Estudo Preliminar - Centro Comercial para Expansão da Vida Útil

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ESTUDO PRELIMINAR CENTRO COMERCIAL PARA EXPANSÃO DA VIDA ÚTIL

GISELE PRIMON


ESTUDO PRELIMINAR CENTRO COMERCIAL PARA EXPANSÃO DA VIDA ÚTIL

CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Arquitetura e a Vida Útil dos Produtos

Plano de trabalho apresentado ao Centro Universitário Barão de Mauá de Ribeirão Preto como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Autor do Trabalho: Gisele Primon Zocca Orientador: Dr. Cesar Muniz

RIBEIRÃO PRETO 2020

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SUMÁRIO LISTA DE IMAGENS

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LISTA DE MAPAS

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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO Apresentação Justificativa e Objetivos Pesquisa e Metodologia

8 8 9 10

CAPÍTULO 2 - CONSUMO E VAREJO O Produto O Consumo O Escambo O Varejo

11 11 14 15 16

CAPÍTULO 3 - ARQUITETURA DE VAREJO Visual Merchandising Light Design Ergonomia no Varejo Atmosfera de Compra Branding Elementos do Projeto Tecnologia O Lugar

17 17 18 19 20 20 21 26 27

CAPÍTULO 4 - REFERÊNCIAS PROJETUAIS Casa Pública Kamikatz Proposta para a Loja KaDeWe de OMA Pavilhão Rising Moon Loja Homeroce

28 28 33 36 38

CAPÍTULO 5 - LEVANTAMENTO Localização Figura e Fundo Uso do Solo Gabarito Vegetação

41 41 42 43 44 45

Fluxo Viário Estacionamentos Equipamentos Perfil das Vias Lote e Topografia

46 47 48 49 50

CAPÍTULO 6 - ESTUDO PRELIMINAR Conceito e Partido Volumetria Legislação do Uso do Solo Implantação Tecnologia Programa de Necessidades Fluxograma Materiais

51 51 52 53 53 55 56 58 59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LISTA DE IMAGENS Figura 1: Ciclo de Vida dos Produtos - Fonte: ”Gestão do Ciclo de Vida dos Produtos”, 2019. Figura 2: Pesquisa sobre compras feito no Google Forms. Fonte: própria autora.

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Figura 3: Pesquisa sobre compras feito no Google Forms. Fonte: própria autora.

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Figura 4: Gráfico de perfil de consumidores. Fonte: Akatu, 2018.

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Figura 5: Fatores físicos e sociais para atração do cliente. Fonte: própria autora.

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Figura 6: Interior da loja EFFA Boutique. Fonte: K1 Art Studio.

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Figura 7: Zonas de loja - Fonte: Morgan, 2011. Figura 8: Disposição do mobiliário Fonte: Morgan, 2011. Figura 9: Disposição do mobiliário Fonte: Muniz, 2010. Figura 10: Disposição do mobiliário Fonte: Muniz, 2011. Figura 11: Organização por proximidade Fonte: Morgan, 2011. Figura 12: Planograma - Fonte: Morgan, 2011. Figura 13: Camadas do ecotelhado - Fonte: Poletto, Alexandre.

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Figura 14: Fachada do edifício Casa Pública Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 15: Estes tijolos do piso, são fabricados a partir de resíduos de demolições. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 16: Madeira, piso, e mobiliário reutilizados. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 17: Parede externa feita de restos de madeiras da serraria da comunidade. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 18: Fachada com janelas reutilizadas de casas abandonadas. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 19: Lustre feito de garrafas usadas. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 20: Prateleiras da loja. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 21: Prateleiras da loja. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 22: Interior e detalhe das janelas. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 23: Planta Baixa Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 24: Fachada do edifício. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 25: Cortes do edifício. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 38: Fachada do pavilhão. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

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Figura 26: Fachada do edifício. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Figura 39: Entrada do pavilhão. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

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Figura 27: Maquete do edifício. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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Figura 40: Detalhe da estrutura metálica e da instalação dos galões. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

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Figura 28: Fachada do edifício. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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Figura 41: Vista externa do pavilhão e o efeito visual sobre a água. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

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Figura 42: Vista interna do pavilhão e o detalhe circular na parte superior. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

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Figura 43: Interior de loja. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

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Figura 44: Logo Krylon. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

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Figura 45: Perspectiva mostra a intersecção das cores no projeto. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

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Figura 46: Detalhes das cores projetadas no piso, paredes e mobiliário. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

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Figura 47: Detalhes das cores projetadas no piso, paredes e mobiliário. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

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Figura 48: Fachada da loja Homecore. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

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Figura 49: Imagem do lote atualmente. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 29: Esquema de circulação adicionada pela proposta do escritório OMA. Fonte: Watkins, Katie, 2016. Figura 30: Planta baixa de circulação vertical adicionada pela proposta do escritório OMA. Fonte: Watkins, Katie, 2016. Figura 31: Planta baixa de circulação vertical adicionada pela proposta do escritório OMA. Fonte: Watkins, Katie, 2016. Figura 32: Maquete esquemática mostra circulação vertical e pavimentos da loja KADEWE. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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Figura 33: Renderização das escadas rolantes no recorte quadrado. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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Figura 34: Renderização das escadas rolantes no recorte redondo. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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Figura 35: Renderização das escadas rolantes no recorte quadrado.Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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Figura 36: Maquete com existente à esquerda e a proposta do escritório OMA à direita. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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Figura 37: Fachada do pavilhão. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

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Figura 50: Mapa da localização. Fonte: Google Maps, 2020.

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Figura 64: Foto do terreno. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 51: Imagem da localização. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 65: Esquina do terreno. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 52: Imagem da localização. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 53: Comércio Local. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 54: Comércio Local. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 55: Edifícios da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 56: Edifícios da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 57: Vegetação da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 58: Vegetação da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 59: Fluxo da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 60: Fluxo da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 61: Estacionamentos locais. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 62: Rua Tibiriçá. Fonte: Google Street Views, 2018.

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Figura 63: Rua Américo Brasiliense. Fonte: Google Street Views, 2018.

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LISTA DE MAPAS Mapa 1: Figura e Fundo Fonte: Própria autora.

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Mapa 2: Mapa Uso do Solo Fonte: Própria autora.

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Mapa 3: Mapa de Gabarito Fonte: Própria autora.

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Mapa 4: Mapa de vegetação Fonte: Própria autora.

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Mapa 5: Mapa de Fluxo Viário Fonte: Própria autora.

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Mapa 6: Mapa de Estacionamentos Fonte: Própria autora.

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Mapa 7: Mapa de Equipamentos Fonte: Própria autora.

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1- INTRODUÇÃO Apresentação Na sociedade contemporânea há um excesso de consumo, relacionando o objeto com o Homem. É o que nos diz Jean Baudrillard no livro Sociedade de Consumo (1995). Ele também salienta que existe uma cultura e apreciação do novo, o que ele chama de “sociedade de desperdício” , resultando em uma grande escala de produção e inutilização dos produtos em velocidade notável. Os objetos são descartados rapidamente ou ficam em desuso, a sociedade passa a trocar os produtos com mais frequência, nem sempre no fim da vida útil, gerando um grande consumo repetitivo com suas consequências econômicas, sociais e ambientais. Conforme pesquisa realizada pelo SPC e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (SPC, 2018), 84% dos brasileiros ao verem colegas ou amigos com coisas novas ou na moda, não passam vontade e também acabam comprando e 81% já

arrependeu por ter comprado coisas que não precisava muito. Um levantamento feito pela plataforma Loja Integrada (Navajas, Laura. 2016), aponta que o ano de 2016 foi marcado pelo crescimento de 81% no número de lojas virtuais que vendem mercadorias semi-novas. Para Adriano Caetano, especialista em comércio eletrônico e diretor da Loja Integrada, a situação econômica do país é um dos fatores que fazem o brasileiro buscar dentro da própria casa itens para comercializar. A possibilidade é ampla, pois os objetos usados e comercializáveis são de diversos setores, como eletrônicos, móveis, vestuário, itens de esporte e lazer, dentre outros.

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Justificativa e Objetivos

É bem comum a comercialização de produtos usados via plataformas eletrônicas, e em lojas físicas produtos como móveis, celulares e vestuário (brechós). Entretanto, as categorias abrangem muito mais produtos com a possibilidade de serem comercializadas, como por exemplo, peças de automóveis, artigos de beleza, esportes e lazer, músicas e hobbies e produtos para animais de estimação. Trazer todas essas possibilidades para o mesmo espaço, sendo categorizadas e setorizadas, é o eixo condutor deste projeto.

e modelo de conduta, de maneira que conscientize os usuários da importância da vida útil dos produtos e a responsabilidade social e econômica do consumo. O objeto arquitetônico pode compor-se desse mesmo conceito e revelar soluções tecnológicas e materiais seguindo a mesma diretriz, traduzindo para a população de maneira prática e visual a importância do consumo consciente.

Um espaço adequado para troca e venda de produtos usados permite aumentar a vida útil desses objetos e fomentar esse nicho na economia. O objetivo deste trabalho é desenvolver uma loja de departamentos especificamente para fins de venda e/ou troca de produtos semi-novos, com preços acessíveis e compatíveis com o mercado de usados. A arquitetura aqui, não tem somente o papel de espaço físico para realizar as atividades citadas, mas também como método

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Pesquisa e metodologia

Este trabalho aborda a redução da vida útil dos produtos e tem como objetivo apresentar soluções de como a arquitetura pode auxiliar no aumento da vida útil dos produtos na atualidade.

objeto deste trabalho; no quinto exponho os levantamento da área de implantação e seu entorno; e por fim, no sexto capítulo o estudo preliminar da loja de departamentos.

Para atingir o objetivo exposto, serão apresentados os resultados das pesquisas e estudos, para que, após o conhecimento necessário possa ser desenvolvido o projeto de uma loja de departamentos com foco em produtos usados. O trabalho está estruturado de modo a apresentar um panorama, levantar e analisar técnicas e estratégias de varejo e aplicar os conhecimentos na elaboração do projeto. No primeiro capítulo estão a apresentação, objetivos e justificativa; no segundo, são apresentados definições do que é consumo, varejo, escambo e o ciclo de vida de um produto; no terceiro descreve técnicas e os objetivos da arquitetura de varejo e são apresentados os elementos do projeto; no quarto capítulo estão os estudos de casos em referências projetuais, revelando os aspectos importantes para a elaboração do

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2 - CONSUMO E VAREJO O Produto Todo produto antes de chegar às nossas mãos e depois que nos desfazemos dele, existem várias fases que, juntas, chamamos de Ciclo de Vida do Produto, que se divide em quatro estágios: introdução, crescimento, maturidade e declínio.

produto é transportado, e é comercializado no varejo, chega até o consumidor, e após todo este ciclo, ele pode ser descartado, reutilizado ou reciclado. E aqui chegamos em um ponto importante: todos os produtos são realmente descartados somente após o fim da vida útil? Fazendo uma análise em nossas próprias residências, encontramos diversos objetos que estão sem uso. Em uma pesquisa feita por meio do Google Forms com moradores da região de Ribeirão Preto, 46% acreditam ter até oito objetos em casa sem uso e 49% não costumam vender ou trocar esses objetos sem uso. A conclusão que obtive é que esses produtos que estão sem uso nas residências, tiveram a sua vida útil interrompida, o que, em grande escala, acaba gerando um acúmulo de produtos inutilizados, enquanto a produção de novos nunca param.

Figura 1: Ciclo de Vida dos Produtos - Fonte: ”Gestão do Ciclo de Vida dos Produtos”, 2019. Disponível em: <https://www.ska.com.br/ska/blog/gestao-do-ciclo-de-vida-do-produto>

Para compreender melhor este processo, primeiro se extrai a matéria-prima da natureza, depois passa pela produção, o

A seguir os resultados da pesquisa com título ”pesquisa sobre compras”:

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Pesquisa sobre compras

49,1%

Figura 2: Pesquisa sobre compras feito no Google Forms. Fonte: prรณpria autora.

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Pesquisa sobre compras

54,5%

61,8%

Figura 3: Pesquisa sobre compras feito no Google Forms. Fonte: prรณpria autora.

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O Produto

Com o passar do tempo esses produtos são descartados, quase sempre de maneira incorreta. De acordo com uma pesquisa feita pela Akatu -Organização engajado com o consumo consciente (2018),“76% da população entrevistada são os menos conscientes (’indiferentes” e “iniciantes’) em relação ao consumo. O maior nível de consciência tem viés de idade, de qualificação social e educacional: entre os mais conscientes, 24% têm mais de 65 anos, 52% são da classe AB e 40% possuem ensino superior.”

O Consumo

Na era digital que estamos vivendo, podemos citar como exemplo os aparelhos eletrônicos. Segundo um levantamento da companhia Descarte Certo (Domenico, 2016), no Brasil são vendidos 120 milhões de aparelhos eletrônicos, 70% desse montante é comprado para reposição e 500 milhões de aparelhos estão sem uso nas residências do país.

O Consumo Ainda falando do processo de produção e a relação com o consumo, estes podem estar diretamente ligados à obsolescência programada, que corresponde à uma estratégia de mercado dos fabricantes, para que os aparelhos parem de funcionar ou se desgaste com um tempo programado, fazendo com que esses produtos fiquem ultrapassados ou menos funcionais que os modelos que foram lançados posteriormente. Além da funcionalidade, o marketing cria o desejo nos consumidores de comprar os novos modelos lançados.

Figura 4: Gráfico de perfil de consumidores. Fonte: Akatu, 2018.

