CURRÍCULO Rua Leandro Dupret, 662, apto 192 - Vila Clementino - São Paulo Celular: (11) 94240-8144 E-mail: arq.gabrielmf@gmail.com https://www.linkedin.com/in/gabriel-martins-3355a01a4/ https://issuu.com/gabrielmf
Atuar como arquiteto e urbanista.
Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo Período: Abr/2015 / Dez/2019 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) Técnico em Eletroeletrônica Integrado ao Ensino Médio Período: Fev/2011 / Dez/2014 Instituto Federal de São Paulo (IFSP)
PORTOBELLO SHOP D&D Cargo: Desenhista Projetista de Arquitetura (Abril/2020 - Atual) - Elaboração de projetos no AutoCAD de bancadas e outros mobiliários em porcelanato, realização de orçamento de bancadas e outros produtos em porcelanato, medição de obras, projeto de paginação de ambientes, modelação 3D e renderização pelo DomuS3D, atendimento aos clientes e arquitetos para especificação profissional de produtos. NAVARRETE ARQUITETURA Cargo: Estagiário em arquitetura (Outubro/2018 – Novembro/2019) - Elaboração de desenhos de projetos no AutoCad, preparação dos documentos para aprovação de imóveis na prefeitura, realização de orçamento de obras, visitação de obras e criação de material gráfico para as redes sociais do escritório.
- Monitoria voluntária da disciplina “Elementos de CAD para projetos” realizada na Unesp (Carga Horária: 120 horas – 2018). - Participação no 4º URBAN 21 – Concurso Universitário de Urbanismo (2018). - Projeto de Iniciação Científica “Biomonitoramento de águas superficiais no município de Bragança Paulista, SP” realizado no IFSP com bolsa PIBIC/CNPq (Projeto 2012 - 2014). Este projeto foi premiado em 2º lugar na BRAGANTEC/IFSP, finalista FEBRACE/Poli USP e rendeu apresentações em congressos regionais, nacionais e internacional.
Avançado Avançado Avançado Avançado Intermediário Avançado Avançado Básico Básico
SUMÁRIO
04 10 16 24 APP - AGREGAR PERIFERIAS É POSSÍVEL 42 HABITAR NO GALPÃO
ITW FOOD EQUIPMENT GROUP BANHEIRO PÓS-PANDEMIA STUDIO - PINHEIROS, SÃO PAULO - SP
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RESIDÊNCIA U N I FA M I L I A R FICHA TÉCNICA:
Ano do projeto: 2016 Lozalização: Rua São Bento, 330, Jardim Petrópolis - Presidente Prudente, SP Área do lote: 312m² Área construída: 179m² Equipe: Gabriel Martins Ferreira, Geovanna Ramos O programa compreende uma residência destinada à um casal, dois filhos e um casal de idosos. O lote está localizado dentro da malha urbana consolidada do município de Presidente Prudente SP, em um bairro predominantemente residencial, com instituições de ensino, de saúde, de lazer e comércios próximos. O CONCEITO do projeto buscou agregar à uma residência contemporânea elementos naturais, através do jardim, do espelho d’água e do revestimento de pedra. Como principal PARTIDO PROJETUAL, foi idealizado o jardim de forma a garantir uma INTEGRAÇÃO ENTRE INTERIOR E EXTERIOR, devido ao acesso por portas de correr de vidro nas salas de TV e de jantar, o jardim leva um aspecto natural para dentro da residência. Além de trazer outro elemento natural ao projeto, o espelho d’água também desempenha um papel importante no CONFORTO TÉRMICO da residência, pois o município de Presidente Prudente é caracterizado por um clima bastante quente e seco, com vento predominante à leste. Dessa forma, a localização do espelho d’água além de criar uma AMBIÊNCIA AGRADÁVEL para entrar na residência, se encontra no eixo onde a VENTILAÇÃO NATURAL irá levar um vento mais fresco e úmido para o interior da edificação. Para o melhor aproveitamento da ILUMINAÇÃO NATURAL, foi projetada uma iluminação zenital central, assim como brises para maior conforto.
