ser a sede de uma filial do museu francês no Brasil, conhecido pelo mesmo nome, de modo que foi implantado em um local com significado cultural para a cidade e que atendia os requisitos técnicos necessários. O restauro e a construção do anexo tinham o propósito de prover ao edifício a infraestrutura necessária para abrigar o programa pretendido. Foi, então, escolhido o Palacete Comendador Catharino (Figura 10), ícone da arquitetura eclética residencial, no qual permanecem pisos e forros, afrescos e pastilhas originais. Neste prédio concentram-se as áreas de exposição e atividades administrativas, além de conter um centro de documentação, um memorial e áreas de pesquisa. O anexo (Figura 11), construído com a mesma área do palacete (Figura 9), composto principalmente pelos materiais concreto, vidro e madeira, abriga espaços flexíveis que podem se adaptar a diferentes tipos de exposição. Comporta, também, a maior parte das áreas de serviços, como depósitos e reservas técnicas no subsolo, e o café-restaurante no térreo. Os edifícios conversam em dois momentos: no térreo, por um jardim centenário que define um espaço cultural, intencionado como ponto de encontro e área de convívio e (Figura 12); no primeiro pavimento, por uma passarela de concreto protendido, braço que se estende na direção da antiga construção em 20m de comprimento (Figura 14). Ambos possuem características arquitetônicas específicas dos momentos históricos em que foram projetados, porém o reconhecimento dos aspectos da forma já construída permitiram estabelecer um limite em que a modificação no ambiente não supera o pré-existente, mas o completa.
FIGURA 10 PALACETE COMENDADOR CATHARINO FONTE : BRASIL ARQUITETURA FOTO POR NELSON KON
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
LEGENDA 1. Bilheteria 2. Edifício existente 3. Rampa de acesso ao subsolo 4. Jardim vertical 5. Anexo
FIGURA 11
FIGURA 13
MATERIALIDADE ANEXO
PLANTA DE IMPLANTAÇÃO
FONTE : BRASIL ARQUITETURA FOTO POR NELSON KON
FONTE : BRASIL ARQUITETURA EDIÇÕES PELO AUTOR
FIGURA 12 PAISAGISMO FONTE : BRASIL ARQUITETURA FOTO POR NELSON KON
FIGURA 14 ACESSO PASSARELA FONTE : BRASIL ARQUITETURA FOTO POR NELSON KON
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6. Pátio de esculturas 7. Esculturas Rodin 8. Porta do Inferno 9. Utilidades
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19
10m
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE O projeto de intervenção na Biblioteca Mário de Andrade está inserido na Praça Dom José Gaspar (Figura 15), área pública que determinou os eixos estruturadores da volumetria do prédio e o desenvolvimento da sua ocupação. O edifício datado de 1942 possui composição Art Déco e é representante de diversas modernas técnicas de construção (Figura 16). Sua fachada imponente e escala relevante integram o equipamento ao redor da paisagem. O intuito da proposta era melhorar a estrutura física para abrigar o extenso acervo, além de diversificar o programa com áreas de pesquisa e áreas voltadas ao público. O seu desenvolvimento foi feito em duas etapas. A primeira tratou das estruturas, instalações e o restauro de elementos decorativos e mobiliário original. Já a segunda etapa integrou o edifício à um anexo, que conectados pelo subsolo, aumentará o espaço destinado ao acervo e abrigará diferentes laboratórios de pesquisa (Figura 18). Foram destacadas duas zonas principais de intervenção: a biblioteca circulante (Figura 17 e 19), que tem livre acesso ao acervo e locais apropriados para consulta e leitura organizados por meio de um sistema estrutural de aço; e a circulação pública (Figura 20), que tem o objetivo de trazer fluidez, articulação entre os acessos do edifício e qualificar os ambientes criados. As principais características aproveitadas para o desenvolvimento do partido e do projeto foram, principalmente nos ambientes internos, nos mobiliários da biblioteca, nas reservas técnicas e no programa de necessidades em geral, além de essa intervenção também ter sido feita em um edifício Art Decó e estar inserida em uma praça de grande importância para a cidade.
FIGURA 15 PERSPECTIVA ACESSO PRINCIPAL FONTE : PIRATININGA ARQUITETOS E ASSOCIADOS FOTO POR MAÍRA ACAYABA
FIGURA 16 ENTRADA PRINCIPAL, 1952 FONTE : ACERVO BMA FOTO POR A. CÂMARA
FIGURA 17 FACHADA DA BIBLIOTECA VOLTADA PARA A AVENIDA SÃO LUIS FONTE : ACERVO BMA AUTOR DESCONHECIDO
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
PRAÇA DOM JOSÉ GASPAR
RUA BR
ÁULIO
GOM
ES
AVENIDA SÃO LUÍS
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FIGURA 19 SISTEMA ESTRUTURAL EM AÇO PARA ABRIGAR O ACERVO DA BIBLIOTECA FONTE : PIRATININGA ARQUITETOS E ASSOCIADOS FOTO POR MAÍRA ACAYABA
RUA DA CONSOLAÇÃO
LEGENDA
0 4 10
20m
Leitura Auditório, Obras Especiais Circulação, Leitura, Galeria de lojas Escritórios Coleção Pesquisa Serviços de Apoio
FIGURA 18 PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E CORTE LONGITUDINAL FONTE : PIRATININGA ARQUITETOS E ASSOCIADOS EDIÇÕES PELO AUTOR
FIGURA 20 CIRCULAÇÃO EXTERNA FONTE : PIRATININGA ARQUITETOS E ASSOCIADOS FOTO POR MAÍRA ACAYABA
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FRAGMENTOS
FRAG M E NTOS
A primeira proposta desenvolvida por este projeto é baseada em diretrizes para o reconhecimento do Setor Central. Como já discutido anteriormente, a vocação cultural dessa área é intrínseca à sua conformação, não só urbanística e arquitetonicamente, mas na tradição e nos valores que foram construídos desde a implantação de Goiânia. Então, os principais objetivos são de buscar articular o espaço urbano e os diversos conjuntos da cidade, que atualmente são fragmentos no centro; de valorizar a arte, a cultura e a preservação; e fazerem-se reconhecidos os objetos patrimoniais, a ambiência e as vivências goianienses.
FRAGMENTOS Dessa forma, através de alguns percursos, se resumiriam diversos espaços culturais e de convivência urbana abrigados em estruturas já existentes na cidade. Foram selecionados alguns edifícios históricos e espaços públicos do centro de Goiânia para comporem esses percursos, escolhidos com base na sua relevância para a cidade. Esses objetos são um impulso inicial, uma vez que esta lista poderia ser ampliada a partir da inscrição de novos equipamentos no Núcleo de Memória do Centro de Documentação e Pesquisa, segunda proposta deste trabalho. Além de, futuramente, implementar outros bairros ao projeto. A categorização dos objetos está dividida em: (1) Edifícios tombados; (2) Edifícios não tombados e; (3) Espaços públicos; 1. PRAÇA CÍVICA 2. PALÁCIO DAS ESMERALDAS 3. ANTIGA SECRETARIA GERAL DO ESTADO 4. FÓRUM E TRIBUNAL DE JUSTIÇA 5. MUSEU ZOROASTRO ARTIAGA 6. ANTIGA CHEFATURA DA POLÍCIA 7. FONTES LUMINOSAS 8. MONUMENTO ÀS TREÊS RAÇAS 9. CORETO 10. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL 11. ANTIGA DELEGACIA FISCAL 12. ANTIGA DELEGACIA DO TRABALHO 13. TORRE DO RELÓGIO 14. MUSEU PEDRO LUDOVICO 15. CASA ONDE MOROU O PRIMEIRO PREFEITO DE GOIÂNIA 16. FACHADA DA IGREJA CATEDRAL 17. ANTIGA FACULDADE DE DIREITO 18. SOBRADO DO PROFESSOR COLEMAR NATAL E SILVA 19. COLÉGIO LYCEU DE GOIÂNIA 20. CASA DE CULTURA ALTAMIRO MOURA 21. GRANDE HOTEL 22. ESTÁTUA BARTOLOMEU BUENO DA SILVA 23. FACHADA DA IGREJA BATISTA 24. BOSQUE DOS BURITIS 25. COLÉGIO ATENEU DOM BOSCO 26. GRUPO ESCOLAR MODELO 27. TEATRO GOIÂNIA 28. CAPELA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS 29. ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DE GOIÂNIA 30. PARQUE BOTAFOGO 31. ANTIGA SEDE DO IBGE 32. MERCADO POPULAR DA 74 33. ESTAÇÃO FERROVIÁRIA 34. INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS 35. ESTÁDIO OLÍMPICO 36. JÓQUEI CLUBE DE GOIÁS 37. CINE OURO 38. CINE RITZ 39. MERCADO CENTRAL 40. RUA 04 - SEBOS DE GOIÂNIA 41. SINDICATO DOS BANCÁRIOS 42. RUA DO LAZER 43. CAMELÓDROMO DA AVENIDA PARANAÍBA 44. GOIÂNIA PALACE HOTEL 45. BECO DA CODORNA ...
