GameBlast Nº 15

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ÍNDICE

De volta aos ringues O rei dos jogos de luta está prestes a tomar a atenção dos jogadores mais uma vez! Isso porque estamos a poucos dias do lançamento do ano da Capcom: Street Fighter V, a luta da noite aqui na Revista GameBlast. Para o aquecimento, vamos revisitar jogos e lutadores da franquia, além de muita coisa sobre o gênero dos jogos de luta. Nos intervalos, confira tudo sobre Mighty No.9, Far Cry Primal e muito mais! Boa leitura! – Rafael Neves

BLAST FROM THE PAST

Street Fighter III 3rd Strike (PS2) PRÉVIA

Street Fighter V (Multi) PRÉVIA

Mighty No. 9 (Multi) PRÉVIA

Far Cry Primal (Multi) TOP 10

Melhores participações em jogos de luta PERFIL

M. Bison (Street Fighter)

04 10 19 25 31 36

ANÁLISE

Resident Evil Zero HD Remaster (Multi)

ONLINE

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DIRETOR EDITORIAL Rafael Neves DIRETOR DE PAUTAS Alberto Canen João Pedro Meireles Lucas Pinheiro Silva Pedro Vicente DIRETOR DE REVISÃO Alberto Canen DIRETOR DE DIAGRAMAÇÃO Breno Madureira REDAÇÃO Dácio Augusto Ítalo Chianca July Dourado Renan Pinheiro REVISÃO Bruno Alves Henrique Minatogawa Luigi Santana Vitor Tibério DIAGRAMAÇÃO Breno Madureira Bruno Italiani David Vieira Guilherme Lima Leandro Fernandes Letícia Fernandes Ilustrações S. Carlos Sr. Raposo

ANÁLISE

Pony Island (PC)

DIRETOR GERAL / PROJETO GRÁFICO Sérgio Estrella

ONLINE

CAPA Felipe Araujo

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ÍNDICE

HQ Blast: Piada eterna...

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BLAST FROM THE PAST

por Renan Pinheiro Revisão: Henrique Minatogawa Diagramação: Bruno Italiani

Street Fighter II chegou ao seu auge e quebrou a desconfiança dos fãs mais tradicionais com a inovação da barra de Super lançando a versão definitiva: Super Street Fighter II Turbo. A geração seguinte do maior jogo de luta tinha um desafio gigantesco pela frente, muito maior que a Shadaloo na vida do Ryu.

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BLAST FROM THE PAST

A

era de Street Fighter III começou em 1997 com o lançamento para arcade e Dreamcast com o nome de Street Fighter III: New Generation. Fazendo jus ao nome, o elenco do jogo contava apenas com o retorno de Ryu e Ken. O protagonismo estava por conta de Alex, o wrestler gigante. Com eles, estavam Elena, Sean Matsuda (brasileiro e irmão da novata Laura de Street Fighter V), Ibuki, Dudley, Oro, Necro, os gêmeos Yun e Yang, e o chefão Gill. O jogo procurou mesclar o melhor da série II com a Alpha, junto com a nova mecânica de Parry e a escolha de uma Super Art (o nome dos Supers nessa versão). O jogo possuía um sistema de desempate aleatório caso a luta terminasse empatada. Três garotas surgiam e viravam uma plaquinha com a escolha do vencedor. O jogo foi desenvolvido para mostrar todo o poder da placa CPS3, e o chefão Gill era o melhor exemplo. Seu corpo era metade vermelho e metade azul e usava apenas uma toga, além de ser alto. Isso tudo para mostrar que não estávamos mais na era dos personagens espelhados (já reparou no tapa-olho do Sagat em SFII?) e que a qualidade das animações estava muito melhor. Todas essas novidades começariam dando dor de cabeça para a Capcom.

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BLAST FROM THE PAST Street Fighter III: 3rd Strike - Fight for the Future é a versão definitiva da era SFIII e foi lançado para arcade, Dreamcast, Xbox e PlayStation 2. No console da Sony, ele veio em Street Fighter Anniversary Collection, que comemorou 15 anos da franquia reunindo SSFIIT e SFIIITS. Diferente do que acontecia no primeiro PlayStation, a conversão para o PS2 ficou muito boa e com poucas perdas, levando a uma ótima experiência caseira. Fight for the Future reuniu quase tudo que os fãs pediram, devido ao choque que foi receber um jogo da série, o elenco ser praticamente novo e sua dificuldade maior, se comparado a Super Turbo. A mudança de velocidade e principalmente o Parry foram o motivo de acabar fazendo alguns jogadores se afastarem das primeiras versões. Sendo mais justo e equilibrado, 3rd Strike foi de “criticado” a queridinho dos fãs. Para executor o Parry, é necessário apertar o direcional para frente no momento exato do impacto do golpe. Se for bem-sucedido, você ganha uma pequena fração de tempo para poder punir seu oponente e não recebe dano pelo ataque que foi desferido em você. Acertar um é difícil no inicio, e você acaba acostumando. Agora imagine dar Parry com perfeição em uma Critical Art. E se você fizer isso na Losers Final do maior torneio de jogos de luta? Daigo Umehara realizou a proeza contra Justin Wong no EVO 2004.

EVO 2004 - Daigo Umehara VS Justin Wong

A fórmula do sucesso O PlayStation 2 recebeu muitos jogos, de todos os gêneros, porém, SFIII acabou sendo muito beneficiado no console devido a alguns fatores, como a aposentadoria precoce do Dreamcast, o Xbox ser uma novidade que aos poucos ia conquistando seu espaço, e a dificuldade de encontrar arcades com o jogo aqui no Brasil.

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BLAST FROM THE PAST Sem se importar com esses fatores, a Capcom entregou o jogo com seu elenco completo, fases de bônus presentes e a fantástica trilha sonora intacta. É impossível você não se pegar cantarolando o tema de abertura a qualquer momento depois de ouvi-lo. A versão ainda conta com mais cores disponíveis e houve poucas alterações nas propriedades dos golpes. Ainda em 1997, a Capcom lançou Street Fighter III: 2nd Impact - Giant Attack justificando o título com um dos novatos. Essa atualização foi lançada mais cedo que o previsto. Tentando amenizar as reclamações, a produtora chegou a apelar para o maior trunfo dos jogos de luta. Foram adicionados Urien, Hugo e Akuma (o trunfo) e agora Yang possuía seu próprio quadro de seleção. O título do jogo foca na rivalidade de Alex (que é baseado em Hulk Hogan) e Hugo (baseado em André o Gigante, além do nome Hugo Andore ser parecido com a pronúncia japonesa para André: Andore). A versão chegou para arcade e Dreamcast.

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BLAST FROM THE PAST Junto com outros títulos da Capcom como Capcom vs. SNK 2 e Marvel vs. Capcom 2, 3rd Strike é um dos jogos com melhor jogabilidade no console e acaba sendo agradável jogar mesmo no DualShock 2, que em algumas vezes nos deixa na mão no gênero. Você não precisa dominar a mecânica do Parry para se divertir com o jogo, porém, se for levar a sério e realizar torneios com os amigos, ele pode ser o seu trunfo para impressionar e ganhar as partidas.

O terceiro impacto foi perfeito Street Fighter III: 3rd Strike não é apenas um dos melhores jogos de luta que existe como também é uma das versões mais fiéis em termos de port vistas em consoles. O PlayStation 2 divide com o Xbox esse título, enquanto no Dreamcast o jogo possui atraso nos comandos apertados no controle.

Em 1999, chegava a versão definitiva de SFIII. Corrigindo algumas falhas e acrescentando personagens, Street Fighter III: 3rd Strike - Fight for the Future foi extremamente certeiro. Os novos personagens ajudaram a trazer os saudosistas e nostálgicos para o jogo com o boxeador Dudley (para fãs do Balrog o boxer, conhecido como M. Bison no Japão); Twelve, com seu corpo elástico lembrava um pouco Dhalsin; Q, um misterioso detetive que luta mascarado (apenas essa semelhança com Vega o claw, no Japão conhecido como Balrog); Remy, com estilo de Iori Yagami e movimentos com execução e animação similares às de Guile. Ainda houve a estreia de Makoto e o grande retorno de Chun-Li, em uma versão muito forte.

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BLAST FROM THE PAST O jogo encerra com maestria a era dos jogos de luta da sexta geração, que acabaria vendo o gênero receber um gelo na indústria devido à quantidade de lançamentos e à falta de qualidade na maioria. A Capcom tem uma parcela de culpa com a quantidade de lançamentos que realizou, porém, marcou a geração e os consoles. A sexta geração também marca a mudança de hábito nos jogadores. Os mais velhos cresceram nos arcades e ainda possuem sua paixão mesmo que hoje joguem nos consoles (e com um controle arcade junto). Os mais novos e o pessoal intermediário encararam outra realidade: a queda das casas de arcades no país. Sendo assim, os consoles eram o cartão de visitas para os novos. Com sua base gigantesca, o PlayStation 2 garantiu que essas gerações pudessem conhecer um dos melhores jogos de luta, e levou alguns a encararem mais a sério o gênero e outros a aproveitarem as disputas reunindo os amigos. Seja qual for o seu caso, pegue seu PS2, procure nos seus jogos guardados o disco de Street Fighter Anniversary Collection e reviva ótimos momentos desse clássico.

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PRÉVIA

por Dácio Augusto

PC

Revisão: Luigi Santana Diagramação: Leandro Fernandes

PS4

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esde 1991, quando Street Fighter II saiu nos arcades, Ryu e Ken entraram nos corações de todos como grandes ícones da indústria. Com uma leve queda de popularidade no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, a série voltou com força total em 2008 com Street Fighter IV. Agora, após oito anos e três grandes atualizações (Super, Arcade e Ultra), Street Fighter IV diz adeus e prepara terreno para seu sucessor: Street Fighter V.

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PRÉVIA Agora que nos aproximamos de seu lançamento, temos muito o que falar desse jogo que promete não só ser maior e melhor, como também começar uma nova era nos jogos competitivos de luta.

História e novos detalhes A série Street Fighter sempre teve a história de seus personagens extremamente implícita no jogo, sendo só contada por meio de pequenas animações antes e depois do modo arcade de cada um. Mas, graças a informações divulgadas e com a posse da história dos jogos antigos, podemos falar um pouco sobre o momento (ou momentos) em que Street Fighter V se passa. Seu modo tutorial (uma novidade na série, no qual ele passa o extremo básico do jogo de forma eficaz) é um pequeno episódio que se passa antes de Street Fighter (o primeiro jogo da franquia), com Ryu e Ken treinando enquanto Gouken os assiste e dá dicas. É uma boa abordagem para um modo tutorial, já que normalmente eles são só ordens e mais ordens para você aprender as coisas. A fluidez do modo e do aprendizado ficou melhor com essa abordagem. Já a história principal de SF V, que se dá presente no modo arcade, é indicada que se passa depois de Street Fighter III. Os personagens estão mais velhos, principalmente notável com M. Bison, que agora tem seus cabelos brancos e Charlie após sua aparente morte, retorna, embora agora com um visual que remete a Frankstein. Ainda não temos informações sobre exatamente qual é a história realmente, mas sabemos que a Shadaloo — organização criminosa de M.Bison, depois de dois jogos sendo uma adversária menor — é a vilã principal da história.