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RESIDÊNCIA U N I FA M I L I A R No pavimento térreo, buscou-se uma integração entre cozinha, sala de jantar e área de lazer externa, de forma ampla para suprir as necessidades de toda a família. A suíte do casal de idosos foi projetada no térreo por ser mais acessível e com um acesso ao deck de madeira que leva para o jardim. No pavimento superior estão a suíte do casal com closet, escritório com varanda, mezanino, banheiro e dois quartos com varanda. Embora os quartos dos dois filhos estejam orientados à oeste, os brises de correr projetados na varanda de 2m de largura, barram a incidência de luz direta, garantindo sombra ao quarto. Além disso, existe um vazio no pavimento superior que permite que a LUZ E SOMBRA projetada pela iluminação zenital com grelha na cobertura chegue até a sala de jantar no paviomento térreo. Devido ao fato dessa iluminação zenital possuir aberturas na lateral, ela também auxilia no efeito chaminé, assim, o ar mais quente do interior da residência desde o térreo sobe por ser menos denso e pode sair pela iluminação zenital, garantindo um melhor conforto térmico.
LAYOUT MOBILIÁRIO P
LAYOUT MOBILIÁRIO P
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PAV. TÉRREO
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RESIDÊNCIA U N I FA M I L I A R
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CENTRO DE TRATAMENTOS ALTERNATIVOS FICHA TÉCNICA:
Ano do projeto: 2017 Lozalização: Rua Teófilo Bratifichi, Conjunto Habitacional João Domingos Netto - Presidente Prudente, SP Área do lote: 1695m² Área construída: 218,38m² O João Domingos Netto, conjunto habitacional de interesse social, é o local de implantação deste equipamento público com a proposta de humanização de um bairro carente de Presidente Prudente. Localizado no extremo norte do município, o conjunto reflete o cenário de grande parte dos conjuntos do país: segregado socioespacialmente, moradores que não se conhecem, tipologias repetidas indefinidamente e falta de equipamentos públicos próximos. A área do projeto apresenta diversas demandas, sendo a principal delas a necessidade de um espaço público de convívio que seja flexível e convidativo. Sendo assim, o conceito projetual é o COLETIVO. Dessa forma, este equipamento busca proporcionar ambientes de interação entre os moradores, como forma de criar identidade ao conjunto. O Centro de Tratamentos Alternativos está implantado em um terreno de 1695m² e é rodeado por moradias de interesse social. Possui dois volumes conectados por módulos pergolados que convidam a comunidade a entrar no equipamento, buscando a terapia em grupo para problemas psicológicos e comportamentais por meio de atividades como yoga, reiki, meditação, culinária e jardinagem, além de possuir tratamento psicológico individual e em grupo. Ao longo do projeto existem pátios cobertos com pergolado, decks e pátios de área verde onde podem ocorrer cultivos em pequenos canteiros e vasos. Há uma forte preocupação na TRANSIÇÃO ENTRE INTERIOR E EXTERIOR com LUZ E SOMBRA, tanto pela arquitetura do equipamento quanto pela função do tratamento alternativo. 10
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CENTRO DE TRATAMENTOS ALTERNATIVOS
LAYOUT MOBILIÁRIO
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IMPLANTAÇÃO
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CENTRO DE TRATAMENTOS ALTE A materialidade escolhida foi o tijolo maciço sem revestimento para vedação, madeira para a treliça, pergolados e decks, telha cerâmica para cobertura da treliça, argila expandida para a cobertura dos edifícios e concreto armado para os pilares, vigas e lajes. Assim, foi empregada uma técnica construtiva simples, tal como o próprio conjunto habitacional no qual se encontra. A utilização de materiais locais e aparentes denota uma VERDADE CONSTRUTIVA, proporcionando harmonia entre o edifício e seu entorno, além de contribuir para a economia de energia: os pátios para ventilação e iluminação natural e as diferenças alturas de cobertura para maior ventilação cruzada. Além disso, a escolha dessa materialidade reflete uma visão humanizada sobre a saúde mental a fim de se criar uma arquitetura acolhedora sugerindo um tratamento mais íntimo, em contraposição a visão higienista de muitos equipamentos de saúde como clínicas e hospitais.
