Planejamento Estratégico do Centro de Refência da Juventude de BH

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O C I G É T A R T S E O T N PLANEJAME DO A D A I C N Ê R E F E R E D CRJ - CENTRO E T N O Z I R O H O L E B E JUVENTUDE D E 2013

DEZEMBRO D – E T N O IZ R O H LO E B


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2


3


FIGURAS Figura 1: Ciclo vicioso do desemprego juvenil no Brasil. Fonte: OIT, 2013.

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Figura 2: Como ser feliz nos negócios e na carreira de acordo com BudCaddell.

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Figura 3: Modelo conceitual do Planejamento Estratégico CRJ-BH

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GRÁFICOS

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Gráfico 1: Desempenho da taxa de desemprego no Brasil de 2003 a 2012. Fonte: PME/IBGE

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Gráfico 2: Taxa de ocupação no Brasil: jovens e adultos, por sexo (2007, 2009, 2011). Fonte PME/IBGE.

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Gráfico 3: Anos de escolaridade da PEA: Brasil, por idade e sexo (2007 e 2011). Fonte: PME/IBGE

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Gráfico 4: Educação e trabalho dos jovens: Brasil, 15-24 anos. Fonte: PME/IBGE, 2011.

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Gráfico 5: Educação e trabalho dos jovens: Brasil, por sexo, 15-24 anos. Fonte: PME/IBGE, 2011.

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Gráfico 6: Sugestões mais frequentes entre entrevistados

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Gráfico 7: Quantidade de pessoas entrevistadas por ONGs em 2013

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Gráfico 8: Distribuição dos entrevistados por faixa etária

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Gráfico 9: Distribuição dos entrevistados em relação à formação e ao trabalho

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Gráfico 10: Distribuição das sugestões por categorias

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Gráfico 11: Distribuição das sugestões por faixa etária e categorias

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Gráfico 12: Detalhamento de sugestões quanto à formação básica

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Gráfico 13: Frequência de sugestões quanto à inclusão digital

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Gráfico 14: Distribuição das sugestões de infraestrutura

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QUADROS Quadro 1: Indicadores de desempenho das atividades do Observatório da Juventude - CRJ-BH

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Quadro 2: Indicadores de desempenho das atividades do Centro de Informações BH Resolve - CRJ-BH

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Quadro 3: Indicadores de desempenho das atividades da Arena - CRJ-BH

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Quadro 4: Indicadores de desempenho das atividades do Auditório - CRJ-BH

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Quadro 5: Indicadores de desempenho das atividades dos Estúdios - CRJ-BH

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Quadro 6: Indicadores de desempenho das atividades das Salas Multiuso - CRJ-BH

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Quadro 7: Indicadores de desempenho das atividades da Estação da Música - CRJ-BH

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Quadro 8: Indicadores de desempenho das atividades da Cozinha - CRJ-BH

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Quadro 9: Indicadores de desempenho das atividades da Biblioteca - CRJ-BH

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Quadro 10: Indicadores de desempenho das atividades da Sala de Artes Visuais - CRJ-BH

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Quadro 11: Indicadores de desempenho das atividades da Sala de Projetos - CRJ-BH

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Quadro 12: Indicadores de desempenho das atividades da Praça Rui Barbosa e Viaduto Santa Tereza e entorno

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Quadro 13: Indicadores de desempenho das atividades do Espaço Administração - CRJ-BH

101

Quadro 14: Indicadores de desempenho das atividades da Sala dos Conselhos - CRJ-BH

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TABELAS Tabela 1: Desemprego juvenil versus desemprego total. Fonte: PNAD 2009.

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Tabela 2: Jovens que nem estudam e nem trabalham no Brasil. Fonte: PNAD 2009.

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Tabela 3: Frequência de sugestões quanto à formação artística

61

Tabela 4: Participação dos jovens: principais categorias e por sexo, 2011. Fonte: OIT, 2013.

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5


SUMÁRIO 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO DOCUMENTO

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1.1 O que sabemos sobre as Juventudes e o Protagonismo dos Jovens?

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1.2 Mapeamento da Oportunidade de Mercado para os Jovens de Belo Horizonte

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2.PRIMEIRA FASE: DADOS SOBRE OS JOVENS DE BH E OUTROS MODELOS DE CRJ 2.1 Atuação sobre CRJ no Brasil e no Exterior

23 23

2.1.1.Método

23

2.1.2.Centro de Cultura da Juventude de São Paulo

23

2.1.3.Informações sobre o Centro Referência da Juventude de Vitória

35

2.2 Informações coletadas sobre instituições no exterior

45

2.2.1.Fábrica de Artes y Ofícios Oriente – FARO Oriente - México

45

2.2.2.La tabacalera – Centro social autogestionadoenlaantigua fabrica de tabacos de lavapies

48

2.3 Percepção da juventude dos nove centros administrativos de Belo Horizonte sobre o CRJ, dos jovens que circulam na praça Rui Barbosa e Escolas Públicas de Belo Horizonte 2.3.1. Dados Levantados Nesta Pesquisa e seus Reflexos no Empreendedorismo Jovem

3. SEGUNDA FASE - ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

52 62

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3.1 Definição dos objetivos estratégicos, estabelecimentos de metas, alinhamento de iniciativas e elaboração da missão do CRJ-BH

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3.2 Metodologia a ser aplicada no CRJ-BH

77

3.2.1 Oportunidades identificadas

77

3.2.2 Ameaças identificadas

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3.2.3 Recursos necessários

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3.3 Definição de projetos e de atividades a serem realizadas pelo CRJ-BH 3.3.1 Sobre os ESPAÇOS e ATIVIDADES CRJ-BH: 3.4 Metas e Indicadores de desempenho das atividades CRJ-BH 3.3.3 Programação das Atividades por Espaço 3.4 Cronograma e plano de execução

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3.4.1 Anteriores a inauguração

82 82 87 103 141 141


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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO DOCUMENTO O Centro de Referência da Juventude de BH – CRJ resulta de uma parceria do Município de Belo Horizonte com o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude. Essa parceria partiu do interesse comum de ambas as esferas públicas em construir um CRJ nos moldes do que já vinha sendo feito no Brasil. A ideia de ter um espaço - como CRJ em Belo Horizonte - foi uma demanda dos jovens que participaram da Conferência Municipal da Juventude de 2006. Assim sendo, o Município de Belo Horizonte e o Governo do Estado de Minas Gerais decidiram formular o projeto do Centro de Referência da Juventude. O objetivo principal desta parceria é construir um espaço público onde possam existir diversos projetos e ações destinados aos jovens da Capital na faixa etária entre 15 e 29 anos, conforme a classificação que vem sendo adotada no Brasil. O local proposto - a Praça da Estação - foi pensado de forma estratégica visando atender à cidade de Belo Horizonte, em especial pela facilidade de acesso por meio do metrô e de diversas linhas de ônibus. O Centro de Referência da Juventude de BH foi projetado a partir de uma pesquisa sobre os outros CRJs existentes no Brasil. O principal interlocutor foi o Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso que, além de ter a chancela da Organização Ibero-Americana de Juventude (sendo considerado modelo de projeto para esse segmento), tem sido uma das políticas públicas mais bem avaliadas pela população de São Paulo. Os objetivos do Centro de Referência da Juventude de BH podem ser definidos da seguinte forma: I) construir o primeiro aparelho público direcionado especificamente para juventude de Belo Horizonte; II) promover atividades de cultura, lazer, esporte, educação, formação profissional, empreendedorismo, dentre outras, voltados para o público de 15 a 29 anos; III) produzir e divulgar informações de interesse dos jovens; IV) ampliar a formação, o conhecimento, as oportunidades e as habilidades que auxiliem na inserção social e profissional dos jovens; V) articular-se com entidades e instituições ligadas ao universo da juventude, bem como integrar e apoiar iniciativas locais. Tais objetivos estão fundamentados na necessidade de se criar espaços públicos onde os jovens possam se envolver diretamente na produção de sua agenda pessoal e social. Enfim, trata-se da necessidade de criar espaços onde os jovens possam aprender a ser, a conviver, a fazer e a conhecer. Sejam protagonistas

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da sua história e não meros espectadores, pois é na execução de seus projetos que o jovem se apropria do conhecimento aprendido-colocando na prática o aprendizado (COSTA, s/d). Desse modo,a necessidade de contratação do objeto deste Termo de Referência, parte da inexistência de infraestrutura técnica-humana por parte da Gerência do Centro de Referência da Juventude para a elaboração do Planejamento Estratégico e Modelo de Operação que permitam a implantação do CRJ-BH. Esta consultoria será de fundamental importância para equipar o CRJ-BH, garantindo a logística necessária para o seu funcionamento. O produto desta consultoria está modeladoneste documento, dividido em duas seções: 1. A primeira contendo um levantamento sobre as sugestões de vários atores que ocupam a cena pública de Belo Horizonte. Nesta seção está incluído o mapeamento de dois modelos de CRJs no Brasil (Vitória e São Paulo)e dois modelos no exterior (México e Espanha); 2. O planejamento estratégico e o modelo de Operações para o CRJ-BH. Antes de entrarmos nessas seções faremos uma contextualização sobre o que se compreende neste documento por Juventude, Empregabilidade e Protagonismo social.

1.1 O QUE SABEMOS SOBRE AS JUVENTUDES E O PROTAGONISMO DOS JOVENS? O Estatuto da Juventude, instituído em agosto de 2013, dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude. Torna Lei o que se discute há muito tempo: são consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade. Não se deve considerar o jovem como uma unidade social, um grupo constituído, há inúmeras juventudes. O que existem são jovens e que são múltiplos, diversos, ansiosos e ávidos por experimentar, vivenciar e aprender em suas mais diferentes buscas. Buscas por lazer, por cultura, formação profissional, arte, e o que mais lhes parecer interessante (BOURDIEU ,1983). O recorte das diferentes juventudes passa necessariamente pelas importantes diferenças raciais, sociais, econômicas, religiosas, de gênero, de acesso à cultura, de orientação sexual, geográficas, entre outras

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tantas.Juventude não é identidade, é período da vida, com violentas mudanças físicas, biológicas e socioculturais. Por piores que sejam as condições que o jovem esteja sujeito, é na juventude que se pode mudar o cenário, é onde se elabora as questões da infância e é também nesse momento que o sujeito revê tudo que foi apreendido por ele pela família, amigos e comunidade ao seu redor, repensando seus valores, sua ética, suas escolhas e suas reais demandas e necessidades. Entretanto, a sociedade tende a ver o jovem como sujeito que foi ou que poderá vir a ser e se esquece de olhá-lo agora. Faz-se necessário perceber (rápido) que o presente dos jovens já é o futuro Sendo assim, uma das primeiras oportunidades que pode ser propiciada ao jovem é a oportunidade de se conhecer, intrinsecamente ligada à oportunidade de se relacionar, que faz com que o jovem socialize com as outras pessoas e o mundo ao seu redor, trazendo para si oportunidades. As expressões culturas individuais e coletivas trazem ao jovem a ilusão de uma identidade positiva e “um pertencer” que lhe são bastante confortáveis. A socialização dos jovens parece ser condição para seu desenvolvimento (DAYRELL,2007). Andrade (2007), em seu artigo “Educação para a vida: Olhares sobre a formação de jovens”, com base no Paradigma do Desenvolvimento Humano, amplamente discutido pelo renomado professor Antônio Carlos Gomes da Costa, trata da questão das oportunidades com base na educação: “... para desenvolver seu potencial, uma pessoa precisa de oportunidades. As oportunidades educativas são as que, verdadeiramente, desenvolvem o potencial humano, as demais oportunidades criam condições para isso. Criar oportunidades qualificadas para que os jovens possam desenvolver seu potencial humano é o grande papel dos espaços educativos, sejam as famílias, sejam as escolas, sejam as organizações educacionais que atuam nas comunidades.”

É preciso focar no potencial e não na falta ou na ausência. Se o foco estiver no que o jovem não tem, não se consegue avançar, fica-se estagnado na diferença e na impossibilidade. É imprescindível focar no que pode ser construído ou apreendido. Ou seja, tudo. Ou qualquer coisa. Sozinho o foco “no que pode vir a ser” não é o suficiente. É necessário fazer com que o jovem realmente participe e se aproprie, para que assim, consiga compreender o próprio potencial. Para além da educação, oportunidades nas mais diversas áreas, com atenção ao mundo do trabalho, cultura, conexão, esportes e diálogos, são importantes aos jovens e criar e ocupar espaços que oportunizem múltiplas atividades pode abrir uma gama de imensas possibilidades. Fazer com que os mais diversos jovens

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tenham participação efetiva em seus processos de aprendizagem, lazer, cultura e formação profissional faz com que eles se apropriem de seus planos, sonhos e desejos. Faz com que experimentem e sintam sua realidade, segundo o contexto sociocultural em que estão inseridos. A juventude enxerga a arte e a cultura como forma de comunicação. Através dela os jovens se comunicam e se posicionam enquanto indivíduos e enquanto coletivo. A partir das diferentes manifestações culturais os jovens produzem uma série de intervenções sociais, na medida em que a cultura transforma a realidade e a perspectiva da vida deles. É principalmente através dessas manifestações culturais, que os jovens se posicionam, externando seus pontos de vistas e opiniões. Espaços de cultura, de qualificação profissional, de lazer e até mesmo de ócio, podem ser espaços saudáveis de construção da autoestima, de afirmação, de experimentação e de reconhecimento. Através das inúmeras expressões da cultura, como a música, o teatro, os quadrinhos, a pintura, o grafite, o rap, o hip hop e tantas outras, é que o jovem busca solidificar sua própria identidade, tentando encontrar seu caminho. A cidadania e a autonomia dos jovens são fortalecidas na medida em que eles têm acesso às experiências culturais. Além de formação profissional nessas áreas, o jovem carece de espaços e estruturas que fomentem suas próprias produções culturais (DAYRELL, 2007). “A experiência cotidiana no grupo, a aprendizagem coletiva de relacionar-se, de lidar com a diferença, contribui para maior sensibilidade na relação com o outro e com o social.” (pág. 296)

A personalidade, atitude, comportamentos, crenças, os sentimentos sobre o mundo, bem como as formas como os jovens se relacionam, ajudam a determinar a posição social destes sujeitos, para além da suposta inteligência medida através de avaliações ou provas. Perseverança, autocontrole, trabalhar em equipe, empreendedorismo e cooperação são habilidades significativas, e não tão facilmente aprendidas, imprescindíveis na luta pelas conquistas em suas vidas. A vivência precoce da sexualidade, os experimentos da juventude, a sede por intimidade, o sentimento de invencibilidade, todos os “para sempre” e os “nuncas” tão típicos da idade, assim como o mito do amor eterno, deixam os jovens extremamente vulneráveis às DSTs, à gravidez na adolescência e/ou indesejada e à AIDS, que apresenta percentuais alarmantes em todo o país. Os jovens (de 15 a 29 anos) somam 27% dos casos de AIDS em Minas Gerais. Os adultos jovens (de 29 a 39 anos) representam 34% dos casos. E no caso do HIV, que pode passar até 10 anos sem se manifestar, esses adultos muito provavelmente contraíram

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a doença ainda na juventude. A escola e a família não são espaços que o jovem se sente a vontade para compartilhar essas descobertas, que dirá sanar dúvidas, medos ou apenas para obter informações corretas. É prudente capacitar os jovens para a educação entre pares. Educação que acontece quando jovens compartilham suas vivências e experiências com outros jovens em formato de encontros de diálogo, rodas de conversa e ou grupos com diferentes dinâmicas, propostas e executadas pelos próprios jovens que podem e devem ter um adulto ou facilitador para acompanhar o processo esclarecendo mitos, dúvidas e também orientando, assim como disponibilizando acesso à informação idônea e de qualidade, impressa e na internet. É preciso atentar que o jovem é vitima da violência, mas também é autor, o que mostra claramente à necessidade de se trabalhar com a juventude a cultura da paz, o diálogo e a convivência pacífica. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Sangari, o Ministério da Justiça divulga que a violência é uma das grandes mazelas que assolam a juventude. Uma grande parte dos óbitos no país na faixa etária entre jovens de 15 a 24 anos (39%) ocorre por assassinato. Nas outras faixas etárias o número gira em torno de 2%. Quando se fala em geração de renda e empregabilidade há um grande desafio em fazer com que o jovem consiga encontrar renda e também motivação para empreender as atividades que lhe trazem prazer, como as de cultura e mesmo as de lazer. O trabalho ideal do jovem é aquele que vem como fonte de prazer e satisfação, que proporciona crescimento e interesse em saber mais, em progredir. De um lado jovens que precisam do trabalho para sua própria sobrevivência, ou que trabalham por ser essa a única forma de verem atendidas suas expectativas de consumo e de lazer, e que por isso não tem a oportunidade (ou tempo) de se qualificarem profissionalmente, ficando presos a subempregos ou a empregos que não trazem perspectiva, ou melhoria na qualidade de vida; e de outro, jovens que têm “o luxo” de só estudarem, mas que se não tiverem acesso às oportunidades de se qualificarem, correm o risco de se verem como o primeiro grupo, tendo que procurar empregos tradicionais, muitas vezes distantes de seus projetos e interesses. Como pode se conhecer o jovem que participa de projetos? Quem são eles? Quais são seus medos, desejos,

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sonhos e perspectivas? A única maneira de se responder a essas questões é estimulando a coparticipação. Envolvê-los em todas as etapas das atividades direcionadas a eles, tornando-os expectadores e, ao mesmo tempo, coautores de seu crescimento e desenvolvimento pessoais. Essa é a única maneira de garantir a participação efetiva e bem sucedida dos mesmos nas atividades desenvolvidas para e pela juventude. Entendê-lo como sujeito transformador de sua realidade e do que o circunda, como solucionador de questões e não como mero problema, é traço primordial para o sucesso de qualquer política pública de juventude. O importante é fazer com e não para o jovem. Oportunizar, orientar, dialogar e ouvir são os pilares do funcionamento de projetos como o Centro de Referência e Juventude – CRJ de Belo Horizonte.

1.2 MAPEAMENTO DA OPORTUNIDADE DE MERCADO PARA OS JOVENS DE BELO HORIZONTE O termo empregabilidade refere-se à: (i) capacidade de um profissional estar empregado; e (ii) capacidade do profissional de ter a sua carreira protegida dos riscos inerentes ao mercado de trabalho (MINARELLI, 2001). Assim, a empregabilidade baseia-se na capacidade de adequação do profissional às novas necessidades e dinâmica dos novos mercados de trabalho, produto do processo de reestruturação produtiva a nível global cenário que começou a ser desenhado a partir da década de 80 e que atinge seu ápice na década de 1990 -, do advento das novas tecnologias, globalização da produção, abertura das economias, internacionalização do capital e as constantes mudanças que vêm afetando o ambiente das organizações. Nesse contexto, empregabilidade está em estreita relação com as competências essenciais, reconhecidas como fundamentais para que o trabalhador seja desejado e aceito pelo mercado de trabalho. Sendo que cada vez mais as chamadas competências essenciais vão se tornando mais amplas e mais complexas. No mercado de trabalho contemporâneo, o preparo técnico, a capacidade de liderar pessoas, habilidade política, habilidade de comunicação oral e escrita em pelo menos dois idiomas, habilidade em marketing, habilidade de vendas, a capacidade de utilização dos recursos tecnológicos, etc., são competências que moldam as vantagens comparativas e competitivas de uma pessoa aceder à empregabilidade. Com respeito ao quadro conceitual sobre a empregabilidade, o debate atual se centraliza em empregabilidade-iniciativa e a empregabilidade-interativa. De acordo com Gazier (1999), a empregabilidade de iniciativa prescreve que as capacidades individuais são a carta de visita para se vender as qualificações

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no mercado de trabalho. Trata-se de gerar e desenvolver a criatividade e habilidades individuais, bem como a capacidade para construir e mobilizar os recursos e redes sociais, indispensáveis para manutenção do emprego e expansão das oportunidades no mercado de trabalho. O trabalhador tem que investir no trabalho e ser protagonista na aquisição das capacidades de empregabilidade vendáveis no mercado de trabalho. A empregabilidade-interativa é a capacidade relativa de um indivíduo vir a obter um emprego levando em conta a interação entre suas características individuais e o mercado de trabalho. A empregabilidadeinterativa de um indivíduo está intrinsecamente associada aos modos de funcionamento do mercado de trabalho. Dessa forma, a empregabilidade não é um estado, mas um processo que se constrói na interação entre as estratégias e os recursos individuais, mas adicionalmente é moldada pelas dinâmicas macroeconômicas e as estratégias empresariais. No que tange ao cenário macroeconômico brasileiro para a empregabilidade, observa-se tendências positivas no mercado de trabalho na última década, com respeito às taxas de desemprego, emprego formal e salário mínimo. De acordo com o Gráfico 1, há uma queda significativa do desemprego no Brasil de 2003 a 2012. 14 12 10 8 6 4 2 0

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Gráfico 1: Desempenho da taxa de desemprego no Brasil de 2003 a 2012. Fonte: PME/IBGE1

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1 - A PME é uma pesquisa de periodicidade mensal sobre mão-de-obra e rendimento do trabalho realizada pelo IBGE.Os dados são obtidos de uma amostra probabilística de, aproximadamente, 38.500 domicílios situados nas Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Os procedimentos metodológicos visam separar os indivíduos que trabalham daqueles que não trabalham (os que procuram trabalho e os inativos). Ver: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ indicadores/trabalhoerendimento/pme/pmemet2.shtm


Em referência à ocupação de jovens no mercado de trabalho brasileiro, esta camada da população tem se traduzido como bastante trabalhadora, demonstrando uma alta taxa de participação. Segundo a PME (Gráfico 2) 61% dos jovens (entre 18-24 anos) estavam trabalhando ou ativamente buscando o trabalho em 2011 (64% masculino, 58% feminino). Adicionalmente, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE (PNAD 2009), 34 milhões de adolescentes e jovens estão na população economicamente ativa brasileira (entre 15-29 anos). Com relação ao número de anos de escolaridade da PEA no Brasil (Gráfico 3), percebe-se que independente do gênero, as faixas etárias dos 18 aos 24 anos e de 25 anos e mais, têm evoluído positivamente na comparação entre 2007 e 2011. Jovens (18 - 24 anos)

Adultos (24 anos e mais)

80

80

60

60

40

40

20

20

0 2007 Homens

2009 Mulheres

2011 Total

0

2007

2009

2011

Homens

Mulheres

Total

Gráfico 2: Taxa de ocupação no Brasil: jovens e adultos, por sexo (2007, 2009, 2011). Fonte PME/IBGE.

No entanto, a despeito da educação e do número de anos na escola, prevalecem taxa de desemprego juvenil mais elevada do que para os adultos (Gráfico 3). Nesse sentido, embora o país tenha crescido, a economia melhorado e gerado empregos, este cenário não foi suficiente para resolver o problema do desemprego para a juventude trabalhadora brasileira, na faixa etária de 15 a 29 anos.

15


Jovens (18 - 24 anos)

Adultos (24 anos e mais)

11,2

10,4

11,0

10,2

10,8

10,0

10,6

9,8

10,4

9,6

10,2

9,4

10,0

9,2

9,8

9,0

9,6

8,8

9,4

8,6

9,2

Homens 2007

Mulheres 2011

8,4

Homens 2007

Mulheres 2011

Gráfico 3: Anos de escolaridade da PEA: Brasil, por idade e sexo (2007 e 2011). Fonte: PME/IBGE

Além disso, neste cenário, a informalidade tende a afetar mais os jovens do que os adultos, e também são nos jovens que estão concentrados os salários mais baixos, possivelmente devido à falta de experiência e precariedade. Ademais há maior poder de barganha salarial nos cargos onde existe escassez de mão de obra qualificada e especializada. Ainda sobre o desemprego de jovens, ainda que tenha ocorrido uma significativa elevação do ritmo de crescimento do país e uma geração de novos empregos para toda a população economicamente ativa, especialmente nos anos de 2004 a 2008, os jovens continuam sendo, no Brasil, o grupo mais escolarizado e mais desempregado entre os demais grupos etários (SILVA, 2013) O problema do desemprego, principalmente do jovem, não se explica por si só como um problema de escolaridade. Não há uma relação direta, única, de causa e efeito, na relação falta de qualificação e desemprego. O autor também esclarece que não pretende negar a importância da qualificação, mas refletir sobre a complexidade da questão e os efeitos limitados das políticas públicas atuais.

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Tal diagnóstico confere com as estadísticas levantadas pela PNAD 2009, presente na Tabela 1. Examinando as variações nas situações dos/as jovens, verifica-se que o desemprego das mulheres (jovens e adultas) é superior ao dos homens e que o desemprego dos/as jovens negros/as é mais elevado que dos/as brancos. TOTAL DESEMPREGADOS

JOVENS DESEMPREGADOS (15-24 ANOS)

TOTAL

8,4%

17,8%

HOMENS

6,2%

13,9%

MULHERES

11,1%

23,1%

BRANCOS

7,3%

16,6%

NEGROS

9,4%

18,8%

MULHERES NEGRAS

12,8%

16,3%

Tabela 1: Desemprego juvenil versus desemprego total. Fonte: PNAD 2009.

A estreita relação entre educação regular e procura por qualificação. Sobre os dados de 2008, por exemplo, Rodarte, Schneider e García (2011) desvendam mais as relações entre as condições socioeconômicas e a qualificação profissional, o que foi pouco explorado em estudos anteriores. Mostram que a menor renda familiar per capita associa-se à menor taxa de formação em qualificação, seja por cursos, seja por treinamentos. Os dados apresentados sugerem duas razões de maior relevância para que isso ocorra: a menor exigência de qualificação das ocupações e profissões desempenhadas pelo segmento de menor renda pode justificar menor demanda de qualificação nesse segmento; a não gratuidade da maior parte das formas de qualificação pode explicar as menores taxas de formação em qualificação entre os mais pobres. Existe uma faixa da população que sempre permanece num patamar menor de escolaridade. Essa é uma característica estrutural do desemprego no país, mesmo levando em conta o aumento da escolaridade no Brasil. Para o autor, a taxa de desemprego entre os jovens é muito alta por falta de qualificação e porque a experiência dos mais velhos facilita encontrar e disputar um lugar no mercado de trabalho. Em 2012, segundo a PED, a desocupação entre os jovens de 18 a 24 anos foi de 11,2%, ante 4,4% na população de 25 a 39 anos e 2,4% entre os de 40 anos ou mais. Nesse sentido, a despeito de os resultados da pesquisa Silva (2013) concluir que os jovens no Brasil, apesar de mais escolarizados, sejam o grupo etário que sofrem maior desemprego, o papel da educação continua

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sendo importantíssimo nas tendências da juventude e o trabalho. O aumento da escolarização traz impactos importantes em relação à participação no mercado de trabalho e pode-se considerar que um dos seus principais efeitos é a redução do trabalho na adolescência (15-17 anos), sem implicar numa redução da participação na PEA a partir dos 18 anos. Dessa forma, observa-se que uma porcentagem elevada dos jovens busca conciliar escola e trabalho. Além do mais, o ensino médio completo é condição fundamental para aumentar as oportunidades de acesso a um melhor trabalho, verificado a partir da constatação que 70% dos novos empregos formais gerados em 2010 foram ocupados por pessoas com ensino médio completo. Não obstante, 23% da PEA entre 16-29 anos não completou nem o Ensino Fundamental (PNAD 2009). Outra problemática é referente à entrada precoce no mercado de trabalho, o que gera consequências e impactos negativos para a sociedade e, sobretudo, para o individuo. Nesse aspecto, considera-se que o trabalho realizado na adolescência reflete a influência das desigualdades sociais e tal verificação é mais intensa entre os jovens das famílias mais pobres, principalmente pela necessidade, no entanto, também envolvendo outras dimensões, como a busca da independência, autonomia, realização pessoal. Nesse sentido, um desafio para os jovens de baixa renda está em conciliar a qualificação e o trabalho com vistas na obtenção de melhor reinserção no futuro. Nesse contexto, uma conclusão geral é que os jovens de baixa renda são mais afetados/as pelo desemprego, pelas más condições de trabalho e pelo risco de não completar o ensino fundamental. Por outro lado, os jovens de renda mais elevada tendem a ser menos afetados pelo desemprego e encontram melhores empregos. Ademais há uma espécie de paradoxo no Brasil, pois muitos dos jovens têm agora mais anos de escolaridade que seus pais, com maiores acesso à modernidade e às tecnologias de informação e, em teoria, dado diagnóstico, os tornariam mais atraentes do ponto de vista da demanda de força de trabalho. No entanto, majoritariamente, se obtêm empregos, estes são mal remunerados, precários e desprotegidos. A partir do Gráfico 4, observa-se a dinâmica de atenção do jovem de 15 a 24 anos com relação ao trabalho e à educação. Dessa dinâmica, surge uma grande preocupação para a sociedade e formuladores de políticas públicas, no que se refere à porção de jovens que nem estudam nem trabalham, que somavam em 2011 cerca de 18% dos jovens nesta faixa etária.

18


17,9

Somente estudam

35,5 13,9

Somente trabalham Estudam e trabalham

32,7

Nem estudam nem trabalham

Gráfico 4: Educação e trabalho dos jovens: Brasil, 15-24 anos. Fonte: PME/IBGE, 2011.

Já o Gráfico 5 apresenta a porcentagem dos jovens entre 15 e 24 anos, fragmentados por gênero, que trabalham, estudam ou não realizam nenhuma destas duas atividades. A atenção é elevada para a porcentagem de mulheres que nem estudam nem trabalham que somavam em 2011 22,3% da população de jovens mulheres entre 15 e 24 anos. Mais conhecidos como “Nem-Nem”, esta é sem sombra de dúvida uma tendência preocupante no Brasil, ao se verificar que aproximadamente 5,3 milhões de jovens entre 18 e 25 anos de idade estavam nesta classificação em 2010, de acordo com censo do IBGE. Somente para efeitos de comparação, na União Européia, a tendência dos “Nem-Nem” aumentou em 17,6% entre 2008 e 2011, isto é a porção dos “NemNem” entre os jovens de 15 a 24 anos subiu de 13,2% a 15,4%. Vale ressaltar que nos países que compõem a Comunidade Européia, os custos em benefícios anuais atingem a marca de 153 bilhões de Euros. Por outro lado, a Alemanha está na contramão ao lograrem reduzir os “Nem-Nem” em 11.8% entre 2008 e 2011, produzindo uma redução de 11,6% para 9,7% da população total de jovens entre os 15 e 24 anos (OIT, 2013)2. Nesse sentido, o desenho de políticas públicas deve-se atentar ao fato que há uma maior proporção de mulheres jovens que não estudam nem trabalham do que a dos homens, apesar da ocorrência de maiores níveis de escolaridade em geral. 2 - OIT (2013), apresentação por Anne C. Posthuma, intitulada Juventude e trabalho no Brasil: variações de situações e desafio para as políticas.

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40 35 30 25 20 15 Somente estudam 10

Somente trabalham

5 0

Estudam e trabalham Nem estudam nem trabalham Homens

Mulheres

Gráfico 5: Educação e trabalho dos jovens: Brasil, por sexo, 15-24 anos. Fonte: PME/IBGE, 2011.

Um fator importante para a análise e interpretação da existência, e eventual expansão, dos “Nem-Nem” no contexto brasileiro, está relacionado com a maternidade precoce. Em 2009, entre as jovens “nemnem”, mais da metade (53,5%) já eram mães e dedicavam, em média, 32,5 horas semanais aos afazeres domésticos. Entre as inativas que estudavam apenas 5,0% eram mães. Esta realidade se manifesta também na América Latina. Nesse sentido, há uma demanda que não é suprida por políticas públicas, traduzindo-se na necessidade de políticas para facilitar a conciliação das responsabilidades nos três âmbitos: dos estudos; do trabalho; e da vida familiar (OIT, 2013). Ainda, vale ressaltar o fato que para a população de jovens negros a incidência da tendência “Nem-Nem” é ainda mais impactante, conforme pontuado pela Tabela 2.

20

PEA

(%)

Jovens (15-24 anos)

18,4

Homens

12,1

Mulheres

24,8

Homens Brancos

16,1

Homens Negros

20,4

Mulheres Brancas

21,1

Mulheres Negras

28,2

Tabela 2: Jovens que nem estudam e nem trabalham no Brasil. Fonte: PNAD 2009.


Assim, há uma evidente dificuldade na conciliação entre trabalho, estudos e família para os jovens brasileiros. Esta verificação é adicionada ao contexto atual do mercado de trabalho no Brasil, que apresenta oportunidades, mas de difícil acesso para muitos/as jovens. É por isso que as políticas públicas de desenvolvimento da juventude com foco na empregabilidade deve-se ater ao fato da existência uma grande diversidade nas situações e necessidades dos jovens, sendo que suas situações diferem em muitas dimensões da realidade dos adultos trabalhadores, merecendo assim políticas dirigidas para eles/elas. Através da Figura 1 apresenta-se a dinâmica que molda o ciclo vicioso do desemprego juvenil. De acordo com a especialista da OIT Brasil Anne C. Posthuma, para o enfrentamento e transformação deste ciclo vicioso, é necessário adotar um novo marco de políticas públicas para os jovens, com uma definição clara e integrada de prioridades.

Pobreza

Precariedade

Desigualdade/Desinformação

Figura 1: Ciclo vicioso do desemprego juvenil no Brasil. Fonte: OIT, 2013.

O novo marco de políticas públicas para os jovens deve ser integrado e coerente em combinar intervenções macroeconômicas e microeconômicas, tanto pelo lado da oferta quanto da demanda por trabalho assalariado, considerando tanto a sua quantidade quanto a sua qualidade. Há uma necessidade latente na melhora da oferta da mão de obra no Brasil, com foco na escolarização e qualificação de jovens. Pelo lado da demanda, é necessário fortalecê-la por meio do fomento de política industrial em setores novos, como o da economia da cultura, economia verde, através de mecanismos efetivos de trabalho e renda, empreendedorismo e economia solidária (OIT, 2013).

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Deve-se, adicionalmente, considerar a diversidade das situações dos jovens. O diagnóstico geral, a partir da Conferência Internacional do Trabalho de 2012, é que são poucos os marcos de política para a juventude com uma definição clara e integrada de prioridades. Majoritariamente, os recursos alocados para a sua execução são insuficientes, sendo que a maior parte das intervenções se dá pelo lado da oferta de força de trabalho (escolarização e qualificação) com pouca atenção para o lado da demanda. Finalmente, percebe-se através das recomendações de especialista para a empregabilidade de jovens no Brasil, uma relação mais próxima ao conceito de empregabilidade interativa em comparação com a empregabilidade de iniciativa, o que se traduz na necessidade de indução, por meio de políticas públicas, da interação de relações entre a oferta de força de trabalho, seja pela formação, qualificação e capacitação, e a demanda dos setores econômicos em crescimento e expansão no Brasil.

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2.PRIMEIRA FASE: DADOS SOBRE OS JOVENS DE BH E OUTROS MODELOS DE CRJ Este item trata do levantamento de dados sobre outros modelos de CRJ (ou similares) brasileiros e internacionais, além de informações coletadas junto aos jovens de BH, sobre sugestões de uso para o CRJ. O objetivo desta etapa é identificar pontos positivos e negativos das iniciativas em andamento, bem como o desejo dos jovens de Belo Horizonte, para subsidiar o desenvolvimento da proposta CRJ-BH.

2.1 ATUAÇÃO SOBRE CRJ NO BRASIL E NO EXTERIOR As pesquisas foram realizadas nos Centros de Referências de São Paulo e Vitória, seguem as descrições do levantamento.

2.1.1.MÉTODO • Entrevistas com Chefe de Gabinete da Secretaria de Cultura da prefeitura de São Paulo; Coordenador de Juventude de São Paulo e Vitória; ex membros do Conselho Nacional de Juventude; três lideranças de ONGs que são referências nacionais no trabalho com Juventude (Fundação Casa Grande, Ação Educativa e Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento) • Levantamento de informações de duas iniciativas internacionais no México e Espanha • Foram entrevistados coordenadores, educadores, outros funcionários e jovens frequentadores dos dois centros de referências. • Análise dos dados das entrevistas com os jovens de BH em relação ao empreendedorismo jovem.

2.1.2.CENTRO DE CULTURA DA JUVENTUDE DE SÃO PAULO A. Dados gerais Centro de Cultura de São Paulo é Autarquia da administração municipal vinculada à Secretaria Municipal de

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Cultura de São Paulo, inaugurada em 2006. • Site e página no fb: http://CRJuve.prefeitura.sp.gov.br/ https://www.facebook.com/CRJuventude • Localização: Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo. Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641. Vila Nova Cachoeirinha. 02720-200. São Paulo/SP. Tel. (11) 3984-2466 | comunica@CRJ.art.br • Dimensão: 8 mil metros quadrados • Fotos: http://www.flickr.com/photos/109504493@N02/ • Estrutura: Biblioteca, anfiteatro, teatro de arena, sala de projetos, internet livre em banda larga, laboratório de idiomas e pesquisas, estúdio para gravações musicais, ilhas de edição de áudio e vídeo, ateliê de artes plásticas, sala de oficinas, galeria para exposições, cozinha e horta comunitárias. • Investimento inicial para sua construção: R$ 6 milhões. • Orçamento anual: R$ 5 milhões (repasse direto da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo) R$ 1,5 milhões destinados a programação e R$ 3,5 milhões a operação (pessoal, custeio e manutenção, investimentos). • Equipe: 28 funcionários fixos (18 comissionados e 10 de carreira), 30 jovens monitores (bolsistas que passam por processo de formação para atender o público, ajudar na produção técnica e na comunicação). • Contratos terceirizados: segurança e limpeza. • Estimativa de público: De cinco a oito mil pessoas por mês.

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B. Organização institucional Histórico O Centro de Cultura da Juventude foi inaugurado em 2006 - Vila Nova Cachoeirinha (Zona Norte de São Paulo). É hoje o maior aparelho cultural dedicado a promover e abrigar a cultura jovem no Brasil com oito mil metros quadrados. O CCJ passa por intenso processo de transformação por conta das mudanças nas diretrizes gerais da política cultural da cidade sob coordenação de Juca Ferreira, que assumiu em 1 de janeiro de 2013 a Secretaria Municipal de Cultura da gestão Fernando Haddad (PT). O local reúne uma biblioteca, anfiteatro, teatro de arena, sala de projetos, internet livre em banda larga, laboratório de idiomas e pesquisas, estúdio para gravações musicais, ilhas de edição de áudio e vídeo, ateliê de artes plásticas, sala de oficinas e galeria para exposições, além de uma ampla área de convivência. Toda a programação realizada ali é gratuita. A estrutura do prédio onde o CCJ foi instalado começou a ser construída na década de 80, por Jânio Quadros, e durante muitos anos era conhecido por toda a comunidade da Zona Norte por ser o “Esqueletão”. Planejado para ser um mercado público, o prédio permaneceu por mais de duas décadas abandonado e acabou sendo ocupado por moradores de rua e tornou-se um ponto de venda de drogas e outras atividades ilícitas. Durante a gestão Marta Suplicy, no contexto da criação dos CEUs (Centros Educacionais Unificados), começaram as primeiras articulações em torno da ocupação deste espaço. Segundo Alex Piero, atual diretor geral do CCJ, havia uma expectativa da comunidade que o equipamento fosse transformado em uma escola ou hospital. A proposta era a de instalar ali mais um CEU, por isso ao seu lado também se iniciou a construção de uma grande escola de ensino fundamental. Porém, na mudança da gestão de Marta Suplicy para a de José Serra, decidiu-se criar ali um espaço de referência para a cultura jovem paulistana. Foram investidos R$ 6 milhões para adaptar o prédio e transformá-lo num centro cultural. Lei aprovada pela Câmara Municipal garantiu o abrigo jurídico para institucionalizar o CCJ que inicialmente estava vinculado a Coordenadoria da Juventude, abrigada na Secretaria Municipal de Direitos Humanos. Sob gestão de Luciana Guimarães, os primeiros anos do CCJ foram dedicados a sua consolidação como espaço irradiador da cultura jovem de toda a cidade de São Paulo.

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O CCJ tornou-se espaço de referência a passou a abrigar e promover jovens talentos da música, teatro, artes visuais e plásticas. Também oferece serviços, como disponibiliza um estúdio para gravação gratuita de discos e também a possibilidade de agendamento de seus espaços para usos coletivos. Segundo Piero, durante muitos anos a proposta foi a de ser um espaço “para” os jovens paulistanos e pouco se dedicou ao diálogo mais intenso com a população local, desafio que ele destaca como prioridade na sua gestão.

C. Missão, objetivos estratégicos e metas Nova gestão O CCJ está vivenciando um momento de transição. A atual gestão está realizando mudanças no organograma, na forma gerir os recursos, na metodologia de se organizar a programação, no diálogo com outras políticas públicas para a juventude (principalmente da esfera federal) e principalmente no foco de seu público destinatário que passa a priorizar a população local. Ou seja, está em redefinição a missão e os objetivos prioritários do CCJ. Segundo Piero, as novas definições estão referenciadas nas macros diretrizes que orientam as ações da atual gestão na condução da execução das políticas públicas para cultura da cidade de São Paulo. São elas: 1. Perspectiva da economia da cultura: que busca a geração de renda a partir da produção cultural; 2. Perspectiva da criação e ampliação de circuitos culturais que envolvam outros equipamentos e movimentos culturais na cidade; 3. Perspectiva da produção simbólica local – ao produzir e promover o diálogo com o território, de forma que a comunidade se veja valorizada e também patrocinada. Nesse contexto, a missão do CCJ está sendo redefinida para que cumpra com duas vocações: a) a de ser um centro de referência de cultura e juventude e que a partir da cultura se consiga transversalizar para as outras políticas públicas do município, cumprindo com o papel de valorização da comunidade local; b) a vocação como um espaço de referência para toda a cidade. Por isso, segundo ele, entre as metas prioritárias da nova gestão está a aproximação do CCJ com a comunidade e a criação de mecanismos de participação social na gestão e na definição da programação do espaço.

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Para tanto algumas ações já estão em desenvolvimento, entre elas: • Desde o início do ano, foram realizados dois fóruns públicos para ouvir as demandas da comunidade e de organizações interessadas em participar do processo de gestão do CCJ. • Reuniões periódicas com lideranças comunitárias, principalmente do campo cultural que não participavam de atividades no CCJ. • Mapeamento das instituições e organizações locais que podem contribuir para o melhor envolvimento da comunidade nas atividades do CCJ, como escolas e Centros da Juventude (instituições ligadas à Secretaria de Assistência Social que atendem crianças e jovens no contraturno das aulas). • Criação da figura do “agente cultural” - espelhando-se na experiência do “agente comunitário”, comum em projetos da área de saúde. Pessoas que percorrerão as comunidades para promover as ações do CCJ e também vão abrir um mecanismo de escuta em relação as demandas dos moradores. Esta ação já deve ser lançada no início de 2014. • Realização de atividades para crianças e idosos – público que frequenta majoritariamente o centro durante o dia. A atual gestão entende que, para conquistar a comunidade, estes públicos devem também estar contemplados na sua programação. • Construção de mecanismos de definição do orçamento de forma participativa. • Reformulação do Conselho Consultivo – integrantes serão escolhidos por meio de edital.

Outros objetivos • Avançar na linha da economia da cultura ao promover oficinas profissionalizantes (intenção de estabelecer convênio como o Pronatec – programa do governo federal). • Consolidar a criação de circuitos culturais inteligentes – ou seja, produzir uma programação que dialogue com outros aparelhos culturais da cidade. • Ampliar a rede de parceiros. • Criar o portal da transparência para a divulgação de todas as informações sobre o funcionamento e o orçamento do centro. • Criar a Associação de Amigos do CCJ para ampliar as possibilidades de captação de recurso.

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D. Modelo de Funcionamento D.1. Núcleos de gestão A programação do CCJ, definida por lei, deve cumprir com os seguintes objetivos: promover o (1) acesso à programação cultural de qualidade, (2) disponibilizar seus espaços e recursos para a produção artística e cultural dos jovens; (3) promover a reflexão sobre temas de interesse da juventude. Para organizar sua programação, foram criados seis núcleos – cada um sob coordenação de um gestor que tem como função propor e executar projetos (que podem produzir atividades que serão incorporadas a programação). São eles: 1. Biblioteca: organizar os acervos de livros, quadrinhos, filmes, promover saraus, gerenciar o acesso aos computadores destinados a pesquisas. 2. Difusão: responsável pela produção dos eventos artísticos nas áreas audiovisual, artes visuais, teatro, circo, dança, música. 3. Comunicação: responsável pela organização das informações de divulgação (guia mensal impresso, site, página no facebook). 4. Educativo: recém criado, este núcleo tem como objetivo coordenar as atividades de mediação cultural (oficinas e processos de formação), organizar as visitas monitoradas de escolas e outros grupos, promover o diálogo e integração interna. 5. Redes e parcerias: responsável pela articulação com organizações de fora. 6. Atendimento e serviços: responsável pelo gerenciamento da “internet livre”, do estúdio e o agendamento dos espaços para usos coletivos.

• Realização de oficinas e cursos livres (de curta duração).

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D.2. Atividades, serviços e programas Atividades Realização de eventos artísticos nas dependências do CCJ (anfiteatro, teatro de arena, espaço para saraus – na biblioteca, áreas de convivência, galerias) • Realização de shows de rua na frente do CCJ. • Realização de excursões para jovens a outros espaços culturais da cidade e redondezas. (ex. Casa de Cultura Tainá em Campinas, Paranapiacaba (cidade histórica próxima a São Paulo), etc. • Espaços de convivência estão à disposição para ocupação livre de crianças, jovens e idosos. (crianças e idosos frequentam mais durante o dia) • Realização

de

edital

para

seleção

das

atividades

produzidas

por

jovens.

Serviços • Acesso gratuito à internet (com limitações devido às restrições impostas); • Uso do estúdio para gravação com agendamento prévio (disponível por 4 horas diárias – agenda completa até março); • Uso dos espaços físicos (com agendamento prévio – tem lista de espera).

Uso das ilhas de edição • O Laboratório de Multimeios do CCJ dispõe de cinco mini Macs, equipados com os softwares Final Cut e Protools, e 10 PCs com Gimp e Blender. (com agendamento prévio). Idade mínima: 16 anos. Programas Por estarem em um momento de transição, os programas também estão em redefinição. Destacamos algumas ações: • Edital de Ocupação / Programa faça você mesmo: Seleção de 20 propostas ao ano de atividades para serem realizadas nas instalações do CCJ. Cada jovem contemplado recebe 5 mil reais para viabilizá-la.

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• Edital Primeiras Obras (co-produção com a Sec. de Municipal de Cultura) Seleção de projetos de artistas iniciantes que recebem até R$ 50 mil para produzir alguma obra/atividade com foco nas articulações possíveis entre arte e tecnologia. • Alameda Arte de Rua: Tem como objetivo divulgar e valorizar a produção dos artistas de rua que produzam grafite, sticker, estêncil, lambe e pichação. Cada projeto recebe o recurso de R$4 mil para sua realização nas instalações do CRJ. • CCJ Visita: Realização de excursões com jovens para outros centros culturais cidade de São Paulo e arredores. Inscrições gratuitas. • Selo CCJ: Gravação e lançamento de discos produzidos por jovens músicos nos estúdios do CCJ. • Arte da Capa: Seleção de uma foto ou ilustração produzida por um jovem para ilustrar a capa da programação mensal do CCJ. • Encontros e Reflexões: Convida artistas, professores e ativistas para dialogar com o público sobre seus trabalhos ou temáticas específicas. • Projeto Escuta: Disponibilização gratuita aos músicos interessados até 4 horas de estúdio para gravação de uma faixa, com o técnico da casa. Após a primeira gravação, os músicos podem agendar o estúdio para mixagem ou gravação de novas músicas. • Radiola Urbana: Podcast gravado nos estúdios do CCJ que apresenta jovens artistas e suas obras. Arquivo é publicado no site do CCJ. Também disponibilizam a gravação de alguns shows. Não há uma periodicidade fixa. • Horta/Cozinha Comunitária: Estes espaços acabam de ser inaugurados. Abertos a comunidade, a proposta é eles sejam palco para a realização de oficinas sobre alimentação saudável e sustentabilidade. • Sala de Projetos: Laboratório dedicado ao uso e experimentação de softwares livres. São dez máquinas com sistema operacional Linux disponíveis para edição de vídeo, foto e criação de projetos com Gimp (foto) e Blender(vídeo) e outra ações. • Estação da Juventude (em implementação): Convênio com Secretaria Nacional da Juventude. • Programa Jovem Monitor: Seleção de 30 jovens (de 15 a 29 anos) moradores da região para auxiliar no atendimento ao público e nas atividades relacionadas ao setor de comunicação e produção técnica dos eventos do CCJ. Cada jovem recebe R$ 1 mil reais e tem de cumprir uma carga horária de 30 horas semanais, sendo 6 horas dedicadas à formação teórica e 24 horas de prática. A parte teórica está

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sob a coordenação da equipe de formadores da Ação Educativa e a parte prática é supervisionada pelos gestores do próprio Centro. Participaram do último processo de seleção 700 jovens moradores da região. • Espaço Pix: Integra a área de convivência do CCJ, destinada ao lazer e ao entretenimento. Disponibiliza 20 computadores conectados à internet para uso livre, jogos de tabuleiro, futebol de botão e cartas e games. Também oferece internet sem fio (wireless). Todos os serviços são gratuitos.

D.3. Horários Terça a Sábado, das 10 às 20h; Domingos e Feriados, das 10h às 18h.

D.4. Programação Disponível no link: http://issuu.com/CRJuventude/docs/novembro_2013, É organizada seguindo as seguintes áreas temáticas: • Artes Visuais • Circo, Teatro, Dança • Cursos e Oficinas • Editais e Concursos • Encontros e reflexões • Especiais • Lab C - Multimeios • Música

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A programação é elaborada pela equipe de gestores do CCJ organizados nos núcleos acima citados. A coordenação deste trabalho é realizada pela recém criada Diretoria de Programas e Projetos, atualmente sob direção de Ricardo Ponzio – Gestor Público. Todo o processo de definição da programação está passando por um momento de redefinição. As equipes estão sendo trocadas. Segundo Ponzio, a ideia é que a programação não seja baseada somente na realização de eventos, e sim, que ela esteja vinculada ao desenvolvimento de “projetos”. A partir da definição destes projetos, exemplo (semana do HipHop), é que atividades serão definidas (discussões sobre o jovem negro na periferia, discotecagens de Djs, rodas de break, oficina de grafite, etc). A equipe possui encontros semanais. Toda a programação deve ser definida sempre com dois meses de antecedência para que se tenha tempo hábil para a contratação de artistas e a comunicação/divulgação das atrações. E. Modelo de Gestão E.1. Instâncias de tomada de decisão Embora a lei que cria o CCJ estipule a realização de dois fóruns semestrais com a comunidade e também a criação de um conselho consultivo, estas instâncias não tiveram efetiva influência nas definições sobre os rumos do CCJ. Na prática, não há um modelo participativo de gestão. O CCJ é uma autarquia ligada a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. E todas as decisões são tomadas a partir das definições da diretoria geral do CCJ e do gabinete da secretaria. A atual gestão iniciou um processo de fortalecimento dos fóruns e de reformulação do conselho consultivo.

E.2. Participação do jovem Não há participação dos jovens em nenhum processo de gestão ou de definição da programação. O jovem é tratado como usuário. Situação que está sendo reformulada pela nova gestão.

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E.3. Organização da equipe O CCJ tem 28 funcionários, sendo 10 comissionados e 18 de carreira (contratados no regime de CLT). O organograma está sendo reestruturado. A situação é bastante delicada, pois repete a deficiente estrutura de organização de pessoal na qual se encontra a Secretaria Municipal de Cultura, sem margem para criação de novos cargos e com baixos salários (a remuneração mais alta – do diretor geral – e de R$ 4,5 mil).

E.4. Articulação Sociedade Civil e instância de governança democrática O CCJ possui um de seus núcleos dedicados à articulação com as organizações da Sociedade Civil. Porém, as instâncias de gestão participativa, fóruns e conselhos, estão sendo reestruturadas, pois nas gestões anteriores não havia uma real participação institucional destes grupos. A ideia é construir em conjunto com as Ongs, representantes dos movimentos de cultura e juventude e lideranças comunitárias uma governança mais democrática que envolva a gestão, definição de orçamento e de programação do Centro. O CCJ tem assento nos Conselhos Municipais, Estaduais e Municipais de Juventude.

F. Recursos e orçamento: • Investimento inicial: R$ 6 milhões • Orçamento anual: R$ 5 milhões (1,5 para programação, R$ 3,5 para custeio e investimentos). Todos os recursos são repasses diretos da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo. Pela sua estrutura jurídica (autarquia), o CCJ não pode receber outros recursos. Por isso, uma das metas da nova gestão é estruturar uma Associação de Amigos do CCJ para a realização de projetos incentivados.

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Destaques do CCJ SP • A programação é de qualidade embora ainda não tenha um público tão grande quanto pode ser, com editais de ocupação do espaço pelos jovens, destinando R$ 5.000,00 para cada um dos jovens selecionados; • Programa Jovens Monitores – Realizado pela ONG Ação Educativa, foi realizada uma seleção que contou com a inscrição de 700 jovens, dos quais 30 foram selecionados, com bolsa de estudos de R$ 1.000,00 para atuarem em todas as áreas do CCJ SP. Os jovens entrevistados estavam extremamente satisfeitos com a oportunidade e demonstrou ser um ponto de destaque do CCJ SP, como estratégia de formação e de abertura de espaço para participação do jovem no CCJ; • Três diretrizes da Secretaria de Cultura de São Paulo: economia da cultura; circuitos culturais e valorização / integração do território e comunidade local; • Está amparado por uma lei municipal que garante sua continuidade e orçamento; • Editais de programação – para ocupação do espaço do CCJ por grupos de jovens com projetos, bandas, apresentações, etc; • Estúdio público (único estúdio público de São Paulo); • Biblioteca com programação ativa - que acolhe os Saraus relacionados à diversas temáticas; • Festival 20 minutos – seleciona vários grupos e pessoas para tocar e se mostrar.

Destaques do que não deve acontecer • Espaço público pouco divulgado, sem placa, sem nada dizendo que é o CCJ; • Estar de costas para a comunidade (“ser uma espaçonave na comunidade”); • Programação incrível, mas pessoas não vão; • Comunicação em rede mal feita, ainda que facebook tenha 14.000 “curtir”.

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2.1.3.INFORMAÇÕES SOBRE O CENTRO REFERÊNCIA DA JUVENTUDE DE VITÓRIA A. Dados gerais O CRJ de Vitória é um equipamento da prefeitura e está ligado à Secretaria de Assistência Social de Vitória. É gerenciado por meio de um convênio entre a Secretaria e a Fundação Monte Belo. Atualmente o convênio que está sendo executado tem duração de 17 meses. Possui uma área externa grande para shows e eventos, três salas para oficinas, sendo que uma delas será a Estação Juventude, um telecentro em parceria com o Governo Federal que trará dois profissionais e 20 máquinas. Além disso, possuem um estúdio com isolamento acústico, caixas de som, amplificador e instrumentos para ensaio. A ilha de gravação ainda está em fase de conseguir equipamentos e não está funcionando. Além disso, possuem uma sala de assistência social gratuita, dois banheiros, e uma sala única para administração com salinha interna para a coordenação. • Localização: Av. Vitória, 1320 – Ilha de Santa Maria – Vitória – ES Tel. (27) 3132-4042; • Blog – http://crjvitoria.blogspot.com.br • Página no facebook – CRJ Centro de Referência da Juventude Vitória https://www.facebook.com/ crjvix?fref=ts&ref=br_tf • Dimensão: Aproximadamente 900 metros quadrados (não souberam confirmar essa informação); • Verba estimada para ampliação do espaço: R$ 350.000,00; • Equipe: 14 funcionários, sendo dois pagos diretamente pela prefeitura (coordenação geral e assistente social). Todos são contratados via CLT ou pela prefeitura ou pelo convênio; • Meta de atendimento: 500 jovens por mês; • Orçamento anual: R$ 511.000,00 – convênio com Fundação Monte Belo (fora funcionários da prefeitura) para 17 meses de execução.

B. Organização institucional O Centro de Referência da Juventude de Vitória é fruto de discussões do orçamento participativo. Foi criado

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a partir da vontade de jovens da cidade que queriam um espaço que fosse “deles”, criado junto com o poder público. Foi criado em 2006 na gestão do prefeito João Costa do PT e teve o início das atividades em 2007, ou seja,seis anos atrás. Desde o início foi montado no mesmo espaço que ocupa hoje, um prédio comprado pela prefeitura (antiga concessionária de veículos) e fica ao lado do Restaurante Popular. Uma parte da mesma edificação foi utilizada para o restaurante e outra parte para o CRJ.

C. Missão, Metas e Objetivos Estratégicos A atual gestão é nova, após duas gestões do PT, o prefeito atual é do PPS e, assim como em São Paulo, a nova equipe está montando um novo plano de missão, valores, pontos fortes, pontos fracos que ainda não foi iniciado. Não demonstraram com clareza como se dará o envolvimento do jovem nesta definição, que pareceu acontecer mais centralizada no coordenador geral. De abril até setembro de 2013 o prédio ficou em reforma, já que a atual equipe recebeu a estrutura com sérias avarias no teto de gesso e por motivos de segurança, interromperam as atividades para realizar a reforma. Durante este período, a equipe foi para outro espaço menor, e para os jovens não perder as atividades, deram seguimento principalmente ao apoio a eventos em outros espaços da cidade. Uma ampliação está prevista para o 2014 no sentido de aumentar o espaço do banheiro, fazer um muro, por meio de uma emenda federal que destinará recursos ao CRJ.

D. Modelo de funcionamento e programação • Horário de funcionamento 8am às 9pm (Segunda a sexta-feira): Quando receberem a Estação Juventude, (laboratório de informática com 20 máquinas), terão obrigatoriedade de abrir também aos sábados e domingos. Atualmente realizam eventos esporádicos aos finais de semana, contando com a boa vontade dos funcionários que vem ajudar. De manhã possuem um público menor, e à tarde e à noite relataram ter mais movimento. Durante a sexta feira que passei no CRJ, houve apenas uma oficina de auto-maquiagem para cerca de 10 jovens mulheres e a preparação para um evento no sábado de lançamento da revista de um jovem.

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Programação / Atividades • Oficinas - Dentro do ano dividem as oficinas em quatro blocos de dois meses cada uma. As inscrições são feitas no local e então se iniciam as atividades. Ao final de cada oficina há uma exposição. A equipe do CRJ constrói o plano de trabalho de oficinas a partir da escuta aos jovens para saber o que eles gostariam que houvesse no CRJ. Fazem uma enquete pelo facebook onde são colocadas algumas ideias de oficinas e os jovens votam. Além das oficinas de teatro e quadrinhos, que são frequentes porque há dois funcionários da equipe que tem esse knowhow, adicionaram este ano fotografia e automaquiagem, fruto da votação e escolha pela enquete do facebook do CRJ Vitória. • Para cada oficina, entre 15 a 20 vagas são oferecidas. Cada uma acontece duas vezes por semana e dura cerca de duas horas.Já tiveram oficinas de fotografia, história em quadrinho, teatro, grafite, bateria, vídeo, criação de blog, stop motion, audiovisual, maquiagem e estamparia.Os horários das oficinas acontecem de manhã, à tarde e à noite. O CRJ realiza oficinas de caráter socioeducativo e atualmente não realizam oficinas profissionalizantes.

Formações São processos de capacitação. Uma escola, por exemplo, pode procurar o CRJ para abordar o tema Grafite. O CRJ faz então a formação relacionada ao que o professor quer trabalhar. A equipe do CRJ pode fazer as formações no espaço do CRJ bem como na escola. Um exemplo foi a oficina de cineclube com exibição de um filme e bate papo com os educadores do CRJ. A escola também traz os alunos. “Tentamos fazer ações com todas as escolas estaduais de Vitória (cerca de 10 escolas).” Camila, pedagoga do CRJ Vitória. Caso a equipe não possua o educador com o conhecimento sobre o assunto, são contratados educadores externos de acordo com o recurso previsto no plano de trabalho do convênio entre a Secretaria de Ação Social e a Fundação Monte Belo, executora do convênio de atividades do CRJ. Além disso, acontecem no espaço do CRJ os eventos temáticos, que nascem da procura dos próprios jovens. Costumam apoiar eventos fora do espaço e também dentro. Realizam quase um evento por semana nesse formato. Além disso, fazem ensaios abertos – são bandas iniciantes que estão no comecinho, duas ou três bandas juntas, podem ensaiar, no palco. O CRJ empresta equipamentos, fornece lanche para os voluntários, e faz gratuitamente a criação de cartazes. Um dos educadores sociais faz a arte dos cartazes, ou a área

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de comunicação da prefeitura. Outros eventos que acontecem todos os anos são: Aniversário do CRJ, Dia Nacional do Hip Hop, Encontro de Danças Urbanas (mensal), Aniversário do Projeto do Forró, Festa Junina e Luau CRJ- no final do ano fazem um luau, convidando todo mundo que participou das oficinas. Em 2012 tiveram uma média de 120 pessoas com música ao vivo, mesa de frutas e outras atrações na praia. Disseram não ter muito conflito de programação. Possuem uma meta de atender 500 jovens por mês. Alguns meses têm essa meta ultrapassada, e outros não alcançados. Em agosto de 2012, por exemplo, 1.238 jovens foram atendidos. Dezembro já é um mês mais difícil, no mesmo ano, foram apenas 211 jovens que passaram pelo CRJ. O CRJ tem um estúdio de ensaio para bandas que funciona de segunda a sexta-feira e é um dos equipamentos que mais tem demanda. Equipado com caixas de som, amplificadores e alguns instrumentos, o estúdio possui isolamento acústico e ainda não está totalmente pronto após a reforma, portanto não retomou o agendamento para as bandas. Nas férias têm workshops curtos (uma tarde ou dois dias) e mini oficinas (de uma semana) – para deixar os jovens mais livres para outros programas e ao mesmo tempo não deixar a programação parada por causa das férias. Já fizeram de grafite, beat box, teatro, vídeo, noções de recepção, leparkour, bateria, entre outras. Por último, o CRJ oferece agendamento psico social gratuito, que acontece todos os dias da semana.

Projetos Contínuos São projetos que não necessitam de inscrição ou seleção prévia e são totalmente abertos ao público que passa na rua: • Projeto Forró – ensina forró pé de serra, e é um projeto contínuo e qualquer um pode participar fazendo inscrição na hora. Acontece duas vezes por semana à noite. • Projeto Capoeira – nasceu a partir de uma procura da comunidade, de um grupo de capoeira. Eles utilizam espaço e fazem de graça a roda e as aulas, que são abertas para qualquer pessoa.

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Observação sobre o contexto da Juventude em Vitória “É a 2a capital que mais mata jovem, só perde para Alagoas. Temos 140 mortes para cada 100mil habitantes. Por isso o prefeito deu um enfoque nesse sentido e assinaram um pacto em defesa da juventude capixaba, pelo Fórum Estadual da Juventude Negra, que geraram algumas ações. Não temos dados específicos de emprego, desemprego, mas sabemos que a população de Vitória tem 33% de jovens com 15 e 29 anos. A população total é de 330mil. Hoje o município é dividido em oito regionais. Apenas três têm equipamentos específicos para a juventude”. D.1 - Núcleos de organização e gestão Não há núcleos, a equipe é pequena se reúne semanalmente e na última semana de cada mês definem a programação do mês seguinte. D.2 - Horários Segunda à sexta das 8am às 9pm, com previsão de abertura nos finais de semana quando receberem o laboratório de informática do programa Estação Juventude. D.3 – Programação Fazem todas as semanas reuniões de equipe, e na última reunião do mês montam o planejamento do mês seguinte que é colocado no quadro branco (vide foto).

E. Modelo de gestão E.1 - Instâncias de tomada de decisão Embora os entrevistados tenham afirmado que a tomada de decisão não é centralizada, além do Conexão CRJ, o espaço de escuta aos jovens, não há participação dos jovens nas reuniões do CRJ. O coordenador geral é responsável pelo espaço, pelo equipamento e está dentro do escritório de projetos do Programa Juventudes da prefeitura. O poder de decisão é dele e , ao mesmo tempo, há uma gestão compartilhada dentro da equipe.

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“Não são decisões unilaterais. Não acontecem só dentro do poder público, mas também com a sociedade civil. Isso é da gestão desse novo prefeito. Por exemplo, há o programa “Gabinete Itinerante” onde o prefeito vai em cada uma das 8 regionais de Vitória com todos os seus secretários, ouve as demandas da população e volta com os feedbacks. E ano que vem querem fazer um Gabinete Itinerante só focado em juventude.” “Quando você traz a população para fazer junto, dá muito trabalho, mas é mais fácil o relacionamento. O conselho municipal da juventude participa da construção das políticas e portanto fica menos conflituoso. O Conselho Municipal de Juventude é composto por 20 pessoas – 10 do poder público e 10 da sociedade civil. E é deliberativo. Algumas políticas são discutidas e levadas aos gestores. Por exemplo, o coordenador geral do CRJ é representante da Secretaria de Assistência Social no Conselho. Não há decisões hoje do CRJ que são tomadas no conselho, mas há discussões que podem alterar ou propor alguma ação da prefeitura.” “O modelo de recurso público é muito engessado. Se ficar muito preso via prefeitura, não conseguiríamos fazer tudo. O convênio é um modo de fazer bem mais dinâmico e mesmo assim passamos por algumas dificuldades, porque se a ação não estiver no plano de trabalho, até se justificar, demora muito. E isso tudo em uma realidade jovem e mutante, que com 15 anos é rapper, com 18 tá no reggae, é muito rápido e dinâmico e o jovem quer experimentar um monte de coisas. Um modelo engessado de gestão de recursos não dialoga bem com a dinâmica da juventude.” Entrevista -Glauber

E.2 Programa Arteculadores O CRJ criou um bom programa de divulgação do CRJ pela cidade. Acontecem por meio dos “Arteculadores”. Foram selecionados 18 jovens em Vitória e o papel deles é divulgar o CRJ nas suas comunidades. Recebem bolsa de R$ 500,00 por mês para promoverem o CRJ. Em novembro vão realizar 32 atividades culturais, de uma ponta a outra da cidade. São atividades culturais como duelos de MCs, saraus, atividades no Teatro Carmélia, para levar o nome do CRJ. Foram quatro meses de projeto. Se conseguirem que vá à frente, será uma forma muito boa, segundo a equipe, de levar propostas de atividade, ou trazer o que o jovem está pensando que poderia ter dentro do CRJ. O início do Arteculadores se deu por meio de oficinas de formação na temática da juventude, dos 18 jovens, oficinas sobre o estatuto da juventude, como fazer um projeto, entre outras. Os jovens selecionados tinham a função de trazer mais 10 jovens para as formações. Foi um projeto de 2008, cujo recurso saiu apenas em 2013. Mais pessoas passarão a conhecer o espaço. Principalmente nos outros territórios que são mais afastados do CRJ. Mesmo assim, a equipe afirmou que muita gente ainda não conhece o CRJ.

