CARO PRESIDENTE BRASILEIRA.
DO
PSDB
-
PARTIDO
DA
SOCIAL
DEMOCRACIA
ILUSTRÍSSIMO SENHOR VEREADOR MOISÉS BARBOSA
Ao cumprimentá-lo, saúdo a disposição de, embora por escrito, finalmente discutir alguns pontos aos quais temos chamado a atenção do Governo. Parece-nos, todavia, curioso que o Sr. Chefe do Executivo não dirija a palavra ao Partido Progressista, optando por falar através de V. Sa., a quem respeitamos. Nosso alinhamento ao governo deu-se durante a campanha, atrelado aos compromissos firmados junto à população de Porto Alegre, numa vitoriosa coligação que somente se viabilizou pela anuência do Progressistas ao então candidato Nelson Marchezan. Se V.Sa. não soube ou não lhe convém lembrar, pergunte ao Sr. Prefeito o que custou ao PP e a seus filiados, a dura disputa interna que tivemos que travar para, na crença de suas promessas, a nós e à sociedade, abraçarmos a sua candidatura. Sobre tais fatos, caro Presidente, faz-se mister ainda recordar, que a nossa agremiação não se furtou a receber o então candidato Nelson Marchezan, após seus insistentes apelos para tal fim, que se viu depois, no tempo subsequente, tinha como finalidade precípua apenas a sua viabilização como candidato. Talvez o Senhor Prefeito e o PSDB estivessem a esperar, depois da eleição, o tipo de adesão servil e acrítica, fato muito peculiar da velha política, que em troca de cargos acata o que bem desejar o Chefe do Executivo. Não é, e não será assim que o PP de Porto Alegre se comportará. Como não foi assim, de maneira servil e fora dos mínimos parâmetros da boa política, da boa gestão administrativa e de preceitos essenciais à boa convivência, que nossos secretários à época se comportaram. Ao contrário do que lhe disseram, e que a sua correspondência tenta sofismar a todo o tempo, o nosso ex-presidente KEVIN KRIEGER foi praticamente compelido a pedir seu afastamento da Secretaria de Relações Institucionais, em face do esvaziamento de suas atribuições de articulação política, condições que sempre lhe foram reconhecidas no mundo político da cidade. Assim foi com o Vereador RICARDO GOMES, então Secretário de Desenvolvimento Econômico, inconformado com o projeto do IPTU, que para ele e para a maioria do nosso partido, leal a princípios, projetos e programas, seria uma traição ao povo de Porto Alegre, bem como ao projeto de desenvolvimento que o PP aceitou integrar. O nosso então Secretário alertou inúmeras vezes ao Sr. Prefeito sobre os efeitos nocivos deste aumento de impostos à economia da nossa capital. Foi, então, simplesmente ignorado pelo Sr. Prefeito. Exonerou-se, como não poderia ser diferente - primeiro, por respeito aos porto-alegrenses, segundo, porque desautorizado pelo Prefeito. Ao deixar o cargo, ao contrário do que V.Sa. tenta fazer crer na sua correspondência, alertou ao Sr. Prefeito que o Secretário Adjunto não tinha condições de assumir a pasta. O Sr. Nelson Marchezan, por decisão unilateral como