Manual de sobrevivência filosófico

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KIERKEGAARD • JEAN-PAUL SARTRE

Angústia

é porque, para ele, a liberdade é a essência do homem: “A liberdade do para-si aparece como seu ser”, escreve. O cerne do existencialismo é a liberdade, pois cada indivíduo é definido por aquilo que ele faz. Daí o interesse dos existencialistas pela política: somos responsáveis por nós mesmos e por aquilo que nos cerca, notadamente, a sociedade: aquilo que nos cerca é nossa obra. Assim, a gente é aquilo que cada um faz de sua vida, nos limites das determinações físicas, psicológicas ou sociais que pesam sobre nós. Mas não existe uma natureza humana da qual nossa existência seria um simples desenvolvimento. Sartre morreu em 1980.

Trechos de A Náusea Os autores existencialistas, como Sartre, Simone de Beauvoir e Albert Camus, usavam a literatura para divulgar o pensamento dessa corrente filosófica. Eles faziam isso porque o pensamento existencialista, que é abstrato e generalizante, não apreende a existência individual, na qual a angústia tem um papel de destaque. Por isso, o existencialismo usa a literatura e o teatro, expondo a filosofia em romances e peças teatrais. No seu romance A Náusea, lançado em 1938 e um dos seus livros mais conhecidos, Sartre cria um protagonista convencido de que objetos e situações inanimados interferem em sua capacidade de se definir, em sua liberdade intelectual e espiritual, provocando nele uma sensação de náusea. A ideia parece loucura, mas é bem real.

O homem é livre porque não é si mesmo, mas a presença a si. O ser que é o que é não poderia ser livre. A liberdade é precisamente o nada que é tendo sido no âmago do homem

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