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FRAGMENTOS
PROPOSTAS
A inspiração para esse plano teve como base o Circuito da Liberdade, em Belo Horizonte. A praça (Figura 21), de mesmo nome, contém um conjunto edifícios históricos que foram construídos para abrigar o centro administrativo, assim como a Praça Cívica. Após a ditadura, houve uma desocupação desses edifícios devido a transferência do sistema administrativo para outras partes da cidade. A partir disso, por a Praça da Liberdade ter sido palco de diversas manifestações culturais, sucedeu-se o exercício de reconhecimento e apropriação do patrimônio presente no local, com a criação de novos museus (Figura 22) e espaços de cultura e formação (Figura 23), transformando-a no famoso circuito. A partir disso, apresento como sugestão a transformação do Centro em um complexo cultural, que conecte esses fragmentos, arquitetônicos e populares, e ocupem o espaço urbano da cidade, destacando a importante área.
FIGURA 23 CONTRASTE EDIFÍCIO EXISTENTE E AMPLIAÇÃO EM VIDRO E METAL FONTE : ARCOWEB FOTO POR JOMAR BRAGANÇA
FIGURA 21 VISTA AÉREA PRAÇA DA LIBERDADE EM BELO HORIZONTE - MG FONTE : PREFEITURA DE BELO HORIZONTE FOTO POR RENATO COBUCCI
FIGURA 22 O PRÉDIO ROSA - FACHADA PRINCIPAL FONTE : MM GERDAU MUSEU DAS MINAS E DO METAL FOTO POR JOMAR BRAGANÇA
FIGURA 24 CIRCULAÇÃO - INTERVENÇÃO FONTE : ARCOWEB FOTO POR JOMAR BRAGANÇA
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FRAGMENTOS
FRAGMENTOS
COLAGEM 1 AVENIDA GOIÁS FOTOS POR GABRIELLE RIBEIRO
COLAGEM 2 RUA 03 E RUA DO LAZER FOTOS POR GABRIELLE RIBEIRO
COLAGEM 3 AVENIDA PARANAÍBA FOTOS POR GABRIELLE RIBEIRO
COLAGEM 4 BECOS FOTOS ´POR GABRIELLE RIBEIRO
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FRAGMENTOS
PRAÇA CÍVICA
FRAGMENTOS
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PERCEPÇÕES
EDIFÍCIO DA INTERVENÇÃO
PERCEPÇÕES
VISTA RUA DONA GERCINA BORGES
VISTA ESCULTURa siron franco
VISTA INTERNA PRAÇA CÍVICA
FIGURA 25 VISTA 360° DO ENTORNO DO EDIFÍCIO ESTUDADO FONTE : GOOGLE STREET VIEW
A consolidação urbana e o rápido desenvolvimento da capital durante os seus primeiros anos gerou um crescimento desordenado causado, principalmente, pela intensa migração ao novo centro. A partir dos anos 50, esse processo se intensificou com a chegada da ferrovia, conectando a região ao Sudeste, a construção de Brasília, a pavimentação da BR 153, entre outros. Assim se estabeleceu um novo pólo de desenvolvimento regional. Nos anos 70 e 80, a explosão imobiliária ocasionou a perda de interesse pelo centro da cidade, com a dispersão das atividades que aconteciam ali para novos bairros. Desde então, o espraiamento de Goiânia, a verticalização, o aumento do trânsito e da quantidade de veículos foram alguns dos motivos que promoveram a transição das características morfológicas do Setor Central. Atualmente, com os usos do bairro sendo condensados, principalmente, entre residencial e comercial, as atividades diárias se concentram em um período do dia. Isso gera um esvaziamento do distrito no contraturno, ocasionando insegurança para a população residente e para os passantes, principalmente a noite. Outros fatores importantes que geram a falta de interesse são: a migração de importantes instituições públicas para outros bairros, muitas vezes dificultando seu acesso e que acabaram tirando esse caráter administrativo do bairro; a falta de equipamentos públicos e atividades culturais que intensifiquem o movimento; e a desconexão da população com a cidade e a sua identidade, gerando essa falta de um sentimento de pertencimento. Esses fatores são alguns dos motivos para a desvalorização do patrimônio edificado da cidade, que é representado pela descaracterização e o abandono dos edifícios, mobiliários e equipamentos.
