1a edição - 2022 Santo André – SP
O MAIS IMPORTANTE PERSONAGEM DA HISTÓRIA UNIVERSAL
Quem é Jesus e como ele é diferente de todos os outros líderes religiosos do mundo? Este guia colorido proporciona uma introdução à vida de Jesus, aos seus ensinamentos e ao significado de sua morte e ressurreição de modo bem fundamentado. A cada capítulo, descubra a transformação e o impacto causados por Jesus de Nazaré neste mundo.
GU I A I LUST R A DO DA V I DA DE J E SUS
Repleto de imagens, gráficos e cronogramas, este Guia ilustrado da vida de Jesus possui linguagem fácil e é perfeito para uso individual, estudos bíblicos em grupo e aulas para novos convertidos. Nele você encontra questões práticas para reflexão, que o ajudarão a aplicar o que você sabe sobre Jesus e seus ensinamentos à sua vida pessoal.
GUIA ILUSTRADO
JESUS DA VIDA DE
CONHEÇA PROFUNDAMENTE O MAIS IMPORTANTE PERSONAGEM DA HISTÓRIA
Guia Ilustrado da vida de Jesus CNPJ 44.197.044/0001-29 • SAC 0800-7736511
ISBN 978-65-5655-291-0
Conhecimento Bíblico
Título original Jesus® publicado por Rose Publishing, Inc. Traduzido com permissão. Todos os direitos desta obra em português pertencem à Geográfica Editora©2022. Esta obra é de responsabilidade de seus idealizadores.
Diretora editorial
Maria Fernanda Vigon
Editor chefe Marcos Simas
Editor assistente Adriel Barbosa
Tradução
José Fernando Cristófalo
Preparação de texto Lilian Condeixa
Adaptação da arte e diagramação Let Design Brasil
Revisão
João Rodrigues Marcelo Miranda Nataniel Gomes Angela Baptista
Capa
Rick Szuecs Esta obra foi impressa no Brasil com a qualidade de impressão e acabamento da Geográfica Editora. Qualquer comentário ou dúvidas sobre este produto escreva para: produtos@geografica.com.br
GUIA ILUSTRADO
JESUS
Sumário capítulo 1
Quem é Jesus? 05
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
Jesus: As Os BemFato ou Evangelhos Ficção Lado a aventuranças 21 49 Lado 35
Continua na próxima página
GEOGRÁFICA
GUIA ILUSTRADO
JESUS
Sumário capítulo 5
A Oração do Senhor 63
capítulo 6
Os Nomes de Jesus 75
capítulo 7
Cristo no Antigo Testamento 87
capítulo 8
Cristo na Páscoa 103
CAPÍTULO 1
JESUS
Quem é Jesus?
P o r q u e e le v ei o? O q u e e l e di sse? P or q u e e l e m or r eu ?
QUEM E JESUS?
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“[...]Quem os outros dizem que o Filho do homem é?” Mateus 16.13
J
esus fez essa pergunta sobre si mesmo aos discípulos, cerca de dois mil anos atrás. Seus discípulos replicaram com respostas baseadas em coisas que sabiam ou tinham experimentado: “Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas.” (Mt 16.14). As pessoas, no tempo de Jesus, tinham expectativas sobre quem ele era e chegavam às suas conclusões com base nessas expectativas. Em nossos dias, não é diferente. As pessoas reúnem ideias sobre Jesus de inúmeros lugares: da televisão e do cinema; de livros e da mídia em geral; da família, da escola e das conversas no ambiente de trabalho. Algumas dessas ideias estão corretas em relação ao alvo. Outras, porém, erram o alvo totalmente. Determinados indivíduos dizem que Jesus era apenas um pregador popular ou um guru do viver ético. Outros afirmam não ser nem mesmo importante saber quem ele é. No entanto, para aqueles que entregaram a vida a Cristo e têm experimentado o viver de um modo novo e maravilhoso, a questão sobre a identidade dele assume uma importância maior do que a própria vida.
Após questionar seus discípulos quanto ao que as demais pessoas falavam sobre ele, Jesus dirigiu-lhes a mesma pergunta: “E vocês? ... Quem vocês dizem que eu sou?” (Mt 16.15). E “Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.’” (v. 16). O que significa Jesus ser “o Cristo” e o “Filho”? Isso quer dizer que Jesus é muito mais do que um mero pregador popular, um profeta ou um mestre sábio. Quem é Jesus? As páginas seguintes responderão a essa questão fundamental. Para compreender quem é Jesus, torna-se crucial entender o que ele ensinou, como viveu, o que afirmou sobre si mesmo e o que aqueles que o conheceram melhor disseram a seu respeito — os que o conheciam como “o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
QUEM E JESUS?
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1. Quem é Jesus? O que Jesus disse
“[...] Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” (João 14.6) “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede[...]. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6.35-40) “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8.12) Veja também Mateus 11.27-29; João 8.58; 10.30.
O que disseram aqueles que melhor o conheceram
“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens[...] Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade... Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça. Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo.”(João 1.1-4, 14-17) João foi um dos amigos mais íntimos de Jesus e um dos mais antigos seguidores que estava presente na execução de Cristo.
“Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês.”(1Pedro 1.18-20) Pedro, um dos doze discípulos de Jesus, escreveu essas palavras aos cristãos do século 1 d.C.
Veja também Mateus 16.16; Colossenses 2.9; Hebreus 1.3.
O que Deus, o Pai, disse
“Enquanto ele [Pedro] ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: ‘Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!’”(Mateus 17.5) Deus, o Pai, falou claramente sobre Jesus.
O que a natureza disse
“Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos
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QUEM E JESUS?
o acordaram e clamaram: ‘Mestre, não te importas que morramos?’ Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Aquiete-se! Acalme-se!’ O vento se aquietou, e fez-se completa bonança. Então perguntou aos seus discípulos: ‘Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?’ Eles estavam apavorados e perguntavam uns aos outros: ‘Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?’” (Marcos 4.38-41) O mundo natural obedeceu às suas ordens porque ele é o Criador.
Veja também Mateus 14.13-33.
O que os demônios disseram “Na sinagoga havia um homem possesso de um demônio, de um espírito imundo. Ele gritou com toda a força: ‘Ah! que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus!’” (Lucas 4.33-34)
O mundo espiritual reconheceu Jesus e seu poder.
Veja também Mateus 8.29; Marcos 5.6-7.
O que as outras pessoas disseram
Cristo na tempestade no mar da Galileia, por Rembrandt
“Podemos observar por alto que ele nunca foi visto como um simples mestre da moral. Ele não produziu esse efeito em nenhuma das pessoas que realmente o conheceu. Ele causou, em especial, três efeitos: ódio, terror, e adoração. Não há indícios de pessoas manifestando aprovação moderada.” C. S. Lewis, professor de Oxford e Cambridge, ex-agnóstico (1898-1963)
“Conheço os homens, e digo-lhe que Jesus Cristo não é um mero homem. Não há comparação nenhuma entre Jesus e qualquer outra pessoa do mundo.” Napoleão Bonaparte, imperador francês (1769-1821)
“Por que os nomes de Buda, Maomé ou Confúcio não ‘agridem’ as pessoas? A razão é que esses outros homens não declararam que eram Deus, e Jesus o fez.” Josh McDowell, evangelista cristão
“Ele não possuía riqueza nem influência. Seus parentes eram discretos e não tinham treinamento nem educação formal. Na infância, assustou um rei; na meninice, confundiu doutores; como adulto, governou o curso da natureza, andou sobre as ondas como se fossem calçadas e silenciou o mar para dormir. Ele curou as multidões sem remédio e não cobrava por seu serviço. Os nomes dos orgulhosos estadistas do passado, da Grécia e de Roma, vieram e se foram. Os nomes de cientistas, filósofos e teólogos do passado vieram e se foram; mas o nome deste Homem cresce cada vez mais. Embora o tempo tenha espalhado aproximadamente dois mil anos entre as pessoas desta geração e o cenário de sua crucificação, ele ainda vive. Herodes não pôde destruí-lo, e a sepultura não pôde segurá-lo.” Extraído de O incomparável Cristo
Resumo: Jesus era mais do que humano. Na verdade, ele era humano e divino ao mesmo tempo — o Filho de Deus. Ele é o Criador que entrou em sua criação.
QUEM E JESUS?
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2. Qual foi a sua mensagem? O que Jesus disse sobre as suas boas-novas (o evangelho) “O tempo é chegado [...] O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas-novas!” (Marcos 1.15) “E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6.39-40) Veja também Mateus 4.23-24; 5.1–7.29; Marcos 4.1-34; Lucas 15.1-31; João 10.1-18; 15.1-17.
O que disseram aqueles que melhor o conheceram
“Nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém, onde o mataram, suspendendo-o num madeiro. Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia e fez que ele fosse visto, não por todo o povo, mas por testemunhas que designara de antemão, por nós que comemos e bebemos com ele depois que ressuscitou dos mortos. Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que este é aquele a quem Deus constituiu juiz de vivos e de mortos. Todos os profetas dão testemunho dele, de que todo aquele que nele crê recebe o perdão dos pecados mediante o seu nome.” (Atos 10.39-43) Palavras proferidas por Pedro, um dos melhores amigos de Jesus. Pedro foi escolhido por Jesus para ser um líder após a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Veja também Atos 2.14-41; 3.11-26; 4.8-12; 5.29-32.
