mab OBRA-ARQUIVO
mab OBRA-ARQUIVO
Organização Cinara Barbosa
mab Tuîa arte produção Brasília 2021
OBRA-ARQUIVO
Notas sobre o projeto de residência
O projeto Obra-Arquivo MAB surgiu do cruzamento fortuito de ações realizadas por dois coletivos dos quais participei em 2017: o grupo de estudos Arquiva, que se reunia semanalmente para discutir e refletir sobre a noção de arquivo e sua articulação com a experiência artística, e a Ocupação MAB, artistas que ocuparam temporariamente o prédio abandonado do Museu de Arte de Brasília (MAB), fechado para reforma desde 2007. Embora ambos os coletivos tivessem objetivos de certa forma diversos, sendo o primeiro com um perfil mais acadêmico, e o segundo pautado por ações de intervenções artísticas, o Arquiva viu na ocupação de um museu em ruínas a oportunidade para desenvolver um laboratório em torno das várias questões que surgiam à medida que avançávamos em nossas leituras. Como resultado, todos os integrantes do Arquiva acabaram se envolvendo nas ações de ocupação, realizada por um número muito maior e mais diverso de artistas, mas encabeçada por uma das integrantes do grupo de estudos, a artista Suyan de Mattos. Estávamos em plena ocupação, quando chegou a notícia de que havia sido assinado um novo contrato de reforma do museu e que precisávamos sair. Em pouco mais de um mês no prédio, as noções de tempo e espaço haviam se dilatado; cada
gesto artístico parecia carregar uma consciência forte de pertencimento, de aliança com a história passada e futura do museu e da cidade. Do desejo comum de estender no tempo a potência emancipadora da ocupação de 2017, e deixar no MAB um rastro permanente da nossa presença, nasceu o projeto Obra-Arquivo MAB. Em 2018, a proposta de residência artística foi aprovada pelo Fundo de Apoio à Arte e Cultura do Distrito Federal (FAC). Em 2019, dentro do canteiro de obras da reforma do MAB, dezoito artistas de Brasília de diferentes gerações e trabalhando com diversas linguagens tiveram a possibilidade de trocar conhecimento com pedreiros, eletricistas, engenheiros, carpinteiros, arquitetos e pintores, e acompanhar o ritmo constante e uníssono de máquinas e operários da construção civil no seu dia a dia. Os trabalhos criados por nós constituem um registro poético das memórias desses encontros, fricção entre o canteiro de obras e a obra (de arte). Em uma outra lógica de produzir história, foi oferecida a nós artistas a oportunidade de participar efetivamente do processo de reforma do primeiro museu de arte de nossa cidade, espaço público concebido para abrigar, cuidar e exibir a produção da arte moderna e contemporânea nacional. Gisel Carriconde Azevedo
1. Grupo formado por Atila Regiani, Gisel Carriconde Azevedo, Hilan Bensusan, Lis Marina Oliveira, Suyan de Mattos e Raísa Curty.
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E se nos encontrássemos no museu?
Um jogo de relações situa a arte contemporânea. À arte não basta aquilo que comumente se pressupõe como obra. A produção artística transborda em percepções de mundos. Artistas operam com contextos, reconsideram a história da arte, inquirem instituições, pintam com o corpo, desenham com objetos, experimentam materiais, atualizam temas, procedimentos e, na relação com a vida, ativam reflexões e práticas para urgências sociais. Portanto, a arte contemporânea exige de artistas e do público que se ultrapassem noções tanto do campo da arte quanto do senso comum, considerando-se que estamos diante de outro paradigma. É a partir da multiplicação de meios e formas, do jogo de limites e dos modos de narrar da arte contemporânea que o projeto Obra-Arquivo MAB se configura. Apresentamos aqui a parcela de uma produção de artistas contemporâneos do Distrito Federal formada por variadas gerações, alguns que se mudaram ainda crianças, outros nascidos aqui, ou que aqui estão baseados há alguns anos, e que constituem um conjunto afinado com o desejo de criar condições de pertencimento a um lugar da arte e da cultura na cidade. O convite para esta curadoria trouxe como desafio decidir sobre quais parâmetros operar, a partir de modelos usuais de residência artística e de formas de exibição, repensando estratégias e potencializando as abordagens das pesquisas dos artistas. Desse modo, este catálogo é concebido como forma de exposição. Em vez do deslocamento do artista para habitar temporariamente um outro lugar, temos a concepção dessa ‘residência’ como a de jornada artística, aqui definida como aquela que cria cisões no tempo e na vivência da rotina na própria cidade. Com