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ERNATIVOS
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ESCOLA COLMEIA FICHA TÉCNICA:
Ano do projeto: 2018 Lozalização: Rua Domingas Sotello, Residencial São Paulo - Presidente Prudente, SP Área do lote: 13.580m² Área construída: 5.220m² Equipe: Gabriel Martins, Geovanna Ramos, Júlia Biancalana 16
O projeto COLMEIA foi concebido com o ideal de se projetar muito mais que uma escola, mas um CONCEITO de filosofia de ensino que fugisse da metodologia de ensino tradicional. Seguindo princípios semelhantes a pedagogia Waldorf, deveria ser um ensino mais livre, criativo e social, para isso, a arquitetura deve dispor de espaços que incentivem a INTEGRAÇÃO, a LIBERDADE DE EXPRESSÃO e a AUTO-APRENDIZAGEM. Após a análise do entorno, do bairro no qual seria implantada, do cálculo de demanda, da metodologia de ensino e do levantamento de referências, foi projetada a escola composta por 15 salas de aula para 450 alunos do ensino fundamental I e II. A topografia com desnível de 14m incidiu no desenho arquitetônico do projeto. A escola é composta por 5 edifícios individuais segundo seus usos: dois blocos de salas de aula, bloco administrativo, bloco da quadra coberta e bloco de refeitório.
Esses 5 blocos distintos são interligados por meio de coberturas com clarabóias poligonais que remetem a um jogo infantil e formam pátios de convivência com interessante contraste de luz e sombra. Além disso, é idealizado que determinados espaços da escola COLMEIA, como quadras e pátios, sejam abertos para a comunidade em momentos fora do horário de aula, tais como finais de semana - a ideia é desmistificar o status de escola como um espaço somente de aprendizado e transformá-la em lugar de uso e convivência aos moradores próximos. A materialidade escolhida remete à pedagogia Waldorf, na qual é essencial o contato direto com a natureza, logo, foi empregado materiais naturais como a madeira para a vedação das salas de aula e mobiliários, assim como o concreto aparente como material estrutural e para vedação dos demais cômodos da escola. 17
ESCOLA COLMEIA
IMPLANTAÇÃO PAV. TÉRREO 18
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ESCOLA COLMEIA
IMPLANTAÇÃO PAV. SUPERIOR 20
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ESCOLA COLMEIA
CORTE AA’
As salas de aula possuem modulação hexagonal, uma ação padrão e vertical no qual existe uma hierarquia entre pro desfazendo o modelo panóptico de sala de aula no qual o profes frente “vigiando” os alunos. Na sala hexagonal a disposição é criativa e permite um maior ensino horizontal entre alunos além da pedagogia Waldorf: a liberdade individual. A vedação das salas de aula por painéis de madeira proven locais, já que não exercem papel estrutural, permite a alteraç hexagonais, por exemplo, retirando um desses painéis do polígo módulos hexagonais e criar uma única sala maior. Por fim, o projeto da escola agrega na sua arquitetur condizentes com a sua filosofia de um ensino mais horizontal, contra o ensino padrão de uma sociedade de massa, para fundamental I e II mais do que bons alunos, cidadãos mais consc
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o contra o ensino ofessor e aluno, ssor deve estar à mais agradável, m de um princípio
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CORTE BB’
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APP - AGREGAR PERIFERIAS
Presidente Prudente é um município cortado pela ferrovia que trouxe “o progresso da Alta Sorocabana”. Hoje desativada, a linha férrea ainda tem papel determinante na configuração da cidade, dividindo-a em dois lados. De um dos lados da linha, a malha urbana cresceu e consolidou a cidade formal, com oferta de emprego, serviços e diversidade de equipamentos. Ao Norte, entretanto, a tardia ocupação foi destinada à população de mais baixa renda, com Habitações de Interesse Social (HIS) implantadas de forma fragmentada, gerando grandes e significativos vazios na malha urbana, mantendo o mesmo estigma "além linha" da porção Leste. Estas duas regiões concentram os maiores índices de exclusão social, abrigando milhares de famílias que enfrentam os problemas de uma cidade dispersa, desigual e segregadora. Diante de tal cenário, é fundamental agirmos sobre essa dinâmica nociva de produção de cidade. A grande concentração de HIS ao norte de malha urbana falha, direcionou a escolha da área do projeto que busca por melhoria da vida de parte da população. Dentre os diversos vazios que caracterizam o Norte da cidade, o projeto foi estrategicamente implantado no que separa os bairros Humberto Salvador e Monte Rey, de modo a iniciar uma ocupação consciente, que serve de conexão da malha existente e de incentivo para a produção de uma cidade mais compacta e diversificada. Tal impacto é proporcionado por diretrizes projetuais que prezam pela sustentabilidade econômica, social e ambiental, com a diversidade no desenho urbano, permitindo o acesso de famílias de rendas distintas que passam a conviver num ambiente comum, projetado de modo a promover a vitalidade aos espaços públicos, a possibilidade de oferta de trabalho, serviços e equipamentos de educação, cultura e lazer, pensados para proporcionar conexões e experiência do urbano. 24
