Programa Café com o Mundo

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Secretaria Municipal de Desenvolvimento Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais

RELATÓRIO 13ª EDIÇÃO CAFÉ COM O MUNDO

Belo Horizonte 17 de setembro de 2012.

Av. Álvares Cabral, n.º 200 / 11º andar – Centro - CEP: 30170-000. Tel. (55 31) 3246-0027 / 0031 – Fax. (55 31) 3246-0033 smari@pbh.gov.br / www.pbh.gov.br/internacional


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CAFÉ COM O MUNDO 13ª EDIÇÃO – VOLUNTARIADO A 13ª edição do “Café com o Mundo” – Edição Especial, realizada no dia 17 de setembro de 2012, trouxe a Belo Horizinte o Sr. Rick Lynch, especialista em recrutamento e treinamento de voluntários, para ministrar uma palestra sobre a importância de ser e/ou captar voluntários para executar tarefas. Compuseram mesa o Secretário Municipal de Relações Internacionais da Prefeitura de Belo Horizonte – Rodrigo Perpétuo, a Cônsul dos Estados Unidos da América - Merry Miller, a Superintendente de Relações Internacionais do Governo do Estado de Minas Gerais Chyara Sales Pereira, dentre outros importantes comitês de organizações que trabalham junto à Prefeitura de Belo Horizonte. O evento contou com a participação de intercambistas de diferentes nacionalidades que estão em Belo Horizonte para realizar trabalhos voluntários. Rick Lynch iniciou sua palestra expondo o quão importante para uma sociedade é trabalhar com voluntariados, porém, como conseguir atingir a atenção dessas pessoas a fazerem esse tipo de trabalho, que é o ponto a ser discutido. O palestrante sugere que deva existir primeiramente um espaço no qual possa ser desenvolvida uma boa comunicação entre os programas e os voluntários. Uma organização pode mobilizar todos os recursos da comunidade para ajudá-los a cumprir sua missão. Nesses trabalhos, a possibilidade de crescimento é enorme, pois além do aprendizado, pode ajudar o país e a si mesmo. Para que um programa de voluntariado dê certo, são necessárias várias ferramentas que podem ser definidas através de: Planejamento Estratégico – Projeto de Trabalho – Recrutamento – Entrevistas e Triagens – Orientação e Treinamento – Supervisão – Consulta – Reconhecimento e Retenção – Avaliação, dentre outros. Outro ponto discutido, de bastante importância, foi à questão de como gerenciar voluntários, tendo em vista que voluntários e funcionários são trabalhadores totalmente distintos, sendo que o ponto de maior diferença é a remuneração. Além disso, estes se voluntariam a participar de algum programa por diferentes razões, não estando Av. Álvares Cabral, n.º 200 / 11º andar – Centro - CEP: 30170-000. Tel. (55 31) 3246-0027 / 0031 – Fax. (55 31) 3246-0033 smari@pbh.gov.br / www.pbh.gov.br/internacional


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preocupados em receber, mas sim em contribuir para melhorias, ajudando a sociedade ou grupo. Eles buscam o desenvolvimento pessoal, existindo a possibilidade de conhecer novas pessoas e culturas. Alguns serviços podem ser feitos em sua própria casa, sendo, que nem sempre necessita de locomoção, ganhando assim tempo e menor desgaste físico e psicológico. Os princípios relevantes para se trabalhar com projetos voluntários podem ser definidos através de diferentes pontos, tais como: Certificar-se de que o voluntário tem disposição e vontade de executar esta tarefa. Por isto, no recrutamento de voluntários o interessante é conversar com os mesmos deixando-os expor as suas vontades e maneiras que pretendem executar a tarefa. Às vezes quem entra em um projeto vem trazendo várias ideias que podem ser aproveitadas e, abrindo esse espaço de comunicação e trocas de informações, o voluntário ganhando credibilidade, acaba se empenhando mais na execução. Métodos que devem ser usados ao fazer recrutamento de voluntários foram expostos em tópicos da seguinte maneira: Qualquer pessoa pode fazer um trabalho voluntário, o que deve observar é se esta tem determinação e disposição para este, o que se chama no inglês de warm body, ou seja, o voluntariado possuir um corpo caloroso, com vontade de executar esta tarefa. A utilização de círculos concêntricos é de suma importância, já que, trabalhando em grupos, e por sua vez, de pessoas que já são amigas, o resultado é confiança, divertimento e um trabalho mais bem desempanehado. Os números de pessoas que sentem vontade e se voluntariam tem aumentado, chegando a passar da faixa etária dos 40 anos. Em geral o interesse por trabalhos voluntários acontecem por três pontos importantes: Esperanças – Medo, Desejos – Sonhos. Ou seja, existem os que possuem esperança em como o trabalho pode obter algo melhor na sociedade ou no grupo em que está sendo executado, existem os que querem desvendar um novo mundo e acabam superando seus medos e buscando desejos, e os que possuem sonhos e sabem que estes sonhos podem se tornar realidade às vezes buscando executar tarefas voluntárias. Sabe-se também que a propaganda é a alma do negócio, então, para que existam voluntários, deve ser trabalhada uma boa publicidade, dividida em público alvo, tema Av. Álvares Cabral, n.º 200 / 11º andar – Centro - CEP: 30170-000. Tel. (55 31) 3246-0027 / 0031 – Fax. (55 31) 3246-0033 smari@pbh.gov.br / www.pbh.gov.br/internacional