isto, preservam-se estranhamentos e descobertas sobre o lugar para que seja, de algum modo, novo, ao se determinar, como provocação, aquilo que devemos supor conhecer: o museu. O material aqui apresentado traz o resultado do trabalho realizado em 2019, envolvendo 18 artistas-residentes com experiências diferentes em relação à memória do museu e de suas investidas ou pesquisas artísticas. Para essa ‘residência de jornada’ foram montados três grupos, divididos turnos de trabalho e solicitados diários de bordo como registros. O ambiente do canteiro de obras e ateliê temporário passou, nesse período, a ser composto por engenheiros, operários e artistas lidando com suas ferramentas e compartilhando equipamentos de segurança. Coube à curadoria provocar a (re)construção das variadas memórias e sentidos relacionados ao museu, e que, por sua vez pudessem afetar a própria percepção sobre a cidade. O que se sabia afinal sobre o Museu de Arte de Brasília (MAB)? Entre os artistas participantes, as percepções apareceram divisadas em quatro temporalidades relativas ao museu. Artistas que presenciaram os primeiros anos de abertura do espaço após a inauguração em 1985. Artistas que conheceram o espaço no período de encerramento de suas atividades em 2007. Aqueles que realizaram a ocupação em 2017, e artistas que estavam conhecendo o museu em ruínas, o museu em obra, o museu pela lembrança e histórias dos outros artistas e pela pesquisa para o projeto em 2019. Pelo projeto consideramos noções de obra e arquivo na idealização dos aspectos de memória. Por meio desta produção em arte, o amálgama de objetos e ações socialmente vividas ou sabidas,
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apontamos de maneira afetiva, mas também crítica, a relação de responsabilidade com o arquivo. Afinal, como metáfora, o que queremos construir como história a partir daquilo que arquivamos? Isto é, referimo-nos à porção de provas e documentos não exclusivamente materiais, mas imateriais também. Este catálogo-exposição está organizado em quatro planos a partir do processo da jornada de residência artística e, por meio da arte contemporânea, pretende apontar respostas. Entre os trabalhos desenvolvidos, temos tanto aqueles que se deram no espaço de reforma do museu quanto os executados posteriormente no ateliê. A sequência em que aparecem aqui está relacionada a uma imaginação sobre o arquivo e, portanto, aludem a terminologias da prática arquivística como referência que conta sobre dinâmicas de classificação, temporalidade e destinação de documentos. O plano ACESSO abriga trabalhos de Suyan de Mattos, Gisel Carriconde Azevedo, Hilan Bensusan, Luciana Ferreira e Lis Marina Oliveira. O segmento ressalta a função arquivística destinada a tornar acessíveis documentos mediante preparação. O processo de acesso se dá pela imaginação acerca do espaço e ambiente expositivo. De maneira geral, os trabalhos fazem comentários da memória idealizada tanto do museu do passado quanto daquele que se imagina que virá a partir da especulação do espaço expositivo. Suyan de Matos monta seu diário de bordo sobre areia e, por meio do objeto, reinventa a si mesma nas histórias já vivenciadas ali. Gisel Carriconde Azevedo reafirma sua pesquisa acerca dos padrões de exibição, salvaguarda e objetos museológicos. A instalação conta com molduras e caixas vazias para uma
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exposição fictícia que preserva seus protocolos (título, texto de apresentação, curadoria) e se atualiza em performance (vernissage e convidados) para projetar o desejo sobre o espaço. As paredes em reforma, ainda no cimento, ganham marcas de depoimentos escritos na série Pinturas de parede. Hilan Bensusan utiliza a marca da escrita evidenciando expectativas em relação à arte e ao seu sistema. Quem decide o que guardamos como obra dessa residência? A iminente demão de tinta branca na parede aponta para a discussão das formas de apagamento histórico. Luciana Ferreira memorializa em vídeo, na ação performativa Visita, suas suposições sobre o MAB. Estar e percorrer o andar funcionam como gatilho mental para ficcionalizar como teriam sido as exposições ocorridas, mas principalmente sobre o que deixou de existir ali. Lis Marina faz a passagem do acesso especulativo do arquivo para desdobramentos das provas documentais no espaço em constituição. Incorpora restos da construção criando expografias. Na parede, o pedregulho ganha sentido expositivo, e na circulação do espaço, o corpo performa. Sinaliza, portanto, a vocação do lugar como galeria de exposição. GUARDA PROVISÓRIA é o plano que aborda a ideia de tempo de permanência dos conjuntos documentais no museu como unidade produtora e de atribuição do arquivo. Portanto, está relacionada aos trabalhos que demonstram o que acontece, no momento real, embora transitório. Exibe o museu no processo de reconstrução pelo canteiro de obra e pela jornada de residência. Cintia Falkenbach fez notas escritas, colagens e registros fotográficos, construindo um laborioso diário com material das ocupações de 2017 e de