DIVISÃO
EQUIPE: CAROLINA CREMA CRISLAYNE MARQUES GABRIEL MARTINS GEOVANNA RAMOS LARISSA MATZAK MARIANA SILAGYE TALITA ARANHA
É POSSÍVEL
SEGREGAÇÃO
INTERVENÇÃO
INTEGRAÇÃO 0
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CONTEXTO:
DILUINDO BARREIRAS
O modelo segregador de produção de cidades é uma realidade em grande parte dos municípios brasileiros e isso não foi diferente em Presidente Prudente. Aqui, a linha férrea divide a malha e demarca a região onde se concentram as Habitações de Interesse Social (HIS), destacando a oposição entre Sul - a cidade formal de malha urbana consolidada - e Norte - de ocupação tardia, destinada à população de menor renda. Tal projeto de cidade não só separa os diferentes, mas priva grande parte da população de experienciar a cidade da melhor e mais adequada forma possível, uma vez que sua concepção não buscou promover qualidade de vida, mas produzir unidades habitacionais a serem rapidamente ocupadas por milhares de famílias que viriam a enfrentar os problemas de uma cidade dispersa, desigual e segregadora, como a dificuldade de acesso a serviços, insuficiência do sistema público de transporte, inadequação de espaços públicos e estigmatização da população pobre. Projetos com o fim de conectar estas áreas são fundamentais para fazer de Presidente Prudente uma cidade mais próxima do ideal sustentável. Os vazios representam, além de uma oportunidade de agregar bairros periféricos, a mudança de uma cidade dispersa para uma cidade mais compacta, pensando nisso, destacamos o vazio que hoje separa os bairros Humberto Salvador e Monte Rey, propondo um projeto que fará a conexão entre eles e será instrumento de integração com todos os outros bairros a norte da ferrovia.
5000m Humberto Salvador Monte Rey
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Linha férrea
ntro de Presidente Prudente
Habitação de Interesse Social
ios de distâncias a partir do centro
bitação de Interesse Social
rrego
Condomínios Fechados Equipamentos Parque do Povo Vias Principais Rodovias 27
CONCEITO Com o objetivo de integrar esta região dispersa da cidade, utilizamos de diretrizes projetuais que prezam pela sustentabilidade em seus três pilares - econômico, social e ambiental -, comparecendo no desenho urbano, de modo a promover a diversidade de usos, a mistura de faixa socioeconômica, diferentes modais de transporte, oferta de emprego, disponibilidade de serviços e estruturas de educação, cultura e lazer, em um ambiente comum, que proporciona trocas e conexões na experiência do urbano. As propostas de zoneamento, mobilidade e conservação das APPs urbanas, incentivam o crescimento e desenvolvimento sustentável da área, que leva a almejada integração dos dois “lados” da cidade.
Área de intervenção
28,34% VIAS 13,62% ÁREAS LIVRES 11,05% ÁREAS INSTITUCIONAIS 8,51% ÁREAS VERDES
Linha férrea Habitação de Interesse Social Córrego Vazios Urbanos
24,79 HA TOTAIS
APP Urbana Conexões Primárias Conexões Secundárias
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R E D E D E E Q U I PA M E N T O S P Ú B
O projeto de Rede busca promover maior conexão entre as pessoas e cuidado com o ambiente, através do incentivo a cultura de sustentabilidade a nível coletivo. O que se realizará por meio de um programa de educação sustentável, estruturado nos equipamentos, que oferecem, de acordo com suas respectivas destinações, conhecimentos aplicáveis ao cotidiano dos moradores e a dinâmica do bairro. MIRANTE: Espaço de contemplação e apropriação, que permite reconhecer o passado pela valorização da ferrovia. CRECHE/ESCOLA: Espaço de educação infantil que atende as necessidades dos moradores do bairro e entorno imediato, com programa educacional alinhado ao ideal sustentável. PROFISSIONALIZANTE: Oferta de cursos técnicos que possibilitam a formação de profissionais capacitados para atuar no mercado, que demanda atenção às questões ambientais. ESPORTIVO: Local para prática de atividades físicas com acompanhamento profissional em ambientes como quadras poliesportivas e salas adequadas para danças e lutas, por exemplo. HORTA COMUNITÁRIA E CLÍNICA TERAPÊUTICA: Ambiente para cuidados com saúde mental que usa de atividades como cultivo em hortas como terapia alternativa. MERCADÃO: Espaço destinado a atividades comerciais e de serviços, que busca atender às necessidades dos moradores, com práticas ambientalmente responsáveis, como redução do lixo produzido e descarte adequado.de resíduos. 30