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PRÉVIA

Novas Mecânicas Street Fighter V conta com várias novas mecânicas de combate. Essas novas características têm como principal simbolo a V-Gauge. Conforme você ataca ou leva dano, ela vai se acumulando. Conforme você a enche, tem a possibilidade de usar três Skills:

V-Skills Skills especiais diferentes para cada personagem. Variam desde um parry, no caso de Ryu, e absorver projéteis, no caso do Charlie.

V-Reversals Counters executados com uso da V-gauge, que podem ser feitos no meio do ataque adversário.

V-Trigger Gasta toda a barra para dar pequenos buffs nos ataques de seu personagem. No caso de Ken, por exemplo, todos os seus ataques ficam com o efeito de fogo.

De resto, a barra EX volta mais uma vez, permitindo o uso de Critical Arts (os famosos super especiais, na linguagem de arcade) e os movimentos EX (ex: Hadouken de fogo). Retornando de sua estreia em Street Fighter III, a barra de Stun visível também aparece no jogo.

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PRÉVIA

Personagens O jogo irá contar, no lançamento, com 16 personagens. 12 deles são veteranos e quatro, novatos:

RYU

O grande ícone da capcom e dos jogos de luta está de volta, agora mais velho e mais experiente. Seu V-Skill é o lendário parry. Junto com Chun-Li, é um dos personagens com menos mudanças em seu gameplay quando comparado aos jogos anteriores.

CHUN-LI

Símbolo feminino da franquia, ela volta sem mudança no visual, mas sendo umas das personagens mais agressivas do jogo, agora com mais chutes em seu repertório.

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VETERANOS

KEN

O rival de Ryu é o personagem que mais sofreu mudanças comparado a suas aparições anteriores. Ele não só teve uma mudança enorme de visual, como também de moveset. Agora é um personagem para ataque constante, e bem menos parecido com Ryu.

M. BISON

O grande vilão da franquia retorna, agora com cabelos brancos. Será que levar tantos Hadouken na cara finalmente o fez ter um baque? Ele conta com bastante mudanças em seu moveset, e não conta mais com o lendário Psycho-Crusher.

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PRÉVIA

CHARLIE

O personagem que teve sua morte narrada na sub-série Alpha está de volta, mas com um visual bem Frankenstein. Seu moveset ainda conta com vários golpes presentes em Alpha, mas também como novos golpes com base na aparente mudança dele.

BIRDIE

Adversário em Street Fighter I e personagem jogável na sub-série Alpha, Birdie volta com novos combos e novos movimentos de sua poderosa corrente. Seu visual de delinquente não mudou.

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CAMMY

A assassina retorna com um jogo de combos no ar bem melhor. Seu visual é o mesmo de Street Fighter II.

VEGA

Sai a característica de charge, entra um personagem rushdown e com mobilidade absurda. Junto com Ken, é o que mais sofreu mudanças no moveset. Mas, ao mesmo tempo, o visual é praticamente o mesmo.

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PRÉVIA

R. MIKA

A aprendiz de Zangief retorna com um dos V-Triggers mais interessantes do jogo: ela chama sua parceira de luta-livre para ajudar nos golpes, permitindo alcance e dano maior.

ZANGIEF

O ciclone vermelho volta com nenhuma mudança aparente além das adaptações necessárias para o sistema de V-Gauge. O visual dele continua sendo a clássica sunga vermelha.

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KARIN

A rival de Sakura volta, agora fora do colegial e com novas técnicas em seu arsenal. Seu visual sofreu poucas mudanças, a mais óbvia é a falta de um uniforme estudantil, já que ela se formou.

DHALSIM

Agora lembrando um velho eremita, Dalshim está bem mais rápido e com vários novos golpes de fogo.

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PRÉVIA

NOVATOS

LAURA

É do Brasil! Irmã de Sean, discípulo de Ken que aparece em Street Fighter III, Laura usa vários golpes de Jiu-Jitsu e eletricidade para fazer seus ataques.

NECALLI

O Akuma do jogo. Está a procura de um oponente forte para lhe dar uma boa luta. Conta com dois modos ativados a partir de seu V-Trigger. No seu segundo modo, seus golpes ficam bem mais potentes, e ele tem mais abertura para combos.

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RASHID

Manipulando o vento, Rashid tem golpes muito rápidos e é bom para combos de stun. Certas animações dele remetem a gênios de lâmpadas mágicas.

F.A.N.G.

Novo membro da Shadaloo, F.A.N.G tem golpes que tentam remeter à imagens de pássaros, ao mesmo tempo que infligem veneno em seus adversários. É um dos personagens mais curiosos da franquia inteira.

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PRÉVIA

Um hadouken de expectativa

O fim das versões “Super”

Street Fighter V vem em um ótimo momento para os jogos de luta, com a EVO cada vez mais se tornando um dos eventos mais assistidos anualmente no Twitch e dando cada vez mais notoriedade para os jogadores profissionais desse título. Ter um novo jogo da principal série desse meio durante esse pico será um ótimo momento para várias novas pessoas correrem atrás da carreira nesses jogos, assim como um momento para descoberta e estudo.

Um dos anúncios que mais deixaram as pessoas curiosas é o que Street Fighter V não terá uma versão Super, e sim que novo conteúdo seria lançado gradativamente a partir de updates para o jogo base. Esse conteúdo poderá ser liberado tanto jogando para ganhar o dinheiro do jogo ou comprando com dinheiro real. É uma abordagem interessantíssima, que remete ao que alguns jogos gratuitos para jogar fazem, como o famoso League of Legends. Também é uma oportunidade de aumentar a durabilidade do título para aqueles que não forem jogar muito a sério, pensando no competitivo, já que dificilmente esses comprariam uma versão Super.