FIGURA 26
FIGURA 27
INTERIOR DA CHAFATURA DETALHE DA ESCADA
INTERIOR DA CHAFATURA DETALHE DA ESQUADRIA
FOTO POR DAFNE MARQUES
FOTO POR DAFNE MARQUES
O edifício estudado até o primeiro semestre de 2019 estava abandonado, atualmente está passando para um processo de restauro pela Construtora Amazonas, em parceria com o IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a SECULT (Secretaria de Cultura do Estado de Goiás). Internamente, a construção apresenta falta de revestimentos, pintura desgastada e esquadrias degradadas. Foram feitas muitas alterações sem projeto no interior, principalmente no acréscimo de alvenaria e divisórias, devido ao fato da edificação ter abrigado diversos usos ao longo dos anos.
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PROGRAMA DE NECESSIDADES
Setor
SERVIÇOS
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Ambiente
Área
Sanitários (Masculino/ Feminino) - Centro
37,00 m²
Sanitários (Masculino/ Feminino) - Museu
24,00 m²
Sanitários (Masculino/ Feminino) - Auditório
24,00 m²
Sanitários (Masculino/ Feminino) - Salas de Estudo
16,00 m²
DML
4,50 m²
Vestiário (Masculino/ Feminino) Copa Garagem Área de Carga e Descarga Café + Cozinha
24,00 m²
48,00 m²
Loja compartilhada + Depósito
35,00 m²
ACESSO Privado
ACESSO
RECEPÇÃO
PÚBLICO
MUSEU
área de tratamento
administração garagem escritórios
hall
hall
depósito
90,00 m²
sala de exposição iv
reserva técnica iv
Vertical (Escadas + Elevadores)
reserva técnica iii
sala de exposição v + núcleo de memória
sala de
CIRCULAÇÃO
reserva técnica ii
reserva técnica i
sala de exposição iii
museu
copa
sala de e x p o s i ção ii
auditório
31,50 m² 30,00 m²
sala de exposição i
estudos
café
RECEPÇÃO hall
centro de documentação e memória
salão
ACESSO PÚBLICO
multiuso área de leitura
Administração ADMINISTRATIVO Escritórios
MUSEU
CENTRO
55,00 m² 55,00 m²
Área de Tratamento de novos acervos
36,00 m²
Hall de Entrada + Recepção Sala de Exposição I Sala de Exposição II Sala de Exposição III Sala de Exposição IV + Núcleo de Memória
92,00 m²
Depósito Museu
68,00 m²
Hall de Entrada Auditório Auditório
55,00 m²
Hall de Entrada Lobby + Recepção
18,00 m²
Escaninho
16,00 m²
Biblioteca
164,00 m²
Espaço de Leitura
35,00 m²
Sala de Estudos Individual e Coletiva
172,00 m²
Salão multiuso
164,00 m²
Reserva Técnica - FOTOGRAFIA Reserva Técnica - AUDIOVISUAL Reserva Técnica - GIBIS/REVISTAS/PERIÓDICOS Reserva Técnica - MAPOTECA
40,00 m²
70,00 m² 70,00 m² 70,00 m² 152,00 m²
190,00 m²
117,00 m²
30,00 m² 30,00 m² 30,00 m²
loja
biblioteca
FLUXOGRAMA A partir da análise da construção existente e do programa de necessidades necessário para o novo uso definido do edifício, foi estabelecido em pré dimensionamento base que auxiliou a concepção do partido. De acordo com a tabela ao lado, a área total do programa seria de 2.429,00 m², dos quais 1.204,00 são da construção existente, ou seja, o anexo teria em média a mesma área do antigo edifício. O fluxograma foi definido a partir dos fluxos principais necessários, divididos entre público (seta amarela), serviços (seta azul) e restrito (seta rosa). Foram estabelecidos 3 acessos, dois pelo anexo, sendo um de serviços e outro público, além de outro público pelo edifício existente.