2019. Retrata-se como operária-artista, recobre paredes com a imagem em série do lugar que escolhe representar como abrigo e que também a acolhe. Nivalda Assunção posa em meio às colunatas de sustentação como artista-arqueóloga. Coloca-se em cena, anota, documenta, performa como exploradora, visibilizando o exotismo como categoria de um pensamento caricatural. Raísa Curty desenha o espaço de construção. O ambiente que interessa para a artista é o dos operários. Importa saber seus nomes, escutá-los, mapear objetos cotidianos, perceber e dar a entender da sua residência também pela jornada do João, do Manuel, do José e de suas ferramentas e utensílios. Igu Krieger opta pela vida na obra e pelo que a ela se sobrepõe. Opera no sentido da integralização das etapas de transformação do indivíduo em trabalhador, a partir do local e de afazeres dedicados a cumprir metas e entregar resultados, como os vitrais coloridos e efêmeros do piso superior. A criação, a partir da ambiência e de materiais da construção civil, é o que permeia o plano AMOSTRAGEM. Neste, visibilizam-se etapas da técnica de seleção em que, a partir de um dado conjunto de documentos, elege-se um subconjunto representativo do todo. Leci Augusto garimpa, mistura e rejunta, mesclando etapas e resultados de modelagens que vão dos sacos e almofadas cimentícias ao busto nu. Leva a ponderar a respeito das funcionalidades dos objetos e sua serventia, inclusive de apreciação estética. Em Memória de uma Tangência, escala, forma e proporção são discutidas por Adriana Vignoli. O corpo serve de compasso e pilar de sustentação para imaginações arquitetônicas em que erguer a circunferência construída pela artista se torna uma missão improvável.
Valéria Pena-Costa continua a inelutável demonstração da passagem do tempo. Para o projeto, estabelece uma ponte simbólica entre o museu e a vasta coleção particular de objetos e memórias que caracterizam sua produção artística. Três vestidos e modelos engomados em mistura de cimento são colocados posados para a fotografia, para assim, quem sabe, imortalizarem também suas histórias ainda em curso. Krishna Passos convida para conhecer a videoarte sonora. Decidimos por mostrar o registro de alguns materiais testados na residência e frames da obra, que pode ser ouvida e vista acessando o link disponibilizado. Os trabalhos giram em torno da ideia do som como alma das coisas, e que se torna perceptível em situação de ação e reação pela manipulação das peças para essa composição, e que fecha o plano dos materiais que viram obras. DOCUMENTO PÚBLICO traz o último plano. Pela terminologia arquivística, trata-se de documento em posse dos órgãos do poder público, algo produzido, recebido e acumulado no exercício de suas atividades. Mas também significa, grosso modo, o documento que é de um arquivo público e da propriedade ou emanado por esse poder. Para a arte contemporânea esta compilação nos basta como motivo para alcançarmos a ideia conjugada pelo que seja público e questionarmos os sentidos de poder. Este segmento deseja o melhor de todas as coisas para o museu e seus visitantes. Por isso Maurício Chades faz Revolução/Raio-bica-banho-verde-de-manjericão no Museu dando partida no descarrego do artista-operário, dos espaços de arte, da cultura e da ‘civilização’. A videoperformance serve de preparação do espaço interno para receber o novo museu de 2021, livrando-o das
vibrações negativas estagnadas do lugar fechado. Yana Tamayo nos lembra que não há presente sem passado. É preciso recorrer à história e questionar o arquivo. A artista saúda, então, a memória espiritual de uma dessas histórias. Conta da existência do Casarão do Samba (1975/79) e contagia o ambiente de trabalho, invocando, pela música da playlist montada por ela, e tocada na vitrola que transportou para o canteiro de obras, a experiência talvez mais popular do lugar. Ao mirar a trajetória das ocupações da região, solicita o olhar para o entorno e o sufocamento da paisagem do prédio do museu, apontando como questão o direito público do acesso ao lago e à vista, em conflito com o crescimento das edificações e da especulação imobiliária. O que é do merecimento de um lugar? Mário Jardim entende que pertença ao salão principal do MAB o sagrado. Para a série Despachos, monta, de maneira minuciosa, oferenda com pipoqueiras elétricas, alguidar, cacos de vidro, lascas de madeira e pedras. Atentemos para a maneira como o trabalho foi realizado ao ser depositado e composto no chão, utilizando uma área extensa do piso. Cria-se assim uma delimitação no percurso, exigindo-se olhar para baixo e cuidado onde pisar. Com isso, advém a percepção sobre a noção de respeito e atenção do poder de objetos rituais e, que, nesse momento, também, se une à arte como objeto cerimonial. Em Cidadão, Lino Valente apresenta o resultado do trabalho de ateliê. Depois de analisar mais de 3 mil registros fotográficos de elementos espaciais abstratos (formas, volumes e texturas), descobre a figura do operário como composição. Nesta série é evidenciado o movimento incessante do trabalhador cruzando