Street Fighter V (PC/PS4)

Desenvolvedor Capcom Gênero Luta Lançamento 16 de fevereiro de 2016

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Expectativa

5 17


PRÉVIA Maldito Ryu - por Sr. Raposo

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PRÉVIA

por Ítalo Chianca

PC

Revisão: Bruno Alves Diagramação: Letícia Fernandes

PS3 PS4 X360 XBO WiiU PSV 3DS

Mighty No. 9: Mega Man tem um novo “irmão”, e ele promete detonar

D

epois de uma estrondosa campanha no Kickstarter, Keiji Inafune conseguiu dar vida ao seu novo filho. Conhecido como o “pai de Mega Man”, o talentoso produtor ex-Capcom utilizou as bases do Blue Bomber, criadas ao longo de gerações de videogame, para produzir, de forma independente, um novo mascote, Veja o que esperar dessa aventura.

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PRÉVIA

Como nos velhos tempos Inexplicavelmente a Capcom simplesmente parou de produzir novos títulos de Mega Man, renegando um dos mascotes mais queridos da geração 8 e 16-bit e o aproveitando tão somente em meras coletâneas. Cansado de esperar por oportunidades que nunca surgiam, Keiji Inafune, responsável por criar e produzir os jogos da série, resolveu apelar para os fãs, elaborando uma campanha no Kickstarter para dar vida a uma nova aventura do robozinho azul. Infelizmente ainda não seria dessa vez que teríamos um jogo inédito de Mega Man, pois a Capcom é dona dos direitos de toda a franquia. Porém, utilizando conceitos muito semelhantes e inúmeras referências, víamos surgir, a cada nova meta alcançada e arte conceitual divulgada, uma chama azul bastante familiar.

Absorvendo a energia dos fãs Sem um novo título de peso de Mega Man pela Capcom e considerando o cancelamento de projetos como Mega Man Legends 3, Keiji Inafune recorreu ao finaciamento coletivo para dar vida ao seu novo game que captava a essência do clássico Blue Bomber. Através do Kickstarter, a Comcept (estúdio formado por ex-funcionários da Capcom que trabalharam em jogos da série Mega Man), e a Inti Creates (produtora de Mega Man Zero) pediram US$ 900 mil para produzir o jogo para PC. Fãs ao redor do mundo compraram a ideia e financiaram o jogo com mais de US$ 4 milhões, garantindo versões para praticamente todas as plataformas existentes.

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PRÉVIA Em Mighty No. 9 temos todas as principais características que fizeram de Mega Man um estrondoso sucesso durante décadas. O protagonista é Beck, um carismático e destemido robô azul capaz de atirar, pular, deslizar e absorver os poderes dos inimigos, acompanhado de Call, uma fiel ajudante e guia durante a jornada contra os planos maquiavélicos de um doutor maluco que pretende usar robôs para destruir a humanidade — familiar, não é?

Era uma vez em 20XX A história do jogo acontece no ano 20XX, como em praticamente todos os jogos da série Mega Man, onde os avanços na tecnologia robótica trouxeram paz, harmonia e prosperidade para a civilização. Homem e máquina conviviam de forma cooperativa em uma mundo sem guerras, até os seres humanos criarem robôs específicos para combates em grandes arenas. Assim como os gregos e romanos da Antiguidade clássica, a diversão dessa sociedade tecnológica tornou-se assistir à combates mortais. Dessa vez, porém, as lutas eram entre robôs no Battle Coliseum. Foi nesse cenário que Dr. White criou nove robôs conhecidos como “Mighty Numbers” para lutarem no coliseu. Tudo corria bem, até as coisas fugirem do controle após um cyberataque que infectou oito robôs da linhagem. Controlados remotamente por um cientista malvado, os oito Migthy Numbers passaram a ameaçar a paz entre homem e máquina, destruindo tudo pelo caminho. Agora, cabe ao nono deles, Beck, o único não afetado pelo ataque, seguir no encalço dos demais ao longo das fases que estão presentes no jogo.

Os oito odiados Se o enredo simples e nostálgico não bastar para transportar você para os bons tempos de Nintendinho e Super Nintendo, a estrutura do jogo em si fará isso muito bem. Mighty No. 9 é um jogo de plataforma, como seu antecessor espiritual, com progressão 2D, mas com visuais e arte em 3D. O objetivo é derrotar oito chefes e seguir a rota final para acabar com os planos do Dr. Blackwell.

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PRÉVIA Isso mesmo, caro leitor; não copiei e colei o roteiro de Mega Man aqui por engano. Serão oito fases principais cuja ordem o jogador terá a liberdade de escolher como bem entender. Após passar pelos inimigos e plataformas, haverá o confronto contra o o chefe protetor do estágio. Derrotando-o, o jogador ganhará a habilidade do inimigo para utilizar nas outras fases. Ao vencer os oito chefes, Beck seguirá para o mundo final, onde colocará a prova todas as suas habilidades em fases cada vez mais complexas e desafiadoras.

Pelo mundo Cada um dos oito Mighty Number é de um lugar diferente do mundo; ou seja, espere por cenários exuberantes e distintos, capazes de levá-lo a diferentes locações, com o mesmo brilho criativo dos clássicos. O jogador encontrará fases aquáticas, cheias de lava e, claro, as famosas fases no gelo que fazem o personagem deslizar descontrolado.