O que as outras pessoas disseram “A verdade é que, embora ele tenha vindo pregar o evangelho, seu principal objetivo ao vir era que houvesse um evangelho a pregar.” R. W. Dale, ministro congregacionalista (1829-1895)
“Jesus não fornece receitas para mostrar o caminho a Deus como outros mestres da religião fazem. Ele próprio é o caminho.” Karl Barth, teólogo (1886-1968)
“O Evangelho que representa Jesus Cristo, não como um sistema de verdades a serem recebidas, na mente, como eu deveria receber um sistema de filosofia ou astronomia, mas o representa como um Salvador real, vivo e poderoso, capaz de salvar-me agora.” Catherine Booth, cofundadora do Exército de Salvação (1829-1890)
Resumo: O centro da mensagem de Jesus era ele mesmo. Jesus impactou o mundo como nenhum outro ser humano na história. Tudo o que ele fez foi bom, e o maior bem que realizou foi por meio de sua morte e ressurreição dentre os mortos. As boas-novas que o Senhor veio anunciar também eram o que ele veio efetuar.
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QUEM E JESUS?
O que Jesus disse sobre: Amor
“‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes.”(Marcos 12.30-31) “Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os pecadores amam aos que os amam. E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os pecadores agem assim[...] Amém, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso.” (Lucas 6.31-36) “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.”(João 13.34-35) “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele.” (João 14.21)
Deus
“Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus.”(Marcos 10.18) “Vocês são os que se justificam a si mesmos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os corações de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos olhos de Deus.” (Lucas 16.15) “Ao ouvirem isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: ‘Neste caso, quem pode ser salvo?’ Jesus olhou para eles e respondeu: ‘Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis.’” (Mateus 19.25-26) “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”(João 4.24)
Céu
“Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.” (Mateus 6.20-21) “Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se.” (Lucas 15.7) “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. Vocês conhecem o caminho para onde vou.” (João 14.1-4)
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3. Por que ele veio? O que Jesus disse
“Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele.” (João 3.17) “[...] Digo a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo [...] eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10.7-10) Veja também Mateus 5.17; Marcos 2.17; 10.45; Lucas 12.49-51; 19.10; João 7.28; 9.39; 12.46.
O que disseram aqueles que melhor o conheceram
“[...] Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.” (1Timóteo 1.15) Escrito pelo apóstolo Paulo, um anticristão obcecado até ter um encontro com o Jesus ressurreto, que mudou o curso da sua vida.
Veja também João 1.11-12; 1João 3.8.
O que os profetas disseram
“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.” (Isaías 53.4)
Palavras ditas por Isaías, um profeta que previu, mais de setecentos anos antes de Jesus nascer, o que o Messias (o Cristo) faria.
Veja também Gênesis 49.10; Malaquias 3.1-4.
O que as outras pessoas disseram
“A essência do ministério de Jesus foi trazer o poder divino a todos os reinos de morte e, assim, questionar a finalidade da morte. Luz nas trevas, o escarnecedor do túmulo, amor divino nos lugares mais esquecidos, Jesus tira o equilíbrio de todo o mundo de alma pequena.” Robert Barron, professor de Teologia Sistemática, Seminário Mundelein
“Dezenove séculos vieram e se foram, e hoje ele é peça central da raça humana e o líder da coluna do progresso. Estou longe do marco quando digo que todos os exércitos que já marcharam, todos os navios que já foram construídos; todos os parlamentos que já se reuniram e todos os reis que já reinaram, colocados juntos, não afetaram a vida do homem sobre esta terra tão poderosamente quanto aquela vida solitária.” Atribuída a James Allen Francis, Doutor em Divindade (1864-1928)
Resumo: Jesus veio para salvar o mundo.
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4. Por que ele morreu? O que Jesus disse
“Desde aquele momento Jesus começou a explicar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse para Jerusalém e sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia.”(Mateus 16.21) “Ele lhes disse: ‘Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o que os profetas falaram! Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória?’ E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.” (Lucas 24.25-27) Veja também Mateus 26.26-29; Marcos 9.31; 10.34, 45; Lucas 18.31-33; João 3.1415; 8.28; 12.32-33.
O que disseram os primeiros cristãos
O flagelo de Nosso Senhor Jesus Cristo, por William A. Bouguereau
“Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Romanos 3.21-26) Paulo escreveu essas palavras aos cristãos de Roma, por volta do ano 56 d.C.
Veja também Atos 2.22-41; 3.13-20; 1Timóteo 2.5-6; Tito 2.13-14; Hebreus 9.28; 1Pedro 1.18-20.
O que disseram os profetas
“E derramarei sobre a família de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de ação de graças e de súplicas. Olharão para mim, aquele a quem traspassaram, e chorarão por ele como quem chora a perda de um filho único [...]. Naquele dia uma fonte jorrará para os descendentes de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para purificá-los do pecado e da impureza.” (Zacarias 12.10, 13.1)
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Palavras do profeta Zacarias, aproximadamente quatrocentos anos antes de Jesus, predizendo o que aconteceria com o Messias, o Cristo.
Veja também Isaías 52.13–53.12; Daniel 9.26; Salmo 22.
O que as outras pessoas disseram
“Se Jesus Cristo foi quem reivindicou ser, e morreu sobre a Cruz num determinado ponto da história, então, para toda a história passada e toda a história futura, é relevante porque este é o próprio ponto focal para perdão e redenção.” Josh McDowell
“Eles o pregaram a um madeiro, não sabendo que por aquele mesmo ato estavam trazendo o mundo aos seus pés. Deram-lhe uma cruz, sem adivinhar que ele faria disso um trono. Eles o lançaram fora dos portões para morrer, não sabendo que naquele mesmo instante estavam levantando todos os portões do universo, para deixar o Rei entrar. Pensaram em erradicar suas doutrinas, não compreendendo que estavam implantando, imperecivelmente no coração dos homens, o próprio nome que pretendiam destruir. Imaginaram que tinham Deus contra a parede, preso, indefeso e derrotado; não sabiam que era o próprio Deus quem os tinha rastreado. Ele não conquistou apesar do mistério escuro do mal. Ele conquistou por meio disso.” James S. Stewart, pregador presbiteriano (1896-1990)
“Não foi por sociedades e Estados que Cristo morreu, mas por homens.” C.S. Lewis
“Nenhum homem jamais amou como Jesus. Ele ensinou o cego a ver e o mudo a falar. Ele morreu na cruz para nos salvar. Carregou nossos pecados. E, agora, Deus diz: ‘Porque ele o fez, eu posso perdoar você’.’” Billy Graham
Resumo: A morte do Messias foi predita muito antes de ele andar Cristo curando o homem cego, por El Greco na terra. Como o Messias (o Cristo), Jesus voluntariamente permitiu-se ser morto na cruz. Assim, ele foi sacrificado pelos pecados de todas as pessoas. Ao ser morto de forma criminosa, por um erro da justiça humana, Jesus equilibrou as balanças da justiça de Deus quanto ao débito devido pela raça humana. Por causa disso, todos os que confiam nele podem ser perdoados e receber a salvação.
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5. E quanto ao sepulcro vazio? O que Jesus disse
“E disse-lhes: ‘Foi isso que eu falei enquanto ainda estava com vocês: Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’. Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras. E lhes disse: ‘Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas.’”(Lucas 24.44-48) “Uma semana mais tarde, os seus discípulos estavam outra vez ali, e Tomé com eles. Apesar de estarem trancadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: ‘Paz seja com vocês!’ E Jesus disse a Tomé: ‘Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia’. Disse-lhe Tomé: ‘Senhor meu e Deus meu!’” (João 20.26-28)
O que os mensageiros no túmulo vazio de Jesus disseram
“No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres tomaram as especiarias aromáticas que haviam preparado e foram ao sepulcro. Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: ‘Por que vocês estão procurando A ressurreição, por Carl Heinrich Bloch entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou!’” (Lucas 24.1-6) A exemplo dos primeiros mensageiros, os primeiros cristãos prosseguiram proclamando ousadamente que Jesus havia ressuscitado!
O que os primeiros cristãos disseram
“Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao
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terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez.[...]” (1Coríntios 15.3-6) Esse foi o testemunho que o apóstolo Paulo transmitiu aos cristãos.
Veja também Mateus 28; Marcos 16; João 20, 21; Atos 1.1-11; 2.22-36; 3.15-22; Colossenses 3.1; 1Pedro 3.18-22.
O que as outras pessoas disseram
“A ressurreição é o tema central em todo sermão cristão descrito em Atos. A ressurreição e suas consequências foram o “evangelho” ou as boas-novas que os cristãos transmitiram.” C.S. Lewis
“Nesse mesmo tempo apareceu Jesus, que era um homem sábio, se pudermos considerá-lo simplesmente como homem, pois ele fazia obras admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas mesmo por muitos gregos. Ele era o Cristo. Os mais ilustres da nossa nação acusaram-no perante Pilatos e fizeram com que fosse crucificado. Os que o haviam amado durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia. Os santos profetas previram isso, assim como também disseram que ele faria muitos milagres.” Josefo, historiador judeu (c. 37-100 d.C.)