De acordo com a ”pesquisa sobre compras”

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O Consumo

O Escambo

na figura 2, 96% compram pelo menos cinco novos produtos por mês, seja roupa, calçado, acessórios, utensílios domésticos, entre outros. Para cada indivíduo, a experiência do consumo é única e pode estar relacionada com diversos fatores. Para Holbrook e Hirschman (1982) os consumidores são motivados por sentimentos (amor, alegria, raiva), sensações (necessidade, medo), fantasias (sonhos e desejos) e diversão. Para atingir todos os fatores, deve ser levado em consideração os físicos e sociais. É importante identificar todos os fatores que podem influenciar na atração do cliente e gerar a venda de determinado produto. Na tabela abaixo, destaco alguns: Ambiente: Temperatura, odor, som.

Fatores Físicos

Espaço: layout, mobiliário. Símbolos: decoração, sinalização. Funcionários: atendimento e apresentação.

Fatores Sociais

Clientes: expectativas e necessidades. Emoções.

Figura 5: Fatores físicos e sociais para atração do cliente. Fonte: própria autora.

Para Baudrillard (1995), o consumo é desmistificado pela teoria de uma necessidade de satisfação, em busca de felicidade, razão pela qual a sociedade necessita tanto do consumo, pois o tempo da satisfação após uma compra é finita.

O Escambo A história do comércio no Brasil está diretamente ligada ao histórico de colonização no Brasil. Os índios não conheciam nenhuma forma de moeda, e “os primeiros exploradores arregimentavam a mão-de-obra indígena para a derrubada das imensas árvores de pau-brasil, nossa primeira riqueza, em troca de quinquilharias e bugigangas.” (Varotto, 2006. Pág.1) O comércio iniciou-se no Brasil nas primeiras formações populacionais nos litorais e com a necessidade da criação de uma moeda, para que fosse especificado um valor justo para cada mercadoria. O escambo na atualidade tem ganhado mais espaço. Quando se trata em troca de produtos, acontecem principalmente com

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O Escambo

produtos usados e são trocados entre consumidores finais ou C2C (consumer to consumer). Também há a troca de produtos e serviços entre empresários ou B2B (business to business), mais conhecido como permuta. Essa prática “tem ajudado principalmente pequenos e médios empresários a reduzir o estoque e a utilizar a completa capacidade de produção para viabilizar investimentos sem comprometer o fluxo de caixa.” (Oliveira, Denilson. 2011)

O Varejo

Se tratando da loja de departamentos com troca ou venda de produtos usados, o principal público será o consumidor de baixa e média renda. Na ”pesquisa de compras” na figura 2, aponta que 60% dos consumidores, compram em lojas físicas e o restante, por internet e aplicativos. O espaço do varejo é um elo entre a arquitetura e o marketing. Algumas estratégias são adotadas para alcançar os objetivos e as encontramos no Visual Merchandising.

O Varejo O varejo é a venda de produtos diretamente para o consumidor final, ou seja, após sair da fabricação, ele pode passar pelo comércio atacadista ou ir diretamente através do fornecimento para estabelecimentos de varejo, e estes podem ser classificados de diversas maneiras. Genericamente, as lojas podem ser gerais (departamentos e variedades); lojas que comercializam linhas específicas (vestuário, calçados, etc); e lojas especializadas. Antes de fazer o projeto é necessário saber para quem está projetando.

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3 - ARQUITETURA DE VAREJO Visual Merchandising O Visual Merchandising tem o objetivo de atrair os consumidores para a loja através de uma vitrine, e permanecerem, comprar e ter uma boa experiência de compra pelo seu interior. Desde o início da comercialização de produtos, “os primeiros lojistas tentaram atrair consumidores em suas lojas, exibindo produtos em suas janelas ou em mesas na rua, provando que eles estavam abertos para negócios e orgulhosos de seus produtos.” (Morgan, 2016) Ainda de acordo com Morgan, as lojas de departamento foram as responsáveis por tornar as vitrines uma verdadeira obra de arte, e os produtos como parte dessa obra. “O design de uma loja pode ajudar e apoiar a imagem da marca, bem como sustentar uma estratégia de varejo bem-sucedida. Os varejistas confiam no design da loja para atrair os clientes para dentro. Enquanto alguns varejistas preferem um design de loja mais sutil, outros gostam de chocar e inspirar, criando lojas que geram audiência e discussão.” (Morgan, 2016)

Primeiro é importante entender para qual público a loja atenderá. Depois as seguintes ferramentas devem ser utilizadas baseadas nas técnicas do Visual Merchandising: 1-Exposição dos produtos: É indispensável uma boa disposição dos produtos para que o consumidor consiga encontrar o que procura facilmente. Podem ser utilizados diversas maneiras de organização da mercadoria para que isso ocorra, como a setorização por categorias, cores, tamanhos, e outros. Outro aspecto é o fácil acesso à mercadoria. Quando o consumidor pode tocar e sentir o produto, ele cria uma nova dimensão de intimidade com o produto de interesse. Algumas categorias e lojas permitem que o usuário experimente o produto antes da compra, como roupas, maquiagem, cosméticos, etc. A exposição também pode ser utilizada para dar destaque aos produtos que podem ser carro-chefe* da empresa ou promoções. * Carro-chefe: elemento que se destaca em um conjunto, por ser o principal, o mais significativo, o mais apreciado.

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Visual Merchandising

Ligth Design 2-Layout: Os layouts das lojas devem ser projetados para fácil circulação e para que tenha mais autonomia para visualizar os produtos. A circulação pode ser demarcada por expositores, caminhos e iluminação. Pode ser criado um percurso para melhorar a experiência do consumidor. 3-Vitrine: A vitrine é o primeiro contato do consumidor com a loja e o produto. Através dela o consumidor pode ter interesse de se aproximar e se sentir convidado a entrar. Está totalmente ligado aos conceitos de Holbrook e Hirschman (1982) citados anteriormente, em que o usuário se sente motivado a consumir através de fatores sentimentais, sensações ou impulso.

O ligth design é outro aliado ao Visual Merchandising para melhorar a experiência do usuário e atingir o objetivo principal, que é a venda. A iluminação na exposição dos produtos ajuda a destacá-los e deve ser tomado os devidos cuidados quanto ao tipo de lâmpada, que influencia na reprodução das cores das mercadorias. No interior, a iluminação auxilia no direcionamento do percurso que deve ser percorrido pelo consumidor.