É justamente desafio que esperamos de Mighty No. 9. Pelo que foi divulgado até agora e pelo que testamos na demo do jogo, podemos aguardar trechos que exigirão velocidade, precisão, cautela e agilidade. Beck, assim como seu antecessor espiritual, é um herói fácil de controlar, mas complexo de dominar por completo. E aqui teremos ainda mais possibilidades do que antes.

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PRÉVIA

Clássico e original Você deve estar se perguntando sobre as inovações e melhorias de Mighty No. 9 em relação a Mega Man, não é? Pois bem: a proposta desse jogo realmente não é de inovar a série, mas de ser nostálgico. Foi o público que cresceu jogando Mega Man que financiou o jogo. Consequentemente, eles queriam as origens da série nessa nova jornada. E assim seu desejo foi-lhes concedido. Mas como Inafune também pretende alcançar o público mais jovem, algumas novidades foram implementadas.

Sem carga Uma das maiores características de Mega Man é o seu tiro carregado. Beck, ao contrário, não possui essa habilidade. Apenas tiros simples saem do canhão do novo herói. Para compensar essa perda de poder, Inafune dotou o robô com a habilidade de destruir/absorver os inimigos após acertá-los com o dash. Basta acertar alguns tiros até o inimigo mudar de cor e partir para cima deles. É possível até emendar combos com esse novo poder.

Talvez a mudança mais sentida no jogo seja as novas habilidades de Beck. Além de correr, saltar e atirar, o protagonista pode acertar os inimigos com o corpo, absorvendo as células “Xel”. Essa nova possibilidade gera combos e novas técnicas temporárias como pulo duplo, velocidade aumentada, escudos e até tiros mais poderosos. Além disso, os poderes adquiridos após as vitórias contra os chefes modificarão toda a aparência do herói, não apenas a sua cor.

O peso de um passado glorioso Suceder, mesmo que espiritualmente, um dos maiores ícones da indústria de videogames não é uma tarefa fácil. A base de fãs que cultua — ou odeia, no caso das versões para PS2 — Mega Man é imensa. Prova disso é que foi justamente esse público que investiu o próprio dinheiro para transformar o velho desejo de um novo jogo da franquia em realidade, mesmo que de forma alternativa. Sendo assim, Mighty No. 9 carrega consigo uma enorme responsabilidade, seja de agradar seus investidores ou de fazer jus ao legado do seu irmão mais velho.

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PRÉVIA

Invasão completa Os planos para transformar Mighty No. 9 em um clássico moderno dos jogos de plataforma são ambiciosos. Além do jogo sair para 3DS, PC, PlayStation 3, PS4, PS Vita, Wii U, Xbox 360, Xbox One, Mighty, as aventuras de Beck chegarão a diversas mídias. Serão lançados, ainda em 2016, mangás, animações e até um filme. Não sei você, mas eu já estou ansioso para curtir tudo desse novo herói azulado.

Mesmo sabendo dessa enorme responsabilidade, o título parece corresponder a todas as expectativas. Apoiado pelos fãs e desenvolvido pelas mentes que transformaram Mega Man em uma lenda das plataformas virtuais, Mighty No. 9 promete trazer ação, exploração e muita diversão de volta aos videogames, na companhia de um robozinho azul simpático e destemido, como nos velhos tempos.

Mighty No. 9 (3DS/PC/PS3/PS4/PSVita/Wii U/X360/XBO) Desenvolvedor Comcept/Inti Creates Gênero Plataforma/Ação Lançamento Outono de 2016

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Expectativa

5 24


PRÉVIA

PS4 XBO PC

por July Dourado Revisão: Vitor Tibério Diagramação: David Vieira

Novo spin-off da série traz uma ambientação pouco explorada nos games e promete dar novos ares à franquia.

J

á faz pouco mais de um ano desde que Far Cry 4 (Multi) foi lançado e todos nós já esperávamos que, cedo ou tarde, um novo título da franquia seria anunciado. Afinal, a Ubisoft ficou conhecida (e também foi bastante criticada) por lançar diversas sequências de suas séries mais famosas em pouco tempo, como aconteceu com Assassin’s Creed. Mesmo assim, a empresa conseguiu surpreender a todos com a revelação de Far Cry Primal (Multi), um spin-off da série que se passará no período Mesolítico, dez mil anos a.C. A ideia de termos um Far Cry ambientado numa época tão distante parece incrível e, ao mesmo tempo, difícil de imaginar. Será que o jogo conseguirá inovar enquanto mantém a qualidade da franquia?

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PRÉVIA

Sobreviva a Oros O game se passará na terra de Oros, lugar que surgiu a partir do derretimento de uma antiga geleira durante o fim da Era do Gelo. Consequentemente, Oros tornouse uma terra fértil, com grande variedade de ecossistemas e habitada por muitos animais, feras gigantes e tribos. É neste ambiente que você fará o papel de Takkar, um caçador experiente e último sobrevivente de seu grupo, que precisará lutar pela sua sobrevivência em uma época em que os humanos não estavam no topo da cadeia alimentar e eram presas fáceis de diversas espécies de animais, como tigres dentesde-sabre. E esta missão não será nada fácil: segundo Jean-Sebastien Decant, diretor narrativo do game, você estará em um lugar desconhecido, onde tanto animais quanto humanos podem representar os mesmos perigos.

Bem-vindo à Idade da Pedra A história e a ambientação são os principais pontos que vêm chamando a atenção no título. E não é para menos: afinal, quantos jogos você conhece que se passam na Idade da Pedra? Representar elementos deste período em um jogo, principalmente da franquia Far Cry, parece uma tarefa bastante difícil, mas a equipe responsável pelo game promete ser bastante fiel à época retratada. Por isso, esqueça das armas de fogo, granadas, torres de rádio e veículos: em Primal, tudo isso será substituído por elementos bastante abstratos, dificultando ainda mais a sua tarefa de sobreviver sozinho no mundo.

