HABIT AÇÃO SOCIAL IMPACTO
G L O B AL
ESTUDO DE CASO:
Favela nova vila união RIBEIRÃO PRETO-SP/BRASIL
....A importância do debate global sobre problemas de falta moradia e a maneira que cada país o enfrenta mesmo com a tomada de decisões emergências ou a longo prazo, permite que as novas soluções tomadas através deste conhecimento diminuam as diferenças; diferenças essas que são influenciadoras da desigualdade social, que por sua vez impulsiona a crise habitacional pelo mundo....
” ...Moradia não é só quatro paredes e um teto. Ela é muito mais do que isso. Moradia adequada, em sua definição enquanto um direito humano, é um portal a partir do qual é possível acessar às cidades e os benefícios que elas podem oferecer...” (Raquel Rolnik )
Fotografia: Centro de Ribeirão preto SP- Brasil Fonte: Getty Images
E TERMINA NAS RUAS...
A DESIGUALDADE INICIA-SE NAS MORADIAS Fotografia: comunidade e pessoas vivendo nas ruas de são paulo- Brasil Fonte: Google imagens
Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto
Gésica Aparecida Ribeiro Zonato
HABITAÇÃO SOCIAL: IMPACTO GLOBAL
Estudo de caso: favela nova vila união
Profa. Alexandra Marinelli
Profª Me Juliana Furtado Arrobas Martins
Arq. Urb.Viviane Carolina C. Mazarini Ficha Catalográfica Elaborada por Maria Antonieta Ribeiro Marcolino. CRB 8/10165
Z87h
Orientador: Profa. Catherine D’Andrea Profa. Alexandra Marinelli Curso de Arquitetura e Urbanismo
Ribeirão Preto 2021
Zonato, Gésica Aparecida Ribeiro.
Habitação social: impacto global / Gésica Aparecida Ribeiro Zonato. Ribeirão Preto, 2021.93 f.. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio De Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Profa. Catherine D’Andrea e da Profa. Alexandra Marinelli. 1. Moradia. 2. Autoconstrução. 3. Otimização. 4. Adaptabilidade. CDD: 720.07
ÍNDICE INTRODUÇÃO
.........................................................1 3.COMPARATIVOS DO BRASIL, REPUBLICA DA COREIA E DEMAIS PAÍSES SOBRE HABITAÇÃO SOCIAL E SEUS EFEITOS
1.HISTÓRIA E CONCEITO DE HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL 1.1 Contexto histórico e surgimento da habitação social...4
...........................................6
1.2 Leis sobre moradias 1.3 Politicas de moradias
3.2 População e Carências sócias
.....24
.............................25
...........................................7 3.3 Impacto urbano das moradias inadequadas
1.4 Fatores que levam a falta de moradias adequadas ....8 1.5 Tipos de Habitações Sócias
..................................10
2.HISTÓRIA E CONCEITO DE MORADIA NA CORÉIA DO SUL 2.1 Contexto das moradias e políticas habitacionais 2.2 Tipos de moradias
3.1 Políticas de habitacionais e suas características
...15
............................................18
2.3 Direito a moradia adequada no mundo
................ 22
3.4 Necessidades básicas de um habitação
...........26
................ 28
4 REFERÊNCIA PROJETUAL
........................................29
5. ÁREA DE INTERVENÇÃO
........................................48
6. DIRETRIZES PROJETUAL .........................................65 7. O PROJETO .............................................................73 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
.......................................91
..........................................................92
1 RESUMO A escolha do tema surge das observações dos problemas com moradias enfrentados pela população Brasileira e internacional. O intuito deste trabalho é demonstrar de maneira simples e objetiva como a população mundial mesmo que em países economicamente desenvolvido e no topo da pirâmide econômica também enfrentam problemas com moradias. O estudo implicará em pesquisas voltadas para as habitações unifamiliares e individuas em situações precárias, insalubres ou até mesmo a falta desta. Tendo como base analises de problemas sócias enfrentados por essa população nas cidades brasileiras criando um comparativo com outros países, como a Coreia do Sul, englobando na pesquisa o entendimento de que um país com uma cultura díspar enfrenta problemas com moradias iguais ou semelhantes aos do Brasil, possuindo adaptações diferentes por se tratar de uma localização geográfica distinta com clima e economia diferentes. A pesquisa descreve a importância do conhecimento global com problemas de falta moradia e a maneira que cada país o enfrenta, mesmo com a tomada de decisões seja emergências ou a longo prazo muitas vezes acaba elevando as diferenças sociais que são um dos causadores deste problema habitacional. Os problemas socioeconômicos são abordados no trabalho como embasamento para as análises sobre a economia contidas
no estudo tendo o objetivo de contextualizar o entendimento mais amplo dos problemas sociais citados na pesquisa, demostrando como a economia contribui com o surgimento de moradias inadequadas tornando-se um dos principais instrumentos de medidas para as diferenças sociais existentes em uma sociedade. A população afetada por este problema socioeconômico por sua vez possui um instinto de sobrevivência e este instinto os leva a criar ações de sobrevivência tais como, assentamentos informais e residir nas ruas, este assunto é abordado para compor o entendimento mais especifico de soluções não governamentais obtidas através da falta de outras alternativas. A conclusão é embasada nestes estudos com objetivo de propor um projeto final de uma moradia versátil, adaptável e acessível no Brasil podendo ser adaptada para outros países, gerando também o entendimento de que não se trata de uma metragem quadrada construída com um mínimo de espaço a ser utilizado, mas sim promover um conceito de um espaço acessível com conforto físico, mental e que contribua com a sustentabilidade do planeta, trazendo consigo uma mensagem de que o problema habitacional necessita de inovações constante e discursões continuas para promover um sociedade acessível que impacte positivamente as pessoas. Palavras chaves: Moradia, autoconstrução, otimização adaptabilidade
2 JUSTIFICATIVA A moradia é a necessidade básico do ser humano desde os primórdios; na pré-história os seres humanos sempre buscaram formas para se proteger das intemperes e das ameaças externas, compreendendo essa necessidade de se abrigar observa-se que ao passar dos anos o que era somente uma necessidade e um bem comum, se torna fonte de segregação social, como diz Laise Reis Silva Guedes (Ed.09 2018) “As conclusões apontam que culturalmente o solo urbano é, em primeiro plano, utilizado para que se satisfaça o sistema capitalista. Sua transformação em mercadoria é uma ideia que se arrasta por séculos, pondo em risco o direito à moradia digna”, entende-se que o espaço urbano está dividido em camadas, que por sua vez tem a moradia como segmentadores destas. As diferenças sócias são geradores de problemas com moradias, como cita HOMELESS WORLD CUP FOUNDATION, “A última vez que uma pesquisa global foi tentada - pelas Nações Unidas em 2005 - cerca de 100 milhões de pessoas estavam desabrigadas em todo o mundo. Até 1,6 bilhão de pessoas não tinham moradia adequada” (Habitat, 2015). Sabendo destas informações entendemos a importância de um estudo voltado para os principais causadores dos problemas com moradias espalhados pelo mundo,
possuindo conhecimento destas informações entendemos a importância de um estudo voltado para os principais causadores dos problemas com moradias espalhados pelo mundo, uma proposta de projeto é necessária para auxiliar na solução deste problema que atinge um percentual significativo da população mundial, que vivem em condições inadequadas. A discussão e o entendimento sobre este também é um caminho para a solução do mesmo. Os projetos de habitações sociais são essenciais, temos como exemplo de arquiteto que trabalho com este saber com Alejandro Aravena, onde seus projetos de moradias visão o acolhimento e ao mesmo tempo a liberdade construtiva, mostram que a uma arquitetura sul americana que se preocupa com as dificuldades financeiras enfrentadas por sua população e conhece as necessidades básicas destes, seus projetos são simples mais reconfortante para a população que os adquire traindo a mensagem que casas simples precisam ser pensadas para que mais pessoas tem acesso a moradias com qualidade e funcionalidade. A proposta deste trabalho final de graduação é concluída com uma proposta de projeto que vise um habitar Adaptável, ergonômico e que contribua com a sustentável, onde as informações ruinadas neste se torne uma fonte de auxílio para o problema habitacional mundial e continue se propagando para que mais discursões seja gerada através deste.
3 OBJETIVO
METODOLOGIA
Reunir informações e dados socioeconômicos que são os causadores de moradias inadequadas e a falta desta. Inserir analises que contextualizam o entendimento da crise social que o Brasil e demais países enfrentam, tendo em vista investigar as soluções tomadas em políticas governamentais de habitações para solucionar os problemas com moradias. Promover o entendimento que a moradia social e como esta não se trata somente uma metragem quadrada construída com um mínimo de espaço a ser utilizado, mas sim promover um conceito de um espaço acessível e que contribua com a sustentabilidade do planeta, trazendo consigo uma mensagem de que o problema habitacional necessita de inovações constante e discursões continuas para promover uma sociedade acessível que impacte positivamente as pessoas.
A metodologia empregada neste trabalho consistirá em reunir informações lançadas sobre tipos de habitações no Brasil, na Coreia do sul e mais alguns países através de artigos e dados do IBGE, ONU, FAQs, ADBI, Habitat; agregar dados do sistema de implantação das habitações sociais e suas políticas para solucionar os problemas com moradias e a falta delas, colocando tabelas e gráficos para exemplificar e tornar claro as informações.
OBJETIVO ESPECÍFICO Elaborar um projeto embasado nos dados reunidos e analisados ao decorrer do trabalho. Propor três pilares fundamentais que são: Conforto físico envolvendo a ergonomia; Conforto mental onde o espaço mínimo seja pensado para viver bem. Contribuir para sustentabilidade do planeta e incluir a economia.
Analises e comparativos envolvendo o Brasil e a Coreia do sul, em relação a problemas enfrentados nos dois países que chegaram a soluções distintas, citandos exemplos alguns tomados pelo governo para solucionar problemas iguais.
O estudo terá referência projetual do projeto ELEMENTAL do arquiteto Alejandro Aravena, extraindo informações necessárias para elaborar uma proposta de projeto de habitação social adaptável e mutável de uso global. O projeto terá como formação inicial a proposta de um modelo e uma técnica; acessível e mutável, onde possa se adaptar a localização e ser de fácil acesso.
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1 . HISTÓRIA E CONCEITO DE HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL 1.1 Contexto histórico e surgimento da habitação social O crescimento e desenvolvimento urbano no Brasil ocorre com a migração da população que vive no campo para cidade na buscar de melhor qualidade de vida, a cidade por sua vez não está preparada para essa população de classe operaria sem recursos, sendo assim temos o processo de urbanização e crescimento das cidades Brasileiras em meio as grandes mudanças que ocorrem no país em três períodos importantes da sua história, segundo Graziela Rossatto Rubin (p.201) “Assim, a urbanização brasileira se desenvolve de maneira mais expressiva a partir do século XVIII, amadurece no século XIX e apenas no século XX é que atinge as características da atual urbanização." XVIII No século XVIII o processo de desenvolvimento das cidades dar-se início com industrialização no Brasil, onde temos as primeiras migrações voltadas dos campos para cidade, entende-se que neste período a maior parte da população ainda permanece nos campos XIX O século XIX é marcada pela chegada dos trens e das linhas férreas que ligam as cidades mais desenvolvidas com as áreas mais distantes, este transporte de matéria prima
também foi utilizado para transportar a população que habitava no campo para as cidades em larga escala, neste momento a um aumento da população gerando os problemas de saneamento e infraestrutura básica das cidades brasileiras, devido ao fato dessa classe trabalhadora não ter onde morar surgindo assim as apropriações irregulares em áreas próximas das indústrias, as quais são construídas moradias sem qualquer planejamento. XX No final do século XIX e início do século XX começa-se a pensar em políticas de limpeza urbana com objetivo de conter problemas gerado pela falta de infraestrutura, neste período a higienização dos centros urbanos é fundada para satisfazer a burguesia. Essas políticas de higienização das cidades visavam somente o embelezamento e conforto das camadas mais ricas das cidades brasileiras, dando início a marginalização da classe operaria, que é deslocando A importância do entendimento que a habitação social não se trata somente de um local para se abrigar, mas de um edifício física e social onde requer um projeto que incluía água, esgoto, energia, ruas e serviços de assistência social para cada domicilio, sabendo disse vemos na era Getúlio Vargas o surgimento das primeiras políticas habitacionais.
4 As primeiras políticas adotadas são as de incentivos a casa própria, na tentativa de sanar problemas urbanos que surgem com o aumento populacional e falta de moradias, como continua dizendo Graziela Rossatto Rubin
"A questão habitacional adquiriu papel fundamental nos planos e realizações do Estado Novo. Passou a ser símbolo da valorização do trabalhador e afirmação de que a política de auxílio aos brasileiros dava resultados efetivos. A aquisição da casa própria e as alternativas de torná-la acessível eram questões comuns. O objetivo era viabilizar a casa própria para o trabalhador de baixa renda. Além disso, a crise de moradia atingiu também a classe média e houve a necessidade de novas soluções para os problemas habitacionais já existentes." (RUBEN p.203)
A importância do entendimento que a habitação social não se trata somente de um local para se abrigar, mas de um edifício física e social onde requer um projeto que incluía água, esgoto, energia, ruas e serviços de assistência social para cada domicilio, sabendo disse vemos na era Getúlio Vargas o surgimento das primeiras políticas habitacionais.
Com a novas políticas implantadas temos um impacto positivo na população de menor poder aquisitivo e na classe média que foi afetada pela crise de 1929, nestas políticas a classe de baixa renda ver a oportunidade de possuir um bem que vem sendo um benefício de pessoas com grande poder econômico, o início ao acesso a infraestrutura, entendendo que as habitações sociais e projetos envolvidos por esta impulsionaram a criação de leis e diretrizes para que os projetos das habitações fossem implantados de fato com a inclusão e infraestrutura.
5 1.2 Leis sobre moradias O direito à moradia é lei no Brasil e está descrito na constituição brasileiro como dito no Senado Federal lei 1988 revisada (2010) “Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” Sabendo deste artigo outras leis complementares surgiram para auxiliar esse direito como: Estatuto da cidade: Veio para coordenar e controlar o crescimento da cidade, criar normais regulamentadoras que visem o coletivo, o equilíbrio ambiental, o bem estar e a segurança da população, que são reforçados pelo Art. 9° e 10° da constituição (SDH, 2013). Fundo Nacional de Habitações de Interesses sócias (FNHIS): Lei n° 11.481 de 2005 que defende medidas voltadas à regularização fundiária de interesse social em imóveis da União. Lei n° 11.481, de 2007: essa lei permite a regulamentação de assentamentos irregulares de baixa renda em áreas de que pertencem a união, para que esta regulamentação ocorra necessita que o órgão do poder executivo da Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, demarque e identifique esses territórios como da união, demarque, cadastre e fiscalize essas áreas (BRASIL, 2007). Segundo a Secretaria de Direitos Humanos
"Um dos equívocos mais comuns associados ao direito à moradia adequada é a obrigatoriedade do Estado de construir habitação para toda a população, e que as pessoas sem habitação podem exigir automaticamente uma casa do governo. Apesar de os governos implantarem programas habitacionais, o direito à moradia adequada não obriga que o governo construa todo parque habitacional de uma nação. O direito à moradia adequada abrange medidas que são necessárias para evitar a falta de moradia, proibir as remoções forçadas e a discriminação, focar nos grupos mais vulneráveis e marginalizados, garantir a segurança da posse a todos, e garantir que a habitação de todos seja adequada. Essas medidas exigem a intervenção governamental em vários níveis: legislativo, administrativo, de políticas e/ou prioridades de gastos. Porém, o direito à moradia adequada pode ser implementado através de uma abordagem em que o governo viabilize a habitação, ao invés de provê-la. O governo torna-se o facilitador das ações de todos os participantes na produção e na melhoria das habitações. Políticas, estratégias e programas baseados na abordagem da viabilização têm sido promovidos pela ONU desde 1988. No entanto, em casos específicos, o Estado pode ter que prestar assistência direta, que pode ser a habitação em si ou subsídios para habitação, nos casos, por exemplo, de pessoas afetadas por Direito à moradia adequada 16 desastres (naturais ou artificiais) e para os grupos mais vulneráveis da sociedade." (SDH,2013)
6 Entende-se que o projeto de leis não obriga o estado a construir habitação social a toda população, mas sim a dar meios para proteger a população mais vulnerável, garantir o direito a infraestrutura e permitir métodos de medidas necessária à regularização destas moradias. 1.3 Políticas de moradias A principal política de moradia que se perpetua até os dias atuais no Brasil são as de Incentivo a casa própria, inicia-se na era Vargas com o estado assumindo a responsabilidade nas construções de habitações sociais para solucionar os problemas contemporâneos do então governo, mesmo não participando diretamente na construção destas moradias. Temos em 1946 á a fundação da casa própria (FCP) que promove a moradia a população de baixa renda, nesse mesmo período um plano de congelamento de alugues para melhorar o relacionamento entre inquilino e proprietário, o sistema de alugues sempre esteve presente no Brasil e antes da política de habitação social era o único meio da classe de parte da classe operaria de conseguir uma moradia. Neste momento vemos a criação do Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) que surge como novo como um benefício para o trabalhador, esse benefício impulsiona a expansão das caixas econômicas para todo o país, em seguida é criando o financiamento da casa própria as pessoas de baixa renda.
Em 1964 foi fundado o Banco Nacional da Habitação (BNH) e O Sistema de Financiamento da Habitação todos voltados para as famílias de baixa renda (ZÜRCHER, 2015). Atualmente temos o programa do governo federal criado em 2007 minha casa minha vida, que é um sistema de financiamento proporcionado pela caixa econômica federal, que pode ser utilizado tendo como entrada o fundo de garantia por tempo de trabalha (FGTS). Apolítica de aluguel imobiliário não possui incentivo direto do governo, são investimentos privados de empresas do setor imobiliário, possuindo fiscalização do governo para proteger e auxiliar a população que se torna locatária, esse sistema imobiliário funciona da seguinte maneira, o locador assina um contrato com locatária se comprometendo a pagar por um determinado período de tempo o imóvel, com reajuste anuas dos alugues e com demais termos contratuais, tendo um financiador para concluir a contratação, visto que esses contratos são redigido de acordo com Art. 565 da constituição. cerca de 18% da população brasileira utiliza esse sistema de moradia no Brasil (IBGE, 2010). Osetor imobiliário está ligado diretamente ao setor da construção civil Brasileira sendo uma das principais fontes de capital do país, sofre mudanças constantemente tendo a economia global como norte da sua balança comercial (CBIS, 2021).
7 Devido à instabilidade da economia o setor imobiliário continue a contribuir para os problemas sócias criando barreias de classes, com suas produções de imóveis de valores altos direcionados a população rica e de classe média alta, segmentados áreas privilegiadas dentro de uma cidade, super valorizando lotes em determinadas zonas, demarcada o tipo de população que residirá nestes setores, demostrando de maneira solida as diferenças sociais que encontramos dentro da sociedade brasileira. 1.4 Fatores que levam a falta de moradias adequadas e seus tipos de habitações A moradia adequada não se trata somente da edificação em que se reside, mas as condições em que estão inseridos; de acordo com última pesquisa feita pelas Nações Unidas em 2015 - cerca de 100 milhões de pessoas estavam desabrigadas em todo o mundo. Até 1,6 bilhões de pessoas não tinham moradia adequada (Habitat, 2015). Dessa população mundial que está desabriga e que está vive em situações inadequadas estima-se que mais de 50 milhões são brasileiros que vivam em condições inadequadas (Habitat, 2017), segundo a Fundação Perseu Abramo, havia 101.854 pessoas em situação de rua em 2015 (FP Abramo, 2017). A muitos fatores que levam aos problemas com moradias no Brasil como:
8 Fator 1: A marginalização da população: Ocorre devido aos problemas sócias enfrentados por estas, tal como, estar desempregada e necessitar de uma local para residir, levando está a construir abrigo ou residência nas zonas periféricas da cidade implantando assentamentos irregulares e em outro momento utilizando da apropriação de edifícios abandoados pela cidade para habitar. Fator 2: A supervalorização dos imóveis: Nas zonas centrais e em áreas com mais infraestrutura os alugues são inviáveis, devido aos valores acima do que a população de baixa renda pode pagar, fazendo com que elas optem por pegar transporte público para se deslocar para as áreas mais afastadas, a cidade por sua vez não tem projeto de mobilidade adequado. Fator 3: Segregação social: Sendo está a marginalização por zoneamento, que é impulsionado pelas políticas de apoio ao financiamento da casa própria, onde estas são inseridas em áreas periféricas da cidade, tornando o acesso ao lazer público distante e ignorado no projeto, tornando as zonas periféricas mais propicia a violência. Esses distanciamentos urbanos das populações de menor poder aquisitivo gera alguns discursões sobre a moradia adequada como descreve Luana Dias Motta "Dessa forma, pode-se inferir que a luta por habitação ultrapassa o acesso à moradia e abrange outros direitos, como, por exemplo, o deslocamento na cidade e viver em
condições ambientais dignas. Cabe destacar, ainda, que as lutas por infraestrutura estão, muitas vezes, relacionadas às lutas por acesso à moradia, como é o caso das lutas por implantação de rede elétrica e de saneamento em ocupações." (MOTTA, 2014)
Fator 4: A falta de infraestrutura: Ela está relacionada a tudo que uma cidade por meio de suas políticas tem que promover aos seus cidadãos de maneira igualitária e sem restrições, mas não e assim que acontece, na pratica, a infraestrutura não está disponível de maneira igualitária e geral a todos. O Brasil ocupa de acordo com a Organização das Nações Unidos, 2020 a 8° posição no ranque da desigualdade social (IBGE, 2020), demostrado assim as lutas diárias que a população enfrenta para sobreviver estando na base da pirâmide econômica do país. Fator 5: A desigualdade social: O principal medidor de um centro urbano e não urbano de uma sociedade igualitária ou desigual são suas moradias, mas a falta dela e determinante para descrever o nível de miséria que está enfrenta. A desigualdade social leva muitas pessoas a habitarem nas ruas das cidades sem possuir residência fixa. A população sem endereço fixo se encontra nesta posição por vários motivos, como informado pelo IBGE temos os problemas financeiros, familiares, raciais e discriminatórios.
9 1.5 Tipos de Habitações Socias Os tipos de moradias são determinados por construções que incorpore construções com matéria prima abundante no país, tornando a disseminação desta mais rápida, eficaz e com custa baixo. No primeiro período da implantação da habitação social as construções são inspiradas pelo movimento moderno onde influência as habitações até nos dias atuais. Há três tipologias adotados no projeto de habitação social que segundo Carlos Alberto Chamone de Freitas (2015) “As alternativas arquitetônicas a serem utilizadas no Projeto Habitação 1.0 são três, em ambos os sistemas adotados pelo projeto: casa geminada, casa isolada e edifício”, as três tipologias são executadas com algumas técnicas construtivas como: Concreto celular espumoso: Conhecido como o concreto leve, foi criando com intuito de substituir a pedra e área por matérias mais leve e até mesmo deixa espaços vazios com ar, tornando a edificação mais leve e com custo menor.
Painéis de concreto: São as construções pré-moldadas, que também não necessitam de vigas e pilares, construídas com placas de concretos provinda de industrias com medidas determinadas pelo projeto arquitetônico.
10 Sistemas em Light Wood Frame: São casa edificadas com painéis de madeiras e estrutura de madeiras, esse sistema não é muito utilizado no Brasil, mas encontramos seu uso em alguns projetos nas régios do Sul do país.
Alvenaria estrutural: São as construções onde as suas paredes não assumem somente o papel de vedação da edificação, mas também são estruturais, tendo uma redução no custo da implantação desta por não necessitar de vigas e pilares.
11 As principais técnicas construtivas utilizadas no país são de cunho rustico, onda a mão de obra muitas vezes não são especializadas, por isso o uso de técnicas mais simples e de materialidades clássicas são as mais aproveitadas pelas grandes indústrias. Sabendo também que há construções realizadas por pessoas sem muitas instruções, essas são as Autoconstruções que dominam grande das edificações brasileiras nas áreas urbanas e rurais.
As tipologias de edificações formadas por conjuntos de edifícios apesar de crescer gradualmente no país sua implantação ainda é inferior a casas germinadas e casas isoladas nas cidades, por ter o privilégio de possuir uma grande extensão territorial equivalente a 8.515.767,049 área total km² (IBGE, 2021), isso também impulsiona o espraiamento das cidades e valorização de áreas especificas das cidades brasileiras, entendendo que estas carecem de projetos eficientes de mobilidade urbana.
Simply Organized
Simply Organized
12 As habitações sociais tem metragem quadrada definida por legislações municipais, o projeto deve ser adaptado para cada cidade, como exemplo de legislação brasileira temos a lei de metragem mínima de habitação social na cidade de Ribeiro Preto no Art. 8º. A unidade de HIS temos "I - A Unidade Padrão terá área útil mínima de 38,0 m² (trinta e oito metros quadrados), e será composta por, pelo menos, 2 (dois) dormitórios, sanitário, sala, cozinha e área de serviço; II - A Unidade Evolutiva somente será admitida em PI-HIS para as unidades destinadas a HIS 1 e 2, terá área útil mínima 18,0 m² (dezoito metros quadrados) e será composta por, no mínimo, um cômodo de uso múltiplo e um banheiro, desde que atendidas as seguintes condições: a) previsão de ampliação, que deverá atender ao estabelecido no Inciso I, com no mínimo 3 (três) alternativas para a ampliação; b) apresentação do cômputo da área total da unidade ampliada no cálculo da taxa de ocupação e do coeficiente de aproveitamento; c) ser entregue com instalações elétricas e hidráulico-sanitárias dimensionadas para a ampliação.. " (ART. 8°, 2018)
A moradia sofre um processo continuo de desenvolvimento, desde o Brasil colônia para o Brasil contemporâneo é alvo de estudo e aperfeiçoamento em suas técnicas e materialidades, para que esta se torne de
fácil implantação sem perder a resistência. Sabendo da constante evolução destes matérias de construção civil, inicia-se a preocupação com sustentabilidade e como está e essencial para novos projetos de habitação social.
INDÍGINA Construções dos nativos que continua se perpetuando
COLONIAL Técnicas europeis com adaptação
NEOCLÁSSICO Estilo inspirado no período clássico europeu, teve muita disseminação no Brasil no séc. XX.
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MODERNO Movimento mundialmente reconhecido como o período mais influente na América em especifico no Brasil
PÓSMODERNO
Grandes discursões sobre o modernismo e seu impacto na padronização da sociedade
CONTEMPORÂNEO Marcada pelo uso de novas tecnologias, uso de cores neutras e de materiais reutilizáveis, além da valorização da luz natural nos ambientes e a preocupação como coletivo e social de um meio urbano.
Todos os tópicos relacionados a moradias irregulares e falta dela no Brasil está relacionada a problemas sócias gerados pela economia do país. Entendendo essa informação a necessidades de conhecer e relacionar o Brasil com outros países para criar um maior entendimento do tema e gerar uma solução mais acertava a pesquisa acrescenta um estudo simplificado sobre a República da Coreia, pois está é um país com uma cultura totalmente diferente da cultura Brasileira mas também enfrenta dificuldade com moradias irregulares vinculados aos problemas sócias provocados por sua economia que se projetou em alta no mercado internacional em um período curto de tempo, não permitindo que a população acompanhe-se esse processo, gerando dificuldades sócias como entendido no artigo escrito por Jeon Bong Hee, o estudo deste demonstra como a população brasileira enfrenta problemas iguais, mas com características distinta. Para complementar o estudo e facilitar o entendimento de soluções tomadas neste país é necessário entender de maneira simplificada o contexto histórico habitacional da República da Coreia.
14 2. HISTÓRIA E CONCEITO DE MORADIA NA COREIA DO SUL 2.1 Contexto das moradias e políticas habitacionais O início da preocupação com a moradia surge na República da Coreia no final do XX, devido as políticas econômicas que impulsionaram o crescimento urbano no país, fazendo com que a procura por moradia sofresse um aumento consideravelmente devido ao crescimento acelerado da população urbana em um curto período de tempo, levando assim a procura por moradias que por sua vez não supria a demanda, alcançando o inchaço populacional na principal cidade do país, Seul. A falta de moradias na república da Coreia acontece divido as guerras por independência do seu território dominados pelos japoneses até 1945 assim como diz o Professor Jeon Bong Hee "A Coreia foi libertada do domínio colonial japonês em 1945, mas foi dividida em norte e sul logo depois. Seguiu-se a Guerra da Coréia, ocorrendo ao longo de três anos, começando em 1950. Portanto, a construção de moradias na Coréia recomeçou depois que o armistício foi assinado em 1953. A indústria de construção de moradias abordou principalmente a reabilitação de edifícios destruídos pela guerra. Neste momento, a Coreia recebeu assistência dos Estados Unidos porque era difícil cobrir efetivamente a falta de moradias com a capacidade econômica da Coreia na época. Além disso, a população da Coreia do Sul estava se
expandindo rapidamente porque muitos coreanos que deixaram a Coreia durante o período colonial japonês e viveram no Japão e na China ou aqueles que deixaram a Coreia do Norte sob o regime comunista estavam migrando de volta para a Coreia do Sul." (JEON, 2017)
15 Com o avanço da demanda por moradias no início das décadas de 1980 surge as políticas habitacionais, que incluíam o setor privado dentro do quadro regulador, onde o governo fornece terras em larga escala e proporcionar incentivos fiscais a impressas privadas para que estas invistam em construções de habitações sociais gerando um maior número de moradias e proporcionando viabilidade de venda. Para a população de baixa renda temos um investimento e criação do Fundo Nacional de Habitação, viabilizando empréstimos para incentivar a aquisição e locação de imóveis, criando o sistema de regulamentação para auxiliar a população com medidas regulamentadoras na locação. O déficit habitacional foi resolvido até os anos 2000, assim como diz Miseon Park "Graças a essas políticas o déficit absoluto de moradias foi resolvido no início dos anos 2000. Houve um aumento da qualidade do estoque habitacional, portanto os padrões gerais de habitação melhoraram notavelmente. A habitação também se tornou mais acessível em geral, embora não necessariamente dentro e ao redor de Seul. Na verdade, logo surgiu o problema do descompasso entre a demanda e a oferta no que diz respeito a localização, tipo de moradia e tamanho em Seul, outras grandes cidades." (PARCK, 2015)
Com o crescimento econômico e implantação de políticas habitacionais funcionado, a República da coreia obteve
muito sucesso em conseguir que a população que até a metade do século XX cheia de conflitos e início de urbanização bagunçada, organize-se e evolua, gerando uma habitação mais moderna, com estrutura compostas de matérias que provem de matéria prima abundante no país, facilitando a viabilidade do seu comercio
Fotografia: bairro antigo Seul Fonte: Marie T (set de 2015)
16 Mesmo com as políticas habitacionais em seu plano funcionando, temos as crises financeiras no mercado global que altera os gráficos econômicos do país constantemente, fazendo com que o mercado imobiliário sofra crises é provoque aumentos de alugues tornando o mercado deste inconstante, exigindo ações imediatas do governo para controlar valores de imóveis, causando um preço a ser pago por inciativas tomadas e criando mudanças no senário econômico como continua citando Miseon Parck, "No entanto quando o mercado imobiliário se estabilizou, o impacto da crise financeira global cobrou seu preço. O sentimento do mercado se voltou contra a casa própria devido à crise econômica e às preocupações sobre o rápido envelhecimento da população e a desaceleração do crescimento populacional. A demanda por moradias ocupadas pelos proprietários diminuíra e os preços das moradias estagnaram. À medida que mais famílias olhavam para opções de aluguel em vez de propriedade, estabilizar o mercado de aluguel tornou-se uma política importante e um desafio. A partir de 2015, o nível de atividade do mercado imobiliário continua a se recuperar, e o aluguel continua apertado o mercado continua da República da Coréia. "(PARCK, 2015)
Mesmo com a melhora na moradia e no desenvolvimento habitacional, a política de moradia popular e o bem estar para pessoas de baixa renda ainda continua a ser um
desafio para a República da Coréia, onde suas políticas até então só tinha maior alcance para a classe média e médiaalta da população, novas políticas foram discutidas e implantadas como citado por Parck (2015)“Outro instrumento da política de previdência habitacional, que é um programa de benefício de habitação, o atual benefício de habitação foi transformado para componente de habitação do subsídio de bem-estar geral para os grupos de baixa renda”. Esse novo programa surge como caminho para sanar a marginalização provoca pela distribuição de desigual de renda, tendo como outro fator importante a população que está envelhecendo tornando o desafio da boa qualidade de vida maior.
17 2.2 Tipos de moradias Os principais tipos de moradias na República da Coreia são separados pela antiga Coreia antes da expulsão dos japoneses e da criação da República da Coreia; ambos os períodos são marcos por construções que envolve a sua herança cultural, superação e reconstrução sem abri mão da sua história. Nas construções da antiga Coreia temos o estilo Hanok que é uma casa tradicional coreana construída sem uso de pregos, montadas com cavilhas de madeira, voltada para um pátio interno com diferente altura de piso entre cômodos como por exemplo entre a cozinha e sala. Esse estilo é geralmente habitado por uma família extensa, que são compostas por muitos membros da família como avó, avô entre outros (JEON, 2017).
19 Fotografia: Hanok Modelo Tradicional. Fonte: Artigo Yim Hyeon-Dong
18 Nas habitações após libertação da colônia japonesa e surgimento da República da Coréia temos influência do movimento modernista que ganha espaço e se propaga nas novas construções, visando a modernidade e viabilidade comercial surge as estruturas chamadas Yangok que se deriva do estilo Hanok, mas que tem seu sistema estrutural formado com blocos de concreto e não somente a madeira, pois este tem sua matéria prima o calcário, encontrado com abundância na região (JEON, 2017). A nova Hanok agora e voltada para a família nuclear que é composta pelo casal e filhos, tendo sua tipologia com tamanhos menores e com matérias mais baratos, viabilizando as construções de habitações socias no final do século XX.
Fotografia: Hanok Modelo Tradicional. Fonte: Artigo Yim Hyeon-Dong
19 Em 1980 o governo da República da Coreia legalizou a locação de apartamentos Banjihas, que são construções no semi-subiterrânia que foram construídas na década de 1950 para proteger os coreanos dos conflitos contra a Coréia do Norte, mas essas construções na atualidade não possuem mais a função inicial de seu projeto e sim está inserida no sistema imobiliário tendo como público a população de baixa renda que não possuem poder aquisitivo para residir em outras habitações, esses apartamentos semi-subiterrânia são voltadas para a classe menos favorecida da população e não possui os princípios básicos de uma habitação que promova o bem estar, entendo que esta está distante de proporcionar uma boa qualidade de vida.
Fotografia: Casa Semienterrada Foto: Fernanda Rojas
Fotografia: Apartamento de Oh kee-cheol Foto: BBC News Brasil
20 A república da Coréia possui uma extensão territorial de 99.720 Km2 (IBGE, 2021), sabendo disso entende-se que o país possui uma faixa territorial pequeno tornando este um fator determinante para gerar uma dificuldade nas construções de habitações, colocando a perímetro territorial como objeto delimitador, delimitado a expansão urbana, outro fator responsável é a grande jornada de trabalho da população coreana que por sua vez isentava as construções de habitações verticais com metragens quadradas de residências menores e mais praticas, tornando as cidades coreanos verticalizadas como continua dizendo Miseon Parck. "Embora as casas variem em tamanho e tenham plantas baixas diferentes dependendo do construtor, a Coreia ainda tem um estilo de habitação muito uniforme porque o número de diferenciação é significativo, no entanto, é resultado da rápida modernização da Coréia e da aspiração geral de que todos sejam iguais. Outra meta baixo em comparação com o nível de apartamentos coreanos existentes. Essa uniformidade é que, os coreanos terem a maior jornada de trabalho do mundo, a casa era considerada simplesmente um lugar para parar e dormir, ao invés de um lugar para curtir a vida familiar. Além disso, para os coreanos, uma casa é vista predominantemente como um investimento, uma vez que os preços dos imóveis aumentam continuamente."(PARCK, 2017)
Temos na República da Coréia as cidades formadas atualmente por edificações verticalizadas, tendo o intuito de suprir a demanda por moradia em um país com uma faixa territorial pequena, "as construções de edifícios verticais são as melhores soluções para este país criando apartamentos com layouts variados, unifamiliar e tipologias independentes alcançando as pessoas que vivem sozinhas como estudantes, idosos entre outros, as medias de espaços permitidos nas plantas inicia-se a partir de 16 m² "(PARCK e CHAE, 2019). Essas medidas proporcionam um local seguro para morar com baixo custo, entretendo essas residências muitas vezes são projetadas com mínimo espaço para se viver, criando um caráter temporária em uma residência fixa, onde não a uma preocupação com ventilação e iluminação adequada, podendo gerar problemas psicológicos.
21 2.3 Direito a moradia adequada no mundo A preocupação com moradia não era uma discussão global até 1978 com a fundação do Habitat que é um programa da Organização das Nações Unidas criando para prover discursões sobre moradias adequadas e debates sobre assentamentos irregulares encontrados nos cincos continentes, não havia uma preocupação da ONU neste sentido sobre habitação devido ao fato que grande parte da população mundial residir no campo, mas após as mudanças ocorridas no século XX, onde os países se desenvolveram rápido e suas populações se tornam urbanas, isto ocorre no Brasil, na República da Coreia, nos Estados Unidos da América, na Inglaterra e no Japão entre outros, tendo uma população que antes vivia nos campos migrando para as cidades em grande escala, causando uma crise de saneamento básico e crescimento da desigualdade social como informado pela ONU por meio do Habitat em uma de suas conferências citado pela Secretaria de Direitos Humanos (2013) '"De 1978 a 1997, a Habitat lutou praticamente sozinha entre as organizações multilaterais para prevenir e amenizar os problemas decorrentes do enorme crescimento urbano, especialmente entre as cidades dos países em desenvolvimento. Entre os anos de 1997 a 2002, quando mais de cinquenta por cento da população mundial passou a habitar as cidades, a ONU-HABITAT – guiada pela Agenda Habitat e pela Declaração do Milênio – passou por
uma grande revitalização, usando sua experiência para identificar as prioridades emergentes para o desenvolvimento urbano sustentável e tomar as necessárias correções de percurso. Em 1996, as Nações Unidas realizaram uma segunda conferência sobre cidades, a Habitat II, em Istambul, na Turquia, para avaliar duas décadas de progresso desde a Habitat I em Vancouver e definir novas metas para o novo milênio. Adotado por 171 países, o documento político gerado a partir desta conferência é conhecido como Agenda Habitat, e contém mais de 100 compromissos e 600 recomendações.5 No dia 1º de janeiro de 2002, o mandato da agência foi reforçado, e seu status elevado para o de um programa de pleno direito do Sistema da ONU.6 A revitalização colocou a ONU-HABITAT diretamente no centro da agenda de desenvolvimento das Nações Unidas para a redução da pobreza. É por meio dessa agenda que a ONU-HABITAT contribui para o objetivo global do Sistema das Nações Unidas de reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável, exercendo uma grande influência e um grande impacto sobre os temas relacionados ao direito à moradia adequada. "(BRASIL, 2013)
Com a criação do Habitat o entendimento sobre o direito à moradia passa a ser disseminado e discutido pelo mundo, as informações reunidas nos congressos promovidos por esta são essências para a luta e o combate das moradias inadequadas e a falta destas espalhadas pelo globo. Este órgão não tem o poder de obrigar os países a executar
22 as metas discutidas e acordadas verbalmente nos congressos organizados pela ONU, mas tem influência para auxiliar ou inibir negociações internacionais de acordos econômicos entre países, revelando a influência e a importância deste órgão mundial. As discussões promovidas nos congressos têm como um dos temas permanente a desigualdade social e como ele gera problemas habitacionais ou a falta deste. Através destes discursões pode-se entender que a informação é um dos caminhos para soluções de problemas globais como os das moradias para todos.
A falta de moradia adequada de acordo com a ONU é um problema enfrentado por todos os países dos cinco continentes, possuindo proporções maiores em países com menor poder econômico, com esse conhecimento trametido por meio destes congressos ver-se uma busca de entendimento de políticas e soluções tomadas em diversos países que por sua vez geram informações necessárias para auxiliar no desenvolvimento de soluções mais acessíveis e completas para sanar problemas habitacionais. Por esta razão estudar e analisar outros países permite ter uma visão mais ampla na criação de soluções mais aprimoradas. A pesquisa engloba a República da Coréia no estudo para obter mais informações desta e verificar como um país com uma grande diferença cultural e tecnológica do Brasil lidar com seus problemas habitacionais. As dificuldades enfrentas por falta de moradias adequadas na população da República da Coreia permite que está projete meios de sanar estas dificuldades, compactuando e tentando atingir as metas do Habitat, mesmo com falhas tem surtido efeito e promovido o crescimento no número de habitações, entretanto um comparativo desta com o Brasil incluindo as soluções habitacionais de outros países explica de maneira mais inclusiva as diferenças enfrentadas por estas, gerando comparações que são necessárias para promover a interligação nas soluções de problemas globais.
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3. COMPARATIVOS DO BRASIL, REPÚBLICA DA COREIA E DEMAIS PAÍSES SOBRE HABITAÇÃO SOCIAL E SEUS EFEITOS E NECESSIDAS 3.1 Politicas de habitacionais e suas características As políticas de habitações sócias mais utilizadas no Brasil e na República da Coréia estão ligadas a decisões governamentais de políticas públicas, mesmo com ambos possuindo características especificas, na República da Coréia a oferta sempre é avaliada e o setor privado é incluso nas ações tomadas para os projetos habitacionais, visando o aumento da economia, já no Brasil a participação privada é menor e com poucos incentivos fiscais. O diagrama a seguir baseados em informações disponibilizadas pelo HABIAT mostra as principais políticas habitacionais adotadas para solucionar o problema de moradias inadequadas em alguns países. PAÍSES E SUAS PRINCIPAIS POÍTICAS HABITACIONAIS BRASIL -AQUISIÇÃO DA CASA PRÓPRIA, PELO PROGRAMA MINHA CASA E MINHA VIDA, PROMOVIDO PELA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. -ALUGUEL IMOBILIÁRIO -PROPOSTA DE ALUGUEL SOCIAL REPUBLICA DA COREIA -AQUISIÇÃO DA CASA PRÓPRIA COM PROGRAMA TMHD -ALUGUEL POR DEPÓSITO CHONSEI MRD ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA -AQUISIÇÃO DA CASA PRÓPRIA COM FINANCIAMENTOS ATRAVÉS DE EMISSÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS E HIPOTECAS -ALUGUEL IMOBILIÁRIO
REINO UNIDO -Aquisição da casa própria com subsídios do governo e hipotecas -Propriedade compartilhada e aluguel social -Arrendamento por depósito ANGOLA -Políticas de financiamento para aquisição da casa própria no programa nacional de urbanização e habitação -Aluguel imobiliário
Com Bases nas informações do diagrama as políticas habitacionais no Brasil, na República da Coreia e os demais países são principalmente formados por políticas públicas de incentivo à aquisição de casa própria, cada um com seu tipo de programa elaborado por seu governo. A política com maior alcance social e que promove residências a mais pessoas incluído, jovens e pessoas idosas que moram sozinha é a política de aluguel social, onde o governo produz o edifício habitacional e aluga para essa população de baixa renda com preços acessíveis por um período de tempo de terminado (IPEA, 2015). Essa forma de política habitacional permite que um maior número de pessoas possa viver em condições adequadas, no Brasil ele ainda é uma pauta sendo discutida pelos governantes. Dentre as políticas citadas o aluguel do setor imobiliário também é uma solução comum em todos países citados, demostrando que o setor privando é de estrema importância para promover o alcance maior, pois esta inclui um maior número de famílias com habitações, mesmo tendo seu público alvo a classe média e classe média alta, criando as linhas imaginais que dividem as classes sociais da população, promovendo a desigualdade social que por sua vez e revelada por estas edificações.
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3.2 População e carências habitacionais As principais carências habitacionais estão relacionadas a desigualdade social promovidas pelo sistema capitalista inserido na globalização. As discrepâncias sócias em países emergentes como o Brasil, República da Coreia são mais acentuas, uma vez que estes países estão em processo de desenvolvimento, com sua economia se tornando destaque no setor internacional de investimentos, porém com a sua riqueza monopolizadas pelos grandes conglomerados. Com o poder econômico monopolizado por uma pequena parcela da população, projeta-se um quadro de instabilidade nestes países, beneficiando o surgimento o aumento no déficit habitacionais da população. De Acordo com ONU se não fosse pela *Covid-19, a taxa de pobreza provavelmente teria caído para 7,9% em 2020. Com a pandemia, esse percentual ficará entre 9,1% e 9,4% da população global, semelhante ao registrado em 2017. (ONU, 2021). A pobreza tinha projeção de decréscimo, mas muda para aumento devido a pandemia que levam mais pessoas a extrema pobreza. O gráfico 1
Gráfico 1 com países sobre Linha da pobreza Fonte: IBGE 2020
A um decréscimo populacional dos países acima tendo a Angola com média de crescimento da população mais significativo e a República da Coreia com a menor média de crescimento populacional, o Brasil tem um decrescimento da população, mas nos últimos vinte anos tem se estabilizado. Ainda com o decréscimo populacional a um aumento da população de baixa renda no Brasil a um aumento no número de pessoas vivendo em situações precárias e morando na rua. Há o crescimento da população vulnerável devido a crises econômicas e a pandemia que início na China no final de 2019, se espalhou para todo o globo afetando todos os países dos cincos continentes, provocando a paralisação de serviços, diminuição de jornada de trabalho, salários diminutos entre outros efeitos negativos, levando as pessoas a inadimplência no aluguel e no pagamento de financiamento (HABITAT, 2020). A pandemia agravou a carência habitacional tornando a miséria mais efetiva atingindo principalmente os países de renda média como o Brasil, esse agravamento pode levar a um número maior de desigualdade social dessas populações, não só nos países de renda média como nos países de renda maior. O Banco Mundial definiu como meta diminuir para 3%, até 2030, o percentual de extrema pobreza no mundo. Sem ação política rápida e significativa, essa taxa pode ser de aproximadamente 7% daqui a 10 anos. (ONU, 2021). Sem politicas rápidas e coerentes os impactos urbanos de moradias inadequadas entre os países devem aumentar. *O corona vírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, surgiu no final de 2019 na cidade de Wuhan na China.
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3.3 Impacto urbano das moradias inadequadas O principal impacto na sociedade no Brasil e provocado pela apropriação de regiões não urbanizadas das cidades nas zonas periféricas as chamadas favelas. Segundo definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), favela é um conjunto de domicílios, que contam com no mínimo 51 unidade das habitações. Geralmente esse aglomerado de residências implantadas de forma desordenada em algum terreno de propriedade, seja ela pública ou particular. Desta maneira, devido à falta de planejamento, geralmente não contam com acessos fáceis a serviços públicos essenciais, saneamento básico e iluminação. As favelas são comuns nas cidades Brasileiras localizadas na sua maioria nas áreas periféricas das cidades. Na República da Coreia a zona periférica possui semelhanças com as favelas Brasileiras, mas não são apropriações ilegais e sim alugues com valores baixos para essa população com renda baixa, mesmo com os imóveis possuindo alugueis as residências possuem péssimas condições. O impacto urbano comum entre o Brasil e República da Coreia e demais países, é a materialização da extrema pobreza sendo que em países como o Brasil ela é mais acentuada, produzido um número significativos de pessoas que não possuem uma moradia, conhecidos como “moradores de rua” que não possuem endereço fixo, vivem em média com 1,90 (ONU, 2019) sobrevivem de doações e são encontrados espalhadas nas áreas mais urbanizadas e com infraestrutura.
Fotografia: comunicade na cidade de São paulo SP-Brasil Fonte: Google imagens
Fotografia: comunicade na cidade Seul 2017 - Coreia do sull Foto: BBC News Brasil
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A taxa de pobreza e renda é definida, geralmente como a falta do que é necessário para o bem-estar material, especialmente em alimentos, moradia, terra e outros ativos. A pobreza é a falta de recursos múltiplos que leva à fome e à privação física
PROJEÇÕES DE INDICADORES DE POBREZA PELO MUNDO EM 2016
A taxa pobreza multidimensional é esse conceito operacional que reflete essa situação de falta de acesso à cidadania, direitos básicos consagrados a todo cidadão, e também à renda básica para a sua sobrevivência. Além da renda, este indicador mediria o acesso a serviços para a população mais vulnerável
Gráfico 2 com países sobre Linha da pobreza 2016 Fonte:https://ourworldindata.org/extreme-poverty#global-poverty-relative-to-higher-poverty-lines
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3.4 Necessidades básicas para habitação As necessidades básicas a ser discutida relacionada a habitação social traz um caminho para a solução do problema de desigualdade social enfrentado pela população mundial, que atinge principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade. Os perfis de pessoas em vulnerabilidade com maior percentual atualmente são os imigrantes e pessoas atingidas da economia mundial que passa por constantes alterações gerando um número maior de pessoas vivendo na miséria. A população vulnerável não tem condições de morar em residências fixas e a solução encontrada por diversos países como França, Itália, África do Sul, Inglaterra e proposta no Brasil é conhecido como o aluguel social assim como explica no IPEIA Em linhas gerais, locação social consiste em um programa ou ação do Estado, podendo haver parceria com o setor privado, para viabilizar o acesso à moradia por meio de pagamento de taxas e/ou “aluguel”. Estes pagamentos podem ser ou não subsidiados, de maneira direta (orçamento) ou indireta (contribuições e diferentes taxas cobradas em um parque locatício com tipologias diversas), sem haver a transferência de propriedade do imóvel para o beneficiário. Locação social refere-se a um serviço de moradia, ofertado a beneficiários finais, sendo necessária a definição do público-alvo para a configuração exata tanto dos benefícios/serviços, quanto dos subsídios que os assegurem. (IPEIA,2015)
O aluguel social permite uma nova possibilidade a muitas pessoas em condições de extrema pobreza dando a
oportunidade de seguir um caminho de vida diferente os direcionando a novas possibilidades de um futuro melhor ele também auxilia na vida de jovens estudantes com poucas condições de residir em um local de valor elevado e possibilita ao idoso que não possui familiares a residir em locais com maior conforto e segurança sem ter que ser guiado a um abrigo. Estas moradias sociais, seja em forma de aluguel ou aquisição necessitam de um projeto que envolva viabilidade, adaptabilidade e que contribua com a sustentabilidade. Esta pesquisa traz o estudo voltado para a necessidade de um projeto que envolva os pilares governamentais mundiais nas discursões sobre programas habitacionais de diversos países e relacionando seus programas para gerar novos soluções que auxilia a população vulnerável, estas novas soluções tem como base se adaptar em varias localidades, tendo a compreensão da localização e a cultura que este é inserido para que a população que o utiliza se torne pertencente e sinta-se confortável.
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4.REFERÊNCIAS
PROJETUAIS....
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Habitação Social
Villa-Verde
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Habitação Social Villa-Verde Arquitetos: ELEMENTAL Área: 5688 m² Ano: 2010 Engenharia Estrutural:Patricio Bertholet Construção:Icafal Engenharia Civil E Hidráulica:Fernand o Montoya Engenharia Elétrica:Ramón Prado Cidade:Constitución -Chile
A viabilidade foi gerada pelo volume da demanda que possuía um potencial significativo, o suficiente para absorver os custos de tal pesquisa. O plano estima um total de 9.000 unidades em trinta cidades diferentes.
Projeto de habitação social desenvolvido no Chile, tem o conceito desenvolvido na construção das casas com possibilidade de autoconstrução, a forma que metade do espaço total projetado para cada uma delas seja construída. Atendem-se as necessidades básicas das famílias, com o objetivo de dar-lhes oportunidade de prosperidade e a possibilidade de concluir a construção de suas casas de forma simples e econômica posteriormente.
O projeto solicitado pela empresa florestal em 2009 teve como objetivo desenvolver um plano para apoiar os seus trabalhadores no processo para estes terem acesso a sua casa própria.
O conjunto habitacional contaria com tipologias dentro da política habitacional atual para o Fundo Solidário de Vivienda I (FSV I, unidades de até 600 UF ou 25 mil dólares americanos, sem dívida) e para FSV II (unidades até 1000 UF ou 40.000 dólares EUA com um empréstimo bancário).
Imagem: vistas Fonte: Archdaily
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Habitação Social Villa-Verde O arquiteto baseia-se na ideia de construir uma casa de 40 m² dando a possibilidade de ser ampliada até 80m². As residências projetadas são de 56m², podendo ser ampliada de maneira mais econômica até 86 m² por seu morador. A técnica construtiva nessas habitações do conjunto Villaverde é o Wood-Frame, sendo sua estrutura de madeiras com vigas e pilares (madeira pinos de reflorestamento), os fechamentos são formados por painéis de madeiras com preenchimentos térmicos.