Figura 6: Interior da loja EFFA Boutique. Fonte: K1 Art Studio, <Disponível em: http://www.k1artstudio.it/projects/interno-k1_-effa-boutique/> Acesso em: 01/06/2020

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Ergonomia

Ergonomia no varejo

Ergonomia é outro fator importante para o varejo, não somente para os funcionários, mas também para os clientes. Influencia no processo de compra e está ligado ao bem-estar. Produtos muito altos ou muito baixos acabam fazendo com quem o consumidor deixe de pegá-los ou visualizá-los de maneira adequada. As técnicas de exposição de produtos na loja, buscam locais conhecidos como pontos focais, ou “pontos áureos”, para ampliar a visualização dos produtos e influenciar o processo de compra dos clientes. Apesar do conceito matemático de proporção áurea ser complexo, na loja a ideia é bem mais simples: expor os produtos que quer promover nos locais de maior e mais fácil visualização. Se o cliente estiver próximo do produto, esse local é a altura dos olhos ou um pouco abaixo. Se o cliente estiver distante, o ponto torna-se um pouco acima da altura dos olhos. Algumas práticas devem ser realizadas, e alguns exemplos estão listados abaixo segundo Sergio Barbi (2015), especialista em consultoria de varejo e diretor da

Dexi Consulting: 1-análise de giro dos produtos, itens que mais vendem, e margem individual são expostos nos melhores locais; 2- é comum haver o bloqueio de áreas chamadas “anti-ergonômicas”, que nada mais são do que espaços pouco acessíveis aos clientes; 3- criação de uma hierarquia entre as áreas de exposição privilegiando a ergonomia e o bem-estar; 4- segmentação dos produtos por idade dos clientes, ou seja, a separação da altura de exposição de acordo com o perfil alvo de compra, separando produtos para crianças, adolescentes, adultos e idosos; 5- novas lojas e mobiliários são criados com o conceito de ergonomia e exposição de produtos já conciliados no desenho conceitual, ou seja, arquitetura e merchandising de exposição trabalham juntas. (Barbi, Sergio. 2015)

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Atmosfera de Compra

Atmosfera de compra é um termo utilizado para compreender as técnicas para criar um ambiente mais atrativo, confortável e próprio para que o usuário consuma. Englobando os assuntos abordados anteriormente, as técnicas a seguir criam o ambiente ideal: 1-Fachadas, luminosos, vitrine e objeto arquitetônico atrativo ao público alvo; 2-Músicas e sons para atingir o sentido da audição; 3-Aromas e perfumes para o sentido do olfato, também conhecido como marketing olfativo; 4-Iluminação, linhas e cores; 5-Decoração; 6-Comunicação visual; 7-Exposição adequada; 8-Espaços de circulação estar ergonomicamente confortáveis; 9-Clima e ambientação, através da ventilação natural ou artificial e paisagismo.

Branding

Branding é a criação, gestão e planejamento de uma marca. Através do seu nome, identidade visual e da estratégia adotada, precisa transmitir ao público a ideia e o conceito da empresa. A marca precisa ser planejada, estruturada, gerida e promovida. Precisa estar claro qual seu posicionamento, aumentar visibilidade, relevância no mercado para que a empresa tenha boa reputação. Por essa razão, a marca não é só a logo, mas toda a experiência e o conjunto de sentimentos que o usuário teve e a visão que criou da sua marca. A marca precisa: 1- ter um propósito, atributos e posicionamento; 2- ter identidade visual forte e coerente, englobando ícones, cores, tipografia, slogan, tom e voz para vídeo; 3- ter planejamento e gestão para transmitir ao cliente a mensagem correta.

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Elementos do Projeto - Layout

Elementos do Projeto

1- FACHADA A fachada, a vitrine e a logo, formam a identidade visual inicial da loja. Por isso devem estar em total harmonia para estimular no usuário o interesse de entrar. Segundo Malhotra (2014), os consumidores só decidem entrar na loja após observar a fachada por alguns segundos. Existem diversos tipos de fachada com vitrine, como por exemplo a vitrine alinhada com a fachada, a vitrine recuada em relação a fachada e a fachada com a vitrine aberta, ou seja, sem a proteção do vidro sendo diretamente na porta de entrada. 2- LAYOUT Figura 7: Zonas de loja - Fonte: Morgan, 2011.

Se tratando do layout, cada loja pode adotar a maneira mais adequada para dispor os expositores e outros mobiliários. De acordo com Morgan (2016), dentro do Visual Merchandising o espaço interno da loja pode ser dividido em quatro partes: zona platina, zona ouro, zona prata e zona bronze, conforme imagem abaixo.

Na zona platina, considerada a zona de mais atenção da loja, podem ser expostos produtos de promoção ou produtos que chamem a atenção do público, pois é a área que todos passarão por ela. Já na zona bronze, no fundo da loja, geralmente são colocados produtos de alto índice

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Elementos do Projeto - Layout

de interesse ou produtos de marcas já consolidadas, fazendo com que o consumidor percorra todos os setores.

Elementos do Projeto - Layout

Existem diversos formatos para organização deste layout. Outros exemplos são mostrados a seguir:

A disposição do mobiliário e expositores devem ser organizados a orientar o cliente. Quando ele entra na loja, ele rapidamente após analisar o espaço, precisa decidir se vai para a direita, esquerda ou em frente, e os expositores e mobiliários orientam ou estimulam o consumidor a fazer essa escolha. Essa orientação se dá por meio de linhas de visão e pontos focais. As linhas de visão devem ser contínuas e conduzir o consumidor ao local desejado, e os pontos focais, são locais de exposição e a chave para chamar atenção.

Figura 9: Disposição do mobiliário - Fonte: Muniz, 2010.

Figura 8: Disposição do mobiliário - Fonte: Morgan, 2011.

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Elementos do Projeto - Layout

Elementos do Projeto - Layout

”Na primeira ilustração, os expositores são colocados em linhas regimentadas em ângulos retos entre si. Esse tipo de arranjo pode formar uma barreira, desencorajar o cliente de transitar através da loja. Movendo a configuração a um ângulo de 45 graus, como mostrado na segunda ilustração, eles podem ser usados para canalizar clientes através da loja. Isto é frequentemente chamado chevroning. Chevroning é útil em grandes pisos onde há abundância do espaço. Em lojas menores, no entanto, mantendo todas as instalações retas e quadradas para as paredes irá criar ilusão de espaço.” (Morgan, 2011. Pág. 127)

3- EXPOSITORES

Figura 10: Disposição do mobiliário - Fonte: Muniz, 2011.

Os expositores são móveis que ajudam a organizar e apresentar os produtos ao cliente. Esse móvel deve ter tamanho adequado e permitir que o consumidor alcance os produtos. Se a intenção for inversa, e o lojista não desejar permitir o acesso aos produtos, essa exposição pode ser feita através de vitrines internas, mantendo o conceito de alcance, porém do olhar do observador.

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Elementos do Projeto - Expositores

Os expositores podem ser gôndolas, mesas, estantes, araras, prateleiras, nichos, dentre outros. Nesse momento deve-se analisar os produtos semelhantes ou que podem se relacionar, fazendo com que o consumidor não precise caminhar ou procurar os produtos em locais separados. Por isso a importância da setorização. Morgan nos mostra o exemplo de roupas masculinas: se estiver expondo camisas sociais, ternos e calças, coloque próximo também as gravatas, assim, induzindo o cliente a pensar na necessidade de comprar a gravata.

Figura 12: Planograma - Fonte: Morgan, 2011.

Figura 11: Organização por proximidade - Fonte: Morgan, 2011.