“[A ressurreição] é verdadeiramente de grande importância ao cristianismo; tão grande que ele ser ou não ser o Messias se sustenta ou cai com isso: de modo que esses dois itens importantes são inseparáveis e, com efeito, constituem um. Pois, desde aquele tempo, acredite em um e você acredita nos dois; negue um e você não pode crer em nenhum.”— John Locke, filósofo inglês (1632-1704)
“Túmulo de Confúcio Tumba de Buda Tumba de Maomé Tumba de Jesus
– – – –
ocupado; ocupada; ocupada; VAZIA.”
G.B. Hardy, cientista canadense
Resumo: Não existe outra explicação apropriada para o sepulcro vazio e os eventos subsequentes, exceto que Jesus ressuscitou, deixou o sepulcro e foi visto por inúmeras pessoas, as quais também testemunharam sua ascensão ao céu.
© Tiffany Chan
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A vida de Jesus
A DATAÇÃO ASSUME QUE O NASCIMENTO DE JESUS OCORREU POR VOLTA DE 4 A.C. Todas as datas são aproximadas.
4 D.C.
Jesus nasce em Belém. (Lucas 2.1-7.) Jesus é apresentado no tempo. (Lucas 2.21-38) Maria e José fogem com seu filho, Jesus, para o Egito, a fim de escapar da perseguição de Herodes. (Mateus 2.13-18) A família retorna para a cidade de Nazaré. (Mateus 2.19-21) Jesus cresce em Nazaré. (Mateus 2.22-23) Com 12 anos, Jesus impressiona os mestres da lei judaica. (Lucas 2.41-50)
27 D.C.
Jesus é batizado por João Batista. (Mateus 3.13-17) Jesus é tentado por Satanás, mas não peca. (Mateus 4.1-11) Os primeiros discípulos de Jesus. (João 1.38-51) O primeiro milagre de Jesus; água transformada em vinho. (João 2.6-10) Jesus em Jerusalém para a celebração anual da Páscoa. (João 2.13) Jesus purifica o templo de vendedores que tornaram o lugar santo em um mercado. (João 2.14-16) Em Caná, Jesus cura o filho de um oficial real. (João 4.46-53) Jesus ministra na Galileia. (Mateus 4.13-17)
28 D.C.
Jesus lê uma passagem de Isaías e é rejeitado. (Lucas 4.14-30) Jesus cura pessoas com várias doenças e as possuídas por demônios. (Lucas 4.31-41) Jesus cura e perdoa os pecados de um homem paralítico. (Lucas 5.17-26) Jesus em Jerusalém para a Páscoa. (João 5.1) Jesus cura um homem paralítico junto ao tanque de Betesda, em Jerusalém. (João 5.2-9)
Jesus chama Levi (Mateus), o coletor de impostos, para ser seu seguidor. (Lucas 5.27-32) O Sermão do Monte e as Bem-aventuranças. (Mateus 5.1–7.29) Jesus cura o servo de um centurião. (Mateus 8.5-13) Jesus ressuscita o filho de uma viúva dentre os mortos. (Lucas 7.12-15) Jesus acalma uma tempestade. (Lucas 8.22-25) Jesus cura a filha de Jairo e uma mulher com hemorragia. (Marcos 5.21-43) Jesus cura um homem cego. (Mateus 9.27-34)
29 D.C.
Jesus envia os doze apóstolos para curar doenças e expulsar espíritos malignos. (Mateus 10.1-42) Jesus é acusado de estar fora de si e de usar o poder de Satanás. (Marcos 3.19-27) O rei Herodes ordena a decapitação de João Batista. (Mateus 14.3-12) Os doze apóstolos retornam. (Lucas 9.10) Jesus, milagrosamente, alimenta cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes. (Marcos 6.38-44) Jesus anda sobre as águas. (Mateus 14.25) Jesus em Jerusalém para a Páscoa. (João 6.4)
QUEM E JESUS?
(Lucas 17.11-19)
30 D.C.
Jesus cura uma mulher que andava encurvada. (Lucas 13.11-13) Jesus ressuscita Lázaro dentre os mortos. (João 11.1-46) Jesus cura dez homens com lepra, mas apenas um retorna para agradecer.
29 D.C.
Jesus cura um homem surdo que não conseguia falar. (Marcos 7.32-37) Jesus restaura a visão a um homem cego. (Marcos 8.22-26) Pedro declara que Jesus é o Filho de Deus. (Mateus 16.13-20) Jesus prediz a sua morte. (Mateus 16.21-28) A transfiguração. (Lucas 9.29-36) Jesus cura um menino com um espírito maligno. (Marcos 9.17-27) Jesus novamente prediz a sua morte. (Mateus 17.22-23) Jesus envia 72 discípulos. (Lucas 10.1-16) Jesus perdoa uma mulher flagrada em adultério. (João 7.53–8.11) Cura de um homem cego de nascença. (João 9.1-41)
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Jesus prediz a sua morte pela terceira vez. (Mateus 20.17-19) Jesus cura o cego Bartimeu. (Marcos 10.46-52) Jesus fica na casa de Zaqueu, um homem rico e arrependido. (Lucas 19.1-10) Maria unge os pés de Jesus. (João 12.1-9)
Domingo de Ramos e a semana seguinte: Domingo de Ramos: Jesus entra triunfalmente em Jerusalém. Segunda-feira: Jesus purifica o templo. Terça-feira: Jesus ensina por meio de parábolas. Quarta-feira: Jesus descansa. Quinta-feira: Jesus celebra a Páscoa, a última ceia e é traído por Judas, seu discípulo. Sexta-feira: Jesus é preso pelas autoridades romanas, crucificado na cruz e enterrado em um sepulcro. Sexta-feira à tarde, sábado, domingo pela manhã: Jesus no sepulcro. Domingo: A ressurreição de Jesus. Aparição do Cristo ressurreto: O sepulcro de Jesus é encontrado vazio pelas mulheres. (Lucas 24.1-8) Jesus aparece a Maria Madalena. (João 20.11-18) Jesus aparece na estrada de Emaús. (Lucas 24.13-35) Jesus aparece a dez de seus discípulos. (João 20.19-24) Tomé não acredita, mas é convencido quando ele vê e toca o Cristo ressurreto. (João 20.26-28) Jesus aparece a quinhentas pessoas ao mesmo tempo. (1Coríntios 15.6) Jesus instrui Pedro enquanto se prepara para deixar seus discípulos. (João 21.15-22)
Jesus dá a Grande Comissão e ascende ao céu. (Lucas 24.50-53)
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QUEM E JESUS?
Crenças sobre Jesus Crença
Significado
Escritura
Importância
Unidade de Deus
Há um só Deus.
Deuteronômio 6.4; Êxodo 20.2-3; Isaías 43.10-11.
Deus é eterno; ele sempre existiu. Há um só Criador do Universo.
Trindade
Há um só Deus, mas ele existe eternamente em três Pessoas: Pai, Filho (Jesus) e Espírito Santo.
Mateus 3.16-17; Mateus 28.19; 2Coríntios 13.14.
Como Trindade, a natureza de Deus é relacional e em unidade.
Nascimento virginal de Cristo
Deus, o Filho, fez-se humano por uma concepção sobrenatural no ventre da virgem Maria.
Mateus 1.18-23
Jesus não herdou a natureza pecaminosa que outros seres humanos possuem.
2Coríntios 5.21; Hebreus 4.15; 1Pedro 2.22.
A ausência de pecado em Jesus significa que ele é capaz de nos representar diante de Deus e assegurar a nossa salvação.
João 1.1; Colossenses 2.9; Hebreus 1.8.
Por Jesus ser tanto Deus quanto homem, ele é capaz de mediar entre Deus e a humanidade. Ele é o único caminho por meio do qual somos espiritualmente restaurados a Deus.
João 1.14; Filipenses 2.7-8; Hebreus 2.14.
Jesus é capaz de representar plenamente a humanidade em expiação. Se Jesus não fosse humano, ele não poderia ter pagado o preço pelo pecado da humanidade.
A inocência de Jesus
A divindade de Cristo
A humanidade de Cristo
Jesus jamais pecou.
Jesus Cristo é, em essência, Deus. Ele não foi apenas um mestre sábio ou um homem bom; ele é Deus.
Jesus Cristo foi plenamente humano e plenamente divino.
QUEM E JESUS?
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Crença
Significado
Escritura
Importância
Morte expiatória de Cristo
A morte sacrificial de Cristo na cruz e sua ressurreição corpórea podem nos levar a Deus.
Marcos 10.45; 1Pedro 2.24; 1Pedro 3.18; João 14.6.
A morte de Jesus na cruz pagou a punição pelo pecado da humanidade — tanto a morte física quanto a espiritual.
