2 minute read

KAMIKAZE

Três crianças, uma maior, um menor e uma pequenina. Rostos almofadados - mas sem expressão de confortoalinham-se numa escada - olham para o lado - e assobiam.

Foram educadas como artistas kamikaze para inaugurar suas próprias mortes com imagens. Do que é, do que será, do que foi.

Advertisement

Elas se movem em direção às suas próprias mortes com a velocidade estranha de um bombardeiro antigo.

Não são únicas, medem a vida na guerra.

Mantém querida a memória caótica do furacão. Apenas compreendem conforme estão terminando, que nunca entendem nada.

“O que eu fiz pra você?” - pergunta o do meio

“Há o ar do oceano – lá – este é o último suspiro?”

“Por que existem apenas perguntas?”

Três prédios brancos estão rindo.

“Lamentamos pelos nossos olhos.”

Três garotas bobas com joelhos bambos encostadas na parede do pátio da escola – “eu não consigo parar de pensar nelas”

Um homem fazendo apostas conta seu dinheiro embaixo de nuvens de tempestade.

Link para visualização

“Estou apenas esperando.”

“Estou apenas esperando.”

CRIPTA (2019) de 25/07/2019 a 24/08/2019

Galeria Vermelho

Cripta é um projeto de ocupação da Sala Antonio, na Galeria Vermelho, com o objetivo de investigar qual o papel do artista contemporâneo por meio de intervenções artísticas. Trata-se de criar intersecções entre os conceitos e formas discutidos durante o primeiro semestre de 2019, em que foram lidos os textos Crítica da Razão Negra e Necropolítica, de Achille Mbembe, O uso dos corpos, de Giorgio Agamben, Hegel e o Haiti, de Susan Buck-Morss, e exibidos os filmes Relações de classe, de Straub-Huillet, Os zumbis de Sugar Hill, de Paul Maslansky, Touki Bouki, a viagem da hiena, de Djibril Diop Mambéty, A vida de Jesus, de Bruno Dumont, e Play, de Ruben Östlund. Cripta apresenta um trabalho em desenvolvimento que compreende os simulacros, os duplos e os zumbis como figuras cruciais da experiência social atual, desvelando os cruzamentos entre os filmes exibidos e os textos explorados, em uma resposta plástica às discussões teóricas estabelecidas no semestre anterior.

O título refere-se à frase “[...] o Negro é [...] o único de todos os humanos cuja carne foi transformada em coisa, e o espírito, em mercadoria - a cripta viva do capital” (MBEMBE, Crítica da razão negra, p. 21) e aponta para os interesses do DEPOIS DO FIM DA ARTE em discutir a relação da arte com questões sociais, econômicas, históricas e políticas.

Cripta, ausência, lacuna, fantasma, negativo, invisível, inumano, duplo, simulacro, ficção, delírio, raça, juju, humor, riso, máscara, sombra, negro, reflexo, imagem, gêmeos, crise, crítica, capital, mercadoria, contato, passagem, não-lugar, atravessamento, sofrimento, patologia, paixão, incontrolável, unheimlich, forma de vida, razão negra, zonas de irresponsabilidade, devir negro, inoperosidade, objeto, escravo, homem-mercadoria, homem-dinheiro, morto-vivo, diabo, bruxa, mateus, zumbi, bando.

Participantes: Anna Talebi, Ariédhine Carvalho, Bruno Ferreira, Cássia Aranha, Dora Longo Bahia, Eloísa Almeida, Felipe Salem, Gabriel Ussami, Gabriel Xavier, Igor Vice, Ilê Sartuzi, Karol Pinto, Lahayda, Leandro Muniz, Marina Lima, Murillu, Nina Lins, Rosângela Pestana, Terenah, Thais Suguiyama, Thais Teotonio, Victor Maia.

Mais informações sobre o projeto e o grupo

Depois do fim da arte, acesse: https://depoisdofimdaarte.org/

LESTE (2021) - CASA DO POVO

PRODUÇÃO DE PINTURAS-CENÁRIO PARA O FILME-

-INSTALAÇÃO “LESTE”, DIRIGIDO POR MARTHA KISS PERRONE, EM 2021.

COM DIREÇÃO DE ARTE DE FREDERICO RAVIOLI, “LESTE” FOI EXIBIDA NA CASA DO POVO NOS MESES DE NO-

VEMBRO E DEZEMBRO DE 2021.

AS DUAS PINTURAS, RESPECTIVAMENTE DE 5 X 3 M E 2 X 1,8M FORA PRODUZIDAS EM CONJUNTO COM FREDERICO RAVIOLI E MAÍRA SUZUKI

REBOCÚ (2021)

ILUMINAÇÃO DE INSTALAÇÃO CÊNICA PARA O TCC DE NARA ZOCHER E GUILHERME

CUSTÓDIO EM ARTES CÊNICAS PELA ECAUSP

REBOCÚ CONSISTE EM UMA INSTALAÇÃO

CÊNICA SITE-SPECIFIC DENTRO DO ESPAÇO

DA CASA DE DONA YAYÁ, NO BAIRRO DO BIXIGA.

REBOCÚ QUER LEVANTAR QUESTÕES

ACERCA DA HISTÓRIA SOCIAL, POLÍTICA E

CULTURAL DO LOCAL E DE SEU TERRITÓRIO.

POR MEIO DA INVESTIGAÇÃO DE SUA

HISTÓRIA - QUE CARREGA CONSIGO AS

MARCAS DA MISOGINIA, HIGIENE MENTAL E

VIOLÊNCIA - QUER-SE ENTRAR NO CORPO

DE YAYÁ, RESGATANDO SUA HISTÓRIA.

This article is from: