Cenografia

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FA-UTL . Esta edição faz parte integrante da revista Archinews n.º 17, Jul/Ago/Set, e não pode ser ser vendida separadamente


Índice 03

Nota de Abertura

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A Árvore da Cenografia / Saídas Profissionais

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A Cenografia como Paradigma

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Os Objectivos do Ciclo de Estudos

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Professores e Colaborações

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A Casa da Boneca / Ibsen – Marta do Vale * (foto 1) Istambul / Orhan Pamuk – Joni Vinagre * (foto 2) A Casa da Boneca / Ibsen – Mariana Falardo * (foto 3) The Island Theatre 2008 – IP Cenografia e Arquitectura (foto 4) Janela Indiscreta / Alfred Hitchcock – Raquel Albino * (foto 5) The Island Theatre, Lisboa 2008 – IP Cenografia e Arquitectura (foto 6) The Island Theatre, Lisboa 2008 – IP Cenografia e Arquitectura (foto 7) The Island Theatre / José Saramago, Lisboa 2008 – IP Cenografia e Arquitectura (foto 8) A Casa da Boneca / Ibsen – Catarina Gonçalves * (foto 9) A Casa da Boneca / Ibsen – Guilherme João Vieira * (foto 10) A Casa da Boneca / Ibsen – Bernardo Oliveira * (foto 11) The Island Theatre, Lisboa 2008 – IP Cenografia e Arquitectura (foto 12) A Casa da Boneca / Ibsen – Raiana Laguna * (foto 13) A Casa da Boneca / Ibsen – Teresa Silva * (foto 14) A Casa da Boneca / Ibsen – Carina Vidal * (foto 15) Blade Runner / Ridley Scott – Teresa Silva * (foto 16) Istambul / Orhan Pamuk – Bernardo Oliveira * (foto 17) Janela Indiscreta / Alfred Hitchcock – Marta do Vale * (foto 18) O Cerejal / Tchekhov – Workshop Arquitectura entre as Artes, 2004 (foto 19) O Cerejal / Tchekhov – Workshop Arquitectura entre as Artes, 2004 (foto 20) One Week – Buster Keaton – Raquel Albino * (foto 21) A Tempestade / Shakespeare – Marta do Vale, Curso Especialização Cenografia, 2008-09 (foto 22) Yesterday / Beatles – Guilherme João Vieira * (foto 23) A Casa da Boneca / Ibsen – Joni Vinagre * (foto 24) One Week – Buster Keaton – Sara Zhou * (foto 25) Istambul / Orhan Pamuk – Sara Zhou * (foto 26)

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* Projecto Cenografia, 1.º ano


Nota de abertura Quando há cerca de vinte anos a nossa faculdade, pioneira na criação de cursos novos relacionados com a Arquitectura, criou os cursos relativos ao design e ao urbanismo, entre os cursos – que conseguimos, com dificuldade, aprovar no Senado universitário de então –, figurava, no elenco das licenciaturas aprovadas, o curso de cenografia. A ideia de criar um curso de cenografia estava incluída nos planos de desenvolvimento no campo das Artes, e da abertura de horizontes da nossa Faculdade. A génese do curso, pela sua originalidade, não foi simples ao tempo. A sua implementação não se revelaria possível aquando da criação dos outros cursos, e apenas agora, passadas que são quase duas décadas, o curso foi criado. A dificuldade de por em prática este curso prendeu-se com o facto de, entre os profissionais da cena, não haver arquitectos para levar o curso avante, ao contrário do que foi alcançado com todos os outros. Acresce que no século passado, entre nós, não era apanágio dos arquitectos este campo de actividade artística, salvo raros casos, como é disso exemplo Luís Cinatti. Pelo contrário, nos séculos anteriores, a arquitectura efémera e cénica tinha sido, nas suas diferentes vertentes, uma actividade própria para os profissionais da arquitectura. Inicialmente, no século XVIII, destacaram-se no teatro os arquitectos e cenógrafos italianos Servandoni e João Carlos Bibiena, que vieram para Portugal a convite da casa Real, ou os portugueses Lourenço da Cunha e Inácio de Oliveira Bernardes. No século XIX, os arquitectos Cinatti e Luís