O projeto pode ser implantado com técnicas construtivas diferentes, porém o estudo de viabilidade da área apontou a madeira como a melhor escolha, devido ao seu custo econômico baixo, contribuição na sustentabilidade e sua eficiência térmica. Imagem: Detalhamentos Fonte: Archidally
Imagem: Detalhamentos Fonte: Projetos 3 + 4
Imagem: vistas Fonte: Archdaily
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Habitação Social Villa-Verde O projeto conta um pavimento térreo mais 1, separado em quatro áreas a de serviço, intima, circulação e expansão. -A tipologia utilizada no projeto trata-se de uma planta simples para atender a setorização básica de uma moradia. tendo um projeto que produz metade de uma residência sem interferir na qualidade de sanar as necessidades básicas dos moradores no seu dia a dia. -O projeto traz um layout simples que viabiliza a construção e aquisição da moradia para um número maior de pessoas.
Imagem: Planta 1° Pavimento Layout e expansão Fonte: Archdaily
-O pavimento térreo possui uma cozinha com área para se alimentar , banheiro, circulação e área de serviço externa -O primeiro pavimento os quartos. A área social não está no projeto que é entregue, mas na área de expansão. A circulação já é pensada para dar suporte a expansão, com aberturas nos locais necessários para o acesso a esses futuros cômodos que serão construídos. O projeto conta com uma baixa hierarquia funcional, dando mais liberdade para seus moradores no momento da ocupação em cada cômodo, otimizando o espaço e permitindo uma multifuncionalidade.
Imagem: Planta térrea Layout e expansão Fonte: Archdaily
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Habitação Social Villa-Verde A ocupação desse projeto foi excelente as pessoas já se sentiram pertencentes e com um novo objetivo gerado pelo projeto, o de expandir sua residência de sua maneira com seu projeto de economia, tendo as delimitadoras do projeto original.
Foto:Villa-Verde Fonte: Archdaily
CONSIDERAÇÕES FINAIS O projeto Villa-Verde está embasado totalmente em sanar necessidade básica de seus moradores utilizando áreas mínimas sem interferir na qualidade projetual e no conforto, este projeto entrega para o novo proprietário uma residência com layout que sana as necessidades básicas, permite ao mesmo a oportunidade de sonhar e trabalhar para expandir a sua casa. A solução encontrada neste projeto se dá pelo entendimento adquirido através de toda uma população das cidades no Chile pelo arquiteto Alejando Aravena que tem um trabalho focado em residências para a população de baixa renda, esse entendimento que os moradores de residências inadequadas são os responsáveis pelas construções desta, percebendo isso o arquiteto viu neste fato a oportunidade de criar um projeto que inclua os hábitos destes construtores sem instrução. A autoconstrução e um ponto que será muito importante neste estudo de trabalho de conclusão de curso, devido ao fato de esta pratica ser comum não só no chile mais percebemos ela em diversos países da América. A adaptabilidade e outro ponto muito importantes neste projeto que será abordado neste trabalho, a forma que ele se adaptada podendo mudar sua materialidade para se encaixar no custo orçamentário e compatibilidade com a população local é importante para a implantação dos projetos em outros países.
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Conjunto Habitacional
Songpa
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Conjunto Habitacional Songpa HABITAÇÃO COLETIVA Arquitetos: SsD Arquiteto De Registro:Dyne Architects Engenharia Estrutural:Mirae Structural Design Group Coordenador Da Obra:Kiro Construction Autores:Jinhee Park AIA, John Hong, SsD Cidade:Seul País:Coreia do Sul
Foto: Edifício Songpa Fonte: Archdaily
O projeto explora a discrepância entre as proporções máximas de área de piso e os envelopes máximos de zoneamento, Songpa Micro-Housing fornece uma nova tipologia que estende os limites da unidade habitacional para incluir também a circulação semipública, varandas e a espessura das paredes. cria-se uma interseção suave entre público / privado e interior / exterior, Criando de tecidos sociais entre vizinhos.
Imagem: Estudo volumétrico Fonte: Archdaily
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Conjunto Habitacional Songpa -O edifício possui Quatorze 'blocos de unidades' permitem que os residentes reivindiquem um único espaço no caso de um casal ou amigos desejarem recombine os blocos para configurações maiores. Essa flexibilidade acomoda as mudanças nas situações de vida e de trabalho, permitindo que os residentes ocupem o prédio por mais tempo e, portanto, de forma mais sustentável. Gerando ainda mais a ideia de comunidade, os espaços de exposição no térreo, no subsolo e no segundo andar estão espacialmente ligados às unidades como uma sala de estar compartilhada.
Imagem: Planta layout térreo Fonte: Archdaily
Imagem: Corte Fonte: Archdaily
Foto: Edifício Songpa Fonte: Archdaily
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Conjunto Habitacional Songpa - Embora os regulamentos de zoneamento exijam que o edifício seja suspenso para estacionamento, esta planta baixa aberta também é usada para puxar os pedestres da rua e descer um conjunto de degraus semelhantes a um auditório, conectando a cidade e os residentes do edifício aos espaços de exibição e café abaixo. -Com um espaço totalmente versátil e dinâmico as mudanças são de fácil manuseio e rápida alteração do layout, tornando uma residência maior com a junção de unidade ou transformando em uma grande espaço de galeria.
Imagem: Planta 2° andar com layout /5 tipologias Fonte: Archdaily
-As várias barreiras do entorno foram incorporadas no projeto como uma tela metálica, os muitos padrões variados da tela são criados a partir de apenas 9 módulos.
Imagem: Planta 2° andar com paredes deslocadas Fonte: Archdaily
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Conjunto Habitacional Songpa - Os 'blocos de construção das unidades possuem armários acoplados, otimizando os espaços dando a sensação de amplitude. -Possui corredores com luz natural e ventilação - A tela funciona como uma proteção e um guarda-corpo, serve também como barreira protetora das intemperes.
Foto: Edifício Songpa Fonte: Archdaily
- A unidade básica de 120sf permite todos os aspectos da vida diária por meio de paredes elétricas eficientes. As janelas de clerestório trazem luz e estendem perceptivelmente o plano do teto. Foto: Edifício Songpa Fonte: Archdaily
Foto: Edifício Songpa Fonte: Archdaily
CONSIDERAÇÕES FINAIS Este projeto de habitação coletiva possui um sistema de adaptabilidade e versatilidade muita grande, seu principal objetivo e comportar vários usos, mas sem se esquecer do conforto do morador ou visitante, integrando perfeitamente e incorporando usos distintos. Essas características marcantes do conjunto habitacional Songpa são importantes para o trabalho visando incorporar a adaptabilidade e versatilidade.
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Habitação Social
Jardim Vicentina
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Habitação Social Jardim Vicentina Local: Osasco, SP Data:2008-2010 Cliente: Prefeitura de Osasco Área de intervenção:94.618 m² Unidades habitacionais: 272 unidades, 1 tipologia Arquitetura e Urbanismo: VIGLIECCA&ASSOC E DEMAIS Infraestrutura: LBR Engenharia e Consultoria Estrutura: Camilo Engenharia Instalações elétricas: Norberto Nery Instalações hidros sanitárias: Danúbio Pires Construção: Delta Construções O projeto trata-se de uma urbanização e um programa social realizado no Jardim Vicentina, periferia da cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Este projeto participou do Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza em 2014. A área de intervenção era de aproximadamente 95 mil m² e encontrava-se parcialmente urbanizada, grande parte de sua extensão situada em um talvegue. A situação existente era de precariedade, configurada por domicílios autoconstruídos de madeira ou alvenaria, com um ou dois pavimentos, erguidos em áreas de risco de desabamento, inundações e contaminações.
Imagem:Jardim vicentina Fonte: Archdaily
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Habitação Social Jardim Vicentina Esse projeto traz a inserção desta população marginalizada a sociedade, preocupando-se com a questão de pertencimento destas. A região que ocorre a intervenção é de responsabilidade da prefeitura da cidade Osasco, este tem o encargo de solucionar o problema de infraestrutura e saúde pública que não só atinge a população local mais toda a cidade, devido à falta de acesso, isto ocorre neste área gerando vulnerabilidade nos moradores que por sua vez fica mais propícios a doenças transmitas por mosquitos que se proliferam com muita rapidez nestas regiões sem saneamento básico, por falta de tratamento do esgoto encontrado as margens do córrego que corta a região. Outro desafio enfrentado na implantação do projeto foi o córrego que passava entre as moradias já existentes. esse córrego era utilizado como um local para jogar lixos e resto de detritos, o local que deveria ser uma fonte de água corrente e para gerar vida em seu entorno estava afetando negativamente a população que residia no local devido à falta de um projeto adequado para esse elemento natural. O projeto propõe técnicas viáveis que auxiliam a população local.
Foto: Jardim vicentina Fonte: Archdaily
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Habitação Social Jardim Vicentina Na primeira etapa do projeto o córrego foi canalizado como solução encontrada para resolver os problemas com instabilidade no solo e saneamento do local para facilitar a implantação do novo projeto que contará com edifícios em lâminas sobre a margem do córrego canalizado. O projeto previa a remoção e remanejamento dos moradores das áreas mais críticas, à beira do córrego, tendo a implantação de três tipologias diferentes, agrupadas linearmente ao longo do córrego canalizado, definindo duas novas frentes urbanas de cada lado do eixo viário. As tipologias são diferenciadas somente pelo acesso principal de entrada destas, tendo seus acessos marcos para auxiliar os moradores e futuros comercio.
Imagem: Corte projeto canalização Jardim vicentina Fonte: Archdaily
Imagem: Estudo volumétricos e tipológicos Jardim vicentina Fonte: Archdaily
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Habitação Social Jardim Vicentina Tipologia 1 -Essa tipologia possui um acesso principal com caixa de escadas onde é compartilhada entre duas unidades e serve, as duas unidades são espelhadas com mesmo layout de divisão de cômodos. -A edificação é elevada 1 metro do terreno natural para não necessitar de gastos com terra para planificar a topografia, dando também mais privacidade aos usuários. -Possuindo 3 pavimentos, o bloco e espalhado pela rua, está por sua vez é denominada como ruas dos sonhos pelos autores.
Tipologia 2 -Essa tipologia possui um acesso vertical com uma caixa de escada na lateral tendo um corredor sem fechamento contando somente com um guarda corpo para proteção, ele dá continuidade ao acesso vertical servindo de ligando para as unidades, esse corredor se torna uma área comum de uso geral das unidades. -Essa edificação possui 2 ou 3 unidades e contém 3 pavimentos, esse bloco e distribuído na rua variados na quantidade de unidade se adaptado a topografia.
Serviço
Serviço Cozinha Banheiros Quartos Sala Acesso principal
Serviço Cozinha Banheiros
Imagem: Planta Estudo de Setorização Fonte: Archdaily / Edição Gésica Zonato
Quartos Sala Acesso principal
Imagem: Corte Fonte: Archdaily
Imagem: Planta Estudo de Setorização Fonte: Archdaily / Edição Gésica Zonato
Imagem: Corte Fonte: Archdaily
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Habitação Social Jardim Vicentina Tipologia 3 -A última tipologia é que menos se repete na implantação do projeto por possui o maior número de unidade nos pavimentos do bloco com 4 unidade. -O desenho é o mais complexo do conjunto com uma centralidade de uso comum formado por um corredor que liga as 2 unidades de cada lado, dando mais privacidade e área de uso comum entre as residências. -É o única edificação que possui uma área técnica no subsolo. -Este bloco é espalhado menos e nas áreas centrais da implantação do conjunto.
Imagem: Planta Estudo de Setorização Fonte: Archdaily / Edição Gésica Zonato
Serviço Cozinha Banheiros Quartos
A materialidade escolhida é o bloco cerâmico estrutural. A escolha deste material se dá pelo seu baixo custo, conforto térmico e por não precisar de vigas e pilares tornado a obra viável e com rápida execução. Esse sistema de construção também permite aberturas até o teto, deixando o ambiente mais arejado. Nos caixas de escadas foram colocados blocos vazados pensando na ventilação, eliminação e dando um visual para as faixada. As disposições dos quartos foram distribuídas nas regiões leste e oeste dos blocos, para proteger os cômodos das incidências solares mais intensas. Nas janelas dos quartos também foram inseridos brises moveis de policarbonato.
Sala Acesso principal
Imagem:Jardim vicentina Fonte: Archdaily
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Habitação Social Jardim Vicentina As unidades possuem somente tipologias de habitações de 50 m². O layout de estudo é bem dinâmico mesmo com espaços pequenos são distribuídos com fluxo pensado ergonomicamente para a circulação dos moradores e otimização de espaços.
Imagem: LAYOUT 3D Fonte: Archdaily
Com as aberturas entrado para o ambiente levando a luz para o apartamento, leva junto a sensação de amplitude do local. As áreas destinadas para o mobiliário de armazenamento estão embutidas na parede auxiliando para não ter vazios tonando o espaço ampliando criando um ambiente mais confortável e com sensação de amplitude. Imagem: LAYOUT 3D Fonte: Archdaily
Imagem: LAYOUT 3D Fonte: Archdaily
Imagem:Jardim vicentina Fonte: Archdaily
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Habitação Social Jardim Vicentina CONSIDERAÇÕES FINAIS: O projeto do Jardim Vicentina traz um estudo vasto de entendimento do entorno, conforto térmico e custo econômico. As soluções encontradas para a execução do projeto são embasadas principalmente por estes três pontos, tendo o problema de saneamento básico como fator determinante para viabilizar o projeto. A solução de materialidade encontrada no projeto não só beneficia a população mais também é um modo de construção que contribui para a sustentabilidade, por produzir menos entulho tornando o canteiro de obra mais limpo, essa contribuição é muito importante para produzir um projeto nos dias atuais, onde pensar na sustentabilidade não é diferencial e sim necessidade básica para um projeto. A resolução para o problema com o córrego poluído foi canalizar e concretar sobre ele criando ruas e calçadas, esse solução é mais viáveis quando se trata de intervenções imediatas e com custo o econômico baixo, mas essa solução não é sustentável e não beneficia a população ao longo prazo, devido ao fato da área ser um local arejado com a presença do córrego e com arvores, entretendo com a implantação do concreto sobre ele passa a ter vida útil determinada pelas patologias que surgiram com o passar do tempo e um aumentando a temperatura da área.
A solução foi tomada pensado também na população que lá habitava e não poderiam ser deslocadas para outras regiões. O projeto e rico em estudos e entendimentos de pertencimento da população como ela se sente parte do projeto, esse tópico e um dos pontos mais importantes do projeto para este estudo de conclusão curso, a importância de criar um projeto que auxilia a população e que seja economicamente viável com espaços confortáveis e que se preocupe com o conforto término e de estrema importância. O projeto se adapta corretamente aos desníveis do terreno e com suas tipologias de blocos se encaixando perfeitamente ao visual do entorno, com sua simplicidade se mistura com as demais residências do bairro, essa simplicidade e beleza do conjunto das edificações é algo importante quando se trata de habitações para pessoas de baixa renda, onde está quer se sentir pertencente.
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O LOCAL
5.ÁREA DE INTERVENÇÃO PROJETUAL
APRESENTAÇÃO DA REGIÃO CIRCULAÇÃO DO MACROZONEAMENTO PERIMETRO IMEDIATO ANALISE DA ESCOLHA DO LOCAL LEGISLAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO ESTRUTURA VIARIA DO PERIMETRO IMEDIATO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO TOPOGRAFIA E ORIENTAÇÃO SOLAR ARBORIZAÇÃO E ÁREAS PERMEAVEIS PÚBLICAS TIPOLOGIAS DO PERIMETRO IMEDIATO EQUIPAMENTOS PÚBLICOS ESTUDO DAS OCUPAÇÕES ANÁLISES SOBRE OS MORADORES DA NOVA VILA UNIÃO
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APRESENTAÇÃO DA REGIÃO Área de Intervenção do estudo está localizada na cidade de Ribeirão Preto que fica a 313 Km de distância da Cidade de São Paulo que é a capital do Estado de São Paulo- Brasil. O município tornou-se cidade com a denominação de Ribeirão Preto, pela Lei Provincial n.º 85 ou 88 de 01/04/1889.
Segundo IBGE Ribeirão preto apresenta 98.4% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 92.5% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 64.5% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).
Ribeirão preto de acordo com censo de 2010 possui cerca de 604.682 pessoas, população estimada para 2020 aproximadamente 711.825 pessoas. Área total da cidade 650.916 km² Principal fonte de econômica da cidade é o comercio e também o agronegócio entre outros.
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CIRCULAÇÃO DO MACROZONEAMENTO A cidade possui muitos rodovias que interliga as cidade vizinhos, tornando- se a cidade a sede do município, estas rodovias são: SP 330 Via Anhanguera Ribeirão Preto - São Paulo. SP 334 Via Cândido Portinari Ribeirão Preto / Franca. SP 332 Via Atílio Balbo Ribeirão Preto / Sertãozinho. SP 225 Via A SP 333 Via Abrão Assed Ribeirão Preto / Cajuru. SP 292 Via Mário Donegá Ribeirão Preto / Pradópolis. SP 328 Anel Viário. Limites do Município de Ribeirão Preto Ao sul: Guatapará; Sudeste: Cravinhos Norte: Jardinópolis Leste: Serrana; Oeste : Dumont; Noroeste: Sertãozinho Nordeste: Brodowski A principal via de acesso ao município é a Via Anhanguera (SP 330), que liga Ribeirão Preto a capital e ao Triangulo Mineiro. As rodovias encontram-se em ótimo estado de qualidade com referência para mobilidade intermunicipal e estadual.
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ESCOLHA DO LOCAL DE INTERVENÇÃO A área de intervenção está localizada na zona norte da cidade de Ribeirão Preto, no bairro da Vila Albertina que está setorizado entre os bairros Jandaia, Ipiranga, Dutra e Central Park. A área de ocupação ganhou o nome de Nova Vila União e possui cerca de 320 famílias que residem na zona invadida desde 2017 de acordo com a união de movimentos de moradores de Ribeirão Preto. As Ocupações estão implantadas ao longo da Av. Lafayete Costa Couto; de acordo com a prefeitura da cidade a extensão de terra invadida é de patrimônio federal e determinada para a circulação da do ramal da linha férrea que por sua vez atualmente encontra-se desativada. Entorno imediato da área de intervenção Quadrilátero central
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ESCOLHA DO LOCAL DE INTERVENÇÃO A escolha da área de intervenção é determinada por levantamentos e estudo sobre esta, sendo enumerados por alguns fatores a seguir: Os vários conflitos enfrentados pela população que reside na favela da nova vila da união, onde a prefeitura já possui um processo judicial para a reintegração da área, as informações disponibilizadas pela prefeitura da cidade são que a área será direcionada para o programa da minha casa e minha vida do governo federal, para a construção de habitações sócias e que grande parte das famílias que residem no local estão inscritas no programa e outra parte será encaminhada a abrigos. A maioria das construções estão em condições precárias e muitas sem uma estrutura consolidada, mas a construções de alvenaria espalhadas pela região de ocupação. A nova vila da união possui uma organização, mas não é regularizada dificultando o acesso de infraestrutura. A região está localizada em uma zona próxima a bairros com infraestrutura e com um sistema de transporte de fácil acesso, tendo uma facilidade de ligação deste transporte a área de intervenção. Facilidade de agregar diretrizes viária por se tratar de um local com fácil acesso a grandes vias que interligam vários bairros da cidade com Av. Eduardo André Matarazzo e a Via Expressa norte que são de grandes fluxos. Á equipamentos públicos próximos da área .
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LEGISLAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO A área está localizada entre duas zonas urbanas, uma na ZONA DE URBANIZAÇÃO PREFERENCIAL (ZUP) que é a região do município onde o uso e a ocupação do solo urbano deverão ser incentivados considerando o potencial de sua infraestrutura urbana existente ou a implantar, a outra é a ZONA DE PROTEÇÃO MÁXIMA (ZPM), são as áreas do município submetidas a regime de proteção especial com vistas à preservação, conservação e recuperação do meio ambiente. A Área escolhida para intervenção do estudo está nas áreas sugeridas para intervenção de habitação social de acordo com plano de habitação social da cidade, faz parte das ZEIS 1, no artigo 5° (2018) são áreas internas ao Perímetro Urbano desocupadas, subutilizadas ou então glebas ainda não parceladas, cujo entorno está servido de equipamentos e infraestrutura, com grande potencial para produção de habitação de interesse social.
Imagem: Mapa legislação edição Gésica Zonato Fonte: acesso (2021) https:https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/planejamento/legislacao-urbanistica
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ESTRUTURA VIÁRIA DO PERIMETRO MAPA DE FLUXO MÉDIO As ruas locais variam sua fluidez em determinados horários dos dias, o mapa de analise está montado com fluxo médios em horários de picos disponibilizados pela google maps. As vias expressas possuem um fluxo com movimentação Constante, as avenidas que dão suporte as vias expressas, coletoras e locais no mapa de analise tem seu fluxo intenso em horários como o das 07:00 da manhã e às 18:00 da tarde, onde os deslocamentos possuem variações ao decorrer do dia nos horários comercias. VIA EXPRESSA E QUE COMPÔEM O ANEL VIARIO DE CIRCULAÇÃO INTERNA (VIA EXPRESSA NORTE E AV EDUARDO ANDRÉ MATARAZZO)
RUAS COLETORAS (BAHIA, GENERAL CÂMERA)
AVENIDAS (MAL. COSTA E SILVA, THOMAS ALBERTO WHATELY, LAFAYETY COSTA COUTO, RIO MARONE)
RUAS LOCAIS
MAPA VIÁRIO FÍSICO A área possui vias de grandes acessos e com auto fluxo, vias de transporte rápido que se conectam ao quadrilátero central e acesso a rodovias intermunicipais, que estão localizadas próximas as áreas, todas as ruas do entorno imediatos são pavimentas e com iluminação e acesso a saneamento básico. As ruas que dão suporte imediato são locais e possuem um fluxo compatível com a circulação local, variado sua fluidez em alguns horários do dia e mudando entre os dias da semana. FLUXO INTENSO
FLUXO MÉDIO
RUAS LENTO
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USO E OCUPAÇÃO DO SOLO O mapa a seguir representa o estudo do entorno imediato e elucidado as ocupações e uso de maneira geral da área escolhido, para determinar os perfis de edificações, suas intervenções em cada quadra, entendendo que seus usos são diversificados, podendo ter seu uso alterado de acordo com a necessidade de cada morador, revelando que a maneira das ocupações são espontâneas e não possuem um padrão de construção na implantação. O entorno é adensado com alguns vazios nas quadras, mas tem percentual significativo de edificadas, possuindo uma alta taxa de ocupação A região é residencial tendo comércios pontuais com destaque para o mercado chamado atacadão Ribeirão Preto-Via Norte onde está representado no mapa com um contorno laranja, este mercado está implanto na mesma gleba das ocupações da favela Nova Vila União, sendo separado somente por um muro. A vazios urbanos representados no mapa de azul que são as grandes áreas verdes que estão localizadas ao longa expressa via norte e nas áreas de proteção. As áreas de circulação também são representadas como vazio nas cores cinza claro
55 TOPOGRAFIA, ÁREAS PERMEÁVEIS E ORIENTAÇÃO SOLAR A área de intervenção está localizada em uma zona próxima de um córrego e de áreas de proteção máxima, possuindo uma topografia em declive acentuadas em alguns momentos. A área de estudo está destacada no mapa em cinza claro, possuindo uma topografia em declive direcionando suas águas ao córrego. Os ventos predominantes da região de Ribeirão Preto de acordo com INEPE, são os ventos do leste e sudeste, possuindo um fluxo maior ao decorrer do ano nestes pontos cardeais. O projeto deve incorporar em seu conceito o posicionamento das edificações preocupando se com isolação e direção dos ventos, meios econômicos e viáveis para lidar com a topografia e a insolação, pensando em um projeto que se preocupe com as variações de temperaturas. ARBORIZAÇÃO E ÁREAS PERMEÁVEIS PÚBLICAS A diversas áreas arborizadas no entorno imediato por estar localizado em uma região próxima a zonas de proteção máxima, esta zona também possui um micro clima influenciado por estas condicionantes da região. Ao longo da Via Expressa Norte e da Av. Eduardo André Matarazzo a á existência de uma faixe de área permeável com arborização de tamanhos variados desde as vegetações rasteira a arvores de grande porte.
Praças : Dos trabalhadores Abrão Assed Eugênio Assungênio Alcina Arrantes Nogueira
56 TIPOLOGIAS DO PERÍMETRO IMEDIATO As edificações são predominantemente térreas e térreo mais 1 pavimento, os perfis das moradias de maneira geral proporciona uma visão horizontal tendo como técnica construtiva mais utilizada a alvenaria. as fachadas são dinâmicas com cores e texturas diversas.
RUA JOÃO CÂNDIDO XAVIER
RUA RIO MADEIRO
As circulações do pedestre nas calçadas possuem obstáculos tornando a, não acessível, os obstáculos encontrados são postes, lixeiras, desníveis entre outras barreiras inseridas pelos moradores, diminuindo a fluidez do passeio com os obstáculos.
RUA ESPIRITO SANTO
RUA APENINOS
57 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
O entorno está respaldado com muitos equipamentos públicos dos setores fundamentais da infraestrutura básica da cidade, como o setor educacional e de saúde básica, tornando a área de intervenção totalmente viável e contribuindo com eficiência na mobilidade urbana, por dar suporte aos moradores da região sem a necessidade de um grande deslocamento para procurar equipamentos em outra zonas da cidade. A mobilidade urbana é um fator fundamental em projetos de habitação social; dar suporte a estes moradores é necessário e beneficia todas as camadas de um centro urbano.
