4ª Edição do Café com o Mundo

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Secretaria Municipal de Governo Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais

RELATÓRIO 4ª EDIÇÃO CAFÉ COM O MUNDO

Belo Horizonte 31 de agosto de 2010

Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais – Av. Afonso Pena, 1212/3º andar – Centro – 30130-908. Tel. (31)3277-4695/4326 – Fax. (31) 3277-4438 smari@pbh.gov.br


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Café com o Mundo “Copa do Mundo 2010” O quarto debate promovido pela Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais visou debater as percepções obtidas pela delegação enviada à Copa do Mundo da África do Sul. O Café com o Mundo é uma proposta que visa compartilhar experiências internacionais adquiridas entre profissionais, sejam elas culturais ou técnicas, sempre objetivando fins benéficos. Para abertura do debate, o Secretário Municipal Adjunto de Relações Internacionais, Sr. Rodrigo Perpétuo enfatizou o processo de integração entre modelos de ação que ocorre na cidade de Belo Horizonte, pontuando também áreas que, para a Copa de 2014, disponibilizaram de maiores incentivos do governo. O Sr. Thiago Lacerda, Presidente do Comitê Executivo do Núcleo Gestor da Copa 2014, também comentou sobre a experiência na África do Sul, que contou com participantes da Prefeitura, afirmado que esta foi proveitosa para observar os meios de ação que podem ser utilizados em Belo Horizonte, já que a participação do município fomenta oportunidades, pois uma Copa envolve varias setores de uma cidade. Também esclarece que recursos de iniciativa privada também se fazem importante a fim de manter o espírito colaborativo para a conclusão dos projetos. Rogério Bretho – Comunicação e Imprensa O primeiro palestrante a ser convidado para a mesa foi o Senhor Rogério Bretho, que discutiu a questão de comunicação e imprensa, já que foi encarregado em observar como os meios informativos poderiam expor Belo Horizonte. Em sua fala, Rogério expõe a realidade africana, assim como sua história e os resquícios do sistema de segregação, conhecido como Apartheid. Também relata que ao chegar à África do Sul deparou-se com um bom aeroporto internacional e com boas rodovias. Porém, fez uma ressalva, a África do Sul se mostrava como um país de contrastes. De cidades com padrões europeus até favelas (de certa forma piores que as encontradas no Brasil). O processo de escolha do país sede para a Copa de 2010 teve inicio em 2004 e perdurou por dois anos, chegando a duas finalistas, Inglaterra e África do Sul. Com a escolha da sede africana, iniciou-se o processo estratégico que definiria as estruturas para a Copa. A delegação pode perceber que certas obras não puderam ser terminadas antes do inicio da competição, no entanto, hoje, estas obras podem ser aproveitadas pela população. Foi esclarecido que cada país possui um IBC – Centro de Imprensa, e dentro deste encontram-se diversos veículos de informação (televisivos, Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais – Av. Afonso Pena, 1212/3º andar – Centro – 30130-908. Tel. (31)3277-4695/4326 – Fax. (31) 3277-4438 smari@pbh.gov.br


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informativos, online) e espalham a informação para suas filiais (espalhadas nas cidades eleitas). O IBC é a porta para a imprensa. O Objetivo da assessoria de imprensa da delegação era divulgar Belo Horizonte dentro destes veículos, instigando a visita na capital mineira. Rogério, que conseguiu acesso ao IBC, realizou uma pequena divulgação de Belo Horizonte, apresentando folders da Belotur em inglês, imagens da cidade e do Mineirão. Também realizou contatos que podem disseminar notícias sobre BH. A operação de divulgação se deu também através de eventos como a Casa Brasil, criado pelo governo, que apresentou comidas típicas, músicas, danças, visando divulgar o Brasil e suas cidades. A operação, porém, não se limitaram a Casa Brasil, divulgações em shoppings, escritórios de comunicações, convites oficiais também foram realizados. Como resultado destas operações, duas emissoras internacionais (Israelense e Italiana) realizaram matérias sobre o Brasil enfatizando Belo Horizonte. Pode-se tomar como lição os aspectos positivos encontrados durante a estadia da delegação. A Copa não apresentou grandes problemas, todos os eventos que se apresentavam de perigo eram rapidamente sanados. Rogério conclui sua fala ao afirmar que a Copa da África do Sul foi um exemplo e que ensinou a não cometer certos erros. Gustavo Zech Coelho – Voluntariado O segundo palestrante foi o Sr. Gustavo Coelho que apresentou o tema Voluntariado e como este funcionou na África do Sul. Seu trabalho foi de observação no quesito voluntariado para melhor adequá-lo no Brasil. Suas considerações referentes a esta área demonstraram que, não houve uma organização adequada dos voluntários. Durante o período de um ano, ocorreu uma seleção oficial da FIFA, de 68 mil inscritos apenas 15 mil foram chamados, sendo que o governo sul africano precisou de 3 mil adicionais para tentar suprir o pequeno número de voluntários. Do processo de seleção destes candidatos, a embaixada do país realizava uma entrevista após a pré-seleção (realizada peça FIFA de forma online). Este aspecto pode ser considerado tanto positivo quanto negativo. O voluntario da FIFA esta custeando suas despesas, já que a ajuda de custo é praticamente inexistente, com isso viagens às embaixadas – no caso dos brasileiros uma viagem a SP, são custos adicionais a uma despesa ainda maior. O aviso de confirmação do voluntario foi emitido com apenas dois meses de antecedência, assim os impedindo de um maior preparo para a viagem. Ao fazer a inscrição para o voluntariado, o individuo escolhe a área de atuação. Este procedimento fomenta ainda mais o desenvolvimento de um jovem profissional, mas isto não foi respeitado. Diversos voluntários eram alocados por falta de organização. Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais – Av. Afonso Pena, 1212/3º andar – Centro – 30130-908. Tel. (31)3277-4695/4326 – Fax. (31) 3277-4438 smari@pbh.gov.br