Romanos 4.25; Romanos 10.9; Lucas 24.39.
A ressurreição de Cristo dentre os mortos foi prova de que ele venceu a morte. Isso mostrou que, um dia, todos serão ressuscitados e passarão a eternidade no céu ou no inferno.
Ressurreição corpórea de Cristo
Jesus ressuscitou corporalmente do sepulcro.
A necessidade de fé
A nossa fé em Deus e em Jesus Cristo é o que nos conecta a Eles, e não nossas boas obras.
A intercessão de Cristo
Cristo nos representa diante de Deus.
A segunda vinda de Cristo
Jesus retornará novamente.
Hebreus 11.6; Romanos 4.5.
Não podemos salvar a nós mesmos porque jamais poderemos pagar o nosso débito a Deus, não importa as boas obras que fizermos. Fé é confiar que Deus nos salvará por meio da morte sacrificial de Cristo. Em fé aceitamos o dom gratuito da salvação.
Hebreus 1.3; Hebreus 4.15; Hebreus 7.25; 1João 2.1.
Jesus age em nosso favor. Ele nos defende diante da lei de Deus e contra as acusações de Satanás.
Mateus 24.30; Apocalipse 22.12; Colossenses 3.3-4; Lucas 12.40.
Quando Cristo retornar, todos o verão. Os que nele creem governarão com ele em seu reino eterno. Os descrentes serão separados de Deus para sempre.
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QUEM E JESUS?
A divindade de Cristo Características únicas de Deus
Características de Jesus
A criação é a obra de suas mãos — somente (Gênesis 1.1; Salmo 102.25; Isaías 44.24)
A criação é a obra de suas mãos — todas as coisas foram criadas nele e por meio dele (João 1.3; Colossenses 1.16; Hebreus 1.2: 10)
“Eu sou o primeiro e eu sou o último” (Isaías 44.6)
Eu sou o Primeiro e o Último (Apocalipse 1.17; 22.13)
“Senhor dos senhores” (Deuteronômio 10.17; Salmo 136.3)
“Senhor dos senhores” (1Timóteo 6.15; Apocalipse 17.14; 19.16)
Imutável e eterno (Salmo 90.2; 102.26-27; Malaquias 3.6)
Imutável e eterno (João 8.58; Colossenenses 1.17; Hebreus 1.11-12; 13.8)
Juiz de todas as pessoas (Gênesis 18.25; Salmo 94.2; 96.13; 98.9)
Juiz de todas as pessoas (João 5.22; Atos 17.31; 2Coríntios 5.10; 2Timóteo 4.1)
Único Salvador; nenhum outro deus pode salvar (Isaías 43.11; 45.21-22; Oséias 13.4)
Salvador do mundo; não há salvação a não ser por meio dele (João 4.42; Atos 4.12; Tito 2.13; 1João 4.14)
Redime de seus pecados um povo para sua exclusiva propriedade (Êxodos 19.5; Salmo 130.7-8; Ezequiel 37.23)
Redime de seus pecados um povo para sua própria posse (Tito 2.14)
Ouve e responde as orações dos que clamam a ele (Salmos 86.5-8; Isaías 55.6-7; Jeremias 33.3; Joel 2.32)
Ouve e responde as orações dos que clamam a ele (João 14.14; Romanos 10.12-13; 1Coríntios 1.2; 2 Coríntios 12.8-9)
Somente Deus possui glória divina (Isaías 42.8; 48.11)
Jesus possui glória divina (João 17.5)
Adorado por anjos (Salmo 97.7)
Adorado por anjos (Hebreus 1.6)
CAPÍTULO 2
JESUS
Jesus:
Fato ou Ficção?
Jesus de Nazaré foi uma figura mítica? Onde estava Jesus durante os “anos perdidos”? Os arqueólogos realmente encontraram os ossos de Jesus?
22 JESUS: FATO OU FICCAO
Introducao Desde o século 18, inúmeros eruditos e estudiosos têm questionado o testemunho dos Evangelhos sobre Jesus. Atualmente, muitas pessoas estão familiarizadas com algumas críticas levantadas por esses estudiosos. Os questionamentos são explorados em livros, artigos, em sites de internet e, até mesmo, em programas de televisão e em filmes. As críticas são tão exaustivamente repetidas que muitos já as aceitam sem qualquer objeção. Uma vez que a maioria das pessoas não possui conhecimento nas áreas da psicologia, teologia ou história, as questões podem ser meramente de opinião. Nas páginas seguintes, exploraremos os equívocos mais comuns, os quais denominamos de ficções sobre Jesus. O propósito é fornecer informações e reflexões sobre a origem, o raciocínio e a validade de algumas dessas ficções populares. Embora determinadas alegações e evidências históricas sejam apresentadas, esta obra não constitui um diálogo formal com os especialistas no campo. Antes, constitui um recurso introdutório aos cristãos que enfrentam algumas dessas questões, ou a pessoas que estejam explorando a fé cristã, mas ainda possuem dúvidas. Uma palavra breve sobre a confiabilidade histórica do Novo Testamento é útil. A ciência moderna não pode, na verdade, provar ou refutar milagres. No entanto, a história, a arqueologia e outras ciências sociais têm demonstrado que, historicamente, o Novo Testamento é preciso e confiável. Estes são alguns motivos para essa confiança: Os escritos do Novo Testamento são fundamentados em relatos de testemunhas oculares. Existem inúmeros documentos que remontam ao fim do século 1 d.C., os quais confirmam a abundância de detalhes das narrativas neotestamentárias. A existência de muitos manuscritos antigos nos permite afirmar com confiança que o Novo Testamento foi copiado com precisão.
Muros antigos de Jerusalém
JESUS: FATO OU FICCAO
1
23
Jesus de Nazare e uma figura m tica?
FICCAO:
Jesus, provavelmente, não existiu.
Alguns argumentam que Jesus não existiu ou era tão diferente da pessoa descrita no Novo Testamento que não é possível conhecer nada a seu respeito. “Historicamente, é bastante dúbio se Cristo chegou mesmo a existir; e, se existiu, não sabemos nada sobre ele” (Bertrand Russel, filósofo). “Seria mais fácil explicar os fatos da história cristã primitiva se Jesus fosse uma ficção do que se ele fosse, de fato, real” (Frank R. Zindler, ativista ateu).
FATO:
Os dados históricos confirmam que os testemunhos do Evangelho são confiáveis e precisos.
Os historiadores concordam que Jesus existiu. Robert J. Miller, um historiador cético, escreve: “Podemos estar certos de que Jesus realmente existiu (apesar de alguns céticos históricos ferrenhos que se recusam a ser convencidos).” F. F. Bruce, estudioso da Bíblia, afirmou: “A historicidade de Cristo é tão axiomática [um fato incontestável e certo] para um historiador desprovido de preconceitos quanto a historicidade de Júlio César.” Muitos documentos históricos, datados do tempo de Jesus, sobreviveram para confirmar a existência de Cristo. Além do Novo Testamento, há referências a Jesus nos escritos de autores do século 1 e início do século 2 d.C., tais como Flávio Josefo (judeu), Tácito e Plínio, o Jovem (romanos). Nenhum escritor antigo que se opôs ao cristianismo jamais questionou a existência histórica de Jesus. A abundância de dados do século 1 torna altamente plausível — mais do que poderia ser dito sobre muitos dos outros eventos históricos — que o testemunho do Novo Testamento seja preciso.
Evidência da Bíblia Lucas reivindicou que seu Evangelho foi baseado em informações transmitidas por “testemunhas oculares” e em sua própria e cuidadosa investigação (Lucas 1.1-4). De igual maneira, o Evangelho de João afirma que foi escrito pelo “discípulo a quem Jesus amava” (João 21.20-25; veja também 2Pedro 1.16). Os autores bíblicos compreendiam a diferença entre história e mito, entre fato e lenda. Com insistência, eles afirmaram que ensinavam sobre um fato histórico e literal (veja também 1Coríntios 15.1-11; 2Timóteo 4.3-4). Escrevendo cerca de vinte anos após a morte de Jesus, o apóstolo Paulo menciona as seguintes informações sobre Cristo: • Os doze apóstolos, especialmente Pedro (Cefas), Tiago e João (1Coríntios 15.5, 7; Gálatas 1.8-9). • A última ceia (1Coríntios 11.23-26). • A morte e o sepultamento de Jesus (1Coríntios 15.3-4; 1Ts 2.13-16). • A ressurreição e as aparições de Jesus (1Coríntios 15.5-8). • Pelo menos, alguns ensinamentos de Jesus (por exemplo, 1Co 9.14; cf. Lc 10.7).
24 JESUS: FATO OU FICCAO
2
Os “evangelhos gnosticos” contam a historia real de Jesus?
FICCAO:
Os evangelhos gnósticos fornecem uma nova luz sobre o Jesus histórico.
