Nascida na capital paulista, a editora chefe, modelo, fotógrafa, estudante de Fashion Design e styling, assina os looks e a edição da Pearl de Junho 2023.
Nascida em Goiânia, a editora chefe, modelo, fotógrafa, estudante de Fashion Design e styling, assina os looks da Pearl de Junho 2023.
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Omovimento Anti-bride está ganhando cada vez mais adeptas e chamando a atenção da mídia e da indústria de casamentos. Em vez de seguir tradições e gastar fortunas em vestidos, flores e festas, as noivas que aderem ao movimento buscam uma celebração mais simples, autêntica e sustentável. Essas noivas acreditam que a
indústria de casamentos impõe padrões e expectativas irreais, criando uma pressão social e financeira desnecessária. Em vez disso, elas preferem focar na essência da relação, em vez de se preocupar com aparências e formalidades. noivas anti-bride optam por vestidos mais simples, feitos sob medida ou comprados em brechós.
A busca por celebrações mais simples, autênticas, sustentáveis. por Mariana Waki.
Elas preferem celebrações intimistas, em lugares menos convencionais, como praias, parques e jardins. Muitas vezes, elas abrem mão do buquê de flores e do véu, e preferem usar acessórios mais minimalistas. Além de ser uma alternativa mais consciente e autêntica para as noivas, o movimento anti-bride tem o potencial de transformar a indústria de casamentos como um todo. À medida que mais mulheres adotam esse estilo, a demanda por serviços e produtos mais acessíveis, criativos e sustentáveis deve aumentar.
O Movimento Anti-bride é uma forma de quebrar paradigmas e ressignificar a celebração do amor, colocando o foco na essência da relação e não nas tradições e convenções.
A evolução dos trajes de festas. por Mariana Waki. de ser apenas aquele clássicos ternos com coletes e vestidos longos e com saias volumosas; como no caso do século XIX e a moda vitoriana. Durante o século XX, a moda de festa tornou-se mais diversificada e criativa, refletindo as mudanças sociais e culturais. A moda dos anos 20, por exemplo, trouxe vestidos curtos e enfeitados, enquanto a moda dos anos 60 trouxe vestidos mais soltos e casuais.
TRAJES DE FESTAS são uma parte importante da cultura e da moda há séculos. Desde o período renascentista até os dias atuais, essas roupas sofisticadas e elegantes evoluíram com o tempo, refletindo as tendências e mudanças na sociedade. No início da história, as festas eram eventos exclusivos para a nobreza, e os trajes de festa refletiam o status social da pessoa. Durante o período renascentista, as mulheres usavam vestidos luxuosos e ornamentos de joias, enquanto os homens usavam roupas extravagantes com tecidos finos e enfeites elaborados.
Hoje em dia, a moda de festa continua a evoluir e a se adaptar às tendências e ao gosto pessoal. As mulheres têm uma variedade de opções,
desde vestidos longos e elegantes até macacões sofisticados e modernos. Os homens também têm mais opções do que nunca, com ternos personalizados e roupas mais informais e despojadas. Com a tecnologia e a globalização, a moda de festa também se tornou mais acessível e democrática. As pessoas podem comprar trajes de festa online ou em lojas de departamentos,tornando mais fácil para todos participarem e se divertirem em ocasiões especiais. a evolução dos trajes de festa ao longo dos séculos reflete a evolução da moda e da cultura. Cada periodo histórico trouxe suas próprias tendências e estilos únicos, mas todos eles tinham em comum a ideia de que a moda e a aparência são importantes para marcar as ocasiões especiais.
O falecimento das mulheres mais aclamadas pela moda, Vivienne Westwood e Mary Quant, e os seus marcos que mudaram o significado e o rumo da moda mundialmente.
por Gabrielle Cattan
Avirada do ano de 2022 para o atual, foi marcada por grandes perdas, principalmente no mundo fashion, e pela recuperação de importantes acontecimentos que abordaram a emancipação feminina e o aquecimento global em épocas de grande resistência.