LEGENDA E.E. Prof° Glória dos Santos Fonseca CEMEI Centro municipal Educacional Integrado E.E. Prof° Romualdo Monteiro de Barbosa U.B.S.DR Sérgio da Costa Morais Cantinho do céu Hospital de retaguardas Unidade básica de saúde Dr. Álvaro Panazzolo
Igreja nossa senhora das dores
Coordenadoria ambiental de bem estar animal
Secretaria da saúde distrito norte Núcleo assistencial educacional sonho real
Centro comunitário núcleo Vila Albertina Lar escola da criança 25 de dezembro
58 ESTUDO DAS OCUPAÇÕES As ocupações iniciaram em 2017 e obteve um crescimento muito rápido, no início das ocupações mais de 800 famílias moravam no local, parte destas ocupações foram removidas por estarem inseridas em área privada do terreno, esta parte do terreno o qual foi desocupada está locado atualmente o atacadão Ribeirão Preto-Via Norte. As ocupações restantes do terreno continuam ganhado novas construções, o mapa a segui mostra as ocupações atualmente, mapa editado com atualizações do google maps (2021). As ocupações estão destacadas no mapa em vermelho e estão representando as construções ilegais. A uma existência de vegetação densa em algumas áreas especificas do terreno, com arvores de grande porte l localizadas principalmente na região central do terreno. As casas foram construídas pela necessidade de ter onde se abrigar, não á uma organização ou estudo na implantação destas, sendo assim as circulações também surge da necessidade ao acesso as residências gerando uma movimentação orgânica e voltada para urgência sem atingir normas básicas de fluxo viário e medidas mínimas, essa circulação esta destacada no mapa na cor amarela, seu surgimento formado pela urgência gera vielas e becos entre as casas. A área escolhida possui um grande potencial para o projeto de habitação social, entretanto para este projeto ser implantado as casas construídas devem ser desocupadas e removidas do local.
59 ESTUDO DAS OCUPAÇÕES As áreas de recreação espalhadas pelo perímetro das ocupações são pequenas intervenções criadas pelos moradores, demonstrando o pensar-se no lazer da população local tendo a manutenção e cuidado destas promovidos pela própria comunidade, evitando lixo e depredação por terceiros. O zoneamento é formando pelos moradores locais através de suas necessidades, como a do morar, locomover e recrear. Estas três necessidades são reveladas no mapa a seguir tendo com destaque as áreas em roxos formando perímetros livres e de recreação, as ocupações destacas em vermelhos e as vegetações em verde. Foto: casas da favela da nova vila união Fonte: acesso (2021) https://www.google.com/maps
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ANÁLISES DAS MORADIAS
A diversas moradias em estado insalubres espalhados ao longo de toda ocupação irregular, ao decorrer do estudo encontramos um número maior destas construções localizadas na Av. Eduardo André matarazzo em toda sua extensão. Não a há existência de saneamento básico, exceto nos locais onde os moradores utilizam de improviso, sendo ligado a instalações de maneira clandestinas.
Foto: casas da favela da nova vila união Fonte: acesso (2021) https://www.google.com/maps
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ANÁLISES DAS MORADIAS
A algumas edificações em condições mínimas para se morar, essas são casas construídas de alvenaria e possui aberturas e coberturas consolidadas. Porém a maioria estão inseridas em locais insalubre sem iluminação e saneamento básico. Mesmo com a construção solida destas casas sua implantação ainda e preocupante devido ao meio ao qual foi inserida.
Foto: casas da favela da nova vila união Fonte: acesso (2021) https://www.google.com/maps
62 ANÁLISES SOBRE OS MORADORES DA NOVA VILA UNIÃO De acordo com pesquisas feitas em uma página oficial de um perfil de rede social criando pelo líder da Comunidade da nova vila união Wallace Bill, a uma organização na comunidade existente dos moradores que impulsiona a luta para conseguir posse legal das áreas ocupadas por mais de 320 famílias. Essas lutas vêm sendo travada com a prefeitura da cidade, e seu principal apoio e o fato de todas essas famílias não terem para onde ir ou suporte para recomeçar em outra área da cidade. A comunidade hoje conta com uma cozinha comunitária construída pelos moradores para auxiliar na luta contra a fome no período de pandemia enfrentado pelo país e seus centos urbanos, a cozinhas recebe doações esporádicas de alimentos. A comunidade também conta com uma cozinha comunitária cultivada pelos moradores e compartilhada pelo estes.
Foto: Wallace Bill Fonte:acesso(2021)https://www.facebook.com/amigosdobemderibeiraopreto/photos/pcb.1502364313281415/1502364139948099/
63 ANÁLISES SOBRE OS MORADORES DA NOVA VILA UNIÃO A uma área de recreação construída pala população da comunidade, ela conta com um pequeno campo de futebol cercados por pneus de carros com pinturas coloridos, bancos de madeira, brinquedos reaproveitados e implantados na área, plantio de arvores com cercados de pneus também com pinturas coloridas, tornando o local dinâmico e descontraído. Foto: Wallace Bill Fonte:acesso(2021)https://www.facebook.com/amigosdobemderibeiraopreto/photos/pcb.1502364313281415/1502364139948099/
A análise dos moradores indica a extrema importância de que todas as famílias estejam inclusas neste projeto de habitação, é fundamental o planejamento e inclusão destes moradores que ocupam as áreas de intervenção, visto que esta população possui uma organização e responsabilidade social uns com os outros, apoiando e auxiliando a todos quando necessários.
Foto: Wallace Bill Fonte:acesso(2021)https://www.facebook.com/amigosdobemderibeiraopreto/photos/pcb.1502364313281415/1502364139948099/
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6.DIRETRIZES
PROJETUAL
65 LEGISLAÇÃO E DADOS URBANÍSTICOS Legislação utilizada no projeto embasada com as leis vigente da cidade de Ribeirão Preto, São Paulo Brasil, publicada em 2007 Artigo 34 - Define-se como “Gabarito” a altura do edifício em metros lineares contada a partir do piso do pavimento térreo até a soleira do elevador do último pavimento, ficando estabelecido o gabarito básico de 10 (dez) metros de altura para todas as edificações novas ou a reformar no Município de Ribeirão Preto; exceto para aquelas localizadas nas áreas definidas no artigo 36 desta lei e nos loteamentos com restrições para tal, registrados em cartório. podendo ser ultrapassados nas ZUP e ZUC
Artigo 39 - A taxa de ocupação máxima do solo para edificações residenciais será de 70% (setenta por cento) e para edificações não residenciais será de 80% (oitenta por cento), respeitados os recuos e a taxa de solo natural desta lei, exceto nos parcelamentos que tiverem restrições maiores registradas em cartório, as quais deverão prevalecer.
§ 2º - Fica estabelecida a Densidade Populacional Líquida Máxima de 2.000 hab/ha. (dois mil habitantes por hectare) permitida para lotes ou glebas localizadas na Zona de Urbanização Preferencial - ZUP e na Zona de Urbanização Controlada - ZUC, desde que atendidas as demais restrições urbanísticas desta lei;
Artigo 41 - O Coeficiente de aproveitamento máximo será de até 5 (cinco) vezes a área do terreno. Artigo 42 - Fica estabelecida a Densidade Populacional Líquida Básica de 850 hab/ha (oitocentos e cinqüenta habitantes por hectare) permitida para cada lote de terreno.
Artigo 44 - É obrigatória a manutenção de solo natural coberto com vegetação, na proporção de 10% (dez por cento) da área total do lote para cada imóvel, em qualquer terreno no qual se construa. § 3º - O recuo mínimo lateral ou de fundo estabelecido no caput, será de 2m (dois metros) e o recuo frontal, no mínimo o estabelecido no Art. 46, conforme o caso 5 m Cálculo de recuos R=H/6, maior ou igual a 2
§ 3º - A densidade populacional líquida relativa a cada lote de terreno será calculada mediante a aplicação da seguinte fórmula matemática: DPL= P/A DPL significa densidade populacional líquida P significa a quantidade de unidades previstas para o lote 3,4 para o uso residencial A significa área da lote ou do terreno em hectare
66 CÁLCULOS DAS DIRETRIZES PROJETUAIS
A área de intervenção possui 114.609 m² de área total Quantidade básica de unidades permitida para o lote de intervenção 850/10000=x/97.417,65 = 8.281 Hab 8.281/3,4= 2.436 Unid. Hab
Adotou-se neste projeto 960 unidades habitacionais a ser implantadas na área, contendo uma edificação projetada para ser um centro comunitário determinado devido as necessidades observadas entre os moradores que ocupa a área atualmente. Das 960 habitações 144 unidades é destinadas ao aluguel social. Os números de unidade foram determinados para aproveitarse o máximo possível do terreno sem prejudicar na circulação e ergonomia do projeto.
Destinado para este projeto 15% de área verde T=17.191,35 m²
O centro comunitário terá a função de base de apoio para seus moradores servindo de cozinhas coletiva e eventos para fins lucrativos organizados pela própria população, tendo como proposito beneficiar a se e a vizinhança do entorno. Podendo ser utilizado também como um local de eventos programados pelos moradores e monitorado por estes.
67 REFERÊNCIA PARA O PROGRAMA DE NECESSIDAS
68 ESTUDO DE PLANOS DE MASSAS ZONEAMENTO O programa de necessidade é baseado nós usos já utilizados pela população que reside na área atualmente, com suas zonas determinadas em locais estratégicos de uso para facilitar o dia a dia da população e sanar suas necessidades primarias como morar, lazer e locais compartilhados. Essas são as três principais zonas que demarcará o projeto e o tornará um local acolhedor aos seus moradores. COMPARTILHAR: Cozinha Comunitário
ÁREAS VERDE: espaços com uso, onde já se concentra um numero grande de arvores pré-existente espalhado pela zona de intervenção MORAR: habitações de aluguel social
MORAR: habitações, circulações internas com aberturas para ventilação e iluminação natural LAZER: campos de futebol, praças e área infantil
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ESTUDO DE MASSAS VOLUMETRIA
Os volumes estão dispostos no terreno como primeiro estudo de ocupação da área, pensado na circulação interna e nos pequenos pontos gerados dos espaços destinado a circulação de ventos e insolação, criando pequenos vazios público privados nas implantações. As ocupações estão próximas umas das outras lembrado as intervenções já existe no local, trazendo a questão de pertencimento. Este primeiro estudo utiliza da topografia do local para dar movimento as edificações em vista horizontal, aproveitando alguns desníveis gerados pelo terreno natural. A proposta é de maior aproveitamento do terreno.
70 CONCEITO o projeto propõe três pilares fundamentais embasados neste estudo sobre o problema global enfrentado pelo Brasil e demais países do globo, sobre falta de moradia e moradias irregulares impulsionadas pela desigualdade social, estes três pilares são o conceito formador deste projeto composto pelo conforto, adaptabilidade, viabilidade gerador do acesso social. Estes três pilares englobam estudos sobre o bem estar do morador visando não somente a metragem quadrada construída para sanar necessidade físicas básicas, mas também incluir características formais com a luz natural e a ventilação, que por sua vez dentro de suas moradias são privados destes bens naturais.
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CONFORTO
ACESSO SOCIAL
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O CONFORTO incorpora a ergonomia e seus inúmeros estudos sobre circulação e acessibilidade promovendo espaços pensados para o bem estar de seu morador, a estética está sempre presente mesmo formada com materialidade simples e de baixo custo sempre utilizando elementos naturais da luz solar e ventilação. A ADÁPTABILIDADE é fundamental pois está importa o projeto para qualquer perfil de morador sendo ele da favela da nova vila união em Ribeirão Preto, São Paulo- Brasil, para qualquer população em situação vulnerável em diversos países, incluído a versatilidade para acompanhar a sua adaptação onde a necessidade físicas e do bem estar possa ser sanada. A VIABILIDADE dá ao projeto a oportunidade de atingir todas camadas sociais sem deixar de ser criativo e espontâneo, encontra formas de criar algo que auxilie na sustentabilidade e voltado para economia aumentados as possibilidade de uso e ocupação, entendendo que otimizar e permitir a autoconstrução faz parte da economia pelo fato desta ser a solução encontrada por grande parte da população que se encontra em situações de necessidade, a autoconstrução permite ao morador possibilidade de evoluir em sua moradia criando ou expandindo sua residência. Todo conceito deste projeto é formado para promover acesso social, voltado para que toda a população mundial entenda que a igualdade social se inicia de fato quando todo a população de todos os países sem exceções de classes sócias tenha a oportunidade de ter acesso a qualidade de vida. Os problemas mundiais são extensos e complexos para serem sanados por um único método de trabalho, mas todas os projetos que envolvam maios para contribuir na luta pela ACESSO social são necessários, sendo assim este projeto é um meio para contribuir nesta causa.
71 PARTIDO O partido deste projeto é pensado com matérias que se adaptem com facilidade e leveza, promovendo a economia, o conforto e a versatilidade da edificação. - A utilização de estrutura mista metálica e tijolos para contribui com a economia, a sustentabilidade e diminui o tempo de obra. - Criação de vazios para promover a autoconstrução, tornando a expansão da residência possível. - Otimização de espaços permitindo que o custo da edificação se torne viável.
o projeto terá uma seção destinada ao aluguel social. A ideia do aluguel social permite o alcance de um número maior de pessoa que vivem em condições precárias e não possui renda fixa, essas pessoas normalmente estão morando em abrigos ou nas ruas.