o ambiente em seu macacão azul, debaixo do calor excessivo. As sobreposições marcam a pesquisa na construção de narrativas. Com Matias Mesquita inauguramos um MAB. O museu miniatura do artista encara a construção maior e provoca: quem ficará pronto primeiro? O artista-mestre de obra da massa cimentícia na cidade cuida de todas as etapas: desenha a planta arquitetônica, ajeita a massa, faz a base e a pintura. No decorrer da execução do prédio-monumento parece que a peça ganha vida própria, criando armadilhas para questionar a constituição do poder público e a quem se destina a instituição de fato. Bilhetes escritos por artistas e operários são recolhidos e colocados dentro do pequeno prédio antes do corte da fita vermelha, do brinde de inauguração e do provável soterramento no terreno previsto pelo artista acontecer, mediante a finalização da reforma do museu. O projeto Obra-Arquivo MAB é constituído de desejos. Entre eles, que seja um espaço aberto para a complexidade da produção artística. Esperamos que abrigue artistas de várias procedências e que valorize aqueles que contribuem para construir o panorama cultural do Distrito Federal. Com esta publicação desejamos refletir a história que queremos criar nesse lugar público da cidade, como um espaço aberto e vivo de encontros por meio da arte. Cinara Barbosa
ARQUIVO NACIONAL. Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. DERRIDA, Jacques. Mal de Arquivo: uma impressão freudiana. Tradução de Claudia de Moraes Rego. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
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Suyan de Mattos Camaleão Azul Foto-intervenção. Terra do MAB e sabão em pó. Registro Cleber Cardoso Xavier 2019
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Diário de bordo Terra do MAB, caderno-registro da residência e caixa de acrílico. Registro Andre Villaron 2019
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Museu Monstro Bordado sobre pano de chão. Lã colorida com lama do MAB. Registro Cleber Cardoso Xavier. Texto Raísa Curty 2019
Palimpsesto de um Museu Foto-performance. Registro Cleber Cardoso Xavier 2019
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Gisel Carriconde Azevedo Arqueologias de curta duração Exposição site-specific Materiais expográficos do acervo da artista Registro Haruo Mikami 2019
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▴ Plano museológico Instalação site-specific Placa de acrílico e lama do MAB 140 x 1025 cm Registro Haruo Mikami 2019
▴ Canteiro de obras Instalação site-specific Pregos e cimento Registro Haruo Mikami 2019
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Hilan Bensusan Futura parede branca Série Pinturas de parede Tinta sobre concreto 2019
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Museu do sol movente Série Pinturas de parede
O sol Série Pinturas de parede
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Luciana Ferreira Visita Ação performativa Vídeo (com áudio). Duração: 6' Acesso: vimeo.com/366057168 2019
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Lis Marina Oliveira Objeto de Escuta Instalação de objetos Concreto, arame recozido n°18 e chumbo de pesca 2019
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Rastros Petrificados Instalação de objetos Concreto armado Registro Jean Peixoto 2019
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Composição 1 Foto-performance 2019
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Composição 2 Foto-performance 2019
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Cintia Falkenbach Diário de campo 2019
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Nivalda Assunção Série Colunata Fotografia digital Dimensões variadas 2019
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Diário de Campo 2019
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Raísa Curty Sem título Diário de campo Grafite sobre papel 2019
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Igu Krieger Os Vitrais do MAB - Museu de Arte de Brasília Foto-instalação Registro fotográfico impresso em Fine Art 85 x 150 cm 2019
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Lavanderia Foto-performance Fotografia impressa em Fine Art 2019
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Leci Augusto Diário de Campo 2019
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Adriana Vignoli Memória de Uma Tangência Foto-performance com objeto Corpo, concreto e vergalhão Registros Jean Peixoto 2019