Falecida no dia 29 do último dezembro, Vivienne Westwood muito conhecida por difundir o trabalho punk reunindo moda, música e uma nova narrativa do mundo, teve grande importância em discussões a respeito da mudança climática e autenticidade. Em seu desfile de 2014 Primavera/ Verão, a britânica trouxe na logomarca da coleção duas serpentes uma engolindo o rabo da outra, sendo um emblema antigo da simbiose agressiva simbolizando a economia devorando o planeta, colocando o lema "Tudo está interligado" nos convites de seu show, mas não sendo a primeira vez que a designer se posicionava.
Vivienne, nascida na Segunda Guerra Mundial em 1941, desde pequena era ensinada ao “Faça Você Mesmo” por conta da escassez de material, e que mais tarde seria a grande característica do movimento punk. Buscando sempre designs que contam histórias, jovem que assistiu pela televisão a coroação da rainha Elizabeth II,
em 1953, admite que a cerimônia teve grande influência em seu trabalho com as imagens de anglicidade, realeza, e os sons dos anos 1950, que remontam a um momento específico na história cultural britânica, e tendo o mantra de sempre produzir roupas que afirmam um propósito. Com 8 anos seu pai a transferiu, junto com seus irmãos, para uma escola religiosa em Tintwistle, onde começou a ter aulas de costura, além de continuar a dedicar-se para a leitura, o estudo da natureza e o desenho. Adiante, pulando para os anos de 1970 nas ruas de Londres, Westwood abriu sua primeira loja com Malcolm McLaren, seu parceiro e empresário; mas em 1971, juntos abriram a boutique "Let it Rock", que mais tarde chamaria "Sex" e "Seditionaries", passando a ser o epicentro do movimento punk emergente da capital britânica, consequentemente atraindo músicos, artistas e jovens que identificavam-se no estilo. Familiarizada com DIY (“Do it Yourself”), suas produções foram marcadas por vestuários que continham “aquilo que iria para o lixo”, sendo uma das pioneiras do upcycling, utilizando mistura de tecidos, partes da bandeira britânica, alfinetes, couro, corrente, rasgos, recebendo por muitos o título de “a Coco Chanel dos nossos tempos”.
No final dos anos 1970 e no início dos anos 80, lançou a própria marca, começando nas passarelas de Londres e mais tarde no seu grande sonho, Paris; mas a mesma afirma a importância da Vogue italiana e americana para o seu reconhecimento mundialmente, já que inicialmente os franceses não aceitaram sua moda revolucionária e subversiva, por levar às passarelas o streetwear e a cultura punk. É claro que não pode deixar de mencionar suas criações mais conhecidas e que fazem parte da maioria de suas coleções, os espartilhos; em sua autobiografia, na qual leva o seu nome, em conjunto com Ian Kelly, Vivienne comenta em como desde a escola a famosa peça já participava de suas criações:
"Eu comecei fazendo coisas de rock
roll quando estava na escola.
Coisas imediatas tipo
"faça-vocêmesmo".’
DIY tornou-se o meu lema. No verão, nós fazíamos top rápidos, tipo bustiês, com duas echarpes costuradas em uma borda, atrás do ombro. Esse tipo de coisa. Foi a melhor época possível para ser adolescente.”
A autobiografia conta detalhes de sua vida, mencionando seu marido e colaborador artístico há duas décadas, Andreas Kronthaler, discorrendo acerca do seu talento de escolher as modelos perfeitas para os looks ideais, até mesmo sendo o responsável por selecionar a Naomi Campbell para apresentar-se com o salto plataforma, na qual destacou-se por cair durante o desfile em 1993. E informações dos melhores
Ao longo de sua carreira, recebeu inúmeros prêmios como o British Fashion Council's Designer of the Year e o Queen's Award for British Fashion, colaborando com inúmeras celebridades e marcas. Contudo, seu legado carregará muito mais que apenas suas criações, mas principalmente seus atos políticos, defensores dos direitos humanos, justiça social, conscientização ambiental e crítica ao consumo demasiado, ditando a sua mais famosa e atemporal frase: "Buy Less, Choose Well, Make it Last” .
