CANETA E O ANZOL

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De avô para neto

J

á fui pescador de deitar pensando na isca de amanhã, e tive pescarias memoráveis.

O sogro, vendo minha paixão, deu de presente molinete e caniço canadenses, coisas finas que só vendo. Fui a uma represa e, em vez de ficar em barranco, onde podia enfiar cano para descanso da vara, fui me postar num rochedo íngreme, pensando que dali, por ser mais fundo, tiraria peixes maiores. Ainda colocando o molinete na parte mais grossa da vara, bati o pé na parte mais fina, que desceu pelo rochedo e afundou. Tentei alcançar, largando o molinete, que também desceu pela rocha e afundou. Fiquei com a imprestável parte mais grossa da vara, olhando a água escura e funda. Anos depois, já tinhoso com molinete e iscas, pescando numa rocha batida pelas ondas, peguei um grande bagre, mas a

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