Material para professores O outro lado do paraíso | The other side of paradise

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MANUAL DO PROFESSOR – MATERIAL DE APOIO PROJETO PEDAGÓGICO O OUTRO LADO DO PARAÍSO – LUIZ FERNANDO EMEDIATO AUTORIA DO PROJETO PEDAGÓGICO: FERNANDA EMEDIATO

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SINOPSE Publicado consecutivamente desde 1981, este livro já se tornou um clássico da moderna literatura infantojuvenil. O livro é recomendado pela FNDE, como leitura suplementar, e como tal adotado em numerosas escolas do segundo grau em todo país. Um menino de 12 anos narra as aventuras do pai, um idealista sonhador, no Brasil dos anos 60, e as consequências, para sua família, do golpe militar de 1964. Numa linguagem poética, que evoca a Bíblia, Emediato traça, em poucas páginas, um sensível painel da busca humana da felicidade e da justiça na terra. “Escrito em linguagem realista, mas repassado de lirismo e de subjetivismo nostálgico, sua linguagem narrativa comunica-se de imediato com o leitor e o mantém suspenso pelo interesse, a cada página renovado. A aventura épica do pai, um Quixote, é vista pelos olhos do filho, numa mescla de admiração, amor, dor, orgulho e tristeza. O livro trata da força do sonho e da luta pela vida, o que o torna recomendável para o jovem leitor.

Nelly Novaes Coelho

SOBRE A OBRA A busca do Eldorado, a democracia, o relacionamento entre pai e filho. Neste livro, ambientado nos anos 60 – da criação de Brasília ao início da ditadura militar – o autor procura arrancar do leitor, momentos de emoção e envolvimento. Emediato é autor de livros de contos, novela, reportagens e teatro, desde 1977, quando lançou seu primeiro livro, Não passarás o Jordão. O outro lado do paraíso foi adaptado para o cinema pelo diretor André Ristum. É um livro autobiográfico, escrito na primeira pessoa, e nele um menino de 10 anos de idade, apaixonado pelo pai – um aventureiro quixotesco –, relata como este homem leva a família para Brasília, no início dos anos 60, em busca do que considera uma espécie de paraíso: o Brasil novo, reformado, industrializado, cheio de oportunidades para todos, que surgiria após as “reformas de base” propostas pelo então presidente João Goulart. A família deixa o interior rural de Minas Gerais, a partir também de um conflito familiar entre o pai e o sogro, um fazendeiro conservador. O personagem principal da história, Antônio, quer se libertar do “velho”, do Brasil atrasado, do sogro patriarcal, para ter sua própria vida em Brasília, onde no seu entendimento estava surgindo um “Brasil novo”.

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O menino, ainda na pré-adolescência, sofre por estar deixando em Minas a pequena Alice, sua amiga e possivelmente futura namorada, para ingressar num mundo novo e estranho. Em Brasília, um choque: a família não vai morar propriamente na Capital Federal, mas na nascente Taguatinga, uma espécie de vila que era então um grupamento empoeirado com pobres casas de madeira. É naquele ambiente árido, pobre, que a família vai enfrentar uma dura realidade, o Brasil da pobreza, mas também da esperança. Uma esperança que logo vai ser estiolada pela crise política, que a todos afeta. O amor filial, o respeito pelo pai, o sentimento de que mais uma vez o sonho não se realizará traz sofrimento e angústia para o narrador, que a tudo contempla sem entender direito o que está acontecendo. Na família, na escola, no grupo de amigos, o menino começa pouco a pouco a descobrir os princípios da cidadania e do convívio democrático, enquanto se aproxima o momento em que o autoritarismo prevalecerá. A chegada do golpe militar, a prisão do pai, o retorno para Minas, de volta para a fazendo do avô patriarcal, parece matar todos os sonhos da família, até a libertação do pai, que passa por um período de depressão na fazenda do sogro. O final, no entanto, é tão épico quanto libertador. O pai se reergue e sai de novo pelo mundo, levando a família, em busca não se sabe direito de quê, mas sem dívida alguma coisa que torna de novo possível o sonho. Ao enfrentar de forma singela, poética, dolorida, uma questão social e política, o livro revela os conflitos, dramas e tensões de uma sociedade em mudança, com seus vários personagens e ambientes sociais impelidos a tomar decisões dramáticas diante do espaço social no qual se movimentam. A mensagem central, no entanto, parece ser menos o elogio da liberdade, da busca de oportunidades, da democracia, da cidadania – embora isso seja ressaltado como importante e necessário –, mas o amor filial, a solidez das relações familiares, da união entre os membros de uma família em torno do pai cuja força não esmorece e serve de exemplo e sustentáculo para o grupo. O livro é recomendado para leitores de qualquer idade, e adequado para crianças a partir de 12 anos. Ele passa por diversos temas como relações pessoais e sociais; sociedade e política, além de conflitos da adolescência. 3


Abaixo, opinião da crítica Nely Novaes Coelho: “Escrito em linguagem realista, mas repassado de lirismo e de subjetivismo nostálgico, sua linguagem narrativa comunica-se de imediato com o leitor e o mantém suspenso pelo interesse, a cada página renovado. A aventura épica do pai, um Quixote, é vista pelos olhos do filho, numa mescla de admiração, amor, dor, orgulho e tristeza. O livro trata da força do sonho e da luta pela vida, o que o torna recomendável para o jovem leitor”. SOBRE O AUTOR Luiz Fernando Emediato nasceu em 1951 em Belo Vale, cidadezinha mineira próxima de Congonhas do Campo, MG. Em 1978 mudou-se para São Paulo, onde vive desde então. Aos 19 anos, em maio de 1971, ganhou o prêmio “Revelação de Autor” no então famoso Concurso Nacional de Contos do Paraná. Sua carreira de escritor começou aí. Em 1977, juntamente com Jéferson Ribeiro de Andrade (1947), Antônio Barreto (1954), Júlio César Monteiro Martins (1955), Domingos Pellegrini (1949), Caio Fernando Abreu (1948-1996), participou da antologia de contos “Histórias de um novo tempo”, publicada pela editora Codecri, do jornal “Pasquim”. Foi um enorme sucesso para a época, 35 mil exemplares vendidos em seis meses. Emediato foi jornalista (repórter especial e editor de “O Estado de S. Paulo” e diretor-executivo de jornalismo do SBT), profissão em que ganhou os principais prêmios da categoria: o Prêmio Esso de Jornalismo, por uma série de reportagens sobre jovens, o Prêmio da Sociedade Interamericana de Imprensa – SIP e o Rei de Espanha, por reportagem de cobertura das guerrilhas na América Central. Publicou os seguintes livros: “Não Passarás o Jordão” (1977, ed. Alfa Ômega, SP), “Os Lábios Úmidos de Marilyn Monroe” (1978, ed. Ática, SP), “A Rebelião dos Mortos” (1979, ed. Codecri, RJ), “Eu Vi Mamãe Nascer” (1977, ed. Comunicação, Belo Horizonte), “O Outro Lado do Paraíso” (1981, ed. Comunicação, Belo Horizonte), “Geração Abandonada” (1982, ed. Global, SP), “Ekhart, o Cruel” (1983, ed. EMW, SP), “A Grande Ilusão” (1992, Geração Editorial, SP), “Verdes Anos” (1994, Geração Editorial, SP).

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Todos os seus contos foram reunidos, sob coordenação do escritor Luiz Ruffato, na coletânea “Trevas no Paraíso” (2005, Geração Editorial, SP). Em 2013 foi publicada uma nova edição, revista e ampliada, de seu livro de estreia, “Não Passarás o Jordão” (Geração Editorial). Duas histórias de Emediato foram adaptadas para o cinema: “Verdes Anos”, por Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil, em 1983, e “O outro lado do paraíso”, por André Ristum, em 2013. “Verdes Anos” também foi adaptado para o teatro, por Roberto Bontempo. A peça “Ekhart, o Cruel” foi encenada cinco vezes, nos anos 80, por 5 diretores diferentes, em cinco estados. SOBRE A ILUSTRADORA Thais Linhares atua como repórter e cartunista no coletivo de comunicação da “Revista Vírus”, é a vice-presidente a AEILIJ – Associação de Escritores e Ilustradores e Literatura Infantil e Juvenil, comunicadora e Diretora Adjunta Administrativa do DDH – Instituto de Defensores de Direitos Humanos. Nascida carioca, atua na área editorial e de cinema de animação. São diversos os trabalhos publicados como ilustradora, escritora e quadrinista. Tem obras como escritora e ilustradora adotados no PNBE (Programa Nacional Biblioteca na Escola) e também outros programas municipais e estaduais de adoção de livros para bibliotecas e escola. Associada à AEILIJ, a ABIPRO e ABCA. Em 2008 trabalhou como cenógrafa da série animada “Juro que Vi” da Multirio – Prefeitura do Rio de Janeiro. Especializou-se em roteiro para animação e em 2009 ganhou edital da Secretaria Estadual de Cultura (RJ) para desenvolvimento de roteiro de longa em animação baseado em seu texto “O Monge e a Fada”. Roteirista na série animada "Quarto do Jobi”, da 2dLab. PROJETO PEDAGÓGICO: O OUTRO LADO DO PARAÍSO, DE LUIZ FERNANDO EMEDIATO

Por Fernanda Emediato Fernanda Emediato é produtora, escritora, atriz, contadora de histórias e empresária. Ao longo de 20 anos na vida profissional, acumulou experiência em diversas áreas, como: eventos; assessoria de imprensa; produção editorial; 5


produção gráfica; seleção de casting e marketing digital. E gerenciou, pela Lei Rouanet, o projeto do livro Os sonhos não envelhecem; e, pelo Proac, os projetos dos livros Kafka e a Marca do Corvo, O Vale de Solombra e Paisagem com Neblina, As Vidas e as Mortes de Frankenstein, todos publicados pela Geração Editorial. Sempre priorizou a defesa dos direitos infantis. Desde 2013 visita escolas dentro e fora de São Paulo. Em 2015 criou a campanha social “Você faz, você pode” (https://www.facebook.com/vocefazvocepode/), na qual arrecadou dinheiro através de crownfunding e brinquedos, que foram distribuídos na periferia de São Paulo e também na Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP). Em 2017 contou histórias para as crianças cegas da Fundação Dorina Nowill. Em todas as áreas de seu trabalho, Fernanda Emediato enfatiza a importância da leitura na construção e no crescimento da personalidade das crianças. PROJETO PEDAGÓGICO O projeto pedagógico da obra O outro lado do paraíso, de Luiz Fernando Emediato, é composto por uma sequência didática destinadas aos estudantes e professores dos anos finais do ensino fundamental, devido à temática, ao modo de abordagem e às possibilidades interdisciplinares estabelecidas, que vão ao encontro da organização curricular própria desse segmento de ensino, tendo em vista as orientações curriculares estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular – BNCC.

INDICAÇÃO A obra é recomendada ao público infantil, mais especificamente às crianças entre 13 e 14 anos de idade (8.º e 9.º ano do Ensino Fundamental), devido à pertinência do tema e à possibilidade de compreensão e estabelecimento de relações por parte dessa faixa etária. OBJETIVO •

Conflitos de adolescência Relações familiares e sociais imediatas dos personagens/sujeitos

líricos,

considerando-se a relação com

as 6


autoridades, a construção das amizades, os conflitos e aprendizagens advindos da interação com o outro etc. •

O contato entre diferentes esferas culturais, sociais, regionais etc., bem como sobre o encontro entre indivíduos de diferentes etnias, raças etc. e/ou pessoas com deficiências, sendo valorizada a presença de protagonistas que representem essa diversidade. A interação com a diferença deve revelar seus desafios e benefícios, destacando-se a necessidade de um convívio democrático.

Das descobertas e relações pessoais a esferas mais amplas, concentrando-se na relação do indivíduo com o mundo a sua volta, e sua atuação e interação com a sociedade, destacando-se as diversidades regionais, em conexão com o exercício da cidadania. Deve-se mostrar a complexidade das relações humanas e da tomada de decisões frente ao espaço social.

TEMAS •

Conflitos de adolescência;

Encontros com a diferença;

Sociedade, política e cidadania;

COMPETÊNCIAS GERAIS •

Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo social e cultural para colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;

Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas;

Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural;

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Utilizar diferentes linguagens – verbal, corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo;

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais para fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade;

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo e dos outros;

Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas;

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza;

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

PROPOSTAS INTERDISCIPLINARES Componente

Língua Portuguesa

Práticas de linguagem (LP)/ Unidades temáticas (demais componentes) Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Objetos de conhecimento