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Elementos do Projeto - Áreas de Permanencia

Elementos do Projeto - Sustentabilidade

Outro local onde costumam ser colocados expositores, são próximos aos caixas, onde o consumidor tem a última oportunidade de compra enquanto aguarda na fila.

sempre ignoram a possibilidade de reutilizar ou reciclar revestimentos e mobiliários. É possível considerar a sustentabilidade exatamente na utilização de materiais e nas tecnologias empregadas no projeto.

4- ÁREAS DE PERMANÊNCIA

As responsabilidades do varejo podem ser dividias em três áreas: estrutura do edifício, componentes do interior e consumo de energia e recursos.

Um local onde deve ter atenção, são os de permanência. Esses espaços podem ser auxiliares ao consumidor ou para acompanhantes. “Espaço adequado próximo aos expositores, para que os usuários possam manusear os produtos confortavelmente; presença de espelhos distribuídos pela loja; correto posicionamento e dimensionamento dos provadores; previsão de espaços de estar que favoreçam a permanência dos usuários e acompanhantes.” (Pacheco, c. a., 2016. Pág. 15) 5- SUSTENTABILIDADE Quando o assunto é o pode ser considerado sustentabilidade, já diretamente ligado ao

varejo, muitas vezes controverso citar a que o varejo está consumo em exagero.

De acordo com Mesher (2019), as lojas de varejo e os designers e arquitetos responsáveis por transformar os interiores, quase

Para resolver os três itens, deve-se atentar aos materiais e tecnologias utilizadas no projeto. 6- MATERIAIS Existe uma gama de materiais e revestimentos que podem ser explorados no universo do varejo. Porém, para atingir o objetivo deste projeto, os materiais aplicados serão possivelmente reutilizados ou de origem reciclada. Como dito anteriormente, este projeto pretende mostrar como é possível reutilizar, reaproveitar ou reciclar materiais antes que eles sejam destinados ao lixo. Por isso, a ideia é que isso seja muito evidente quando se tratar da materialidade. Utilizar objetos descartados em outras construções ou reformas ou mesmo utilizar materiais fabricados com

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Tecnologia

Elementos do Projeto - Tecnologia

matéria reciclada. Exemplos: materiais plásticos, espuma de alumínio, material ecológico, madeira, e componente como portas e janelas.

Tecnologia Além dos materiais, o projeto trará tecnologias para auxiliar na implantação de soluções sustentáveis: 1- Energia Solar: A tecnologia de captação de energia através de painéis solares será utilizada no projeto. Por seu uso, o consumo de energia será alto, devido a toda iluminação e climatização da loja. O uso da energia solar tem impacto extremamente baixo, já que não emite resíduos poluentes, nem apresenta riscos à saúde. Há ainda a possibilidade de utilizar em partes do projeto as telhas solares, um material lançado recentemente no Brasil. 2- Luminotécnica: A luminotécnica será utilizada neste projeto para maximizar os efeitos de

limites espaciais e aproveitar o máximo de iluminação natural. Será de grande importância para o projeto comercial a utilização estratégica de pontos de luz, e complementar corretamente com a iluminação natural do edifício. 3- Captação de Água: Esta solução tem o objetivo de reduzir o consumo do recurso potável, já que as águas pluviais podem servir para fins secundários. Se tratando de uma loja com muitos metros quadrados, todas as soluções sustentáveis e que minimizam os impactos na natureza devem ser exploradas. Como o projeto tem o intuito de servir como exemplo para seus usuários e sociedade no quesito ‘reaproveitamento’, esse sistema é essencial.

4- Telhado verde: O telhado verde ou ecotelhado virá no projeto tanto para auxiliar na captação de água pluvial, como para tantos outros benefícios da sua utilização. O telhado verde colabora com a temperatura do edifício, melhora o ar no seu entorno, já

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Tecnologia

que filtra partículas suspensas no ar e recicla gases tóxicos através da fotossíntese, aumenta a área permeável e cria espaços de convivência confortáveis.

O Lugar

”Essas ruas são conectados por lojas, galerias e lojas de departamento e são frequentemente definidos por estilo arquitetônico. Dependendo da época em que uma cidade foi inicialmente planejada e construída, a rua principal pode levar formas diferentes. Cidades mais antigas podem ter uma mistura de arquitetura e estilos, e construções podem ter muitas restrições em estruturas para alterar.” (Mesher, 2019)

O centro de Ribeirão Preto é uma das localizações mais utilizadas por consumidores para encontrarem os objetos de interesse de compra. O local tem fácil acesso e está próximo à diversos estacionamentos e terminais de ônibus.

Figura 13: Camadas do ecotelhado - Fonte: Poletto, Alexandre.

O Lugar Segundo Mesher (2019), as ruas movimentadas das áreas centrais das cidades, são geralmente as que abrigam as lojas.

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4- REFERÊNCIAS PROJETUAIS Casa Pública Kamikatz

ANO: 2015 LOCAL: KAMIKATSU, JAPÃO ARQUITETOS: HIROSHI NAKAMURA & NAP ÁREA: 115 M² A Casa Pública Kamikatz é um PUB e cervejaria. A cerveja é produzida no local e vendida no pub. O projeto traz soluções inovadoras em relação à sua materialidade, utilizando diversos itens reciclados de outras construções abandonadas. A arquitetura conserva energia e recursos, e reduz as emissões nocivas por meio da reutilização, redução e reciclagem. Na cidade onde está implantado, reside uma comunidade engajada com o desperdício zero, cuja taxa de reciclagem é de 80% e seus resíduos classificados em 34 categorias. Neste PUB, além do setor alimentício, há também uma loja com produtos usados.

Figura 14: Fachada do edifício Casa Pública - Fonte: Plataforma

Arquitectura, 2018.

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CONCEITO E MATERIAIS Os idealizadores do projeto decidiram levar para o edifício os conceitos da própria comunidade, onde ficasse claro a sabedoria de como lidar com o lixo através da arquitetura. Para isso, além da loja com produtos usados, os próprios materiais usados no edifício foram de antigas construções ou materiais reutilizados. Começando pela fachada com diversas janelas de casas abandonadas, que fizeram uma composição de 7 metros de altura. Resíduos de madeira com pintura natural formam todo o revestimento externo. Foram utilizados ainda itens abandonados de uma fábrica de ladrilhos, garrafas para luminária, jornal para papel de parede, dentro outros.

Figura 16: Madeira, piso, e mobiliário reutilizados.Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018. Figura 15: Estes tijolos do piso, são fabricado a partir de resíduos de demolições. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

Figura 17: Parede externa feita de restos de madeiras da serraria da comunidade. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

Figura 18: Fachada com janelas reutilizadas de casas abandonadas. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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INTERIOR E MOBILIÁRIO O mobiliários e objetos de decoração também tem origem reutilizada. O lustre foi feito com garrafas, e os expositores reaproveitados de outros objetos como baú de noiva, equipamentos agrícolas e madeiras formando novas prateleiras.

