Gil Karlos Ferri e le radici storiche della sua passione per il vino. ♦ Gil Karlos Ferri e as raízes históricas de sua paixão pelo vinho.
RICERCA
La produzione vinicola nell'altopiano catarinense ALLA RICERCA DELLA STORIA DELL’USO E OCCUPAZIONE DEL SUOLO NEL CORSO DEI TEMPI
"P
er essere un terroir molto recente nel mondo del vino, l’Altopiano catarinense ha bisogno di riconoscere gli spazi ed usi passati del suo territorio al fine di comprendere l'importanza attuale e futura delle sue risorse naturali e vederne la sostenibilità". Questo è uno degli obiettivi principali della ricerca che sta venendo portata avanti dall'italo-catarinense Gil Karlos Ferri, dottorato in Storia presso l'Università Federale di Santa Catarina, sotto l'orientamento della coppia di professori Eunice Sueli e Rubens Nodari. Può contare sul contributo finanziario del Consiglio Nazionale di Sviluppo Scientifico e Tecnologico e conta anche sulla partecipazione di Samira Peruchi Moretto, Marcos Gerhardt, Zephyr Frank, Ana Cristina Peron, Laia Luzzatto Cristine Gonçalves Terreri, Juan Facun-
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■ PESQUISA: A VITIVINICULTURA NO PLANALTO CATARINENSE - EM BUSCA DA HISTÓRIA DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO AO LONGO DOS TEMPOS - "Sendo um terroir recentíssimo no mundo do vinho, o Planalto catarinense precisa (re)conhecer sua ocupação e usos passados d o território, a fim de entender a importância atual e futura de seus recursos naturais e vislumbrar a sustentabilidade nesses espaços". Essa é uma das metas centrais da pesquisa que está sendo desenvolvida pelo ítalo-catarinense Gil Karlos Fer-
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Foto de Eloise Mazzucco / Insieme
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do Rojas, Marina Miraglia, Lucas Mores, Juan Manuel Cerda, Facundo Luzzatto Martin, e Debora Nunes de Sá. Il coordinamento è di Eunice Sueli Nodari. Secondo quanto spiega Ferri ad Insieme, "La ricerca in corso cerca anche informazioni rilevanti sulla produzione di uve e vino in varie parti del Brasile e del mondo, in particolare nelle aree della colonizzazione italiana". Ancora nella sua fase iniziale, la ricerca - sempre secondo Ferri - "sviluppa lo studio della traiettoria della produzione vinicola nella regione dell’Altopiano catarinense". Fa notare che "in questi ultimi decenni la crescita della produzione e del consumo di uve e vini ha dato particolare importanza al settore vitivinicolo. Considerando ciò, la ricerca vuole capire i processi storici di interazione tra gruppi umani, spazi geografici e varietà di vitigno nell’Altopiano catarinense e le sue connessioni a livello globale". Il ricercatore classifica gli studi che stanno venendo portati avanti come "innovatori" nella ricerca scientifica nell'ambito internazionale e cerca "comprendere la traiettoria della viticultura dal punto di vista delle risorse genetiche vegetali e della storia ambientale globale". Ferri, che è anche laureata in Storia presso la UFSC e Master in Storia presso l'Università Federale di Frontiera Sud, tra gli altri lavori, ha sviluppato, tra il 2010 e il 2011, uno studio su "la natura dominata: occupazione e disboscamento nel Rio Grande do Sul e nell'Ovest di Santa Catarina", nel periodo che va tra il 1875 e il
Foto de Esther Rossi / Insieme
Gil Karlos Ferri e la coordinatrice del progetto, Eunice Nodari.♦ Gil Karlos Ferri e coordenadora do projeto, Eunice Nodari.