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Valéria Pena-Costa Série Escombros Foto-instalação de objetos. Tecido, cimento, madeira e tinta acrílica Dimensões variadas 2019
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Krishna Passos Imagens de processo 2019
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Composição em Almatérias Videoarte sonora. Duração: 3' 54" Acesse youtu.be/5llgD4yijEo Câmera Lino Valente 2019/2021
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Maurício Chades Revolução / Raio-bica-banhoverde-de-manjericão no Museu Video-performance Acesse: vimeo.com/361568617 2019
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Aponte a câmera do seu dispositivo para acessar a lista de reprodução musical
Yana Tamayo Pulso (Ocupação sonora) Lista de músicas selecionadas e executadas ao longo do período da residência na obra de reforma do MAB. Acesso por QR code e celular com rede. 2019
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Rotas para cidades submersas Fotografia Dimensões variadas 2019
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Mário Jardim Sem título. Série Despachos Instalação Pipoqueiras elétricas, pipoca e alguidares de cerâmica 2019
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Sem título. Série Despachos Objeto Alguidar de cerâmica, pipoca, pepita de concreto, pedaços de vergalhão de ferro, cacos de vidro, cavacos de madeira pontada 2019
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Lino Valente Sem título Fotografia Impressa em Fine Art 80 x 110 cm 2019
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Cidadão. Série O mundo é de quem não sente Objeto Fotografia impressa sobre folha de acetato, madeira, folha de vidro, acetato, painel de led 33,0 x 29,5 x 41,5 cm 2019
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Sem título Fotografia Impressa em Fine Art 160 x 85 cm 2019
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Artista Título obra meio materiais utilizados 2019
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Matias Mesquita Arqueologia de um futuro distante Escultura e performance Miniatura do Museu de Arte de Brasília feito de concreto armado 100 x 100 x 25 cm 2019
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Artistas residentes
ADRIANA VIGNOLI [1981, Brasília, Distrito Federal. Reside e trabalha em Brasília] Trabalha com instalações e esculturas feitas com materiais como terra, concreto, cerâmica, vidro, metais, plantas e tecnologia digital. Seu processo parte da construção de objetos geométricos dispostos no espaço, em estruturas de tensão e equilíbrio. Elementos químicos ou biológicos que interfiram ou possam conviver com essas estruturas são adicionados, de modo a provocar-lhes interações e modificações, seja de peso, de estado físico ou de volume. A ela interessa dissolver as fronteiras material e simbólica das coisas, provocar o observador a experimentar o tempo como um fluxo contínuo, indissociável em passado, presente e futuro e se aproximar mais daquilo que chama de Bioescultura. CINTIA FALKENBACH [1959, Alegrete, Rio Grande do Sul. Reside e trabalha entre Brasília e Pirenópolis] Gravadora e aquarelista, desenvolve pesquisa com técnicas múltiplas, explorando o conceito de memória. Doutora em Teoria e História da Arte (2014) pela Universidade de Brasília. Participa de exposições coletivas e individuais e publica em congressos de Artes Visuais e História. Já recebeu alguns prêmios regionais e uma menção honrosa em exposição coletiva nacional. GISEL CARRICONDE AZEVEDO [1960, Tapes, Rio Grande do Sul. Reside e trabalha em Brasília] Trabalha com instalação, objetos e pintura e tem sua produção artística associada à curadoria. Formada em artes pela Universidade de Brasília (1992), com mestrado e doutorado na Universidade de Brighton (1997) e
na Universidade do Leste de Londres (2012), respectivamente. Entre 2000 e 2016, trabalhou com design de exposição no Museu de Valores, em que o contato próximo com a museologia despertou sua atenção para as relações entre espaço, objeto e público. A partir de 2003 passou a trabalhar com instalação e a pensar o espaço expositivo como uma poética em si. Desde 2014 está à frente do deCurators, espaço de arte independente e não comercial dedicado a explorar novas maneiras de exibir, apreciar e discutir arte contemporânea. HILAN BENSUSAN [1967, Brasília, Distrito Federal. Reside e trabalha em Brasília] Trabalha no campo da filosofia, faz performance e instalações. Participou recentemente de exposições coletivas em São Paulo, Lisboa, Londres e Brasília – nesta última, expôs no Museu da República, nas galerias deCurators, Galeria Piloto da Universidade de Brasília, A Pilastra e Caixa Cultural. Em 2018 foi um dos quatro premiados do Transborda-Brasília. Investiga o cabimento, a extração do viço das coisas, a índole situada dos acontecimentos e o ímpeto que anima processos, procedimentos e proximidades. Publicou Comunista, Excessos e Exceções, Breviário de Pornografia Esquizotrans, Pacífico Sul, Heráclito - Exercícios de Anarqueologia, Being Up For Grabs, Linhas de Animismo Futuro, A Diáspora da Agência e A Moral do Começo. Esteve na ocupação do prédio do MAB, na primavera de 2017, e se interessa desde antes pela artificialidade do arquivo. IGU KRIEGER [1991, Brasília, Distrito Federal. Reside e trabalha em Brasília] Igu Krieger é bacharel em Artes Plás-