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PRÉVIA

As armas, por exemplo, estarão limitadas a lanças, arcos e flechas e lâminas. E não pense que, assim como nos jogos anteriores, você poderá comprar ferramentas em uma loja; lembre-se, estamos na Idade da Pedra, época em que o homem construía suas próprias armas a partir de ossos e rochas. E isso é justamente o que você fará aqui. Essa ideia parece bastante limitada à primeira vista, mas a boa notícia é que a Ubisoft prometeu entregar aos jogadores diversas possibilidades de customização: conforme você progride no game, Takkar ganhará habilidade e recursos para construir armas cada vez mais complexas e poderosas. Já as famosas torres de rádio, que facilitavam nossas vidas servindo como modo de viajar rapidamente a diferentes pontos do mapa, não estarão presentes em Primal por razões óbvias. Mas não há motivos para preocupações: no lugar delas, teremos fogueiras que cumprirão o mesmo papel. Elas serão protegidas por inimigos, e só serão liberadas depois que o jogador derrotar todos que estiverem ao seu redor.

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PRÉVIA

Temos que domar todos Enfrentar seus adversários, aliás, será uma das atividades mais interessantes e divertidas do game. Quem experimentou os Far Cry anteriores sabe que o jogador precisava combater pessoas e animais utilizando somente armas. Mas e se eu te dissesse que, em Primal, alguns animais poderão ser seus aliados? Esse é o conceito por trás do Beast Master, um novo sistema que permite ao jogador domar os predadores ferozes que encontrar e utilizá-los a seu favor para atacar seus oponentes, coletar recursos e explorar regiões. Conforme progride no jogo, você adquire habilidades para dominar até 17 espécies diferentes de animais, como caninos (cães e lobos), felinos (jaguar, panteras e tigres), entre outras, sendo que cada uma delas possui uma habilidade específica: um urso, por exemplo, pode nadar e atacar os inimigos, enquanto que o lobo pode te alertar sobre perigos que estejam por perto.

A mecânica que envolve essa domesticação é bastante simples, mas administrá-la pode ser mais difícil do que parece. Ao encontrar um predador no mapa, você deve usar iscas para distraí-lo e, assim, conseguir se aproximar dele sem ser atacado. Uma vez dominado, o bicho pode ser curado ou revivido em qualquer ocasião, desde que você possua certos recursos (que são relativamente difíceis de serem conquistados, diga-se de passagem). Outro detalhe importante é que os animais poderão ser convocados a qualquer momento do jogo, mas somente uma espécie de cada vez poderá ser utilizada.

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PRÉVIA Portanto, saber como administrar recursos e qual o momento certo de agir é essencial para sobreviver em Oros. “Nós trabalhamos para ter a certeza de que a mecânica de domar animais seja fácil e rápida. O objetivo não é criar uma mecânica difícil, pois a dificuldade real está na habilidade do jogador de conseguir domesticar todos os animais” — disse o diretor de criação do game, Maxime Béland, à imprensa americana. E quem sofria com as irritantes águias em Far Cry 4 vai gostar de saber que finalmente teremos a oportunidade de fazer os nossos inimigos sentirem na pele o que nós sentíamos quando éramos atacados por elas. Em Primal, Takkar pode convocar uma coruja a qualquer momento para ter uma visão aérea do ambiente e, com isso, criar estratégias e ter uma boa vantagem sobre os adversários. Será possível, por exemplo, localizar mais facilmente uma fogueira, marcar os inimigos que estiverem por perto e atacá-los utilizando os voos rasantes da coruja.

Convenhamos: utilizar o Beast Master durante toda a aventura parece bastante tentador, já que ter animais ferozes lutando ao seu lado parece bem mais fácil e divertido do que usar as armas convencionais. Porém, a equipe deixou claro que esse sistema não foi criado com a intenção de ser a única ferramenta que o jogador vai utilizar. “Nós tivemos o cuidado de fazer com que essas feras sejam eficientes e flexíveis, mas, ao mesmo tempo, que não sejam vistas como o único modo de se vencer no jogo” — disse Thomas Simon, diretor do game. “Elementos stealth e armas de longo alcance também poderão ser usadas, garantindo ao jogador uma maior variedade de opções”.

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PRÉVIA

Um legítimo Far Cry Não se engane: apesar de Primal ser um spin-off da série (assim como Far Cry 3: Blood Dragon), a Ubisoft está se esforçando para que o jogo tenha o mesmo tamanho, complexidade e diversão que um jogo principal da franquia apresenta. O diretor Maxime Béland definiu Primal como “o próximo Far Cry”, pois o título terá um single player tão grande e extenso quanto o quarto jogo da franquia, além de missões extras que prolongarão sua duração. Isso também será possível graças à ausência do modo multiplayer, permitindo à equipe se dedicar exclusivamente ao modo principal do game. “Essa foi uma decisão difícil, mas que foi tomada logo no início do desenvolvimento do jogo” — declarou Jason Paradise, gestor de comunidade da Ubisoft. “Dar vida à Idade da Pedra e dar aos jogadores uma experiência de jogo forte, baseada no legado Far Cry, significou reinventar o nosso ciclo do gameplay principal. Não foi uma tarefa fácil. O nosso foco era entregar uma fantástica experiência, o que ditou prioridades claras para a equipe.” Pelo que foi demonstrado, Far Cry Primal tenta provar que é possível criar um spin-off de uma franquia consagrada sem cair na mesmice, aproveitando vários dos elementos que tornaram a série famosa e adicionando mecânicas que não são muito comuns em outros jogos atuais: caçar seu próprio alimento, dominar o fogo e enfrentar tribos e predadores. “O mundo está mais denso do que nunca na série, porque pudemos intensificar a relação entre predador e presa, criando sistemas de gameplay muito interessantes” — Maxime Béland afirmou, durante uma entrevista. Estamos ansiosos para conferir como esses sistemas nos ajudarão a sobreviver na magnífica e perigosa Oros.