Figura 20: Prateleiras da loja. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

Figura 19: Lustre feito de garrafas usadas. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

É possível ver diversos modelos de cadeiras e outros móveis antigos. Cada espaço é uma nova descoberta de exemplos de reaproveitamento. Além de utilizarem este conceito para o mobiliário, também disponibilizam diversos objetos usados na loja que se integra com o PUB. Figura 21: Prateleiras da loja. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

Figura 22: Interior e detalhe das janelas. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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PROGRAMA E PLANTA Churrasco

Jardim/Churrasco Jardim/Churrasco

Parte do edifício é utilizado para a fabricação da cerveja. À esquerda, estão a área do PUB e da loja, onde recebem o público. A área externa do local é totalmente livre, onde costumam fazer o churrasco com áreas também de acesso ao público.

Casa máq.

Armazen.

Cozinha

Refrigerador

Loja

Armazen. PUB

Cervejaria

Loja

Caldeira Wc

Estacionamento

Os acessos se dão pela única via, com estacionamento na lateral, porém todo o terreno tem circulação livre.

Figura 23: Planta Baixa Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

PROGRAMA O projeto tem no total 115 m² de construção e um único pavimento.

Acesso

Circulação

Cozinha Loja PUB

Cervejaria Livre Figura 24: Fachada do edifício. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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TECNOLOGIA

Durante o inverno, a dupla camada de janelas retém o caloe e melhora o isolamento,como visto na primeira imagem à direita.

Inverno

Verão

Já no verão, o teto elevado ajuda na circulação do ar estagnado acima, fazendo com que o ar quente saia pela parte superior das aberturas. A arquitetura conserva os recursos, reduz as emissões nocivas por meio da reutilização, redução e reciclagem. Também ajuda a melhorar a circulação da economia daquela comunidade.

Figura 25: Cortes do edifício. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

Figura 26: Fachada do edifício. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2018.

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Proposta para loja KaDeWe de OMA

ANO: 2018 LOCAL: BERLIM ARQUITETOS: OMA ÁREA: 60.000 M² Este projeto é uma proposta do escritório OMA para a loja KaDeWe em Berlim. Sua dimensão "a torna semelhante a uma cidade: uma rede tridimensional de percursos, praças, zonas, atividades e perspectivas se desdobram ao longo de sua enorme extensão e oferecem oportunidades para encontros comerciais, sociais e culturais", destacou o OMA. (Watkins, Katie. 2016)

Figura 27: Maquete do edifício. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

A loja de departamentos é a maior da Europa, fundada em 1907 e pertence as antigas do setor, que foram um dos pilares do comércio moderno. Figura 28: Fachada do edifício. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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CONCEITO A loja de departamentos, traz uma grande vitrine e enorme variedade de produtos, e por sua grande dimensão, OMA traz uma proposta tática. Não tratam o edifício como uma massa singular e dividem a loja em quatro quadrantes, cada um com uma qualidade arquitetônica e comercial e cada uma para um público específico, como se fosse quatro lojas de departamento no mesmo edifício.

Figura 29: Esquema de circulação adicionada pela proposta do escritório OMA. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

Figura 30: Planta baixa de circulação vertical adicionada pela proposta do escritório OMA. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

”Cada quadrante conta com um acesso diferente e é organizado em torno de seu núcleo vazio, que age como átrio central e espaço de distribuição vertical. Em sete pavimentos do edifício este vazio se transforma em tamanho e extensão, evitando qualquer repetição e tornando cada pavimento único.” (Watkins, Katie. 2016)

Figura 31: Planta baixa de circulação vertical adicionada pela proposta do escritório OMA. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

Figura 32: Maquete esquemática mostra circulação vertical e pavimentos da loja KADEWE. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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”Uma sistema organizacional cruzado reforça a presença dos quadrantes em cada pavimento comercial, regulando o uso dos espaços, o sistema de circulação geral, a transição entre um quadrante e outro, a relação entre marcas e espaços etc.” (Watkins, Katie. 2016) A cobertura abobadada no projeto atual é substituido por um volume de vidro na extensão da fachada, formando um pátio aberto entre a adição e o restante do edifício existente. No térreo encontram-se cosméticos, perfumaria, joalheria e acessórios. No primeiro pavimento voltado para o público masculino e no segundo para o feminino, contendo roupas, sapatos, etc. O terceiro pavimento é misto, com moda infantil, lingerie e salão de beleza. O quarto é dedicado a casa e decoração. No quinto, papelaria, livraria, eletrônicos e brinquedos. O sexto alimentício e no sétimo um restaurante.

Figura 33: Renderização das escadas rolantes no recorte quadrado. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

Figura 35: Renderização das escadas rolantes no recorte quadrado.Fonte: Watkins, Katie, 2016.

Figura 34: Renderização das escadas rolantes no recorte redondo. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

Figura 36: Maquete com existente à esquerda e a proposta do escritório OMA à direita. Fonte: Watkins, Katie, 2016.

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Pavilhão Rising Moon

ANO: 2013 LOCAL: HONG KONG ARQUITETOS: DAYDREAMERS DESIGN ÁREA: 428 M² Este pavilhão temporário foi construído em 2013 para o Festival Hong Kong Mid-Autumn. Essa semi esfera é composta por 7 mil galões pet de água, fixado em uma estrutura metálica, com LEDs ligados à cada galão, produzindo efeito sonoro e luminoso. Implantando sobre uma piscina, causando efeito espelhado. Esse festival tem como foco a lua e o pavilhão forma uma ”lua sintética”.

Figura 37: Fachada do pavilhão. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

Causa impacto visual e tem a intenção de alertar e conscientizar a população da responsabilidade sustentável e a reciclagem. Figura 38: Fachada do pavilhão. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

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TECNOLOGIA E MATERIAIS

A cúpula é feita de estrutura metálica e coberto por 7 mil galões d’agua de policarbonato. Este material reage de forma variada quando exposto à luz, por isso foi acoplado LEDs em cada galão, que podem ser manipuladas individualmente, possibilitando criar vários efeitos com as luzes.

Figura 39: Entrada do pavilhão. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

Figura 40: Detalhe da estrutura metálica e da instalação dos galões. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

A escolha do galão como material, teve o intuito de utilizar material reciclado e que após a desmontagem do pavilhão, poderia ser reciclado novamente. A estrutura consiste em uma geodésica de módulos triangulares, e juntos formam a cúpula.

Figura 41: Vista externa do pavilhão e o efeito visual sobre a água. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

Figura 42: Vista interna do pavilhão e o detalhe circular na parte superior. Fonte: Yávar, Javiera. 2020.

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Loja Homecore

ANO: 2018 LOCAL: PARIS ARQUITETOS: STUDIO MALKA ARCHITECTURE ÁREA: 100 M²

A Homecore é uma marca de roupas masculinas e a loja em questão está localizada em um shopping na cidade de Paris. A marca tem mais de 25 anos e é conhecida como a primeira de roupas de rua da França.

O projeto do escritório Studio Malka Architecture, teve inspiração na logo de Krylon e Homecore's Color Therapy, que enuncia ”Paz, Amor, Unidade e Diversão.”