Em anos recentes, o interesse nos “evangelhos perdidos” — livros antigos sobre Jesus não incluídos no Novo Testamento — cresceu dramaticamente, graças a livros e filmes como O código Da Vinci. Contudo, desde 1945, quando a maioria desses evangelhos perdidos foi descoberta, muitos estudiosos têm investigado esses textos fora do Novo Testamento em busca de perspectivas alternativas acerca de Jesus. Alguns desses eruditos alegam que os evangelhos perdidos retratam com mais precisão quem Cristo era. O mais significativo desses escritos antigos são os evangelhos gnósticos, os quais reinterpretaram a vida e os ensinamentos de Cristo mais de um século após a sua morte. O termo “gnóstico” deriva de uma palavra grega, gnosis (“conhecimento”), e refere-se à alegação de que os gnósticos possuem informação secreta sobre Jesus. Os gnósticos, em geral, acreditavam que um ou mais seres semidivinos, inferiores ao verdadeiro Deus, criaram o mundo e aprisionaram espíritos em corpos físicos. Eles também criam que a salvação consistia em usar esse conhecimento sigiloso para escapar do reino físico e se unir a Deus. Estudiosos do controverso Jesus Seminar (Seminário de Jesus) incluíram um dos evangelhos perdidos, o Evangelho copta de Tomé, em sua obra The Five Gospels [Os cinco Evangelhos], e aceitaram mais de suas palavras, atribuídas a Jesus, do que as encontradas no Evangelho de João.
FATO:
Os evangelhos gnósticos não fornecem nenhuma informação útil sobre o Jesus histórico.
Os evangelhos gnósticos não incluem o relato de testemunhas oculares sobre Jesus. Os evangelhos do Novo Testamento apareceram no século 1 d.C., enquanto pessoas que conheceram Cristo pessoalmente ainda podiam estar vivas. Os evangelhos gnósticos surgiram no século 2 ou até mesmo mais tarde. E todos os estudiosos concordam que Tomé, Pedro e Judas não escreveram, de fato, os “evangelhos” atribuídos aos seus nomes. Além disso, o propósito dos evangelhos gnósticos era transmitir as crenças gnósticas — as quais contradizem tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos — mais do que dar informações concretas sobre a vida de Jesus.
Evidência da Bíblia Pelo fato de os evangelhos gnósticos terem surgido anos mais tarde, não existe uma resposta direta às alegações gnósticas sobre Jesus no Novo Testamento (embora as epístolas aos Colossenses e 1João abordem ideias que os gnósticos desenvolveram mais plenamente). Entretanto, os escritos do Novo Testamento reivindicam terem sido baseados no relato de testemunhas oculares da vida, do ministério, da morte e da ressurreição de Jesus Cristo (veja Lucas 1.1-4; João 19.35; 21.24-25; Atos 1.21-26; 10.36-42; 1Coríntios 9.1; 15.3-8; Gálatas 1.11-12; 1João 1.1-4). Paulo reconheceu que outras interpretações da vida e da identidade de Jesus surgiriam. Ele advertiu os cristãos a permanecerem em constante vigilância (2Coríntios 11.4).
JESUS: FATO OU FICCAO
3
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A Igreja Primitiva pegou emprestada a historia do nascimento virginal do paganismo? pagã tinha muitas histórias FICCAO: Adesociedade nascimentos virginais miraculosos. Alguns eruditos e, até mesmo algumas pessoas na igreja, argumentam que o nascimento virginal é, provavelmente, um mito ou uma lenda. James Tabor escreve: “A presunção do historiador é de que todos os seres humanos têm pai e mãe biológicos, e que Jesus não é exceção.” Similarmente, John Drury, capelão da Universidade de Oxford, observa: “Os nascimentos virginais eram algo sobremodo gentio. Você encontra isso em muitas lendas de Ovídio, nas quais o deus fecunda uma garota jovem que tem um filho miraculoso.”
FATO:
O nascimento de Jesus foi um evento único e especial na história.
Por causa da própria natureza privada da concepção e da gravidez, torna-se impossível provar o nascimento virginal historicamente. Contudo, é possível mostrar que existem bons motivos para aceitar esse evento como um fato histórico. Além do mais, as histórias pagãs não são, de modo algum, sobre “nascimentos virginais”. Como alguns eruditos admitem, nos mitos pagãos, os deuses fecundam as mulheres ao terem relações sexuais com elas. Tabor concorda: “Nesse sentido, o relato (nos Evangelhos) é distinto daquelas histórias de nascimentos miraculosos tão comuns na mitologia greco-romana.” Céticos, como Gerd Lüdemann (um erudito ateu) e John Shelby Spong (ex-bispo episcopal de Newark), acompanhando a estudiosa feminista Jane Schaberg, adotam a visão de que Jesus foi um filho ilegítimo de Maria. No entanto, os Evangelhos de Mateus e Lucas, que reportam o nascimento virginal, foram escritos no século 1 — enquanto familiares e outros que conheceram Jesus pessoalmente ainda estavam vivos.
Evidência da Bíblia “Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo.” (Mateus 1.18). O diálogo entre o anjo e Maria, em Lucas 1.30-37, deixa claro que: • Maria era uma virgem. • O nascimento de Jesus foi um ato especial do Espírito Santo. Orazio Gentleschi (1563-1639) — Anunciação
26 JESUS: FATO OU FICCAO
4
Onde esteve Jesus durante os seus “anos perdidos”?
FICCAO:
Jesus foi treinado por gurus no Oriente.
As pessoas, com frequência, têm questionado por que o Novo Testamento não oferece mais detalhes sobre a vida de Jesus, especialmente no período compreendido entre os doze e os trinta anos. Alguns sugerem que Cristo tenha viajado a terras distantes, durante os assim chamados “anos perdidos”, para aprender com outros líderes religiosos. Ao fim do século 18, um abastado explorador russo, Nicolas Notovitch, reivindicou ter descoberto um manuscrito budista antigo. Esse documento descrevia como Jesus viveu e estudou na Índia. Atualmente, alguns propagadores da Nova Era citam essa história para apoiar as alegações de que os ensinamentos de Jesus eram mais parecidos com o budismo do que com o cristianismo. Por exemplo, Shirley MacLaine, atriz e autora, afirma que Jesus estava “viajando no interior e ao redor da Índia, do Tibete, da Pérsia e do Oriente Próximo” e que ele foi treinado como um “yogi” antes de retornar à Galileia.
FATO:
Não existe fundamento, realmente, na alegação de que Jesus estudou no Oriente.
Nenhum documento antigo — nem mesmo qualquer dos “evangelhos” que não foram incluídos no cânon do Novo Testamento — afirma que Jesus tenha vivido ou viajado fora do território de Israel, exceto por sua infância no Egito (Mateus 2). A fonte citada com mais frequência para a alegação de que Jesus foi ao Oriente é o livro de Notovitch, A vida desconhecida de Jesus Cristo. As alegações de Notovitch foram fortemente questionadas desde o começo. Por exemplo: • Durante a vida de Jesus, a principal religião no Tibete era a religião bön (uma espécie de xamanismo), não o budismo. • Embora Notovitch tenha viajado ao Tibete, Archibald Douglas, um professor britânico, provou, em 1895, que Notovitch não visitou o monastério em questão. • Douglas igualmente mostrou que o monastério não possuía um manuscrito mencionando Jesus.
Evidência da Bíblia Embora os Evangelhos não reportem as atividades específicas de Jesus dos doze aos trinta anos, eles nos relatam o suficiente para rejeitar a teoria de que Cristo estaria estudando o budismo no Oriente durante esse período. Os Evangelhos também relatam que as pessoas na cidade de Jesus, Nazaré, o conheciam como carpinteiro, um ofício que ele aprendeu com José (Mateus 13.55; Marcos 6.3). Isso sugere que Jesus passou os anos de sua vida adulta lá. Após seu batismo e seu período no deserto, “Jesus voltou para a Galileia”, foi a Nazaré e “no dia de sábado entrou na sinagoga, como era seu costume” (Lucas 4.14-16).
5
JESUS: FATO OU FICCAO
27
Podemos nos tornar o Cristo?
FICCAO:
Jesus foi apenas um homem que compreendeu a sua “consciência de Cristo”. Quando algumas religiões orientais passaram a ser mais influentes no Ocidente, muitas pessoas reinterpretaram os termos cristãos, utilizando conceitos orientais. Por exemplo, o movimento da Nova Era e os grupos da Ciência da Mente (como a Ciência Cristã), interpretam “Cristo” como significando “o divino que existe em todos nós”. Nessa visão, Jesus foi apenas um homem que alcançou a “consciência de Cristo” — uma percepção da unidade com o divino que é o potencial em todos os seres humanos. Por exemplo: “Todos somos manifestações da consciência do Buda, ou da consciência de Cristo, apenas não o sabemos. A palavra ‘Buda’ significa ‘aquele que despertou.’ E o que todos devemos fazer: despertar para a consciência de Cristo ou de Buda que está em nós” (Joseph Campbell, professor de mitologia).
FATO:
Somente Jesus se qualifica para ser “o Cristo”.