Habilidades

Reconstrução das condições de produção e recepção de textos

(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram

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Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Estratégia leitura

de

Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma) Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Estratégia leitura

de

Planejamento texto

de

Língua Portuguesa

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Revisão de textos

Língua Portuguesa

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Edição de textos

Língua Portuguesa

Oralidade

Oralidade pública/ intercâmbio conversacional em sala de aula

Língua Portuguesa

Oralidade

Escuta atenta

Língua Portuguesa

Oralidade

Relato oral/ registro formal e informal

Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Formação do leitor literário

Língua Portuguesa

produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam. (EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas. (EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos. (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas. (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo fazendo cortes, e aprimorá-lo, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. (EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital. (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado. (EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário. (EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). (EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-

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Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Leitura colaborativa autônoma

Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma) Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Formação do leitor literário/ Leitura multissemiótica Decodificação/ fluência de leitura

Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Formação do leitor

Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma) Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma) Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Compreensão

Língua Portuguesa

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Construção do sistema alfabético/ convenções da escrita

Língua Portuguesa

Oralidade

Forma composição gêneros orais

Língua Portuguesa

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Escrita colaborativa

Língua Portuguesa

Oralidade

Escuta de textos orais

Língua Portuguesa

Língua Portuguesa Língua Portuguesa

e

Estratégia leitura

de

Estratégia leitura

de

de de

os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade. (EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas. (EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos. (EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado. (EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura. (EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global. (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos. (EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto. (EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso. (EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguísticoexpressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação pessoais, telefônica, entrevistas entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.). (EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

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Língua Portuguesa

Oralidade

Planejamento de texto oral Exposição oral

Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Formação do leitor literário

Língua Portuguesa

Leitura/ escuta (compartilhada e autônoma)

Textos dramáticos

Língua Portuguesa

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Escrita autônoma e compartilhada

Língua Portuguesa

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Escrita autônoma e compartilhada

Língua Portuguesa

Análise linguística/ semiótica (Ortografização)

Língua Portuguesa

Análise linguística/ semiótica (Ortografização)

Conhecimento do alfabeto do português do Brasil/ Ordem Alfabética/ Polissemia Morfologia

Língua Portuguesa

Análise linguística/ semiótica (Ortografização)

Morfossintaxe

Língua Portuguesa

Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

Forma de composição de textos dramáticos Produção de textos

Língua Portuguesa

Oralidade

Performances orais

Língua Portuguesa

Análise linguística/ semiótica (Ortografização)

Forma composição textos

Língua Portuguesa

de dos

(EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa. (EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. (EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena. (EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens. (EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto. (EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado mais plausível para o contexto que deu origem à consulta. (EF04LP06) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal). (EF04LP07) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância no grupo nominal). (EF04LP27) Identificar, em textos dramáticos, marcadores das falas das personagens e de cena. (EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF05LP25) Representar cenas de textos dramáticos, reproduzindo as falas das personagens, de acordo com as rubricas de interpretação e movimento indicadas pelo autor. (EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa,

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Coesão articuladores Contextos práticas

e

Arte

Artes visuais

e

Arte

Artes visuais

Elementos linguagem

Arte

Artes visuais

Materialidades

Arte

Artes visuais

Processos criação

de

Arte

Teatro

Processos criação

de

Matemática

Números

Matemática

Números

Matemática

Números

Matemática

Números

Propriedades das operações para o desenvolvimento de diferentes estratégias de cálculo com números naturais Propriedades das operações para o desenvolvimento de diferentes estratégias de cálculo com números naturais Problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação e da divisão: adição de parcelas iguais, configuração retangular, proporcionalidade, repartição equitativa e medida Problemas: adição e subtração de números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita

da

oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade. (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR21) Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma intencional e reflexiva. (EF04MA03) Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado. (EF04MA04) Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as estratégias de cálculo.

(EF04MA06) Resolver e elaborar problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação (adição de parcelas iguais, organização retangular e proporcionalidade), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos.

(EF05MA07) Resolver e elaborar problemas de adição e subtração com números naturais e com números racionais, cuja representação decimal seja finita, utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos.

