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ZERO HORA DOMINGO, 25 DE NOVEMBRO DE 2012
Carta da Editora
Marta Gleich - Diretora de Redação
marta.gleich@zerohora.com.br
Caçadores de verdades
Do Leitor Editor: Pedro Chaves - 3218-4332
morte do deputado.Até então,não havia documento que comprovasse a passagem de Paiva pelo DOI-Codi.O corpo nunca foi localizado.O Exército jamais admitiu responsabilidade sobre o sumiço do político cassado pela ditadura militar.Ao revelar o documento,a reportagem de ZH comprova que o ex-deputado foi,sim,sequestrado por militares e entrou,sim,no DOI-Codi. José Luís Costa,48 anos,é um daqueles repórteres de polícia obstinados e organizados. É capaz de passar horas numa delegacia ou num tribunal,debruçado sobre papéis empoeirados,anotando coisas.Quando pega uma reportagem mais importante,inaugura um caderno novo e ali anota tudo (numa letra que só ele entende). Costuma-se dizer nas redações que a sorte acompanha os bons repórteres.O dito se comprovou mais uma vez.Na noite do dia 1º para 2 de novembro,José Luís foi o primeiro jornalista a saber,por uma fonte,do assassinato do coronel da reserva do Exército Julio Miguel Molinas Dias,78 anos,morto ao chegar em casa, em PortoAlegre.O jornal publicou a notícia, com informações de que o coronel era ex-chefe do DOI-Codi.
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José Luís, um repórter obstinado
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Recortes de história
FOTO COMENTADA
de que Fernandão tinha sido demitido do Inter, ele e seu colega Emílio Pedroso deslocaram-se para o Beira-Rio: – Emílio ficou junto à entrada dos atletas e eu fiquei na sala de imprensa para acompanhar a coletiva do ex-técnico. Quando Fernandão elogiava o volante Ygor, vieram as lágrimas, que ele não conseguiu conter. Nesse momento, disparei a máquina e obtive o resultado da foto da capa.
Das páginas do Almanaque Gaúcho até pequenas lembranças de viagem, tudo para a professora aposentada Maria Laís Schilling, de 57 anos, moradora de Soledade, pode ser parte de seu museu particular.Ela guarda miniaturas de instrumentos musicais, discos de vinil, pequenos móveis,canetas antigas,relógios... A admiradora do colunista Paulo Sant’Ana começou a colecionar aos oito anos e tem um acervo que inclui filmes, reportagens, e livros sobre e estrelados por seu maior ídolo: Charlie Chaplin. – Gosto de ter essas pequenas relíquias, coisas de lugares do mundo que eu nunca vou conhecer. Cada objeto tem uma razão de existir e ser guardado – explica Laís, que, a vida inteira, deu aula na disciplina de História.
ZH NA SEMANA FOTOS AQRUIVO PESSOAL
A foto publicada na capa de Zero Hora de quarta-feira, sob o título “Triturado pelo vestiário”e que mostra Fernandão chorando durante coletiva à imprensa, logo após sua demissão do cargo de treinador do Sport Clube Internacional, foi elogiada por João Francisco Damas, de Porto Alegre. Autor da imagem, o fotógrafo de ZH Fernando Gomes conta que, tão logo surgiu a informação
Um homicídio a mais na estatística da violência urbana,possivelmente motivado pelas armas que o ex-militar guardava em casa,o caso ganhou outra dimensão quando se descobriram documentos do tempo da ditadura na casa do coronel. José Luís passou a se dedicar exclusivamente à história.Até deparar,na terça-feira,com o papel amarelado e o“Rubens Beyrodt Paiva” manuscrito.Estava ali a chave de uma das passagens mais emblemáticas da ditadura,a peça que completa um quebra-cabeça.Mas não era só.Diante da riqueza dos documentos,a José Luís juntaram-se os repórteres Nilson Mariano, Humberto Trezzi,Guilherme Mazui,Juliano Rodrigues,CarlosWagner,Marcelo Perrone, o fotógrafo Félix Zucco e os editores Carlos Etchichury e Marcelo Ermel.Este time produziu mais uma reportagem exclusiva,às páginas 29 a 32 desta edição,que desvenda segredos de outro emblemático episódio da ditadura:o atentado no Riocentro. Com essas duas reportagens,Zero Hora reafirma seu compromisso de contar a história, de revelar documentos relevantes cujos guardiões não gostariam que viessem à tona e de prestar um serviço à memória do país.
MAURO VIEIRA
“S
empre é a imprensa que conta a história.”Dita pelo escritor Marcelo Rubens Paiva,a frase sintetiza o sentido de ser jornalista – e a responsabilidade coletiva de uma redação,na busca da verdade. Marcelo é filho do ex-deputado federal Rubens Paiva,vítima-símbolo dos anos de chumbo,e foi entrevistado por Zero Hora esta semana,depois que o jornal revelou um documento histórico. O repórter de Zero Hora José Luís Costa colocou a mão num papel tão simples quanto bombástico.Uma folha de ofício com a descrição fria e burocrática do momento em que Rubens Paiva entrou no DOI-Codi.Dá para imaginar o funcionário colocando o papel na máquina de escrever no dia 20 de janeiro de 1971 e datilografando a lista de itens:“Um chaveiro com cinco chaves”,“Um cartão do DINERS CLUB”,“Um relógio de metal branco marca Movado”.Na lateral da folha,um nome escrito em letra cursiva:Rubens Beyrodt Paiva, o que pode ser a última assinatura do deputado ou uma simples anotação de funcionário do DOI-Codi. Por que isso muda a história? Porque a imprensa neste momento levanta o véu que nublava por mais de 40 anos a mal contada
ZH nas redes sociais
Laís, ao lado, e sua coleção de pequenas memórias
A internação do escritor L. F. Verissimo foi o assunto mais destacado na página de ZH no Facebook, com 115 comentários e 987 compartilhamentos. Pedro Massari: Que Deus ajude nosso L.F.Verissimo. Maira Asbach: Torcendo por ele. Bah Coimbra: Que ele se recupere rápido! Miriam Charlier: Gente como ele precisa ficar neste mundo.
Os projetos eleitos pelos gaúchos
Metrô
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Porto Alegre
ZH acompanhará até sua conclusão três obras eleitas como prioritárias pelos gaúchos em 2009
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Duplicação BR-386 Tabaí-Estrela