Figura 43: Interior de loja. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

Figura 44: Logo Krylon. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

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CONCEITO E ESPACIALIDADE ”Sete arcos definem a fachada: são a origem do eixo cromático que atravessa a loja, assim como sombras caídas. Essas aberturas são o prisma de Newton que dispersa a luz branca nas cores do espectro. A loja se transforma em um espaço cromático, uma representação física do círculo cromático, onde cores vivas se cruzam e se somam em cada cruzamento, criando alianças entre as massas.”

Figura 45: Perspectiva mostra a intersecção das cores no projeto. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

Figura 46: Detalhes das cores projetadas no piso, paredes e mobiliário. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

Figura 47: Detalhes das cores projetadas no piso, paredes e mobiliário. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

Figura 48: Fachada da loja Homecore. Fonte: ArchDaily Brasil, 2019.

(Pintos, Paula. 2019)

A intersecção das cores, formam novas cores, como por exemplo o vermelho com amarelo, formam o laranja. Esse projeto é como uma representação tridimensional do circulo cromático. A cor estrutura o espeço como um material.

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Casa Pública Kamikatz

Para a loja de departamentos, esse projeto colabora com o conceito de reutilizar materiais, tanto para o objeto arquitetônico, quanto para o interior, revestimentos e mobiliário.

Pavilhão Rising Moon

Este pavilhão contribui com a tecnologia utilizada para instalar a iluminação no material (galões de água) e mostra a versatilidade dos diversos materiais possíveis de aplicar.

Loja KaDeWe

Este projeto contribui para o partido arquitetônico do centro comercial quanto à organização da loja por quadrantes e sua ligação através da circulação vertical.

Loja Homecore

Na loja Homecore traz o conceito de utilizar as cores na organização espacial do ambiente. Na loja são usadas cores primárias, mas ainda é possível introduzir a psicologia das cores.

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5- LEVANTAMENTO Rua Tibiriçá X Rua Américo Brasiliense

LOCALIZAÇÃO

Terreno localizado na região central de Ribeirão Preto, onde estão concentrados diversas empresas no setor do varejo e seu principal público consumidor são das classes D e E, e menos provável da classe C e B, respectivamente. O local fica entre as Ruas Tibiriçá e Rua Américo Brasiliense, onde há grande fluxo de pessoas, principalmente pelo terminal de ônibus que fica em frente. Ru

aA

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De acordo com pesquisa sobre compras na figura 2, página 5, 30% do público compram exclusivamente em lojas no centro da cidade. Outros locais como internet e shoppings também são utilizados.

Ru a

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Figura 49: Imagem do lote atualmente. Fonte: Google Street Views, 2018.

Figura 50: Mapa da localização. Fonte: Google Maps, 2020.

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FIGURA E FUNDO A maioria dos edifícios ocupam área máxima de construção permitida por lei e em outros casos, ultrapassam o permitido.

Figura 51: Imagem da localização. Fonte: Google Street Views, 2018.

LEGENDA:

Cheio Vazio Área de intervenção Mapa 1: Figura e Fundo Fonte: Própria autora. Figura 52: Imagem da localização. Fonte: Google Street Views, 2018.

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USO DO SOLO Predominância são de edifícios com uso misto, com comércio na parte térrea e nos demais pavimentos uso residencial. O restante são comércios e prestação de serviços.

Figura 53: Comércio Local. Fonte: Google Street Views, 2018.

LEGENDA:

Residencial Comércio Prestação de serviço Uso misto Vazio Área verde Institucional Área de intervenção Figura 54: Comércio Local. Fonte: Google Street Views, 2018.

Mapa 2: Mapa Uso do Solo Fonte: Própria autora.

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GABARITO Grande variação de pavimentos nessa região. Há predominância de edifícios acima de 3 pavimentos.

Figura 55: Edifícios da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

LEGENDA:

1 a 2 pavimentos 3 a 6 pavimentos acima de 7 pavimentos Área de intervenção Mapa 3: Mapa de Gabarito Fonte: Própria autora. Figura 56: Edifícios da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

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VEGETAÇÃO Concentração de vegetação na praça e nas demais vias, apenas algumas árvores de pequeno porte.

Figura 57: Vegetação da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

LEGENDA:

Pouco Médio Alto Figura 58: Vegetação da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

Mapa 4: Mapa de vegetação Fonte: Própria autora.

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FLUXO VIÁRIO O fluxo intenso ou muito intenso em toda essa região, tanto de veículo, quanto de pedestres. Há um maior fluxo de veículos, nos horários das 8 as 9 horas, 12 as 13 horas, e 17 a 18:30 horas.

Figura 59: Fluxo da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

LEGENDA:

Muito intenso Intenso Intermediário Baixo Mapa 5: Mapa de Fluxo Viário Fonte: Própria autora. Figura 60: Fluxo da área. Fonte: Google Street Views, 2018.

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ESTACIONAMENTO NA VIA

ESTACIONAMENTOS A área de implantação possui diversos estacionamentos privados próximos e na via pública. Estima-se conter 658 vagas na soma total, sendo assim desnecessário o edifício dispor de estacionamento exclusivo. Para chegar ao número de vagas, levantei através do Google Maps uma contagem aproximada das vagas, sendo na via pública 280 vagas e estacionamentos privados 378 vagas.

LEGENDA:

Linha azul para estacionamento Via sem estacionamento

ESTACIONAMENTOS PRIVADOS LEGENDA:

Área de intervenção Estacionamentos

Mapa 6: Mapa de Estacionamentos Fonte: Própria autora.

Figura 61: Estacionamentos locais. Fonte: Google Street Views, 2018.

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EQUIPAMENTOS

LEGENDA:

Área de intervenção Praças Equipamentos Mapa 7: Mapa de Equipamentos Fonte: Própria autora.

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PERFIL DAS VIAS

RUA TIBIRIÇÁ

Total 15 metros

Figura 62: Rua Tibiriçá. Fonte: Google Street Views, 2018.

Figura 63: Rua Américo Brasiliense. Fonte: Google Street Views, 2018.

RUA AMÉRICO BRASILIENSE

Total 13 metros

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LOTE E TOPOGRAFIA

A 2,5

14,8

35,5

43,5

58,3

Figura 64: Foto do terreno. Fonte: Google Street Views, 2018.

Corte AA

38,0

A

Figura 65: Esquina do terreno. Fonte: Google Street Views, 2018.

541,2 541,0

50


6- ESTUDO PRELIMINAR

CONCEITO

O conceito deste projeto é transmitir através da arquitetura a ideia de aumento da vida útil dos produtos, e também através do seu uso.

PARTIDO

A partir deste conceito, serão utilizados materiais de construção e e elementos reaproveitados de outras construções.

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Volumetria

Q1 Q3

Q2 Q4

Q5

O Lote foi divido em 12 quadrantes de 130,8 m² cada. O primeiro pavimento tem 7 metros de pé direito e os demais 4 metros.