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E.3 Participação do Jovem Possuem uma instância de participação chamada Conexão CRJ. Convidam um jovem para dar a sua opinião sobre o CRJ e tentam ouvir para então executar as demandas. São jovens que circulam com frequência ou participam as oficinas. Uma vez por mês acontece o Conexão CRJ. E.4 Transporte O jovem que precisa de apoio (vale social) passa pela assistente social, que analisa o perfil do jovem de acordo com os critérios e liberam ou não o vale. De acordo com a assistente social do projeto “não conseguimos dar para todos. Percebemos que a falta de apoio do transporte é um limitador para alguns jovens virem.” E.5 - Organização da equipe • 1 Coordenador Administrativo • 1 Pedagoga • 1 Coordenador Geral (pago diretamente pela prefeitura) • 1 Assessor Técnico • Educadores (teatro, hip hop, skate) • 1 Orientador Social • 1 Auxiliar administrativo • 1 Assistente Social (paga pela prefeitura) • 2 Vagas abertas de estagiário (2 de comunicação e 2 de serviço social) • 1 Adolescente Aprendiz Contratação via CLT diretamente pela prefeitura ou via convênio. Um dado que chamou atenção na composição da equipe foi o perfil do coordenador geral e dos educadores. O coordenador geral é músico e MC, um dos educadores foi presidente da Associação de Skatistas de Vitória e é uma das referências no Skate no município. O Black, outro educador é beat box e também reconhecido.

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Além dos conhecimentos que possuem, são articuladores porque conhecem as bandas, os grupos, os skatistas da cidade, o que favorece a aproximação de vários públicos e a ocupação do CRJ. E.6 - Articulação com Soc. Civil, ONGs e Conselhos da Juventude, como funciona Articulação com outros programas governamentais: • O programa “Pró Jovem Adolescente” cria coletivos de jovens de 15 a 17 anos e 12 meses. Há um educador social que conduz várias atividades, que deveriam acontecer dentro dos CRAS. Quando um CRAS não tem espaço, encontram outros espaços, e o CRJ é um deles. São atividades esportivas, culturais e de formação. • No CRJ acontece também o atendimento de jovens em Liberdade Assistida. São jovens que estão em medida socioeducativa e há uma parceria do CRJ com essas instituições para atender esses jovens. Um exemplo são jovens que vem cumprir medida, como monitor do oficineiros do CRJ. Sempre que nos procuram, tentamos disponibilizar o espaço para eles. Tem experiências bacanas de jovens que concluíram a medida aqui no espaço. Alguns jovens que estão detidos, e que estão na última fase do seu período de detenção, podem fazer oficinas fora, e aqui é um dos espaços onde eles podem vir, acompanhados de um profissional. Sobre jovens em situação de rua – afirmaram não ter esse público dentro do CRJ. Vitória conta com um programa chamado “Onde Anda Você” que disponibiliza consultórios médicos itinerantes e outros serviços de apoio para o jovem sair da rua. O CRJ divulga o Pronatec – Programa do Governo Federal, não acontece dentro do CRJ, que oferece algumas capacitações técnicas em parceria com o sistema S. Além das parcerias com outras ações governamentais, e com as escolas não foram citadas parcerias com ONGs de Vitória. • Público destinatário – É formado mais por jovens que ainda estão na escola. Mais homens, No forró tem público mais velho. Fizeram uma pesquisa em 2011 com 50 jovens das oficinas, frequentadores do estúdio, jovens que

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frequentam diariamente, pegando um pouco de cada segmento. E os resultados foram: • Idade 43% de 15 a 18 anos 44% de 19 a 24 anos 12% de 25 a 29 1% 14 anos • Gênero 54% feminino 46% masculino Embora todos da equipe tenham afirmado que há mais homens do que mulheres frequentando o CRJ no dia-a-dia. • Autodeclaração de Raça e Cor Pardos – 27 de 50 Brancos – 11 de 50 Preto – 11 de 50 Amarelo ou índio – 1 de 50 • Escolaridade De acordo com a equipe a maioria são jovens que ainda estão na escola. • Você enxerga o CRJ como sendo seu? 90% Sim 6% Não 4% Nem sempre

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E.7 - Recursos e orçamento O convênio com Fundação Monte Belo que envolve praticamente todos os recursos do CRJ este ano, exceto os dois funcionários da prefeitura, para 17 meses de execução tem um orçamento de R$ 511.000,00. • R$ 442.000,00 são destinados a Recursos Humanos com encargos inclusos. • R$ 25.000,00 são destinados a Material de Consumo, tais como materiais para oficina; papelaria e escritório; alimentação lanche; manutenção e pequenos reparos; combustível e primeiros socorros. • R$ 33.000,00 são destinados à contratação de pessoa jurídica, como oficineiros, bandas, ou outras demandas que os jovens procuram, como reprodução de cartaz, locar som, entre outros. • R$ 9.000 são destinados para a contratação de Pessoas Físicas, para as mesmas razões citadas acima.

F. Destaques da visita ao CRJ Vitória: • Gabinete Itinerante com foco em Juventude – Ação do Prefeito com todos os secretários e Gerente de Juventude da prefeitura para escutar as demandas dos jovens das oito regionais da cidade. • Conexão CRJ – Projeto de Escuta Mensal dos jovens que frequentam o CRJ para ouvir se estão satisfeitos e o que falta ainda no CRJ. • Modelo de gestão de recursos públicos engessados X dinâmica mutante da juventude que quer experimentar tudo e em poucos meses muda de interesse – por isso a importância de realizar um convênio com uma Fundação ou OSCIP para gerenciar o recurso com um pouco mais agilidade do que o recurso diretamente vindo da prefeitura. Lembrar que mesmo com convênio é necessário encontrar mais flexibilidade e alternativas para de fato atender as demandas reais dos jovens (editais, outras). • Arteculadores – programa de bolsas de quatro meses para 18 jovens realizarem atividades culturais nas 8 regionais da cidade, com formação no CRJ e divulgação do CRJ pela cidade. • Perfil da equipe – jovens lideranças da música, do skate, de beat box, muito interessante • Fizeram uma formação para a Guarda Civil Metropolitana, sobre juventude, para tirar o preconceito, para diminuir a violência da polícia com os jovens

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Destaques do que não deve acontecer: • Espaço público pouco divulgado, sem placa, sem nada explicando o que é o CRJ; • Perfil no facebook, ao invés de página, com demora para aceitar a solicitação de amizade; • Poucas oficinas sendo oferecidas; • Baixa articulação com ONGs de Vitória; • Baixa frequência de jovens comparado ao que poderia acontecer.

2.2 INFORMAÇÕES COLETADAS SOBRE INSTITUIÇÕES NO EXTERIOR 2.2.1.FÁBRICA DE ARTES Y OFÍCIOS ORIENTE – FARO ORIENTE - MÉXICO http://en.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1brica_de_Artes_y_Oficios_Oriente A. O que é: É um centro cultural e de treinamento localizado no bairro de Iztapalapa, México City. Foi inaugurado em 2000 com o objetivo de proporcionar oportunidades educacionais e culturais para algumas das populações mais marginalizadas na Cidade do México, oferecendo uma alternativa para gangues e pessoas envolvidas com o tráfico ou consumo de drogas. Atende 320.000 pessoas a cada ano, principalmente a partir de Iztapalapa, mas atrai os jovens de outras áreas da Cidade do México também. O centro oferece aulas gratuitas em várias formas de expressão artística, artesanato e habilidades comerciais, bem como concertos, exposições de arte, apresentações de livros e muito mais. Em 2002, recebeu o Prêmio de ComingUpTaller dos Estados Unidos B. Localização FARO East localiza-se na esquina da CalzadaIgnacio Zaragoza, e pinheiros, entre as estações PeñónViejo e Acatitla Metro no bairro Iztapalapa leste da Cidade do México, que é uma das regiões mais povoadas, pobres e violentas da cidade . O local abrange 25.000 m2 em um local chamado El Salado, referindo-se a um antigo reservatório que foi usado para regular o velho Texcoco Lake. Nas proximidades existe uma

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série de grandes empreendimentos habitacionais e toda quarta-feira é cercado por um grande mercado de pulgas. É o único grande centro de cultura no leste da cidade. O centro é composto por um edifício principal e vários edifícios ao redor. O edifício principal tem oficinas, uma brinquedoteca, um Clubhouse, um estúdio de dança, refeitório, dois escritórios de galerias de arte, um dos quais tem sessenta metros de comprimento e vários espaços de workshops. A biblioteca possui um acervo de cerca 30.000 livros; a maioria relacionada à arte e comércio. O Clubhouse é uma grande instalação patrocinada pelo Museu de Ciência de Boston que permite que 300 crianças e jovens usem várias ferramentas criativas elaboradas com papel até instrumentos digitais. O FARO possui dois auditórios, um dos quais é ao ar livre. Há planos para construir uma nova unidade de teatro custando quinze milhões de pesos, com uma capacidade de 450 pessoas voltadas para peças de teatro e exibições de filmes. Há uma estufa especializada em plantas que crescem em solos salinos como é o solo na área, que já foi o leito de um lago salobro (reservatório).

C. Missão e operação O FARO foi criado pelo governo da Cidade do México como um modelo de espaço cultural para servir alguns dos grupos mais marginalizados da cidade - tanto em termos de localização como de recursos socioeconômicos. Em vez de servir como entretenimento para a classe média, como a maioria dos centros culturais, a missão do FARO é mais alinhada com educação e habilidades de mercado. Sua finalidade é “Fornecer alternativas para gangues e tóxico dependentes, bem como promover experiências de autoorganização, gestão do tempo, criatividade e desenvolvimento pessoal e comunitário”. A instalação tem um orçamento anual de quase seis milhões de dólares por ano para pagar salários, comprar materiais e organizar atividades. Tem um orçamento adicional de 800 mil pesos para promover atividades culturais tais como concertos, apresentações de livros, cineclubes e muito mais. Ele atende cerca de 320.000 pessoas por ano, com cerca de 1.800 pessoas que participam das oficinas. Sessenta por cento dos usuários vêm dos bairros vizinhos, como Solidaridad, Ermita Zaragoza, Fuentes Zaragoza , Santa Marta Norte e San Miguel Teotongo, mas ele também tem atraído jovens de outras áreas da cidade, como Tepito, Del Cuernito e Tacubay.

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O FARO oferece 51 oficinas diferentes gratuitas com algumas que são cobradas uma taxa nominal de materiais. Quarenta e sete das oficinas são patrocinadas pela Secretaria de Cultura da Cidade do México e o restante por outras instituições. A maioria são oficinas de artes, artesanato e habilidades comerciais, ensinadas por meio de projetos artísticos. São oferecidos workshops de fotografia, cerâmica, carpintaria, pinturas, yoga, artes visuais, poesia, alfaiataria, rádio, capoeira, jornalismo, vídeo e metalurgia. Há 20 oficinas diferentes para crianças em cerâmica, desenho em quadrinhos, dança e muito mais. Há também oficinas sobre o desenvolvimento da criança para os pais e linguagem de sinais. Para o último, a certificação é oferecida pela Universidad Autónoma Metropolitana. O FARO tem 35 professores que ganham cerca de 135 pesos por hora, trabalhando sete horas por semana. Vários criadores participaram do funcionamento da instalação, incluindo Eniac Martinez em fotografia, José Luis Paredes na música, Gabriel Macotela na escultura, Emilio Payanen gravura, Jesusa Rodríguez no teatro, Eduardo Vazquez na literatura e Radio Activo participa com os cursos de rádio.

D. História O centro cultural começou originalmente como uma construção para escritórios, projetado pelo arquiteto Alberto Kalach, mas nunca concluídas. Permaneceu abandonado durante seis anos. Durante esse tempo, o local tornou-se notório como depósito de lixo, um lugar para despejar corpos e a violação de mulheres. No final da década, o local foi entregue para o governo da Cidade do México, que repassou oito milhões de pesos para reabilitá-lo para o atual centro FARO, que foi inaugurado em Março de 2000. O projeto foi inicialmente concebido para servir aos jovens, mas desde então tem servido a um número significativo de mulheres e crianças. Desde a sua fundação, o diretor diz que o bairro circundante acalmou, já que os jovens aprendem habilidades que lhes permitem ganhar dinheiro com trabalho honesto. O projeto já recebeu prêmios como o ComingUpAwardTaller em 2002 do Comitê do Presidente sobre as Artes e Humanidades, nos Estados Unidos. Faro celebrou o seu décimo aniversário em 2010, com o slogan de “Dez anos de insurreição cultural “. O sucesso do FARO Oriente levou à criação de três outros centros semelhantes nos bairros de Milpa Alta, Tláhuac e Gustavo A. Madero. Como o original, esses centros foram localizados em áreas abandonadas, a fim de reabilitar o espaço.

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2.2.2.LA TABACALERA – CENTRO SOCIAL AUTOGESTIONADOENLAANTIGUA FABRICA DE TABACOS DE LAVAPIES - LTB http://latabacalera.net/ A Tabacalera é um centro social autogestionado (CSA): um espaço onde há teatro, música, dança, pintura, conferências, reuniões, produção e programação audiovisual, oficinas, eventos e intervenções no bairro. Tem como foco o caráter coletivo, público e de transformação social em todas as suas ações. A. Localização CSA La Tabacalera de Lavapiés Aceso “Entrada mujeres” CalleEmbajadores 53 Madrid (España) Metro: Embajadores B. Histórico A antiga fábrica de tabacos está dentro do Ministério da Cultura por meio da Direção Geral de Belas Artes. É um patrimônio histórico. No ano 2000 foi totalmente desocupada e ficou abandonada por 10 anos, em que se deteriorou sem manutenção. Foram 10 anos de lutas para reabertura de um espaço em um bairro com poucos espaços públicos. Em novembro de 2007, o Conselho de Ministros, aprovou um acordo, em que se criava o Centro Nacional de Artes Visuais, cuja sede seria na Tabacalera. Em novembro de 2009 é aprovado um projeto arquitetônico de recuperação por meio de um concurso. O projeto, com custo de 30 milhões de euros, não vai adiante por falta de orçamento. A associação cultural SCCPP foi chamada a apresentar um projeto de ocupação pela Diretoria de Belas Artes e estendeu o convite para outras associações, coletivos e habitantes do bairro de Lavapies, de Madri. Firmam um contrato de um ano para criar o Centro Social Autogestionado, usando 9.200 metros, dos 30.000 metros da fábrica. Depois de dois anos dependendo anualmente da renovação do contrato, a LTBC organizada como projeto autônomo, solicitou à Diretoria de Belas Artes a execução de um convênio de cessão de uso que desse estabilidade em relação ao uso do espaço e em relação ao tempo, para essa experiência de participação cidadã. Em 2012 foi aprovado o convênio de duração de 2 anos renováveis em um máximo de 8 anos.

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A Assembléia do Centro Social Autogestionado criou então a Associação Cultural CSA La Tabacalera de Lavapiés. La tabacalera é um centro social que promove a participação direta da cidadania na gestão do domínio público. Um centro cultural que entende a cultura como um conceito que engloba as competências criativas e sociais de cidadania. Esses recursos incluem não só a produção artística, mas também a ação social, o pensamento crítico e a disseminação de ideias, obras e procedimentos que buscam expandir e democratizar o espaço público. LTBC é uma instalação completa que inclui línguas e modos de expressão, mas também a complexidade étnica demográfica, cultural, registros e modos de habitar o território e o tempo imediato. Nesse contexto, o projeto é uma aposta na rua oferecendo oportunidades para conhecer e aceitar a responsabilidade de lidar com os seus inconvenientes. Desde a sua criação, tem sido um convite aberto a todos os tipos de grupos e indivíduos a se envolver e participar do projeto. Como resultado, a composição social interna mostra a complexidade e a riqueza de uma vida que apóia a diversidade dos seres humanos e constrói seu próprio ecossistema favorecendo perfis diferentes em termos interculturais, intergeracionais, étnicos, de gêneros e sexuais, ou seja, uma aposta na heterogeneidade. Declaram sim à: • recursos próprios • finalidade de gerar riqueza cultural e social • horizontalidade e cooperação • autocrítica e transparência • participação direta • crítica e experimentalismo Dizem não à: • financiamento externo e condicionante • finalidade de lucro • lideranças ou individualismos

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• autocomplacência ou ocultação de si mesmo • Delegação • Conservadorismo Trabalham com os seguintes princípios: • Horizontalidade: todos os espaços de gestão e atividade devem fomentar a cooperação entre iguais, buscando formas democráticas de participação, organização e decisão. • Transparência: as decisões e as práticas devem ser comunicadas e serem acessíveis para qualquer pessoa, de forma que sejam avaliadas e revisadas coletivamente. • Gratuidade: o aceso aos espaços e às atividades deve ser gratuito, o dinheiro não pode ser um filtro, um mecanismo de seleção. Todos os recursos do centro social são de titularidade e uso comum, públicos e gratuitos. • Sustentabilidade econômica: algumas atividades ou projetos necessitam gerar seus próprios recursos econômicos para serem sustentáveis. Em determinados casos, e sempre por meio da aprovação em assembléia, algumas atividades geram projetos de auto-emprego e estabelecem diferentes sistemas de intercâmbio, que às vezes incluem o dinheiro como mecanismo de retorno. • Corresponsabilidade, cooperação, compromisso, proporcionalidade: o apoio mútuo guia a gestão e a manutenção de todos os espaços e atividades, e é de responsabilidade de todos a gestão diária e a tomada de decisões que afetam ao centro social e cada um dos seus espaços. • Respeito: às pessoas, à diversidade, às decisões coletivas, aos modos de funcionamento acordados, e aos espaços. • Autonomia: as decisões são tomadas em intervenção externa. • Cultura livre: tudo o que é produzido e reproduzido no LTBC tem licença livre, ser acessível gratuitamente e ter como objeto a ampliação do domínio público em termos de conhecimento e cultura. • Polivalência, flexibilidade, não exclusividade nem apropriação dos espaços Espaço público e aberto: Não é de ninguém e é de todo mundo. LTBC é um processo vivo, uma tentativa de aprendizagem coletiva.

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LTBC é um espaço intransigente como sexismo, racismo, a discriminação, a homofobia e a falta de solidariedade.

C. Como se organiza a LTBC A LTBC se organiza em assembléias abertas, tanto no espaço e nos seus espaços gerais, projetos e áreas específicas de atividade ou de gestão. Qualquer pessoa ou grupo que corresponde aos critérios de desempenho comuns pode participar da LTBC. LTBC trabalha com assembléias e comissões: • A Assembléia é realizada quinzenalmente às segundas-feiras às 20:30h. na Sala Sem Cabeça. • Uma vez por mês (normalmente no último domingo de cada mês), é organizado um dia de trabalho comum, ou mutirão, para consertar banheiros, pintar alguma área, reparar a eletricidade ... • A cada três meses, é realizada uma reunião onde o desempenho do período anterior (atividades, principais questões) é avaliado e a partir dessa avaliação são discutidos e decididos os próximos passos. • A agenda de cada uma das assembléias é pública e qualquer pessoa pode propor assuntos, por meio de listas de discussão ou na própria assembléia. A agenda e os registros são armazenados no wiki da LTBC e qualquer um pode acessá-los no centro. • Em cada reunião é escolhida uma equipa dinâmica rotativa que prepara a próxima reunião.

As comissões de trabalho são: • Programação: onde são recebidas propostas, listadas as necessidades materiais e técnicas e o cronograma de atividades é formado. Funciona às quartas-feiras a partir das 20:00 nos escritórios. • Economia: onde os recursos financeiros são geridos, o saldo de contas é feito, as propostas de atividades econômicas, os gastos são avaliados e onde são feitos os planos financeiros. Funciona às segundas-feiras a partir das 19:00h no Fundo Central. • Turnos: onde se distribuem os turnos de cuidados do Centro entre os coletivos que habitam o centro.

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Acontece às terças às 20h. • Convivência: onde são feitos esforços de mediação, os conflitos potenciais são abordados e visa garantir que a atividade é apropriada para o funcionamento do centro social. Atende quando necessário. • Comunicação: onde a comunicação, as ferramentas para divulgação do centro e as relações com os meios de comunicação são abordadas. Funciona toda quarta-feira em escritórios. • Manutenção e bem-estar: onde está previsto o trabalho para melhorar e adaptar os recursos físicos do centro comunitário. Atende quando necessário. No parágrafo seguinte será feito um mapeamento sobre a percepção dos jovens sobre a construção de um Centro de Referência da juventude em Belo Horizonte.

2.3 PERCEPÇÃO DA JUVENTUDE DOS NOVE CENTROS ADMINISTRATIVOS DE BELO HORIZONTE SOBRE O CRJ, DOS JOVENS QUE CIRCULAM NA PRAÇA RUI BARBOSA E ESCOLAS PÚBLICAS DE BELO HORIZONTE Sugestões captadas a partir de 120 entrevistas curtas em cinco Escolas Públicas de Belo Horizonte e na praça Rui Barbosa e 37 entrevistas em profundidade. • Escola Municipal Coração Eucarístico • Escola Municipal Isaura Santos • Escola Estadual Oswaldo Cruz • Instituto de Educação Estadual Central • CEFET Foram realizadas entrevistas individuais curtas com as quatro perguntas abaixo e rodas de conversa com os jovens: • Nome, idade, onde mora.

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• O que faz durante a semana? • O que gosta de fazer no tempo livre? • O que gostaria que existisse no CRJ? Para pesquisa em profundidade a questão foi: O que você gostaria que existisse no CRJ? O que seria útil para você? Cada jovem poderia responder quantas atividades ou sugestões que quisesse. O gráfico a seguir ilustra as sugestões com uma frequência de até 10 entrevistados. Aula de instrumentos musicais e atividades relacionadas Curso de teatro; teatro; aula de teatro Aulas de dança; dança Artes marciais; kung fu; defesa pessoal; lutas Cinema Academia

Internet livre Capoeira Aulas de skate, pista de skate, skate Aulas de línguas, inglês, francês, espanhol 51 Gráfico 6: Sugestões mais frequentes entre entrevistados

01

52

02

5

Outras 36 entrevistas levantaram sugestões de atividades e sugestões para o modelo de gestão do CRJ. Todos os jovens entrevistados nesse conjunto participam de atividades ligadas à juventude, muitos são líderes dentro dos projetos e tem grande capacidade de articulação e reflexão.

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ONGs, projetos e movimentos visitados ou entrevistados para compor esse bloco de entrevistas: • ONG Contato CRJ; • Projeto Miguilim; • TUCUM; • AssociaçãoImagem Comunitária; • Casa Forado Eixo BH; • Plug Minas; • Real da Rua.

