ECOVILA AREIÃO

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Geovana Roma de Almeida

ECOVILA AREIÃO URBANIZAÇÃO INTEGRADA: CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE E BIOCONSTRUÇÃO EM ASSENTAMENTO PRECÁRIO URBANO



ECOVILA AREIÃO URBANIZAÇÃO INTEGRADA: CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE E BIOCONSTRUÇÃO EM ASSENTAMENTO PRECÁRIO URNANO.

Geovana Roma de Almeida



Centro Universitário Senac São Paulo Arquitetura e Urbanismo

Geovana Roma de Almeida ECOVILA AREIÃO URBANIZAÇÃO INTEGRADA: CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE E BIOCONSTRUÇÃO EM ASSENTAMENTO PRECÁRIO URBANO.

São Bernardo do Campo 2021


RESUMO Como uma de suas premissas, este trabalho de conclusão de curso tem como motivação a busca de soluções para os grandes problemas ambientais que o homem enfrenta em suas cidades, o crescimento populacional desgovernado, a falta de planejamento dos espaços e a ausência da coexistência pacífica entre o homem e a natureza. Dentre muitas opções criadas e estudadas para solucionar estes problemas que vem sendo enfrentadas há anos pelas nações, algumas comunidades surgiram em busca de um conceito, um estilo de vida que prioriza a sustentabilidade no quesito viver, solidificando o conceito de ecovilas. Para a criação destes espaços é necessário levar em consideração as características do local, as formas de implantação e os usos necessários para que a vida da comunidade que vai habitar ali seja confortável, através dos conceitos de bioarquitetura, Perm acultura e sustentabilidade.

A proposta da ecovila é baseada em pesquisas e referências, visando estratégias para um desenho urbano integrado, com espaços de uso misto, moradias de interesse social, atividades inclusivas diversas e espaços públicos que reintegrem o verde na cidade com baixo impacto ambiental. Trazendo este contexto para dentro do assentamento precário tratado em questão, as pesquisas levantadas servirão de auxílio para a adaptação deste tipo de comunidade, dentro das limitações estabelecidas pelo terreno e as características físicoambientais do perímetro, em um formato que funcione e qualifique a vida da comunidade e da natureza que ali se encontra.

Palavras-chave: Ecovila; sustentabilidade; bi construção; permacultura, meio ambiente; projeto social; infraestrutura urbana.


LISTA DE Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura

FIGURAS

1 06 FATOS SOBRE CORONAVÍRUS E MEIO AMBIENTE....................................Página 2 06 FATOS SOBRE CORONAVÍRUS E MEIO AMBIENTE....................................Página 3 17 OBJETIVOS PARA TRANSFORMAR NOSSO MUNDO.....................................Página 4 PROJETO DE EDIFÍCIO MISTO E PARQUE DO CÓRREGO.................................Página 5 PROJETO DO CENTRO COMERCIAL SANTA RITA DE CÁSSIA..............................Página 6 PROJETO DE EDIFÍCIO HABITACIONAL..............................................Página 7 DIAGRAMA DE PROJETO...........................................................Página 8 DIAGRAMA DE PROJETO. VERDES E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL...........................Página 9 DIAGRAMA DE PROJETO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO..................................Página 10 DIAGRAMA DE PROJETO..........................................................Página 11 FOTO DO PROJETO..............................................................Página 12 FOTO DO PROJETO..............................................................Página 13 FOTO DO PROJETO..............................................................Página 14 FOTO DO PROJETO..............................................................Página 15 FOTO DO PROJETO..............................................................Página 16 FOTO DO PROJETO..............................................................Página 17 FOTO DO PROJETO............................................................. Página 18 FOTO DO PROJETO .............................................................Página 19 APLICAÇÃO DO MÉTODO TADELAKT................................................ Página 20 SIMULAÇÃO TELHADO ESTRUTURA DE BAMBU........................................ Página 21 PAREDES DE PAU A PIQUE...................................................... Página 22 AMARRAÇÕES DE BAMBU......................................................... Página 23 PREPARAÇÃO DA MASSA PARA EXECUÇÃO DO PAU A PIQUE............................ Página 24 MAPA DE DECLIVIDADES........................................................ Página 25 TESTES COM DIFERENTES MATERIAIS............................................. Página 26 TESTES REBOCOS NATURAIS..................................................... Página 27 MAPA DE LOZALIZAÇÃO DO COMPLEXO DENTRO DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.Página 28 MAPA DE LOZALIZAÇÃO DO COMPLEXO DENTRO DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO Página 29 SITUAÇÃO ATUAL ENFRENTADA PELOS MORADORES QUE VIVEM ÁS MARGENS DO CÓRREGO. . Página

20 20 20 24 24 24 24 26 25 28 28 28 29 29 29 31 31 31 34 35 35 35 36 36 36 36 37 38 40


Figura 30 SITUAÇÃO ATUAL CONSTRUÇÕES EXECUTADAS NO NÍVEL DO CÓRREGO COM INUNDAÇÕES FREQUENTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Página 41 Figura 31 SITUAÇÃO ATUAL UNIDADES HABITACIONAIS....................................... Página 42 Figura 32 SOBREPOSIÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO AO MAPA DA APRM-B....................... Página 40 Figura 33 FOTO REPRESENTATIVA AUSÊNCIA DO VERDE NO PERÍMETRO. . . . . . . . . . . . . Página 44 Figura 34 ENCOSTAS E VIAS ÍNGREMES, MATERIAL SATURADO, E ESCARPAS VERTICAIS, RUA NOSSA. SENHORA. APARECIDA............................................................................ Página 47

LISTA DE MAPAS MAPA 01 MAPA DE REMOÇÕES DENTRO DO PERÍMETO DA FAVELA DO AREIÃO........................Página 64 MAPA 02 MAPA DEMONSTRATIVO. SITUAÇÃO TERRITORIAL APÓS AS REMOÇÕES NECESSÁRIAS..........Página 65 MAPA 03 MAPA VIÁRIO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO. CRIAÇÃO DE VIAS, REMOÇÃO DE VIAS E REQUALIFICAÇÃO DE VIAS EXISTENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . . . . . . . ..Página 66

MAPA 04 MAPA VIÁRIO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO VIAS DE ACESSO INTERNO SECUNDÁRIAS.VIAS DE ACESSO EXTERNO PRIMÉRIAS. VIAS DE LIGAÇÃO EXTERNA EXISTENTES . . . . . . . . . . . . . . . . .Página 67 MAPA

05

MAPA

VERDE.

ÁREAS

VERDES

E

PROPOSTA

DE

RECUPERAÇÃO

AMBIENTAL

DAS

ÁREAS

FRAGILIZADAS.RESSIGINIFICAÇÃO DA RELAÇAÕ DA COMUNIDADE COM O VERDE . . . . . . . . . ..Página 68 MAPA 06 MAPA REQUALIFICAÇÃO CÓRREGO. REQUALIFICAÇÃO DAS MARGENS DO CÓRREGO. RESSIGNIFICAÇÃO DA RELAÇÃO DA COMUNIDADE COM AS ÁGUAS DO CÓRREGO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Página 69 MAPA 07 MAPA VIÁRIO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO. CRIAÇÃO DE VIAS, REMOÇÃO DE VIAS E REQUALIFICAÇÃO DE VIAS EXISTENTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Página 70 MAPA 08 MAPA DE PROPOSIÇÕES. SETORIZAÇÃO DOS ESPAÇOS COMO PROPOSTA DE INTENÇÃO PROJETUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Página 71 MAPA 09 MAPA GERAL. SOBREPOSIÇÃO DE INFORMAÇÕES GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . Página 72


LISTA DE TABELAS TABELA 01 CARGA DE DBO PROVENIENTE DOS ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS.........................Página 39 TABELA 02 GRAU DE RISCO VS DECLIVIDADES................................................Página 42 TABELA 03 CORRELAÇÃO ENTRE DECLIVIDADES (%) E GRAUS DE RISCO...........................Página 43 MAPA 04 MAPA VIÁRIO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO VIAS DE ACESSO INTERNO SECUNDÁRIAS.VIAS DE ACESSO EXTERNO PRIMÉRIAS. VIAS DE LIGAÇÃO EXTERNA EXISTENTES . . . . . . . . . . . . . . . . .Página 58 MAPA 05 MAPA VERDE. ÁREAS VERDES E PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DAS ÁREAS FRAGILIZADAS.RESSIGINIFICAÇÃO DA RELAÇAÕ DA COMUNIDADE COM O VERDE. . . . . . . . . . .Página 59

LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 01 PORCENTAGEM OCUPAÇÃO PROFISSIONAL MORADORES DOS ASSENTAMENTOS...............Página GRÁFICO 02 PORCENTAGEM POPULACIONAL PORTADORES E NÃO PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS ASSENTAMENTOS..........................................................................Página GRÁFICO 03 PORCENTAGEM FAIXA ETÁRIA POPULACIONAL DOS ASSENTAMENTOS.....................Página GRÁFICO 04 SITUAÇÃO DOS MORADORES EMPREGADOS DOS ASSENTAMENTOS.........................Página GRÁFICO 05 LOCALIZAÇÃO DOS EMPREGOS DOS MORADORES DOS ASSENTAMENTOS....................Página

46 DOS 47 47 48 48


SUMÁRIO 1. INTRUDUÇÃO .....................PÁGINA 11 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ........... PÁGINA 11 1.2 OBJETIVOS ...................PÁGINA 15 1.2.1 GERAL ....................... PÁGINA 15

1.2.2 ESPECÍFICOS ...................PÁGINA 15

1.3 JUSTIFICATIVA ................PÁGINA 16 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO ............ PÁGINA 17 2.1 PROBLEMÁTICA AMBIENTAL NAS CIDADES .....................................PÁGINA 17 2.2 ECOVILAS .....................PÁGINA 21 3. ESTUDOS DE CASO ..................PÁGINA 23

5.9 CARACTERÍSTICAS SOCIOECONOMICAS . .................................... PÁGINA 52 5.10 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA DOS ASSENTAMENTOS .....................................PÁGINA 55 6. PREPOSIÇÃO PROJETUAL .............PÁGINA 57 6.1 ESTUDO PRELIMINAR ............PÁGINA 57 6.2 IMPLANTAÇÃO

............PÁGINA 62

6.3 PROGRAMA

............PÁGINA 62

6.4 ESTRUTURA

............PÁGINA 63

3.1 URBANIZAÇÃO INTEGRADA ........PÁGINA 23

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............PÁGINA 102

3.2 A COMUNA .....................PÁGINA 27

8. BIBLIOGRAFIA .....................PÁGINA 103

3.3 MORADIAS INFANTIS ............PÁGINA 30 4. VIVÊNCIA EM BIOCONSTRUÇÃO 4.1 VIVÊNCIA PESSOAL E CAPACITAÇÃO EM BIOCONTRUÇÃO ..................... ..............PÁGINA 32

5. DIAGNÓSTICO GERAL 5.1 LOCALIZAÇÃO ..................PÁGINA 37 5.2 USO E OCUPAÇÃO DE SOLO .......PÁGINA 41 5.3 CLIMA E CONDIÇÕES METEREOLÓGICAS ...... .................................... PAGINA 41 5.4 GEOMORFOLOGIA.................PAGINA 43 5.5 COBERTURA VEGETAL ............PÁGINA 43 5.6 HIDROGRAFIA ..................PÁGINA 45 5.7 IMPACTOS AMBIENTAIS ..........PÁGINA 48 5.8 RISCOS .......................PÁGINA 50


1 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO As cidades modernas e o estilo de vida consumista são cada dia mais enraizado na sociedade atual. Vivendo- se na era da tecnologia e informação, o crescimento populacional desgovernado se solidifica a cada dia que passa, fazendo com que seja comum o surgimento de cidades sem planejamento urbano, contribuindo para a problemática social e ambiental antes já existente. Os problemas sociais e ambientais se tornam insustentáveis, exemplificando através dos problemas encontrados no próprio dia- a- dia dos indivíduos, desde o urbanismo caótico e não planejado que resulta na formação de assentamentos precários e periféricos carentes de infraestrutura e organização urbana, até mesmo nos estilos de vida daqueles que causam danos e prejuízos em nosso meio ambiente. Observando os pensamentos cada vez mais individuais quando o assunto é bem- estar, a natureza é quem paga pelas ações egoístas que permeiam os estilos de vida acelerado.

