Sร NDROME DAS PERNAS INQUIETAS
Conheรงa as causas e os sintomas deste problema pouco conhecido
Introdução Você já ouviu da síndrome das pernas inquietas? Se sim, sabe que é só colocar a cabeça no travesseiro para o pesadelo começar. A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma desordem sensório-motora caracterizada por um impulso quase irresistível de mover as pernas (ou, mais raramente, os braços). Ela também é chamada de "doença de Willis-Ekbom". A condição está associada ao surgimento de sensações desagradáveis nas pernas que costumam piorar durante períodos de inatividade e têm um impacto profundo e negativo no sono do portador. As pessoas que sofrem com a desordem descrevem as sensações causadas como assustadoras e dolorosas. Alguns dizem que é como se insetos estivessem se rastejando profundamente no músculo, ou como se tivesse água correndo debaixo da pele. Se você suspeita que possui síndrome das pernas inquietas ou que a condição se manifeste em algum conhecido, esse ebook vai te ajudar a entender a síndrome, suas causas, fatores de risco e consequências.
A síndrome das pernas inquietas é o tipo de doença que é comum, mas que quase ninguém conhece. Estima-se que ela atinge até 10% dos adultos, o que representa mais de 35 milhões de pessoas. A desordem é ligeiramente mais comum entre as mulheres, principalmente entre as que possuem mais de 40 anos, mas pode surgir em qualquer idade, até mesmo em crianças. No entanto, os casos mais graves geralmente são vistos pessoas de meia idade ou idosos. Um fator que pode atrapalhar a identificação da síndrome nos jovens é o fato de que, geralmente, os médicos acreditam que os sintomas são relacionados ao exagero nas atividades físicas ou relacionado ao crescimento. Além disso, como os sintomas da síndrome das pernas inquietas são difíceis de descrever, e pelo menos inicialmente só podem ocorrer uma ou duas vezes por mês, muitas pessoas se esquecem de comentar sobre eles com o médico.
Diagnóstico O diagnóstico é realizado com base na descrição dos sintomas apresentados, e consideração de alguns critérios essenciais. Considerando a dificuldade do diagnóstico, o médico deve ainda fazer uma revisão do seu histórico médico e começar excluindo outras condições que são comumente confundidas com a síndrome das pernas inquietas. Além disso, o seu médico pode também solicitar exames para verificar os níveis de ferro ferritina e tranferrina (substâncias que transportam o ferro no sangue periférico) e ainda uma polissonografia. Alguns especialistas fazem estudos laboratoriais nos quais o paciente dorme no laboratório de estudo do sono para determinar outras causas da interrupção do sono.
Tipos da SPI Existem dois tipos de síndrome das pernas inquietas: Síndrome das pernas inquietas primária ou idiopática: Esse é o tipo mais comum. Sua caracterização deve-se ao fato de que ele não possui uma causa identificável, mesmo depois da investigação médica. Existe, neste caso, influência da carga genética no aparecimento da síndrome. A síndrome das pernas inquietas primária é normalmente uma condição crônica, que tende a piorar que o passar do tempo. Nos casos leves, os portadores experienciam períodos nos quais não apresentam sintomas.
Síndrome das pernas inquietas secundária: Já a síndrome das pernas inquietas secundárias tem sua causa determina. Ela pode ser causada por outra doença e até mesmo por medicações. Nesse tipo, os sintomas da síndrome desaparecem uma vez que o paciente se recupere ou interrompa o uso da medicação que gerou a ocasionou.
Causas da SPI Na maioria dos casos, os médicos não conhecem a causa da síndrome das pernas inquietas; no entanto, como já pontuamos, eles suspeitam que os genes desempenham um papel ativo no aparecimento da doença. Quase metade das pessoas com SPI também têm um membro da família com a condição. Outros fatores associados ao desenvolvimento ou piora da síndrome das pernas inquietas incluem:
Doenças crônicas: Certas doenças crônicas e condições médicas,
incluindo deficiência de ferro, doença de Parkinson, insuficiência renal, diabetes e neuropatia periférica geralmente incluem sintomas da síndrome das pernas inquietas. O tratamento destas condições geralmente proporciona algum alívio dos sintomas da síndrome.
Medicamentos: Alguns tipos de medicamentos, incluindo fármacos
contra enjoos, medicamentos antipsicóticos, alguns antidepressivos e medicamentos para resfriados e alergias que contenham anti-histamínicos sedantes, podem piorar os sintomas.
Gravidez: Algumas mulheres experimentam a síndrome durante a gravidez, especialmente no último trimestre. Os sintomas geralmente desaparecem no prazo de um mês após o parto.
Além disso, outros fatores, como o uso de bebidas alcoólicas e a privação do sono, podem desencadear os sintomas ou piorá-los.
Fatores de risco Alguns fatores de risco devem ser considerados em casos de pessoas que possuem Síndrome das Pernas Inquietas, são eles: Neuropatia periférica. Causa dano aos nervos em suas mãos e pés, estando às vezes relacionada a doenças crônicas, como diabetes e alcoolismo. Pessoas com síndrome das pernas inquietas e neuropatia periférica podem experienciar mais dor. Falta de ferro: Mesmo sem anemia, a deficiência de ferro pode causar ou piorar a síndrome das pernas inquietas. Falência renal. Quando os rins não funcionam corretamente, as reservas de ferro em seu sangue podem diminuir. Isso, com outras mudanças na química do corpo, pode causar ou piorar a síndrome das pernas inquietas.
Consequências Embora a síndrome das pernas inquietas não leve a outras condições graves, os sintomas podem variar de incômodos à incapacitantes. Muitas pessoas que possuem a síndrome têm dificuldade em pegar no sono ou permanecer dormindo. A síndrome das pernas inquietas grave pode causar sério comprometimento na qualidade de vida do portador, podendo levar à depressão. Além disso, a insônia gerada pode levar a uma sonolência diurna excessiva.
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