As 36 entrevistas realizadas foram distribuídas do seguinte modo: • 2 entrevistas aprofundadas realizadas com jovens da Casa Fora do Eixo; • 7entrevistas aprofundadas com jovens da Associação Imagem Comunitária; • 5 jovens entrevistados Projeto Miguilim; • 1 coordenador entrevistado na Real da Rua; • 7 jovens entrevistados na ONG VHIVER com jovens portadores de HIV; • 5 jovens entrevistados em grupo da TUCUM; • 2 jovens entrevistados da ONG Contato CRJ e 1 coordenador; • 1 Jovem do Sarau da Lata e apoiador do Duelo de MCs; • 5 jovens entrevistados do Plug Minas.

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PlugMinas Sarau de Lata e Duelo de MCs ONG Contato Tucum ONG VHIVER Real da Rua Projeto Miguilim Associação Imagem Comunitária Casa Fora do Eixo 02

46

8

Total de pessoas entrevistadas Gráfico 7: Quantidade de pessoas entrevistadas por ONGs em 2013

55


Foram realizadas 38 entrevistas com jovens que circulam na praça Rui Barbosa, distribuídas na seguinte faixa etária:

12 10 8 6 4 2 0

Até 17 anos

18 a 20 anos

21 a 23 anos

Gráfico 8: Distribuição dos entrevistados por faixa etária

56

24 a 26 anos

27 a 29 anos

Não Declarou


No que diz respeito à distribuição por ocupação e escolaridade, como mostra o gráfico abaixo, a amostra está bem equilibrada entre os que estudam e não estudam, e entre os que trabalham e não trabalham:

10 9 8 7 6 5 4 3

Somente estudam

2

Somente trabalham

1

Estudam e trabalham

0

Nem estudam nem trabalham EM CompletoN

ão Estuda

EM e EF

Técnico

Gráfico 9: Distribuição dos entrevistados em relação à formação e ao trabalho

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A partir da categorização por frequência das respostas dos entrevistados, obtiveram-se as seguintes sugestões para o CRJ-BH:

Eventos Incubadora Cultura Esporte Serviços Infraestrutura Lazer Inclusão Digital Formação Artística Formação Superior

Formação para Concursos 5

10

15

20

25

Gráfico 10: Distribuição das sugestões por categorias

Há uma grande demanda por infraestrutura, sendo que neste item estão as respostas relacionadas com a existência de quadra de esportes, bibliotecas, teatro, acesso à internet, pista de skate, dentre outros. Segue-se a preocupação com formação profissional e formação para concursos.

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Tais escolhas foram analisadas por faixa etária e distribuídas conforme os seguintes gráficos: Incubadora Serviços

Não declarou

Infraestrutura Palestras e Debates Cultura 27 a 29

Esportes Jogos Inclusão Digital

24 a 26

Artística Superior

ENEM e Concursos

21 a 23

18 a 20

Até 17

02

46

Gráfico 11: Distribuição das sugestões por faixa etária e categorias

8

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Dentre as sugestões relativas às formações básicas, os entrevistados esperam os seguintes cursos no CRJ-BH: 7 6 5 4 3 2 1 0

Até 17 anos ConcursosL

íngua estrangeira

Reforço História local Não escolar e da cidade detalha

Gráfico 12: Detalhamento de sugestões quanto à formação básica

Frequência para escolhas de atividades artísticas:

60

Formação artística

Total

Música

6

Dança

6

Teatro

3

Desenho

2

Pintura

1


Cultura clássica

1

Sonoplastia

1

Circo

1

Tabela 3: Frequência de sugestões quanto à formação artística

Frequência de sugestões para inclusão digital, relacionadas ao acesso à internet e aos cursos de informática básica: 5 4 3 2 1 0

Uso da rede Internet

Informação básica

Gráfico 13: Frequência de sugestões quanto à inclusão digital

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Distribuição de sugestões referentes à infraestrutura e equipamentos: Espaço para eventos culturais Sala de edição Quadra Biblioteca Área de diversão Instrumentos musicais Espaço de convivência e reunião dos jovens Pista de skate Academia

Sala de computadores 03

69

12

Gráfico 14: Distribuição das sugestões de infraestrutura

2.3.1. DADOS LEVANTADOS EMPREENDEDORISMO JOVEM

NESTA

PESQUISA

E

SEUS

REFLEXOS

NO

Para efeito de contribuição para o desenho da política de empregabilidade do CRJ-BH, verifica-se através da Tabela 4 a alocação e participação dos jovens nas principais categorias econômicas classificados por gênero. Percebe-se que grande parte dos jovens homens e mulheres têm participação no setor privado da economia.

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Homens

Mulheres

Setor Público

6,2%

6,3%

Setor Privado

86,0%

82,4%

Independente

7,0%

5,7%

Serviço Doméstico

0,23%

4,4%

Trabalho Familiar não remunerado

0,20%

5,1%

Tabela 4: Participação dos jovens: principais categorias e por sexo, 2011. Fonte: OIT, 2013.

Nesse contexto, um dos pontos observados como fundamentais, visando à contribuição na transformação da situação dos jovens, está na adoção de práticas, induzidas pelo CRJ-BH, de fomento ao empreendedorismo. O conceito de empreendedorismo está cada vez mais presente nas atividades empresariais e acadêmicas. De forma geral, empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar, de forma incessante, novas oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação (mais incremental do que radical) e a criação de valor. Com base neste contexto, a criação de uma cultura empreendedora dentro do CRJ-BH passa a ter importância redobrada. Com respeito aos conceitos e aproximações ao tema, empreendedorismo juvenil é uma estratégia de desenvolvimento da juventude que se tornou cada vez mais popular nos últimos anos. Mudanças na economia global e do advento da internet e e-commerce têm aumentado a consciência sobre a importância das competências empreendedoras, para a conquista da empregabilidade, e oportunidades para o empreendedorismo. Embora a realidade de pequenas empresas “start-up” raramente faz jus à via rápida ou factível para milhões que sonham em empreender, o envolvimento dos jovens em programas de empreendedorismo oferece vários benefícios, independentemente de os jovens acabarem começando algum negócio rentável. O senso da iniciativa ao empreendedorismo refere-se a uma capacidade do indivíduo para transformar ideias em ação. Inclui a criatividade, a inovação e o comportamento de assumir riscos, bem como a capacidade de planejar e gerir projetos com vistas a alcançar objetivos. Isso apóia indivíduos no seu cotidiano em casa, na sociedade e no local de trabalho. As habilidades associadas ao empreendedorismo incluem a capacidade de tomar iniciativa e criatividade em procurar e identificar novas oportunidades; desenvolver orçamentos e necessidades de recursos do projeto e renda potencial; compreender as opções para o desenvolvimento do capital necessário e os

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trade-offs (impactos negativos) associados a diferentes opções; o comprometimento e constante busca por informações; comunicar de forma eficaz e comercializar a si mesmo e as próprias ideias (LANGFORD AND FLYNN-KHAN 2007). Assim, de forma geral, segundo Brian Dabsone Barbara Kauffman. (1998), o empreendedorismo depende: (i) do conhecimento, incluindo a capacidade de identificar oportunidades pessoais, profissionais e/ou atividades empresariais; (ii) das habilidades em gerenciamento de projetos de forma proativa (planejamento, organização, liderança e delegação, análise, comunicação, avaliação e registro) representação e negociação e trabalho como um individual e em equipe; e (iii) da atitude, caracterizada pela iniciativa, independência e inovação na vida pessoal e social, bem como no trabalho, e motivação e determinação para cumprir objetivos . Adicionalmente, uma avaliação do currículo e atividades para o empreendedorismo de uma importante instituição dos Estados Unidos – Fundação Nacional de Ensino do Empreendedorismo (National Foundation for TeachingEntrepreneurship’s) – descobriu que os estudantes que participam de programas para o empreendedorismo aumentam suas aspirações ocupacionais, incluindo seu desejo de ir para a faculdade, ter mais iniciativa eassumir papeis de liderança (MICHAEL NAKKULA ET AL. 2004). Empreendedorismo também oferece oportunidades para que os jovens desenvolvam um senso de si mesmo, de se sentir conectado a sua comunidade, bem como o desenvolvimento de parcerias com os adultos. São exemplos de habilidades críticas de vida e competências que servem para que os jovens persigam o empreendedorismo em longo prazo, ou sigam em outras carreiras. De modo geral, segundo DabsonandKauffman (1998,) há três abordagens principais para o ensino de habilidades de empreendedorismo juvenil: - Educação para o Empreendedorismo: programas e seminários que fornecem uma introdução aos valores e princípios básicos de criação e execução de negócios. Estes programas, normalmente oferecidos em escolas ou faculdades comunitárias, muitas vezes orientam os jovens através do desenvolvimento de um plano de negócios. Eles também podem incluir simulações de negócios start-up e operação. - Desenvolvimento Empresarial: programas que fornecem apoios e serviços na moldagem “incubadora de empresas” e ajudam os jovens a desenvolverem seus próprios negócios. Estes programas vãos além da

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educação para o empreendedorismo, ajudando os jovens no acesso a pequenos empréstimos ou subvenções que são necessários para começar a operação de negócios e fornecendo atenção mais individualizada para o desenvolvimento de ideias de negócio viáveis. - Programas Empíricos: programas que fornecem aos jovens a experiência no dia-a-dia de um negócio. Em muitos casos, esses programas envolvem o desenvolvimento de um negócio com gestão pelos jovens em que a juventude participa no plano de trabalho e gerenciamento. Em outros casos, estes programas oferecem projetos de aprendiz ou estágio em posições com empresários adultos da comunidade. Neste cenário, pode-se afirmar que os programas de empreendedorismo para a juventude geralmente servem como um veículo de conexão dos jovens com mentores adultos que têm experiência e laços com o mundo dos negócios. Finalmente, Langford e Flynn-Khan (2007) discutem sete estratégias que os desenvolvedores de programas e líderes comunitários podem empregar para apoiar as oportunidades de empreendedorismo para jovens: 1 . Acessando recursos da comunidade e de desenvolvimento econômico; 2 . Integrando o empreendedorismo nos programas de educação existentes; 3 . Acessando recursos de desenvolvimento da força de trabalho; 4 . Acessando recursos de bem-estar da criança; 5 . Acessando outras fontes de financiamento privadas: filantropia e investidores anjo; 6 . Engajar-se em comunidade de angariação de fundos; e 7 . Reinvestir o rendimento das empresas. No Brasil, no que diz respeito ao fomento do empreendedorismo para jovens, salvo algumas experiências pontuais, a vivência doméstica tem se resumido, em grande parte, pela existência de núcleos multisetoriais de jovens empreendedores fomentados, sobretudo pelas federações de indústrias e associações de classes, em que o objetivo está mais voltado para a troca de informação e conhecimento entre empreendedores com recursos familiares e, em parte, já consolidados, do que para a formação e indução do empreendedorismo

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como oportunidade de emprego e renda e mobilidade social. Tal diagnóstico eleva em importância o emprego de metodologias e atividades pelo CRJ-BH que fomentem as características do comportamento empreendedor, bem como o apoio e suporte ao empreendedorismo para as ideias da juventude. Ao aterrissar sobre o tema empreendedorismo como eixo estrutural do CRJ-BH, percebe-se a existência de novos conceitos e ambições a amparar e desenvolver o jovem de até 29 anos. De acordo com as pesquisas de campo - que se consistiu em diálogos com jovens e instituições que promovem o desenvolvimento da juventude em Belo Horizonte e outras capitais brasileiras -, bem como pela interpretação da percepção dos jovens e atores com respeito à problemática do empreendedorismo, diagnosticou-se que para o público destinatário “jovens adultos” há a necessidade de suprir uma demanda reprimida em encarar o empreendedorismo como uma vertente transversal às práticas de formação e ao esforço de promover a empregabilidade através da capacitação. Considera-se, para os fins de contribuição ao desenho de modelação das atividades de empreendedorismo pelo CRJ-BH, que tal demanda poderá ser suprida através do oferecimento de serviços para o estímulo e desenvolvimento do empreendedorismo, seja para o jovem interessado em se desenvolver, para o jovem que já empreende com o apoio institucional, bem como para o jovem que empreende sem o apoio formal. Nesse sentido, e ainda de acordo com as pesquisas de campo, o CRJ-BH deve-se aproveitar das experiências e eventuais desafios e oportunidades verificadas em outros centros correlatos brasileiros3, no que diz respeito aos serviços e metodologias focadas na economia da cultura, circuitos culturais e valorização e integração do território, na perspectiva de que tais vertentes possam gerar renda a partir da produção cultural. O investimento em estúdios públicos e em biblioteca de programação ativa, também foi diagnosticado com prioritário para os centros de referencia à juventude que pretendem captar as ambições dos jovens, transformando-as em oportunidades no mundo contemporâneo. Ainda com relação às pesquisas de campo, no que tange à percepção sobre os serviços elencados como prioritários a serem oferecidos pelo CRJ-BH, destacam-se os relacionados à música, teatro e cinema, dança, idiomas, arte em grafite, internet livre e inclusão digital, dentre outros. No que implica à relação do empreendedorismo com as temáticas de serviços primariamente elencadas para o CRJ-BH, elevase a importância da sua articulação com iniciativas de transferência de conhecimento e capacidades 3 - Por exemplo, o Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso em de São Paulo.

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empreendedoras. Um exemplo dessa interlocução seria a partir do fomento de práticas de produção e programação audiovisual, que ao interagir com o universo artístico, poderá suprir as demandas elencadas pelos jovens e instituições do setor, bem como prospectar cenários de geração de renda e de negócios empreendedores. Sua articulação direta com projetos das estruturas governamentais e do setor privado em Minas Gerais será fundamental para o desenvolvimento das atividades da agenda do CRJ-BH e sustentabilidade dessa ideologia. De forma sucinta, o CRJ-BH deve se preocupar com o fomento e a indução das práticas empreendedoras integradas aos serviços para os jovens citados anteriormente, de forma com que se consiga uma união entre os anseios e desejos dos jovens com as possibilidades de geração de oportunidades empreendedoras e inovadoras. Tal iniciativa deve estar aliada com universidades, empresas públicas e privadas, ONGs, fundações e centros correlatos nas mais diversas áreas consideradas como prioritárias para o CRJ-BH. Parte fundamental para o estabelecimento dessas premissas é a existência de um “escritório de projetos” dentro da estrutura do CRJ-BH, que poderá estar inserido nas atribuições dos Núcleos de Empregabilidade e Empreendedorismo, dotado de profissionais capacitados que não somente orientem e guiem os jovens pelas temáticas do empreendedorismo e empregabilidade, mas também que administrem, agendem e garantam as iniciativas de interação entre os serviços oferecidos pelo CRJ-BH e as atividades empreendedoras relacionadas com os diferentes serviços, a instigar o jovem a pensar de modo distinto, observando e percebendo as oportunidades de acordo com as suas aptidões e gostos individuais. Adicionalmente, a indução para a autogestão dos jovens em atividades tangenciais aos serviços a serem oferecidos pelo CRJ-BH, articulado com políticas públicas de fomento ao empreendedorismo e projetos para a empregabilidade, poderá ser uma das temáticas do Núcleo de Empreendedorismo e Empregabilidade. Outra característica dos Núcleos de Empreendedorismo e Empregabilidade poderá ser o fornecimento de apoio técnico especializado no desenho e desenvolvimento de projetos, traduzindo-se como uma estrutura de conhecimento para que os jovens percebam oportunidades e trabalhem seus atributos e habilidades aliado às atividades de formação e treinamento, aulas abertas de troca de experiência, palestras e ações interativas, de modo a criarem oportunidades a partir da indução do CRJ-BH. A visão mais pragmática, para esta temática, seria a sequencia da escuta vocacional entorno de um projeto empreendedor.

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Adicional a este contexto, embora não tenhamos no Brasil variados modelos a serem seguidos no escopo do empreendedorismo jovem nas áreas de tecnologia da informação, criação gráfica e áudio visual, programação de softwares livres, aplicativos, etc., consideram-se como fundamental e inovador, para as ambições deste projeto, a inserção de metodologias de serviços de capacitação e formação nessas áreas através do CRJ-BH. Paralelamente, a indução de práticas de geração de conhecimento através do observatório da juventude, contribuirá para o ajustamento e calibração dos serviços a serem oferecidos pelo CRJ-BH e o interesse dos jovens frequentadores. Experiências contemporâneas interpretam estruturas com as previstas em observatórios para a juventude como estratégica, no sentido de utilizar dados estatísticos para a geração de informações que viabilizem a articulação entre empreendedorismo e empregabilidade a partir de planos de ações centrados na empregabilidade interativa, que alia as ambições e habilidades individuais com as estratégias empresariais e suas políticas de responsabilidade social. Para tanto, é necessário orientar a estratégia do observatório da juventude para um viés de geração de informação por meio de estatísticas, que poderá inclusive orientar as atividades do escritório de projetos de acordo com as demandas a serem supridas. Uma visão prática do modo como se pensar a participação da temática empreendedorismo e empregabilidade nas ações no CRJ-BH é adaptado do diagrama de Venn de BudCaddell (Figura 2), que explana como ser feliz nos negócios e na carreira. No amplo quadro conceitual do empreendedorismo, considera-se que a maioria das pessoas normais (normais definidas como pessoas que não são empreendedoras) procura minimizar incertezas e riscos e para isso “pegam” um emprego assumindo-o como um plano de carreira, por exemplo, como advogado, professor ou bombeiro. Um plano de carreira é uma continuação da direção que o jovem recebeu em casa ou na escola: “siga esse caminho que você será recompensado”. Mesmo com um plano de carreira, o jovem descobre que terá que vencer na sua trajetória ao longo do caminho. Ninguém costuma dizer ao jovem que ele está em um beco sem saída. Ninguém comenta que é hora de seguir em frente. Ninguém vai dizer que tal jovem é o melhor qualificado para uma oportunidade em outro lugar. Ninguém vai lhe dizer para trabalhar menos e ir pra casa passar o tempo com sua família. E muitos acabam por terminar presos e encurralados em carreiras e lamentando: eu poderia ter sido…, eu deveria ter feito…

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O que eu faço bem Aprenda a monetizar

Aprenda a dizer não

Bingo!

O que gosto de fazer

Aprenda a fazer isso melhor

O que posso ser pago para fazer whatconsumesme.com

Figura 2: Como ser feliz nos negócios e na carreira de acordo com BudCaddell.

Utilizando-se do diagrama proposto por BudCaddell, acredita-se na possibilidade de ajudar aos jovens que procuram o CRJ-BH em busca de orientações sobre sua carreira profissional a refletirem sobre três aspectos: 1. O que gosto de fazer? Gosto de cantar, dançar, encenar, desenhar, praticar determinado tipo de esporte, etc. 2. O que faço bem? O que as pessoas reconhecem que faço bem? Recebo elogios, sou convidado a realizar apresentações, outras pessoas me pedem para ensiná-las, etc. 3. O que posso ser pago para fazer? As pessoas ou organizações na sociedade estão dispostas a me remunerar por qual tipo de atividade? Já fui remunerado por quais atividades que sei fazer? Como são remunerados os profissionais que fazem o que também gosto de fazer? Eles têm outra atividade paralela que os remunera?

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Na interseção de “O que gosto de fazer” com “ O que posso ser pago pra fazer” existe um desejo e uma viabilidade econômica. No entanto, o jovem não tem habilidade/conhecimento suficiente para fazê-lo. Neste cenário, é necessário encaminhá-lo para a realização de cursos no próprio CRJ-BH, ou através de outras instituições tais como: escolas técnicas, universidades, SENAI e SENAC, etc. Na interseção de “O que eu faço bem” com “O que posso ser pago pra fazer”, existe uma habilidade reconhecida e mercado disposto a remunerar por esta atividade. No entanto, o jovem não gosta de realizar tais atividades, provavelmente apenas as realiza por uma questão de sobrevivência. Neste cenário, o jovem precisa construir um caminho para reconhecer o que realmente gosta de fazer ou passar a priorizá-los. Na interseção de “O que eu faço bem” com “O que gosto de fazer” existe um desejo e uma habilidade reconhecida, no entanto, não existem os meios necessários para transformar esta atividade em uma profissão. Pode ser uma nova profissão, pode ser que essa profissão esteja saturada ou obsoleta ou que o mercado não a remunera satisfatoriamente, ou pode ser que seja necessário descobrir novos meios de monetizar essas atividades. Por fim na interseção desses três conjuntos, temos uma situação ideal: habilidade, desejo e remuneração de maneira que o jovem possa ser remunerado dentro das atividades que gosta de fazer. Nesta interseção ideal, percebem-se grandes possibilidades de geração de ideias novas, a aliar o desejo e conhecimento com o interesse do mercado. Entretanto, os empreendedores instintivamente percebem que o melhor orientador para suas carreiras é a si próprio e que não há tal “mapeamento de carreira” ou um plano de carreira linear. Os empreendedores reconhecem que vão ter que seguir a sua própria bússola interna e abraçar a incerteza como parte da jornada. De fato, usar a incerteza e intuição como direcionador do seu caminho torna-se uma vantagem que os empreendedores compartilham. Suas trajetórias irão fazê-los tentar caminhos mais desconectados em comparação com alguém em um plano de carreira tradicional. E em um belo dia, todos os dados, aparentemente aleatórios, e experiência que eles adquiriram, irão contribuir para um “insight” na construção de algo maior do que a soma das partes. No entanto, precisa-se deixar claro para os jovens que a realidade em empreender, para a grande maioria da população, traduz-se como uma trajetória árdua e que se consomem vários anos de vida. O jovem verificará que, à sua volta, os colegas que escolheram um plano de carreira tradicional e linear, estão

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com uma remuneração maior que a sua e que têm os benefícios da relativa segurança que um plano de carreira tradicional oferece. Naturalmente, começar um empreendimento não é difícil, já ter sucesso com ele continua sendo uma tarefa nada fácil, muito diferente do glamour que se observa na mídia com respeito ao tema. É com foco no contexto da empregabilidade e empreendedorismo para o desenvolvimento da juventude que se proporá a criação dos Núcleos de Empreendedorismo e Empregabilidade no âmbito da estrutura do CRJ-BH.

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3. SEGUNDA FASE - ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO O presente documento trata do Planejamento Estratégico do Centro de Referência da Juventude de Belo Horizonte (CRJ-BH) e resulta das reuniões realizadas em 2013, na Prefeitura da Cidade do Belo Horizonte. Os encontros contaram a participação de integrantes da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Governo do Estado e da equipe de consultores do projeto (ver em créditos). A metodologia foi de natureza participativa orientada pelo modelo conceitual (ver seção C) e os trabalhos foram executados após a apresentação da pesquisa de campo, por parte da consultoria. Deve ser ressaltado que os principais objetivos das reuniões foram concentrados na coleta de dados e informações, com discussões e validação das decisões quanto ao plano de ação e modelo de gestão. O documento ora apresentado também considera as contribuições advindas das reuniões da equipes de consultores (ver em créditos), sobretudo das discussões realizadas nos workshops de Ideação e Validação realizados em 2013. Adicionalmente, a estrutura básica do documento considera como basilar os espaços previstos na planta do equipamento e os eixos prioritários para juventude estabelecidos pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Foram consideradas as informações referentes aos tópicos: 1. Diretrizes do CRJ-BH; 2. Objetivos do CRJ-BH; 3. Eixos prioritários para a Juventude da Prefeitura do Município de Belo Horizonte e Governo de Minas Gerais; 4. Atividades; e 5. Espaços do equipamento, disponíveis nos seguintes documentos, definidos e validados pelo cliente e fornecidos pela Prefeitura de Belo Horizonte: a. Brochura de divulgação do CRJ-BH; e b. Planejamento Estratégico de Belo Horizonte 2030: a cidade que queremos (síntese).