As pessoas vivem cada vez mais em ambientes fechados e isolados umas das outras, tendem assim a artificializar tudo, desde a iluminação á ventilação que existe nos espaços da cidade, causando consequências como pessoas com problemas respiratórios, sedentárias, obesas e alienadas ao mundo externo. A informação de que espaços fechados e alheios á natureza são confortáveis e suficientes para o bem estar individual, incentivam o consumismo e a degradação a natureza e seus meios. Como consequência disso, as informações sobre os ciclos ecológicos e a necessidade de um ambiente ecologicamente estável ficam alheias àquelas que comercializam os espaços modernos, causando assim rastros e mais rastros ecológicos nas cidades, gerando montanhas de lixo, poluição das águas, do solo e do ar, fazendo com que o planeta necessite cada vez mais de recursos naturais que estão ficando escassos.


Com as cidades moderno sendo o principal motivo para os problemas socioambientais, são investidos em pesquisas e estudos que buscam novas formas de organização e planejamento das nossas cidades, abrindo espaço para estratégias sustentáveis, sendo essas indiscutíveis para uma vida que vise saúde e bem estar tanto populacional, quando ambiental. A qualidade ambiental é um aspecto ancestral que objetiva estabelecer equilíbrio harmônico entre o homem e a natureza que o cerca. (GAUZINMÜLLER, 2011). A partir do estabelecimento do que é necessário para uma vida saudável, entra em evidencia a busca por um desenvolvimento sustentável, tendo esse o conceito de conservação dos recursos naturais, tornando-os capaz de serem usados sem que isso afete de alguma maneira o meio ambiente. Um dos significados do desenvolvimento sustentável é adotar um novo padrão de consumo, e também de aproveitamento de matérias primas extraídas da natureza, fazendo com que o desenvolvimento econômico e a responsabilidade ambiental se complementem e alinhem.

Neste caso, temos que relacionar o desenvolvimento sustentável com a arquitetura, trazendo novas formas de construir, com o mínimo de impacto ambiental possível, máxima qualidade ambienta e novas formas de organização e planejamento urbano, relacionando todas essas formas em pensamentos e unificando-os em só um método. Apesar de muitos espaços na cidade serem ocupados com uma baixa densidade demográfica, ressaltando mais uma vez os estilos de vida modernos e individualistas não podem esquecer-nos daquelas áreas na cidade onde a densidade é dez vezes maior, em um espaço duas vezes menor. A maioria das grandes cidades do mundo é conhecida por terem em seu território grandes espaços denominados como favelas, estas são designadas como assentamentos precários em sua grande maioria.


As favelas são historicamente representadas pela ausência. Um conjunto de aglomerados subnormais, reconhecidos pela falta de recursos e infraestrutura urbana básica, sendo assim um espaço negativamente estereotipado. Trazendo para outro contexto, as favelas podem ser classificadas como as “Cidades do Futuro” (ROBERT NEUWIRTH, 2006), partindo do pressuposto de que a cada ano que passa mais pessoas estarão morando em favelas, pela falta de espaço e planejamento urbano, tornando-as assim, espaços que merecem e necessitam ser engajados. As favelas se distinguem entre si pelos diferentes níveis de solidificação, podem ser observadas as materialidades, o nível de concretude na formação das residências e outros usos que existem ou não dentro dessas comunidades, na presença ou ausência de saneamento básico, por exemplo. Dentro desses níveis de posse ou ausência, são encontrados inúmeros problemas, mesmo nas comunidades.

que são mais “efetivas”, trazendo para a discussão uma reflexão: O problema nunca deve ser isolado, quanto mais se isola este problema, mais ele se ramifica em outras questões. No Amazonas, por exemplo, mais de um terço dos domicílios ocupados estão em aglomerados subnormais; proporção supera 50% em Manaus. A favela, ou melhor, as “Cidades do Futuro”, devem ser observadas com outros olhares, e como primeiro passo, deve ser enxergado como potencial de transformação que cada um destes territórios apresentam para a melhora da cidade como um todo. Trazendo essa reflexão para o tema de desenvolvimento sustentável, os espaços que se encontram em um limbo onde é difícil a resolução dos problemas. Através de projetos que foram pensados para os mesmos que apresentam a oportunidade de serem usados para inovações que ganhem espaço para serem implantados e pensados especificamente para diferentes situações.


Em cenários onde os problemas destas comunidades são segregados dos demais problemas que a cidade ao seu redor enfrenta, a solução mais viável é pensar em um método sustentável que possa diferir positivamente estas áreas das demais áreas das cidades. Pensando na Era da tecnologia e informação, a implantação de métodos novos que apresentem resultados positivos, será sempre levada em consideração. O investimento para que essas ações sejam multiplicadas em outras áreas da cidade se tornará um fato real. Partindo do princípio de que o mundo precisa de mudanças, as “Cidades do Futuro” desemprenharam um papel fundamental na mudança dos estilos de vida, tanto econômico quanto socioambiental. Abrindo espaço para a formação de novos modelos de sociedade, ressignificando a relação entre o homem e o meio ambiente.


1.2 OBJETIVOS

1.2.1 GERAL:

1.2.2 ESPECÍFICOS:

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo geral fundamentar uma proposta em nível de estudo, de uma urbanização integrada, buscando construir um modelo de comunidade similar á de uma ecovila, construída com o maior número possível de métodos sustentáveis, dentro de um assentamento precário localizado em uma área urbana. Localizada na cidade de São Bernardo do Campo, a Favela do Areião se encontra no bairro do Montanhão, estado de São Paulo, será o objeto de estudo em questão. De forma a suprir as necessidades da comunidade, a implantação do projeto irá englobar diferentes usos, dentre eles: habitações de interesse social, comércio e serviço, centro de atividades sociais e entre outros.

Trazer a reflexão sobre as problemáticas ambientais e o reflexo do contexto urbano no meio ambiente; Criação de espaços de ressignificação da natureza e sua importância para o homem. Implantação de áreas para feira livre e métodos permaculturias. Implantação de habitações de interesse social construída através de métodos sustentáveis. Implantação de um centro de acolhimento social, englobando uma cozinha escola, espaços para cursos direcionados s sustentabilidade e meios de tornar o tema um objeto profissionalizante. Implantação de energia limpa. Sistema de reciclagem e reaproveitamento de resíduos local.


1.3 JUSTIFICATIVA

Diante do tema proposto, este projeto estuda as maneiras existentes e resgatadas por comunidades com modo de vidas sustentáveis, que podem ser implantadas para a idealização de um modelo de comunidade similar á uma ecovila localizada dentro de uma favela na região de São Bernardo do Campo. O tema prevê uma forma de solução para um problema enraizado na formação da sociedade urbana mundial. Se apoiando nos princípios da bioconstrução, sustentabilidade e permacultura, o intuito é fazer com que este método estudado se torne uma solução à longo prazo para diferentes territórios, prevendo uma mudança significativa na cultura construtiva atual. É de extrema importância que este tema seja abordado pelo Arquiteto e Urbanista, tendo como obrigação implantar novos métodos de construção sustentáveis. Apesar das inúmeras soluções para se construir hoje em dia, sem grandes impactos no meio ambiente, já existirem, pouco se vê das mesmas sendo aplicadas.


2.REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 PROBLMÁTICA AMBIENTAL NAS CIDADES A sociedade moderna apresenta um estilo de vida acelerado, estilo esse que se baseia principalmente no consumo excessivo, no individualismo e na despreocupação com as questões ecológicas que permeiam nosso dia-adia. O crescimento populacional ocorreu de forma intensa e acelerada durante os anos, a industrialização das cidades atraiu e continua atraindo cada vez mais pessoas para as metrópoles, criando núcleos e mais núcleos de populações na faixa dos milhões. A falta de planejamento urbano nos colocou em situações onde alguns espaços da cidade são infinitamente privilegiados em relação a outros quando o assunto é infraestrutura urbana. A população se torna a cada dia mais dependente do uso da tecnologia para se locomover e viver na cidade, tecnologias estas que surgiram para tornar a vida das pessoas mais confortáveis, mais “rápidas”.

Numa sociedade onde tempo é dinheiro, pouco importam os danos causados no meio ambiente, afinal, o ser humano se afasta cada vez mais do meio ambiente, se fechando na bolha da verticalização desenfreada (VENÂNCIO, 2011) e asfaltamento. Essa expansão intensa e nada categórica é a causa para infinitos problemas ambientais e urbanos, com a falta de espaços nas cidades, as pessoas partem para ocupação de áreas inadequadas para moradias, ocasionando assim pessoas morando em encostas, onde o risco de deslizamento é tão grande quando a possibilidade de desmatamento e invasão de um bioma e um grande número de vitimas fatais. É necessário avaliar os efeitos que a urbanização causa em cada cidade, mesmo com estes diagnósticos, é inevitável que a expansão continue, tornando essencial e indispensável, não só a conscientização das pessoas, mas principalmente a implantação de politicas ambientais eficazes para a recuperação do meio ambiente.


2.REFERÊNCIAL TEÓRICO

São nas áreas urbanas onde acontecem o maior consumo de energia nas cidades, consumo este que é extremamente prejudicial ao meio ambiente. É também no meio urbano, coberto de concreto e asfalto que surge cada vez mais a necessidade de usar a tecnologia como um meio de consumo. Uma vez que os recursos naturais não dão conta de se regenerar a tempo para suprir as necessidades humanas, a tecnologia e ciência entrem como um meio “alternativo” de gerar suprimentos, muitas vezes de qualidade contestável, criando um “efeito dominó” e sendo causador de diversas doenças presentes na sociedade moderna. Entre os incontáveis problemas gerados pelo crescimento acelerado e industrialização das cidades, podemos destacar alguns que são os mais prejudiciais, entre eles: • A formação de ilhas de calor, este fenômeno climático nada mais é do que a elevação da temperatura dos centros urbanos. Este fenômeno ocorre principalmente pela grande concentração de asfalto, construções e ausência de verde.

Poluição dos recursos hídricos, ela ocorre principalmente pela não canalização e tratamento dos esgotos, gerado pela falta de planejamento urbano, deixando espaços da cidade sem acesso a essa infraestrutura básica. Os dejetos vão diretamente para nossos rios e bacias hidrográficas; Os desmoronamentos, estes causam grandes tragédias, ocorrendo em face do crescimento desorganizado das cidades, como mencionado anteriormente (página 15); Redução nos ventos, causados pela presença de prédios altos, resultando também no superaquecimento das cidades.

Conforme o desenvolvimento das cidades modernas foi crescendo, e degradação do meio ambiente natural foi crescendo também, com estes fatos, começam a surgir pessoas que percebem a necessidade de algumas mudanças no estilo de vida em geral, para que estes impactos começassem a diminuir.