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Matemática

Números

Problemas: multiplicação e divisão de números racionais cuja representação decimal é finita por números naturais Misturas Transformações reversíveis e não reversíveis

Ciências

Matéria e energia

Geografia

O sujeito e seu lugar no mundo

Território diversidade cultural

Geografia

Conexões e escalas

Territórios étnicosculturais

Geografia

O sujeito e seu lugar no mundo

História

As questões históricas relativas à migrações

História

Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social

História

Registros da história: linguagens e culturas

Diferenças étnicoraciais e étnicoculturais e desigualdades sociais Os processos migratórios para a formação do Brasil: os grupos indígenas, a presença portuguesa e a diáspora forçada dos africanos Os processos migratórios do final do século XIX e início do século XX no Brasil As dinâmicas internas de migração no Brasil a partir dos anos 1960 Cidadania, diversidade cultural e respeito às diferenças sociais, culturais e históricas As tradições orais e a valorização da memória O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de

e

(EF05MA08) Resolver e elaborar problemas de multiplicação e divisão com números naturais e com números racionais cuja representação decimal é finita (com multiplicador natural e divisor natural e diferente de zero), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos. (EF04CI02) Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando expostos a diferentes condições (aquecimento, resfriamento, luz e umidade). (EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares e/ou da comunidade, elementos de distintas culturas (indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões do país, latino-americanas, europeias, asiáticas etc.), valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua contribuição para a formação da cultura local, regional e brasileira. (EF04GE06) Identificar e descrever territórios étnico-culturais existentes no Brasil, tais como terras indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos, reconhecendo a legitimidade da demarcação desses territórios. (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. (EF04HI10) Analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

(EF05HI04) Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos. (EF05HI09) Comparar pontos de vista sobre temas que impactam a vida cotidiana no tempo presente, por meio do acesso a diferentes fontes, incluindo orais.

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saberes, culturas e histórias

SEQUÊNCIA DIDÁTICA A sugestão de trabalho é que as propostas sejam organizadas em 10 aulas, com etapas graduais de aprofundamento e reflexão em relação aos temas. DESENVOLVIMENTO 1.ª FASE: Pré-leitura Aula 1 – Que título tem? Materiais: Livro “O outro lado do paraíso”, com o título coberto por uma tira de papel. Antes da leitura do livro “O outro lado do paraíso”, de Luiz Fernando Emediato, problematize a capa a partir das imagens e do título, a princípio coberto com uma tira de papel para que os alunos não o vejam nesse momento. Então, você, professor, pode apresentar a capa aos alunos e perguntar: Observando a ilustração da capa, que pistas ela nos dá? Quem vocês acham que são os personagens da história? Crianças ou adultos? Por que vocês acham isso? O que será que acontecerá nessa história? Para onde está indo o caminhão? Qual estado está representado na capa? O que mais vocês estão vendo na capa? Em seguida, comente com os alunos que o título foi coberto para que eles primeiro inventassem outro e, depois, descobrissem o título real, dado pelo autor. Para a problematização do título, uma sugestão é dizer: Que título será que tem essa história? Por que você acha isso? Possibilite que os alunos deem sua opinião sobre o título que imaginam ter o livro, de forma espontânea, justificando-o. Os títulos dados pelos alunos podem ser anotados na lousa. O intuito não é perceber quem mais se aproximou do título original, mas verificar os conhecimentos das crianças e as possibilidades de estabelecimentos de relações entre a imagem e o título pensado por elas. Após abrir a janela do título, pergunte a eles: Esse título combina com a imagem da capa? O que será que ele revela da história? Onde será que fica o 14


paraíso? Como os personagens irão chegar ao paraíso? Esse momento é importante para instigar a curiosidade e o interesse das crianças para a história, bem como propor o levantamento de algumas hipóteses e depois poder confrontá-las ou confirmá-las durante a leitura. Aula 2 – Conhecendo a sinopse Materiais: Cópias da sinopse do livro “O outro lado do paraíso” (1 por dupla de alunos), que está na quarta capa da obra; cópias do roteiro para análise da sinopse (1 por dupla de alunos) Comece a aula perguntando para os alunos o que acham ser uma “sinopse”. Promova o diálogo com eles e estimule-os a se aproximarem da definição. Caso não tenham ideia do que se trata, você pode questioná-los sobre onde poderiam buscar essa informação. Espera-se que os alunos comentem sobre dicionário, sobre sites de busca ou sobre perguntar para alguém da escola. Após essa pesquisa, organize com os alunos a ideia de que a sinopse é um gênero de texto semelhante a uma síntese, que traz a versão mais curta da história, sem revelar o seu final. Converse com eles para que compreendam o objetivo de um texto como esse: chamar a atenção do leitor para aspectos principais da história e instigá-lo a lê-la por completo. Comente também que a sinopse é, geralmente, escrita pelo próprio autor do livro e que não costuma emitir opinião (como ocorre, normalmente, nas resenhas). Além de sinopses de livros, há sinopses de filmes, que cumprem a mesma função. Entregue para cada dupla de alunos uma cópia da sinopse do livro “O outro lado do paraíso” e um roteiro para que norteie a discussão entre eles. Uma sugestão de roteiro é:

 Leitura da sinopse do livro “O outro lado do paraíso”, de Luiz Fernando Emediato Antes de ler o livro... Roteiro para leitura e discussão da sinopse: 1- Leiam juntos a sinopse do livro, procurando observar: a. Que informações a sinopse revela sobre o livro (personagens, trecho da história, conflito, etc.)? b. Que aspectos da sinopse chamaram sua atenção para conhecer o livro? c. Há alguma palavra da sinopse deste livro que você desconhece? Qual?

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Além de discutirem os itens do roteiro, os alunos podem fazer anotações e, em seguida, podem socializar suas respostas, oralmente, com a turma. Aula 3 – Mais sinopses Materiais: Livros de literatura infantil de títulos variados Combine com os alunos de irem à biblioteca da escola, a uma biblioteca da cidade ou a explorarem os próprios livros da biblioteca da sala de aula, caso você tenha. A ideia é que procurem livros de literatura infantil e localizem a sinopse deles. O objetivo dessa aula é selecionarem livros cuja sinopse seja de boa qualidade. Cada criança poderá escolher uma sinopse, se forem a uma biblioteca pública, e registrá-la em seu caderno para depois consultar em outro momento. Caso você opte pelos livros existentes na escola, podem selecionálos e levar para a sala de aula, colocando-os no centro da roda ou na frente da sala para que os alunos leiam e comparem as diferentes sinopses. Eles podem, ainda, comparar a linguagem das sinopses, verificar que pontos chamaram mais a atenção e que obras acharam mais interessantes a partir da leitura apenas das sinopses. Você também pode orientá-los a perceber se as ideias iniciais que tinham da obra se confirmaram com a leitura do livro na íntegra. 2.ª FASE: Leitura Aula 4 – Ler para apreciar Materiais: Livro “O outro lado do paraíso” Para realizar a leitura compartilhada do livro “O outro lado do paraíso”, sugerimos que você, professor, faça uma leitura prévia da obra antes de lê-la para os alunos para que esteja mais preparado e a para que a leitura flua melhor. Além disso, é importante organizar o espaço para o momento da leitura, deixando-o aconchegante e com os alunos dispostos em roda, sentados em

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almofadas, em tapete ou em outros ambientes da escola, caso seja possível, como um gramado ou embaixo de uma árvore. Mostre a capa novamente, como já feito na proposta de pré-leitura e além do título, comente sobre o nome do autor, da ilustradora e da editora. Fale um pouco sobre o autor e o ilustrador, estas informações encontram-se no início deste manual. Pergunte aos alunos quem se lembra das informações presentes na sinopse para contextualizá-los da história e instigá-los novamente. Então, inicie a leitura em voz alta e, à medida em que lê, vá mostrando também as ilustrações às crianças. Não deixe de mostrar as ilustrações e nem as mostre ao final, pois, junto com o texto escrito, elas compõem os sentidos durante a leitura. Procure não simplificar a leitura nem suprimir, substituir ou explicar determinadas palavras para que os alunos tenham acesso ao texto integralmente da forma em que foi produzido. Evite, ainda, interromper a história para que os alunos não percam o interesse e a atenção.

3.ª FASE: Pós-leitura Aula 5 – Roda de conversa Materiais: Livro “O outro lado do paraíso” Ao final da leitura, incentive as crianças a expressarem o que sentiram, se gostaram ou não da história, que trechos mais gostaram, a que outra história esta lhes remete (caso tenham alguma lembrança de histórias semelhantes) ou outro comentário que desejem fazer. Esse momento é importante para os alunos posicionarem-se oralmente, explicitarem seus pensamentos e gostos literários, 17