aralelamente, nos anos 60, Mary Quant, designer de mente brilhante, contribuiu para a moda e especialmente em relação a uma peça tão presente nos guarda-roupas da Geração Z. Nascida em 1934 em Londres, estudou na universidade britânica, Goldsmiths College, e na Chamberlain School of Arts antes mesmo de iniciar sua carreira no mundo da moda. Mas foi em 1955 na rua King's Road, em Londres, que abriu sua primeira loja, Bazaar, acarretando na transformação da paisagem do varejo e consagrando o nome de Mary; sendo uma das pioneiras em transformar o ato de compra em uma experiência de compra, decorando o estabelecimento com instalações surrealistas, como os manequins pendurados no teto, a obra de uma modelo em um pista sendo perseguida por uma lagosta, e uma Harley Davidson saindo de um pacote brilhoso de ouro; portanto, a designer transformou sua boutique em um local em que as pessoas não iam apenas para comprar, mas também um point que artistas, socialites e jovem revolucionários se encontravam para socializar, degustar de bons drinks e músicas.
Contextualizando, os anos 60 foram marcados por consequências da Segunda Guerra Mundial e pela instabilidade econômica, política e social que a Guerra Fria tinha estabelecido. O movimento londrino de contracultura,Swinging Sixties, era composto por jovens que procuravam uma vida mais pacífica e hedonista, abordando a liberdade sexual e emancipação feminina, principalmente sendo a primeira geração de mulheres a ter acesso acesso às pílulas contraceptivas e a oportunidade de planejar sua própria vida profissional e familiar. Assim, os designs de Quant entram como a materialização de todo esse movimento, especialmente quando refere-se a sua peça mais famosa, a mini saia. Desempenhando um papel fundamental na moda feminina contemporânea, a designer popularizou o estilo "swinging London" e ofereceu autenticidade por meio de suas peças flexíveis, confortáveis, elegantes, que expressavam individualidade e que valorizavam a liberdade da vida cotidiana das mulheres britânicas.
É o modo
que você faz sua maquiagem, cabelo, o comprimento das meias que você escolhe, a forma em que anda e comporta-se. Eu quero que meninas se movam, pulem, que vivam! ” - Fala da estilista em sua autobiografia, "Quant by Quant"
“
O look não são apenas peças que você veste.
em
Em sua concepção a moda deveria exercer o papel de não deixar alguém entediado ao olhar para as pessoas, em que as mulheres deveriam usar roupas que as faziam ser notadas, que fossem sexy e que as fizessem sentir-se confiante; indo contra a aprovação das pessoas idosa, inovando e violando as regras sociais do período.
Incluindo no estilo britânico, Mary Quant foi precursora na utilização de PVC para a fabricação de capas de chuvas, sendo por conta da brilhosidade desse material que nomeou a coleção de 1963 de “Wet Collection” (Coleção Molhada); mas juntamente, introduziu a moda do dia a dia, os saltos à prova de água, meia calça mega colorida, leggings, hot pants, vestidos e blusas de gola alta, macacões, saias plissadas, as mini saias, os acessórios arrojados e os bolsos para seus vestidos.
Contudo, foi muito além das roupas, tendo grande influência na maquiagem e corte de cabelo, vindo essencialmente do seu estilo pessoal, mas também influenciando na concepção de uma nova visão de beleza por meio de seus designs coloridos, de natureza surrealista e futurística; e contribuindo para pautas de inclusão que são até hoje debatidas, como a introdução da moda gênero-fluido por meio da criação de uma estética mais casual
e relaxada, encontrando por meio dos cortes dos tricôs masculinos e adotando no estilo feminina, que mais tarde definiram sua marca com seus suéteres de críquete.
Contudo, Mary Quant não apenas popularizou a mini saia — isso porque a mesma diz a peça veio das ruas noturnas de Londres e que seu papel foi apenas torná-las mais visíveis - porém seu trabalho desempenhou um passo importante em relação a democratização e a acessibilidade financeira da moda para as mulheres. A estilista que contava com diversos prêmios e honrarias — sendo um deles o título de Dama Comandante da Ordem do Império Britânico (DBE), em 2015 — veio a falecer no dia 13 de abril deste ano em Surrey, no Reino Unido.
Vivienne Westwood e Mary Quant com certeza deixaram um legado não apenas para a cultura britânica, no entanto para todas as gerações consecutivas mundialmente para além do âmbito da moda, ultrapassando as fronteiras do ativismo e da luta pela liberdade e conscientização social e ambiental.