2.REFERÊNCIAL TEÓRICO

Infelizmente, o entendimento de que estes impactos afetam diretamente na vida humana, não veio de imediato, estes temas começaram a ser discutidos com veracidade há pouco tempo. Nos anos 70, durante a conferência de Estocolmo (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente), conferência essa criada para ser a primeira grande reunião de chefes de estado, organizada pelas Nações Unidas (ONU) para tratar das questões relacionadas à degradação do meio ambiente, surgiu o termo “Desenvolvimento Sustentável”, citado pela primeira vez, gerando início a alguns movimentos de reforma no final do século XX. Durante a conferência foi elaborado um documento com os princípios do que deveria ser o desenvolvimento sustentável, intitulado Declaração sobre o Meio Ambiente Humano, explicava que o principal conceito do desenvolvimento sustentável é encontrar formas de atender as necessidades da atualidade, sem prejudicar as do futuro.

Após a conferência, a ONU criou a PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Hoje a PNUMA é uma das principais autoridades ambientas globais, determinando a agenda internacional sobre o meio ambiente. Trazendo o assunto para uma discussão atual, a PNUMA é essencial para o compartilhamento de informações sobre o problema sanitário que estamos enfrentando ultimamente, COVID- 19. A PNUMA chama atenção para o fato que de muitas doenças infeciosas que a sociedade vem enfrentando, são doenças zoonóticas, ou seja, transmitidas através de animais. "A perda contínua dos espaços naturais nos aproximou demasiadamente de animais e plantas que abrigam doenças que podem ser transmitidas para os seres humanos“ disse a diretora executiva do PNUMA, Inger Andersen. A natureza está ameaçada pela perda de biodiversidade e de habitat, pelo aquecimento global e pela poluição tóxica, entrando em colapso.


2.REFERÊNCIAL TEÓRICO

Após a criação do programa, em 1922 aconteceu a ECO 92, no Rio de Janeiro, onde o documento “Agenda 21” foi elaborado e assinado por mais de 179 países. Este documento apresenta uma série de programas de ação elaborados a partir dos princípios do desenvolvimento sustentável, distribuídos em 40 áreas: política econômica, cooperação internacional, combate à pobreza, controle demográfico, proteção da atmosfera, mudança no padrão de consumo e outras.

FIGURA 03 17 OBJETIVOS PARA TRANSFORMAR NOSSO MUNDO FONTE: NAÇÕES UNIDAS DO BRASIL, 2015.

FIGURAs 01 e 02 06 FATOS SOBRE CORONAVÍRUS E MEIO AMBIENTE FONTE: PEPORTAGEM PNUMA, 2020

Apesar da constante discussão sobre a importância destes assuntos e respostas positivas que vem com a implantação dele, é notável,


2.REFERÊNCIAL TEÓRICO

a existência de uma resistência em relação a disposição das pessoas em mudarem seus estilos de vida em prol do ganho coletivo, também da mudança da preocupação das autoridades dos países não serem exclusivamente econômicas, mas sim montar um pensamento e filosofia onde o meio ambiente ande junto com todo o resto necessário para se ter um mundo em condições boas e habitáveis. Em busca de soluções no âmbito ação, não só teórico, podemos destacar pequenas mudanças, que se feitas por todos, já seriam de grande diferença e um ótimo começo para o meio ambiente. Para que isso funcione, temos que buscar viver num mundo que não seja tão unilateral, segundo alguns pensadores e pesquisas, algumas atividades podem estimular as pessoas a se desvincularem da necessidade pelo consumo desenfreado, como por exemplo, a conscientização pelos nossos atos, preservação e contato com nossa fauna e flora, reciclagem e reaproveitamento de materiais.

O despertar da consciência humana será o divisor de águas determinante para que o mundo caminhe em direção a uma vida mais sustentável. O uso de toda essa tecnologia e informação que nos é disposta deve ser convertida para a busca de meios e ferramentas de tornar o mundo um lugar bom de viver novamente. O resgate de antigas formas de reaproveitar os recursos e entende-los é crucial para o nosso desenvolvimento.

2.2 ECOVILAS As ecovilas são comunidades rurais ou urbanas, que buscam viver um estilo de vida sustentável, com baixo impacto ambiental. A busca pela sintonia com a natureza. Energia renovável, alimentação orgânica, bioconstrução, cooperativismo e educação holística são atividades praticadas nas ecovilas. As ecovilas são modelos do sociedades humanas, pregando novas.


2.REFERÊNCIAL TEÓRICO

estruturas sociais, que aceitam todos. São organizações autônomas, funcionando alheias a outras comunidades, mas isso não quer dizer que ecovilas são espaços isolados da sociedade. O termo ecovila surgiu em 1991, durante o seminário de Robert Gilman, para a Gaia Trust, uma associação fundada por Ross e Hildur Jackson, ela (Hildur) formulou a estratégia do Gaia Trust - com ênfase principal no yin (como queremos viver uns com os outros e com o mundo natural) com o apoio do yang (tecnologia e economia). Um de seus projetos foi a criação de uma rede global de ecovilas, o Global Ecovillage Network. “[...]cada ecovila é projetada pelas pessoas que ali vivem, de acordo com as visão, contexto, cultura e interesse, não há duas iguais” (Global Ecovillage Network, 2018). Apesar de cada programa de necessidades mudar conforme o espaço que será implantada e ecovila,

alguns princípios devem ser universais, como por exemplo, o uso de energias renováveis, construir com materiais ecologicamente corretos, incentivar a interação entre a comunidade, processar resíduos orgânicos e líquidos, eliminar corretamente os resíduos tóxicos, preservar os biomas naturais, entre outros. Apesar da incidência da presença de ecovilas estarem crescendo no brasil, não podemos considerá-las opções de resolução dos problemas urbanísticos existentes. O trabalho de conclusão de curso prevê uma continuação e melhor estudo sobre os conceitos e princípios da ecovila e permacultura.


3.ESTUDO DE CASO

3.1 PROJETO DE URBANIZAÇÃO INTEGRADA Do complexo de assentamentos precários Areião, Monte Sião, SABESP e Vila dos Estudantes. FICHA TÉNICA: REALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO: Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo - Secretaria de Habitação (PMSBC). PROJETO DE URBANISMO, ARQUIETURA E PAISAGISMO: Boldarini Arquitetos Associados; São Bernardo do Campo, novembro de 2021 a outubro de 2014; ÁREA DE INTERVENÇÃO: 505.502M2; ÁREAS DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL: 195.917,55m²; ÁREAS DE ESTAR E LAZER: 29.634,65m²; FAMÍLIAS ATENDIDAS: 3.299; POPULAÇÃO: 8.581; UNIDADES RESIDENCIAIS INTERNAS: 241; UNIDADES RESIDENCIAIS EXTERNAS: 900; UNIDADES COMERCIAIS INTERNAS: 44; UNIDADES COMERCIAIS EXTERNAS: 16. O projeto em questão esta localizado no município de São Bernardo do Campo, a 7 km do centro da cidade.

O perímetro esta localizado em sua grande maioria numa Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Reservatório Billings. Os assentamentos estão inseridos dentro das ações do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS e do Programa de Saneamento Ambiental dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê – Programa Mananciais. O projeto de urbanização integrada visa solucionar os problemas relatados a partir de pesquisas de campo e assembleia com moradores, assegurando o direito de moradia a todos, uma melhor relação com o meio ambiente, principalmente por sua localização e a eliminação de condições de riscos à vida para as famílias residentes. O projeto conta com melhorias habitacionais, construção de um sistema viário binário, ligando o assentamento com vias externas facilitando a mobilidade dos moradores, construção de comércio e,


3.ESTUDO DE CASO

institucional para atender estes usos pré-existentes, promover parques e equipamentos públicos de lazer e a recuperação ambiental do perímetro. O projeto resulta num conjunto de estratégias interligadas, considerando a participação social dos moradores da comunidade buscando uma integração urbana deste com outros espaços da cidade.

FIGURA 05 PROJETO DO CENTRO COMERCIAL SANTA RITA DE CÁSSIA FONTE:FONTE BOLDARINI ARQUITETOS ASSOCIADOS

FIGURA 06 PROJETO DE EDIFÍCIO HABITACIONAL FONTE:FONTE BOLDARINI ARQUITETOS ASSOCIADOS

FIGURA 04 PROJETO DE EDIFÍCIO MISTO E PARQUE DO CÓRREGO FONTE:FONTE BOLDARINI ARQUITETOS ASSOCIADOS


3.ESTUDO DE CASO

FIGURA 07 DIAGRAMA DE PROJETO FONTE:FONTE BOLDARINI ARQUITETOS ASSOCIADOS


3.ESTUDO DE CASO

FIGURA 08 DIAGRAMA DE PROJETO. VERDES E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL FONTE:FONTE BOLDARINI ARQUITETOS ASSOCIADOS

FIGURA 09 DIAGRAMA DE PROJETO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO FONTE:FONTE BOLDARINI ARQUITETOS ASSOCIADOS


3.ESTUDO DE CASO

3.2 A COMUNA FICHA TÉCNICA: ARQUITETOS: Frontera Arquitectura, Natura Arquitectura; LOCAL: HUAQUILLAS, EQUADOR;

Sur Futura

“Arquitetura como intermediador de processos produtivos e do habitar urbano.” O projeto nasceu para abrigar dois usos, morar e trabalhar. Foi projetado para uma família que dedica sua vida á reciclagem, mas vivia em local insalubre e não tinha o espaço adequado para realizar os processos que a reciclagem exige. O projeto conta com uma área que funciona para a seleção e armazenamento, buscando melhorar as condições de produtividade da família, além disso, o projeto conta com containers que se divergem por cores, facilitando o processo de reciclagem.

O sistema estrutural se da a partir de 06 containers que determinam a volumetria do edifício. A presença de madeira se dá pelo projeto todo, utilizada para resgatar a tradição das edificações existentes. O projeto se configura a partir de um módulo de 3 por 4 metros, permitindo com que o usuário cresça a edificação a partir de adaptações pontuais nas estruturas. Programa da edificação: Térreo: três espaços de produção e trocas com a comunidade; Primeiro pavimento: espaços flexíveis onde o mobiliário é o que configura o espaço e sua funcionalidade; O projetos traz a tona uma discussão importante sobre os espaços públicos e privados na cidade, a conscientização social e inserção de todas as classes dentro da cidade.


3.ESTUDO DE CASO

FIGURA 10 DIAGRAMA DE PROJETO. FONTE:NATURA FUTURA ARQUITETECTURA+FONTERA SUR ARQUITECTURA

FIGURA 12 IMAGENS DO PROJETO. FONTE:NATURA FUTURA ARQUITETECTURA+FONTERA SUR ARQUITECTURA FIGURA 11 IMAGENS DO PROJETO. FONTE:NATURA FUTURA ARQUITETECTURA+FONTERA SUR ARQUITECTURA


3.ESTUDO DE CASO

FIGURA 14 IMAGENS DO PROJETO. FONTE:NATURA FUTURA ARQUITETECTURA+FONTERA SUR ARQUITECTURA

FIGURA 13 IMAGENS DO PROJETO. FONTE:NATURA FUTURA ARQUITETECTURA+FONTERA SUR ARQUITECTURA

FIGURA 15 RECICLAGEM FONTE:NATURA FUTURA ARQUITETECTURA+FONTERA SUR ARQUITECTURA


3.ESTUDO DE CASO

3.3 MORADIAS INFANTIS FICHA TÉCNICA: ARQUITETOS: Aleff Zero, Rosenbaum. LOCAL: FORMOSO DO ARAGUAIA, BRASIL. “É o continuo, o vasto e uma tênue linha imaginária ao fundo que acolhem a jornada e os saberes dos brasileiros residentes na região central do país. A arquitetura lá proposta não poderia ser distinta de tal conformação. É a amplitude que nos toca aliada à beleza do povo que lá habita.” Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto se baseia na localização, cultura e formação do espaço escolhido para a implantação, para ser projetado. Buscando respeitar os costumes e a forte presença indígena no loca, o projeto resgata essa cultura em toda sua formação, desde o método construtivo, á disposição dos espaços. O programa do edifício foi designado para exercer a função de uma escola,

porém, agrega valor ao espaço e o incentiva a funcionar não somente como um espaço de aprendizagem formal, mas também como um território acolhedor, onde as pessoas se sintam a vontade e seguras, um lar. O programa é dividido em duas vilas, uma feminina e uma masculina, visando sempre a segurança e conforto dos pertencentes, dentro deste programa temos 45 unidades de 06 alunos cada, diminuindo o número de alunos por quarto, a intenção é melhorar a qualidade de vida das crianças. O projeto engloba espaços como salas de TV, espaços de leitura, varandas, pátios, entre outros. O projeto passa por diversas fases de estudo e pesquisa de campo, par se entender melhor como abrigar as pessoas que já estavam acostumas com determinados espaços, sem prejudicar, mas sim, melhorar o convívio.