além de verbalizarem sentimentos e mostrarem identificação com o estilo literário do autor ou empatia em relação às personagens. Inicialmente, deixe que os alunos falem espontaneamente, sem obrigatoriamente todos contribuírem oralmente e sem que haja tantas intervenções de sua parte. Depois, utilize o seguinte roteiro como norteador para a roda de conversa, que também ajudará as crianças a interpretarem melhor. Você não precisa ler as perguntas no momento da roda de conversa, mas pode planejar a conversa com as crianças a partir desse roteiro, incluindo outros pontos que deseje acrescentar à discussão.  Roteiro para roda de conversa Sobre as palavras desconhecidas... - Há alguma palavra cujo significado é desconhecido por você? - Alguém sabe o que isso significa ou pode ajudar a construir o significado? - Você aprendeu alguma palavra nova a partir da leitura? O que ela significa a partir desse contexto? Sobre os sentimentos das personagens... - Para Antônio o que a mudança para Brasília simbolizava? - Como a família se Antônio sentiu-se com a mudança? - O que a família sentiu quando chegaram em sua nova casa? - O que sentiu Antônio ao ouvir sobre o comunismo no rádio? - O que aconteceu para o Antônio chegar em casa chorando? - Como a família se sentiu ao retornar para Minas? Sua opinião... - O que achou da história? - Por que Alice vendia pirulitos? - A família fez certo de tentar uma nova vida? - O que acha das decisões de Antônio perante a família? - Por que Antônio foi preso? Aula 6 – De volta à sinopse 18


Materiais: Livro “O outro lado do paraíso” (para ficar à disposição dos alunos para consulta), cópias da sinopse do livro “O outro lado do paraíso” (1 por dupla de alunos), que está na quarta capa da obra; cópias do roteiro para análise da sinopse após a leitura da obra (1 por dupla de alunos). Depois de conhecerem a sinopse e a história “O outro lado do paraíso”, reúna os alunos em duplas e entregue a eles o roteiro sugerido:

 Leitura da sinopse do livro “O outro lado do paraíso”, de Luiz Fernando Emediato Após ler o livro... Roteiro para leitura e discussão da sinopse: 1- Leiam juntos novamente a sinopse do livro, procurando observar: a. As expectativas criadas a partir da leitura da sinopse se confirmam ou não com a leitura do livro? Justifiquem sua resposta. b. Há algum aspecto que se destaca no livro e poderia ser acrescentado à sinopse? Qual? Por quê? 2 – Produção escrita a. Criem outra sinopse para o livro “O outro lado do paraíso”

A ideia é que os alunos possam se aprofundar nesse gênero, discutindo sobre as expectativas que a sinopse cria no leitor, bem como qual o conteúdo e a linguagem que traz. Incentive os alunos a escreverem outra sinopse para o livro, ainda em duplas, e depois monte um painel com os textos dos alunos para que possam apreciar o que os colegas escreveram e emitirem sua opinião, percebendo se as sinopses cumpriram o papel de atrair o interesse do leitor para a obra na íntegra. Para escrever a nova sinopse, os alunos poderão ter a sua disposição as sinopses dos demais livros analisados (aula 3). Aula 7 – Mudando a história Materiais: Livro “O outro lado do paraíso” Leia novamente a história para os alunos até o trecho “Naquele dia mesmo chegou o caminhão de mudança” (página 37) e proponha que pensem em outro desfecho para a história. Para isso, pergunte: - Depois dessa parte, o que aconteceu na história? - O que os personagens poderiam fazer de diferente no final da história? 19


Então, sugira que, individualmente, os alunos escrevam a continuação da história. Proponha que primeiro levantem todas as possibilidades, listando-as, como em uma “chuva de ideias”. Depois, que escolham apenas uma ideia daquela lista para desenvolver e que planejem um roteiro para o que gostariam de escrever. Em seguida, que produzam o texto em si. Posteriormente, orienteos a realizarem a revisão do texto e a passarem a limpo. Essas etapas podem durar mais do que uma aula para que o texto ocorra com a qualidade esperada. Aula 8 – Ilustrando a História Materiais: Livro “O outro lado do paraíso”, outros livros de literatura infantil que contenham ilustrações interessantes. Lápis, canetinha, tinta, recortes de jornal e revistas. Textos escritos na aula anterior. Incentive os alunos a fazerem novas ilustrações. Para isso, apresente novamente o livro “O outro lado do paraíso” e outros que queira, com técnicas de ilustrações interessantes para apreciarem e se inspirarem nelas. Você pode organizar uma exposição com as produções escritas da aula anterior e as ilustrações das crianças ou dispor os trabalhos no centro de uma roda para que observem o que os colegas fizeram e falem um pouco sobre suas próprias produções. Depois com todas as produções de textos e ilustrações faça as seguintes perguntas matemática: •

Quantos alunos somos ao total na sala?