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ticas pela Universidade de Brasília. Trabalha em múltiplas linguagens e suportes, com foco em pintura, instalação e performance. É arte-educador e pesquisador em relações visuais com os saberes tradicionais e a decolonialidade. KRISHNA PASSOS [1976, Barra Mansa/RJ. Reside e trabalha em Brasília] Doutor em Arte pela Universidade de Brasília. Suas pesquisas artísticas recentes são híbridos de arte sonora, música experimental, videoarte, paisagem sonora e a materialidade física dos elementos, nas quais explora principalmente propriedades dos componentes, em especial, do som e da água. Explora fenômenos vibratórios e as possibilidades de criar sons e imagens a partir deles e de suas instabilidades. Entre as principais participações estão mostras, prêmios e salões de arte, como em Recife, Pernambuco, Amplificadores 2008 e SPA das Artes (2006 e 2005); o 2º lugar no Salão Mestre D’Armas 2016, e prêmios aquisitivos para o MAB e o Museu Nacional de Brasília. Além disso, desenvolve desde 2008 o Projeto Eixo do Fora, encontro nacional de arte experimental e residências artísticas em parcerias com o Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), a Fundação Nacional das Artes (Funarte), o Museu Nacional e a Universidade de Brasília (UnB). LECI AUGUSTO [1958, Rio de Janeiro (RJ). Reside e trabalha em Brasília] Doutora em Arte Contemporânea pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília. Como artista, busca a pesquisa nos domínios da arte, do ambiente e das questões de gênero. Investiga formas poéticas de produção por proces-
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sos transdisciplinares motivados pelas trocas entre as várias áreas do conhecimento, que partem do diálogo sobre o mesmo objeto − a cultura e os modos de expressão inseridos no contexto da arte. Ao explorar o potencial estético, parte das experimentações artístico-poéticas, em diversas linguagens como fotografia, vídeo, desenho, pintura, objeto e instalação. Participou de exposições coletivas em Brasília, no Museu Nacional − exposição Onde Anda Onda, 2018, e na Hill House − exposição Colecionadores (2019); no México − exposição Cartaobra (2018); e em Goiás − residência artística hospitalidade Casa Aberta, 2018. Esta última tratou-se de uma tessitura de conversas, reflexões urdidas no convívio com as mulheres do povoado, fios que ligam sonhos, cores e texturas. LINO VALENTE [1987, Brasília, Distrito Federal. Reside em Brasília] Com formação livre em Audiovisual, é artista visual, filmmaker e professor. Trabalha com as linguagens e suportes da fotografia e do vídeo de forma híbrida e expandida, propondo micronarrativas visuais de um cotidiano imaginário. LIS MARINA OLIVEIRA [1957, Rio Verde, Goiás. Reside e trabalha em Brasília] Artista visual, vive e trabalha em Brasília. Desenvolve um trabalho que permeia o campo da fotografia, da performance, da instalação e do encontro com objetos. A arquitetura é uma das vertentes de seu trabalho, impulsionado pela monumentalidade brasiliense e, nela, o abrigo das estruturas do poder político brasileiro. Nesta contingência, a artista busca um campo de fala e de emergência de atitudes que possa refletir as
contradições sustentadas por esses poderes. Dentro desse campo de projeções, surge a possibilidade de uma reorientação ao sentido ontológico que a natureza, em sua virtude e geografia, nos leva a refletir sobre as necessidades que o imaginário humano pressupõe como um lugar de representação. LUCIANA FERREIRA [1970, Brasília, Distrito Federal. Reside e trabalha em Brasília] Graduada e doutoranda em artes visuais pela Universidade de Brasília. Seus trabalhos envolvem ações registradas em vídeos, intervenções em livros, subversões de leituras e experiências sonoras com ruídos. Todas essas frentes propõem algum tipo de desconstrução narrativa. A surpresa e o estranhamento constituem a experiência comumente vivenciada, convidando à desconstrução de expectativas e conceitos por meio de um olhar que escapa e, portanto, subverte as convenções instituídas, mesmo as mais banais. Neste sentido, sua dimensão é também política. MÁRIO JARDIM [1966, João Pessoa, Paraíba. Reside e trabalha em Brasília] Cientista social e artista plástico. Formação: Antropologia/Etnoestética - UnB/PPGAV-EBA/PPGDesign-UnB. Área de interesse: Arte e Religião - substrato material das manifestações religiosas na cultura afro-brasileira-ameríndia. Produção: reconstruções estéticas baseadas na visualidade própria à parafernália litúrgica/ritualística popular. Linguagens: performances, objetos, instalações, gravuras, desenhos e pinturas. Atuação: curador e/ou artista plástico em instituições como MAM-RJ, Universidade Estácio de Sá, Fundação Athos Bulcão, Museu