O título “Cristo” (christos, em grego) significa “o ungido”. O “Cristo” era o rei ungido que cumpriria as promessas de Deus a Davi sobre um reino eterno de justiça e paz por meio de um dos descendentes davídicos. Jesus, um descendente de Davi, reivindicou ser esse ungido (Lucas 4.16-21). Embora vários indivíduos no Antigo Testamento (como o rei Davi) tenham sido ungidos em seus ofícios, somente poderia haver um rei do povo de Deus divinamente ungido. Similarmente, todos os que creem são ditos possuidores de uma “unção” de Deus (1João 2.20-27), mas o Novo Testamento reconhece somente Jesus como “o Cristo”. O conceito de uma “consciência de Cristo” universal é uma criação moderna. Ela pode ser compatível com algumas formas de budismo, mas não é uma ideia cristã.
Evidência da Bíblia Jesus disse: “Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo!’ e enganarão a muitos.” (Mateus 24.5). “Disse à mulher: ‘Eu sei que o Messias (chamado Cristo) está para vir. Quando ele vier, explicará tudo para nós’. Então Jesus declarou: ‘Eu sou o Messias! Eu, que estou falando com você.’” (João 4.25-26). “Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome.” (João 20.31).
28 JESUS: FATO OU FICCAO
6
Jesus foi casado?
FICCAO:
A igreja conspirou para esconder o casamento de Jesus.
A ideia de que Jesus foi casado tornou-se especialmente popular após o romance de Dan Brown, O código Da Vinci, que alega: “O casamento de Jesus e Maria Madalena é parte do registro histórico.” James Tabor argumenta que o silêncio dos Evangelhos sobre a esposa de Jesus não é mais significativo que o silêncio quanto às esposas dos irmãos de Jesus e de seus apóstolos: “Simplesmente, elas não são consideradas importantes para a história, mas isso não significa que elas não existiram.” Outros alegam que todos os rabinos judeus tinham esposas, e, portanto, por Jesus ser um rabino, ele também deve ter se casado em algum momento. Os escritores que defendem que Jesus e Maria Madalena foram marido e mulher pensam que isso está implícito em alguns dos evangelhos gnósticos. Por exemplo, o Evangelho de Filipe (escrito, provavelmente, no século 3 d.C.) faz algum tipo de afirmação sobre Jesus beijar Maria, o que muitos interpretam como prova de que eles eram casados.
FATO:
Não existem evidências de que Jesus foi casado.
Os argumentos apresentados pelos proponentes dessa visão não são sólidos porque: • Partes da única cópia existente do Evangelho de Filipe encontram-se extremamente danificadas e dificultam uma leitura clara. Deveria haver certa hesitação em extrair quaisquer conclusões fidedignas dessa sentença fragmentada, presente num documento datado de dois séculos após Jesus. • A maioria dos estudiosos concorda que o “beijo” em questão é referente a algum tipo de ritual místico e religioso que envolve um beijo. • Como o cientista Charles Pellegrino (que defende a união conjugal de Jesus e Maria Madalena) admite: “Em nenhum dos evangelhos, sejam canônicos ou apócrifos, Maria Madalena (Mariamne) é descrita como sendo casada com Jesus.” • Embora os rabinos, em geral, desaprovem que os homens sejam celibatários, eles reconheceram que poderia haver exceções, notadamente para profetas. Alguns grupos de judeus ao tempo de Jesus (como os essênios), na realidade, incentivavam o celibato.
Evidência da Bíblia Os Evangelhos mencionam muitos parentes de Jesus, incluindo pai, mãe, irmãos, irmãs e primos, mas nenhuma esposa ou filhos. O silêncio sobre se Jesus teria sido casado é, então, pelo menos, uma boa evidência de que ele não o era. A Bíblia deixa claro que a missão de Jesus era redimir as pessoas do pecado para que se tornassem filhos adotivos de Deus (Mateus 5.9; 6.9; 7.11; 23.8-9; Marcos 3.33-35; Romanos 8.14-23, 29; Gálatas 4.4-7). Ele dedicou a sua vida a essa missão de redenção. Talvez esse seja o motivo de Jesus não ter se casado e construído uma família.
7
JESUS: FATO OU FICCAO
29
Jesus morreu na cruz?
FICCAO:
Jesus, de algum modo evitou — ou sobreviveu — à crucificação.
Um contingente surpreendente de pessoas no mundo conhece algo sobre Jesus, mas elas realmente pensam que ele não morreu na cruz. Segundo o Alcorão, a escritura do islã, os judeus reivindicaram ter matado Jesus, mas “eles não o mataram nem o crucificaram, mas assim lhes pareceu”. Muitos muçulmanos pensam que outra pessoa — talvez o próprio Judas — tenha sido crucificada no lugar de Jesus. Outros concordam que Jesus foi crucificado, mas especulam que ele sobreviveu à provação, talvez meramente desmaiando na cruz (a “teoria do desmaio”). O teórico da conspiração, Michael Baigent, afirma que o evangelista Marcos, ao relatar que José de Arimateia pediu a Pilatos permissão para sepultar o “corpo” de Jesus, usou a palavra grega soma — que, segundo ele, significa um corpo vivo, não um cadáver (Marcos 15.43). Baigent conclui: “A sobrevivência de Jesus é revelada bem ali, no próprio relato do Evangelho.”
FATO:
Jesus morreu na cruz.
A alegação de que alguém morreu na cruz no lugar de Cristo não possui evidência histórica para apoiá-la. Amigos e familiares de Jesus, incluindo sua mãe, testemunharam sua crucificação (Lucas 23.49-56; João 19.25-27, 38-42). Os líderes judeus tinham visto Jesus em Jerusalém por muitos dias, e eles certamente teriam reconhecido e contestado caso os romanos estivessem crucificando o homem errado.
Caravaggio (1571–1610) — O sepultamento
Baigent está equivocado: a palavra soma pode tanto referir-se a um corpo vivo quanto a um cadáver (por exemplo, Lucas 17.37; Atos 9.40; Romanos 8.10). A teoria do desmaio extrai elementos das narrativas dos Evangelhos, tirando-os de contexto: • Pilatos ficou surpreso pelo fato de Jesus morrer tão rapidamente (Marcos 15.44a), já que as vítimas de crucificação, em geral, demoravam dois dias para morrer. Todavia, Marcos também nos conta que Pilatos verificou com o centurião que supervisionou a execução de Jesus e confirmou que ele estava, de fato, morto (Marcos 15.44b-45). • Quando um soldado perfurou o corpo de Jesus com uma lança, “logo saiu sangue e água” (João 19.34), supostamente provando que ele ainda estava vivo. Especialistas médicos têm oferecido inúmeras sugestões quanto à fonte do sangue e da água, todas consistentes com o fato de Jesus já estar morto. Seja como for, caso Jesus ainda estivesse vivo, feri-lo com uma lança, provocando-lhe uma perda de sangue ainda maior, certamente teria concluído a execução. Mesmo o erudito cético John Dominic Crossan afirmou: “A morte de Jesus, executado pela ordem de Pôncio Pilatos, é tão certa quanto qualquer fato histórico pode ser.”
30 JESUS: FATO OU FICCAO
8
Os arqueologos encontraram os ossos de Jesus?
FICCAO:
O “túmulo da família de Jesus” pertence a Jesus.
Simcha Jacobovici, um jornalista especializado em notícias sobre arqueologia bíblica, e Charles Pellegrino, um escritor de ciência, em 2007, afirmaram ter encontrado o túmulo no qual Jesus, Maria, sua mãe, José, seu irmão, Maria Madalena, sua esposa, e Judá, seu filho, estavam enterrados. Autoridades israelenses armazenam centenas de ossuários — caixas de calcário nas quais os judeus do século 1 enterravam ossos secos dos falecidos. Entre os ossuários encontrados no interior de uma tumba em Talpiot (um subúrbio de Jerusalém) estavam alguns inscritos com os nomes de “Jesus, filho de José”, “José”, “Maria”, “Judá, filho de Jesus”, “Tiago” e uma inscrição ainda objeto de discussões que, segundo certas pessoas, diz: “Mariamne também conhecida como Mara.” Jacobovici e Pellegrino alegam que a inscrição significa “Maria, a Mestra”, e a identificam como Maria Madalena, a quem alguns cristãos consideravam como autoridade espiritual. Jacobovici e Pellegrino concluíram que a tumba de Talpiot seria o lugar de descanso final dos ossos de Jesus Cristo.
FATO:
A tumba não pertence a Jesus ou à sua família.
Apesar da popularidade da ideia, praticamente nenhum estudioso bíblico (exceto James Tabor) endossou a teoria da “tumba da família de Jesus”. Uma das principais razões é pelo fato de “Jesus” e “José” serem nomes muito comuns no século 1, assim como “Maria” (uma em cada quatro mulheres recebiam esse nome). A teoria da “tumba da família de Jesus” depende muito da identificação de uma das Marias como Maria Madalena, porém esse é o ponto mais fraco do argumento. A inscrição ou diz “Maria também conhecida como Mara” ou “Maria e Mara” — e Mara era outro nome para Marta. Nesse contexto, o significado de “Mestra” é altamente improvável. Ainda, nenhum texto antigo jamais chamou Maria Madalena de “Mestra”. Por estarmos razoavelmente certos de que Jesus Cristo não teve uma esposa ou um filho, podemos confiadamente rejeitar a tumba de Talpiot como pertencente a ele.