Quantos finais diferentes foram criados?

Se cada aluno desse uma versão de cada livro para o melhor amigo, quantos livros seriam necessários?

Aula 9 – Realizando uma pesquisa Materiais: Livro “O outro lado do paraíso”; giz e lousa ou papel kraft e canetão. Retome com os alunos o trecho do livro “O outro lado do paraíso”: – O Jango vai fazer a reforma agrária. – Ai, meu Deus – mamãe disse, levando a mão à cabeça. O pai de mamãe tinha uma fazendinha perto de Montes Claros, em Minas, e sempre ficava de mau humor quando ouvia falar de reforma agrária. Era um homem bom, mas muito violento. (página 29).

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Então, pergunte aos alunos se sabem o que é reforma agrária. Pergunte, por exemplo, qual a relação dos movimentos sociais com as políticas de reforma agrária? Quais são os movimentos sociais mais conhecidos? Qual o objetivo da reforma agrária? Entendendo que a reforma agrária é uma ação do estado para garantir que todos tenham terra para plantar e viver, e sabendo que o Brasil possui muitas terras nas mãos de poucos, como o governo brasileiro deveria agir para garantir que todos possam trabalhar de forma igualitária? A partir das perguntas feitas pelos alunos, vá ao laboratório de informática ou à biblioteca e proponha que realizem a pesquisa, anotando as respostas a partir daquela lista. Os alunos, ao final, podem comparar e compartilhar suas pesquisas com a turma ou com crianças de outra turma, acrescentando novas descobertas à lista inicial. Aula 10 – Criação de cena com fantoches Materiais: Livro “O outro lado do paraíso”; papel cartão (aproximadamente 30 folhas, de cores variadas, disponíveis coletivamente, para serem usadas pelos grupos); palitos de churrasco ou de sorvete (aproximadamente 60 unidades); cola; fita adesiva; lápis de cor; tesoura; caixa de sapatos (1 por grupo de alunos); papéis variados; canetinhas; giz de cera; tintas e pincéis; lápis e papel; máquina fotográfica. Para iniciar essa aula, proponha a discussão entre os alunos das seguintes palavras: Mudança, família, luta, tristeza, lembranças. O foco é compreenderem os termos e trazerem definições para eles, distinguindo-os. Eles podem começar definindo a seu modo, por meio de suas percepções e experiências linguísticas e, depois, consultando dicionário ou sites de busca para complementar ou organizar melhor essas informações. Depois disso, comente com os alunos que essas palavras serão tema de uma cena que cada grupo de 4 ou 5 alunos criará e apresentará aos demais por meio do uso de fantoches também confeccionados por eles. Para criação dos fantoches: em grupos, proponha que pensem em que personagens gostarão de colocar na cena, que idealizem e desenhem esses 21


personagens em um pedaço de papel cartão, pintem, recortem e os cole em um palito. Pronto! Esses serão os fantoches dos personagens da história. Eles também poderão criar o cenário em que a história acontecerá, usando, para isso, uma caixa de sapatos (apenas a caixa, sem a tampa), decorada pelos próprios alunos, de acordo com a história criada. Não direcione a criação dos alunos. Eles podem planejar personagens humanos ou animais e criar a história com autonomia, focando apenas no tema “desigualdade social”, “política” e “cidadania”, apontando para desfechos de respeito, empatia e aceitação às diferenças, assim como mostra o livro “O outro lado do paraíso”, lido e estudado pelo grupo. Para criação da história: Em grupos, os alunos escreverão a história que será apresentada aos demais. Para isso, deverão ter como foco tanto o tema quanto as personagens de palito. Pode ter fala de narrador, mas também é importante que haja falas para as personagens. Para o momento da apresentação: Organize os alunos em um espaço aconchegante e com todos voltados à frente, onde será encenada a história, com o teatro de fantoches. Garanta um momento anterior para ensaio e um cronograma para as apresentações, que poderão ocorrer na mesma aula ou em dias diferentes. Se possível, registre o momento por meio de fotos ou de filmagem, que depois poderá ser vista pelos alunos.

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