BLICOS
Mirante
Horta Creche
Mercadão
Clínica
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PA R Q U E L I N E A R
Os bairros Humberto Salvador e Monte Rey são separados por um grande vazio que recorta a malha urbana e dificulta a integração e o fluxo. Os afluentes do Córrego da Onça presentes na área vazia deveriam ser protegidos por APP, o que ao contrário do que determina a legislação, não acontece. Assim, a vegetação que serviria de proteção para o curso d’água foi desmatada para que sua área fosse ocupada. Diante disto, percebemos a importância desta área que margeia o projeto de intervenção e, de acordo com o determinado pelo Estatuto da Cidade (Lei 6766/2001), aplicamos a desapropriação dos imóveis que invadiram a área de APP, criando uma reserva de 30 metros - de acordo com lei federal - aos quais acrescentamos outros 20 metros de parque linear, que servem de transição entre a área de preservação e a malha urbana.
32
MIRANTE
O programa desenvolvido para o projeto do parque prom atividades compatíveis com sua função ambiental, a partir da ofert áreas esportivas, comerciais, de lazer e recreação, oportunidade encontro e contato com a natureza, arte e cultura. O parque funciona como peça chave no ideal de conservaç valorização da APP Urbana, pois atua como área de trans promovendo assim a integração com os outros bairros. A m vegetativa varia de acordo com a sua distribuição no espaço e rel Córrego/Parque: próximo as áreas úmidas a vegetação é dens conforme se aproxima da região de intervenção do projeto esta se d tornando-se Parque. Suas funções sociais não se limitam ao bairro projetado, ma expande à todos aqueles que o cercam, uma vez que estes desprovidos de projetos que possuem seu foco no bem esta população e na urbanidade.
move ta de es de
ção e sição, massa lação sa, e dilui,
as se são ar da
COBERTURA ATUAL
APP PROPOSTA
PARQUE LINEAR 33
MOBILIDADE
VIA PRINCIPAL
0 5
De acordo com o que Douglas Farr trata so possibilidade de deslocamento a pé e infraest Toda a mobilidade do bairro foi planejada da via coletora central promovem a vivência ciclovias e ciclofaixas que permeiam e cortam a circulação de ônibus, além de ciclistas, pede
VIA COLETORA CENTRAL
VIA COLETORA
VIA LOCAL COM CICLOFAIXA
VIA LOCAL SEM CICLOFAIXA 34
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6m
HIERARQUIA DE VIAS
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20m
obre Urbanismo Sustentável, é necessário proporcionar uma variedade de escolhas de transporte, com bom sistema de transporte público, trutura suficiente para outros modais. de modo a priorizar a experiência do pedestre,sua relação com as quadras, edifícios, equipamentos e espaços livres. As largas calçadas a urbana, com um desenho que busca integrar os bairros Humberto Salvador e Monte Rey. Os ciclistas também são atendidos com as m o bairro, conectando-o ao entorno. A via principal - que segue a delimitação do parque - promove maior variedade modal, contando com estres e automóveis.
0 50 ROTA DE ÔNIBUS
150m
LEITO CAROÇAVÉL
150m
CICLOVIA
Via Principal Via Coletora Via Local 35
DIVERSIDADE:
CONTRIBUIÇÃO À URBANIDADE
Um bairro pode ser considerado diverso sob diferentes óticas, quanto a oportunidades, usos, pessoas, espaços e habitações, por exemplo, aspectos que favorecem o crescimento urbano inteligente e a troca entre os usuários. Antever a interação entre o diferente nos levou ao projeto que valoriza e promove conexões. Na escala do bairro, a diversidade permite o uso comercial, misto e de geração de renda, contribuindo para o equilíbrio entre habitação e oferta de trabalho. Quando o foco é colocado sob a escala do edifício, temos nove diferentes tipologias de habitação, variando em tamanho, número de pavimentos e complexidade construtiva. A distribuição destas tipologias nas quadras promovem a integração entre pessoas com condições socioeconômicas distintas, que convivem num mesmo ambiente, evitando polarizações. Ainda sobre habitação, este é um bairro projetado para diversas faixas de renda, com propostas flexíveis o suficiente para atender a distintas configurações familiares, o que contribui para a permanência da população ao longo da vida e acentua a sensação de pertencimento ao ambiente.
FAIXA 1
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1 PAV. 60 M² Nº UNIDADES: 100 Nº FAMÍLIAS: 100 DENSIDADE: 60/HA
2 PAV. 60 M² Nº UNIDADES: 84 Nº FAMÍLIAS: 84 À 162 DENSIDADE: 60/HA À 120/HA
4 PAV. 55 M² Nº UNIDADES: 8 Nº FAMÍLIAS: 96 DENSIDADE: 332/HA
FAIXA 2
1 PAV. 90 M² Nº UNIDADES: 76 Nº FAMÍLIAS: 76 DENSIDADE: 50/HA
2 PAV. 90 M² Nº UNIDADES: 62 Nº FAMÍLIAS: 62 À124 DENSIDADE: 50/HA À 100/HA
FAIXA 3
1 PAV. 110 M² Nº UNIDADES: 50 Nº FAMÍLIAS: 50 DENSIDADE: 40/HA
2 PAV. 110 M² Nº UNIDADES: 31 Nº FAMÍLIAS: 31 À 62 DENSIDADE: 40/HA À 80/HA
4 PAV. 63 M² Nº UNIDADES: 6 Nº FAMÍLIAS: 72 DENSIDADE: 248/HA
4 PAV. 70 M² Nº UNIDADES: 6 Nº FAMÍLIAS: 72 DENSIDADE: 186/HA
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Comercial
Passeio especial
Misto
Institucional
Institucional
Lazer
Ocupaç
Lazer
USO 38
ÁREAS LIVRES
OCUPAÇÃO
ção
Público Privado
O modo de produção da cidade contemporânea valoriza os espaços privados em detrimento do que é público. O projeto contrapõe essa formação compondo-se com mais de 60% de áreas públicas e priorização da vida urbana. Os lotes do projeto são, majoritariamente, de uso misto relacionando habitação e trabalho com o objetivo de privilegiar a geração de renda e permitir que a atuação do comércio informal, comum no entorno, tenha a regularização facilitada. Além disso, seguindo a lógica de sustentabilidade buscou-se reduzir as distâncias para priorizar o pedestre e o ciclista, por isso, com o intuito de trazer mais vivência para os passeios públicos, algumas de suas partes foram qualificadas com alargamento, iluminação, vegetação e mobiliário que promovem também a permanência, sobretudo em locais comerciais, possibilitando o diálogo entre os setores público e privado.
PÚBLICO E PRIVADO 39
A p modelo feitos d dessa l urbanis ocupaรง da funรง cidade consoli barreira parte in
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produção das cidades contemporâneas segue um o periférico no qual os loteamentos habitacionais são distantes do centro gerando vazios. Em contrapartida lógica de produção, o projeto adota os princípios de smo sustentável apresentando a possibilidade de ção de um vazio urbano, contribuindo para o exercício ção social da propriedade, para a compactação da e a conexão da periferia com a malha urbana idada. Além disso, essa proposta tende a diluir a a caracterizada pela linha férrea de modo a torná-la ntegrante da cidade e retomar seu valor histórico.
O A.P.P. possui como diretriz priorizar a experiência urbana do pedestre levantando a discussão sobre a diversidade de modais para além do plano de mobilidade tradicional de uma cidade como um todo. A abrangência de uma Área de Preservação Permanente na área de projeto impacta no reconhecimento da necessidade de um urbanismo mais humano e sustentável, capaz de recuperar e proteger os recursos naturais, colaborando para um novo modo de coesão social, mais democrático e igualitário.
