Secretaria Municipal de Desenvolvimento Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais
RELATÓRIO 10ª EDIÇÃO CAFÉ COM O MUNDO
SESSÃO TEMÁTICA
Belo Horizonte 4 de novembro de 2011.
Av. Álvares Cabral, n.º 200 / 10º andar – Centro - CEP: 30170-000. Tel. (55 31) 3246-0027 / 0031 / 0032 – Fax. (55 31) 3246-0033 smari@pbh.gov.br / www.pbh.gov.br/internacional
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CAFÉ COM O MUNDO 10ª EDIÇÃO – SESSÃO TEMÁTICA “RELAÇÕES INTERNACIONAIS E COMUNICAÇÃO”
O programa Café com o Mundo, criado e desenvolvido pela Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais, em parceria com a Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos, que tem como objetivo multiplicar o conhecimento adquirido por autoridades, técnicos e servidores municipais em missões internacionais oficiais, através de palestras e workshops, teve sua 10ª edição do ano nesta sexta feira, 4 de novembro na Prefeitura de Belo Horizonte, ás 14 horas e 30 minutos. Com o foco no tema de “Relações Internacionais e Comunicação” a edição especial contou com a presença do Professor Ali Shabou, ex Chefe do Escritório da UNHABITAT em Amã e da Professora da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas, Ana Maria Rodrigues, como palestrantes. O Secretário Municipal Adjunto de Relações Internacionais, Rodrigo Pérpetuo como moderador e o Chefe Adjunto de Comunicação Social, Carlos Alberto dos Santos como comentarista. Em seu discurso de abertura, Rodrigo Pérpetuo apresenta como na atualidade o sistema internacional está passando por uma crise financeira com seu epicentro na Europa e atingindo principalmente países do norte, países em desenvolvimento como o Brasil ganham mais destaque na conjuntura internacional e como as cidades podem aproveitar deste momento como novos atores internacionais, termo que na Europa já ganha a nomenclatura de “Diplomacia das Cidades” e “Cooperação Descentralizada”. Assim, a proposta do programa além de demonstrar a importância das Comunicações para as Relações Internacionais na atual conjuntura, é também debater quais seriam as melhores ações para a inserção das cidades e a eficácia das ações já existentes para a ajuda recíproca. Então cinco pontos são levantados: Transparência do uso de recursos; Monitoração de indicadores; Reciprocidade; Apropriação em si (autonomia); Cooperação entre atores.
Av. Álvares Cabral, n.º 200 / 10º andar – Centro - CEP: 30170-000. Tel. (55 31) 3246-0027 / 0031 / 0032 – Fax. (55 31) 3246-0033 smari@pbh.gov.br / www.pbh.gov.br/internacional
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PALETRAS:
Prof. Ana Maria Rodrigues - Benefícios e desafios de internacionalização O mundo atual é interligado pelas tecnologias de telecomunicações e da
comunicação temos que lidar com intercâmbios em todos os níveis: político, econômico, social e com o meio ambiente os atores então (governos ONG’s, empresas, grupos de cidadãos, movimentos sociais) se intercomunicam, trocam informações e experiências. E é graças à comunicação que é possível receber denuncias contra meio ambiente e desrespeito aos direitos humanos por isso a necessidade de se manter uma interação constante. Assim a internacionalização é um processo complexo e exigente, que sempre traz resultados e é considerado um fenômeno histórico que acontece desde o século XV. Já a Globalização é conceituada como uma intensificação dos fluxos comerciais, de investimentos e de capital financeiro, em função das possibilidades criadas pelas novas tecnologias de informação e informática, que tornam viável a produção simultânea e compartilhada em diferentes países, a gerencia a distancia dos processos e a aplicação, em tempo real, em todos os mercados financeiros do mundo. A globalização foi acompanhada por processos de desregulamentação relacionados à adoção do modelo neoliberal, especialmente nos governos Reagan nos Estados Unidos e do governo Thatcher na Inglaterra. Porém possuí seus efeitos nocivos como a concentração de capital em poucos países e por poucos grupos; tendência a monopolização; tendência de o capital financeiro superar o capital produtivo em volume. Assim o papel da comunicação vai além de informar, enquanto informar é estabelecer um fluxo de informações que sejam acessíveis a determinados segmentos e a possibilidade de emitires suas respostas, a ação de comunicar envolve atores, práticas, códigos, relações, linguagens. As relações comunicativas referem-se a processos sociais que ocorrem por meio de signos, códigos, suportes. Então governos, empresas, ONG’s, movimentos sociais precisam manter algum tipo de interação para obter ganhos. Ana Maria ainda sugeriu possíveis ações para serem praticadas como prospecção na internet sobre a imagem de BH no exterior, usando-se de recursos computacionais sofisticados e ações simples como colocar o portal da PBH em português, inglês e espanhol. Av. Álvares Cabral, n.º 200 / 10º andar – Centro - CEP: 30170-000. Tel. (55 31) 3246-0027 / 0031 / 0032 – Fax. (55 31) 3246-0033 smari@pbh.gov.br / www.pbh.gov.br/internacional
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Prof. Ali Shabou - Globalização, Primavera Árabe e o Projeto de Comunicação no Iraque.
Para ele a globalização têm cinco pontos principais: O espaço internacional, que é dominado pelos Estados Unidos, a comunicação que têm como principais veículos grandes empresas com CNN, FOX, BBC entre outras. O entretenimento que tem como ponto principal Holywood. O estilo de vida, que pode ser entendido como Mc Donald’s, Coca-Cola e grandes marcas que moldam o estilo de vida do indivíduo. E por último o símbolo de liberdade que é representado pelo próprio Estados Unidos. Para ele esses são os pilares com que a globalização atua no mundo, e ela pode chegar a qualquer lugar, pois as fronteiras são elásticas e maleáveis, para isso Shabou citou de tropas americanas espalhadas por todo globo. Para Ali Shabou o Oriente Médio têm muito em comum com a África e da América do Sul, pois os povos tem uma mesma esperança de um mundo melhor, e um sentimento de solidariedade com o próximo. E que a Primavera Árabe mostrou como esse sentimento está presente no mundo árabe. Porém ele foi bastante enfático quando disse que devemos ter cuidado com a mídia, pois ela é tendenciosa. Apenas o que é interessante para os grupos que detêm poder que é publicado. Esse poder das grandes nações e grupos econômicos é por um lado negativo, pois anula o poder de oposição, citado por ele no caso do Iraque, que não há chance de oposição ao governo instaurado. Muito disso se deve também a uma democracia que deve ter infra-estrutura sólida, com a participação direta da sociedade. Ao fim, Carlos Alberto comentou que o papel das novas formas de comunicação pela internet. Apesar de serem extremamente úteis pela praticidade e fácil disseminação para o público alvo deve ser vista ainda com desconfiança, pois não são confiáveis e não substituem o papel da imprensa que é estar sempre presente e ativa.
As mídias
tradicionais como televisão, revista e jornal devem sempre levar ao cidadão a notícia com a verdade, embora isenta de imparcialidade, ela deva privilegiar sempre aquele que está mais necessitado.
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