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7. O PROJETO
PROPOSTA
73 PROPOSTA O estudo engloba um projeto em uma área reservada para habitação social na cidade de Ribeirão Preto no estado de SPBrasil, Este projeto trás as primícias do estudo com o entendimento que a população vulnerável necessita de uma residência que seja acessível e com espaço confortável onde essa possa se sentir pertencente. A proposta deste projeto traz um espaço multiuso onde a família que o adquirir possa criar e concluir o projeto interno da edificação no tempo e da maneira que está decidir, a ideia de um espaço aberto e versátil não só incentiva a identidade da família, mas permite um barateamento da obra tornando e permitindo que mais famílias de baixa renda consiga adquirir . O aluguel social também e incluso neste projeto com o intuito de
ALUGUEL SOCIAL
COZINHA COMUNITÁRIA
alcançar um número maior de pessoas em vulnerabilidade que não possui renda fixa ou um grupo família como o exemplo os solteiros e idosos que precisam de um lugar para morar e muitas vezes não tem perfil para programas de aquisição de imóveis. As habitações para aluguel social possuem uma versatilidade de uso e otimização de espaços. O projeto entende a necessita de inserção da população que vive em situação vulnerável com a sociedade e a cidade, sabendo desta informação o projeto inclui uma proposta de uma cozinha comunitária que permite auxilio em momentos de necessita, podendo ser utilizada também para investimento da proaria população com criação de produtos que possam ser comercializados por esta, ciando uma renda na própria comunidade.
HABITAÇÕES SOCIAS
74
PROPOSTA
75 PROPOSTA o local da implantação das edificações foi primeiro desafio ao estudar o projeto das habitações devido ao fato da área está em uma zona próxima a um córrego onde fica localizado uma via de alto movimentação com acesso à rodovia. O estudo de massa é voltado para respeitar a topografia e a vizinhança, fazendo apenas pequenas movimentações no terreno para implantar as construções sem muitas mudanças no local, sempre fazendo estudos das áreas de alagamentos para que as habitações não sejam prejudicadas.
A implantação mais próxima do córrego está a mais 30 metros da encosta deste. O entorno imediato possui um perfil horizontal com a maioria das residências de pavimento térreo e térreo mais um pavimento, o projeto levou isso em consideração, criando uma intervenção que não se destacasse mais que a vizinhança, mas marcando sua presença de maneira respeitosa e acolhedora.
76 PROPOSTA Acessos : Foram projetadas ruas internas para ligação com ruas já existentes gerando os acessos principais da intervenção e promovendo um fluxo fluido e continuo para as edificações, a implantação não possui muros e sim vegetações separando o público privando
Os estacionamentos estão projetados em locais pontuas para aproveitamento de espaço sem prejudicar o fluxo e a visão dos pedestres para as edificações, as áreas verdes e de lazer , promovendo aproveitamento de espaço e uma setorização dividida e independente.
77 PROPOSTA As edificações possuem versatilidade e auto construção interna, projetado com a planta livra possuindo apenas o banheiro e pontos hidráulicos como fixos, seu espaço aberto permite aos novos habitantes desta liberdade construtiva interna ou simplesmente ocupar o local sem divisões dado ao morador a liberdade de escolha.
esta opção torna o imóvel mais acessíveis um dos conceitos principais deste projeto, promover a acessibilidade para que um número maior de pessoas possam adquirir o imóvel e residir com segurança e conforto. O projeto além de pensar na ocupação mínima visa o conforto do morador fazendo com que a área mínima seja bem utilizada sem prejudicar a movimentação e ergonomia do espaço. a procuração com ventilação e insolação interferiram na forma e aberturas da construção, permitindo o espaço arejado com ventilação e iluminação natural em todos o ambiente, com o cuidado das incidências solares, A proximidade a edificação não interfere na ventilação, mas sim ajuda a direcionar os ventos. O estudo colocar a áreas de serviço para lodo de fora das residências mesmo o projeto se trata de um bloco de edificações com três pavimentos, essa solução permitiu um maior aproveitamento das áreas internas da edificação uso de vazios onde possui estrutura para pequenas ocupações.
78 PROPOSTA A intervenção possui dois tipos de torres nas Habitações sócias a torre 1 e torre 2 , 1 tipo de torre para o aluguel social e o prédio da cozinha comunitária. As edificações possuem a técnica construtiva e mesma materialidade.
TORRE 1 A.SOCIAL
COZINHA COMUNITÁRIA
Os três tipos de edificações são projetados para solucionar a crise habitacional e lembra da importância da inserção desta população a sociedade. com técnicas construtivas simples, mas extremamente necessárias.
TORRE 1 HB
TORRE 2 HB
79 PROPOSTA O BLOCO COMPOSIÇÃO E MATERIALIDADE
CIRCULAÇÃO EXETERNA ENTRE OS BOLOCOS COM DISTÂNCIA MÍNIMA DE 15 METROS PERMITINDO VENTILAÇÃO E INSOLAÇÃO ENTRE ESTES
ÁREA RESERVA TÉCNICA COM ACESSO A LAJE PODENDO SER UTILIZADA COMO TERRAÇO AREAS JARDIM VERTICAL PODENDO SE TORNA UMA PEQUENA EXTENÇÃO A HABITAÇÃO
CIRCULAÇÃÕ EXERTENA COM PÁTIO PARA VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO NATURAL UTILIZADO FECHAMENTOS COM COBOGO CERÂMNICO
LAJE PRÉ-FABRICAS COM PREENCHIMENTO EM TIJOLOS CERÊMICOS
FECHAMENTO EM TIJOLOS CERÂMICOS E EVESTIMENTO PARA CONFORTE TÉRMICO
VIGAS E PIALRES METÁLICOS
80 PROPOSTA TORRE 1: Conta com 8 blocos ligados com circulação horizontal e possuindo escadas para circulação vertical com áreas de serviço entre elas. Cada bloco possui dois habitações por pavimento compartilhando uma mesma parede central.
Materialidade é composta por vigas e pilares metálicos e vedação de blocos cerâmicos com revestimentos. Contem um sobressalto de vigas e pilares para parede vertical e para posteriormente pequenas extensões das edificações.
81 PROPOSTA
82 PROPOSTA TORRE 2: Conta com 6 blocos ligados com circulação horizontal e possuindo escadas para circulação vertical com áreas de serviço entre elas. Cada bloco possui dois habitações por pavimento compartilhando uma mesma parede central
Materialidade é composta por vigas e pilares metálicos e vedação de blocos cerâmicos com revestimentos para conforto térmico Contem um sobressalto de vigas e pilares para parede vertical e para posteriormente pequenas extensões das edificações.
83 PROPOSTA
84 PROPOSTA TORRE 1 ALUGUEL SOCIAL: Planta com 40,56 m² Conta com 4 blocos ligados com circulação horizontal e possuindo escadas para circulação vertical . Cada bloco possui dois habitações por pavimento compartilhando uma mesma parede central é conectados com meia paredes a outros bloco.
Possui área de serviço destro da habitação localizada em um espaço entre a cozinha e banheiro . Materialidade é composta por vigas e pilares metálicos e vedação de blocos cerâmicos com revestimento para conforto térmico. Possui algumas paredes verdes para auxiliar conforto termina
85 PROPOSTA
86 PROPOSTA
COZINHA COMUNITÁRIA: Com 509,55m² a cozinha possui área de preparo e limpeza de alimentos, estoque, banheiros para uso geral e interno e uma área aberta com mesas para refeição. Materialidade é composta por vigas e pilares metálicos e vedação de blocos cerâmicos com revestimentos para melhor conforto térmico. A cozinha comunitária possui um cobertura metálica treliçada com desenho criado unicamente para o projeto.
87 PROPOSTA
88 PROPOSTA
89 PROPOSTA Os blocos possuem apenas dois tipos de plantas Planta 1 de 55,25 m² Planta 2 com 62,47 m² As plantas possuem layout livre, apenas com banheiros e pontos hidráulicos fixos, seguindo o conceito da auto construção interna e a flexibilidade para o morador.
PLANTA 1
As aberturas permitem ventilação cruzada e promove um ambiente iluminado e arejados principalmente nos quartos e sala onde temos o maior tempo de premência. A área de serviço esta na lateral da edificação e próxima a cozinha, facilitando o acesso .
90 PROPOSTA
PLANTA 2
91
8.CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo traz informações coletadas pelo IBGE, pela ONU e demais órgãos vinculados a estes, onde é organizado e analisado os principais causadores da crise habitacional tal como, a desigualdade social. A desigualdade social é abordada nesta pesquisa para levantar a discursão mundial de como as pessoas em situações vulneráveis encontram meios não legalizados para poder encontrar um local onde morar, estes meios não legalizados levantam aos debates de como estás pessoas são vistas pela sociedade e como são marginalizadas e levadas muitas vezes ao segundo planto no quadro geral de assuntos a serem tratados. A desigualdade social separa a sociedade em camadas e estas camadas são demarcadas por suas moradias ou pela falta dela, por este motivo a desigualdade esta liga diretamente a crise habitacional. A alguns países relacionados neste estudo, todos possuem um tipo de economia e de cultura, mas algo em comum foi destacado entre eles, como as dificuldades com as moradias que estão em situações precárias e a falta dela, cada pais com a sua proporção de dificuldade e suas soluções tomada diferentes ou parecidas, a uma descrição na pesquisa das consequências destas, revelando como o conhecimento auxilia em tomadas de novas decisões que podem afetar grande parte de uma população principalmente população em situações de risco. Com conhecimento adquirido ao decorrer da pesquisa o estudo finaliza com uma proposta de projeto para auxiliar na crise habitacional que afeta todos os cincos continentes. A proposta trás três pontos importantes como Autoconstrução voltada para área interna, a Otimização pensado na versatilidade do espaço e temos
também Adaptabilidade trazendo a liberdade construtiva para o morador; estes pontos são colocados para tornar o projeto acessível e viável, onde a construção é pensada com os elementos naturais da área de intervenção, demonstrado como o estudo do local e de extrema importância para a implantação do projeto onde quer que este seja construído, principalmente por se tratar de uma solução para a população mais necessitada. Esta proposta de projeto é um caminha para a crise habitacional mundial, mas um projeto de habitacional está sempre em desenvolvimento buscando meios mais sustentáveis para ser implantados e preencherem as novas que lacunas que serão descobertas. Após a proposta de projeto do estudo e as análises sobre diferenças socias e como estas levam uma população a habitar em um local insalubre ou até mesmo nas ruas, surge um novo questionamento sobre as diferenças socias de como sanar está não é tão fácil ou até mesmo necessário, pois as pessoas são diferentes e possuem ambições diferentes, então este questionamento trás o entendimento de que sempre teremos pessoas ricas com grandes ambições e sempre teremos pessoas com menos ambições e menor poder aquisitivo, então o problema não é a desigualdade social?. O novo questionamento busca entender como pessoas desiguais não tem acesso a moradia com qualidade, sabemos que muitas sociedades tem direitos para elas, porém não tem acesso a esses direitos e é sobre esse acesso que surge este questionamento.
92 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALBANO, Gabriela et al. QUALIDADE ESPACIAL NA HABITAÇÃO: o caso quinta monroy. 2019. 11 f. Monografia (Especialização) Curso de Arquitetura e Urbanismo, Pesquisa, Instituto de Arquitetura e Urbanismo - Usp, Uberlândia, 2019. Disponível em: http://www.eventos.ufu.br/sites/eventos.ufu.br/files/documento s/121_qualidade_espacial_na_84.pdf. Acesso em: 11 mar. 2021. COMUNICAÇÃO, Responsável Por. IBGE: instituto brasileiro de geografia e estatística. instituto brasileiro de geografia e estatística. 2021. Mapas, tabelas e graficos. Disponível em: https://ibge.gov.br/. Acesso em: 25 mar. 2021. FEDERAL, Constituição (ed.). Atividade Legislativa: artg. 6º. ARTG. 6°. 2010. Título II Dos Direitos e Garantias Fundamentais. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/hpsenado. Acesso em: 25 mar. 2021. FREITAS, Carlos Alberto Chamone de. SISTEMAS CONSTRUTIVOS PARA HABITAÇÕES POPULARES: sistemas construtivos para habitações populares. 2010. 85 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Pesquisa, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010. Cap. 4. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD9GBRGW/1/monografia_carlos_alberto_chamone_de_freitas.pdf . Acesso em: 25 abr. 2021. GUEDES, Laíse Reis Silva. Moradia digna e o capitalismo como fonte de segregação social. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 09, Vol. 2, pp. 17-53, setembro de 2018. ISSN:2448-0959
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93 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA KIM, Kyung-Hwan et al. Housing Policy in the Republic of Korea: asian development bank institute. 2016. 26 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pesquisador, Pesquisa, Asian DevelopmentBankInstitute, SouthKorea, 2018. Disponível em :https://www.researchgate.net/publication/314559420_Housing_ Policy_in_the_Republic_of_Korea. Acesso em: 11 mar. 2021. Max Roser (2013) - "Desigualdade econômica global". Publicado online em OurWorldInData.org. Obtido em: 'https://ourworldindata.org/global-economic-inequality 20 abril. 2021 RUBIN, Graziela Rossatto et al. CIENCIA E NATURA: o desenvolvimento da habitação social no brasil. 2013. 14 f. Tese (Doutorado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Pesquisa, UFSM, Santa Maria - RS, 2014. Cap. 6. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/cienciaenatura/article/viewFile/11637/ pdf. Acesso em: 16 abr. 2021. STOTT, Rory et al (org.). ELEMENTAL disponibiliza ao público os desenhos de 4 projetos habitacionais: archdaily. ArchDaily. 2016. Habitação social para uso público. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/785050/elementaldisponibiliza-desenhos-de-4-projetos-habitacionais-para-usoopen-source. Acesso em: 25 mar. 2021. SECRETARY-GENERAL, António Guterres United Nations. ONU: united natios. UNITED NATIOS. 2021. Organização das nações unidas. Disponível em: https://www.un.org/en/about-us. Acesso em: 25 abr. 2021.
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