35
36
PROCESSOS E COMPOSIÇÕES
PROCESSOS E COMPOSIÇÕES
37
38
PROCESSOS E COMPOSIÇÕES
PROCESSOS E COMPOSIÇÕES
DIAGRAMA DE modificações - EDIFÍCIO EXISTENTE Construir Demolir Manter
PLANTA BAIXA TÉRREO
Escala: 1:300
n
n
PLANTA BAIXA PRIMEIRO PAVIMENTO Escala: 1:300
39
40
PROCESSOS E COMPOSIÇÕES
PROCESSOS E COMPOSIÇÕES
DIAGRAMA DE SETORIZAÇÃO Serviços Circulação Administração Museu Centro de Documentação e Memória
EDIFÍCIO EXISTENTE
ANEXO
41
42
PROCESSOS E COMPOSIÇÕES
PROCESSOS E COMPOSIÇÕES
DIAGRAMA DE ACESSOS E CIRCULAÇÕES
VOLUMETRIA
Circulação Vertical (Escada e Elevadores) Fluxos Horizontais principais Acesso para pedestres Acesso para veículos Conexões entre edifícios
MATERIALIDADE
Concreto
Aço
ANEXO Alvenaria - Branco
Brise
Telha Termoacústica
Áreas Verdes
EDIFÍCIO EXISTENTE
O partido para o novo edifício dá continuidade e completude ao programa definido na construção existente. A estrutura metálica foi determinada por uma malha de 5 x 6 metros, destacada para marcar o ritmo da nova construção, assim como a da pré-existente verificada nas esquadrias. A volumetria é mais simples e linear, de modo que não entra em conflito com as variações nos volumes da edificação antiga. A materialidade evidencia a natureza característica dos materiais utilizados, como o aço, a alvenaria pintada de branco, a laje de concreto no bloco de serviços e a cobertura de telha termoacústica do bloco de exposições. Na fachada leste a pele de vidro que dá vista ao restante da Praça Cívica é protegida por um brise metálico que traz essas variação de luminosidade, sem comprometer as obras exibidas nas salas de exposição. No pátio central a composição dos pisos, escadas e rampas de concreto com áreas verdes, trazem um aspecto mais natural e fresco à transição entre os edifícios, além das outras conexões entre eles.
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PLANTAS
PLANTAS CITAÇÃO LEGENDA
1. Hall de Entrada Centro de Documentação 2. Lobby e Recepção 3. Sanitário Feminino 4. Sanitário Masculino 5. Escaninho 6. DML 7. Biblioteca 8. Sala de Leitura 9. Loja 10. Hall de Entrada Museu 11. Sanitário Feminino 12. Sanitário Masculino 13. Sala de Exposição I 14. Sala de Exposição II 15. Café 16. Cozinha 17. Área de Espera 18. Reserva Técnica Fotografia 19. Reserva Técnica Audiovisual 20. Reserva Técnica Gibis/ Revistas/Periódicos 21. Reserva Técnica Mapoteca
ACESSO
4
3
1
2 6
5
7
9
8
14
6
3
1
14 13
5
4
16
12
15
11
2 8
15
17
12 11
7
9
10
Escala: 1:300
18
13
10
PLANTA BAIXA SUBSOLO
ACESSO
n
45 01
LEGENDA
1. Hall de Entrada Auditório 2. Auditório 3. Sanitário Feminino 4. Sanitário Masculino 5. Sanitário PNE 6. Depósito Museu 7. Administração 8. Escritório 9. Área de tratamento de novos acervos 10. Garagem 11. Carga e descarga 12. DML 13. Copa 14. Vestiário Feminino 15. Vestiário Masculino
ACESSO
44
n
PLANTA BAIXA térreo Escala: 1:300
19
20
21
46
PLANTAS
PLANTAS LEGENDA
1
5
4
47
LEGENDA