3.ESTUDO DE CASO

FIGURA 17 IMAGENS DO PROJETO. FONTE:LEONARDO FINOTTI

FIGURA 16 IMAGENS DO PROJETO. FONTE:LEONARDO FINOTTI

FIGURA 18 RECICLAGEM FONTE:NATURA LEONARDO FINOTTI


4.VIVÊNCIA EM BIOCONSTRUÇÃO

4.1 VIVÊNCIA PESSOAL E CAPACITAÇÃO EM BIOCONTRUÇÃO Para fins de melhor entendimento e compreensão dos meio construtivos possíveis dentro dos padrões traçados para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso, foi realizado um estudo de campo prático e teórico, através de um curso capacitor em bioconstrução e permacultura. Este estudo de campo foi uma imersão nas técnicas e filosofias da bioconstrução e ecovila, onde pude entender melhor as dinâmicas e papéis que o indivíduo deve ou não exercer em seus espaços de habitar. Foi entendido como funciona o dia-adia e dinâmica de uma ecovila em sua essência. Durante este estudo, foram realizados sete dias de vivência imersivas, guiadas por um professor e profissional ativo na área de construção sustentável, profissional este que dissertou na teria e prática alguns métodos construtivos, através de materiais e técnicas diversas.

Dentro deste nicho de bioconstrução destacado no curso, foram abordados em aula alguns temas destaques, tanto por serem tradicionais, como por serem métodos pouco convencionais, mas de muita importância para esta forma de arquitetura. É de suma importância para este trabalho de conclusão de curso falar sobre alguns deles, citando então o bambu, o tadelakt e o superadobe. O tadelak é um método da construção sustentável muito utilizado na região de Marrocos, a técnica consiste em revestir determinadas espaços dos projetos, buscando dar um acabamento fino e de impermeabilização para o espaço. Esta técnica segue vários passos de realização para que o resultado seja satisfatório. Usado como um ótimo impermeabilizante a base de substâncias naturais, este método será utilizado neste trabalho de conclusão de curso para a impermeabilização das áreas molhadas


4.VIVÊNCIA EM BIOCONSTRUÇÃO

dispostas tanto nas áreas públicas, quanto privadas dos edifícios. Em aula desenvolvemos a massa, conversamos sobre seus componentes, e fizemos na prática o desenvolvimento deste “reboco” em áreas reservadas para isso, testando sua impermeabilização e forma de aplicação. Outro método praticado importante a se destacar aqui foi o bambu e suas formas de aplicação. O bambu é uma excelente opção para o mundo da construção civil, economicamente viável, o bambu se destaca também pelo fácil acesso e grande quantidade em disposição. Em curso aprendemos algumas formas de amarração com o bambu, permitindo a criação de “esqueletos” nas paredes que receberiam o método de pau a pique, sendo assim uma oportunidade de experimentar e conhecer amarrações que se mostrassem mais resistentes, enquanto outras já se mostrassem mais fracas.

Outro método importante realizado em curso, foi o aprendizado de telhados montados a partir de estruturas de bambu. Testando arcos e amarrações, foi possível perceber a potencialidade que o bambu mostra ter em relação a resistência e sustentação. O bambu aparece como fechamento de fachadas e guarda-corpos neste trabalho, sendo de extrema importância para a ventilação e formação das fachadas das unidades residenciais. Como destaque, faço uma reflexão sobre a importância de ter vivido estes dias de curso totalmente envolvida com o formato de vida das sociedades denominadas ecovilas. Desde o ocupar, até a divisão de tarefas entre os pertencentes do grupo, foi possível entender e procurar buscar um meio de viver mais harmônico, entre nós, seres humanos, mas principalmente com relação a natureza.


4.VIVÊNCIA EM BIOCONSTRUÇÃO

Visto que o mundo enfrenta cada vez mais problemas socioambientais, sociedades e pessoas como aquelas são indispensáveis no momento de buscar mudanças e soluções para isso que enfrentamos. Refletir e resgatar conhecimentos já aplicados por nossos antecessores não deveria ser uma pauta tão facilmente descartável por algumas pessoas. A busca pelo aprimoramento e realização de métodos, não só construtivos, mas também de convivência, deve ser conjunta perante a sociedade. Isolar problemas e ignora-los, só nos gera mais dificuldade de resolve-los no futuro. A busca pelo conhecimento é a ferramenta que trará poder de soluções para nossa sociedade.

FIGURA 19 APLICAÇÃO DO MÉTODO TADELAKT FONTE:ACERVO PESSOAL


4.VIVÊNCIA EM BIOCONSTRUÇÃO

FIGURA 20 SIMULAÇÃO TELHADO ESTRUTURA DE BAMBU. FONTE:ACERVO PESSOAL

FIGURA 22 AMARRAÇÕES EM BAMBU. FONTE:ACERVO PESSOAL

FIGURA 21 PAREDES DE PAU A PIQUE. FONTE:ACERVO PESSOAL


4.VIVÊNCIA EM BIOCONSTRUÇÃO

FIGURA 23 PREPARAÇÃO DA MASSA PARA EXECUÇÃO DO PAU A PIQUE. FONTE:ACERVO PESSOAL

FIGURA 25 TESTES DE REBOCOS NATURAIS. FONTE:ACERVO PESSOAL

FIGURA 24 TESTES COM DIFERENTES MATERIAIS. FONTE:ACERVO PESSOAL


5.DIAGNÓSTICO GERAL

5.1 LOCALIZAÇÃO

FIGURA 26 MAPA DE LOZALIZAÇÃO DO COMPLEXO DENTRO DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO FONTE BOLDARINI ARQUITETOS ASSOCIADOS

O território objeto de estudo deste trabalho de conclusão de curso é popularmente conhecido por: Complexo do Areião. Este complexo abrange quatro assentamentos precários, assentamentos estes denominados de: • Monte Sião; • Vila Sabesp; • Vila dos Estudantes; • Areião. Localizado no Estado de São Paulo, na porção Sudeste do município de São Bernardo do Campo, no bairro Montanhão. O complexo está a uma distância de 7 km do Centro da Cidade de São Bernardo, considerando o ponto fixo desta distância o marco zero da cidade, o Paço municipal. Os assentamentos são territorialmente limitados pela presença de duas importantes vias de acesso para o deslocamento na cidade, ao Sul pelo Rodoanel Mário Covas, á Oeste pela Rodovia Anchieta, conforme é mostrado na figura 02.


5.1 LOCALIZAÇÃO

MONTE SIÃO VILA SABESP

RODOVIA ANCHIETA

VILA DOS ESTUDANTES

AREIÃO

RODOANEL MÁRIO COVAS

FIGURA 27 MAPA DE LOZALIZAÇÃO DO COMPLEXO DENTRO DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO FONTE: GOOGLE EARTH, MODIFICADO PELA AUTORA.

Conforme estudos e análises em cima deste terreno, podemos classificalo como um assentamento “ilhado”. A presença de duas importante vias nos limites do território não o fazem ser de fácil acesso, pelo contrário, o território é uma área com acessos restritos a apenas duas conexões com a Rodovia Anchieta. Pela caraterização dos limites físicos ser feita por rodovias e pela represa, o acesso é limitado tanto pelas vias, quanto pela morfologia do terreno, criando assim barreiras de locomoção para os moradores da comunidade, dificultando até mesmo o deslocamento de lá para um bairro vizinho. Os assentamentos estão localizados dentro das ações do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS e do Programa de Saneamento Ambiental dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê – Programa Mananciais.


5.2 USO E OCUPAÇÃO DE SOLO Conforme os dados recolhidos em um diagnóstico base para a realização deste trabalho de conclusão de curso, o levantamento planialtimétrico cadastral e por entrevistas realizadas na área, confirmam a informação de que 91% das unidades presentes nos assentamentos são de uso exclusivo residenciais e 4% das unidades são classificadas como de uso misto. As unidades localizadas nas áreas periféricas dos assentamentos são caracterizadas por extrema precariedade, a ausência de estrutura básica para se habitar gera diversos problemas, tais como segurança e salubridade. Suas características territoriais impõem a presença de escadarias e vielas para o possível, mesmo que inviável deslocamento da comunidade dentro deste perímetro. Os acessos aos morros e suas encostas são feitos a partir destas vielas e escadas, eu sua grande maioria feitas de terra ou concretagem instável.

É analisado também a presença de uma determinada área localizada ás margens do córrego, caracterizada pelo seu alto nível de insalubridade, como podemos ver na figura 03 logo abaixo. Próxima a parte mais baixa da Rua Cruzeiro, uma das vias que conectam os assentamentos á Rodovia Anchieta, é comum a instabilidade e problemas de mobilidade que os moradores enfrentam, com acessos a partir de vielas estreitas e pinguelas feitas de materiais até mesmo provisórios, a mobilidade e segurança urbana são inexistentes para o dia-a-dia dos moradores que residem nesta área (figura 03).


5.2 USO E OCUPAÇÃO DE SOLO

FIGURA 28 SITUAÇÃO ATUAL ENFRENTADA PELOS MORADORES QUE VIVEM ÁS MARGENS DO CÓRREGO. FONTE: BOLDARINI ARQUITETOS E ASSOCIADOS.

Falando sobre mobilidade urbana, s problemas enfrentados com o viário existente dos assentamentos atinge tanto o trânsito de carros, quanto o de pedestres. A disputa de espaço entre as duas formas de deslocamento é decorrente ao problema das calçadas não serem transitáveis para pedestres, tanto pela sua qualidade construtiva, incluindo a falta de acabamentos adequados, quanto pelos altos níveis de declividade, falta de degraus o

suficiente, tornando muitas vezes inviável o deslocamento para a maioria dos moradores da comunidade, gerando também um problema de fluxos. Além dos limites já apontados anteriormente, os assentamentos sofrem com a intromissão de faixas de servidão de duas linhas de transmissão de energia, oleoduto da Petrobras e uma adutora da SABESP, estão cortam o assentamento e suas unidades. Trechos de uma destas faixas estão ocupados irregularmente por acessos a unidades residenciais, assim como também se verifica uma área de implantação de comércios e moradias próximas a faixa de oleodutos e adutora. Alguns trechos dos assentamentos já passaram por um processo de urbanização parcial, com a implantação de infraestruturas urbanas como abastecimento de água e coleta de esgoto, dispositivos de drenagem, iluminação pública e pavimentação das principais vias, consolidando assim o núcleo dos assentamentos.