Nanini são exemplo de arquitectos com trabalho cenográfico, e já quase nos nossos dias, entre muitos, os nossos professores Frederico George e Bernardo Sá Nogueira fizeram cenários para a Companhia de Amélia Rei Colaço Também a actividade festiva e áulica foi uma das formas usuais da encomenda aos arquitectos, quer na construção de máquinas pirotécnicas e de representação para eventos especiais, quer para a construção de arcos triunfais e pórticos efémeros que assinalavam festas, casamentos e procissões. Hoje, o campo dos eventos que justificam a existência de uma formação específica no campo da cenografia e da arquitectura efémera, estende-se para além do campo das artes cénicas para o do espectáculo em geral, pois engloba também todas as formas virtuais que as novas tecnologias põem agora ao nosso dispor. Este quadro pressagia que, sob a direcção do conceituado arquitecto e cenógrafo José Manuel Castanheira, que dirige o curso, bem como a participação de uma plêiade de cenógrafos de prestígio internacional, este curso venha a abrir um estimável campo de oportunidades e de inserções no mundo dos espectáculos, de todos os tipos, para os alunos que o frequentem. O Presidente Francisco Gentil Berger Professor Associado da FA-UTL

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A árvore da Cenografia Faculdade de Arquitectura / UTL

A ÁRVORE DA CENOGRAFIA FACULDADE DE ARQUITECTURA/UTL

FOTOGRAFIA

CONGRESSOS

CINEMA DIGITAL

MODA

EVENTOS EMPRESAS

EVENTOS INSTITUCIONAIS

EVENTOS DESPORTIVOS

FESTAS POPULARES

EVENTOS RELIGIOSOS

EVENTOS PARTICULARES

EVENTOS POLÍTICOS

MARIONETAS FORMAS ANIMADAS

LUZ e SOM

TEATRO MUSICAL

ADEREÇOS

CONCERTOS

EFEITOS ESPECIAIS

VÍDEO CLIPS CINEMA ANIMAÇÃO

VÍDEO DANÇA

DANÇA-TEATRO

INVESTIGAÇÃO

VIDEO GAMES DIRECÇÃO FOTOGRAFIA

DANÇA

ENSINO

EVENTOS

ÓPERA

VÍDEO ART DIRECTOR

CINEMA

TEATRO

CENOGRAFIA MUSEOLOGIA

EXPOSIÇÕES

CENOGRAFIA VIRTUAL TELEVISÃO

ART DIRECTOR COMPUTAÇÃO GRÁFICA

CENTROS DE INTERPRETAÇÃO

PUBLICIDADE GALERIAS

VITRINISMO

LUGARES HISTÓRICOS

MAQUETISMO

PINTURA

ARQUITECTURA EFÉMERA

ARQUITECTURA INTERIORES

URBANISMO

EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS

HOTELARIA

CENOGRAFIA URBANA

PARQUES TEMÁTICOS

CENTROS COMERCIAIS

PAISAGISMO

ARQUITECTURA TEATRAL

STANDS DECORAÇÃO

EXPOSIÇÕES TEMÁTICAS

ARQUITECTURA

FEIRAS

CENTROS CULTURAIS INSTALAÇÕES

CONSTRUÇÃO CENOGRÁFICA

DIRECÇÃO TÉCNICA

José Manuel Castanheira, Professor Auxiliar - Março de 2010

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A Cenografia como Paradigma

Os Objectivos do Ciclo de Estudos

A cenografia, como paradigma moderno da construção cénica, afirma-se a partir de uma conjuntura que entende a criação artística como meio privilegiado que o ser humano possui para se relacionar com o mundo, propondo para ele leituras que passam a fazer parte da sua relação com o visível. Como prática artística ancorada historicamente no teatro, desenvolve metodologias de concepção espacial próprias, operando as suas metamorfoses a partir dos contributos de diversas áreas criativas, numa atitude eminentemente holística e pluridisciplinar, reflectindo as evoluções artísticas, tecnológicas e culturais do mundo contemporâneo. O processo criativo da cenografia está intimamente ligado ao seu processo de produção e a sua prática caracteriza-se por uma grande proximidade entre a concepção/ projecto e a materialização/ construção. Ao contribuir para determinar as propriedades conceptuais e construtivas dos objectos e dos ambientes cénicos, instalando dispositivos que se revelam enquanto espaços activos que contemplam formas, cores, luzes e movimento, a cenografia constitui um lugar que se oferece à experiência, catalisador de múltiplas sensações. Esta nova licenciatura da FA-UTL, insere-se num movimento alargado que entende a dramaturgia teatral, a indústria do entretenimento e o universo digital como plataformas comunicantes de um intenso diálogo, cujas ressonâncias globais se manifestam concretamente através de uma vincada abertura internacional. Neste sentido, ao experiente corpo docente da Faculdade de Arquitectura juntam-se professores e artistas de renome internacional, bem como conceituadas instituições e faculdades com quem se desenvolvem parcerias e intercâmbios.