Nacional da República, Centro Cultural 508 Sul, Fundação Catarinense de Cultura/CIC, Pinacoteca de São Paulo, Galeria deCurators. MATIAS MESQUITA [1976, Rio de Janeiro (RJ). Reside e trabalha em Brasília] Desenvolve uma obra na qual a materialidade do suporte é explorada de forma que subverta convenções plásticas comuns, num processo em que a força escultórica e a tradição pictórica se encontram para formar um trabalho híbrido singular. Graduado em Desenho Industrial/Comunicação Visual pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), também cursou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro. Participou de exposições coletivas no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Vitória (ES), Belém (PA) e Phoenix (Arizona), nos Estados Unidos. Participou de exposições individuais nas galerias A Gentil Carioca, Zipper Galeria, Referência Galeria de Arte e Matias Brotas Arte Contemporânea. Fundador junto com Flavia Gimenes do Elefante Centro Cultural, em Brasília, espaço autônomo de arte contemporânea que encerrou suas atividades em 2019. MAURÍCIO CHADES [1991, Gilbués, Piauí. Reside e trabalha entre Chicago (Illinois, Estados Unidos), Alto Paraíso de Goiás (GO) e Brasília] É artista visual e cineasta, mestre em Arte e Tecnologia e Bacharel em Audiovisual pela Universidade de Brasília. Cursa MFA na SAIC School of the Art Institute of Chicago, no departamento de Film, Video, New Media and Animation. Trabalha com temas como decomposição, rituais de morte, ficção especulativa, relações interespécie e tensões territoriais, em trabalhos que
assumem diferentes formas a cada projeto – filme, instalação, escrita, bio-arte-e-tecnologia e performance. Participou de exposições coletivas e exibiu filmes e vídeos em festivais nacionais e internacionais. Em 2019 apresentou sua primeira exposição individual, Pirâmide, Urubu, na Torre de TV Digital de Brasília. NIVALDA ASSUNÇÃO [1960, Unaí, Minas Gerais. Reside e trabalha em Brasília] Graduada em Artes Plásticas e Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília, é mestre em Artes também pela Universidade de Brasília; e mestre em Artes Plásticas e Aplicadas e doutora em Artes e Ciência da Arte pela Universidade Paris 1 (Panthéon-Sorbonne. Artista visual, arquiteta e professora do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília. Trabalha com instalação, escultura, vídeo e colagem. Pesquisa a fotografia como linguagem e dispositivo de captura e registro do cerrado e da cidade. Investiga as formas orgânicas e o contágio entre o corpo e a natureza, o corpo e o espaço urbano, com interesse também pela arqueologia urbana. Já realizou diversas exposições individuais e coletivas. Coordena o Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas Artísticas (GEPPA). RAÍSA CURTY [1989, Rio de Janeiro (RJ). Reside e trabalha em Brasília] Trabalha a partir da condição de viajante, preenche diários de bordo, faz desenhos de observação e organiza happenings. É mestre e doutoranda pelo programa de pós-graduação em Artes Visuais da Universidade de Brasília na linha de Deslocamentos e Espacialidades e graduada em Pintura pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Realizou junto a Ale Gabeira, o projeto Residência Artística Móvel (2015/2016), uma viagem de bicicleta de longa duração pelo litoral brasileiro, e desenvolveu, ao longo dos últimos anos, trabalhos em residências artísticas no Brasil e na Bolívia. SUYAN DE MATTOS [1962, Rio de Janeiro (RJ). Reside e trabalha em Brasília] É pós-doutora em Artes pela Universidade de Buenos Aires (UBA, Argentina) e doutorado em História da Arte pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM, México). Realizou diversas curadorias de exposições, As Caixas, no Museu Vivo da Memória Candanga (Brasília), Carta/Obra, na galeria deCurators (Brasília) e Centro Cultural Brasil-México, na Cidade do México. Também realizou diversas exposições individuais em espaços como o Museu de Arte de Goiânia e a galeria da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás/ FAV-UFG, em Goiânia, Goiás; Museu de Arte de Blumenau (Blumenau, Santa Catarina); galeria da Casa da Cultura da América Latina da Universidade de Brasília (Cal-UnB); e projetos Atos Visuais e Prima Obra, na galeria da Fundação Nacional das Artes (Funarte), em Brasília. Participou de exposições coletivas no Brasil e no exterior, como MUDA, com o Coletivo F.A.D.A., na Casa da Cultura da América Latina da Universidade de Brasília (Cal-Unb), Curanderias e Ebulições, exposição virtual, Coletivo F.A.D.A., III Semana do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da URCA (Universidade Regional do Cariri), Sobre Pães Pequenos: Notas sobre o Isolamento/M’ART, Onde Anda Onda I, II, e III, Museu Nacional de Brasília/Brasil, a IX Bienal Nacional de Santos de Artes Visuais,