1. DIRETRIZES – CRJ-BH O Centro de Referência da Juventude tornará a capital mineira exemplo na potencialização do desenvolvimento juvenil por meio de atividades específicas, para uma Minas mais jovem e para uma Juventude Mineira em Rede.

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2. OBJETIVOS – CRJ-BH • Promover atividades de cultura, lazer, esporte, educação, formação profissional, entre outras, voltados para o público de 15 a 29 anos. • Produzir e divulgar informações de interesse do público jovem. • Ampliar a formação, o conhecimento, as oportunidades e as habilidades que auxiliem na inserção social dos jovens. • Contribuir na formação político-cidadã da juventude. • Articular-se com entidades e instituições ligadas ao universo da juventude, bem como integrar e apoiar iniciativas locais.

3. EIXOS PRIORITÁRIOS Os eixos têm como base as Políticas Públicas de Juventude da Prefeitura do Município de Belo Horizonte e do Governo de Minas Gerais e as Políticas definidas na 4ª. Conferência da Juventude de Belo Horizonte, realizada em junho de 2013.

Eixos Belo Horizonte

Eixos Minas Gerais

1. Educação

Educação de qualidade

2. Trabalho e Renda

Formação profissional, empreendedorismo e emprego

3. Cultura

Cultura e conexão

4. Qualidade de Vida

Vida saudável e políticas sobre drogas Sexualidade

5. Direitos Humanos

Diálogo com o governo Segurança Respeito às diferenças Direito de se associar

Legenda

O trabalho neste planejamento foi orientado pelo modelo conceitual apresentado na Figura 3. Em benefício da consistência conceitual, breves descrições das dimensões utilizadas no modelo são apresentadas nas seções a seguir.

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Pesquisa de Campo - Resultados

Missão | Visão | Crenças

Oportunidades

Ameaças

Recursos Necessários

Plano de Atividades por Espaço x Eixo

Indicadores e Metas por Espaço Figura 3: Modelo conceitual do Planejamento Estratégico CRJ-BH

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3.1 DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, ESTABELECIMENTOS DE METAS, ALINHAMENTO DE INICIATIVAS E ELABORAÇÃO DA MISSÃO DO CRJ-BH MISSÃO Missão é o propósito ou razão básica de ser da instituição (HITT; IRELAND; HOSKISSON, 2005). Contém informações sobre seus tipos de produtos ou serviços, quem são seus clientes e quais valores importantes possui. A missão deve incorporar a filosofia organização e reflete a imagem que esta quer projetar, seu autoconceito, e indica as principais áreas de produtos e serviços e as necessidades do público que se deseja satisfazer. Quando definida cuidadosamente prover para os públicos internos e externos a imagem e o caráter da organização. Algumas vezes são definidas de forma tão genérica que ficam sem significado, sendo apenas um pronunciamento público de ideias; a missão tem que ser clara para levar à ação. As palavras-chave indicadas pelos grupos de trabalho foram: • Oportunidade; • Construção Colaborativa; • Autonomia; • Participação; • Inclusão; • Diálogo; • Ocupação; • Protagonismo; • Espaço no centro; e • Experimentação: formação e produção.

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A Missão do CRJ-BH é: Ser um espaço dedicado aos jovens de Belo Horizonte e sua Região Metropolitana, que promova a convivência e oportunidades nas mais diversas áreas, com ampla participação das juventudes e atenção à diversidade, por meio de ações inclusivas de formação, experimentação e produção pautadas pelo diálogo e potencialização, autonomia e protagonismo juvenil. VISÃO A visão expressa o estado futuro e desejado da organização e é condutora das ações e posteriores desdobramentos em objetivos e metas (HITT; IRELAND; HOSKISSON, 2005). É muito importante que a visão seja compartilhada com todos e constitua algo desafiador, porém factível. As palavras-chave indicadas pelos grupos de trabalho foram: • Cultura • Capacitação Profissional • Diálogo Juventudes (grupos vulneráveis) • Participação e inclusão social • Convivência das juventudes • Educação • Jovens de 15 a 29 anos • Lazer • Atendimento jurídico • Atendimento • Equipamento • 2030 (de acordo com o Planejamento Estratégico de Belo Horizonte) • Condição juvenil

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• Acolhimento • Atendimento à mulher (encaminhamento) • Principal equipamento da juventude A visão do CRJ-BH é: Ser, até 2030, referência no atendimento ao jovem de Belo Horizonte e sua Região Metropolitana, quanto ao acesso à cultura, à educação, à capacitação profissional, ao lazer, à cidadania, à participação e à inclusão social. VALORES Os valores indicados pelos grupos de trabalho para o CRJ-BH são: • O indivíduo acima dos processos • Gestão transparente e colaborativa • Incentivo à coletividade e associatividade • Liberdade de pensamento e manifestação • Respeito à diversidade • Pertencimento • Diálogo • Cuidado humano como pedagogia

3.2 METODOLOGIA A SER APLICADA NO CRJ-BH 3.2.1 OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS As oportunidades são situações externas favoráveis à manutenção e/ou expansão das atividades da organização. As principais oportunidades identificadas para o CRJ-BH são:

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• Público jovem garantido • Facilidade de acesso • Evidência da categoria juventude • Proximidade de outros equipamentos importantes • Efervescência de movimentos jovens na cidade • Possibilidades de articulação e agrupamentos • Busca de Espaço exclusivo para os jovens (ineditismo) • Demanda não atendida pré-existente • Grande potencial de atrair a atenção de patrocinadores/apoiadores • Interesse acadêmico dos jovens como objeto de pesquisa • Entender a multiplicidade dos programas existentes e atuar em seus gaps • Programas existentes são muito orientados pelos processos • População do entorno

3.2.2 AMEAÇAS IDENTIFICADAS As ameaças são situações externas desfavoráveis à manutenção e/ou expansão das atividades da organização. As principais ameaças identificadas para o CRJ-BH são: • Falta de recursos financeiros • Vandalismo – Black Blocks • Aparelhamento político partidário • Copa do Mundo – movimento “não vai ter copa” • Desconhecimento do equipamento– falta de comunicação, problemas de mobilização • Falta de diálogo entre atores do baixo centro

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• População do entorno • Trocas de governo • Falta de participação dos jovens • Visão sobre prefeitura e governo atrapalhando a reputação • Falta de articulação política • Falta de institucionalização • Falta de diversificação de fontes financeiras • Ocupação por outras faixas etárias • Arquitetura pouco receptiva • Falta de diálogo com ONGs • Mudanças de prioridades (de governo?) • Situação econômica (de governo?) • Mídia negativa

3.2.3 RECURSOS NECESSÁRIOS São propriedades físicas, financeiras, tecnológicas ou organizacionais, existentes ou a serem desenvolvidas na organização para alcançar os resultados desejados (BARNEY, 2011). Constituem os recursos tangíveis (i.e. financeiros, organizacionais, físicos e tecnológicos) e intangíveis (i.e. recursos humanos, inovação, reputação, cultura etc.). Os recursos estratégicos servem de base para formulação das estratégias e permitem a construção de vantagens competitivas. Devem ser valiosos, raros, difíceis de imitar e a gestão deve ser adequada para explorá-los. Os principais recursos estratégicos identificados para o CRJ-BH são: Financeiros • Repasse do governo de R$ 5.000.000,00/ano (cinco milhões por ano) • Convênios

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• Patrocínios • Parcerias Privadas • Organismos multilaterais (BID/BIRD etc.) • Fundações internacionais (ex.: Fundação Bill Gates) • Eventos (ex.: aluguel de espaços, ingressos etc.) • PPP

Comunicação e Publicidade • Assessoria de Imprensa • Mídia (impressa e online) • Animação de redes sociais

Pessoal • Equipe do CRJ: RH, Finanças, Comunicação, Compras e Jurídico • Limpeza • Representante do Estado • Representante PBH • Vigilância • Professores • Almoxarife • Bolsistas (jovens + monitores)

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Conhecimento • Parceria acadêmica • Consultoria • Dados e informações

Equipamentos • Tecnologia da Informação • Cenográfico • Digital • Mobiliário • Físicos • Carros • Esportivo • Artístico (figurino) • Livros

Físicos • Segurança (física + equipamentos) • Telefonia • Internet • Energia • Água

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• Todos em geral

Materiais • Consumo • Artístico (peruca, maquiagem, figurino, cenografia etc.) • Limpeza • Papelaria

3.3 DEFINIÇÃO DE PROJETOS E DE ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS PELO CRJ-BH Os projetos e atividades do CRJ foram desenvolvidos a partir dos Eixos prioritários das políticas públicas de Juventude da Prefeitura do Município de Belo Horizonte e Governo de Minas Gerais, dos Espaços previstos no CRJ e das demandas jovens do levantamento de dados realizado pelo C.E.S.A.R (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife).

3.3.1 SOBRE OS ESPAÇOS E ATIVIDADES CRJ-BH: A. Observatório da Juventude O observatório da juventude é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude que visa agrupar as principais demandas do jovem mineiro e compilar os dados de diversos órgãos do Governo e da Sociedade Civil a respeito de políticas públicas para a juventude, bem como a situação do jovem enquanto cidadão. Serão monitorados vários indicadores e o cruzamento dos dados fornecidos por eles proporcionará uma fotografia das necessidades e anseios dos jovens que poderá ser acessada por todos nesse espaço físico-virtual. Também possibilitará a ação estratégica do Governo, o que aumentará a transparência administrativa e a participação social. O compartilhamento de informações permitirá ainda a implementação de políticas transversais com governança compartilhada, facilitando a busca por soluções

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e o desenvolvimento de programas mais eficazes de acordo com a necessidade. Neste mesmo espaço funcionarão grupos de pesquisa de universidades, fundações e ONGs como foco nos jovens e temáticas relacionadas à juventude, criando um centro de referência em pesquisas nesta área.

B. Central de informações e atendimento qualificado – BH Resolve A central visa mapear informações de interesse da juventude existentes na região metropolitana de Belo Horizonte, para que o jovem possa ter um direcionamento e informações geradas no Observatório da Juventude. A central é um local de informação multimídia para o jovem (livro, vídeos, cursos, palestras, teatro, debates) sobre conteúdos do próprio CRJ e da região. A principal ferramenta dessa central será um portal da juventude. Nesse portal haverá informações sobre cultura, educação, trabalho, lazer, formação profissional, saúde etc., sejam elas desenvolvidas pelo poder público, pela sociedade civil, pelas empresas, pelas universidades, dentre outros. O CRJ também estará nas redes sociais, como o facebook, para promover a comunicação entre os jovens. O jovem poderá acessar essas informações pelo computador ou ter um atendimento presencial e qualificado no Centro de Referência da Juventude. Além de alimentar toda uma rede de atores que trabalham com a juventude, a Central poderá disponibilizar serviços próprios, como emissão de carteira de estudante, consultoria jurídica ou psicológica, orientação vocacional, SINE da juventude etc.

C. Arena Sob a ótica de um espaço multiuso, a arena prevê a realização de eventos de diversas naturezas: espetáculos culturais como concertos, shows, peças de teatro e circo; atividades e apresentações esportivas, tanto individuais quanto coletivas; exposições, seminários, congressos etc., sendo dotada de diversas tecnologias, como recursos de iluminação, sonorização, diferentes pisos trocáveis, cadeiras retráteis, em conformidade com as normas brasileiras de acessibilidade. Ao redor da arena está previsto uma arquibancada fixa. Além disso, a rampa que dá acesso ao segundo andar pode ser vir como espaço para visualizar as atividades que ocorrem na arena.

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D. Auditório No auditório estão previstos 230 assentos. Trata-se de um local ideal para a realização de peças teatrais, contando com espaço para camarins. Além disso, por meio de um telão móvel, poderá ser utilizado para a exibição de filmes e documentários digitais. Por fim, considerando o caráter multifacetado do CRJ, esse espaço poderá acolher palestras, treinamentos, solenidades oficiais, dentro outras atividades.

E. Estúdios: E.1 Estúdio de gravação de áudio O estúdio de gravação é um local disponível para a produção musical de artistas e bandas locais através da disponibilização de monitores com o know-how necessário bem como os equipamentos para tal. O objetivo é que os jovens artistas, sobretudo aqueles que ainda não possuem obra, possam agendar uma data e gravar suas músicas, ganhando gratuitamente o produto final para divulgação do seu trabalho. Além disso, o estúdio é um espaço para realização de oficinas de capacitação relacionados à edição, gravação, produção musical e outros temas correlatos.

E.2.Estúdio de edição de imagens Assim como o estúdio de gravação de áudio, o estúdio de edição de imagens é um espaço para realização de oficinas de capacitação na operação de softwares específicos para edição de vídeos e imagens. É também um espaço para dar suporte a toda a produção artística e cultural realizada no centro, fazendo com que as atividades convivam de forma harmoniosa e sustentável.

F. Salas multiuso

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As salas multiuso, como o próprio nome indica, são locais que podem ser destinados a diversas atividades, dependendo da dinâmica de ocupação do CRJ. O Objetivo é que elas tenham um mobiliário interno flexível, podendo servir como salas para a realização de oficinas, salas para cursos profissionalizantes, salas de reunião para coletivos juvenis, etc.


G. Estação da música Como o propósito de fomentar ações culturais ligadas à música, esse espaço abrirá as possibilidades para a realização de oficinas e capacitações em canto, técnicas musicais e instrumentos musicais em geral. Esse espaço acústico e multiuso poderá ser utilizado para abrigar vários projetos ligados a esses temas e servir como referência para a produção musical jovem na cidade.

H. Cozinha Considerando o trânsito diário de pessoas, a previsão de funcionários e monitores no aparelho e a possibilidade de realização de projetos para jovens que envolvam a capacitação aos princípios da cozinha industrial e nutrição – como, por exemplo, o projeto Chefs do Amanhã -, o CRJ deverá conter uma cozinha industrial com instalações amplas que possa ser utilizada de forma multifuncional.

I. Biblioteca Espaço planejado para atender a juventude com infraestrutura necessária ao estudo e reflexão, facilitando acesso à pesquisa, estimulando seu desenvolvimento mediante fontes diversas de documentos impressos e digitais e construindo competências informacionais. Na biblioteca, os jovens serão conduzidos à produção do conhecimento, formação de círculos de leitores e reunião dos interessados em torno de temáticas específicas, discussão de livros e obras.

J. Sala de artes visuais Este local é destinado à produção dinâmica de artes visuais em geral, o que contempla o aprendizado de técnicas artísticas e suas modalidades, artes plásticas, restauração e fotografia, além de viabilizar a realização de pequenas exposições e de workshops com especialistas. São abordadas as expressões artísticas clássicas e contemporâneas, desenvolvidas em atividades unem teoria e prática.

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K. Sala de projetos Assim como as salas multiuso, as salas de projetos servirão como apoio para realização de reuniões de coletivos juvenis. Além disso, permitirá a prática de atividades de Ensino à Distância (EaD) e Videoteca, por meio de terminais instalados (computadores e fones de ouvido) de uso individual. Em complemento a sala de artes visuais, o espaço é também apropriado para aplicação de cursos de formação em artes visuais, nas categorias pintura, modelagem, animação etc.

L. Praça Rui Barbosa, Viaduto Santa Tereza e entorno A região da Praça Rui Barbosa, popularmente conhecida como Praça da Estação, irá abrigar o maior espaço público voltado integralmente para a juventude da capital mineira. A definição do local é representativa por ser uma área presente na história da cidade e famosa por abrigar eventos e manifestações culturais. Sua localização favorece o acesso dos jovens por meio do transporte público o que permite aos usuários utilizarem diversos meios de transporte (ônibus, BRT, metrô, bicicleta) para chegar, atendendo à população da cidade como um todo.

M. Espaço administração Dada a natureza do Centro de Referência da Juventude de Belo Horizonte, e respeitadas as características de administração própria e fomento à produção cultural, artística, dentre as outras áreas relacionadas, o mesmo deverá conter um espaço para administração que compreenda salas privadas para realização de atividades diárias relacionadas à gestão do próprio aparelho, à assessoria administrativa, à assessoria de imprensa, à comunicação e a reuniões de equipe, bem como uma sala de chefia para um eventual gestor ou curador do aparelho.

N. Salas dos Conselhos

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Atendendo à proposta de ser um espaço para a articulação e reunião de instituições ligadas ao universo da juventude, o CRJ disponibilizará um espaço para o Conselho Estadual da Juventude e o Conselho Municipal da Juventude se reunirem de forma a se aproximar da população jovem e ficarem mais tangíveis à mesma.


3.4 METAS E INDICADORES DE DESEMPENHO DAS ATIVIDADES CRJ-BH Dados do IBGE (2013) indicam que, dos 37 (trinta e sete) municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a capital é constituída por 46% do total de habitantes, o que corresponde a aproximadamente 2,4 milhões de pessoas. Desde número, 632.250 são jovens entre 15 e 29 anos, sendo 49% do sexo masculino e 51% do sexo feminino. Para os 12 (doze) primeiros meses de atividade do CRJ-BH, propõe-se a seguinte meta: M1: Disponibilizar 20% do número equivalente à população total de jovens de Belo Horizonte em atendimentos4 em ao menos uma atividade desenvolvida no âmbito do CRJ-BH. O quadro a seguir demonstra a capacidade estimada de atendimento do CRJ-BH proposta para o primeiro ano de atuação, dada utilização plena de todos os espaços, em número de atendimentos e hora de utilização/ ocupação do jovem (em espaços como estúdios de gravação e edição, biblioteca etc.) ou disponibilização de serviços por parte do CRJ-BH (atendimento do BH Resolve, por exemplo). Espaço Observatório da Juventude

Capacidade anual estimada número de atendimentos

hora de utilização

Central de Informações BH Resolve

-

19300h (386h/sem)

Arena

42.000a (840a/sem)

-

Auditório

50.500a (1010a/sem)

-

Estúdio de Gravação de Áudio

3.000a (60a/sem)

3000h (60h/sem)

Estúdio de Edição de Imagens

9.000a (180a/sem)

1800 h (36h/sem)

Salas Multiuso

6.000a (120a/sem)

600h (12h/sem)

Estação da Música

21.250a (425a/sem)

1000h (20h/sem)

Cozinha

7.500a (150a/sem)

400h (8h/sem)

Biblioteca

-

4900h (98h/sem)

Sala de Artes Visuais

9.750a (195a/sem)

800h (16h/sem)

Salas de Projetos

1.500a (30a/sem)

3000h (60h/sem)

4 - Considera-se o “número de atendimentos” realizados por cada atividade nos espaços do CRJ-BH, independente de um mesmo jovem participar de mais de uma atividade; portanto, este número não necessariamente indica o número total de jovens atendidos. No caso da realização de cursos nos quais se exige a presença em mais de um dia na semana e/ou cursos com duração superior à uma semana, o “número de atendimentos” indica as vezes em que o jovem foi efetivamente atendido no CRJ-BH. Por exemplo, um programa que tem duração de 12 horas, distribuído ao longo de 3 aulas/encontros, o “número de atendimentos” será igual a 3.

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Praça Rui Barbosa e entorno

sob demanda

Sala dos Conselhos

administrativo

Espaço Administração CRJ-BH (total)

administrativo 150.500 a

34800 h

As metas e indicadores de desempenho por espaço são descritas a seguir, com indicação do eixo prioritário atendido, em ambos Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e Governo de Minas Gerais (GMG).Ademais, são detalhadas as atividades desenvolvidas em cada espaço.