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HABITAR NO G A L PÃ O A área de estudo escolhida para o Trabalho Final de Graduação compreende o galpão industrial da Cia. Têxtil Santa Basilissa, fundado em 1915, na cidade de Bragança Paulista-SP. Entretanto, atualmente a área se encontra abandonada, o galpão principal apresenta patologias devido à falta de manutenção e os edifícios anexos já se encontram em ruínas. Dessa forma, mesmo essa área não sendo protegida por nenhuma instituição como um patrimônio formalmente, a antiga Fábrica Santa Basilissa, ao longo de seus mais de 100 anos, foi um marco para a história da cidade, e por isso, deve ser reconhecida como patrimônio municipal. Embora não seja a primeira indústria a ser instalada em Bragança Paulista, é com a Cia. Têxtil Santa Basilissa que Bragança tem a sua “gênese” industrial, pois é com ela que se percebe que todas as mudanças sociais e econômicas advindas da industrialização que ocorreram nas grandes cidades do país no início do século XX, vão atingir também Bragança e seus habitantes, assim como ocorreu em outras cidades do interior cuja estrutura econômica até então vigente era baseada no comércio e na agricultura. No início do século XX, o número de funcionários aumenta incluindo estrangeiros europeus, negros, moradores da zona rural, de cidades vizinhas e da capital. Já no fim dos anos 60, a fábrica começa a sofrer com a falta de investimentos para que pudesse se
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modernizar, além da inadimplência com o re fechamento em 1975. Em 1989, o imóvel foi vendido à CORD teares por modelos mais novos. No entanto garantia de uma dívida contraída pela SUAP sendo acumuladas e negociadas, até que em abandonado. Em 2011, o imóvel se encont ainda há processos de ex-funcionários cont Atualmente, o edifício está abandonad portões. Além disso, o galpão principal sofr umidade, entre outros que comprometem su sofreram tanto com o abandono, ao longo d coberturas, esquadrias e com algumas pa imóvel ficou relegada a pequenos tecid Russomano. Devido sua localização a cerca de 1km do na malha urbana, dispondo de infraestrut entorno. Assim, o projeto propõe a requalific de forma a garantir o cumprimento da funç para todo o lote. Além de dar um novo uso ao antigo ga projeto também propõe diretrizes em busca assim, as ideias iniciais de um parque com conexão urbana da área com seu entorno.
ecolhimento de tributos, o que desencadeou seu
1915
Fundação da Cia. Têxtil Santa Basilissa
DUROY S/A - Indústrias Têxteis que trocou seus o, já em 1995, ocorre a primeira hipoteca para PE TÊXTIL S/A, e a partir de então as dívidas vão m 2010, encerrou suas atividades e o imóvel foi trava penhorado, e de 2012 até os dias atuais tra a massa falida da empresa. do e totalmente fechado por muros, cercas e re atos de vandalismo, pichações, problemas de ua conservação. Já os edifícios anexos ao galpão do tempo, que hoje se encontram em ruínas, sem aredes caídas. Infelizmente, a memória desse dos expostos no Museu Municipal Oswaldo
1917
Início da produção
o centro da cidade, o galpão se encontra inserido tura urbana e equipamentos públicos em seu cação do edifício principal para unidades de lofts ção social da propriedade, bem como diretrizes
alpão retomando o conceito original dos lofts, o a da preservação da área como um todo, incluindo m as ruínas e caminhos que garantam uma boa
INÍCIO DO SÉC. XX
Ambiente de trabalho de diversidade étnica e social: estrangeiros, negros, jovens aprendizes, pessoas da zona rural, pessoas da capital...