5.2 USO E OCUPAÇÃO DE SOLO

5.3 CLIMA E CONDIÇÕES METEREOLÓGICAS

Infelizmente alguns problemas como, o lançamento de águas servidas nas encostas e em sistemas de drenagem fluvial e a presença de ligações clandestinas nas redes parciais de energia elétrica continuam sendo enfrentados dentro destas comunidades.

A área dos assentamentos se localizada em clima Tropical Brasil Central, mesotérmico brando, com temperatura média entre 10° e 15°C, segundo o IBGE. As maiores temperaturas ocorrem de dezembro a fevereiro, com média de 26 a 27ºC, as menores ocorrem dentre junho e agosto, com temperaturas médias entre 11 a 12,8ºC. As chuvas na região são bem distribuídas, o ciclo de meses mais chuvosos se inicia em outubro e chega ao seu ápice em janeiro, observando-se que não há mês totalmente seco naquela região, ressaltando assim que a área e os núcleos habitacionais em questão possuem um histórico de eventos geotécnicos como escorregamentos e deslizamentos. Os meses mais chuvosos vão de janeiro a março, e os meses com menos incidência de chuvas vão de abril a setembro, tornando assim, julho o mês mais seco.

FIGURA 29 SITUAÇÃO ATUAL CONSTRUÇÕES EXECUTADAS NO NÍVEL DO CÓRREGO COM INUNDAÇÕES FREQUENTES. FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2014.


5.3 CLIMA E CONDIÇÕES METEREOLÓGICAS A urbanização acelerada da região faz com que exista uma influência no microclima local, diminuindo a umidade do ar e alterando o ciclo pluviométrico e hidrológico. 5.4 GEOMORFOLOGIA O perímetro de estudo se localiza em meio a acidentes geográficos, que nada mais são do que variações no relevo natural, em uma zona de elevação com altitudes superiores a 900 m acima do nível do mar, que se estende de forma quase contínua por aproximadamente 10 km, nos municípios do ABC Paulista, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá. O relevo é classificado como pertencente às Escarpas e Reversos da Serra do Mar, no Planalto Paulistano, constituído por morros com serras restritas de topos arredondados, vertentes de perfil retilíneo a convexo. O perímetro de estudo, pode ser dividido em duas subáreas com características ambientais distintas (área sul e área norte).

A área sul é aquela drenada pela bacia hidrográfica da represa Billings, enquanto a área norte tem sua drenagem pela bacia do rio Tamanduateí. É encontrada a maior parte das ocupações do perímetro na área Sul, o relevo se caracteriza pelo domínio de colinas dissecadas e morros baixos (recentemente desmatados, onde processos erosivos e movimentos de massa ocorrem de forma generalizada), com amplitude das elevações variando de 30 a 80 m e declividade média de 5º a 20°.

FIGURA 30 SITUAÇÃO ATUAL UNIDADES HABITACIONAIS. FONTE: BOLDARINI ARQUITETOS E ASSOCIADOS.


5.4 GEOMORFOLOGIA

Na área norte, fora do área de proteção ao reservatório, o relevo se caracteriza pelo domínio de morros e serras baixas, com amplitudes das elevações variando de 80 a 200m e declividade média de 15 a 35°. Segundo a Folha Cartográfica da EMPLASA (Articulações n° 3346 e 3222 – Sistema Cartográfico Metropolitano), observa-se que a altitude do perímetro de estudo, varia em seus trechos mais baixos, de 760 m (trechos mais a jusante de curso d´água paralelo a Rodovia Anchieta), até 928 m. 5.5 COBERTURA VEGETAL Deve ser levado em consideração a ação humana modificadora do solo neste tipo de classificação, devido a ocupação humana, a cobertura sofreu grandes alterações, dividindo assim sua classificação em: original e atual. O perímetro de estudo se encontra originalmente localizado dentro do Bioma Mata Atlântica, segundo classificação do IBGE, estando em uma região caracterizada como vegetação secundária e áreas antrópicas.

Originalmente, o perímetro se encontra na área de vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa Montana, caracterizada como uma mata perenifólia (sempre verde), com plantas lenhosas eretas (árvores) de médio à grande porte, sendo o dossel (teto da floresta) de 15 a 20 m de altura e as árvores emergentes de até 40 m de altura. Floresta esta composta por bromélias, palmeiras, samambaias e outras espécies. É possível observar a grande quantidade de parques naturais, municipais e estaduais no entorno do perímetro, sendo esses caracterizadas como Unidades de Conservação (UC). Dentre as UCs existentes nos arredores do perímetro, podemos destacar a apenas 300 m, no município de Santo André, o Parque Natural Municipal do Pedroso, com área de aproximadamente 812 ha, estabelecido pelas Leis Municipais n.º 7.733/98 e 8.881/06.


PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO PEDROSO COMPLEXO AREIÃO


COBERTURA VEGETAL

Atualmente, levando em consideração a ação humana no perímetro, a vegetação existente pode ser classificada como secundária (são aquelas resultantes de um processo natural de regeneração da vegetação, em áreas onde no passado houve corte raso da floresta primária), classificação esta dada conforme o estágio de regeneração das espécies encontradas.

5.6 HIDROGRAFIA O perímetro de estudo encontra-se na UGRHI-06, Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Paraná. A área sul do perímetro, onde se localiza a maior parte dos assentamentos, encontra-se em Área de Proteção aos Mananciais (APM) da bacia do Reservatório Billings, conforme Lei Estadual n° 13.579/09. Um pedaço da área ocupada pelo reservatório localiza-se na direção sul-sudeste do perímetro de intervenção, a uma distância de apenas 200 m em sua extremidade mais próxima.

O perímetro é drenado por três subbacias, contribuintes diretas da Reservatório Billings. Duas destas bacias encontram-se em área lindeira do perímetro(aquela situada ao longo das vias urbanas ou rurais) atravessando uma área ocupada por vegetação exótica (eucaliptos) a leste, uma dessas bacias possui três nascentes, enquanto a outra apenas uma nascente. O perímetro de estudo interfere no curso de duas bacias, tendo exceção em apenas uma das nascentes. Uma destas bacias possui nascente próxima as edificações do perímetro, localizada próxima ao cruzamento da Estrada da Pedra Branca com a Rua do Cruzeiro. A área norte do perímetro localiza-se na sub-bacia hidrográfica do rio Tamanduateí, estando localizado junto as cabeceiras do Córrego dos Meninos, curso d'água este que possui mais de 20 km de extensão.


5.6 HIDROGRAFIA

Segundo a Lei Estadual 13.579/09, as áreas dos assentamentos Areião, Sabesp, Vila dos Estudantes e Monte Sião pertencem a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Reservatório Billings – APRM-B, incidindo sobre uma Área de Recuperação Ambiental 1 - ARA 1. Estas áreas são conhecidas pela ocorrência de assentamentos de moradias de interesse sociais dispostas antes da promulgação da lei. Locais estes caracterizados pela carência ou ausência total de infraestrutura urbana de saneamento ambiental, devendo assim a prefeitura propor programas de recuperação urbana e ambiental (FIGURA 05). Refletindo sobre o risco sanitário que este tipo de assentamento oferece para estas áreas, os complexos Areião, Vila SABESP e Vila dos Estudantes lançam in natura 17,55 litros por segundo de efluentes domésticos na represa, o equivalente a 0,48 Toneladas / dia de carga DBO (carga orgânica), o que causa sérios danos à qualidade das águas dos mananciais.

Vazão (L/s)

POP (Hab)

Carga DBO (ton/dia)

17,55

8.921

0,48

TABELA 01 CARGA DE DBO PROVENIENTE DOS ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2014, MODIFICADO PELA AUTORA.

Estimativa para produção de esgoto

1:

Q= ( 200 x 8.921 x 0,85 ) / 86.400= 17,55 L/s A estimativa média da produção máxima diária de Qk1: Qk1= ( 0,85 x 200 x 8.921 x 1,2) = 1.819,88 m3 /dia A produção máxima horária (Qk1k2) é dada por: Q= 0,85x 200x8,921x1,2x1,5 = 113,74 m3 /h 24

Vale destacar que para fins de cálculo foi considerado o valor de 54g de DBO 5/hab/dia conforme a NBR 12209.

1

CÁLCULOS EXECUTDOS NO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, PROJETO DE URBANIZAÇÃO INTEGRADA. PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.


5.6 HIDROGRAFIA

RECORTE DO MAPA “APRM-B + RASTER 80-81 – 19_37 (3222).

FIGURA 31 SOBREPOSIÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO AO MAPA DA APRM-B. FONTE: LEI 13.579/2009. FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2014.


5.7 IMPACTOS AMBIENTAIS O perímetro em estudo tem como base em relatos históricos do uso do solo da região, o prejuízo ambiental que se deu durante os anos com o crescimento da ocupação urbana para a área. Assim como foi dito anteriormente(página 31), o perímetro se encontra na área de vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa Montana, antes primária, levamos em consideração a perca deste bioma consideravelmente devido a ação humana no local. Este é o bioma mais ameaçado do país. Já que o perímetro esta inserido em uma área metropolitana se São Paulo, devemos levar em consideração o crescimento urbano sem planejamento como motivo concreto da perca de diversas áreas ambientais da cidade. É de fácil percepção a ausência da cobertura vegetal durante o perímetro, e também mesmo quando existente, se encontra em estado de alteração do seu bioma original. Este bioma é caracterizado originalmente por espécies exóticas, entre elas, r bananeiras, eucaliptos e pequenos pomares com frutíferas. Como dito anteriormente (página 33),

o perímetro está inserido dentro de uma de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Reservatório Billings – APRM-B, a presença desses assentamentos, do tamanho que são, são uma causa decorrente ao prejuízo à qualidade das águas do reservatório Billings. A ausência de infraestrutura urbana básica, neste caso o esgotamento sanitário, é causa para a consequência vista no processo de erosão e carreamento de sedimentos no reservatório , contribuindo para o assoreamento do reservatório, juntamente com a descarga e lançamento de poluição.

FIGURA 32 FOTO REPRESENTATIVA AUSÊNCIA DO VERDE NO PERÍMETRO. FONTE: BOLDARINI ARQUITETOS E ASSOCIADOS.


5.8 RISCOS A partir de dados retirados de uma avaliação ambiental usada como base para este trabalho de conclusão de curso2, pode-se destacar alguns riscos principais que são enfrentado pela comunidade que reside nestes assentamentos. Entre estes riscos podemos citar os seguintes fenômenos: • • • • • •

Escorregamento de taludes de solo; Instabilidade de taludes rochosos; Processos erosivos; Inundações; Rupturas de contenções existentes; Queda das encostas as margens cursos d'água.

dos

FIGURA 33 ENCOSTAS ÍNGREMES, MATERIAL SATURADO E ESCARPAS VERTICAIS, RUA N. S. APARECIDA FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2014.

Existem tipologias e níveis delimitados para cada risco individualmente, contextualizando isso na tabela a seguir, as comparações são entre os graus de declividade e os níveis de risco: DESCRIÇÃO

DECLIVIDADES

Sem risco

Setores estáveis, do ponto de vista geotécnico, apresentando segurança adequada face aos processos analisados.

Até 15°

R1- Baixo

Não se observam sinais de instabilidade

15 a 30°

R2- Médio

Existem sinais de instabilidade incipiente, porém com probabilidade reduzida de ocorrência em episódios de chuvas intensas e prolongadas no período de 1 ano.

30 a 45°

R3- Alto

Existem sinais intensos de instabilidade porém em fase inicial de desenvolvimento. Probabilidade significativa de evento destrutivo durante episódio de chuvas intensas no período de 1 ano

45 a 60°

R4- Muito alto

As evidências de instabilidade são expressivas e em grande quantidade e magnitude.