Evidência da Bíblia Os Evangelhos reportam que o corpo de Jesus foi encerrado no sepulcro de José de Arimateia, no fim da tarde antes do sábado (Marcos 15.42-47). No domingo de manhã, bem cedo, algumas seguidoras de Jesus foram ao sepulcro para ungir o corpo do Senhor e o descobriram vazio. Um anjo no sepulcro disse às mulheres: “Não tenham medo[...] Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto” (Marcos 16.6). O sepulcro de José estava vazio porque Jesus havia ressuscitado dentre os mortos, e não porque o corpo tinha sido removido para um outro sepulcro.
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Jesus ressuscitou do sepulcro?
FICCAO:
A ressurreição de Jesus é meramente uma lenda piedosa.
Os céticos descartam a ressurreição de Jesus como um milagre. E, de maneira típica, eles rejeitam completamente a possibilidade de milagres acontecerem. “Se você disser que Jesus levantou dentre os mortos biologicamente, teria que pressupor que um cadáver em decomposição — que já está frio e sem sangue no cérebro — poderia voltar à vida novamente. Acho que isso é um contrassenso” (Gerd Lüdemann, professor de Cristianismo Primitivo). A crença de que Jesus ressuscitou fisicamente dentre os mortos “é exatamente como acreditar que Papai Noel visite todos os lares onde há crianças, no mundo inteiro, durante uma única noite” (Robert M. Price, professor de Teologia).
FATO:
A evidência disponível sugere, enfaticamente, que a ressurreição de Jesus foi um fato.
Se a ressurreição de Jesus fosse uma lenda, as autoridades judaicas não teriam acusado os discípulos de roubarem o corpo de Jesus. Centenas de pessoas viram o Cristo ressurreto. Essas testemunhas oculares sofreram perseguição e, em muitos casos, foram martirizadas por essas histórias. Rejeitar a possibilidade de haver milagres é fazer uma presunção filosófica, não algo que os céticos possam provar por meio da ciência ou da história. As explicações dos céticos (tais como a “teoria do desmaio” ou a alegação de que os discípulos sofreram uma alucinação coletiva) simplesmente não funciona. Nas palavras do estudioso em Novo Testamento, N. T. Wright: “Ao aceitar que algo notável aconteceu com o corpo naquela manhã, todos os outros dados se encaixam com facilidade. Ao insistir que nada fora do comum ocorreu, você é levado a uma hipótese ainda mais complexa e fantástica.” A melhor explicação para todos os fatos conhecidos é que Jesus, realmente, ressuscitou dentre os mortos.
Evidência da Bíblia Os Evangelhos reportam que Jesus morreu, que ele foi sepultado em um sepulcro na rocha e que as seguidoras de Cristo descobriram esse sepulcro aberto e vazio, três dias depois (Mateus 28.1-7), um fato confirmado pelos seus discípulos (Lucas 24.12; João 20.3-10). Jesus suergiu vivo a algumas daquelas mulheres (Mateus 28.8-10; João 20.11-18). Ele também apareceu aos seus apóstolos (Lucas 24.34; 1Coríntios 15.5, 7; Mateus 28.16-20; Lucas 24.36-39; João 20.19-29). Em certa ocasião, Jesus deixouse ver por mais de quinhentas pessoas (1Coríntios 15.6). Ele até mesmo apareceu a Saulo (Paulo), um rabino que resistia ferozmente à fé cristã (Atos 9.1-9; 1Coríntios 15.8).
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Jesus e o unico caminho a Deus? Jesus
FICCAO:
Jesus é apenas um dos inúmeros líderes religiosos do mundo.
Muitos argumentam que, embora a crença em Jesus seja excelente para alguns, é intolerante — até mesmo odioso — afirmar que Cristo é o único caminho para conhecer Deus, o único caminho de salvação. Oprah Winfrey, em resposta a um integrante de sua audiência que declarou que Jesus era o único caminho a Deus, replicou: “Não poderia haver um único caminho.” O mestre da Nova Era, Deepak Chopra, alega: “Quero oferecer a possibilidade de que Jesus foi, verdadeiramente, como se proclamou, um salvador. Não o salvador, não o único Filho de Deus. Ao contrário, Jesus incorporou o mais alto nível de iluminação.”
FATO:
Jesus afirmou ser o caminho exclusivo a Deus e à salvação.
Se Jesus tivesse sido simplesmente um mestre ético e religioso, ele até poderia ser o melhor dentre esses mestres, mas, de maneira alguma, o único. Quando as pessoas criticam a noção de Jesus ser o único caminho, elas estão tipicamente pensando nele como um mestre ou guru, um líder iluminado ou um exemplo espiritual. Todavia, essa não é uma compreensão adequada de quem ou do que Jesus é. Ele fez afirmações sobre si mesmo e realizou prodígios como ninguém mais: 1. Ele é o Filho de Deus. 2. Viveu uma vida sem pecados, ressuscitou dentre os mortos e deu visão aos cegos. 3. Morreu como um substituto para os pecados da humanidade, para podermos ter vida eterna no Reino de Deus. 4. Ele será o Juiz no fim da história, determinando quem receberá a vida eterna e quem não. Essas reivindicações são extremamente arrogantes e ilusórias ou são verdadeiras.
Evidência da Bíblia “Respondeu Jesus: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.’” (João 14.6). “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4.12). “Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.9-11).
JESUS: FATO OU FICCAO
Jesus é Deus? O Novo Testamento ensina que Jesus é Deus, pois o texto: • Explicitamente refere-se a Jesus como “Deus” (João 1.1; 20.28; Tito 2.13; Hebreus 1.8; 2Pedro 1.1). • Concede a Jesus outros títulos divinos como “Senhor” — com frequência, em contextos nos quais o título claramente representa o nome do Antigo Testamento, Yahweh (Romanos 10.9-13, veja Joel 2.32; Filipenses 2.9-11; Isaías 45.23). • Declara que Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 17.14; 19.16; veja Daniel 4.37). • Diz que ele é o primeiro e o último, o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega (Apocalipse 1.7-8; 17b-18; 2.8; 22.13-14; veja Isaás 41.4; 44.6; 48.12). • Descreve que Jesus possui atributos divinos, assim como não tem começo (João 1.1-3; Colossenses 1.16-17), está presente em todos os lugares ao mesmo tempo (Mateus 18.20; 28.20) e é absolutamente amoroso (Romanos 8.35-39; Efésios 3.19). • Afirma que a Jesus é atribuída a realização das obras de Deus, como a criação e a sustentação do mundo (Jo 1.3; Colossenses 1.16-17; Hebreus 1.2-3, 10). Jesus perdoou pecados (Marcos 2.1-12) e declarou que ele passará todas as pessoas pelo juízo final (João 5.22-23). • Concede todas as honras divinas a ele (João 5.23): adoração (Mateus 28.17; Hb 1.6), oração (João 14.14; 1Colossenses 1.2; Apocalipse 22.2021) e reverência (Efésios 5.21).
Autor principal: Robert M. Bowman, Jr., diretor do Institute for Religious Research (IRR), Mestre em estudos bíblicos e teologia. Editor geral: Paul Carden, diretor executivo, Centers for Apologetics Research (CFAR)
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Notas: P1: RUSSEL, Bertrand. Por que não sou cristão. São Paulo: L&PM Editores, 2008. p. 21; ZINDLER, Frank R. “Did Jesus Exist?” (Jesus existiu?). American Atheist, verão de 1998; BRUCE, F. F. Merece confiança o Novo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 2009. p. 119. MILLER, Robert J. “Back to Basics: A Primer on Historical Method”, em Finding the Historical Jesus: Rules of Evidence (Descobrindo o Jesus histórico: Regras de evidência), ed. SCOTT, Bernard Brandon, Jesus Seminar Guides (Santa Rosa, CA: Polebridge Press, 2008). p. 10. P3: TABOR, James D. A dinastia de Jesus. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. p. 62, 48; DRURY, John, citado em Time, 12/08/2004; LÜDEMANN, Gerd. Virgin Birth? (Nascimento virginal?). Trinity Press Intl., 1998. p. 51-65; SCHABERG, Jane. The Illegitimacy of Jesus (A ilegitimidade de Jesus). Harper, 1987. P4: MACLAINE, Shirley. Out on a Limb. Bantam, 1984. p. 233-34. DOUGLAS, J. Archibald. “The Chief Lama of Himis on the Alleged ‘Unknown Life of Christ’” (“O Chefe Lama de Himis sobre a suposta ‘vida desconhecida de Cristo’”), The Nineteenth Century, 39 (Jan-Jun 1896). p. 667-77. P5: CAMPBELL, Joseph. O poder do mito, com Bill Moyers. São Paulo: Editora Palas Athena, 1991. p. 62. P6: BROWN, Dan. O código Da Vinci. São Paulo: Editora Arqueiro, 2004. p. 302; TABOR, James. “Was Jesus Married?” (Jesus era casado?)