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motivacional e porta voz. Os pais devem incentivar seus filhos a executarem trabalhos voluntários, como também, devem ser feitas mensagens que animem os voluntários a aceitarem a campanha. A pergunta mais comum é: Que tarefa precisa ser realizada para conseguir captação de voluntários? A maneira mais prática de responder a isto é: Antes de colocar alguém para fazer o trabalho, deve-se perguntar: Quem quer fazer este trabalho? Pois a diferença entre ter vontade e fazer por obrigação é imensa, e acaba influenciando significativamente o resultado da campanha. A determinação das pessoas deve ser de suma importância. A citação de Ernest Shackleton em 1917, foi utilizada pelo palestrante Rick Lynch: “Precisa-se de homens para jornada perigosa. Salário baixo. Frio cruel. Longos meses em completa escuridão. Perigo constante. Retorno duvidoso. Honra e reconhecimento em caso de sucesso.” Isso significa que o cenário pode ser dos piores, mas se houver uma boa liderança, certamente o quadro, mudará para melhor. Mas, principalmente, aquele que enfrentou a(s) dificuldade(s) sairá ainda mais fortalecido. Para que exista voluntários, deve existir uma necessidade, e com essa explicação o palestrante dividiu os ouvintes em grupos para que pudesse ser feita uma discussão sobre algum tema que o grupo optasse, e assim, identificar uma tarefa a ser trabalhada, como recrutar voluntários e quais seria os meios de propaganda que usariam para chamar atenção e conseguir captar pessoas. Houve um grupo que trabalhou com a questão de morte no trânsito por alto consumo de álcool, outro que trabalhou a questão de voluntários para os eventos que o país irá receber nos próximos anos, divididos em voluntários da FIFA e voluntários para a cidade. Aproveitando esta questão, outro grupo focou em estrangeiros no país, sendo que estes poderiam também estar acompanhando turistas que chegam para visitar o Brasil. Casa abrigo, uma iniciativa que é de proteção a mulheres maltratadas, foi a opção de outro grupo. Limpeza urbana, levantamento dos meios nos galpões de reciclagem de maneira quantitativa e qualitativa foi o trabalho desenvolvido por outro grupo. O palestrante mostrou onde se podem encontrar pessoas para trabalhos voluntários: Locais de culto, lojas, bairros, lugares e organização de recriação, lugares onde pessoas Av. Álvares Cabral, n.º 200 / 11º andar – Centro - CEP: 30170-000. Tel. (55 31) 3246-0027 / 0031 – Fax. (55 31) 3246-0033 smari@pbh.gov.br / www.pbh.gov.br/internacional


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se reúnem, clubes a que pertencem, grupos políticos, empregadores, grupos profissionais, escolas, comunidades online, dentre outras. Logo após, discutiu-se como se comunicar com essas pessoas ou grupos e trouxe alguns exemplos para os ouvintes, sendo: Cartazes, folhetos, divulgação boca a boca, estandes, anúncios, apresentação, dentre outras. Exemplos de grandes campanhas foram expostas e a mensagem que estas queriam mostrar foi esclarecida em poucas palavras em suas próprias publicidades. Ao se criar alguns meios de comunicação perguntas devem ser feitas, tais como: O que as pessoas fazem ao invés de estarem se voluntariando em algum projeto? Onde se podem encontrar essas pessoas?

Como se comunicar com elas? Que modificações

poderão fazê-las entrar em ação? O que dizer a elas? As respostas para essas perguntas são simples, deve-se lembrar sempre de enfatizar a necessidade de que o projeto deve ser valorizado e ser seriamente considerado, explicar o plano, mostrar claramente como será o desenvolvimento deste para dar credibilidade e consequentemente consegui-las dos voluntariados que aceitarem participar e o mais importante, enfatizar os benefícios, pois em cada grupo, existe um tipo de benefício e por mínimo que seja este, já é um valor que as pessoas que aceitarem o projeto terão. Ao final de sua palestra, Rick Lynch abriu um espaço para perguntas, e pode-se notar um esclarecimento ao ser questionado sobre a complexidade de estruturação em um programa de voluntariado. Como se levanta um bom programa em um espaço pequeno de tempo? Claramente fora à explicação, ao dizer que existem dois tipos de voluntários, os que já trabalham em projetos, ou que já possui alguma experiência na área e os novatos. Assim, um bom projeto é feito através de progressos em trabalhos anteriores, a melhoria acontece com o tempo, então a mistura entre um voluntário experiente com um voluntário novo, pode tornar o trabalho um grande sucesso, pois esta junção trás novas ideias e ocupa um menor tempo.

Relatório realizado por Dennes Oliveira Chagas e Esther Porfírio Fuly Alunas de Relações Internacionais do Centro Universitário de Belo Horizonte – Uni-BH Av. Álvares Cabral, n.º 200 / 11º andar – Centro - CEP: 30170-000. Tel. (55 31) 3246-0027 / 0031 – Fax. (55 31) 3246-0033 smari@pbh.gov.br / www.pbh.gov.br/internacional


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