Acima de 60°

GRAU DE RISCO

TABELA 02 GRAU DE RISCO VS DECLIVIDADES FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2014, MODIFICADO PELA AUTORA.


5.8 RISCOS e acompanhamento, infelizmente realidade atual dos assentamentos são as construções sem contenções e estabilizações dos terrenos.

A partir de dados retirados de uma avaliação ambiental usada como base para este trabalho de conclusão de curso, pode-se ter informações mais detalhadas sobre os graus de riscos relacionados com as declividades enfrentadas dentro do perímetro, representado na tabela a seguir:

DECLIVIDADE MÁXIMA (%)

RISCO

0

25

SEM RISCO

2

25

50

R1 – R2

3

50

75

R2 – R3

4

75

100

R2 – R4

5

100

150

R3 – R4

6

150

FAIXA

DECLIVIDADE MÍNIMA (%)

1

R4

TABELA 03 CORRELAÇÃO ENTRE DECLIVIDADES (%) E GRAUS DE RISCO FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2014, MODIFICADO PELA AUTORA.

Pode-se concluir que a construção de moradias em encostas íngremes é totalmente desaconselhável, ainda mais construções irregulares, em sua grande maioria sem acompanhamento profissional e projeto adequados, aconselhável apenas com orientações

FIGURA 34 MAPA DE DECLIVIDADES FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2014.

1

CÁLCULOS EXECUTDOS NO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, PROJETO DE URBANIZAÇÃO INTEGRADA. PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.


5.9 CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS Conforme consta no Cadastro dos imóveis e Pesquisa socioeconômica habitacional informada na avaliação ambiental usada como base para este trabalho de conclusão de curso, foram contabilizadas na área 3.151 imóveis. Sendo 95,7% destes destinados ao uso residencial (residencial + misto) e 3,5% ao uso exclusivamente comercial. Esta proporção caracteriza o perímetro como área de predominância residencial, com baixa presença de comércio e serviços locais/regionais. Segundo a pesquisa de campo realizada pela avaliação ambiental e averiguação pela ferramenta Google Earth, o material que predomina nas construções das unidades é a alvenaria, sendo apenas 4,4% de madeira e um residual 0,1% de materiais improvisados. Foram computados aproximadamente 8.581 moradores, perfazendo uma média de 3,32 moradores por domicílio, número semelhante à média nacional e do Estado de São Paulo (3,22 hab./dom), segundo dados do último censo do IBGE.

Em relação ao acesso da comunidade as infraestruturas urbanas básicas, foram relatados o seguintes números na avaliação ambiental: ➢ Abastecimento de água regular com relógio: 38,0% dos domicílios; Abastecimento de água regular sem relógio: 33,0% dos domicílios; Abastecimento de água irregular: 25,4% dos domicílios. ➢ Ligação á rede de esgoto regular: 32,4%; Ligação á rede de esgoto realizada pelos próprios moradores: 21,3%; Esgotamento por vala descoberta: 24,7%. ➢ Rede de energia elétrica regularizada: 55,9%; Rede de energia elétrica irregular: 43,0%; Acesso regular sendo 34,2% abastecido com relógio individual e 21,7% com relógio coletivo. Em pesquisa de campo realizada na avaliação ambiental, 72,0% dos moradores afirmam morar na região dos assentamentos há mais de dez aos, tornando assim a situação de moradia do bairro considerada consolidada.


5.9 CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS

OCUPAÇÃO Foram levantados como os piores problemas do assentamentos os seguintes pontos: • Pavimentação (54,3%); • Esgoto (46,5%); • Ausência de UBS (28,4%); • Urbanização (15,2%); • Transporte coletivo (13,8%); • Energia elétrica (6,6%). A seguir alguns gráficos que contextualizam dados da situação socioeconômica da população deste perímetro de estudo:

AJUDANTE GERAL/AUXILIAR DE LIMPEZA CONSTRUÇÃO CIVIL

AUXÍLIAR ADMINISTRATIVO BALCONISTA/VENDEDOR SERVIÇO DOMÉSTICO GRÁFICO 01 PORCENTAGEM OCUPAÇÃO PROFISSIONAL MORADORES DOS ASSENTAMENTOS FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO PRODUÇÃO AUTORAL


5.9 CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS

POPULAÇÃO COM DEFICIÊNCIAS

NÃO POSSUEM

FAIXA ETÁRIA

65 OU MAIS

06 A 14

20 A 49

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA ORGÂNICA GRÁFICO 02 PORCENTAGEM POPULACIONAL PORTADORES E NÃO PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS DOS ASSENTAMENTOS FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO PRODUÇÃO AUTORAL

GRÁFICO 03 PORCENTAGEM FAIXA ETÁRIA POPULACIONAL DOS ASSENTAMENTOS FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO PRODUÇÃO AUTORAL


5.9 CARACTERÍSTICAS SOCIOECONOMICAS

SITUAÇÃO EMPREGATÍCIA

REMUNERADOS

LOCALIZAÇÃO DO TRABALHO

SÃO BERNARDO DO CAMPO

RMSP

COM CARTEIRA ASSINADA AUTÔNOMOS/SEM REGISTRO GRÁFICO 04 SITUAÇÃO DOS MORADORES EMPREGADOS DOS ASSENTAMENTOS FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO PRODUÇÃO AUTORAL

GRÁFICO 05 LOCALIZAÇÃO DOS EMPREGOS DOS MORADORES DOS ASSENTAMENTOS FONTE: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL, SÃO BERNARDO DO CAMPO PRODUÇÃO AUTORAL


5.10 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA DOS ASSENTAMENTOS AREIÃO: O Areião ocupa uma área de propriedade originalmente particular, com aproximadamente 234.000,00m 2 inscrito conforme Matrícula 33753 do 1º CRI de São Bernardo do Campo. O zoneamento vigente no setor do Areião é: • ZEIS 1 conforme Plano Diretor – Lei Municipal 6.184 de 21.12.2011. • ARA 1 (Área de Recuperação Ambiental 1); SOE (Subárea de Ocupação Especial); Compartimento: Corpo Central II conforme Lei Estadual Específica da APRM-B 13.579 de 13.07.2009.

➢ Área com aproximadamente 109.718,00m2 inscrito conforme Matrícula 49.216 do 1º CRI de São Bernardo do Campo, proprietária a Sociedade de Economia Mista Petrobrás Distribuidora S/A. O zoneamento vigente nos setores da Vila dos Estudantes é: • ZEIS 1 conforme Plano Diretor – Lei Municipal 6.184 de 21.12.2011. • ARA 1 (Área de Recuperação Ambiental 1); SOE (Subárea de Ocupação Especial); Compartimento: Corpo Central II conforme Lei Estadual Específica da APRM-B 13.579 de 13.07.2009.

VILA DOS ESTUDANTES: A vila dos estudantes ocupa duas áreas de propriedade originalmente particulares: ➢ Área com aproximadamente 10.730m2 inscrito conforme Matrícula 14.850 do 1º CRI de São Bernardo do Campo, proprietário Ji Xiaoli;

SABESP: A SABESP ocupa uma área de propriedade originalmente particular, com aproximadamente 135.100,00m2 inscrito conforme Matrícula 120.254 do 1º CRI de São Bernardo do Campo. Proprietário Espólio de Thereza de Jesus Soares de Moraes.


5.10 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA DOS ASSENTAMENTOS

O zoneamento vigente no setor da SABESP é: • ZEIS 1 conforme Plano Diretor – Lei Municipal 6.184 de 21.12.2011. • ARA 1 (Área de Recuperação Ambiental 1); SOE (Subárea de Ocupação Especial); Compartimento: Corpo Central II conforme Lei Estadual Específica da APRM-B 13.579 de 13.07.2009.

MONTE SIÃO: O Monte Sião ocupa duas glebas: ➢ Área com aproximadamente 153.483,00m2 inscrita conforme Matrícula 95.595 do 1º CRI de São Bernardo do Campo. Proprietária Associação de Atividades Comunitárias Monte Sião; ➢ Área com aproximadamente 22.860m2 inscrita conforme Matrícula 95.596 do 1º CRI de São Bernardo do Campo. Proprietária Associação de Atividades Comunitárias Monte Sião.

O zoneamento vigente no setor da Monte Sião é: • ZEIS 1 conforme Plano Diretor – Lei Municipal 6.184 de 21.12.2011.


6.PROPOSIÇÃO PROJETUAL 6.1 ESTUDO PRELIMINAR O projeto da ecovila adaptada para um assentamento precário urbano, busca assegurar moradia de qualidade para todos, melhoria na qualidade de vida dos os moradores do assentamento, melhoria na segurança, na mobilidade e acessibilidade entre o assentamento com as vias externas, melhor relação dos moradores com o meio ambiente presente na comunidade e extinção dos riscos a vida dos moradores do assentamento. O projeto da ecovila leva em consideração todas as caraterísticas físicas e socioeconômicas do perímetro. Após muito estudo e reconhecimento da área e suas complexidades, a montagem do programa de necessidades se desdobra em cima de usos diversos. A necessidade de uma ressignificação entre o meio ambiente e as pessoas é um dos principais fatos que coordenam as decisões projetuais durante os estudos e especulações, sucessivamente, até chegar num produto final sólido.

Para dar início as especulações projetuais, foi necessário um estudo sobre os riscos que o terreno apresentava para os moradores já existentes do local. Assim como foi especificado no diagnóstico de riscos (página 50), o complexo de assentamentos dispõe dos três tipos de riscos existentes e especificados na tabela 02 (página 40). Devido a alta declividade dos terrenos que compõem o perímetro, existem riscos de alto nível para os moradores de determinadas áreas. Foram escolhidos como critérios de avaliação para a seleção das unidades, todas aquelas que se enquadrassem nas seguintes especificações: • Unidades em zonas de riscos R2, R3 e R4, podendo passar por inundações, deslizamentos e enchentes; • Construções em madeira, tanto pela precariedade quanto pela salubridade; • Unidades com problemas de acessibilidade, instabilidade construtiva e problemas de salubridade.


6.1 ESTUDO PRELIMINAR

Diante de altos riscos de deslizamentos e enchentes localizados em determinadas áreas do terreno, a primeira etapa para solucionar este problema foi a seleção de moradias que deveriam ser removidas para assegurar que nenhuma das famílias localizadas nestes espaços passassem por uma situação de perigo. Durante o processo de seleção destas unidades, foi levado em consideração o fato destas pessoas já morarem na comunidade a tempos, fazendo com que a comunicação sobre este tipo de intervenção, muitas das vezes seja difícil. Pensando nisso, as 845 unidades selecionadas para remoção, seguem os critérios rigorosos de escolha, estabelecendo esta ação apenas por extrema necessidade. Esta ação foi simulada no mapa 01, veja a imagem na página 64. Após a ação de remoção destas unidades, o assentamento ganha novos espaços. Veja no mapa 02, página 65.