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TOP10

por Flávio Augusto Priori Revisão: Vitor Tibério Diagramação: Breno Madureira

MELHORES PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS EM JOGOS DE LUTA Um dos chamativos mais interessantes em jogos de luta é convidar personagens de outras franquias para participações extras; vejamos algumas das mais famosas.

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ivemos a revelação que Akuma, famoso vilão da série Street Fighter, será um personagem jogável no vindouro Tekken 7. Aliás, não só jogável, como fará parte da história do jogo, em uma posição deveras importante, pelo que foi revelado até agora. Aproveitando essa novidade, vamos então relembrar outros personagens que fizeram aparições especiais em jogos de luta. Claro que daria para fazer um top 100, pois o que não falta nesse mundo é gente se metendo em briga.

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TOP10

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Donkey Kong (Punch Out!!) Punch-Out!! pode não ser exatamente um jogo de luta “tradicional”, mas é um título que fala sobre boxe no final das contas. Não deixa de ser um combate, não é? Nesse mundo de pugilistas, a versão do Wii, lançada em 2009, trouxe um combatente inesperado. O pesopesado Donkey Kong veio como desafiante encarar Little Mac.

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Ezio Auditore (Soul Calibur V)

Earthworm Jim (ClayFighter 63 1/3)

O mais carismático de todos os protagonistas da série Assassin’s Creed sempre foi um assassino de renome, tendo enfrentando os mais diversos inimigos. Embora, em seu jogo de origem, suas habilidades de luta não fossem as mais refinadas — mecanicamente nunca foi um primor, embora tenha evoluído ao longo dos anos — em Soul Calibur V o assassino se tornou um bom guerreiro no combate um contra um.

ClayFighter, a série, nasceu em 1993 no SNES e MD, trazendo bonecos de argila para se baterem. Em sua terceira edição, de 1997 para Nintendo 64, a Interplay, desenvolvedora do jogo, resolveu inserir na contenda seu personagem mais famoso, Jim. Tanto Earthworm Jim como ClayFighter sempre penderam para a comédia, o que tornou algo natural a junção das duas franquias. Mas mesmo assim, o jogo vale mais pela piada do que pela luta em si.

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TOP10

Akuma (X-Men: Children of the Atom)

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Children of the Atom foi lançado em 1994 nos arcades, na lendária placa CPS2. Fez parte da época na qual a Capcom desenvolvia diversos bons jogos de luta. Para jogar com Akuma, era necessário fazer um código na tela de seleção. Também era possível lutar contra ele, cumprindo certos requisitos durante o modo arcade.

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Lars Alexandersson (Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 2)

Kratos (Mortal Kombat 9)

Vocês vão notar nessa lista que a Bandai Namco gosta bastante de misturar universos em seus jogos de luta.

O renascimento da série Mortal Kombat, em 2011, foi um bem mais do que necessário para revitalizar a franquia, que soube aproveitar muito bem a volta dos jogos de luta aos holofotes.

Lars apareceu pela primeira vez em Tekken 6, de 2007, como um dos personagens centrais da história do jogo, sendo filho de Heihachi. Três anos depois, alguém achou ser uma boa ideia colocá-lo no então mais recente jogo do Naruto. O visual de Lars foi até que bem adaptado, visto que são franquias bem diferentes no aspecto artístico.

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A desenvolvedora NetherRealm aproveitou para colocar alguns personagens convidados. Na versão para PS3, tivemos a ilustre presença de Kratos, com toda sua delicadeza e cavalheirismo para com seus adversários, algo que combinou muito bem com o clima da franquia.

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TOP10

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Spartan-458 (Dead or Alive 4) A princípio, a ideia da Tecmo, desenvolvedora da série, era usar o Master Chief. A Bungie, então responsável por Halo, não liberou o “mascote” do Xbox, mas gostou da ideia. Foi aí então que nasceu Nicole, uma supersoldada que participou do mesmo programa de treinamento de Master Chief e, de alguma forma, voltou no tempo, para a época em que ocorre Dead or Alive. Meio “viagem”, mas é bacana a iniciativa de dar um contexto para o personagem.

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Sakura (Rival Schools: United by Fate)

Link (Soul Calibur II)

Lançado em 1997 para PlayStation, o foco era a luta entre alunos e professores (!!). As lutas eram em duplas, seguindo a tendência criada por X-Men VS Street Fighter.

Muito antes de Hyrule Warriors (Wii U), Link já desceu a porrada em muita gente na versão de GameCube de Soul Calibur II, lançada em 2002. O guerreiro da roupa verde era um lutador muito bom e foi uma novidade bem comentada na época.

Aqui temos a participação de Sakura Kasugano, vinda diretamente de Street Fighter Alpha 2. Lutando para se tornar forte o suficiente para ser notada por Ryu; a participação dela faz todo o sentido.

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Vale dizer que as outras versões do jogo também tinham convidados exclusivos: Heihachi de Tekken no PS2 e Spawn, o herói dos quadrinhos, fazia as vezes no Xbox.