(http://jesusdinasty.com/blog/); JACOBOVICI, Simcha e PELLEGRINO, Charles. A tumba da família de Jesus. São Paulo: Planeta, 2007. p. 105. P7: Qur’an 4:157-58; BAIGENT, Michael. Os manuscritos de Jesus. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p. 125; MASLEN, Matthew W. e MITCHELL, Piers D., “Medical Theories on the Cause of Death in Crucifixion” (Teorias médicas sobre a causa da morte na crucificação), Journal of Royal Society of Medicine 99 (2006). p. 185-88; CROSSAN, John Dominic, Quem matou Jesus? Rio de Janeiro: Imago Editora, 1995. p. 5. P8: JACOBOVICI e PELLEGRINO. A tumba da família de Jesus; TABOR, James, http://jesusdinasty.com/blog/. P9: Jesus’ Resurrection: Fact or Figment? A Debate Between William Lane Craig & Gerd Lüdemann, (A ressurreição de Jesus: Fato ou ficção? Um debate entre William Lane Craig e Gerd Lüdemann), ed. Paul Copan e Ronald K. Tacelli (IVP, 2000). p. 45; PRICE, Robert M. e LOWDER, Jeffery Jay. “Introduction”, em The Empty Tomb: Jesus Beyond the Grave (A tumba vazia: Jesus além da sepultura). Prometeus, 2005. p. 12; WRIGHT, N. T. e BORG, Marcus. The Meaning of Jesus: Two Visions (O significado de Jesus: Duas visões). SPCK, 1999. p. 124. P10: “The Gospel According to Oprah” (O Evangelho segundo Oprah), www.wfial.org; CHOPRA, Deepak. The Third Jesus: The Christ We Cannot Ignore (O terceiro Jesus: O Cristo que não podemos ignorar). Harmony, 2008.
Leitura recomendada Nota: a inclusão de uma obra não significa necessariamente o endosso a todo o seu conteúdo ou a quaisquer outras obras do(s) mesmo(s) autor(es). BAUCKHAM, Richard. Jesus e as testemunhas oculares. São Paulo: Editora Paulus, 2011. BLOMBERG, Craig L. A confiabilidade histórica dos Evangelhos. São Paulo: Vida Nova, 2019. BOCK, Darrell L. Os Evangelhos perdidos. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2000. BOCK, Darrell L. e WALLACE, Daniel B. Dethroning Jesus: Exposing Popular Culture’s Quest to Unseat the Biblical Christ (Destronando Jesus: Expondo a busca da cultura popular para destituir o Cristo bíblico). Thomas Nelson, 2007. BOWMAN, Robert M. Jr. e KOMOSZEWSKI, J. ED. Putting Jesus in His Place: The Case for the Deity of Christ (Colocando Jesus em seu lugar: O caso da divindade de Cristo). Grand Rapids: Kregel, 2007. BRUCE, F. F. Merece Confiança o Novo Testamento? 3ª ed. rev. São Paulo: Vida Nova, 2010. EDDY, Paul Rhodes e BOYD, Gregory A. The Jesus Legend: A Case for the Historical Reliability of the Synoptic Jesus Tradition (A lenda de Jesus: Um caso para a confiabilidade histórica da tradição sinótica de Jesus). Grand Rapids: Baker, 2007. Estudo avançado. EDWARDS, James R. Is Jesus the Only Savior? (Jesus é o único Salvador?). Grand Rapids: Eerdmans, 2005. EVANS, Craig A. O Jesus fabricado. São Paulo: Cultura Cristã, 2019. GEIVETT, R. Douglas e HABERMAS, Gary R. eds. In Defense of Miracles (Em defesa de milagres). Downers Grove, IL: IVP, 1997. GROOTHUIS, Douglas R. Jesus in an Age of Controversy (Jesus na
era da controvérsia). Eugene: Wipf & Stock, 2002. HABERMAS, Gary R. e LICONA, Michael R. The Case for the Resurrection of Jesus (O caso da ressurreição de Jesus). Grand Rapids: Kregel, 2004. HENGEL, Martin. Crucifixion in the Ancient World and the Folly of the Message of the Cross (A crucificação no mundo antigo e a loucura da mensagem da cruz). Mineápolis: Fortress, 1977. Estudo avançado. JENKINS, Philip. Hidden Gospels: How the Search for Jesus Lost Its Way (Evangelhos ocultos: Como a busca por Jesus perdeu o seu caminho). Oxford, 2002. JONES, Timothy Paul. Misquoting Truth: A Guide to the Fallacies of Bart Ehrman’s “Misquoting Jesus” (Distorcendo a Verdade: Um Guia para as falácias de “Distorcendo Jesus” de Bart Ehrman). Downers Grove, IL: IVP, 2007. KOMOSZEWSKI, J. Ed, SAWYER, M. James e WALLACE, Daniel B. Reinventing Jesus (Reinventando Jesus). Grand Rapids: Kregel, 2006. PATE, C. Marvin e PATE, Sheryl Lynn. Crucified in the Media: Finding the Real Jesus Amidst Today’s Headlines (Crucificado na mídia: Encontrando o Jesus real em meio às manchetes de hoje). Grand Rapids: Baker, 2005. QUARLES, Charles, ed. Buried Hope or Risen Savior? The Search for the Jesus Tomb (Esperança sepultada ou Salvador ressurreto? A busca pela tumba de Jesus). Nashville: Broadman & Holman, 2008. ROBERTS, Mark D. Can We Trust the Gospels? (Podemos confiar nos Evangelhos?). Wheaton: Crossway, 2007. STROBEL, Lee. The Case for the Real Jesus (O caso do Jesus Real). Grand Rapids: Zondervan, 2007. VAN VOORST, Robert E. Jesus fora do Novo Testamento. São Paulo: Ed. Biblioteca Teológica, 2021. Estudo avançado.
CAPÍTULO 3
JESUS
Os Evangelhos Lado a Lado
A harmonia dos Evangelhos sobre a vida de Jesus
36 O S E V A N G E L H O S L A D O A L A D O
Por que existem quatro Evangelhos? Pelo fato de os quatro Evangelhos apresentarem relatos distintos dos mesmos eventos ou ocorrências similares na vida de Jesus, os leitores dos Evangelhos, com frequência, buscam comparar e contrastar essas narrativas, colocando-as uma em paralelo a outra. Essas comparações, lado a lado, tentam harmonizar a obra dos quatro evangelistas, e, assim, elas são denominadas “Harmonias entre os Evangelhos”.
QUATRO PONTOS DE VISTA Evangelho
Símbolo
Perspectiva
Audiência
Jesus, o Filho de Deus
Mateus
Leão
Judaico-palestina
Mundo judeu
É o Messias, rei de Israel
Marcos
Touro
Judaico-helênica
Mundo de fala grega
É o poder de Deus no mundo
Lucas
Homem
Greco-romana
Mundo gentílico
É o homem ideal de Deus
João
Águia
Celestial
Todo o mundo
É a Palavra de Deus
Por que há quatro Evangelhos em vez de apenas um? Uma resposta é que eles abrangem quatro perspectivas diferentes para abordar toda a história sobre Jesus. Alguns podem argumentar que um relato autoritativo deveria ser suficiente. Contudo, Deus escolheu revelar-se usando quatro Evangelhos. O Evangelho de João começa com essas palavras: “No princípio era aquele que é a Palavra[…] (João 1.1). “Aquele que é a Palavra tornou-se carne” (João 1.14). Em suma, Deus escolhe, como seu método preferido de comunicação, falar aos seres humanos por meio de outro humano. Isso é verdadeiro quanto à Bíblia e supremamente verdadeiro com respeito a Cristo, que é dito ser Deus em carne (João 1.14-18). Então, assim como Jesus, os Evangelhos são tanto uma obra divina quanto humana. Seus autores são: humanos reais e um Autor divino. Eles fornecem detalhes que podem ser de difícil compreensão, mas nunca são, de fato, contraditórios. Eles possuem perspectivas distintas sobre a história de Jesus, mas somente uma única conclusão divina quanto à sua identidade como o Filho de Deus.
O MAIS IMPORTANTE PERSONAGEM DA HISTÓRIA UNIVERSAL
Quem é Jesus e como ele é diferente de todos os outros líderes religiosos do mundo? Este guia colorido proporciona uma introdução à vida de Jesus, aos seus ensinamentos e ao significado de sua morte e ressurreição de modo bem fundamentado. A cada capítulo, descubra a transformação e o impacto causados por Jesus de Nazaré neste mundo.
GU I A I LUST R A DO DA V I DA DE J E SUS
Repleto de imagens, gráficos e cronogramas, este Guia ilustrado da vida de Jesus possui linguagem fácil e é perfeito para uso individual, estudos bíblicos em grupo e aulas para novos convertidos. Nele você encontra questões práticas para reflexão, que o ajudarão a aplicar o que você sabe sobre Jesus e seus ensinamentos à sua vida pessoal.
GUIA ILUSTRADO
JESUS DA VIDA DE
CONHEÇA PROFUNDAMENTE O MAIS IMPORTANTE PERSONAGEM DA HISTÓRIA
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