Este Ciclo de Estudos tem como objectivo principal: a formação estruturada e consistente de licenciados em Cenografia, através do desenho de um Plano de Estudos que comporta um conjunto coerente e integrado de unidades curriculares, coordenadas pelos grupos disciplinares de áreas científicas existentes na Faculdade de Arquitectura, que lhes permitirão uma abrangência de conhecimentos na área específica da Cenografia e uma “cultura do fazer” adequadas a uma prática profissional eficaz e de qualidade. O Ciclo de Estudos está estruturado de forma a consolidar os objectivos da Licenciatura, com a aquisição das seguintes competências: Capacidades nos âmbitos projectuais, tecnológicos e culturais do domínio da Cenografia; Conhecimentos e capacidades de análise, síntese e crítica no âmbito da formação teórica humanística, sócio-cultural e artística; Capacidades no âmbito da transdisciplinaridade, em especial através de interfaces com os vários domínios da representação teatral, da arquitectura, da cultura visual analógica e digital; Capacidades no âmbito da relação interpessoal e multicultural, na relação individual/equipa, de iniciativa e empreendimento; Capacidades no âmbito das metodologias projectuais da Cenografia e da sua produção, das qualidades de disciplina e organização do trabalho; Qualidades no âmbito das dimensões ética e deontológica das actividades da Cenografia na sua relação com o tecido social; Conhecimentos de gestão de produção, incluindo organização, qualidade e produtividade; Capacidades de actualização e reciclagem profissional.

Licenciatura em Cenografia Coordenador do Curso: Rui Barreiros Duarte

Participação prevista de professores Cenógrafos de prestígio internacional: Joaquin Roy Yannis Kokkos Max Glaenzel Raymond Sarti Marcel Freydefont Mahtab Mazlouman José Carlos Serroni Malgorzata Szczesniak Guy-Claude François José Manuel Castanheira

Colaborações previstas Espaço Cenográfico, S. Paulo, Brasil Universidade de Strathclyde, Glasgow, Escócia Instituto Europeu de Cenografia, Grenoble, França Universidade de Lund, Escola de Arquitectura, Suécia Faculdade de Letras / Centro de Estudos Teatrais, Lisboa Escola Superior de Arquitectura de Paris / La Villette, França ENSAD - Escola Nacional Superior de Artes Decorativas, Paris, França Escola Nacional Superior de Arquitectura / Cenologia de Nantes, França Universidade Técnica da Rep. Checa, Faculdade de Arquitectura de Praga Museu Nacional do Teatro, Lisboa Cinemateca Nacional, Lisboa Companhia Nacional Teatro Clássico, Madrid MUDE-Museu do Design e da Moda, Lisboa

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Foto 01 - A Casa da Boneca / Ibsen – Marta do Vale

Foto 02 - Istambul / Orhan Pamuk – Joni Vinagre

Foto 03 - A Casa da Boneca / Ibsen – Mariana Falardo

Foto 04 - The Island Theatre 2008 – IP Cenografia e Arquitectura


Foto 05 - Janela Indiscreta / Alfred Hitchcock – Raquel Albino

Foto 06 - The Island Theatre, Lisboa 2008 – IP Cenografia e Arquitectura

Foto 07 - The Island Theatre, Lisboa 2008 – IP Cenografia e Arquitectura

Foto 08 - The Island Theatre / José Saramago, Lisboa 2008 – IP Cenografia e Arq. 07


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Foto 09 - A Casa da Boneca / Ibsen – Catarina Gonçalves

Foto 10 - A Casa da Boneca / Ibsen – Guilherme João Vieira

Foto 11 - A Casa da Boneca / Ibsen – Bernardo Oliveira

Foto 12 - The Island Theatre, Lisboa 2008 – IP Cenografia e Arquitectura


Foto 13 - A Casa da Boneca / Ibsen – Raiana Laguna

Foto 14 - A Casa da Boneca / Ibsen – Teresa Silva

Foto 15 - A Casa da Boneca / Ibsen – Carina Vidal

Foto 16 - Blade Runner / Ridley Scott – Teresa Silva 09


Foto 17 - Istambul / Orhan Pamuk – Bernardo Oliveira

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Foto 19 - O Cerejal / Tchekhov Workshop Arquitectura entre as Artes, 2004

Foto 18 - Janela Indiscreta / Alfred Hitchcock – Marta do Vale

Foto 20 - O Cerejal / Tchekhov Workshop Arquitectura entre as Artes, 2004

Foto 21 - One Week – Buster Keaton Raquel Albino


Foto 22 - A Tempestade / Shakespeare – Marta do Vale Curso Especialização Cenografia, 2008-09

Foto 25 - One Week – Buster Keaton – Sara Zhou

Foto 23 - Yesterday / Beatles – Guilherme João Vieira

Foto 24 - A Casa da Boneca / Ibsen Joni Vinagre

Foto 26 - Istambul / Orhan Pamuk – Sara Zhou 11



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