Q7 Q6 Q8 Subtração Adição

Cada departamento utiliza uma quantidade de quadrantes, totalizando 32. Cada pavimento tem 8 quadrantes e com 4 andares ficam no total 32 quadrante. A volumetria final tem 4.185 m². A quantidade de quadrantes utilizados em cada departamento foi especificado no programa de necessidades a seguir.

Com o espaço da subtração forma-se um pátio interno e mais 28 metro lineares de vitrine. Essa é uma vantagem se tratando de um edifício para varejo, aumentando as áreas de interesse para que o cliente entre na loja, uma das técnicas utilizadas no Visual Merchandising.

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Volumetria

Implantação O pedestre pode se apropriar deste espaço, utilizando-o também como espaço de estar. Outra estratégia aqui utilizada, foi criar um terraço com jardim e com a vista frente à praça das Bandeiras e a Catedral São Sebastião. Neste terraço também será implantado um café ou bistrô como incentivo, pois o pedestre precisa passar por toda a loja para chegar ao local de interesse. Participando do percurso de toda a loja que será criado a partir dos expositores e o ambiente criado pelas técnicas do Visual Merchandising, como som, aromas, iluminação, comunicação visual e outros, podem fazer com que o cliente também consuma na loja.

Legislação de Ocupação do Solo Taxa de ocupação máxima do solo para edificações não residenciais será de 80%. O Coeficiente de aproveitamento máximo será de até 5 vezes a área do terreno. Área: 2.173 m² CA: 10.865 m² TO: 1.738 m²

ESCALA 1:75

LEGENDA: LIMITE DO TERRENO OCUPAÇÃO PERMITIDA EDIFÍCIO IMPLANTADO

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Implantação e estudo de insolação

LOCAL DE IMPLANTAÇÃO

EDIFÍCIO

Rua Tibiriçá X Rua Américo Brasiliense

Ve.

Ve. In.

In.

10:00 horas

15:00 horas

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Implantação

Tecnologia 35,5m 2m

2,5m

14,78m

14,8m

15m

2m

A captação de energia solar é uma grande aliada. Como a utilização de energia em edifícios comerciais é alta, essa tecnologia é essencial para a economia de recursos prejudiciais à natureza.

24,

50m

52m

58,3m

6m

43,5m

10,16m

2m

14,78m

21,81m

5m

31,5m

38,0m

Todas as tecnologias citadas anteriormente no capítulo 3 estão programas para o projeto, com o objetivo de auxiliar nas questões sustentáveis que o projeto levanta. A ideia é que não só a materialidade revele a importância de reutilizar, reaproveitar ou reciclar, mas todo o edifício.

Também será instalado um sistema de captação de águas pluviais para ser reutilizada em locais adequados. E o telhado verde ou ecotelhado aqui tem duas funções. A principal, de auxiliar no processo de captação de águas pluviais, mas também criando um espaço de estar com jardim agradável para os clientes. Outras tecnologias não relacionadas à sustentabilidade serão utilizadas para auxiliar na organização do espaço, como a luminotécnica e a tecnologia da utilização de cores.

Escala 1:40

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Programa de Necessidades

Moda

-Roupas -Calçados -Bolsas e sim. -Acessórios (Biju, Jóias) -Relógios ● 3 quadrantes

Lazer

Casa

Acessórios para autos e ferramentas

Hobbies

-Móveis -Eletrodomésticos -Decoração -Cama, mesa, banho -Utilidades domés. -Construção e reforma

-Instrumentos musicais -Livros -Revistas -Coleções e antiguidades -Discos

● 8 quadrantes

● 2 quadrantes

Acessórios para autos e ferramentas

Infantil

Eletrônicos

-Cel e telefones -Audio, TV, vídeo, fotografia -Computadores e acessórios -Videogame ● 2 quadrantes

ADM

Esportes

-Bicicletas -Esportes -Academia -Itens Saúde

● 2 quadrantes

Área de Funcionários

-Pesca -Camping -Piscina

-Pneus -Acessórios -Ferramentas

-Roupas -Sapatos -Brinquedos -Acessórios -Mobiliário

-Sala Adm -Estoque -Sala reuniões -Jardim na cobertura -Café/Bistrô

-Descanso -Copa -Cozinha -Vestiário -Sanitários

● 2 quadrantes

● 2 quadrantes

● 3 quadrantes

● 4 quadrantes

● 4 quadrantes

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Programa de Necessidades

Programa de Necessidades

Para elaborar o programa de necessidades foi feito uma pesquisa em plataformas online que vendem produtos usados e estabelecer posteriormente quais departamentos seriam implantados na loja. Para a pesquisa utilizei aplicativos como OLX e sites como Enjoei.com e Mercado Livre.

1º Pavimento: No primeiro pavimento estarão os departamentos de maior interesse do público, para atrair o pedestre para dentro da loja.

Pátio formado no primeiro pavimento, será implantado um espaço de estar, com bancos e locais de permanência.

2º a 4º Pavimento: Do segundo ao quarto, estarão distribuídos os demais departamentos e os setores administrativos e funcionários.

Para estipular a quantidade de quadrantes e a metragem que cada departamento irá utilizar, a pesquisa foi feita em projetos de lojas com produtos semelhantes e em sites de imobiliária com imóveis para locação.

Cobertura: Na cobertura estarão o jardim e espaço para o café ou bistrô.

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Os acessos serão pelas duas ruas, Tibiriçá e Américo Brasiliense, e em todo o contorno frente as ruas serão vitrines e portas de entrada.

Fluxograma

TÉRREO

1º PAVIMENTOS E DEMAIS

LEGENDA: ÁREA DE DESTAQUE - MAIOR CIRCULAÇÃO E VISIBILIDADE ÁREA INTERMEDIÁRIA - CIRCULAÇÃO MÉDIA (NÃO OBRIGATÓRIA) ÁREA DE BAIXO DESTAQUE - POUCA CIRCULAÇÃO (NÃO OBRIGATÓRIA) CIRCULAÇÃO VERTICAL

Em toda a extensão com vitrines e portas estão as áreas de maior circulação e consequentemente, as que obrigatoriamente o consumidor irá transitar, no diagrama demarcados na cor azul. Nos espaços de transição entre a circulação vertical e as outras saídas da loja, estão as áreas intermediárias, onde não obrigatóriamente o consumidor irá passar, mas ainda tem uma circulação média, marcado pela cor verde. Nos locais demarcados com cor de laranja, são as áreas com pouco destaque, que o consumidor não precisa passar por lá. Nessa áreas costuma-se utilizar produtos com interesse do público, para que sujeite o consumidor circular por toda a loja.

ACESSOS E VITRINES

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Materiais Abaixo relaciono os materiais que possivelmente estarão no projeto: Telhas solares. Vegetação combinada com espaços de permanência com piso drenante.

Janelas de vidro ou esquadrias reaproveitadas de demolições.

Piso drenante feito com concreto feito a partir de resíduos de construção.

Proteção solar com algum material reutilizado, assim como nas referências projetuais.

Portas e janelas de vidro.

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