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III Salão Nacional de Artes de Goiás, quinto lugar e menção honrosa no III Salão de Artes Plásticas de Brasília, menção honrosa no II Salão de Artes Plásticas de Brasília, II Bienal Nacional de Pintura Pascual/México; II Bienal Nacional de Dibujo y Pintura Orozco/México. Participou de residências artísticas no Brasil (em Búzios, Rio de Janeiro, pela BabBienal), na Espanha, no Chile e em Portugal. É coordenadora e curadora da residência artística Hospitalidade/Casa Aberta, em Olhos d’Água, Goiás. No desenvolvimento do seu trabalho utiliza múltiplas linguagens na composição de narrativas pautadas, principalmente, pela ótica do mundo sexual e sensual feminino/feminista, cujas evidências são coletadas em memórias vividas, diariamente, como mulher. VALÉRIA PENA-COSTA [1964, Monte Carmelo, Minas Gerais. Reside e trabalha em Brasília] É artista visual, com bacharelado em pintura, pela Universidade de Brasília. Vem realizando exposições coletivas e individuais, tendo também, em sua trajetória, participação em coletivos de arte, residências artísticas e atuação em curadorias. Utiliza-se de múltiplas linguagens no desenvolvimento do seu trabalho, cujo tema central é Tempo e Ausência. Tempo desdobrado na Decomposição das coisas e na Memória coletada. Decomposição,
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esta, que se dá no acompanhamento e observação do fenômeno em andamento − no gerúndio da ação. Realiza o Projeto Fuga, que consiste em movimentos seriados de mostras de arte, oficinas, ciclos de encontros culturais, residências artísticas a partir de seu ateliê, onde também realiza a Feira do Fuga. YANA TAMAYO [1978, Brasília, Distrito Federal. Reside e trabalha em Brasília] É artista visual, educadora e curadora independente. Desde 2000 trabalha em diferentes frentes no campo da arte, sendo que sua produção como artista sempre esteve intercalada pela prática da curadoria e da educação. Propõe em sua pesquisa artística um diálogo poético entre memórias e imagens que possam conectar histórias, materialidades e narrativas sobre a modernidade. É sócia fundadora da NAVE, espaço de produção e pesquisa em arte e educação, em Brasília. Entre 2018 e 2020 foi coordenadora do Programa CCBB Educativo – Arte e Educação, no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB/DF.
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Ficha técnica
Idealização / concepção Gisel Carriconde Azevedo
Coordenação editorial Cinara Barbosa
Curadoria geral Cinara Barbosa
Revisão de texto Suely Gehre
Coordenação administrativa Elisa Mattos (Desvio Produções) Robson Castro
Plantas arquitetônicas Diretoria de Edificações da Novacap
Produção executiva Elisa Mattos (Desvio Produções) Vinícius Brito Voluntária assistente de produção da residência Adriana Teixeira Registro fotográfico Mateus Lucena Projeto gráfico Gabriel Menezes e Felipe Cavalcante (Molde.cc) Coordenação e curadoria da exposição Gisel Carriconde Azevedo Mariana Destro Assessoria de imprensa Luiz Alberto Osório (Agenda KB)
Artistas residentes Adriana Vignoli Cintia Falkenbach Gisel Carriconde Azevedo Hilan Bensusan Igu Krieger Krishna Passos Leci Augusto Lino Valente Lis Marina Oliveira Luciana Ferreira Mário Jardim Matias Mesquita Maurício Chades Nivalda Assunção Raísa Curty Suyan de Mattos Valéria Pena-Costa Yana Tamayo
Gestão de mídias Gisele Lima Mateus Lucena
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) O15 Obra arquivo : MAB / coordenadora Cinara Barbosa. 1.ed. Brasília, DF : Tuîa Arte Produção, 2021. 128 p.; 21 x 25 cm.
Acesse a exposição virtual no instagram @obraarquivomab ou aponte a câmera do seu dispositivo para o código acima
ISBN 978-65-994654-0-6
1. Artes. 2. Arte brasileira. 3. Artes visuais. I. Barbosa, Cinara.
03-2021/30
CDD 708.981
Ficha elaborada por Aline Benitez, MS, Brasil. Índice para catálogo sistemático: Arte brasileira 708.981 Bibliotecária responsável: Aline Graziele Benitez CRB-1/3129
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Fonte Halvar Papel Offset 150g Impressão Athalaia Gráfica e Editora Tiragem 500
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Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
Secretaria de Cultura e Economia Criativa