Conforme projeto, a ecovila ganha 975 unidades residenciais em sua totalidade, sendo dentre elas, 130 unidades para portadores de deficiências físicas, e outras 845 unidades residências. O projeto dispõe de espaço para a recuperação ambiental de um bioma prejudicado pela ação do homem, a criação de espaços de lazer e equipamentos públicos ganham força no partido projetual. É prevista a implantação de parques e praças nas áreas verdes de recuperação ambiental, assim como representado no mapa 05, veja a imagem na página 68. Dentro do perímetro dos assentamentos estudados, existe um córrego, o projeto de urbanização prevê a requalificação desta área. Antes ocupada por moradias em condições insalubres, o córrego representava uma figura de desconforto para os moradores da área. Após o desenvolvimento do projeto, as margens deste córrego


6.1 ESTUDO PRELIMINAR

Vão ser adaptadas para se tornarem um espaço de contemplação e permanência dos moradores do assentamento, qualificando as margens para se tornar um parque público. Como intervenção estrutural, o projeto prevê a requalificação de vias existentes, criação de novas vias de acesso internas e externas e remoção de vias antes usadas para acessar áreas que vão ser utilizadas para a recuperação ambiental. Assim como podemos ver no mapa 03, página 66, a proposta viária deixa pré estabelecido a ligação das vias internas existentes e propostas com as vias externas da cidade, solucionando os problemas de mobilidade. Tanto para os perdestes, com o alargamento e requalificação das calçadas antes inviáveis para uso, quando para o deslocamento de veículos.

Proporcionando novos acessos, antes inexistentes e facilitando o deslocamento dos moradores desta comunidade para outros bairros próximos ou distantes. São estabelecidas vias de uso primário e secundário, conforme o fluxo de acesso das mesmas. Podemos ver isso representado no mapa 04, página 67. Apesar da previsão de todas essas implantações no assentamento, a necessidade de mais espaço para a realocação de todas as unidades residenciais removidas, respeitando os espaços de recuperação ambientais, é incontestável, visto que essa necessidade existe, o projeto em questão da ecovila será executado em um terreno ao norte dos assentamentos estudado desde o início para este uso.


6.1 ESTUDO PRELIMINAR

Este espaço irá contar com um conjunto de intervenções que juntas vão formar uma ecovila, adaptada para o modelo de espaço urbano. Visto que um dos pontos principais do projeto é a relação do meio ambiente com o homem, o processo de projetar levará consigo todos s princípios de construções de permacultura e bioconstrução, buscando sempre as soluções mais sustentáveis possíveis. Falando um pouco sobre o programa de necessidades que será desenvolvido neste espaço, a ideia é que esta comunidade tenha todas as suas necessidades supridas dentro do mesmo espaço.

O desenvolvimento econômico será expandido assim como o espaço do assentamento, com a intenção de criação de empregos para as pessoas que vivem na comunidade. Além do comércio, o programa conta com a implantação de um centro social de acolhimento, criando espaços destinados a cursos profissionalizantes sobre sustentabilidade e meio ambiente, saúde, alimentação e esportes, sendo estes oferecidos gratuitamente para os moradores da comunidade. Dentro do programa de cursos centros sociais, existe um espaço destinado a implantação de uma cozinha escola, oferecendo também o aprendizado e oportunidade de uma alimentação com custo acessível para aqueles que não tem acesso a este recurso básico. No perímetro do reassentamento, existe um córrego, córrego este que será requalificado para criar um espaço de contemplação e permanência dos moradores. A relação com o verde é essencial para este projeto, próximo ao córrego, onde o terreno é mais plano.


6.1 ESTUDO PRELIMINAR

O programa conta com a qualificação de áreas antes ociosas, destinadas ao cultivo e reconhecimento do verde. Áreas estas que vão ser disponibilizadas para a organização de feiras livres, compostagem e reaproveitamento de resíduos naturais utilizados, também como uma área destinada á quadra de esportes e pistas de corrida, incentivando mais uma vez o esporte e a saúde individual. Seguindo as primícias de um projeto de permacultura e sustentabilidade, os espaços vão ser projetados para o máximo de aproveitamento dos recursos naturais possíveis, mas determinando uma relação de uso sem abuso, sabendo a medida certa de tirar do meio ambiente sem prejudicar. No mapa 08, página 60 é possível observar uma primeira setorização dos espaços, trazendo os usos compartilhados para a porção mais interna do terreno, próxima ao córrego, como mencionado anteriormente.


6.2 IMPLANTAÇÃO

6.3 PROGRAMA

A implantação do edifício foi pensada de forma a garantir o aproveitamento máximo do terreno, buscando integrar o projeto aos desníveis existentes, e aproveitando a movimentação de terra á favor da construção, quando necessário para melhor a locação dos terrenos em favor do uso no dia-a-dia. É proposta uma conexão com o bairro ao lado através de um viário proposto, convidando outros moradores a terem acesso aos equipamentos presentes no conjunto habitacional. Propõe-se o aproveitar do espaço para múltiplos usos, promovendo lazer, cultura, moradia e emprego. O projeto é composto pela implantação de 13 edifícios em lâmina de uso misto e um edifício de uso institucional. Vias de acesso a carros, vias de pedestre, corredor de ônibus e equipamentos de lazer e cultura.

O programa do edifício busca abranger todas as necessidades humanas juntas em um único espaço, assim como nas ecovilas tradicionais. Além do uso habitacional, o programa conta como apoio para integrá-lo, equipamentos sociais, comércios, serviços e espaços de lazer voltados para o incentivo á educação, saúde e emprego. Os espaços destinados a educação e emprego levam em consideração a necessidade de integrar a cooperação e respeito como forma de aprendizado, propondo um novo estilo de vida e de pensar. São propostas hortas comunitárias e cozinhas escolas, direcionando o incentivo profissionalizante para a área da saúde e educação alimentar. O programa é setorizado a partir dos níveis do terreno, onde existem espaços designados apenas para funções institucionais, outros para uso misto e outros com fins ambientais e de saúde. Uma questão muito importante para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso é a integração e disponibilização de um espaço bom para se viver para todas as pessoas. Buscando integrar assim pessoas portadoras de deficiências físicas, são criados pavimentos intermediários que interligam todos os edifícios a partir de rampas de acesso, possibilitando o deslocamento de tais.


6.4 ESTRUTURA

A materialidade é uma das essências do projeto, o uso de madeira, terra e bambu como os principais materiais aborados para a formação deste espaço traduz a importância da biconstrução e suas derivações no projeto. O material escolhido para a estrutura foi o Eucalipto, entre alguns dos motivos, pode-se destacar sua resistência ao sol e á água, custo benefício, isolamento acústico e incentivo á diminuição do desmatamento florestal e aquecimento global. O eucalipto é usado nas vigas, pilares, barrotes das coberturas e decks das passarelas. Os pilares são feitos em madeira e concreto, sendo conectados através de chapas e parafusos metálicos. As coberturas são composta por barrotes de madeira. A ligação de seus elementos é feita por chapas metálicas internas, sendo assim os barrotes são fixadas nos pilares e vigas através de parafusos Os guarda-corpos são feitos em bambu, e revestidos com vegetação, promovendo um fechamento que permita também o respiro do edifício sem que ele perca sua proteção contra chuvas e efeitos climáticos.


MAPA 1 MAPA DE REMOÇÕES DENTRO DO PERÍMETO DA FAVELA DO AREIÃO. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 5500


MAPA 2 MAPA DEMONSTRATIVO. SITUAÇÃO TERRITORIAL APÓS AS REMOÇÕES NECESSÁRIAS. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 5500


MAPA 3 MAPA VIÁRIO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO. CRIAÇÃO DE VIAS, REMOÇÃO DE VIAS E REQUALIFICAÇÃO DE VIAS EXISTENTES. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 6500


VIÁRIO PROPOSTO PARA LIGAÇÃO EXTERNA COM A CIDADE

RODOANEL MÁRIO COVAS RODOVIA ANCHIETA

MAPA 4 MAPA VIÁRIO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO VIAS DE ACESSO INTERNO SECUNDÁRIAS.VIAS DE ACESSO EXTERNO PRIMÉRIAS. VIAS DE LIGAÇÃO EXTERNA EXISTENTES.

PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 6500


MAPA 5 MAPA VERDE. ÁREAS VERDES E PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DAS ÁREAS FRAGILIZADAS.RESSIGINIFICAÇÃO DA RELAÇAÕ DA COMUNIDADE COM O VERDE. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 6500


REPRESA BILLINGS MAPA 6 MAPA REQUALIFICAÇÃO CÓRREGO. REQUALIFICAÇÃO DAS MARGENS DO CÓRREGO. RESSIGNIFICAÇÃO DA RELAÇÃO DA COMUNIDADE COM AS ÁGUAS DO CÓRREGO. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 6500


MAPA 7 MAPA VIÁRIO. SISTEMA VIÁRIO PROPOSTO. CRIAÇÃO DE VIAS, REMOÇÃO DE VIAS E REQUALIFICAÇÃO DE VIAS EXISTENTES. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 6500


REPRESA BILLINGS MAPA 8 MAPA DE PROPOSIÇÕES. SETORIZAÇÃO DOS ESPAÇOS COMO PROPOSTA DE INTENÇÃO PROJETUAL. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 6500


REPRESA BILLINGS MAPA 9 MAPA GERAL. SOBREPOSIÇÃO DE INFORMAÇÕES GERAIS. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 6500


MAPA GERAL DE INTERVENÇÕES

ÁREA TOTAL DE INTERVENÇÃO:

160.472 M². 14,04 HÁ. CUMPRIMENTO MÁXIMO LONGITUDINAL: 1123.36 M. CUMPRIMENTO MÁXIMO TRANSVERSAL: 229.52 M. MAPA 10 PLANTA DE IMPLANTAÇÃO GERAL ECOVILA AREIÃO. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 2750


EDIFÍCIO INSTITUCIONAL

LAYOUT EDIFÍCIO INSTITUCIONAL. PRIMEIRO PAVIMENTO.

LAYOUT EDIFÍCIO INSTITUCIONAL. SEGUNDO PAVIMENTO.

ESC 550


PLANTA DE EIXOS ESTRUTURAIS. PRIMEIRO E SEGUNDO PAVIMENTO.

PLANTA DE EIXOS ESTRUTURAIS. PAVIMENTO TÉRREO

ESC 550


MURO DE ARRIMO EM SUPERADOBE.

TÉRREO ABERTO; PRAÇA PARA EVENTOS.

CIRCULÇÇÃO VERTICAL CENTRALIZADA NO EÍFÍCIO.

CORTE LONGITUDINAL EDIFÍCIO INSTITUCIONAL. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 350


RAMPA DE ACESSO AO EDIFÍCIO DE USO INSTITUCIONAL.

CÓRREGO EXISTENTE REQUALIFICADO.

CORTE TRANSVERSAL EDIFÍCIO INSTITUCIONAL. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 350


EDIFÍCIO INSTITUCIONAL

COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA. MATERIAL RECICLADO.

VIGAS EM MADEIRA LIGADAS POR CONECXÕES METÁLICAS. PILARES EM MADEIRA LIGADAS POR CONECXÕES METÁLICAS.

ASSOALHO EM MADEIRA RAMPAS E ESCADA. GUARDA CORPO EM BAMBU. VIGAS EM MADEIRA.

PILARES REDONDOS EM MADEIRA.

VIGA DE TRANSIÇÃO EM MADEIRA BASE EM CONCRETO.

EXPLODIDA EDIFÍCO INSTITUCIONAL. PRODUÇÃO AUTORAL.

SEM ESCALA


EDIFÍCIO INSTITUCIONAL

EXPLODIDA EDIFÍCO INSTITUCIONAL. PRODUÇÃO AUTORAL.

SEM ESCALA


DETALHAMENTOS ESTRUTURAIS EDIFÍCIO INSTITUCIONAL

PILAR EM MADEIRA.

PARAFUSOS. DETALHE 01. CHAPA METÁLICA.

PILAR EM CONCRETO.

DETALHAMENTO ENCAIXE PILAR. MADEIRA, CONCRETO E METAL. EDIFÍCIO INSTITUCIONAL.

SEM ESCALA.