FIM DOS ANOS 60
Falta de investimentos para se modernizar, inadimplência com tributos há mais de 20 anos
1975
Fechamento da Santa Basilissa
1989
Imóvel vendido à Corduroy S/A, mas era a Suape Têxtil S/A que funcionava no local
1995
1ª hipoteca - dívida vai sendo acumulada e negociada
2010
Falência da Suape Têxtil, imóvel é abandonado
2011
Imóvel se encontra penhorado
2012
Processos de ex-funcionário contra a massa falida da empresa
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PRÉ-EXISTÊNCIA
CORTE AA’
CORTE DD’
CORTE BB’
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CORTE CC’
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H A B I TA R N O G A L PÃ O Esse projeto se refere a requalificação de um galpão industrial fundado em 1915 pela Cia Têxtil Santa Basilissa, mas que hoje se encontra abandonado. O galpão possui uma área de aproximadamente 6300m², localizado em um terreno de cerca de 28.978m² próximo ao centro do município de Bragança Paulista, SP. O PROGRAMA para o projeto consiste em usos distintos: HABITAÇÕES: O projeto tem como referência os lofts da década de 50 em Nova Iorque, e busca por tipologias habitacionais alternativas que englobem o habitar contemporâneo e o possível habitar no galpão. Foram projetadas 5 tipologias diferentes totalizando 39 unidades de lofts, todas seguem um conceito aberto buscando evitar ao máximo vedações fixas e espaços compartimentados configurando os cômodos como ocorre em habitações tradicionais. Para isso, as funções internas são delimitadas pelo layout, principalmente pelo uso de mobiliários que delimitam o espaço, porém, garantem a permeabilidade visual entre os ambientes. Há um grande uso de portas de correr que permitem a privacidade em espaços abertos e o aproveitamento do pé direito mais alto. ÁREAS DE CONVIVÊNCIA: salão de festas, espaço infantil lúdico, área de jogos, área de estudos e escritório e espaço multimídia. ÁREAS PÚBLICAS: área de exposição, cafeteria e praça de acesso ao lote. ÁREAS DESCOBERTAS: Foi tomado como PARTIDO que haveriam duas grandes áreas descobertas no interior do galpão e ao longo da área de circulação. Essas áreas garantem a iluminação e ventilação natural ao interior do edifício, assim como configuram uma ampla área de convivência e de acesso as unidades de lofts. Foi decidido também que todas as tipologias contariam com área descoberta individual que funcionam como um quintal à unidade, possibilitando maior iluminação e ventilação natural ao loft sem modificar a fachada original, bem como praticidades cotidianas aos moradores, como secagem de roupas e animais de estimação.
REALIDADE 46
PROJ
JETO
PROJETO 47
TIPOLOGIA 1
UNIDADES: 9 ÁREA INTERNA: 48,17m² ÁREA DESCOBERTA: 22,80m²
TIPOLOGIA 2
UNIDADES: 11 ÁREA INTERNA: 68,10m² ÁREA DESCOBERTA: 28,80m²
48
TIPOLOGIA 3
UNIDADES: 10 ÁREA INTERNA: 48,17m² ÁREA DESCOBERTA: 24,10m²
TIPOLOGIA 4
UNIDADES: 4 ÁREA INTERNA: 90,90m² ÁREA DESCOBERTA: 30,10m²
49
SERVIÇOS
TIPOLOGIA 5
UNIDADES: 5 ÁREA INTERNA: 74,10m² ÁREA DESCOBERTA: 28,80m²
50
Na entrada do galpão ficaram os serviços de portaria para acesso aos lofts e entrega de cartas, correio e contas, área de exposição e cafeteria. A área de exposição sobre a história do galpão busca manter viva a história da antiga Cia Têxtil Santa Basilissa ao longo desses 105 anos. A cafeteria foi projetada afim de se ter um comércio no local, e ainda remeter a este produto tão importante para a economia de Bragança Paulista na época.
SALÃO DE FESTAS
O salão de festas foi projetado por toda a extensão dos dois módulos adjacentes ao módulo de dois pavimentos, resultando em um salão com 370m² de área interna e 48,20m² de área descoberta. O projeto idealiza a realização de festas e confraternizações dos próprios moradores, assim como a possibilidade de ser alugado por não moradores, visto que possui acesso independente da portaria de acesso às habitações. A renda adquirida pelo aluguel do salão poderia ser administrada para manutenções do galpão.
ÁREA COMUM
JOGOS: como tênis de mesa, sinuca, pebolim e mesas para jogos de cartas ESPAÇO INFANTIL: com prateleiras de brinquedos de raciocínio, túnel colorido para as crianças entrarem e mesas ao redor de uma árvore de mdf para as crianças desenvolverem brincadeiras artísticas. ESPAÇO MULTIMÍDIA: com sofás, pufes, televisão e projetor para assistir filmes, séries ou jogar vídeo-game. ÁREA DE ESTUDOS/ESCRITÓRIO: com prateleiras de livros como uma biblioteca, mesas de reunião e bancadas de estudo.
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H A B I TA R N O G A L PÃ O
52
53
3D E RENDERIZAÇÃO:
54
ITW FOOD EQUIPMENT
GROUP
PARCERIA: ARQ. DOUGLAS AGUILAR 55
3D E RENDERIZAÇÃO:
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BANHEIRO PÓS-PANDE
EMIA
PARCERIA: ARQ. JULIANA MATOS E PORTOBELLO SHOP 57
3D E RENDERIZAÇÃO:
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STUDIO - PINHEIROS,
SÃO PAULO - SP
PARCERIA: ARQ. DOUGLAS AGUILAR 59