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Quadro 1: Indicadores de desempenho das atividades do Observatório da Juventude - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES

INDICADORES DE DESEMPENHO

Centro de Inteligência da Juventude

Periodicidade atualização dos dados Número de fontes consultadas

Alcançar 90% de jovens atendidos no CRJBH consultados nas pesquisas Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

Pesquisa de satisfação Jovem CRJ-BH

Pesquisa sobre tema específico Jovem CRJ-BH

Administrativo PBH Trabalho e Renda Educação Cultura

Número de áreas contempladas

GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Educação de qualidade Cultura e conexão

Número de jovens pesquisados

PBH Direitos Humanos

Percentual de jovens pesquisados sobre total CRJ-BH

GMG Diálogo com o governo Direito de se associar

Número de jovens pesquisados

PBH Trabalho e Renda Educação Cultura

Mapear e disponibilizar informações referentes ao jovem CRJ-BH

Observatório da Juventude

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S)

Percentual de jovens pesquisados sobre total CRJ-BH

GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Educação de qualidade Cultura e conexão

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Quadro 2: Indicadores de desempenho das atividades do Centro de Informações BH Resolve - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

Atender 90% das solicitações semanais de atendimento na consultoria jurídica, apoio psicológico, saúde e empregabilidade

Centro de Informações BH Resolve

Atualizar semanalmente mapa de vagas de emprego/ estágio Alcançar 60% de percentual de aproveitamento dos jovens encaminhados aos estágios/empregos Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

90

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES

INDICADORES DE DESEMPENHO

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S)

Consultoria jurídica Capacidade semanal: 48 horas

Número de jovens atendidos Percentual de resolução de problemas

PBH Trabalho e renda Direitos humanos GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Segurança Respeito às diferenças Direito de se associar

Apoio psicológico e orientação profissional Capacidade semanal: 48 horas

Número de jovens atendidos Percentual de mudança

PBH Qualidade de vida Trabalho e renda Direitos humanos GMG Vida saudável e política sobre drogas Formação profissional, empreendedorismo e emprego Respeito às diferenças Sexualidade

Orientação à saúde sexual Capacidade semanal: 96 horas

Número de jovens atendidos

PBH Qualidade de vida Direitos humanos GMG Vida saudável e política sobre drogas Respeito às diferenças Sexualidade

Orientação à empregabilidade Capacidade semanal: 96 horas

Número de jovens empregados Número de vagas mapeadas Número de jovens encaminhados

PBH Trabalho e renda Direitos Humanos Educação GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Direito de se associar Educação de qualidade

Cadastro, Serviços e Divulgação de informações Capacidade semanal: 98 horas

Número de atendimentos por serviço Satisfação do jovem usuário Percentual de atualização das informações Alcance por mídia utilizada

(todos)


Quadro 3: Indicadores de desempenho das atividades da Arena - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES Práticas esportivas. Capacidade semanal: 240 atendimentos

INDICADORES DE DESEMPENHO Número de jovens atendidos

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S) PBH Cultura Qualidade de vida GMG Cultura e conexão Vida saudável e política sobre drogas

Prática de skate Capacidade semanal: 120 atendimentos

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Arena

Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

Número de jovens atendidos

PBH Cultura Qualidade de vida GMG Cultura e conexão Vida saudável e política sobre drogas

Atividades culturais Capacidade semanal: 240 atendimentos

Número de jovens atendidos

PBH Cultura Direitos humanos GMG Cultura e conexão Respeito às diferenças

Número de eventos realizados Número de jovens participantes Número de apresentações por modalidade

PBH Cultura Direitos humanos

Tribuna livre (parlatório) cidadania Capacidade semanal: 120 atendimentos

Número de jovens participantes

(todos)

Palestras Capacidade semanal: sob demanda

Número de jovens atendidos Número de palestras realizadas

(todos)

Festival de música e dança Capacidade semanal: 120 atendimentos

GMG Cultura e conexão Respeito às diferenças

91


Quadro 4: Indicadores de desempenho das atividades do Auditório - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES Aulão ENEM

Capacidade semanal: 460 atendimentos

Cinema no CRJ-BH Capacidade semanal: 250 atendimentos

INDICADORES DE DESEMPENHO

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S)

Número de jovens atendidos

PBH Educação GMG Educação de Qualidade

Número de jovens atendidos

PBH Educação Cultura GMG Educação de qualidade Cultura e conexão

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Auditório

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Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

Seminários temáticos Capacidade semanal: 100 atendimentos

Número de jovens atendidos

(todos)

Curso de teatro Capacidade semanal: 100 atendimentos

Número de jovens atendidos geral/ modalidade

PBH Educação Cultura GMG Educação de qualidade Cultura e conexão

Pocket Show Capacidade semanal: 50 atendimentos

Número de jovens participantes Número de quadros realizados

PBH Cultura

Fórum Capacidade semanal: 50 atendimentos

Número de jovens atendidos

(todos)

Reserva técnica Capacidade semanal: sob demanda

Número de eventos realizados

(todos)

GMG Cultura e conexão


Quadro 5: Indicadores de desempenho das atividades dos Estúdios - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES Gravação de áudio Capacidade semanal: 60 horas

Estúdio de gravação de áudio

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

Cursos de formação Capacidade semanal: 60 atendimentos

INDICADORES DE DESEMPENHO

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S)

Número de jovens atendidos Tempo de gravação realizada Hora de ocupação vs. hora ociosa

PBH Trabalho e renda Direitos humanos Cultura

Número de jovens atendidos

PBH Educação Trabalho e renda Cultura

GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Respeito às diferenças Cultura e conexão

GMG Educação de qualidade Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e Conexão

Edição de imagens Capacidade semanal: 36 horas

Estúdio de edições de imagens

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

Cursos de formação Capacidade semanal: 180 atendimentos

Número de jovens atendidos Número de produtos realizados Hora de ocupação vs. hora ociosa

PBH Trabalho e renda Direitos humanos Cultura

Número de jovens atendidos

PBH Educação Trabalho e renda Cultura

GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Respeito às diferenças Cultura e conexão

GMG Educação de qualidade Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e Conexão

93


Quadro 6: Indicadores de desempenho das atividades das Salas Multiuso - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES Gestão de negócios e pessoal Capacidade semanal:

INDICADORES DE DESEMPENHO Número de jovens atendidos por módulo

60 atendimentos

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Salas multiuso

Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

PBH Trabalho e renda Cultura Direitos humanos Educação GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e Conexão Direito de se associar Educação de qualidade

Cursos profissionalizantes artísticos Capacidade semanal: 60 atendimentos

Número de jovens atendidos por módulo

PBH Trabalho e renda Cultura Direitos humanos Educação GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e Conexão Direito de se associar Educação de qualidade

Atividades coletivas Capacidade semanal: 12 horas

94

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S)

Número de jovens atendidos Número de eventos realizados Hora de ocupação vs. hora ociosa

(todos)


Quadro 7: Indicadores de desempenho das atividades da Estação da Música - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES Aulas de canto Capacidade semanal: 40 atendimentos

INDICADORES DE DESEMPENHO Número de jovens atendidos por turma

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S) PBH Trabalho e renda Cultura Direitos humanos GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão Respeito às diferenças

Técnicas musicais Capacidade semanal: 40 atendimentos

Estação da música

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

Número de jovens atendidos por turma

PBH Trabalho e renda Cultura GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão

Instrumentos musicais: corda Capacidade semanal: 40 atendimentos

Número de jovens atendidos por turma

PBH Trabalho e renda Cultura Direitos humanos GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão Respeito às diferenças

Instrumentos musicais: percussão Capacidade semanal: 40 atendimentos

Número de jovens atendidos por turma

PBH Trabalho e renda Cultura Direitos humanos GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão Respeito às diferenças

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Produção musical Capacidade semanal: 40 atendimentos

Número de jovens atendidos por turma

PBH Trabalho e renda Cultura GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão

Estação da música

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

Aula ENEM Capacidade semanal: 225 atendimentos

Número de jovens atendidos por turma/ módulo

PBH Educação

Ensaios de grupo Capacidade semanal: 8 horas

Número de ensaios realizados Utilização do espaço em horas Hora de ocupação vs. hora ociosa

PBH Trabalho e renda Cultura Direitos humanos

Número de eventos realizados

PBH Cultura Direitos humanos

Apresentações em grupo Capacidade semanal: 12 horas

GMG Educação de qualidade

GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão Respeito às diferenças

GMG Cultura e conexão Respeito às diferenças Direito de se associar

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Quadro 8: Indicadores de desempenho das atividades da Cozinha - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES Chefs do amanhã Capacidade semanal: 90 atendimentos

INDICADORES DE DESEMPENHO Número de jovens atendidos por módulo

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S) PBH Trabalho e renda Educação GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Educação de qualidade

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Cozinha

Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

Cozinha Empreendedora Capacidade semanal: 60 atendimentos

Degustação Capacidade semanal: 8 horas

Número de jovens atendidos por módulo Número de produtos vendidos por tipo

PBH Trabalho e renda Educação

Número de jovens atendidos Número de eventos realizados

PBH Trabalho e renda Educação Cultura Direitos humanos

GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Educação de qualidade

GMG Formação profissional, empreendedorismo e emprego Educação de qualidade Cultura e conexão Respeito às diferenças

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Quadro 9: Indicadores de desempenho das atividades da Biblioteca - CRJ-BH

ESPAÇO

Biblioteca

98

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES

Disponibilizar acervo atualizado por temática de interesse

Biblioteca ativa Capacidade semanal: 98 horas

Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

INDICADORES DE DESEMPENHO Número de jovens atendidos Número de acesso/ download de acervo digital

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S) (todos)


Quadro 10: Indicadores de desempenho das atividades da Sala de Artes Visuais - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES Técnica Artes Visuais

Capacidade semanal: 60 atendimentos

INDICADORES DE DESEMPENHO Número de alunos atendidos

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S) PBH Educação Trabalho e renda Cultura GMG Educação de qualidade Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão

Artes plásticas Capacidade semanal: 60 atendimentos

Sala de artes visuais

Número de alunos atendidos

GMG Educação de Qualidade Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

PBH Educação Trabalho e renda Cultura

Restauração Capacidade semanal: 30 atendimentos

Número de alunos atendidos

PBH Educação Trabalho e renda Cultura GMG Educação de Qualidade Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão

Fotografia Capacidade semanal: 45 atendimentos

Número de alunos atendidos

PBH Educação Trabalho e renda Cultura GMG Educação de Qualidade Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão

99


Sala de artes visuais

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades

Exposição Capacidade semanal: 16 horas

Número de eventos realizados

Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

WS Especialistas Capacidade semanal: sob demanda

Número de eventos realizados Número de alunos atendidos

PBH Cultura GMG Cultura e conexão PBH Cultura GMG Cultura e conexão

Quadro 11: Indicadores de desempenho das atividades da Sala de Projetos - CRJ-BH

ESPAÇO

METAS

Alcançar 90% da capacidade de atendimento em cada uma das atividades

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES

INDICADORES DE DESEMPENHO

Atividades coletivas Capacidade semanal: 36 horas

Número de jovens atendidos Número de eventos realizados Hora de ocupação vs. hora ociosa

(todos)

Artes digitais Capacidade semanal: 30 atendimentos

Número de jovens atendidos

PBH Educação Trabalho e renda Cultura GMG Educação de Qualidade Formação profissional, empreendedorismo e emprego Cultura e conexão

Sala de projetos Alcançar 90% de índice de satisfação do usuário (conceitos: bom/ótimo)

100

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S)

EaD Capacidade semanal: 24 horas

Número de jovens atendidos por modalidade Hora de ocupação vs. hora ociosa

(todos)

Videoteca Capacidade semanal: 12 horas

Número de jovens atendidos Número de eventos realizados Hora de ocupação vs. hora ociosa

(todos)


Quadro 12: Indicadores de desempenho das atividades da Praça Rui Barbosa e Viaduto Santa Tereza e entorno - CRJ-BH

ESPAÇO Praça Rui Barbosa e Viaduto Santa Tereza (entorno)

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES

Realizar 1 (um) evento semanalmente

CRJ na rua Capacidade semanal: sob demanda

Realizar 1 (um) mostra anual

INDICADORES DE DESEMPENHO Número de eventos realizados Número de jovens atendidos Número de participantes

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S) (todos)

Quadro 13: Indicadores de desempenho das atividades do Espaço Administração - CRJ-BH

ESPAÇO

Espaço Administração

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES

Promover a gestão efetiva dos recursos públicos/ parceiros disponibilizados

Gestão CRJ-BH

Publicar mensalmente planilha de despesas por espaço / atividade

Programação

INDICADORES DE DESEMPENHO

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S)

Investimento em treinamento Custo por atividade e espaço Investimento em publicidade e propaganda Ocupação média do CRJ-BH

Administrativo

Número de eventos analisados pela programação Número de eventos aprovados pela programação

(todos)

(todos)

Publicar mensalmente a agenda de eventos

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Quadro 14: Indicadores de desempenho das atividades da Sala dos Conselhos - CRJ-BH

ESPAÇO

Sala dos Conselhos

102

METAS

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES

Realizar 1 (um) reunião mensal dos conselhos

Conselhos e Prefeito Itinerante

Realizar 1 (um) visita mensal do prefeito

INDICADORES DE DESEMPENHO Número de reuniões realizadas Número de participantes Frequência de visita do Prefeito Número de atendimentos realizados

EIXO (S) PRIORITÁRIOS (S) PBH Direitos Humanos GMG Diálogo com o governo


3.3.3 PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES POR ESPAÇO Na definição das atividades a serem contempladas por cada espaço no equipamento, foram considerados os seguintes critérios: a) Objetivos explicitados do espaço b) Características físicas do espaço c) Impacto da atividade: duração e natureza da formação proposta (livre ou técnico) d) Horário e) Concentração da atividade: semanal, mensal, trimestral ou semestral f) Sugestões apresentadas nos Workshops realizados g) Previsão de funcionamento do equipamento em todos os dias da semana (segunda a domingo) h) Reservas técnicas para eventualidades (manutenção, preparação de ambiente etc.)

A. Observatório da Juventude Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Manhã

Centro de Inteligência da Juventude Pesquisa de satisfação Jovem CRJ-BR Pesquisa sobre tema específico Jovem CRJ-BH

Tarde

Centro de Inteligência da Juventude Pesquisa de satisfação Jovem CRJ-BR Pesquisa sobre tema específico Jovem CRJ-BH

Noite

Centro de Inteligência da Juventude Pesquisa de satisfação Jovem CRJ-BR Pesquisa sobre tema específico Jovem CRJ-BH

Sábado

Domingo

103


Centro de Inteligência da Juventude: • Espaço: Observatório da Juventude • Descrição da atividade: Pesquisa e consolidação de informações de fontes secundárias, de origem pública ou da sociedade civil interessada, acerca da juventude, contemplando políticas públicas, empregabilidade e empreendedorismo (incluindo mapeamento das demandas de mercado), saúde, violência etc., disponibilizados em terminais. Seleção e entrada dos jovens monitores por edital anual, para bolsa de 20hs semanais de trabalho. • Carga-horária: contínua • Oferta: diária. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre para consulta • Frequência: livre

Pesquisa de satisfação Jovem CRJ-BH: • Espaço: Observatório da Juventude • Descrição da atividade: Coleta de dados acerca do nível de satisfação do jovem no uso do equipamento, principais problemas e sugestões, coletados diariamente (via totem na entrada) e processados online. • Carga-horária: contínua • Oferta: diária. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre • Frequência: livre

104


Pesquisa sobre tema específico Jovem CRJ-BH: • Espaço: Observatório da Juventude • Descrição da atividade: Coleta de dados acerca de temas pré-selecionados (ex. política, empreendedorismo, esportes, cultura etc.), alinhando-se às atividades desenvolvidas nos demais espaços.Espaço de trabalho de diversos grupos de pesquisa de universidades, fundações e ONGs. Seleção e entrada dos jovens por edital anual, para bolsa de 20hs semanais de trabalho. As equipes de pesquisa precisam ser compostas de 60% de jovens. • Carga-horária: contínua • Oferta: diária. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre • Frequência: livre

105


B. Central de Informações BH-Resolve Programação

semanal

Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Manhã

Direito: Trabalhista e Penal

Direito: Civil, Consumidor e outros

Direito: Trabalhista e Penal

Direito: Civil, Consumidor e outros

Direito: Trabalhista e Penal

Palestra mensal sobre Direito

Psicologia: apoio

Psicologia: orientação profissional

Psicologia: apoio

Psicologia: orientação profissional

Psicologia: apoio

Palestra mensal sobre Psicologia

Orientação à saúde sexual

Palestra mensal sobre Saúde sexual

Orientação à empregabilidade

Palestra mensal sobre empregabilidade

Cadastro, Serviços e Divulgação das informações

Tarde

Direito: Trabalhista e Penal

Direito: Civil, Consumidor e outros

Direito: Trabalhista e Penal

Direito: Civil, Consumidor e outros

Direito: Trabalhista e Penal

Palestra mensal sobre Direito

Psicologia: apoio

Psicologia: orientação profissional

Psicologia: apoio

Psicologia: orientação profissional

Psicologia: apoio

Palestra mensal sobre Psicologia

Orientação à saúde sexual

Palestra mensal sobre Saúde sexual

Orientação à empregabilidade

Palestra mensal sobre empregabilidade

Cadastro, Serviços e Divulgação das informações

Noite

Direito: Trabalhista e Penal

Direito: Civil, Consumidor e outros

Direito: Trabalhista e Penal

Direito: Civil, Consumidor e outros

Direito: Trabalhista e Penal

Psicologia: apoio

Psicologia: orientação profissional

Psicologia: apoio

Psicologia: orientação profissional

Psicologia: apoio

Orientação à saúde sexual Orientação à empregabilidade

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Cadastro, Serviços e Divulgação das informações

Domingo


Consultoria jurídica • Espaço: Centro de Informações BH Resolve • Descrição da atividade: Prestação de serviços de consultoria jurídica (em todas as áreas) via edital de convênio com universidades. Atendimento semanal (por área) mediante cadastro prévio na Central de informações do CRJ, online ou presencial. • Carga-horária: contínua • Oferta: segunda a sexta. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre, mediante cadastro • Frequência: livre

Apoio psicológico e orientação profissional • Espaço: Centro de Informações BH Resolve • Descrição da atividade: Prestação de serviços de apoio psicológico e orientação profissional via edital de convênio com universidades. Atendimento semanal mediante cadastro prévio na Central de informações do CRJ, online ou presencial. • Carga-horária: contínua • Oferta: segunda a sexta. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre, mediante cadastro • Frequência: livre

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Orientação à saúde sexual • Espaço: Centro de Informações BH Resolve • Descrição da atividade: Prestação de serviços de orientação à saúde sexual, doenças sexualmente transmissíveis (DST), métodos de prevenção, gravidez na adolescência etc. • Carga-horária: contínua • Oferta: segunda a sexta. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre, mediante cadastro • Frequência: livre

Orientação à empregabilidade • Espaço: Centro de Informações BH Resolve • Descrição da atividade: As ações de Empreendedorismo baseiam-se em 3 eixos: informar o jovem, encaminhar o jovem para sua área de interesse e promover situações de experimentação em empreendedorismo. Dentro do CRJ-BH, estas ações estão alocadas nas atividades apresentadas e descritas acima, da seguinte forma: - Eixos“informar” e “encaminhar” o jovem: realiza-se por meio da atividade de Orientação à empregabilidade, no espaço Centro de Informações BH Resolve. -Eixo“ experimentar o que os jovens podem ser”: expressa-se nas atividades de Cozinha Empreendedora, no espaço Cozinha; de Gravação de áudio, no espaço Estúdio de gravação de áudio, e na atividade de Edição de Imagem, no espaço de Estúdio de edição de imagem. Os dois eixos são formalmente trabalhados através da atividade Gestão de negócios e pessoal, no espaço Salas Multiuso, que tratada análise da cadeia de valor; modelagem de negócios (canvas) e plano de ação com sumário executivo, dentre outros conteúdos.

108


A Empregabilidade do CRJ-BH será a provisão de serviços para orientar o jovem em seu plano de vida,apresentar o passo a passo que associa o jovem às competências fundamentais a serem adquiridas, dentro e fora do CRJ-BH , para a conquista de um dado emprego. Este emprego estarápresente em um banco de dados a ser estruturado pelo Centro de Inteligência da Juventude, no espaço Observatório da Juventude. Nesse sentido, as ações de (a) celebração de parcerias e alianças com empresas públicas e privadas, ONGs, fundações, etc. que estejam interessadas em oferecer suas posições profissionais disponíveis no mercado ao banco de dados do CRJ-BH; (b) mapeamento das competências dos jovens e (c) direcionamento para ações de capacitação serão alocadas nas atividades de Orientação à empregabilidade, no espaço Centro de Informações BH Resolve e Pesquisa sobre tema específico Jovem CRJ-BH , no espaço Observatório da Juventude. • Carga-horária: contínua • Oferta: segunda a sábado. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre • Frequência: livre

Cadastro, serviços e divulgação de informações • Espaço: Centro de Informações BH Resolve • Descrição da atividade: informações sobre o calendário cultural atualizado do CRJ e de BH e as políticas públicas da juventude de Minas Gerais, via site, folder e quadros de aviso espalhados no CRJ. Cadastro/Inscrição para as atividades do CRJ e parceiros e oferecimento de serviços (ex. emissão de documentos etc. - BH Resolve). Monitores como atendentes para a facilitação da divulgação das informações. Preenchimento da vaga via edital, para função diária de 20hs • Carga-horária: contínua • Oferta: segunda a domingo.

109


• Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre • Frequência: livre

C. Arena Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Manhã

Cultura

Esportes

Cultura

Esportes

Cidadania

Skate

Livre (convivência) e Festival

Tarde

Cultura

Esportes

Cultura

Esportes

Cidadania

Skate

Livre (convivência) e Festival

Noite

Cultura

Esportes

Cultura

Esportes

Cidadania

Skate

Livre (convivência) e Festival

Práticas esportivas • Espaço: Arena • Descrição da atividade: lutas olímpicas, basquete de rua, parkour, slack line, tênis de mesa, peteca, badmintonetc., eventualmente skate (sob demanda), mediante programação por modalidade e, também, através de reserva do espaço, na Central de Informações do CRJ, presencial ou online. • Carga-horária: contínua • Oferta: terças e quintas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento)

110


• Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: livre, mediante cadastro • Frequência: livre

Prática de Skate • Espaço: Arena • Descrição da atividade: Prática do skate, com circuito adequado (rampas, obstáculos etc.). Sugere-se que o piso da arena seja próprio para skate. • Carga-horária: contínua • Oferta: sábados. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre, mediante cadastro • Frequência: livre

Atividades culturais • Espaço: Arena • Descrição da atividade: expressão da diversidade cultural jovem através da dança, música, circo, etc., mediante programação por modalidade e, também, através de reserva do espaço para grupos de jovens, na Central de Informações do CRJ, presencial ou online. • Carga-horária: contínua • Oferta: sábados. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento)

111


• Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre, mediante cadastro • Frequência: livre

Atividades culturais: festival de música e dança • Espaço: Arena • Descrição da atividade: espaço reservado para realização de festivais culturais de música e dança mediante programação por modalidade e, também, através de reserva do espaço para grupos de jovens, na Central de Informações do CRJ, presencial ou online. • Carga-horária: contínua • Oferta: domingos. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre, mediante cadastro • Frequência: livre

Tribuna livre - cidadania • Espaço: Arena • Descrição da atividade: “Parlatório jovem” (púlpito) para discussão de temáticas que impactam os jovens pelos próprios jovens e por convidados da cena local e nacional. • Carga-horária: contínua • Oferta: sextas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento)

112


• Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre • Frequência: livre

Palestras - cidadania • Espaço: Arena • Descrição da atividade: Palestras de diversos temas de interesse do jovem. Os jovens poderão submeter seus temas e convidados à curadoria de debates do CRJ, assim como a programação do CRJ deve prever a realização de palestras que incentive à cidadania juvenil. • Carga-horária: 2h • Oferta: sextas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre • Frequência: livre

D. Auditório Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Manhã

Cinema

Teatro

Cinema

Reserva

Seminário

ENEM

(livre)

Tarde

Cinema

Teatro

Cinema

Reserva

Seminário

ENEM

(livre)

Noite

Fórum

Pocket show

(livre)

Reserva

Cinema

Espetáculos/ Solenidades

(livre)

113


Aulão ENEM • Espaço: Auditório • Descrição da atividade: Aulão “ENEM”, em módulos, de acordo com os eixos temáticos do exame, mediante realização de parcerias sociais com professores locais. • Carga-horária: 4h/aula por encontro, sendo 20 horas por eixo temático (módulos sucessivos) • Oferta: duas turmas simultâneas, aos sábados • Período previsto para oferta: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã e tarde • Número de participantes: até 230 por turma • Tipo de participação: mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante registro de frequência (ata)