1. Sala de Estudos Individual e Coletiva 2. Hall 3. Sanitário Feminino 4. Sanitário Masculino 5. Copiadora 6. Salão Multiuso 7. Sala de Exposição IV e Núcleo de Memória 8. Sala de Exposição III
A
B
1. Edifício Existente 2. Anexo - Bloco Exposições 3. Anexo - Bloco Serviços 4. Pátio 5. Rua Interna - Acesso Subsolo
2 3 1 6
C 7
4
8
D
D’ 2 3 5
PLANTA BAIXA primeiro pavimento
n
n
PLANTA DE COBERTURA Escala: 1:300
Escala: 1:300
C’
A’ B’
48
FACHADAS
FACHADAS
FACHADA LESTE Escala: 1:200
FACHADA OESTE Escala: 1:200
FACHADA SUL Escala: 1:200
FACHADA NORTE Escala: 1:200
49
50
CORTES
CORTES
CORTE AA’ Escala: 1:200
CORTE BB’ Escala: 1:200
CORTE CC’ Escala: 1:200
CORTE DD’ Escala: 1:200
51
52
PERSPECTIVAS
PERSPECTIVA I - VISTA ENTRADA PRINCIPAL ANEXO
PERSPECTIVAS
53
54
PERSPECTIVAS
PERSPECTIVA II - VISTA LATERAL
PERSPECTIVAS
55
56
PERSPECTIVAS
PERSPECTIVA III - PÁTIO CENTRAL
PERSPECTIVAS
57
58
PERSPECTIVAS
PERSPECTIVA III - PÁTIO CENTRAL
PERSPECTIVAS
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60
BIBLIOGRAFIA
REFERÊNCIAS LIVROS
FIGURA 28 VISTA PARA O EDIFÍCIO EM FASE DE RESTAURO FOTO POR GABRIELLE RIBEIRO
ARGAN, Giulio Carlo. Urbanistica e Architettura. Le Arti, 1939. BOLLACK, Françoise Astorg. Old buildings, new forms: new directions in architectural transformations. The Monacelli Press, 2013. CARTAS PATRIMONIAIS, Rio de Janeiro: IPHAN, 2000. CHOAY, Françoise. A Alegoria do Patrimônio. São Paulo: UNESP, 2001. COELHO, Gustavo Neiva. A modernidade Art Déco na construção de Goiânia. Goiânia: Editora Do Autor, 1997. GOIÁS. Goiânia art déco: acervo arquitetônico e urbanístico - dossiê de tombamento. Goiânia: Instituto Casa Brasil de Cultura, 2010. GOIÁS, Secretaria do Estado da Cultura. Antiga Chefatura de Polícia e Cadeia Pública, Dossiê do bem tombado. Goiânia: 2012. GOIÁS, Arquivo Histórico. Relatório de Pedro Ludovico Teixeira a Getúlio Vargas. Goiânia: 1939. GRACIA, Francisco de. Construir en lo Construido: Arquitectura como modificación. Madrid: Nerea, 1992. HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000. PINHEIRO, Marcos José de Araújo. Museu, memória e esquecimento: um projeto da modernidade. Rio de Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais, 2004. RUBIÓ, Ignase de Solà-Morales. Intervenciones. Barcelona: Gustavo Gili, 2006. RUFINONI, Manoela Rossinetti. Preservação e Restauro Urbano:Intervenções em sítios históricos industriais. São Paulo: Fap-Unifesp: Edusp, 2013.
SITES
Brasil Arquitetura. Museu Rodin Bahia. Disponível em: http://brasilarquitetura.com/#. Acesso em setembro de 2019. IEPHA. Circuito da Liberdade. Disponível em: http://www. iepha.mg.gov.br/index.php/programas-e-acoes/circuito-liberdade. Acesso em setembro de 2019. Piratininga Arquitetos e Associados. Plano integrado de restauro e modernização da Biblioteca Mario de Andrade. http://www.piratininga.com.br/projeto_planointegrado_mariodeandrade.html. Acesso em setembro de 2019.