DETALHAMENTOS ESTRUTURAIS EDIFÍCIO INSTITUCIONAL PARAFUSOS.

VIGA EM MADEIRA. CHAPA METÁLICA.

DETALHE 02.

DETALHAMENTO ENCAIXE VIGA. MADEIRA E METAL. EDIFÍCIO INSTITUCIONAL.

SEM ESCALA.


EDIFÍCIO USO MISTO.

PLANTA COBERTURA USO MISTO.

PLANTA PAVIMENTO TIPO UNIDADES RESIDENCIAIS.

PLANTA PAVIMENTO TIPO UNIDADES RESIDÊNCIAIS

PNE.

ESC 1:250


REPRESA BILLINGS LAYOUT APARTAMENTO TIPO 01 AMPLIAÇÃO

ESC 1:50


REPRESA BILLINGS LAYOUT APARTAMENTO PNE AMPLIAÇÃO

ESC 1:50


CALÇADA DE PASSEIO PAVIMENTADA

PSSARELA DE ACESSO AOS EDIFÍCIOS DE USO MISTO

QUADRAS POLIESPORTIVAS

VIÁRIO PROPOSTO PASSARELAS DE INTERLIGAÇÃO DOS PAVIMENTOS INTERMEDIÁRIOS

CÓRREGO EXISTENTE REQUALIFICADO.

PRAÇA PAVIMENTADA; ESPAÇO PARA FEIRA-LIVRE.

CORTE AA TRANSVERSAL PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 550


REPRESA BILLINGS CORTE AA- TRANSVERSAL. AMPLIAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DE USO MISTO. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 1:175


PISTA DE CORRIDA PARA PEDESTRES..

ÁREA VERDE DE REFLORESTAMENTO. DECKS DE PERMANÊNCIA

CANAL PARA DRENAGEM FLUVIAL.

CANAL PARA DRENAGEM FLUVIAL.

REPRESA BILLINGS ORTE TRANSVERSAL- AMPLIAÇÃO REQUALIFICAÇÃO DO CÓRREGO EXISTENTE. PRODUÇÃO AUTORAL.

ESC 1:75


EDIFÍCIO USO MISTO

VIGAS EM MADEIRA LIGADAS POR CONECXÕES METÁLICAS.

DIVISÓRIAS INTERNAS UNIDADES RESIDENCIAIS.

FECHAMENTOS E FACHADAS EDIFÍCIO.

PILARES EM MADEIRA LIGADOS POR CONECXÕES METÁLICAS.

ASSOALHO EM MADEIRA GUARDA CORPO E FECHAMENTO DE FACHADA EM BAMBU.

EXPLODIDA EDIFÍCIO USO MISTO. PAVIMENTO TIPO UNIDADES RESIDENCIAIS. PRODUÇÃO AUTORAL.

SEM ESCALA


EDIFÍCIO USO MISTO

VIGAS EM MADEIRA LIGADAS POR CONECXÕES METÁLICAS.

DIVISÓRIAS INTERNAS UNIDADES RESIDENCIAIS.

FECHAMENTOS E FACHADAS EDIFÍCIO.

PILARES EM MADEIRA LIGADOS POR CONECXÕES METÁLICAS.

ASSOALHO EM MADEIRA GUARDA CORPO E FECHAMENTO DE FACHADA EM BAMBU.

VIGA DE TRANSIÇÃO EM MADEIRA. BASE EM CONCRETO.

EXPLODIDA EDIFÍCIO USO MISTO. PAVIMENTO DE IMPLANTAÇÃO NO TERRENO. PRODUÇÃO AUTORAL.

SEM ESCALA


EDIFÍCIO USO MISTO

VIGAS EM MADEIRA LIGADAS POR CONECXÕES METÁLICAS.

DIVISÓRIAS INTERNAS UNIDADES RESIDENCIAIS.

FECHAMENTOS E FACHADAS EDIFÍCIO.

PILARES EM MADEIRA LIGADOS POR CONECXÕES METÁLICAS.

ASSOALHO EM MADEIRA GUARDA CORPO E FECHAMENTO DE FACHADA EM BAMBU.

PASSARELAS DE CONEXÃO ENTRE OS EDIFÍCIOS. VIGAS E PILATES EM MADEIRA. BASE EM CONCRETO.

EXPLODIDA EDIFÍCIO USO MISTO. PAVIMENTO TIPO UNIDADES RESIDENCIAIS PNE.PAAVIMENTO INTERMEDIÁRIO. PRODUÇÃO AUTORAL.

SEM ESCALA.


EDIFÍCIO USO MISTO

COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA. MATERIAL RECICLADO.

BARROTES EM MADEIRA.

PILARES EM MADEIRA INTERTRAVADOS. LIGADOS POR CONECXÕES METÁLICAS.

VIGA EM MADEIRA.

EXPLODIDA EDIFÍCIO USO MISTO. COBERTURA. PRODUÇÃO AUTORAL.

SEM ESCALA


DETALHAMENTOS ESTRUTURAIS EDIFÍCIO USO MISTO

PILAR EM MADEIRA.

PARAFUSOS.

CHAPA METÁLICA.

PILAR DE CONCRETO.

DETALHE 01.

DETALHAMENTO ENCAIXE DO PILAR EDIFÍCIO USO MISTO. CONCRETO, MADEIRA E METAL.

SEM ESCALA.


DETALHAMENTOS ESTRUTURAIS EDIFÍCIO USO MISTO

DETALHE 02.

CHAPA METÁLICA. PARAFUSOS.

VIGA EM MADEIRA.

PASSARELA PROJETADA PARA OFERECER A POSSIBILIDADE DE DESLOCAMENTO ENTRE OS PAVIMENTOS INTERMEDIÁRIOS, LIGAÇÃO ENTRE OS EDIFÍCIOS QUE CONTEMPLAM O PROJETO.

DETALHAMENTO ENCAIXE VIGA. MADEIRA E METAL. PASSARELA EDIFÍCIO USO MISTO.

SEM ESCALA.


DETALHAMENTOS ESTRUTURAIS EDIFÍCIO USO MISTO

DETALHE 03.

CANAL PARA ENCAIXE DA CHAPA METÁLICA.

CHAPA METÁLICA. .

PARAFUSOS.

VIGA EM MADEIRA.

DETALHAMENTO ENCAIXE VIGA. MADEIRA E METAL. ESRTRUTURA EDIFÍCIO USO MISTO.

SEM ESCALA.









7.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso resultou da necessidade e obrigação que um profissional da área de arquitetura tem com a sociedade de compartilhar novas ideias de habitar com baixo impacto ambiental. Deixamos de lado as necessidades que a terra tem através do nosso consumo desenfreado, como uma devolutiva, os impactos e descompassos que o planeta Terra estão vivenciando refletem no nosso dia-a-dia. É salientada aqui a importância de reinventar, estar em constante movimento, e oferecer oportunidade para todas as parcelas da sociedade, independente de sua classe social. Como conclusão deste processo de estudo, foi possível compreender as possíveis formas de aplicação dos materiais escolhidos em cenários populosos como este em questão, mostrando-se indispensável a necessidade de pesquisa e aprimoramento de métodos existentes para alcançar e solucionar problemas das parcelas menos favorecidas de nossa sociedade, gerando moradia e saúde á todos.


8.BIBLIOGRAFIA

• D´AVILLA, F. B. CONCEITOS E TÉCNICAS PARA ASSENTAMENTOS HUMANOS NA PERSPECTIVA DA SUSTENTABILIDADE. DISSERTAÇÃO (MESTRADO- PÓS GRADUAÇÃO) FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO, 2008. • Moradias Infantis / Rosenbaum® + Aleph Zero. ARCHDAILY, 2020. <https://www.archdaily.com.br/br/879961/moradias-infantis-rosenbaum-r-plus-aleph-zero>. ACESSADO EM 25 DE FEVEREIRO DE 2021. • TRIPOLI, LUIZA. O QUE PODEMOS APRENDER COM AS COZINHAS DAS ECOVILAS. ARCHDAILY, 2021. <https://www.archdaily.com.br/br/962688/o-que-podemos-aprender-com-as-cozinhas-dasecovilas?ad_source=search&ad_medium=search_result_all >. ACESSO EM 05 DE JUNHO DE 2021 • 200.01 URBANIZAÇÃO INTEGRADA. VITRUVIUS, 2017. < https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/17.200/6625?page=1 >. ACESSO EM 11 DE MARÇO DE 2021. • CANUTTI, CASSIA, RITA E BOLDARINI, MARCOS. MANANCIAIS: LIMIES E DESAFIOS NOS PROJETOS DE URBANIZAÇÃO. REVISTAQATSI, 2015. < https://revistaqatsi.wordpress.com/2015/11/05/mananciaislimites-e-desafios-nos-projetos-de-urbanizacao-marcos-boldarini-e-rita-cassia-canutti/ >. ACESSO EM 16 DE MARÇO DE 2021. • RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL. SÃO BERNARDO, 2014. < https://www.saobernardo.sp.gov.br/documents/10181/400767/Relatorio_Avaliacao_Ambiental.pdf/bd f1758a-1fad-43ce-af89-6e1d12e8fda8 >. ACESSO EM 16 DE MARÇO DE 2021. • JACKSON, H.;JACKSON, R. GLOBAL ECOVILLAGE NETWORK HISTORY.GAIA TRUST EDUCATION DENMARK: [s.n.]. 2004.

• ROYSEN, R. ECOVILAS E A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA ALTERNATIVA. DISSERTAÇÃO (METRADO- PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: PSICOLOGIA SOCIAL) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.2013


8.BIBLIOGRAFIA

• PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO PEDROSO.SEMASA, 2016. Disponível em: <http://www.semasa.sp.gov.br/wp-content/uploads/2014/08/Plano-de-ManejoPedroso_Diagnostico_Dez-2016-altElena-destacado-5.pdf>. Acesso em: 17 DE ABRIL DE 2021. • GAUZIN-MÜLLER, Dominique. Arquitetura ecológica. 1ª EDIÇÃO. EDITORA SENAC, 2011. • NEUWIRTH,ROBERT. SHADOW CITIES. EDITORA ROUTLEDGE, 2006. • QUASE DOIS TERÇOS DAS FAVELAS ESTÃO A MENOS DE DOIS QUILÔMETROS DE HOSPITAIS. CENSO 2021 IBGE, 2020. <https://censo2021.ibge.gov.br/2012-agencia-de-noticias/noticias/27728-quasedois-tercos-das-favelas-estao-a-menos-de-dois-quilometros-de-hospitais.html>. ACESSO EM 03 DE MARÇO DE 2021 • AGLOMERADOS SUBNORMAIS 2019. DADOS GERENCIAIS DO IBGE, 2020. <https://dadosgeociencias.ibge.gov.br/portal/sharing/rest/content/items/e537f2bbd43743198f99c 77dfc878bff/data>. ACESSO EM 15 DE MARÇO DE 2021. • POPULAÇÃO ESTADO DE SÃO PAULO. SEADE. <http://produtos.seade.gov.br/produtos/retratosdesp/view/index.php?indId=8&temaId=1&locId=100 0>. ACESSO EM 01 DE JUNHO DE 2021 • SOBRE A PNUMA. UNEP, 2021. <https://www.unep.org/pt-br/sobre-onu-meio-ambiente>. ACESSO EM 03 DE JUNHO DE 2021 • 6 FATOS SOBRE CORONAVÍRUS E MEIO AMBIENTE. UNEP, 2020. <https://www.unep.org/pt-br/noticiase-reportagens/reportagem/6-fatos-sobre-coronavirus-e-meio-ambiente>. ACESSO EM 03 DE JUNHO DE 2021.


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