Cinema no CRJ-BH • Espaço: Auditório • Descrição da atividade: Sessões de cinema preferencialmente comentadas. Sugere-se parceria com universidades e cursos de cinema para disponibilização do pessoal para comentários. • Carga-horária: 2h/sessão • Oferta: segundas e quartas (sessões não comentadas) e sextas-feiras (sessão comentada) • Período previsto: Perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: segundas e quartas (manhã e tarde) e sexta (noite) • Tipo de participação: livre • Número de participantes: média de 50 jovens por sessão • Frequência: controle de participação

114


Seminários Temáticos • Espaço: Auditório • Descrição da atividade: Realização de seminários em temáticas variadas. Sugere-se: empreendedorismo, cultura, história e cidadania, direito do consumidor, desenvolvimento de carreira, valores de minas, marketing pessoal, saúde e DST, esportes, cinema, dança, música, tecnologia, oratória, arte livre etc. • Carga-horária: 3h/seminário • Oferta: semanalmente, 2 vezes por semana (seminários distintos), às sextas • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã e tarde • Número de participantes: média de 50 jovens por turno • Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle de participação (check in)

Curso de Teatro • Espaço: Auditório • Descrição da atividade: Realização de cursos relacionados à arte do teatro: interpretação, iluminação, cenografia e produção • Carga-horária: 60h • Oferta: semanalmente, às terças-feiras • Período previsto: Perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã e tarde • Número de participantes: média de 50 jovens por turma • Tipo de participação:mediante inscrição prévia

115


• Frequência: mediante registro de frequência (ata)

Pocket Show • Espaço: Auditório • Descrição da atividade: Realização de shows e apresentações, de até 04 performances por noite em estilo stand-up • Carga-horária: 2h/sessão • Oferta: semanalmente, às terças-feiras • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: noite • Número de participantes: média de 50 jovens • Tipo de participação: livre • Frequência: controle de participação (check in)

Fórum • Espaço: Auditório • Descrição da atividade: Realização de discussões sobre temas atuais de interesse direto da juventude, em formato mesa redonda • Carga-horária: 2h/semana • Oferta: semanalmente, às segundas-feiras • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento)

116


• Turno: noite • Número de participantes: média de 50 jovens • Tipo de participação: livre • Frequência: controle de participação via check in Reserva Técnica Para Atividades Eventuais / Manutenção • Espaço: Auditório • Descrição da atividade: Reuniões do tipo plenárias para ONGs locais, shows patrocinados, apresentações alternativas etc. • Carga-horária: sob demanda • Oferta: semanalmente, às quintas-feiras • Período previsto: Perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: variável • Frequência: variável Espetáculos e solenidades • Espaço: Auditório • Descrição da atividade: Realização de espetáculos e solenidades. • Carga-horária: sob demanda • Oferta: semanalmente, aos sábados • Período previsto: Perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: noite

117


• Número de participantes: variável • Frequência: variável

E. Estúdios E1. Estúdio de gravação de áudio Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Manhã

Reserva

Gravação

Cursos de formação

Gravação

Tarde

Reserva

Gravação

Cursos de formação

Gravação

Noite

Reserva

Gravação

Cursos de formação

Gravação

Gravação de áudio • Espaço: Estúdio de gravação de áudio • Descrição da atividade: espaço reservado para gravações musicais, de qualquer natureza, mediante reserva prévia (com restrição semanal e mensal a definir) na Central de Informações do CRJ, presencial ou online, com divulgação da ordem de reserva via painel público. Preenchimento da função de monitor/formador através de edital ou convênio com as Universidades e demais instituições de ensino na área. • Carga-horária: contínua • Oferta: terças, quartas, quintas, sábados e domingos. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre, mediante cadastro

118


• Frequência: livre

Cursos de formação • Espaço: Estúdio de gravação de áudio • Descrição da atividade: capacitação relacionada à edição, gravação, produção musical e outros temas correlatos. • Carga-horária: 16h/a • Oferta: sextas-feiras. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite, sendo um módulo a cada sexta-feira. • Número de participantes: média de 20 jovens por turma • Tipo de participação: livre, mediante inscrição prévia • Frequência: controle de presença E2. Estúdio de edição de imagem Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Manhã

Reserva técnica

Cursos de formação

Edição de imagem

Cursos de formação

Edição de imagem

Cursos de formação

Edição de imagem

Tarde

Reserva técnica

Cursos de formação

Edição de imagem

Cursos de formação

Edição de imagem

Cursos de formação

Edição de imagem

Noite

Reserva técnica

Cursos de formação

Edição de imagem

Cursos de formação

Edição de imagem

Cursos de formação

Edição de imagem

119


Edição de imagem • Espaço: Estúdio de edição de imagem • Descrição da atividade: espaço reservado para edições de imagem, de qualquer natureza, mediante reserva prévia (com restrição semanal e mensal a definir) na Central de Informações do CRJ, presencial ou online, com divulgação da ordem de reserva via painel público. Preenchimento da função de monitor/formador através de edital ou convênio com as Universidades e demais instituições de ensino na área • Carga-horária: contínua • Oferta: quartas, sextas e domingos. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: livre, mediante cadastro (reserva) • Frequência: livre

Cursos de formação • Espaço: Estúdio de edição de imagem • Descrição da atividade: capacitação na operação de softwares específicos para a edição de vídeos e imagens. • Carga-horária: 36h/a • Oferta: terças, quintas e sábados. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite, sendo um módulo a cada dia (total 3 semanas)

120


• Número de participantes: média de 20 jovens por turma • Tipo de participação: livre, mediante inscrição prévia • Frequência: controle de presença

F. Cozinha Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Manhã

Chefs do amanhã

Cozinha Empreend.

Chefs do amanhã

Cozinha Empreend.

Chefs do amanhã

(livre)

Degustação

Tarde

Chefs do amanhã

Cozinha Empreend.

Chefs do amanhã

Cozinha Empreend.

Chefs do amanhã

(livre)

Degustação

Noite

Chefs do amanhã

Cozinha Empreend.

Chefs do amanhã

Cozinha Empreend.

Chefs do amanhã

(livre)

Degustação

Chefs do amanhã: COZINHA MINEIRA • Espaço: Cozinha • Descrição da atividade: Curso técnico de cozinha mineira, em dois módulos: básico e gourmet, constando dos seguintes itens: tipos diversos de arroz, feijão, sopa, aves, carnes vermelhas, sobremesas etc. Buscar parceiras e patrocínio • Carga-horária: básico e gourmet, em um total de 180h • Oferta: semanalmente, às segundas, quartas e sextas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite

121


• Número de participantes: 10 pessoas por turma, sendo 30 pessoas atendidas por semestre, por turno. • Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata

Cozinha Empreendedora • Espaço: Cozinha • Descrição da atividade: aprendizagem no gerenciamento de cozinha e oferta de produtos para venda (sobretudo lanches e refeições rápidas) no CRJ-BH • Carga-horária: 32h (módulos mensais) • Oferta: semanalmente, às terças e quintas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: 10 pessoas por turma, sendo 30 pessoas atendidas por mês. • Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata Degustação • Espaço: Cozinha • Descrição da atividade: alunos dos cursos Chefs do amanhã e cozinha empreendedora elaboram pratos para serem comercializados e degustados por usuários do CRJ e comunidade. • Carga-horária: livre • Oferta: semanalmente, aos domingos • Período previsto: perene (com escala/programação dos alunos e intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite

122


• Número de participantes: sob demanda • Frequência: livre

Cozinha livre • Espaço: Cozinha • Descrição da atividade: cursos livres (eventuais) com chefs convidados, preferencialmente patrocinados por fabricantes de alimentos. • Carga-horária: livre • Oferta: semanalmente, aos sábados • Período previsto: perene (com escala/programação dos alunos e intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Frequência: livre

G. Estação da Música Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Manhã

Canto

Técnicas musicais

Instrumento corda

Instrumento percussão

Produção musical

Ensaios de grupo

Apresentação

Tarde

Canto

Técnicas musicais

Instrumento corda

Instrumento Percussão

Produção musical

Ensaios de grupo

Apresentação

Noite

Aula ENEM

Aula ENEM

Aula ENEM

Aula ENEM

Aula ENEM

Sarau

Apresentação

123


Aulas de canto • Espaço: Estação da música • Descrição da atividade: Curso livre de canto e coral. Preenchimento da função de monitor/formador através de edital ou convênio com as Universidades e demais instituições de ensino na área • Carga-horária: 60 h/turma • Oferta: semanalmente, às segundas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã e tarde • Número de participantes: 20 pessoas por turma. • Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata

Técnicas musicais • Espaço: Estação da música • Descrição da atividade: Curso livre de técnicas musicais, o que inclui história da música, instrumentos principais, harmonização etc.Preenchimento da função de monitor/formador através de edital ou convênio com as Universidades e demais instituições de ensino na área • Carga-horária: 60 h/turma • Oferta: semanalmente, às terças. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã e tarde

124


• Número de participantes: 20 pessoas por turma. • Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata

Instrumentos musicais: corda • Espaço: Estação da música • Descrição da atividade: Curso livre instrumentos de corda, notadamente: violão, guitarra, baixo e os clássicos violino e violão celo. • Carga-horária: 60 h/turma • Oferta: semanalmente, às quartas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã e tarde e noite • Número de participantes: 20 pessoas por turma. • Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata Instrumentos musicais: percussão • Espaço: Estação da música • Descrição da atividade: Curso livre instrumentos de percussão. • Carga-horária: 60 h/turma • Oferta: semanalmente, às quintas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: 20 pessoas por turma.

125


• Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata

Produção musical • Espaço: Estação da música • Descrição da atividade: Curso livre de produção musical (gestão, busca de patrocínio, elaboração de espetáculos, sonorização e sonoplastia etc.) • Carga-horária: 60 h/turma • Oferta: semanalmente, às sextas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: 20 pessoas por turma. • Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata

Aula ENEM • Espaço: Estação da música • Descrição da atividade: Aula “ENEM”, em módulos, de acordo com os eixos temáticos do exame, formato “cursinho” mediante realização de parcerias sociais com professores locais. Dentre os critérios para seleção de estudantes, é necessário comprovação de vínculo com escola pública e baixa renda familiar, de acordo com os padrões do governo federal. • Carga-horária: 60 h/turma, por módulo. • Oferta: segunda à sexta. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento)

126


• Turno: noite • Número de participantes: 45 pessoas por turma. • Tipo de participação:mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata

Ensaios de grupo • Espaço: Estação da música • Descrição da atividade: Momento destinado para ensaio dos grupos de alunos dos cursos de instrumentos do CRJ-BH, bem como juventude em geral, mediante programação. • Carga-horária: livre • Oferta: semanalmente, aos sábados. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã e tarde • Tipo de participação: mediante reserva de horário • Frequência: controle mediante check in

Apresentações livres • Espaço: Estação da música • Descrição da atividade: Momento destinado a apresentação dos grupos de alunos dos cursos de

127


instrumentos do CRJ-BH, bem como juventude em geral, mediante programação. • Carga-horária: livre • Oferta: semanalmente, aos domingos. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda. • Tipo de participação: livre • Frequência: controle mediante check in

128


H. Salas multiuso Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Manhã

Gestão de negócios e pessoal

Curso profiss. artístico

Gestão de negócios e pessoal

Curso profiss. artístico

Atividade coletiva

Reserva técnica

Reserva técnica

Tarde

Gestão de negócios e pessoal

Curso profiss. artístico

Gestão de negócios e pessoal

Curso profiss. artístico

Atividade coletiva

Reserva técnica

Reserva técnica

Noite

Gestão de negócios e pessoal

Curso profiss. artístico

Gestão de negócios e pessoal

Curso profiss. artístico

Atividade coletiva

Reserva técnica

Reserva técnica

Gestão de negócios e pessoal • Espaço: Salas multiuso • Descrição da atividade: cursos de mídias sociais, elaboração de plano de negócios (sugere-se parceria com o SEBRAE), finanças pessoais, desenvolvimento de carreira, oratória e marketing pessoal etc., sob demanda, mediante programação específica. • Carga-horária: definir em função da oferta • Oferta: segundas e quartas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: média de 20 jovens por turma • Tipo de participação: mediante inscrição prévia • Frequência: controle de participação

129


Cursos profissionalizantes artísticos • Espaço: Salas multiuso • Descrição da atividade: Cursos e ensaios de teatro, música e dança, cursos técnicos de: figurino e maquiagem artística, iluminação, cenografia e recursos visuais, contra-regra, holdie e produção artística sob demanda, mediante programação específica. • Carga-horária: definir em função da oferta • Oferta: terças e quintas. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: média de 20 jovens por turma • Tipo de participação: mediante inscrição prévia • Frequência: controle de participação

Atividades coletivas • Espaço: Salas multiuso • Descrição da atividade: Escritório de grupos/coletivos/ empresas de jovens. Público destinatário: jovens em geral • Carga-horária: definir em função da oferta • Oferta: sextas • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: mediante reserva prévia • Frequência: livre

130


I. Biblioteca Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Manhã

Biblioteca ativa

Tarde

Biblioteca ativa

Noite

Biblioteca ativa

Sexta

Sábado

Domingo

Biblioteca ativa • Espaço: Biblioteca • Descrição da atividade: Espaço destinado à leitura e ao estudo individual e em grupo. Espaço para exibição e produção do conhecimento, mediante as temáticas identificadas na pesquisa realizada pelo Observatório da Juventude CRJ. Realização de leitura dirigida. Bibliografia atualizada, com títulos de interesse geral da juventude e acesso digital integral. • Carga-horária: contínua • Oferta: diariamente • Período previsto: perene • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: livre (empréstimo de títulos impressos mediante cadastro prévio) • Frequência: livre

131


J. Sala de artes visuais Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Manhã

Artes plásticas

Técnicas de artes visuais

Artes plásticas

Restauração

Fotografia

Exposição

Artes plásticas

Técnicas de artes visuais

Artes plásticas

Restauração

Artes plásticas

Técnicas de artes visuais

Artes plásticas

Restauração

Tarde

Noite

Domingo Exposição

WS Especialista Fotografia

Exposição

Exposição

WS Especialista Fotografia

Exposição

Exposição

WS Especialista

Técnica: artes visuais • Espaço: Sala de artes visuais • Descrição da atividade: Curso de formação em artes visuais, o que inclui história da arte, técnicas e modalidades principais, tendências contemporâneas e atividades práticas como iniciação ao desenho e pintura e projeto de arte. Preenchimento da função de monitor/formador através de edital ou convênio com as Universidades e demais instituições de ensino na área. • Carga-horária: 60 h • Oferta: às segundas-feiras • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite (3 turmas diárias) • Número de participantes: 20 (por turma) • Tipo de participação: livre, mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata de presença

132


Artes plásticas • Espaço: Sala de artes visuais • Descrição da atividade: Curso livre de artes plásticas tradicionais (desenho, pintura, gravura etc.), constituído em módulos. Preenchimento da função de monitor/formador através de edital ou convênio com as Universidades e demais instituições de ensino na área. • Carga-horária: 72 h • Oferta: às segundas e quartas-feiras • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: 10 (por turma) • Tipo de participação: livre, mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata de presença

Restauração • Espaço: Sala de artes visuais • Descrição da atividade: Curso livre de restauração de arte em geral, em módulos comorestauração e pintura de imagens de gesso, arte barroca, metais, têxtil, fotografias etc. • Carga-horária: 72 h • Oferta: às quintas-feiras • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite (3 turmas diárias) • Número de participantes: 10 (por turma) • Tipo de participação: livre, mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata de presença

133


Fotografia • Espaço: Sala de artes visuais • Descrição da atividade: Curso livre de fotografia, o que inclui temas como iluminação, cores, equipamentos e formatos utilizados, composição e registro da imagem, manuseio da câmera, enquadramentos etc. • Carga-horária: 60 h • Oferta: às sextas-feiras • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite (3 turmas diárias) • Número de participantes: 15 (por turma) • Tipo de participação: livre, mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata de presença

Exposição • Espaço: Sala de artes visuais • Descrição da atividade: Espaço destinado à exposição dos resultados produzidos pelos alunos. • Carga-horária: livre • Oferta: aos sábados e domingos • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: livre • Frequência: livre

134


WS Especialista • Espaço: Sala de artes visuais • Descrição da atividade: Workshop mensal realizado com especialista, em uma das modalidades desenvolvidas ao longo dos cursos • Carga-horária: 4h a 8h • Oferta: aos sábados (uma vez por mês) • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: livre, mediante inscrição prévia • Frequência: controle de frequência K. Salas de projetos Programação semanal Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Manhã

Atividades coletivas

EaD

Artes digitais

EaD

Videoteca

Atividades coletivas

(livre)

Tarde

Atividades coletivas

EaD

Artes digitais

EaD

Videoteca

Atividades coletivas

(livre)

Noite

Atividades coletivas

EaD

Artes digitais

EaD

Videoteca

Atividades coletivas

(livre)

Atividades coletivas • Espaço: Salas de projetos • Descrição da atividade: Escritório de grupos/coletivos/ empresas de jovens. Público destinatário: jovens em geral

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• Carga-horária: definir em função da oferta • Oferta: segundas, quartas e sábados • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: mediante reserva prévia • Frequência: livre

Artes digitais • Espaço: Sala de projetos • Descrição da atividade: Curso livre vinculado ao campo das artes contemporâneas, objetiva a criação de obras de arte multimídia, nas seguintes categorias: pintura, modelagem, animação etc., apresentados em espaço virtual ou impressos nos modos 2D ou 3D. • Carga-horária: 60 h • Oferta: às terças • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite (3 turmas diárias) • Número de participantes: 20 (por turma) • Tipo de participação: livre, mediante inscrição prévia • Frequência: controle mediante ata de presença

136


Ensino à Distância - EaD • Espaço: Salas de projetos • Descrição da atividade: Espaço destinado à utilização individual de jovens em terminais (computadores com fone de ouvido) para realização de cursos de ensino à distância, mediante parcerias (ex. SEBRAE, Universidades etc.) • Carga-horária: sob demanda • Oferta: terças e quintas • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: mediante reserva prévia • Frequência: livre Videoteca • Espaço: Salas de projetos • Descrição da atividade: Espaço destinado à utilização individual de jovens em terminais (computadores com fone de ouvido) para apresentação de vídeos em geral. • Carga-horária: contínua • Oferta: sextas • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: mediante cadastro prévia • Frequência: livre

137


L. Praça Rui Barbosa e Viaduto Santa Tereza Programação semanal Turno

Domingo

Manhã

CRJ na rua

Tarde

CRJ na rua

Noite

CRJ na rua

CRJ na rua • Espaço: Praça Rui Barbosa e Viaduto Santa Tereza • Descrição da atividade: pequenos eventos semanais e grande mostra anual com premiação “Destaques Jovens”. Os jovens poderão submeter suas produções e produtos à curadoria de artes (teatro, cinema, show, circo e exposições) do CRJ. A curadoria de artes será a responsável por selecionar, organizar calendário e premiações e viabilizar a exibição do espetáculo. • Carga-horária: contínua • Oferta: domingos. • Período previsto: perene (com intervalos de replanejamento) • Turno: manhã, tarde e noite • Número de participantes: sob demanda • Tipo de participação: livre • Frequência: livre

138


M. Salas dos conselhos Programação semanal: Salas dos Conselhos Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Manhã

Sala disponível para os Conselhos e Prefeito Itinerante

Tarde

Sala disponível para os Conselhos e Prefeito Itinerante

Noite

Sala disponível para os Conselhos e Prefeito Itinerante

Sábado

Domingo

Sala disponível para os Conselhos e Prefeito Itinerante • Espaço: Sala dos conselhos • Descrição da atividade: Reuniões dos conselhos Municipal e Estadual e atendimento ao público. Reuniões com o prefeito de BH e seus assessores para deliberar questões concernentes à juventude, mediante programação. • Carga-horária: não se aplica. • Oferta: diária. • Período previsto: perene • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: não se aplica • Frequência: não se aplica

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N. Espaço Administração Programação semanal: Espaço Administração Turno

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Manhã

Espaço disponível para a gestão e programação do CRJ-BH

Tarde

Espaço disponível para a gestão e programação do CRJ-BH

Noite

Espaço disponível para a gestão e programação do CRJ-BH

Domingo

Gestão e programação do CRJ-BH • Espaço: Espaço Administração • Descrição da atividade: Administração do Equipamento CRJ-BH (RH, Marketing, Compras , etc.), programação de artes (será a responsável por selecionar, organizar calendário, indicar premiações e viabilizar a exibição de apresentações e espetáculos nos espaços da Arena, Salas Multiuso e Praça) e programação de debates (responsável por selecionar, organizar calendário e viabilizar debates, palestras e seminários nos espaços da Arena, Salas Multiuso e Praça). As curadorias deverão ter pelo menos 60% de jovens em seus quadros. • Carga-horária: não se aplica. • Oferta: diária. • Período previsto: perene • Turno: manhã, tarde e noite • Tipo de participação: não se aplica • Frequência: não se aplica

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3.4 CRONOGRAMA E PLANO DE EXECUÇÃO 3.4.1 ANTERIORES A INAUGURAÇÃO Mantém-se para as atividades anteriores à inauguração do CRJ-BH ações que provoquem o pertencimento local, iniciando-se o processo de interlocução com o jovem, e garantindo que participem cotidianamente de algumas atividades prévias, no sentido de “fazer com os jovens e não para os jovens”. O plano de execução anterior à inauguração deve orientar-se de acordo o movimento coletivo e empoderador do jovem, com um fluxo de comunicação contínuo CRJ-juventude-CRJ.

A. Plano Marketing e comunicação Contratação de uma empresa para elaboração de plano de comunicação completo, para divulgar o processo de criação e desenvolvimento do CRJ-BH, contemplando: • Utilização de mídias diversas (internet, redes sociais, outdoors, banners, panfletos e TV) em pontos de grande circulação de jovens • Criação do Portal CRJ-BH e fanpage • Criação de press kit com material informativo • Criação de teasears CRJ-BH • Realização de concurso com os jovens para definição do nome, logomarca e mascote do CRJ • Fazer pesquisa de imagem do projeto e planejamento de branding do CRJ-BH

B. Diálogo com a comunidade Aproximação do CRJ-BH à sociedade, contemplando as atividades: • Apresentação do CRJ-BH a todas as esferas, órgãos e instituições governamentais • Intervenções em eventos diversos com público jovem

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• Convocar ONGs e movimentos interessados para apresentar propostas e ouvir sugestões durante a construção do CRJ • Apresentação do Planejamento CRJ-BH para os atores que participaram da pesquisa • Montar uma rede de legitimação do CRJ-BH • Agente jovem CRJ (Mobilização/Diálogo) • CRJ-BH na cidade (mini CRJs nos Centros Culturais um mês antes) • Interface com os programas e projetos da PBH e Governo do Estado de MG • Mobilização da população do entorno

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