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Dos aspectos positivos do voluntariado, vale lembrar que são em sua maioria jovens de diversas nacionalidades e aptos na língua inglesa com grande solicitude. Porém, durante a Copa de 2010 notou-se uma falta de treinamento apropriados destes voluntários e uma falta de estrutura de apoio e organização. Para Belo Horizonte, um projeto de voluntariado será finalizado em 2011, porém esta em aguardo, pois necessitam do caderno de cargos que é determinado pela FIFA. Os planos de ação iniciam em 2011 com eventos testes para 2013. Fernando Pessoa – Mobilidade Urbana O grande desafio que se apresenta para BH é a questão do transporte público, porém é a questão que mais dispõe de recursos para efetivação. Durante a estadia na África do Sul, quatro cidades foram visitadas para observação. Nestas cidades, reuniões foram realizadas para obtenção e contatos que podem ajudar os projetos de BH. O Sr. Fernando Pessoa apresentou para a mesa e os ouvintes os meios de transportes que foram desenvolvidos e utilizados durante a Copa. O Gautrain é um trem de luxo que foi desenvolvido para conectar o aeroporto à região mais nobre de Johanesburgo, porém não aparenta ser um projeto sustentável já que há um alto custo e somente um destino. O governo sul africano afirma que novas estações de desembarque e embarque serão construídas para melhor aproveitamento. O Gautrain trafega principalmente por vias subterrâneas. Transporte coletivo era algo inexistente na África do Sul, a Copa serviu como um agente de transformação em termos de transporte. A demanda não conseguiu ser suprida, 700 carrocerias da Marcopolo foram encomendadas as pressas para auxiliar a frota existente, porém é grande passo para o país que até pouco tempo dependia de serviços irregulares. Há também, o serviço de Shuttle que é um transporte encarregado em conectar a cidade ao aeroporto. O serviço BRT, já conhecido no Brasil, é o transporte que utiliza tubos como estações de embarques, ônibus articulados e uma via própria de trafego. Este é o projeto mais cotado para ser implantado em Belo Horizonte. Trens, taxis e vans, também são utilizados. Uma central de controle de alta tecnologia foi construída integrada com a estação da PM sul africano. Esta idéia também esta sendo desenvolvida em Belo Horizonte com um projeto de uma nova Central para Controle de Trafego Rodrigo de Aguiar – Casa Brasil, Publicidade e Programação Visual Para apresentar o Brasil durante a Copa de 2010 foi criado um stand contando com as cidades sedes. No stand de BH foram apresentados fotos de Secretaria Municipal Adjunta de Relações Internacionais – Av. Afonso Pena, 1212/3º andar – Centro – 30130-908. Tel. (31)3277-4695/4326 – Fax. (31) 3277-4438 smari@pbh.gov.br


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lugares representativos e divulgado o conceito da cidade, “BH a cidade que conquista”. O projeto Casa Brasil surgiu através de uma sinergia estatal com investimento de 10 milhões de reais, o objetivo é promover a imagem do Brasil. Criou-se então um espaço multiuso para atividades, seminários, rodadas de negócios. O espaço contou com a visita de 542 jornalistas. O desempenho de Belo Horizonte na Casa Brasil era evidente, já que contou com uma equipe multidisciplinar preparada para atender. Como uma forma de divulgação uma noite temática do sudeste foi elaborada e o vídeo sobre BH foi lançado com grande êxito. A casa Brasil estava em ao Mandela Square, ao entrar na sala as cinco regiões brasileiras eram apresentadas. A casa estava operacional todos os dias da semana com atividades diárias. A EMBRATUR também lançou uma grande campanha marketeira com investimento de US$ 30 milhões para até 2010, com divulgação nas Olimpíadas de Londres. O desempenho de marketing da Copa de 2010 foi exemplar e bem feito. A questão identitária foi bem explorada e vantajosa para a divulgação da Copa. O país inteiro contou com decorações características. Os espaços privados também foram utilizados para marketing. Stella Kleinrath – Turismo A Sra. Stella Kleinrath apresentou aspectos turísticos e pontos a serem atentados durante a Copa no Brasil, o atendimento, infraestrutura e qualificação. A África do Sul tem um diferencial em relação ao resto da África, sua história recente gera interesse, sítios arqueológicos, Robben Island (onde Mandela esteve preso), danças típicas, mistura de danças zulus com danças modernas, cassinos com o primeiro hotel seis estrelas do mundo vinhedos e cervejarias; joalherias (visitas guiadas a sítios de extração); belezas naturais; restaurantes exóticos (mesas em árvores eternizando o ideário da beleza selvagem). Estes são pontos que atraem o turista e divulgam a cidade, incentivando o retorno. Foi também vendida a imagem de que cada cidade sede possui seu próprio rótulo, sua própria identidade. Cada cidade pode ser reconhecida por seus aspectos próprios e fatos que a caracterizam. Das impressões gerais nota-se que a maioria dos visitantes foram de homens e 30% dos visitantes foi a trabalho. Algo que será positivo para Belo Horizonte, já que BH esta se tornando cada vez mais, uma cidade de negócios.

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