ri, doutorando em História pela Universidade Federal de Santa Catarina, sob a orientação do casal de professores Eunice Sueli e Rubens Nodari. A pesquisa tem o auxílio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e conta ainda com a participação de Samira Peruchi Moretto, Marcos Gerhardt, Zephyr Frank, Ana Cristina Peron, Laianny Cristine Gonçalves Terreri, Juan Facundo Rojas, Marina Miraglia, Lucas Mores, Juan Manuel Cerda, Facundo Damian Martin, e Debora Nunes de Sá. A coordenação é de Eunice Sueli Nodari. Segundo explica Ferri a Insieme, " A pesquisa em andamento também procura informações relevantes sobre a produção de uvas e vinho em diferentes regiões do Brasil e do mundo, principalmente nas áreas de colonização italiana". Ainda em sua fase inicial, a pesquisa - sempre segundo Ferri - "desenvolve o estudo da trajetória da vitivinicultura na região do Planalto catarinense". Ele observa que "nas últimas décadas, o crescimento da produção e do consumo de uvas e vinhos deu importância particular ao setor vitivinícola. Levando isso em consideração, a pesquisa pretende compreender os processos históricos de interação entre grupos humanos, espaços geográficos e espécies vitícolas no Planalto catarinense e suas conexões a nível global". O pesquisador classifica os estudos em desenvolvimento como "inovadores" na pesquisa científica no âmbito internacional e busca “compreender a trajetória da viticultura do ponto de vista dos recursos genéticos vegetais e da história ambiental global”. Ferri, que é também bacharel e licenciado em História pela UFSC e Mestre em História pela Universidade Federal da Fronteira Sul, entre outros
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1970. In esso affronta l'arrivo degli immigranti nel RS e la partenza dei loro discendenti verso il Nord di quello Stato e verso l'Ovest di Santa Catarina, fatto che ha determinato "cambiamenti non solo nella vita umana ma anche nella flora e nella fauna della regione". La ricerca, sotto lo stesso orientamento, ha potuto contare sulla partecipazione di Marlon Brandt, Esther Mayara Zamboni Rossi, Samira Peruchi Moretto, Marcos Gerhardt, e João Klug. La relazione di Gil Karlos Ferri con il vino - spiega lui stesso - risale alle sue origini. "Seppur la produzione artigianale di vino sia presente nella mia discendenza paterna di Bergamo (famiglia Ferri), l'amore per la viticultura è dovuto principalmente alle mie origini venete per la discendenza materna, dove si trovano le famiglie De Bona Sartor, di Belluno e Maccari, di Treviso". Aggiunge: "Nelle colline di Conegliano-Valdobbiadene (Prosecco Superiore DOCG - Denominazione di Origine Controllata e Garantita), in provincia di Treviso, la famiglia Maccari coltiva i suoi vigneti da secoli. Come curiosità, vale la pena sottolineare che ancora oggi una delle proprietà agricole della famiglia si trova in un punto privilegiato della storia della viti-vinicultura italiana: ai margini dell'antica strada romana Postumia, vicino alla Chiesa del Tempio fondata dai Cavalieri Templari nel 1190. Nel 2019 l'Unesco ha dichiarato questo territorio come Patrimonio Mondiale dell'Umanità a causa del suo paesaggio culturale unico, tra colline e vigneti".☑
Foto Divulgação
Un panorama delle vigne del prosecco DOC dell’impresa Maccari, a Fontigo, Treviso ♦ Uma visão dos parreirais de prosecco DOC da empresa Maccari, em Fontigo, Treviso.
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trabalhos, desenvolveu, entre 2010 e 2011, estudo sobre "a natureza dominada: ocupação e desmatamento no Rio Grande do Sul e no Oeste de Santa Catarina", no período que vai entre 1875 e 1970. Nele, aborda a chegada dos imigrantes no RS e a ida de seus descendentes para o norte daquele Estado e para o oeste de Santa Catarina, fato que determinou "modificações não somente na vida humana, mas também na flora e na fauna da região". A pesquisa, sob a mesma orientação, contou com a participação de Marlon Brandt, Esther Mayara Zamboni Rossi, Samira Peruchi Moretto, Marcos Gerhardt, e João Klug. A relação de Gil Karlos Ferri com o vinho - explica ele próprio - remonta às suas origens. "Embora a produção artesanal de vinho esteja presente em minha linhagem paterna de Bergamo (família Ferri), a paixão pela viticultura se deve principalmente às minhas origens vênetas pela linhagem materna, onde se situam as famílias De Bona Sartor, de Belluno e Maccari, de Treviso". Ele descreve ainda: "Nas colinas de Conegliano-Valdobbiadene (Prosecco Superior DOCG - Denominação de Origem Controlada e Garantida), na província de Treviso, a família Maccari cultiva suas vinhas há séculos. A título de curiosidade, vale a pena destacar que ainda hoje uma das propriedades agrícolas da família está localizada em um ponto privilegiado da história da vitivinicultura italiana: às margens da antiga estrada romana Postumia, ao lado da Igreja do Templo fundada pelos Cavaleiros Templários em 1190. Em 2019 a Unesco reconheceu esse território como Patrimônio Mundial da Humanidade, devido à sua paisagem cultural única, entre colinas e vinhedos".☑
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