DOM - 08/06/2013

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Diário Oficial do Município - DOM

Tiragem: 2.500 • 8/6/2013

Márcio Martins

Ano XIX • N. 4.327

BELO HORIZONTE

Campanha de vacinação contra a paralisia infantil mobiliza BH Postos volantes e centros de saúde estão preparados para atender mais de 128 mil crianças até o dia 21 deste mês O Parque Ecológico Renato Azeredo, que fica na avenida José Cleto, s/nº, no bairro Palmares, recebe no sábado, dia 8, a abertura oficial da Campanha de Vacinação Infantil contra a paralisia infantil de 2013, que vai se estender até o dia 21 deste mês. A campanha é promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Além da vacina contra a paralisia, os centros de saúde também disponibilizam outras vacinas, como sabin, hepatite B, tetravalente, febre amarela, triviral, DPT, rotavírus, meningocócica C conjugada e pneumocócia 10 valente. Neste sábado a vacinação começa às 8h nos 147 centros de saúde de Belo Horizonte e em mais 112 postos volantes, como o Mercado Central, a Rodoviária, o Parque Municipal, o Extra Supermercados do bairro Santa Efigênia e a Drogaria Araujo Centenário, entre outros. Nos outros dias, a vacina estará disponível em todos os centros de saúde da capital, das 8h às 17h. A expectativa é que sejam vacinadas 128.077 crianças. Para atender a população, 3.052 profissionais estarão à disposição. “Todas as crianças entre seis meses e 5 anos de idade devem ser vacinadas e o respectivo cartão de vacinação deve ser apresentado pelos pais”, alertou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira.

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Desde 2012 foi adotado o sistema de vacinação sequencial (Salk), por meio do qual a criança recebe a primeira dose da vacina aos dois meses de idade e a segunda aos quatro meses. Se a criança menor de 5 anos nunca tiver tomado nenhuma dose injetável, não tomará as gotinhas neste momento. Deverá iniciar o esquema vacinal com a injetável.

Ampliação da cobertura

A capital mineira ampliou sua cobertura vacinal nos últimos anos. Em 2009 foram vacinadas 87% das crianças. Já em 2012, a cobertura vacinal da primeira etapa contra paralisia infantil atingiu 92%. O Brasil recebeu o certificado de Erradicação da poliomielite em 1994. O último caso no país foi registrado na cidade de Sousa-PB, em 1989. Os últimos casos registrados em Belo Horizonte e em Minas Gerais foram em 1987. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de importações do poliovírus selvagem de países endêmicos, como Afeganistão, Nigéria e Paquistão, ou de países que restabeleceram a transmissão, como Angola, Chade e República do Congo.

A poliomielite no mundo

Em 2012, foram registrados 223 casos, sendo que 217 (97,3%) foram nos países endêmicos e seis (2,7%) nos não endêmicos. É uma redução de 36,9% no número de casos de poliomielite no mundo em comparação com o mesmo período de 2011 (604 casos). No ano de 2013, até o dia 22 de maio, foram registrados 32 casos, sendo oito no Paquistão, 22 na Nigéria e

dois no Afeganistão. A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular no segmento atingido. A doença foi de alta incidência no país em anos anteriores, deixando centenas de deficientes físicos a cada ano.

A transmissão ocorre principalmente por contato direto pessoa a pessoa, fazendo-se a transmissão pelas vias fecal-oral ou oral-oral, esta última através de gotículas de muco da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças em uma habitação constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

Casos de contraindicações

Não existem contraindicações absolutas para a aplicação das vacinas orais contra a poliomielite, entretanto, deve ser adiada nos seguintes casos: • Crianças portadoras de infecções agudas com febre acima de 38°C, diarréia ou vômito • Crianças com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, por exemplo, estreptomicina ou eritromicina • Crianças que no passado tenham mostrado qualquer reação anormal a esta vacina • Crianças imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou de outra forma adquirida, ou com deficiência imunológica congênita

07/06/2013 18:54:03


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