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TOP10

Gon (Tekken 3) Em nossa lista já passamos por minhocas mutantes, soldados de elite, colegiais, entre outros. Nada melhor então do que terminarmos com dinossauros. O jogo é Tekken 3, de 1996, para arcade e PlayStation. Gon é um personagem de mangá, criado em 1991. Ele é um filhote e suas histórias geralmente giram de aventuras do pequeno réptil com outros animais. Tudo sem uma única linha de diálogo. Já tive a oportunidade de ler alguns volumes e vale a pena. Aqui no Brasil foi lançado pela Editora Conrad. Voltando para o jogo, não há um motivo claro do porquê Gon está na luta. Ele simplesmente está lá para enfrentar qualquer um que fique em seu caminho.

Já conhecem o novo “irmão” da linha blast?

Seu novo canal de comunicação em cultura pop

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PERFIL

por Matheus Zanetti Revisão: Vitor Tibério Diagramação: Guilherme Lima

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(Street Fighter)

ominar o mundo. Ser o lutador mais forte de todos. Aperfeiçoar o Psycho Power. Muitas são as ambições de M. Bison, ou melhor, Mestre Bison. Apesar de ser um dos personagens mais conhecidos do universo Street Fighter, pouco se conhece sobre o líder da Shadaloo, exceto que ele fará qualquer coisa para alcançar seus objetivos. Descubra um pouco sobre a personalidade do chefão carrancudo que com certeza já te arrancou muitos continues. You are a fool to challenge me!

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PERFIL A primeira aparição de Bison foi no jogo Street Fighter II, lá no longínquo ano de 1991. Apesar de parecer estranho que o principal Boss da franquia tenha aparecido apenas no segundo episódio, isso não é tão incômodo para quem jogou o primeiro título. Isto porque Street Fighter não tinha história alguma, tratavase apenas de um personagem (Ryu ou Ken) viajando pelo mundo atrás dos mais variados lutadores. Não que isso fizesse diferença, pois as poucas pessoas estavam muito mais preocupadas em saber como soltar um Hadouken do que entender a história. Além de produzir uma sequência com uma jogabilidade muito boa, a Capcom começou a investir um pouco na história da franquia, e nessa parte M. Bison tem um papel fundamental. Cronologicamente falando, pouco se sabe sobre a infância ou o treinamento sobre o personagem. Isso é perceptível pela própria personalidade dele, que possui um aspecto extremamente fechado e sem emoções. O primeiro contato de M. Bison com os outros personagens da franquia é através do torneio que a Shadaloo organiza, com o objetivo de reuniur os lutadores mais fortes do mundo. A verdadeira intenção de Bison era investigar a força de Ryu e utilizar esse conhecimento para aumentar os seus Psycho Powers. What strikes horror in your heart, is simply humor to me!

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O ditador, em toda a sua glória

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PERFIL O jogador um pouco mais atento - e curioso - pode constatar algumas coisas sobre Bison apenas observando as vestimentas do personagem. Com um uniforme de aspirações militares, fica claro a postura autoritária do vilão. Confesso que quando era pequeno fui enganado pela aparência do chefe, pois achava que tratava-se de Major Bison, e não Mestre Bison. Imaginação fértil! A simetria perfeita em seu uniforme, assim como as ombreiras, lembram fortemente o uniforme dos oficiais SS (Shutzstaffel), do exército nazista. Entretanto, não há qualquer registro oficial da Capcom sobre qualquer inspiração que tenha vindo do regime totalitarista. Os seus olhos representam o vazio em sua personalidade, a falta de emoção, pois não existem pupilas em suas cavidades oculares. Para completar, ainda há a imponente capa preta, que está sempre balançando contra o vento. Ao lado estão o modelo de dois uniformes padrão dos agentes da SS. Note a semelhança com os trajes de M. Bison. Não há como não notar no quepe, o símbolo da caveira com as asas e as botas. Curve-se diante de mim ou morra dolorosamente. Eu não sei se M. Bison possui um “lema” de vida, mas bem que poderia ser esse. Assim como sua força desconhece limites, sua mente carece de valores morais. Bison é a materialização do “vilão-ditador-megalomaníaco”, pois tudo o que o move são seus desejos narcisistas de possuir mais poder, seja ele físico ou mental. Ele é cruel, implacável e imperdoável, seja no trato de seus inimigos ou com seus subordinados.

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Uniformes usados pelos oficiais das SS

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PERFIL

O jogador normalmente M Bison: Of Course! encontra Bison como um dos últimos adversários a ser vencido antes de terminar o jogo. É nesse momento que a fúria do personagem é revelada. Assim como não tolera nenhum erro de seus subordinados, o tratamento dispensado aos jogadores é o mesmo. Saia pulando ou executando qualquer movimento aleatoriamente e tenha certeza que será punido com um Psycho Crusher, um dos seus golpes mais utilizados. Quem entrar no seu caminho será esmagado, certo? Curiosidades (que todo mundo conhece) Apesar de muito jogador saber disso, ainda vale lembrar da confusão de nomes que a Capcom fez ao localizar o jogo para as Américas. A confusão foi causado por causa do personagem conhecido por aqui como Balrog, pois seu nome original era M. Bison. Na época, a empresa temeu algum processo por parte do pugilista Mike Tyson. Não é muito díficil perceber a semelhança entre os dois. Veja como ficou: Para evitar a confusão, alguns jogadores se referem ao vilão como Dictator. Na péssima adaptação para os cinemas, Street Fighter II: A última batalha, M. Bison foi vivido pelo ator porto-riquenho Raul Júlia. Logo após as filmagens, o ator morreu vítima de um derrame cerebral. O filme foi horrível, mas não era pra tanto!

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DIVULGAÇÃO

Artbook BlasToy edições comum e de colecionador estão disponíveis na Google Play Store

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Revista Nintendo Blast 76 Mario & Luigi Paper Jam (3DS)

Confira também: Prévia de Fire Emblem Fates (3DS) e muito mais!

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